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Crioterapia por Banho de Contraste

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIOTERAPIA POR BANHO DE CONTRASTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
2002 
RONARA MACHADO MANGARAVITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIOTERAPIA POR BANHO DE CONTRASTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à disciplina 
de Trabalho de Conclusão de Curso, 
como requisito parcial à conclusão do 
Curso de Fisioterapia da Universidade 
Católica de Brasília, 
Orientador: MsC.Gustavo A. Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
2002 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Aos meus pacientes, familiares e 
amigos. 
 
Estes foram a base de incentivo 
para que minha força de vontade 
colhesse frutos de dedicação e 
amor a minha profissão. Eles me 
compreenderam nos momentos de 
nervosismo e ansiedade ao fim 
deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feliz são os sábios, pois pouco precisam 
aprender e muito precisam passar. 
Também os calmos que pouco se cansam ou 
cedem ao stress e muito ouvem a sabedoria dos 
sábios. 
Mais ainda os fiéis que diante da crença nos 
sábios conseguem momentos de paz junto aos 
calmos. 
Porém acima de todos estão os vitoriosos que 
acreditam passar por vários obstáculos mesmo sem 
sabedoria, calma ou fé e quando alcançam seu ideal 
adquirem todas as virtudes em uma só: a vitória em 
um ideal. 
 Esta em mãos foi uma das minhas vitórias. 
 
Ronara Machado Mangaravite 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização e 
divulgação deste trabalho. 
 
 Em especial a: 
 
 Meu admirado professor orientador, Gustavo A. Carvalho, que me apoiou 
diante da escolha do meu tema, se dispondo a me orientar com muita boa vontade 
e dedicação. 
 
Ao meu grupo de estágio supervisionado pelo tempo que juntas nos 
dedicamos à prática profissional em 1 ano, cercando-me de companheirismo e 
aceitação. 
 
Ao professor Carlos Eduardo Panerai que, sem ter conhecimento, foi o 
passo primário na escolha do meu tema, pois por acreditar na terapia por Banho 
de Contraste sugeriu esta como forma de tratamento fisioterapêutico e eu por 
curiosidade acatei o desafio de tratar um paciente com linfedema congênito. 
 
Ao professor: Demóstenes Moreira por aceitar fazer parte de minha banca 
examinadora e por dedicação e companheirismo a mim cedidos. 
 
Ao Dr. e prof. Francisco Sérgio dos Santos por aceitar ser meu coorientador 
e por amizade e vontade de ajudar na realização desta. 
 
E principalmente a Deus por me dar determinação e crença no meu tema , 
que diante de dificuldades acreditei nele e com força de vontade me dediquei em 
estudar e expor como trabalho de conclusão de curso. 
 
 
 
 
RESUMO 
Analisa por meio desta, o efeito do tratamento fisioterapêutico com a terapia 
banho de contraste, por revisão de estudos bibliográficos, esta forma de 
tratamento é utilizada principalmente no paciente com edema de extremidades, 
por isso os mecanismos fisiológicos do edema são explicitados,assim como a 
técnica terapêutica banho de contraste. A anátomo-fisiopatologia linfática é 
descrita por ser o sistema linfático a principal via vascular de drenagem do líquido 
extravascular, resolvendo assim um quadro clínico de edema. A crioterapia e 
termoterapia, são explanadas separadamente para compreensão dos efeitos 
destas separadamente, ajudando na observação das duas alternadamente como 
ocorre na terapia por contraste. A revisão se baseia em resultados obtidos de 
estudos científicos. A terapia por contraste se faz eficaz na redução do edema de 
extremidades por meio do mecanismo de “bomba vascular” que a alternância de 
temperaturas promove, havendo vasodilatação e vasoconstrição alternadamente. 
O contraste tem sido muito utilizado e pouco tem se estudado sobre a técnica e 
forma de utilização, tempo e mecanismos fisiológicos, por isso ainda é 
considerada empírica por muitos autores. Por isso este estudo propõe avanço nas 
pesquisas no tratamento fisioterapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vi 
SUMÁRIO 
 
 
DEDICATÓRIA...........................................................................................................ii 
 
EPÍGRAFE.................................................................................................................iii 
 
AGRADECIMENTOS................................................................................................i.v 
RESUMO....................................................................................................................v 
ABSTRACT................................................................................................................vi 
SUMÁRIO 
LISTA de FIGURAS 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................01 
REVISÃO DE LITERATURA – CAPÍTULOS 
2. CAPÍTULO I .................................................................................................04 
2.1. Mecanismos Anátomo-fisiológicos do Sistema 
Vascular Linfático .......................................................................................04 
3. CAPÍTULO II .................................................................................................07 
3.1 Mecanismos Fisiopatológicos do Edema ou Linfedema ...................07 
 3.1.1 Aspectos Circulatórios e Inflamatórios do Edema ...............14 
4. CAPÍTULO III.................................................................................................17 
4.1 Crioterapia...............................................................................................17 
 4.1.1 Crioterapia x inflamação e edema ..........................................20 
 4.1.2 Crioterapia e imersão ..............................................................22 
5. CAPÍTULO IV................................................................................................24 
5.1 Termoterapia..........................................................................................24 
 vii 
5..1.1 Termoterapia e inflamação ....................................................26 
 
6. CAPÍTULO V.................................................................................................27 
6.1 A Síntese: Terapia do Banho de Contraste ......................................27 
7. OBJETIVOS..................................................................................................33 
7.1 GERAIS...................................................................................................33 
7.2 ESPECÍFICOS.........................................................................................33 
8. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................34 
9. DISCUSSÃO..................................................................................................35 
10. CONCLUSÃO...............................................................................................38 
11. REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................40. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Introdução 
Este estudo baseou-se em uma revisão de literatura, através de artigos 
científicos e literatura bibliográfica, a respeito de técnicas terapêuticas de uso muito 
comum principalmente na reabilitação desportiva. Os recursos utilizados nos estudos 
encontrados foram comprovados na sua eficácia para a resolução de edema 
O edema é um sinal patológico muito comum em lesões musculoesqueléticas, 
principalmente no atleta. Notavelmente, houve um avanço de tratamentos na 
reabilitação desportiva e o aumento de lesões ematletas tem contribuído para 
aumentar a incidência de edema de extremidades 21. 
Apesar de outros recursos terapêuticos comprovarem por meio de estudos 
serem melhores, no tratamento do edema, o processo de reabilitação é diversificado e 
pode ser observado que, em situações de imobilidade e dor, outra alternativa de 
escolha seria a terapia de banho de contraste 1, 20,28. 
O tratamento de reabilitação é compreendido de várias etapas e técnicas ou 
recursos terapêuticos, onde a meta é a integração funcional, social e familiar do 
paciente 29. 
A funcionalidade do paciente, no menor tempo possível e em perfeita condição 
física, é o grande objetivo dos profissionais fisioterapeutas. A terapia, com o banho de 
contraste pode ser atuante em alguma fase do tratamento para promover maior 
rapidez na recuperação do paciente 25. 
Dentre as várias modalidades fisioterapêuticas serão descritas: a crioterapia, 
que utiliza como recurso o frio; a termoterapia, que faz uso do calor e o banho de 
contraste que associa as duas técnicas anteriores, com imersões em água de 
temperaturas diferentes usadas alternadamente para tratar entre os sinais de lesão 
traumática o edema, principalmente de extremidades ou linfedema 12,,28,29. 
 2 
Neste sentido, a proposta desta monografia, é revisar sobre o emprego do 
tratamento reabilitativo “banho de contraste”, no paciente portador de edema em 
extremidades ou linfedema, sendo mais um método terapêutico que pode vir 
acrescentar estudos na área desportiva principalmente. 
As extremidades contribuem com 56% na perda de calor total do corpo, durante 
a imersão, o que facilita o uso da crioterapia. A principal fonte de calor está nos 
músculos, a circulação sanguínea seria secundária a estes 06. 
O mecanismo fisiológico no qual o banho de contraste drena o edema está no 
efeito de “bomba vascular” que promove contração nos vasos linfáticos sendo estes os 
grandes responsáveis pela drenagem do líquido extracelular do linfedema. A 
alternância térmica empregada no banho de contraste estimula a circulação de líquido 
tecidual na musculatura edemaciada. A imobilidade do paciente, por estar lesado, 
propicia aumento do edema. Além disso, os efeitos da balneoterapia são obtidos em 
conjunto com o banho de contraste promovendo analgesia e bem estar durante o 
período de tratamento. Também existem os efeitos isolados das terapias crioterapia, 
termoterapia e hidroterapia a favor da redução do quadro clínico de edema 30. 
 A revisão de literatura foi realizada através de pesquisas por banco de dados 
utilizados nas bibliotecas: da Universidade de Brasília, Universidade Católica de 
Brasília, Rede Sarah de Brasília, Ministério da Saúde e via internet. 
A terapia banho de contraste é utilizada por meio da balneoterapia e imersão 
em água fria, alternadamente, mais em extremidades elucidando os efeitos 
circulatórios desta em um quadro clínico de edema. Este é um tema de pouca 
explanação, compreensão e consenso, entre autores, na técnica de utilização, 
contudo, a prática de utilização é muito freqüente. Este tema é revisto com o objetivo 
de propor esta forma de tratamento como mais uma opção dentre as várias 
terapêuticas empregadas no tratamento reabilitativo do edema. 
Pretende-se, com a revisão de literatura, abordar conceitos anátomo-fisiológicos 
do sistema vascular de drenagem linfática do líquido no espaço intersticial, aspectos 
fisiológicos do edema, aspectos vasculares da crioterapia e da termoterapia, dissertar 
sobre o banho de contraste e descrever sobre a técnica de utilização deste como 
 3 
recurso fisioterapêutico, principalmente utilizado na resolução de linfedema de 
extremidades. 
O presente estudo aborda além do capítulo introdutório, da conclusão, 
discussão, referências bibliográficas, também cinco capítulos de desenvolvimento. O 
primeiro capítulo explicitará informações ao leitor sobre o sistema linfático. O segundo 
capítulo aborda sobre a fisiopatologia do edema, pois a técnica banho de contraste é 
muito utilizada na redução de edema. O terceiro capítulo dá enfoque a crioterapia e 
seus efeitos circulatórios, o quarto descreve a termoterapia e seus efeitos circulatórios. 
Finalmente o quinto e último capítulo vem discorrer sobre a técnica terapêutica banho 
de contraste diante da síntese dos capítulos anteriores para referir como ocorre o 
mecanismo de ação da técnica utilizada principalmente no edema de extremidade ou 
linfedema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
2. CAPÍTULO I 
2.1. Mecanismos Anátomo-fisiológicos do Sistema Vascular Linfático 
 É de grande importância descrever sobre a anátomo-fisiologia do sistema 
linfático que é o principal responsável pela drenagem do líquido exsudativo acumulado 
no espaço extravascular. O fluxo linfático assume um papel vital dentro do corpo, pois, 
ele determina o retorno das proteínas à circulação sanguínea 10,22. 
 A rede vascular linfática é acessória à rede vascular sangüínea, permitindo que 
a linfa acumulada no espaço intersticial possa fluir em direção ao sistema sanguíneo 
venosos mais facilmente. Os vasos linfáticos são capazes de transportar proteínas e 
partículas grandes o que não poderiam ocorrer nos capilares sangüíneos. A linfa tem 
uma particularidade de grande importância prática, ela não coagula como o sangue, o 
que faz com uma a lesão dos vasos coletores linfáticos maiores extravase líquido no 
indivíduo rapidamente 27. 
 O linfedema é um dos sinais resolvíveis que o banho de contraste pode tratar, 
este ocorre por alguma alteração do sistema linfático, que impede a função de 
drenagem. Esta deficiência pode ter causa primária ou secundária: primária quando 
decorrente de alterações diretamente ligadas à rede linfática, por exemplo, um 
linfedema congênito; já as secundárias podem ser originadas, por exemplo, em 
dissecção anatômica dos vasos linfáticos em um processo cirúrgico, ou ainda, 
infecções, neoplasias, traumas extensos, etc 10,22. 
 Nos capilares linfáticos as células endoteliais estão unidas indiretamente às 
células dos tecidos adjacentes, contudo não há conexões entre elas e sim uma 
sobreposição de umas sobre as outras. Esse arranjo celular permite a formação de 
válvulas pendentes, abertas na direção para o interior do capilar, de forma que 
qualquer refluxo que ocorra tende fechá-las, impedindo que a linfa retorne para fora 
dos capilares. O capilar linfático pode ser comparado com um tubo fenestrado, sempre 
aberto à entrada da linfa. O fluxo de linfa é impulsionado por vários fatores, um deles é 
a contração da musculatura lisa da parede dos vasos linfáticos, além disso, a linfa 
ainda é impulsionada pelos seguintes fatores: 
 5 
a) contração de musculatura esquelética local; 
b) movimentos passivos do corpo; 
c) pulsações arteriais; 
d) compressão externa ou mecânica dos tecidos 22, 27. 
 O capilar linfático não tem células musculares lisas, mas as células endoteliais 
deles, contêm fibras mioendoteliais que contraem o capilar linfático várias vezes por 
minuto, estas promovem o bombeamento. Durante seu trajeto, o sistema linfático 
apresenta comunicações, com o sistema venoso denominadas linfático-venosas que 
se fecham ao indivíduo nascer, mas podem ser recanalizadas, no caso de obstrução 
patológica ao fluxo de linfa 22 (Figura 1). 
 Fig. 1- Estrutura do capilar linfático e permeabilidade. 
 
 Fonte : MARX & CAMARGO, 1984 . 
 
 6 
A contração através do vaso linfático se faz com um sistema de bombeamento, 
pois funciona da seguinte forma: enquanto uma primeira válvula, do vaso linfático, se 
abre para a entrada de linfa, as outras válvulas estão fechadas, conforme a linfa 
distende o capilar a válvula antes aberta se fecha e a posterior se abre e assim 
sucessivamente a linfa vai sendo conduzida pelo trajeto do sistema linfático. Este 
processo pode ser chamado de bomba linfática 22 (Figura 2). 
Fig – 2 Esquema dapropulsão da linfa. Dilatação das paredes. 
Válvula aberta, válvula fechada. Fluxo linfático 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984. 
 
O fluxo sanguíneo da pele varia conforme varia a temperatura, quando um 
membro é imerso em água a 42º C o fluxo sanguíneo e filtração capilar aumentam, 
isso favorece no aumento de um quadro de inflamação e edema, abaixando-se a 
temperatura o inverso ocorre. Logo esta alternância em aumento ou diminuição do 
fluxo no vaso linfático favorece o bombeamento de linfa 22. 
 
 
 
 
 7 
3. CAPÍTULO II 
3.1 Mecanismos Fisiopatológicos do Edema ou Linfedema 
A água corresponde a 60 % do peso corporal total de um indivíduo, em média, 
varia de 40 a 80 % deste peso. Essencialmente todas as reações metabólicas do 
organismo requerem a água, que está distribuída principalmente em dois 
compartimentos: espaço intracelular e espaço extracelular. O espaço extracelular é 
dividido ainda em plasmático, onde passa a porção fluída do sangue, e intersticial, 
onde fluído se encontra fora das células 25, 33. 
Segundo a teoria de Starling, em condições normais existiria um equilíbrio 
quase perfeito do deslocamento de líquido na membrana capilar onde a quantidade 
deslocada para fora do capilar deveria ser equivalente a quantidade que retorna a 
circulação venosa. As forças que deslocam o líquido para fora do capilar são: a 
pressão do capilar, e a pressão oncótica das proteínas, o desequilíbrio destas forças 
entre as membranas capilares faz com que o líquido se acumule no interstício 22 
(Figura 3). 
Fig.3 - Alterações das pressões oncótica 
 do plasma e do interstício na inflamação. 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984. 
 8 
Edema é a expansão do volume de líquido no componente espaço extracelular 
intersticial, parte de um processo causado por aumento da pressão hidrostática capilar 
e diminuição da pressão oncótica capilar, obstrução do sistema linfático e/ou aumento 
da permeabilidade vascular 29, 31, 35, 38. O volume do líquido intersticial pode aumentar 
antes mesmo que o edema se torne clínico. Pode haver edema sem tumefação e 
dependendo da causa e curso, pode ser local ou generalizado, no linfedema os locais 
de ocorrência no corpo são as extremidades, quando generalizado é chamado de 
anasarca 21 (Figura 4). 
Fig.4 - Aspecto do interstício normal e no edema . 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984 
Os capilares linfáticos em um processo inflamatório encontram-se dilatados e as 
válvulas linfáticas se encontram mais abertas permitindo a entrada de líquido 
intersticial, aumentando o edema, mesmo quando estas válvulas estão fechadas há 
entrada de proteína, restos celulares e detritos 22. 
 
 
 
 
 9 
 
Fig 5 Aspecto de tubo fenestrado nos vasos linfáticos. 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984 
Os vasos sanguíneos se vasodilatam em resposta a um processo inflamatório e 
aumentam a permeabilidade da parede capilar à água e o sistema linfático procura 
compensar isto, o fluxo é unidirecional e não há refluxo da linfa por existência de 
válvulas 22 (Figura 5). 
No exame físico do paciente, o aspecto mais observável é o de inchaço ou 
tumefação formado por hemorragia inicialmente e seguido de edema. A volumetria, 
assim como a circumetria, são formas de mensurar edema, sendo a primeira a melhor 
delas (Figura 7). Uma vez instalada a lesão na parede do vaso sanguíneo, o 
mecanismo de edema acontece, posterior a um processo hemorrágico se inicia por 
ficarem abertas as paredes dos vasos, a “hemorragia” é resolvida naturalmente pelo 
processo de coagulação fisiológica que é rápida, com isso, a parede vascular se fecha 
para proteger o tecido 21, 22 (Figura 6). 
 
 
 10 
 
Fig- 6 edema inflamatório de perna. 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984. 
 
Fig –7 Volumetria em edema de membro superior 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984 
 11 
O sistema vascular linfático drena normalmente de dois a três litros de linfa por 
dia e em situações anormais estes valores podem chegar até trinta litros por dia, 
porém o sistema linfático tem uma capacidade limite e acima desta o linfedema pode 
sobrevir. O linfedema pode acontecer após lesões teciduais locais que alteram a 
estrutura ou funcionamento dos vasos linfáticos 22. 
 O líquido intersticial está situado entre o sistema circulatório e o tecido, no 
espaço extracelular, passando então pelo tecido e sendo absorvido, em situações 
normais, em dois terços pela rede capilar venosa e um terço através do sistema 
linfático. A existência de um movimento retrógrado de líquido do capilar faz este se 
acumular no tecido, logo, ocorre a formação do edema por desequilíbrio na dinâmica 
de forças do líquido. As moléculas de água migram em direção aos capilares. A 
diferença de pressão formada dentro do vaso e fora deste é a pressão transcapilar 
sendo esta a soma de resultantes formadas no mecanismo de Frank Starling 20, 38 
(Figura 8). 
Fig-8 Formação da linfa A= filtração, B= absorção venosa,C= absorção linfática. 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984. 
 12 
A pressão de filtração capilar (PFC) é igual a (PHC +POT) – (POC + PHT + 
PFE), onde: PHC é a pressão hidrostática capilar, POT é a pressão oncótica tecidual e 
a PFE é a pressão de força externa, a PHT é a pressão hidrostática do tecido e a POC 
é a pressão oncótica capilar 20, 38. 
 O edema é o resultado do desequilíbrio entre filtração e reabsorção de plasma 
na rede microvascular. O aumento da pressão capilar ou hidrostática capilar promove 
maior filtração de líquido para o interstício e aumento do volume dos membros 
inferiores principalmente, mas assim que a ação da gravidade é eliminada, com 
elevação, por exemplo, o líquido é absorvido pelos capilares venosos e os capilares 
linfáticos absorvem o líquido com proteínas 02,04,22, 31. 
 A PHC força o líquido para fora do capilar e a PHT força o líquido para dentro 
do capilar. A POT é a pressão do líquido com proteína que faz o líquido do capilar ir 
para o tecido. A POC segura o líquido, com proteínas, no capilar e a PFE resulta dos 
mecanismos externos no tecido que resulta da aplicação da compressão mecânica 
externa, que remove o líquido do tecido 20. 
 A teoria de Starling afirma que em condições normais existe um equilíbrio quase 
perfeito ocorrido na membrana capilar, ou seja, a quantidade de fluido deslocada para 
fora do capilar arterial é igual à quantidade que retorna à circulação venosa. O 
mecanismo de forças de Starling que faz com que haja o deslocamento de líquidos 
com a pressão do capilar (PC) e pressão oncótica do plasma (POP). A POP estaria 
em torno de 29 mmHg e as somas das pressões dão um total de 29.3 mmHg. A 
resultante de força que estaria para fora do vaso é de 0.3 mmHg e por isso há maior 
filtração para o tecido, pela força pequena para fora do vaso 20,21. 
O mecanismo de força de Frank Starling discorre o percurso do líquido no 
edema. A PFC média tende a ser positiva se a PHC for maior que a pressão de 
reabsorção no capilar, pois o líquido que ficou no tecido edemaciado tende a ser 
reabsorvido ou filtrado pelo sistema linfático. Com a lesão a POC diminuiu e aumenta 
a PFC, logo vai líquido com proteína para o tecido. As proteínas são decorrentes da 
degradação de tecido morto pelos macrófagos, que migraram para região lesada para 
fazer fagocitose, as proteínas livres saem do vaso junto ao líquido por aumento de 
permeabilidade da membrana 20. 
 13 
A linfa se exterioriza dos capilares mais do que é reabsorvida pelos capilares 
venosos e sistema linfático e com isso o resultado é o edema. O edema quando 
crônico ocorre porque o mecanismo de defesa, pelos macrófagos geralmente demora 
um pouco e os detritos deixados vão se acumulando na região. Logo o edema se inicia 
na hora da lesão e permanece um certo tempo ainda após 20. 
O edema ocorre por desequilíbrio de forças que regulam a troca vásculo-
tissular de líquido, onde a filtração arterial predomina sobre a reabsorção venosa. Umterço de água corporal está no espaço extracelular e 25 % da água está no espaço 
intersticial, as forças de Starling regulam este líquido atuando na microcirculação e o 
equilíbrio depende dos gradientes de pressão através do endotélio capilar e da 
permeabilidade da membrana capilar às proteínas 21 (Figura 9 ). 
Fig. 9 - Desequilíbrio na filtração e absorção 
 
Fonte : MARX & CAMARGO, 1984. 
 14 
A maior parte do líquido que é reabsorvido no edema, se faz no sistema venoso 
e os gradientes de pressão hidrostática e oncótica determinam a filtração de 20 
litros/dia para o espaço intersticial e a reabsorção de 18 litros/dias é para o espaço 
intravascular 21. 
Os 2 litros, junto com proteínas, vão ser filtrados pelo sistema linfático. Caso 
haja uma tendência do líquido acumular no interstício, o sistema linfático fica mais 
ativo. Há um aumento da filtração arterial, que gera diminuição por diminuição da 
reabsorção venular ou bloqueio na drenagem linfática 21. 
Com a lesão tecidual, por exemplo, no edema traumático, ocorre a hipóxia 
secundária à lesão onde as células locais têm o aporte deficiente de oxigênio e o 
edema advém desta hipóxia e pode aumentá-la. O acúmulo de líquido no tecido 
aumenta e o aporte de oxigênio fica dificultado. A circulação também fica diminuída 
pela compressão que o edema causa nos vasos sanguíneos 20. 
Qualquer um que seja o agente causador do edema, a resposta inflamatória vai 
ocorrer, e a primeira resposta ao agente agressor é uma vasodilatação, seguida da 
migração de leucócitos locais que provoca um aumento da permeabilidade da parede 
vascular e liberação de proteínas plasmáticas ao espaço extracelular, caracterizando o 
edema. Apesar do sistema sanguíneo ser muito importante no processo inflamatório, é 
o sistema linfático que será o responsável pela remoção do líquido exsudativo no 
interstício. Este líquido é rico em proteínas e em linfócitos que fagocitarão as bactérias 
e as conduzirão ao fluxo linfático 22, 33. 
3.1.1 Aspectos Circulatórios e Inflamatórios do Edema 
Inflamação é a resposta corporal a agentes agressores. 38 As células lesadas no 
trauma liberam enzimas que são responsáveis pela resposta inflamatória na área 
agredida. Há liberação de histamina, esta é uma substância vasodilatadora e aumenta 
a permeabilidade do vaso, de modo que os vasos rompidos aumentam a hemorragia e 
os não lesados aumentam a permeabilidade. Com isso ocorre o extravasamento de 
plasma, proteínas e colóides que puxa os fluídos para fora do vaso, resultando em 
aumento de volume e edema 38. O edema inflamatório é uma defesa do organismo a 
um agente agressor, irritativo, vascular ou exsudativos e qualquer causa capaz de 
 15 
irritar as células mesenquimais pode ser flogógena. O edema resulta de um processo 
inflamatório, os principais sintomas de inflamação são: dor, hiperemia e aumento da 
temperatura local. Os mediadores químicos liberados interferem com as forças de 
Starling, pois provocam vasodilatação e aumentam a pressão hidrostática capilar. 
Estes promovem aumento da permeabilidade capilar e aumentam a pressão oncótica 
intersticial logo, sobrepõe-se o líquido exsudativo. Os principais mediadores químicos 
em resposta aos agentes flogógenos são: a histamina, cininas, serotonina e 
prostaglandinas 02, 21. 
A pressão oncótica capilar diminuída faz com que as proteínas não se 
sustentem no interior do vaso, extravasando. Ocorre então uma hipóxia secundária e 
há quebra de tecido morto pelos macrófagos que se acumula no líquido intersticial 38. 
Os capilares venosos são os responsáveis pela absorção da linfa, mas as 
proteínas não são absorvidas e a concentração de proteínas em um local tende a se 
acumular no espaço intersticial. A pressão oncótica, do plasma e do interstício está 
praticamente nula, pois o extravasamento de plasma para o interstício é muito 
aumentado junto às proteínas, é praticamente igual à quantidade de proteína do 
plasma e do líquido intersticial. A absorção de líquido pelos capilares venosos fica 
diminuída e o líquido acumulado no interstício, isto caracteriza o edema 22. 
No edema a reabsorção intersticial fica prejudicada e a reabsorção de proteínas 
pelos capilares linfáticos também. O acúmulo de proteínas faz o edema ser de aspecto 
duro, acompanhado de espessamento, fibrose e hipertrofia da pele e tecido do celular 
subcutâneo. A cronicidade é caracterizada por uma compressão intermitente no vaso 
02. Há acentuação de sulcos e dobras na região da pele que podem, em casos graves, 
ficarem verrucosos ou papilomatosos 21. 
O linfedema traumático é secundário a injúria direta nos vasos linfáticos ou 
linfonodos. A localização comum do linfedema é os membros inferiores, dorso dos pés 
e dos artelhos eletivamente. É duro e cede com dificuldade a pressão digital, sem 
cacifo, e o tratamento de redução nestes casos se faz mais difícil 21. 
 
 16 
 
 
Fig-10 Aspecto clínico de linfedema grave. 
 
Fonte: MARX & CAMARGO, 1984. 
O edema clinicamente pode se apresentar com cacifo ou sem cacifo, com cacifo 
há uma depressão digital com a pressão do dedo no local, isto ocorre porque o líquido 
intercelular desloca-se para regiões vizinhas e cessa à pressão o após alguns minutos 
retorna o local anterior. No edema sem cacifo não é observada a depressão digital, 
pois não há deslocamento do líquido com a pressão dos dedos no local, este tipo é 
mais grave e também chamado de fibredema 22. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
4. CAPÍTULO III 
4.1 Crioterapia 
 Crioterapia, “terapia com frio”, qualquer forma de uso do gelo ou do frio para fins 
terapêuticos, ou ainda a aplicação terapêutica de remoção do calor corporal para que 
a temperatura do tecido seja diminuída 8,20, 33. A sensação de resfriamento na pele é 
dada por falta de sangue local. Existem inúmeras técnicas de aplicação e modalidades 
30. 
Por ser esta, prática tão comum e benéfica no tratamento de lesões agudas 
desportivas principalmente, resta saber se as modalidades utilizadas são de 
conhecimento de todos que as usam, pois a fisiologia da crioterapia abrange uma 
série de questões e muitas chegam a ser polêmicas 8, 14, 20, 25. 
A crioterapia é um método terapêutico utilizado há mais de cem anos para o 
tratamento das diversas patologias. Atualmente é usado pela maioria dos 
fisioterapeutas variando nas modalidades de aplicação 04, 12, 25. 
 A grande questão vascular da crioterapia está na Teoria da Vasodilatação 
Reflexa, induzida pelo frio (VIF), se esta ocorre ou não. A crioterapia e o mecanismo 
vascular são defendidos de diferentes formas por autores diversos. O frio gera 
vasoconstrição e isto parece ser consenso entre os estudiosos do assunto, sendo esta 
reação inicial local importante por diminuir o metabolismo local e com isso diminuir a 
tendência na formação do edema 01, 04, 14, 28, 20, 38, 25, 33. 
A teoria da VIF foi um termo criado por um estudioso chamado LEWIS apud 
KNIGHT (2000), e alguns acreditam que realmente isto ocorra, mas não conseguem 
explicar fisiologicamente. Acreditar na VIF complicaria o tratamento de resolução do 
edema, pois este raciocínio leva a acreditar que haveria um tempo limite para se 
preconizar a vasoconstrição na crioterapia e assim logo em seguida haveria uma 
vasodilatação reflexa, e esta seria prejudicial em um quadro de edema e inflamação. 20. 
 
 18 
Acreditou-se que quando a temperatura local é diminuída na crioterapia 
consideravelmente por 30 minutos, ocorrem períodos intermitentes de vasodilatação 
induzidas pelo frio (VIF) acontecem durante 4 a 6 minutos e em seguida a 
vasoconstrição retorna a acontecer por um ciclo de 15 a 30 minutos seguindo 
novamente uma vasodilatação, esse fenômeno foi chamado de “resposta de caça” e 
acreditou-se que isto seria uma defesa para prevenir uma lesão tecidual que poderia 
ser causada pelo frio 28. 
A “resposta de caça” foi aceita durante anos, porém estudos mostraram queao 
invés de mudança estrutural na via circulatória o que ocorria era uma mudança na 
temperatura, e não aumento do calibre vascular, e mesmo que esta VIF ocorresse 
seria em um tempo desprezível 28. 
 Segundo KNIGHT (2000), “o que ocorre após a vasoconstrição é apenas um 
retorno ao estado do repouso do calibre do vaso e não um aumento deste, o que 
justificaria uma vasodilatação ou a VIF”. Seria necessário haver um aumento do fluxo 
sanguíneo, com a VIF, após a utilização da crioterapia e estudos mostram que isto não 
ocorre 20. 
 A vasoconstrição causada pelo frio permanece por um período relativamente 
longo após a retirada do estímulo, esta resposta não confirma a crença na VIF, e sim 
uma redução parcial da vasoconstrição após a terapia, pois o calibre do vaso não 
ultrapassa seu diâmetro inicial 14, 33, 35. 
 Segundo KNIGHT (2000), um estudo foi feito a respeito do fluxo sanguíneo 
durante a aplicação do frio com exercício, ou criocinética, mas a literatura não tem 
comprovado de maneira muito eficaz a fisiologia na terapêutica com frio, calor e 
exercício. O fluxo sanguíneo na crioterapia foi medido por 55 min e a modalidade da 
crioterapia, pacote de gelo, aplicada imediatamente após o esporte sendo a medição 
feita com um pletismógrafo. Houve três grupos no estudo, com o exercício: um de 
aplicação do pacote de gelo (7ºC), um de bolsa quente (33.5ºC) e o grupo controle 
com apenas exercício 17. 
 Os resultados mostraram que o fluxo sanguíneo diminuiu no grupo controle, 
aumentou no grupo de termoterapia e diminuiu do fluxo sanguíneo após remover a 
 19 
bolsa quente. No grupo pacote de gelo o fluxo sanguíneo diminuiu e permaneceu 
diminuído após 20 minutos de retirada deste. Se no grupo controle houve diminuição 
não há o que comprove que a diminuição do grupo gelo foi pela crioterapia 17. 
 Notou-se que durante todo o tempo de tratamento grupos: controle exercício e 
crioterapia, um total de 45 min, houve um aumento do fluxo total no grupo crioterapia 
mais que no grupo controle exercício, o fluxo sanguíneo foi maior na aplicação 
exercício do que o do calor. A questão que a criocinética causa vasodilatação não foi 
comprovada com o estudo, pois não havendo vasodilatação durante o exercício com 
gelo, logo não há vasodilatação reflexa 17. Isso inviabiliza a teoria da VIF, mas 
estes dados são complexos e envolvem diferentes partes do corpo e o estudo foi com 
a articulação do tornozelo 17. 
 CLARK et al apud KNIGHT (2000), estudaram os efeitos da imersão em água 
fria a 1º, 6 º e 10º C, por 45 minutos. Não houve alteração do fluxo nos primeiros 
momentos da aplicação, em 1 e 6 º C o fluxo sanguíneo diminuiu e a imersão foi um 
melhor método de diminuição do metabolismo, mais que no pacote de gelo, só que a 
partir de 15º C não houve diferença no fluxo sanguíneo 17. 
 Os efeitos no fluxo sanguíneo na termoterapia ou crioterapia não se misturam 
aos efeitos dos exercícios 7. Um tem o efeito tão bom quanto o outro separadamente. 
Procurou-se demonstrar em estudos que não havia a VIF na aplicação da criocinética 
e sim que esta era resultado do exercício isoladamente 3, 17,32. 
 Estudos metabólicos mostram o aumento de várias substâncias no sangue após 
uma exposição ao frio, mas isto devido a um estímulo maior que ocorre no vaso para 
serem reativadas substâncias celulares 18, 33. Logo, os efeitos são celulares e não 
estruturais que poderiam alterar o calibre do vaso. Com isso, a crioterapia atua no 
aumento do aporte celular do vaso local, após a ação do frio e isto não altera na 
quantidade de fluxo sanguíneo para o local e sim promove maior aporte celular ao 
tecido resfriado, como um mecanismo de defesa a “agressão” causada pelo frio. O 
hematócrito aumenta após a utilização do resfriamento no tecido que induz uma 
hemoconcentração. Este mecanismo de defesa ocorre, no tecido resfriado, para haver 
a homeostase posterior ou recuperar o tecido 18. 
 20 
 O sangue arterial ajuda a reaquecer os tecidos do membro resfriado após a 
crioterapia, com isso, atua como fonte de calor e isto justifica a sensação de 
queimação e “esquentamento” como uso do gelo 06. 
 São contra-indicações da utilização da crioterapia por imersão em água fria: 
doença de Raynaud’s, crioglobulinemia, doenças circulatórias, inflamação renal, 
ferimentos abertos, alterações de sensibilidade e hipersensibilidade ao frio 14,19, 25. 
 4.1.1 Crioterapia x inflamação e edema 
 A crioterapia atua no processo inflamatório reduzindo o edema a inflamação, 
impedindo que estes se acentuem, a crioterapia torna o sangue mais viscoso e diminui 
a permeabilidade capilar. Observa-se que uma das principais funções da crioterapia é 
prevenir a formação do edema e da hipóxia secundária, já que os danos primários 
ocorridos após uma lesão não podem ser alterados 09, 33, 35. 
 Melhores resultados são obtidos no edema quando tratado na fase aguda, pois 
evita que a lesão se complique e permite a movimentação acelerada do paciente, 
reabilitando e dando funcionalidade 05, 09, 14, 33, 35, 38. 
 O efeito antiflogístico é muito eficiente após longos períodos de aplicação de 
crioterapia. Em períodos curtos isto não acontece, não cessa a inflamação. Foram 
feitos estudos onde foi comprovado que a aplicação do frio por uma hora tem melhor 
efeito do que por 30 minutos 09, 26, 33. 
 O frio diminui a atividade metabólica e diminui a circulação local de qualquer 
área viva e modera, em parte, a atividade celular, detém o crescimento e atividade de 
bactérias, contendo a supuração. Os sintomas ruins, na inflamação, são amenizados, 
com o uso da crioterapia, os nervos dessensibilizam e com isso não há sensação de 
dor. A ação secundária é a volta das cores e restabelecimento do tecido e a nutrição 
celular aumenta 19, 33, 36. 
A crioterapia reduz o edema, dor e resposta inflamatória e circulatória, há 
diminuição da pressão oncótica e da permeabilidade da membrana, por 
vasoconstrição isto leva a redução do edema 05, 09, 12, 14, 33. 
 21 
A aplicação do frio dificulta o extravasamento de grande quantidade de líquido 
com proteína, diminuindo o metabolismo e conseqüentemente impede o acúmulo do 
líquido extracelular 04, 14, 19, 28, 38, 33. Faz-se necessário uma temperatura abaixo de 15º 
C para diminuir a permeabilidade vascular com a crioterapia 03,31. 
A crioterapia pode diminuir favorecer o sistema de drenagem de líquido para o 
capilar linfático 04, 09, 14, 31, 33,38. 
A crioterapia sozinha não reduz o edema, a crioterapia diminui a pressão 
hidrostática e a drenagem linfática é favorecida com a elevação ou compressão 
externa no membro afetado. No contraste com o turbilhão de água esta ação 
mecânica externa é alcançada, facilitando a redução do edema por compressão da 
água em jatos no membro imerso 38, 26, 33. 
O resfriamento local produz a diminuição do metabolismo celular, isto 
proporciona a célula uma atividade celular em baixo consumo de oxigênio. Uma vez 
que a lesão a hipóxia secundária ocorre, as células sobrevivem por um período maior 
de isquemia ou de diminuição parcial da circulação. Isto evita a hipóxia secundária à 
lesão, esta se torna menos extensa e há diminuição das proteínas livres e pressão 
oncótica tecidual logo, reduz o edema 12, 14, 33. A vasoconstrição tem o intuito de 
diminuir o extravasamento de líquido e diminui com isto o edema, por meio da 
diminuição do calibre arteriolar 04, 09, 12, 14, 19, 33. 
A crioterapia restaura o balanço entre filtração e reabsorção de líquido 
preferencialmente no retorno venoso da musculatura esquelética, com reabsorção do 
líquido extracelular pelo sistema venoso. Isto ocorre por aumento da atividade de 
receptores vasculares com a crioterapia e este estímulo aumenta a atividade dos 
receptores responsáveis pela vasoconstrição 31. 
A crioterapia não altera o sistema arterial, mas o venoso sim, já as lesões 
musculares alteram o sistema arterial e o venoso não.Existem poucos estudos que 
falam sobre o mecanismo vascular na contusão muscular assim como a crioterapia 
nestas 31. 
 22 
4.1.2 Crioterapia e imersão 
A modalidade de crioterapia usada no “banho de contraste” é a imersão, em 
água fria e morna. A imersão na água fria é uma modalidade da crioterapia de grandes 
resultados, pois nesta é possível resfriar toda a extremidade com um balde com água 
e pedras de gelo ou no próprio turbilhão. A temperatura típica da água está entre 13 a 
18º C, e é um método ideal para tratar edema de extremidades, além disto a imersão 
possibilita a movimentação do membro afetado durante a terapia 01. 
A imersão em água fria causa até 70% de perda de calor, onde esta perda no 
músculo é mais considerável que no sistema circulatório. A temperatura entre o 
sangue e o tecido é a fonte principal de perda de calor para o ambiente. Porém é 
importante diferenciar as extremidades superiores das inferiores, pois as primeiras se 
resfriam mais rapidamente por ter menor massa muscular do tecido 06. 
Os adeptos do uso da imersão em água fria com fins terapêuticos defendem 
que essa técnica tem uma enorme vantagem sobre aplicação de outras modalidades 
de frio, pela possibilidade do paciente poder fazer exercícios durante o tratamento 15, 
39. Para atletas que não podem ser prejudicados pelo movimento excessivo, esta 
técnica é de grande valia, mas para aqueles, onde a dor é o indicativo de limite, esta 
seria contra-indicada 01. 
Uma complicação da modalidade de imersão seria a intolerância inicial do 
paciente à exposição em uma temperatura muito baixa, o que pode ajudar nisto é em 
vez de pedras de gelo na água colocar o gelo picado 16. Uma cobertura de neoprene 
nos dedos pode ser usada também para aumentar a tolerância do paciente ao gelo, 
uma vez que a região de dedos possui muitos receptores que podem causar a 
sensação dolorosa. É importante lembrar que esta intolerância deve ser superada pelo 
paciente, mas em casos onde a terapia estiver causando dor intensa e não seja 
possível suportar a esta modalidade não deve ser usada. No banho de contraste isto 
parece ser difícil de acontecer, pois os minutos de frio são muito curtos 20, 40. 
A imersão em água fria é indicada principalmente em estágios agudos e 
subagudos de edema 5, 15, 39. A água deve chegar a 10 º a 15 º C para produzir os 
 23 
efeitos desejados 28, 19. A imersão em água fria induz a um reaquecimento orgânico 
que chegaria a ultrapassar o aquecimento produzido só pela termoterapia 16.,40. 
Myrer et al (1997), fizeram um estudo comparativo da modalidade pacote de 
gelo versos imersão em água gelada e a conclusão foi que para um resfriamento 
imediato o pacote de gelo produzia um melhor resultado, pois resfriava o tecido em 
menor tempo que a imersão, porém a manutenção do resfriamento após o tratamento 
era maior na imersão do que no pacote de gelo. Na imersão, portanto, o 
reaquecimento do tecido se faz em um tempo mais prolongado. Isto para um atleta é 
de grande valor, pois mantém o tecido resfriado por mais tempo, impedindo nova lesão 
imediata e prevenindo a hipóxia secundária 04, 24,20, 33. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
5. CAPÍTULO IV 
5.1 Termoterapia 
 Aplicação do calor é muito utilizada por fisioterapeutas e alguns efeitos desta 
são únicos chegando até mesmo a não serem reproduzidos por drogas 37. A sensação 
do calor é dada por excesso de sangue local que ocorre pela vasodilatação 34. 
O momento de termoterapia, da água quente, no contraste se faz muito mais 
presente ou em maior tempo do que o frio. A termoterapia pode ser dita como a 
terapia da produção de calor e usada após a crioterapia, corresponderia a reaquecer o 
tecido antes resfriado ou produzir calor neste 20. 
 A pele é dotada de irrigação sanguínea e linfática, os capilares sanguíneos com 
a vasodilatação fazem uma distensão, com isso, podem conter de metade a 2/3 do 
sangue do corpo, o calor de uma área aquecida é dissipado para áreas adjacentes. 
Quando o calor é moderado os vasos estimulados são os superficiais, ocorre melhor 
nutrição celular, pois aumenta o numero de leucócitos e conseqüentemente a 
cicatrização e reparo. Um calor úmido é transmitido por condutibilidade entre o meio e 
a pele, por meio de uma camada de vapor aquecido que é formada e o calor chega 
assim mais rápido a pele 36. 
 O principal efeito vascular na termoterapia é o de vasodilatação. Sendo assim, 
há aumento do metabolismo e do fluxo sanguíneo local. Em uma região edemaciada o 
calor deve ser evitado, pois isto aumentaria o extravasamento de líquido, agravando o 
edema e processo inflamatório. Por isso que o calor não é preconizado em quadros 
inflamatórios agudos, pois a exposição a este lesaria mais células 36, 11. 
A termoterapia pode produzir um calor superficial ou profundo sendo que na 
imersão em água morna ou quente, o aquecimento é superficial e faz com que o atleta 
recém lesado, por exemplo, possa reiniciar logo suas atividades após um período de 
imobilização. Pois, o calor também reduz a rigidez articular e promove o relaxamento 
muscular 01, 11. 
 25 
 A temperatura ideal na termoterapia de imersão, geralmente é de 36,5º a 40º C 
e o segmento submerso pode ser movimentado dentro do recipiente, ganhando em 
amplitude de movimento 01. 
 No edema a imersão quente sozinha não deve ser usada, principalmente no 
turbilhão, pois isto promoveria uma vasodilatação favorecendo a saída do líquido 
intravascular para o espaço extracelular e o membro em repouso durante o tratamento 
ainda teria a agravante da gravidade que dificultaria o retorno venoso. É notável a 
importância da alternância de temperaturas no contraste para reduzir o edema e 
também a movimentação do membro durante o tratamento 01. 
 O calor provoca uma vasodilatação, elevando o fluxo sanguíneo local. 
Antigamente o calor predominava como forma de tratamento, mas posteriormente a 
termoterapia deixou de ser tão utilizada e o frio se tornou modalidade de escolha na 
reabilitação 20. 
O calor pode ser utilizado em condições subagudas ou crônicas, pois, dilata os 
vasos promovendo abertura dos capilares e aumento da circulação. As anastomoses 
retêm por mais tempo sangue, pois, se dilatam fazendo com que a quantidade de 
sangue fique acumulada, isto aumenta em quase o dobro de fluxo sanguíneo. O 
aumento do fluxo promove aumento da oxigenação, migram células de defesa ao 
tecido inflamado e as áreas mais distantes podem também ser atingidas com os 
efeitos benéficos da termoterapia com a vasodilatação consensual 28. 
 Nas fases iniciais do tratamento o calor promove um aumento da 
permeabilidade no vaso o que pode piorar um acúmulo de edema. Até que seja 
observada a causa do edema o calor sozinho não deve ser utilizado e a crioterapia é 
mais interessante nestes casos 28. 
A meta principal da termoterapia é promover aumento do fluxo sanguíneo e da 
temperatura muscular para estimular a analgesia, aumentar a nutrição para as células 
danificadas, reduzir o edema e remover metabólitos e produtos do processo 
inflamatório 28. 
 
 26 
 
5.1.1 Termoterapia e inflamação 
 As exarcebações agudas quando ocorrem, produzem uma hipertermia de longa 
duração; contudo não há dúvida que o aumento de temperatura no tecido sempre 
produz um efeito antiflogístico que pode ter resultados positivos em processos 
inflamatórios subagudos e crônicos. Estudos foram feitos para elucidar os efeitos da 
hipertermia na inflamação e mostram que esta pode ser inibida ou diminuída 37. 
 Os efeitos do aumento da temperatura no tecido lesado variam conforme for a 
causa e patogênese da inflamação. Foi feito um estudo com ratos, onde o edema foi 
induzido nas patas destes, as patas foram imersas em água a uma temperatura de 40º 
C. O grupo controle foi tratado com uma temperatura de 35º C. Após o tratamento com 
a termoterapia foi feita uma mensuração do volume da pata coma volumetria. A 
temperatura em uma hora foi elevada por meio da balneoterapia. Uma hipertermia 
severa não foi produzida. O edema do grupo controle aumentou e do grupo 
experimental, onde foi induzido o processo inflamatório, diminui 37. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
6. CAPÍTULO V 
6.1 A Síntese: Terapia do Banho de Contraste 
 A técnica do banho de contraste é definida como sendo uma alternância da 
termoterapia com a crioterapia, comum de uso em processos subagudos e crônicos de 
lesões musculares 23. É uma modalidade de crioterapia pois é o uso do frio, quando o 
quente ainda estiver produzindo seus efeitos fisiológicos. 30 A terapia com contraste é 
há muito tempo usada na medicina desportiva na redução de edema e as ações 
produzidas são as das terapias separadamente, ou seja, vasoconstrição e 
vasodilatação 01,13, 20, 28. 
 O banho de contraste é uma forma de terapêutica onde a crioterapia cessa os 
momentos de calor, as imersões são alternadas e de melhor forma podem ser 
aplicadas nas extremidades. Inicialmente a extremidade é submersa na água quente e 
depois no frio, formando os ciclos de alternância 01. 
 O banho de contraste é usado para tratar tumefação subaguda e crônica com o 
uso alternado na imersão, onde as temperaturas não são constantes. Geralmente o 
quente é usado entre 36º a 46 º C e o frio a 10º a 15º C. O principal efeito que justifica 
a redução do edema é o bombeamento vascular que ocorre, mas não existem estudos 
que comprovem que este ocorre realmente. Sabe-se que o mecanismo de redução da 
tumefação ocorre e somente superficialmente e os vasos profundos não seriam 
atingidos 28, 30. 
São necessários protocolos definidos para a terapia do contraste para 
realmente chegar a estudos conclusivos sobre as alterações produzidas com os 
efeitos fisiológicos 23. Por isso a terapia por contraste carece de muitos estudos como 
este. 
A seqüência de tempo usada geralmente é de cinco minutos iniciais de imersão 
em água morna/quente seguindo decrescentemente com intervalos de 1 minuto de 
imersão em água com gelo e assim sucessivamente. Porém, não foi estabelecido com 
 28 
precisão um consenso deste tempo de alternância das temperaturas a cada ciclo. Isto 
mostra que o contraste tem pouco efeito na mudança de temperatura do músculo 23. 
O contraste é usado em doenças vasculares periféricas e Myrer et al (1997), 
avaliaram em estudos a utilização da técnica sob a temperatura do músculo. Foram 
usados 5 minutos de água morna a 40.6º C para 1 minuto de água fria a 15.6 º C 
inicialmente. Posteriormente o tempo de termoterapia foi reduzido gradativamente, o 
início foi de 5:1, 4:1, 3:1, 2:1 até chegar a 1: 1, totalizando de 4 ciclos ou 20 minutos 
23. 
Os materiais necessários para sua realização são dois recipientes, turbilhão ou 
baldes, (Figura 11), de tamanho suficiente, para o paciente conseguir mover a 
extremidade em seu interior, máquina de gelo, toalhas e cadeira. O conforto do 
paciente deve sempre ser preconizado. O tempo total de tratamento é pelo menos 20 
minutos e se o efeito desejado é superficial pode variar de 10 a 15 minutos 28, 30. 
As sensações do frio e do calor com os pacotes de gelo e bolsa de água 
quente, ao invés de água de imersão, alternadamente produzem um “pumping 
mechanism” efeito de bombeamento de líquido do tecido edemaciado, isso reduz o 
edema por vasodilatação e vasoconstrição concomitantes e com isso remove o líquido 
com proteínas do espaço extracelular por compressão vascular. Isto é acompanhado 
do sistema de drenagem passiva linfática que depende da gravidade e compressão 
externa no fluxo linfático 09, 13, 20, 23. 
 Para que o efeito de compressão possa ser empregado junto a terapia do 
contraste, e possa reduzir o edema, compressões externas devem agir na 
extremidade imersa , isto com turbilhonamento de água do turbilhão pode ser 
conseguido 30. 
Existe atualmente no mercado um turbilhão que consegue promover a 
alternância de temperaturas para a realização da terapia por contraste, este seria o 
melhor recurso de utilização da técnica. O membro do paciente seria confortavelmente 
imerso, porém do custo deste aparelho é muito elevado e nem todo lugar teria acesso 
e principalmente o paciente (Figura 12). 
 29 
 
Fig. 11- Crioterm para banho de contraste de membros inferiores. 
 
 
Fonte: Encarte da empresa CLIF – O Melhor em equipamento de Fisioterapia, 1995. 
 
 
 
 
 
 30 
 
 
Fig. 12 – Crioterm para membros superiores. 
 
Fonte: Encarte da empresa CLIF – O Melhor em equipamento de Fisioterapia, 1995. 
O efeito do contraste está na flutuação da temperatura produzida no tecido 
intramuscular e é preciso mais estudos reconsiderando esta modalidade de tratamento 
para comprovar sua real eficácia 01, 23, 28. 
 A alternância entre vasodilatação e vasoconstrição eleva o bombeamento 
sanguíneo e conseqüentemente o fluxo, aumentando a quantidade de nutrientes para 
reparo do tecido, diminuindo o edema. É preciso retirar proteínas do local, via sistema 
linfático para reduzir o edema, a aplicação do banho de contraste conseguiria de forma 
mais lenta o que e a criocinética consegue rapidamente, um maior número de 
bombeamentos linfático por minuto 12. 
 Estudos mostram que a filtração capilar dobrava quando a temperatura do 
membro é aumentada de 14 para 45º C, era preciso ultrapassar 45 º C para obter um 
aumento considerável do fluxo linfático. Primeiro há uma vasodilatação das arteríolas 
 31 
na temperatura alta e conseqüentemente aumento da pressão capilar arterial elevando 
o fluxo sanguíneo e filtração capilar, com isso aumenta o quadro clínico de edema. 
Como o calor o frio também altera os fluxos sanguíneo e linfático, diminuindo estes, há 
diminuição da permeabilidade capilar e com isso reduz a filtração capilar e o edema. 
Após um período de tempo as temperaturas, após a retirada do estímulo térmico, 
voltam ao seu valor normal, porém com o frio o fluxo linfático volta maior que no início 
da aplicação 22. 
 O ciclo de imersões geralmente começa com o quente e pode terminar com 
este ou com o frio. O tempo de aplicação ainda não foi determinado em consenso 
pelos estudiosos no assunto, mas sabe-se que a maior parte do tempo se faz na 
termoterapia e a crioterapia é de curto período. Deve, para bons resultados, ser usado 
de 2 a 3 vezes por dia. A terapia de contraste tem sido muito usada no tratamento 
desportivo em ocasiões, mas só onde o atleta está em repouso, pois não é o mais 
rápido tratamento de redução de edema. O efeito do contraste é oculto sabe-se que 
causa mudança considerável no edema. A quem acredite que o efeito não é 
conseguido pelas alternâncias das temperaturas e sim pelo aumento global de 
temperatura no tecido, 1 min de frio não seria suficiente par alterar a temperatura da 
termoterapia nos intervalos, mas é preciso relevar os efeitos desta terapia como parte 
de um processo de reabilitação 09, 13, 33. 
 Mudanças de temperatura na exposição frio/calor em estudos mostram que, só 
na temperatura quente com o contraste houve alterações e em exposições agudas e 
nada foi observado com o frio, a temperatura inicial foi mantida durante a fase de frio, 
mas foi menor que na temperatura morna, mas a mudança de temperatura no 
contraste foi mais lenta que na exposição apenas com o frio. A resposta aguda na 
mudança de temperatura aumentou durante 1 hora em todos os grupos. Estudos 
confirmam que a temperatura no quente promove algumas diferenças de resposta 
metabólica na exposição aguda ao frio, na técnica contraste, que nas técnicas 
separadamente. A resposta ao contraste foi melhor na produção de calor quando 
comparada as técnicas de imersão no calor e com maior diminuição de calor se 
comparada com o frio separadamente 18. 
 32 
 Visto que a posição da extremidade imersa no banho de contraste está a favor 
da gravidade é preciso analisar o membro em questão para saberse o edema não foi 
aumentado ao invés de reduzido 28. 
 Ë importante citar que os efeitos de bombeamento do banho de contraste não 
são tão significativos quanto os do exercício e principalmente da criocinética 01, 20. 
 A teoria que confirma que a criocinética se faz melhor que o banho de contraste 
é a seguinte, enquanto o banho de contraste faz um bombeamento por ciclo de 
alternância ou 8 a 15 bombeamentos / hora, a criocinética promove um bombeamento 
a cada contração muscular, de 30 a 40 bombeamentos/minuto. Além disto para reduzir 
o edema é preciso remover as proteínas livres no espaço intersticial e quem promove 
isto é o sistema linfático e não apenas o sanguíneo. Desta forma os banhos de 
contrastes ficariam sem uma explicação lógica, apesar dos diferentes resultados 
obtidos na prática clínica 20. 
 As contra-indicações da crioterapia são as mesmas para a termoterapia e 
crioterapia separadamente, uma vez que a técnica é uma alternância destas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
7. OBJETIVOS 
 
7.1 GERAIS 
 
Realizar uma revisão bibliográfica sobre a modalidade de crioterapia por banho 
de contraste para tratamento dos casos de edemas subagudos ou crônicos de 
extremidades em situações específicas. 
 
 
7.2 ESPECÍFICOS 
Dissertar sobre a anátomo-fisiologia do sistema linfático e a fisiopatologia do 
edema ou linfedema; 
Descrever os mecanismos circulatórios e fisiologia da crioterapia, assim como 
da termoterapia ; 
Justificar a eficácia do banho de contraste como opção de escolha no 
tratamento reabilitativo coadjuvante de edema em estágios subagudos ou crônicos de 
extremidades em situações específicas. 
 
 
 
 
 34 
8. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Foi realizada uma revisão bibliográfica baseada em pesquisas no Comut das 
Universidades: Católica de Brasília, Federal de Brasília e nos seguintes bancos de 
dados: Medline, Bireme, Liliacs, também na Biblioteca do Ministério da Saúde e 
Internet. Além disso, o tema gera muitas controvérsias e ainda é tido como empírico, 
pois são poucos estudos na tentativa de se comprovar sua eficácia. 
 As publicações foram delimitadas entre os anos de 1975-2002, sendo apenas a 
minoria da década de 70 e a maioria tratando de artigos recentes. Foram levantados 
dados de 48 bibliografias. 
 As palavras chave que utilizadas para a pesquisa foram: Crioterapia, 
Termoterapia, Contraste, “Banho Contraste”, “Imersão Água Fria e Quente”, “Contrast 
Therapy”, “Immersions water hot and cold”, “heat and cold”, Cryotherapy, edema e 
linfedema. 
 Incluem-se 40 bibliografias sendo 29 artigos científicos e 11 bibliografias 
literárias e excluir 8 artigos por não serem úteis o suficiente para dissertar sobre o 
banho de contraste. 
 O método de fichamento foi feito da seguinte forma: uma vez selecionado o 
tema do artigo ou capítulo, este era lido na íntegra e a idéia principal era retirada de 
cada um. Foram formadas, fichas com cada artigo lido e dadas umas referências 
numéricas para cada um. Em seguida esta referência era incluída diretamente na 
monografia. 
 Ao dissertar sobre cada capítulo, cada artigo era selecionado segundo a sua 
abordagem para justificar o assunto do capítulo em questão. Por se tratar de um 
assunto com poucas pesquisas diretas à técnica tentou-se também formular pontos de 
vistas relacionados à terapias: crioterapia e termoterapia separadamente que 
comprovassem a ação conjunta destas no banho de contraste. 
 Além da introdução, conclusão e discussão, foram definidos 5 capítulos de 
desenvolvimento do estudo, tratando sobre: de sistema linfático, edema, crioterapia, 
termoterapia e banho de contraste. O último se relaciona diretamente ao tema, pois se 
trata da síntese dos anteriores. 
 35 
9. DISCUSSÃO 
 
 
 A terapia por contraste é um assunto de pouca explanação em estudos e talvez 
isto tenha dificultado um pouco a pesquisa de revisão bibliográfica, porém esta 
questão da carência de estudos foi o grande impulso para a escolha do tema. 
 Segundo ANDREWS (2000) “o banho de contraste é uma modalidade da 
crioterapia onde o uso da crioterapia é aplicado nos momentos de termoterapia”. 
Porém, o contrário também poderia ser verdadeiro, ou seja, modalidade da 
termoterapia, se o início fosse com a crioterapia. 
A crioterapia é uma técnica fisioterapêutica onde o uso do frio é preconizado de 
forma terapêutica. O mecanismo vascular que ocorre é o de vasoconstrição. Acredita-
se que, após um período de tempo ocorreria uma vasodilatação, chamada teoria da 
vasodilatação reflexa que é motivo de discussão entre os estudiosos do assunto. 
Segundo PRENTICE (2002) “a temperatura local da pele, na crioterapia, é 
diminuída após o resfriamento e após alguns minutos ocorreria um período de 
vasodilatação como uma resposta de defesa do organismo, diante da agressão que o 
estímulo frio estaria produzindo no tecido”. 
Segundo KNIGHT (2000) “a vasodilatação reflexa ao estímulo do resfriamento 
não ocorre. O que ocorreria na verdade seria um retorno do calibre normal do vaso, e 
não aumento deste após o período de vasoconstricção induzida pelo frio. Seria 
necessário haver um aumento do fluxo sanguíneo, com a VIF, após a utilização da 
crioterapia e estudos mostram que isto não ocorre”. 
Tem sido consenso que a vasoconstrição é um fenômeno característico na 
exposição ao frio. Porém, para KNIGHT (2000) “estudos comprovam a teoria da 
vasodilatação reflexa seria ultrapassada”. 
 36 
Acreditar na teoria na vasodilatação reflexa ao frio seria para a terapia de 
contraste de pouca valia, uma vez que, se esta vasodilatação ocorre isto ocorreria 
após 30 minutos em média. Como no banho de contraste os momentos de crioterapia 
são apenas de 1 minuto a cada ciclo, isto não seria suficiente para haver 
vasodilatação. 
Uma das principais utilizações do banho de contraste é o da redução de edema 
de extremidades 23. 
Para KNIGHT (2000), o deslocamento de linfa com proteínas, ,característico no 
edema, só ocorreria se junto aos gradientes de pressões de Starling houvesse 
também a ação de uma atividade física, onde houvesse contração voluntária da 
musculatura esquelética. 
Segundo MARX (1984), o deslocamento de linfa através dos vasos linfáticos 
pode ser produzido com movimentação passiva, além da contração voluntária da 
musculatura esquelética. 
No banho de contraste o paciente não necessitaria movimentar voluntariamente 
o segmento no momento da terapia , pois, a força externa pode ser conseguida tanto 
por meio de jatos de água no turbilhão como por meio de compressão com pacotes de 
gelo e bolsa de água quente, este seriam outra alternativa para o contraste. 
Para KNIGHT (2000), a terapia por contraste estaria condenada como forma de 
reduzir edema, pois, a criocinética seria uma alternativa muito mais eficaz. Enquanto o 
contraste promoveria de 8 a 15 bombeamentos por hora a criocinética faria de 30 a 40 
por minuto, logo não seria boa alternativa usar o contraste. 
No entanto, em situações de imobilidade, dor, impossibilidade de execução de 
exercício ou intolerância ao frio, o banho de contraste parece ser uma melhor opção 
de tratamento no edema, em oposição a criocinética. 
A terapia por contraste pode ser considerada uma modalidade válida no 
tratamento reabilitativo do edema de extremidades, porém, não empregada 
isoladamente e sim como coadjuvante dentre outros recursos fisioterapêuticos. 
 37 
Também pode ser forma de tratamento caseiro onde o paciente estando instruído não 
teria custo ou dificuldade de realizar em casa. 
O tempo, nos ciclos de alternância, não foi definido em consenso entre autores, 
porém, observa-se que o início se faz na termoterapia e pode terminar nesta ou na 
crioterapia e seriam necessários de 15 a 20 minutos de tratamento 23. 
 A terapia por contraste ainda é considerada empírica, se faz necessário que 
estudos comprovem qual o verdadeiro mecanismo fisiológicoda redução do edema 
para que realmente tenha valor científico como modalidade de redução do edema. Um 
protocolo definido de técnica de utilização do banho de contraste parece ainda não 
existir por falta de consenso e estudos mais aprofundados no assunto. 
Torna-se necessário despertar interesse na pesquisa científica do contraste, pois esta 
terapia é muito utilizada e prescrita, porém, sem comprovação científica e muitas 
vezes sem conhecimento por parte dos profissionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
10. CONCLUSÃO 
 Conclui-se por meio desta que: 
a. apesar de pouco elucidada e poucos estudos conseguirem comprovar a 
eficácia da técnica banho de contraste pode ser mais uma opção de tratamento 
do edema em fase subaguda ou crônica de lesões de sistema músculo-
esquelético. 
b. pode ser usada a terapia por contraste como tratamento coadjuvante ou em 
situações onde o paciente não possa se movimentar devido algum tipo de 
limitação e por qualquer indivíduo com edema de extremidades, como 
tratamento caseiro, por se tratar de uma técnica simples. 
c. é uma forma de tratamento muito indicada por médicos ortopedistas, 
fisioterapeutas ou terapeutas em geral pois, é de fácil realização e não requer 
custos e obtém resultados bons na redução de tumefação, crônica ou 
subaguda, de extremidades superiores ou inferiores seja qual for a causa, 
principalmente em membros inferiores, pois nesta região o retorno venoso é 
mais dificultado e o edema mais comum do que nos membros superiores. 
d. na terapia por contraste, apesar de não existir muito consenso entre autores, 
estudos mostram que o tempo de maior predominância foi um total de 15 a 20 
minutos de aplicação, em quatro ciclos, onde terminar no quente ou frio irá 
variar dependendo do objetivo da aplicação; se for para produzir maior retorno 
venoso após o término, terminar no quente seria de melhor opção, mas se o 
objetivo é manter mais tempo a analgesia do frio, terminar com o frio seria 
melhor opção. 
e. o momento de imersão no frio sempre será menor que no quente, durante os 
ciclos, e o tempo de início observado na maioria dos estudos foi de 5 minutos 
de quente para 1 de frio, seguido 4 de quente para 1 de frio, 3 de quente para 1 
de frio , ainda 2 de quente para 1 de frio, finalizando 1 de quente para 1 de frio. 
A temperatura de 36º C de termoterapia, em média, para 10º de crioterapia. O 
mecanismo pelo qual o edema pode ser reduzido na terapia por contraste é o 
de bombeamento vascular causado pela alternância entre o frio e quente, pois 
 39 
ocorre no vaso a vasoconstrição e vasodilatação sucessivas. Este efeito 
provoca a contração vascular, bobeando o líquido do espaço extracelular no 
tecido tumefacto, através do sistema vascular linfático para ser reabsorvido pelo 
sistema vascular venoso. 
f. a teoria da VIF não pode ter credibilidade, pois se ocorresse a vasodilatação 
com aplicação do frio, o banho de contraste não seria um contraste, pois a 
vasoconstrição convertida em vasodilatação daria um resultado final apenas de 
vasodilatação. Se olharmos friamente, isto aumentaria a tumefação uma vez 
que aumentaria o metabolismo e lesão celular no processo inflamatório do 
edema. 
g. o recipiente mais comumente utilizado é o balde, este deve englobar toda 
extremidade e possibilitar a movimentação dentro do recipiente, o conforto do 
paciente deve ser preconizado. O turbilhão é outra forma de tratar que parece 
ser mais eficaz que a imersão em balde com água, pois, o fator mecânico do 
turbilhonamento da água no membro, estimularia maior drenagem e redução do 
edema. Existem turbilhões próprios para o contraste que proporcionam a 
mudança térmica, esta seria a melhor escolha para a terapia, porém o custo 
destes equipamentos é elevado, e muito dificilmente encontrado em clínicas. 
h. estudos mostram que a criocinética seria uma alternativa melhor que o contraste 
para reduzir o edema de extremidades superiores ou inferiores, isto porque o 
bombeamento produzido na aplicação do frio com o exercício seria muito maior 
e mais rápido do que o do contraste. Porém não se descarta que o contraste 
também produza o bombeamento, logo este pode ser utilizado em casos onde o 
paciente não consiga fazer o exercício ou não consiga fazer o tratamento sem 
orientação de um fisioterapeuta, ou seja, em casa, por exemplo. 
 40 
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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