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P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL – DEGENERAÇÕES ✓ Caracterizadas pelo acúmulo de substâncias dentro das células; ✓ Sempre reversíveis (mas podem evoluir para uma lesão irreversível); ✓ Geralmente acontecem devido a alguma alteração metabólica. ✓ Pode ser: hidrópica, gordurosa, hialina e glicogênica. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA ✓ Desequilíbrio do gradiente osmótico a nível da membrana celular, resultando no acúmulo intracelular de água; ✓ Pode ter várias causas, mas a mais comum é a hipóxia; o A diminuição do oxigênio vai fazer com que tenha a diminuição da respiração mitocondrial e consequentemente uma queda de ATP; o Com menos ATP, ela prioriza as funções celulares, e a bomba de Na e K acaba não sendo prioridade, causando o acúmulo do sódio dentro da célula ▪ Aumento do Na+ e diminuição do K+ ▪ O acúmulo de sódio faz acumular água, causando degeneração hidrópica. ✓ Se a hipóxia não for resolvida, ela vai evoluir para morte celular. o Há diminuição da síntese e reciclagem de fosfolipídeos a nível de membrana plasmática, portanto há perda da integridade da membrana. o Com a liberação do Ca2+ dentro da célula, há a ativação de enzimas líticas, que podem degradar a célula o O aumento da respiração anaeróbica vai aumentar a produção de ácido lático e diminuir o pH o Esses dois últimos tópicos causam acidofilia citoplasmática com perda dos grânulos da matriz, condensação da cromatina nuclear → NECROSE. MACROSCOPIA ✓ Aumento de volume e peso da víscera; ✓ Superfície de corte proeminente com palidez. MICROSCOPIA ✓ Aumento do volume celular com alterações da proporção citoplasma/núcleo; ✓ Vacuolização citoplasmática; ✓ Vacúolos com limites imprecisos. o Na hidrópica não tem um limite da bolha, como na gordurosa (ajuda a diferenciar) RIM NORMAL RIM COM DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA RIM NORMAL RIM COM DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL BALONIZAÇÃO DOS HEPATÓCITOS Hepatite aguda: hepatócitos mostram-se com citoplasma abundante e claro devido a entrada de água com dispersão de organelas. DEGENERAÇÃO HIALINA ✓ Acúmulo intracelular de proteínas, conferindo às células e tecidos afetados um aspecto hialino (vítreo, homogêneo, translúcido, amorfo e eosinofílico - rosados). ✓ Causas/patogênese: o Penetração no citoplasma (pinocitose) de proteínas complexas, com precipitação ou coagulação das mesmas; o Síntese excessiva de proteínas; o Coagulação focal de proteínas celulares. MACROSCOPIA ✓ Região brilhante MICROSCOPIA ✓ Grumos hialinos no citoplasma; ✓ Proteínas condensadas ou aglutinadas; ✓ Corpúsculos hialinos de Mallory (pode acontecer no fígado); ✓ Depósito de tecido conjuntivo fibroso DEGENERAÇÃO GORDUROSA/ESTEATOSE ✓ Acúmulo anormal reversível de lipídios no citoplasma de células que normalmente metabolizam gordura. ✓ Entrada excessiva de ácidos graxos o Aumento da ingestão de gordura o Obesidade o Jejum prolongado o Diabetes descompensada ✓ Alteração do metabolismo dos ácidos graxos o Metabolização: ▪ Álcool ▪ Drogas ▪ Toxinas o Hipóxia ▪ Agentes que interferem na respiração ✓ Diminuição da síntese proteica o Lesão no retículo endoplasmático P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL o Carência alimentar o Levam à diminuição da síntese de apolipoproteínas (as apoproteínas é que retiram gordura do fígado) ▪ Hepatócitos ficam parecendo adipócitos. MICROSCOPIA ✓ Ocorre vacuolização citoplasmática ✓ Hepatócitos: pequenos vacúolos e múltiplos de limites nítidos; ✓ Coalescência formando vacúolos volumosos (célula em anel de sinete); ✓ Epitélio dos túbulos renais e miocardiócitos geralmente vacúolos pequenos e múltiplos MACROSCOPIA ✓ Órgão aumentado de volume (fígado de 1,5kg para até 6kg) ✓ Amarelado ✓ Consistência amolecida (superfície de corte untuosa) ✓ Superfície lisa e brilhante ✓ Órgão semelhante a manteiga DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA ✓ Acúmulo anormal intracelular de carboidratos (glicogênio), reversível, consequência de desequilíbrios na síntese ou catabolismo do mesmo. CAUSAS/PATOGÊNESE A longo prazo, essa degeneração glicogênica está relacionada às patologias renais que o diabético tem. MACROSCOPIA ✓ Pouco significativa. MICROSCOPIA ✓ Fígado cheio de vacúolos que ficam semelhantes à hidrópica Diabetes mellitus e demais hiperglicemias ↓ Insulina ou resistência periférica ↑ Glicemia Glicosúria Reabsorção tubular de glicose Aporte excessivo de glicose à célula Degeneração Glicogênica P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL PAS cora o glicogênio em rosa. RESUMINDO Degeneração Hidrópica → Alteração Osmótica → Acúmulo de água Degeneração Gordurosa → Distúrbio da metabolização dos lipídios → Acúmulo de gordura Degeneração Glicogênica → Absorção celular de glicose → Acúmulo de glicogênio Degeneração Hialina → Vários mecanismos --: Acúmulo intracelular de proteínas OBS: Lesões reversíveis. INFLAMAÇÃO ✓ A principal característica da inflamação crônica é a coexistência de dano tecidual, resposta imune e reparo o Na aguda, não coexiste INFLAMAÇÃO AGUDA ETAPAS DA INFLAMAÇÃO AGUDA 1. VASODILATAÇÃO: • Aumento do calibre celular, porque quanto mais sangue chega àquela área maior a probabilidade das células se deslocarem pro tecido; • Também diminui a pressão, fazendo com que o fluxo fique mais lento para mudar o fluxo do vaso, fazendo ele ser marginal para que os leucócitos consigam transpassar o vaso e ir pro tecido. • Envolvida com os sinais cardiais da inflamação (rubor e calor) 2. AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR: • Células do endotélio se contraem abrindo espaço entre as células do vaso, esse espaço é fundamental para a etapa 3 3. EXTRAVASAMENTO DE LÍQUIDO (EXSUDATO) : • O tecido geralmente não tem muito espaço entre as células, o exsudato vai aumentar o espaço no interstício, ajudando os leucócitos a se deslocarem pelo tecido com mais facilidade • Envolvido no tumor (edema) 4. TRANSMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA: • Os leucócitos vão, a princípio, deslocar no fluxo sanguíneo para a periferia para poder sair do vaso e ir pro tecido • Marginação: leucócitos ficam na margem para entrar em contato com o endotélio • Rolamento: quando as células começam a rolar tocando no vaso • Adesão ao endotélio: mudança conformacional no citoesqueleto para fazer com que a célula deslize pelas fendas • Diapedese: deslizamento das células de dentro do vaso para dentro do tecido 5. RESOLUÇÃO OU CRONIFICAÇÃO: • Quando a célula entra dentro do tecido, ela vai, por quimiotaxia, convoca leucócitos por meio de substâncias quimiotáticas para destruir o agente agressor por fagocitose, liberação de enzimas etc. resolvendo ou cronificando. Aguda • Resposta inicial • Rápida (seg a min) • Curta duração (min a dias) • Predomínio de neutrófilos • Relacionada com a imunidade inata Crônica • Geralmente secundária • Lenta • Longa duração (vários dias) • Predomínio de linfócitos e macrófagos • Coexistência de dano tecidual, resposta imune e reparo. • Relacionada com a imunidade adaptativa P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL Inflamação: infiltrado neutrofílico, no qual os pontinhos são neutrófilos (que são as células que respondem mais rapidamente a substâncias quimiotáticas) Hiperemia: depleção sanguínea no leito vascular (responsável pelo rubor e calor) Edema: exsudato (nesse caso é um edema pulmonar não cardiogênico) Hemorragia: às vezes os vasos não resistem e podem romper. ÊXTASE VENOSA: Neutrófilos organizados na periferia e hemácias localizadas no centro (já que elas não precisam sair pois não têm função imunológica). Na área amplificada, tem alguns neutrófilos. Os núcleos são multilobulares (por isso são denominados polimorfonuclear neutrófilo). Essa organização do vaso de extase venosa só pôde acontecerpor causa da vasodilatação e do aumento da permeabilidade, que leva a esse congestionamento dentro do vaso que será útil pois assim as células podem ir para o tecido. ✓ Uma vez as células estão dentro do tecido, elas vão sendo ativadas, nesse caso, os neutrófilos passam a serem chamados de piócitos. o Os piócitos perdem a característica multilobular dos núcleos e ficam cada vez mais dismórfico. P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL INFLAMAÇÃO CRÔNICA ✓ Inflamação prolongada na qual a inflamação ativa, a destruição tissular e a tentativa de reparo aos danos ocorres simultaneamente. OBS: Tipo corpo estranho não é bem organizado e o imune é bem organizado. INFLAMAÇÃO CRÔNICA IMUNE Componentes do Granuloma Imune: 1. Células gigantes (Langhans e corpo estranho) 2. Macrófagos (células epitelióides, núcleos grandes) 3. Linfócitos (céls com núcleo hipercorado) 4. Fibroblastos 5. Elementos alternativos: necrose, neutrófilos, plasmócitos e eosinófilos Granuloma da Esquistossomose Inflamação crônica específica Granulomatosas Tipo corpo estranho Imunes Inflamação crônica inespecífica P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL Cicatrização Granuloma da Tuberculose em linfonodo P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL INFLAMAÇÃO CRÔNICA A CORPO ESTRANHO (LÍPIDES) ✓ Sem organização ✓ Células de macrófagos em volta da área do lipídeo Granuloma de corpo estranho a fio cirúrgico P2/UC6 – MEDICINA UNIT AL