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Primeira e Segunda Revolução Industrial


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Primeira Revolução Industrial
Com a Revolução Industrial (1760-1830), na Europa, outros problemas começaram a surgir. Segundo Moraes (2009), a Revolução Industrial foi um processo de transformação que iniciou na Inglaterra devido às condições favoráveis, como: muita matéria-prima e amplo mercado consumidor nas colônias.
Embora a industrialização tenha transformado profundamente a sociedade na segunda metade do século XVIII, o aparecimento de novas doenças relacionadas ao trabalho e muitos relatos de acidentes passaram a fazer parte do dia a dia das famílias (não somente os pais e mães, como também os adolescentes e mesmo crianças) que trabalhavam nas fábricas.
Com o surgimento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão perdeu espaço e domínio dos meios de produção. As máquinas os substituíram e, para o sustento da família, muitos foram contratados para trabalharem nas fábricas. As mulheres e crianças também, recebendo salários menores.
Sobre os locais de trabalho, há registros das péssimas condições para as atividades laborais e inclusive péssimas condições de higiene. Lembra da pergunta lá no início do módulo? Como você imagina uma indústria têxtil? Na época da Revolução Industrial, as fábricas eram sujas e a iluminação precária. Não se tinha o conhecimento de que esses ambientes sujos ajudavam na propagação de várias doenças, também conhecidas como pestes.
A falta de conhecimento sobre a manipulação das máquinas e ausência de dispositivos de segurança geravam acidentes graves e, como consequência, muitos trabalhadores eram mutilados ou morriam, afinal, a maior parte deles eram artesãos e não tinham habilidade em lidar com as máquinas.
Dentro das fábricas, por falta de ventilação, local apropriado para descanso, alimentação e higiene muitas doenças infectocontagiosas eram transmitidas, além de doenças causadas pela exposição a agentes químicos e intoxicações.
A ausência de medidas de segurança causavam mortes, inclusive das crianças.
Jovens trabalhando na sala de fiação do Cornell Mill em Fall River, Massachusetts, em 1912.
Estamos falando de uma época que não havia qualquer tipo de regulamentação relacionada ao trabalho, tudo era novidade e, assim, o empregador criava e fixava diretrizes, além de modificá-las conforme sua vontade. Não existia limite de tempo para jornada de trabalho, muitos trabalhadores iniciavam sua jornada de madrugada e só terminavam no início da noite, ou dependendo da situação continuavam a noite toda em ambientes inapropriados e pouco iluminados. Os ruídos emitidos pelas máquinas eram ensurdecedores, dificultando a comunicação e contribuindo para o aumento do número de acidentes e das perdas auditivas.
O Parlamento Britânico, então, criou uma comissão de inquérito, que posteriormente conseguiu aprovação, em 1802, da primeira lei de proteção aos trabalhadores: Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes. Esta lei estabelecia uma jornada de 12 horas de trabalho diário, proibia trabalho noturno, obrigava a ventilação nas dependências das fábricas para remover gases, poeiras e outras impurezas que poderiam causar danos à saúde e obrigava a lavagem das paredes duas vezes por ano.
Em 1831, foi publicada na Inglaterra a obra Os efeitos das artes, ofícios e profissões na saúde e longevidade de autoria de Charles Turner Thackrah (1795-1833). Pioneiro no campo da Medicina Ocupacional, contribuiu para o desenvolvimento de legislações voltadas aos trabalhadores. Em 1830, surgiu o primeiro serviço médico industrial do mundo, com a nomeação do médico Robert Baker como o inspetor do serviço.
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