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Constituição e Funções dos Ossos

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OSTEOLOGIA
Profa Juliana Normando Pinheiro
Ciências Morfofuncionais Veterinárias Aplicadas
 ao Sistema Tegumentar, Esquelético e Locomotor 
juliana.pinheiro@kroton.com.br
Osso
É uma substância viva com grande capacidade de reparação pós-trauma
Ele cresce e está sujeito à doença 
Torna-se mais delgado e fraco pelo desuso e hipertrofia-se para suportar o peso aumentado
O conjunto de ossos forma o esqueleto 
Constituição Óssea
É formado por uma matriz óssea e por três tipos de células:
Osteócitos, que se situam dentro da matriz óssea;
Osteoblastos, que produzem a parte orgânica da matriz;
Osteoclastos, que participam da remodelação óssea.
Matriz Óssea
É formada por uma matéria orgânica e uma matéria inorgânica na proporção de 1 : 2
Matéria orgânica - Flexibilidade e elasticidade (Colágeno)
Matéria inorgânica ( mineral ) - Endurece o tecido ósseo (Sais minerais )
Ex: fosfato de cálcio, o carbonato de cálcio e o fosfato de magnésio.
Número de Ossos
Equino: 189
Bovinos: 188
Ovinos : 187
Caprinos:193
Suíno : 233
Cão : 215
FUNÇÕES DOS OSSOS
Sustentação e conformação do corpo
Proteção para órgãos moles: coração, pulmões, sistema nervoso central
É um sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos, permitem o deslocamento do corpo.
Local de armazenamento de íons cálcio e fósforo: homeostase mineral
Local de produção de certas células do sangue: hematopoiese 
Fonte de eritrócitos, hemoglobina e plaquetas
CONSTITUIÇÃO ÓSSEA
Substância compacta 
Substância esponjosa 
Periósteo 
Vasos e nervos 
Medula óssea
Osso compacto
 	Camada externa dos ossos
	 Composto de finas lâminas ósseas que se arranjam em formas de tubos concêntricos 	ao redor de um canal central (Havers)
Osso esponjoso
	Consiste em delicadas lâminas ósseas e espículas dispostas aleatoriamente com 	espaços entre si
	Espaços são ocupados por medula óssea
Periósteo
	Lâmina Fibrosa que revestem a superfície externa do osso com exceção da superfície 	articular
	Tem função osteogênica e por isso tem a capacidade de formar tecido ósseo, exercida 	durante o crescimento e reativada no processo de reparação de fratura
	É responsável pelo crescimento do osso em espessura
Vasos e nervos
	Os ossos são ricamente vascularizados e inervados. 
	As artéria nutrícias penetram no forame nutrício para o interior do osso através do 	periósteo
Medula Óssea
	Ocupa os ossos esponjosos e a cavidade medular dos ossos longos
	 Nos indivíduos jovens há somente medula óssea vermelha que é altamente 	vascularizada e com função hematopoiética
	 Posteriormente nos indivíduos adultos esta medula sofre infiltração adiposa 	transformando em medula óssea amarela cuja a capacidade hematopoiética é latente.
FORMAÇÃO ÓSSEA
Células formadora de tecido ósseo: Osteoblastos 
Ossificação Intramembranosa - Osso se forma em cima de tecido conjuntivo fibroso (ossos do crânio)
 Ossificação Endocondral - Osso formado em cima de cartilagem pré-existente 
Fise, linha epifisária ou linha de crescimento - 	Crescimento ósseo em comprimento
Periósteo - Crescimento ósseo em espessura
Aplicação Clínica
Reparação de fraturas
Três fatores são necessários para a reparação óssea: alinhamento (redução), imobilização (fixação) e tempo.
Fixação: Externa(talas e gesso) ou interna (pinos, parafusos, arames, placas)
Tempo de reparo: depende do tipo e localização da fratura, espécie, idade, condição física e tamanho do animal.
Processo de reparação:
	Aumento do suprimento sanguíneo
	Infiltração de células de reparação do periósteo 
	Formação do calo
	Remodelamento ósseo
ESQUELETO
Armação de estruturas duras que suporta e protege os tecidos moles. 
Exoesqueleto 
Endoesqueleto
Divisão do esqueleto
Esqueleto Axial 
 	Composto pelos ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno
Esqueleto Apendicular 
	 Composto pelos ossos dos membros torácicos e pélvicos
Esqueleto visceral 
	 Ossos cardíaco do bovino e peniano do cão
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS
Osso Longo
	Tem o comprimento maior que a largura e a espessura 
	Apresentam um canal medular 
	Exemplos típicos são os ossos do fêmur, tíbia, úmero, rádio, ulna, etc.
	Os ossos longos apresentam duas extremidades (epífises), uma proximal e outra distal, 	bem como uma porção intermediária, o corpo (diáfise)
	Entre a epífise e a diáfise, existe um disco epifisário (fise ou linha de crescimento) que 	permite o crescimento do osso no seu comprimento
Osso Alongado
	 O comprimento é maior que a largura e espessura e não apresentarem canal medular. 	Exemplo: costelas.
Osso plano (chato)
	Expandem-se em duas direções. São os que apresentam comprimento e largura 	equivalente.
	Ossos do crânio, como parietal, frontal, nasal e outros como escápula e o osso do 	quadril, são exemplos demonstrativos.
Osso curto
	 Apresentam equivalência das três dimensões. Ex. ossos do carpo e tarso
Osso irregular
	Sem forma geométrica definida. Ex. as vértebras
Osso pneumático
	 Apresentam cavidades contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou 	seios. Os ossos pneumáticos situam-se no crânio. Ex. frontal, maxilar e esfenóide
ACIDENTES ÓSSEOS
Após o término do crescimento e desenvolvimento ósseo, observa-se marcas na superfície do osso (saliências e depressões) denominadas acidentes ósseos, que são estruturas naturais adaptadas a funções específicas como origem e inserção de músculos e ligamentos ou ainda, trajeto de nervos ou vasos. 
SALIÊNCIAS ARTICULARES 
Cabeça 
Uma extremidade articular globosa. Ex.: cabeça do úmero e do fêmur. 
Côndilo 
Uma projeção articular de grande porte, de aspecto arredondado. 
Ex.: côndilos do fêmur, da mandíbula, etc... 
Tróclea: segmento de polia. Ex. do fêmur, do talus, etc.
SALIÊNCIAS NÃO-ARTICULARES 
Crista 
Eminência estreita e alongada. Ex. crista ilíaca, da tíbia
Espinha 
Uma projeção delgada e pontiaguda. Ex.: espinha da escápula. 
Epicôndilo 
É um processo proeminente acima do côndilo. Ex.: epicôndilos do úmero. 
Linhas 
As linhas são cristas pequenas e rasas. Ex.: linha áspera do fêmur. 
Processo 
Refere-se a uma saliência óssea acentuada. Ex.: processo odontóide do axis, processo espinhoso das vértebras.
Trocanter 
Um grande processo para inserção muscular. Ex.: trocanter maior e menor do fêmur. 
Tuberosidade 
Um grande processo de superfície áspera e rugosa. Ex.: tuberosidade deltoide. 
Tubérculo 
Um pequeno processo de formato arredondado. Ex.: tubérculo maior e menor do úmero. 
CAVIDADES, DEPRESSÕES, ABERTURAS 
Cavidades articulares 
Forma ovóide, oca, rasa. Ex. da escápula.
Forâmen 
Abertura de contorno regular para passagem de vasos e nervos. Ex.: forame magno do osso occipital. 
Fossa 
Refere-se a uma “vala”, escavação grande e aberta. Ex. fossa do olecrano. 
Fóvea 
Uma pequena escavação formando uma cavidade, normalmente circular. Ex.: fóvea da cabeça do fêmur. 
Meato ou canal 
É uma passagem de forma tubular. Ex.: meato acústico externo do osso temporal. 
Seio 
Cavidade ou espaço oco. Ex.: seio frontal do osso frontal. 
Sulco 
Depressão alongada em forma de canaleta; são cavidades onde deslizam os tendões, acomodam um vaso ou um nervo. Ex.: sulco braquial do úmero.
QUESTÕES DE REVISÃO
Como é constituído o osso? Do que ele é formado?
Quais são as funções dos ossos?
Quais são as estruturas responsáveis pelo crescimento ósseo em espessura e comprimento?
Como ocorre a reparação de fraturas? Qual o principal constituinte ósseo responsável pela reparação?
Quais são os osso que forma o esqueleto dos animais domésticos?
Como dividimos o esqueleto?
Como são classificados os ossos? Dê um exemplo de cada
Quais são os 2 tipos de ossificações?
Quais são os acidentes ósseos articulares e não articulares?
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