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2° AULA FISIOTERAPIA DO TRABALHO

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O MUNDO 
ATUAL E O 
TRABALHO
DISCIPLINA: FISIOTERAPIA DO TRABALHO
DOCENTE: INGRID MENDES
01/03/2021
O QUE VEREMOS 
HOJE...
• O trabalho no mundo atual: os
modelos ideológicos e suas
implicações na ST
• O campo da saúde do trabalhador no
Brasil
O trabalho no mundo atual: os
modelos ideológicos e suas
implicações na ST
Trabalho -
Antiguidade
• A palavra “trabalho” surgiu a partir do
vocábulo latino tripalium
• A princípio foi um instrumento utilizado
na lavoura
• Em fins do século VI, este passou a ser
também o nome de um instrumento
romano de tortura formado por três (tri)
paus (paliu)
Trabalho -
Antiguidade
• Desde a Antiguidade até a Idade Média o
trabalho sempre esteve aliado à um sentido
negativo, de castigo e sofrimento.
• A relação existente entre trabalho-saúde-
doença já era percebida desde à antiguidade.
Porém, como somente os escravos trabalhavam
eram eles que estavam expostos aos riscos do
trabalho.
• Por este motivo,
não havia uma
preocupação efetiva
no sentido de se
garantir proteção ao
trabalho, já que a
mão de obra era
abundante.
• Ociosidade = valor 
• Trabalho = desvalor
“A escravidão de uns é necessária para que outros possam ser virtuosos”
(Aristóteles)
Trabalho -
Renascimento
• Mudança de visão
• Surgem as ideias de valorização do
trabalho como manifestação da cultura, e
este começou timidamente a ser visto como
um valor da sociedade e do próprio homem.
• O que se via naquela época eram alguns estudos
isolados de investigação das doenças do trabalho,
como aqueles realizados pelo médico e filósofo grego
Hipócrates (460-375 a.c.), que em um de seus trabalhos
descreveu um quadro de “intoxicação saturnina”
(intoxicação por chumbo) em um mineiro.
• Descreveu, em seu tratado “De Historia
Naturalis”, as condições de saúde dos
trabalhadores com exposição ao chumbo e
poeiras.
• Ele fez uma descrição dos primeiros
equipamentos de proteção conhecidos, como
panos ou membranas de bexiga de animais para o
rosto (improvisados pelos próprios escravos),
como forma de atenuar a inalação de poeiras
nocivas;
• também descreveu diversas moléstias do
pulmão entre mineiros e envenenamento
devido ao manuseio de compostos de enxofre
e zinco.
Escritor e naturalista romano, que viveu
no início da era Cristã (23-79 d.C.)
• Em meados do século XVI, o pesquisador alemão
Georg Bauer publicou um livro chamado “De Re
Metallica”, que apresentava os problemas
relacionados à extração de minerais e à fundição
da prata e do ouro, com destaque para uma
doença chamada “asma dos mineiros”.
• silicose
• é uma das mais antigas doenças ocupacionais)
• Paracelso, em l567
• Descreveu também doenças de
mineiros da região da Boêmia e
intoxicação pelo mercúrio.
• Descreveu doenças que ocorriam em mais de
cinquenta profissões.
• Recebeu da posteridade o título de pai da
Medicina do Trabalho, por sua vida dedicada à este
assunto.
• Ele orientava os demais médicos a fazer a
seguinte pergunta ao paciente: “Qual o seu
trabalho?”
Bernardino Ramazzini – 1700 
Médico italiano
• O livro De Morbis Artificum Diatriba pode-
se encontrar, além da agudeza das
observações, uma sutil crítica de costumes,
no qual relacionou os riscos à saúde
ocasionados por produtos químicos, poeira,
metais e outros agentes encontrados nas
atividades exercidas por trabalhadores em
várias ocupações.
• Enfatizou a importância do estudo das
relações entre o estado de saúde de uma
determinada população e suas condições de
vida, que estavam, segundo ele, na
dependência da situação social.
(ROSEN,1994)
• Trabalhos de Hipócrates, Plínio, Galeno e outros chamavam a atenção para a
importância do ambiente, da sazonalidade, do tipo de trabalho e da posição social como
fatores determinantes na produção de doenças.
Visão do trabalho após o renascimento
• Ao longo dos anos, vários médicos e higienistas se ocuparam da observação do trabalho em diversas
atividades e conseguiram chegar a várias descobertas importantes.
Médico francês Patissier
Recomendava aos ourives levantar a 
cabeça de vez em quando e olhar
para o infinito como modo de evitar
a fadiga visual
Rene Villermé, médico francês que foi além dos 
ambientes de trabalho insalubres e associou à 
influência das jornadas excessivas, as péssimas
condições dos alojamentos, a qualidade da 
alimentação e o “salário abaixo das 
necessidades reais”, e sobre o mau estado de 
saúde dos trabalhadores
Com a realidade social de tais épocas, em que nações escravizavam
outras nações subjugadas em guerra, esses relatos dificilmente teriam o
cunho de denúncia social.
Utilização em massa do trabalho de mulheres e
crianças, todas elas submetidas a jornadas
exaustivas de trabalho, que não raro chegava a
quatorze ou até dezesseis horas de trabalho diário.
Naquela época surgiram os primeiros movimentos
operários contra as péssimas condições de trabalho
e ambientes insalubres.
Os trabalhadores passaram a se organizar em
sindicatos para melhor defenderem os seus
interesses.
Apesar de vários riscos de várias atividades serem conhecidos, até então pouco ou quase nada era feito 
para combatê-los ou reduzi-los. Somente após muitos conflitos e revoltas, começaram a surgir as 
primeiras leis de proteção ao trabalho, inicialmente das mulheres e crianças.
A partir de 1802....
• Um dos marcos da legislação internacional relativa à proteção do trabalho foi a
aprovação, pelo parlamento britânico, de várias leis conhecidas como Leis das
Fábricas com o objetivo de proteção do trabalho de mulheres e crianças, tanto
no que se refere a ambiente de trabalho quanto às jornadas excessivas,
comumente praticadas.
• Esta lei abrangia inicialmente as indústrias têxteis, principal atividade industrial
naquela época, e somente em 1878 passou a valer para todas as indústrias.
Lei da Moral e Saúde dos Aprendizes 
Factories Act, 1802 
• Foi uma das primeiras leis e trazia as seguintes obrigações para os proprietários das fábricas:
• Todos os ambientes da fábrica devem ser ventilados
• O “limo” – sujeira deve ser removido duas vezes por ano
• As crianças devem receber duas mudas completas de roupa
• A jornada diária de crianças entre 9 e 13 anos deve ser no máximo 8h, e no caso de
adolescentes entre 14 e 18 anos a jornada não deve ultrapassar 12h
• É proibido o trabalho de crianças menores de 9 anos, que deverão frequentar as escolas
a serem abertas e mantidas pelos empregadores
• Crianças devem ocupar quartos de dormir separados por sexo, sendo que cada cama
deve ser ocupada por no máximo duas crianças
• Os empregadores são responsáveis pelo tratamento de doenças infecciosas
• Apesar de ser considerado um avanço sobre a proteção do trabalho, o Ato de 1802
não regulamentou a inspeção nas fábricas para verificação do cumprimento de suas
disposições, o que aconteceu somente em 1833.
• Se por um lado os proprietários das fábricas, detentores dos meios de produção,
faziam forte oposição à aprovação desta lei, por outro lado eles sabiam da
necessidade de se preservar o potencial humano como forma de garantir a produção.
•Obrigação de concessão de uma hora de almoço para crianças – mantendo-se a
jornada máxima de doze horas para crianças entre 14 e 18 anos e oito horas para
crianças entre 9 e 13 anos.
•Crianças entre 9 e 13 anos deve ter duas horas de aulas por dia
•Proibição do trabalho noturno para menores de 18 anos
•Introdução de rotinas de inspeção do trabalho nas fábricas
Em 1844...
• Houve novamente um grande “avanço” na legislação britânica, com a publicação do
Factories Law 1844, com a inclusão de requisitos expressos de proteção do trabalho
das mulheres, obrigatoriedade de comunicação e investigação de acidentes fatais e de
proteção de máquinas.
• a proteção das máquinas era tão precária quanto a própria redação da lei que obrigava sua
implantação
• Nesta época também surgiam na Alemanha as primeiras leis de acidente do trabalho,
o que também começou a acontecer nos outros países da Europa.
SÉCULO XX
• Foram criados vários órgãos com o objetivo final de proteçãodo trabalho, entre os
quais seguem os mais importantes:
1914
Criação do National Institute of 
Occupational Safety and Health (NIOSH)
Órgão de pesquisa em Segurança e Saúde no Trabalho. 
Atualmente praticamente todos os países utilizam a metodologia 
de avaliação da exposição ocupacional estabelecida por este 
órgão.
1919 Criação da OIT Organização Internacional do Trabalho
Em 1958, a OIT recomendou os Serviços de Medicina do trabalho
1938 Criação da American Conference of
Governmental Industrial Hygienists (ACGIH)
Associação dos Higienistas do Governo Americano e que desenvolve 
pesquisas sobre os Limites de Exposição Ocupacional para os agentes 
físicos, químicos e biológicos e Índices Biológicos de Exposição.
1966 Criação da FUNDACENTRO
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de 
Segurança e Medicina do Trabalho, voltada 
para o estudo e pesquisa dos problemas 
relativos à segurança, higiene e medicina do 
trabalho
Em 1974 passou a ser vinculada ao Ministério do Trabalho. Criada 
inicialmente como Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho
E no Brasil?
• Enquanto no início do século XIX, a Inglaterra já se preocupava com a proteção dos
trabalhadores das indústrias têxteis, somente no final daquele século, por volta de 1870 é
que se tem notícia da instalação da primeira indústria têxtil no Brasil, no estado de Minas
Gerais.
• E somente vinte anos depois é que surgiu no Brasil um dos primeiros dispositivos legais
relativos à proteção do trabalho, mais precisamente em 1891, com a publicação do Decreto
1.313 que tratava da proteção do trabalho de menores, logo os trabalhadores adultos não
eram abrangidos por este decreto.
• Isso aconteceu nos primeiros anos da república velha, onde o Brasil começava a dar os
primeiros passos, ainda bastante tímidos, em direção à proteção do trabalho.
• Inglaterra já havia, há mais de 80 anos, uma regulamentação sobre o trabalho infantil, através da
Factory Law.
DECRETO Nº 1.313, DE 17 DE JANEIRO DE 1891
Estabelece providencias para regularizar o trabalho dos menores empregados nas fabricas da Capital Federal.
O Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do
Brazil, atendendo à conveniência e necessidade de regularizar o trabalho e as condições dos menores
empregados, afim de impedir que, com prejuízo próprio e da prosperidade futura da pátria, sejam sacrificadas
milhares de crianças, decreta:
Art. 2º Não serão admitidas ao trabalho efetivo nas fabricas crianças de um e outro sexo menores de 12 anos,
salvo, a titulo de aprendizado, nas fabricas de tecidos as que se acharem compreendidas entre aquela idade e a
de oito anos completos.
Art. 4º Os menores do sexo feminino de 12 a 15 anos e os do sexo masculino de 12 a 14 só poderão trabalhar no
máximo sete horas por dia, não consecutivas, de modo que nunca exceda de quatro horas o trabalho continuo, e
os do sexo masculino de 14 a 15 anos até nove horas, nas mesmas condições.
Dos admitidos ao aprendizado nas fábricas de tecidos só poderão ocupar-se durante três horas os de 8 a 10
anos de idade, e durante quatro horas os de 10 a 12 anos, devendo para ambas as classes ser o tempo de
trabalho interrompido por meia hora no primeiro caso e por uma hora no segundo.
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-1313-17-janeiro-1891-498588-publicacaooriginal-1-pe.html
• O Brasil, a partir de 1934, começou a olhar diferente e de
forma mais atenta aos direitos trabalhistas, com o
Governo do então Presidente Getúlio Vargas. Onde ele
entendia que existia uma necessidade de atentar aos
direitos de todos os trabalhadores, de uma forma
igualitária.
• Em 1943, foi criado uma comissão para iniciar o projeto da
consolidação das leis do trabalho, criando a CLT.
• O decreto 5.432, foi feito em 1º de maio de 1943.
• E foi o marco definitivo que estabeleceu a lei sobre as
relações trabalhistas, de forma clara e que visava a
proteção do funcionário, tornando-as mais acessíveis e
inclusivas.
• Outras leis foram adicionadas com o passar do tempo, até
mesmo as leis mais especificas, que fortalecem o direito
da participação de mulheres no mercado de trabalho, até
mesmo regulações que são mais recentes como
direcionadas para os empregadores domésticos.
• Década de 1970,
• Brasil - Título de campeão mundial de acidentes de trabalho.
• 1977 – Criação de legislação específica para Segurança e a Medicina do Trabalho
• Segundo o artigo 189 da CLT:
"Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22/12/1977)".
• 1978 - Normas Regulamentadoras (NRs), pelo Ministério do Trabalho e Emprego
(TEM). → NR portaria nº 3214/78
A partir do século XX
• A indústria passou por mais um processo de transformação
• Início do uso do petróleo e da energia elétrica, além do
surgimento das indústrias siderúrgica e química foram
importantes para o período que, posteriormente, foi
conhecido como 2º Revolução Industrial
• Outro fato importante foi o surgimento do capitalismo
financeiro, que integrava o setor industrial aos lucros dos
grandes bancos → disputa por lucro entre as empresas
• Começou a disseminar novas formas de produção, que
visavam aumentar o lucro da empresa, aumentando a
produção e reduzindo preços
• Estes mecanismos ficaram conhecidos como modelos
produtivos
A partir do século XX
• Modelos produtivos:
• Fordismo e Taylorismo
• Dentre as principais características do Taylorismo estava a padronização do trabalho, intensificação da
divisão do trabalho, supervisão do trabalho pelos gerentes etc.
• Criado por Henry Ford, em 1914, o fordismo é um sistema de produção em massa que transformou o
mercado de automóveis e industrial da época
• Enfatizaram basicamente os princípios de fabricação
• O Taylorismo iniciou o estudo da mão de obra na produção industrial, organizando o trabalho de modo a
obter grande produtividade com menor custo.
A partir do século XX
• Introdução de novas tecnologias:
• Tecnologias digitais, e principalmente os processos claros de
informatização do trabalho.
• Desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os
trabalhadores e sua organização.
• Gerou "impactos sociais", que repercutiram nos processos de
trabalho, na qualificação da força de trabalho, nas próprias
condições de trabalho, na saúde do trabalhador e
consequentemente nas políticas de ocupação, afetando
diretamente a questão do emprego.
• O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho
necessário que se traduz na economia líquida do tempo de
trabalho, uma vez que, com a presença da automação
microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos
operários e uma mudança na organização dos processos de
trabalho.
A partir do século XX
• Globalização e novos direitos
• As relações de trabalho na
globalização expressam-se pela
flexibilização, terceirização e
crescimento da informalidade. O
processo de globalização e
internacionalização da economia
esteve acompanhado de uma série de
transformações nas estruturas
elementares do sistema capitalista,
que conheceu a sua integração
mundial.
E ATUALMENTE?
• Especialistas na área de mercado de trabalho vislumbram mudanças muito significativas após a
pandemia do novo coronavírus.
• A pandemia da Covid-19 afetou de forma imediata toda a classe trabalhadora do mundo. No caso
brasileiro, o mercado de trabalho, durante a crise sanitária, teve uma agudização da piora
generalizada das condições, como expressam os dados da Pesquisa Nacional de Amostra por
Domicílio (PNAD) realizada pelo IBGE.
• A composição da força de trabalho no Brasil em 2020, se comparada ao segundo trimestre de
2019, teve alteração importante, como pode ser visualizado na Tabela 3. Os dados relativos aosegundo trimestre de 2019 revelam uma redução da força de trabalho em cerca de dez milhões
de pessoas e o consequente aumento da população fora do mercado de trabalho em pouco mais
de treze milhões de pessoas.
E ATUALMENTE?
• Desemprego (↑);
• Economia não estava bem antes
• Diminuição das vagas → sem oferta/locais fechados
• Informalidade;
• Não tem Carteira assinada, não tem benefícios e direitos trabalhistas
• Perda ou diminuição da fonte de renda
• Horas trabalhadas;
• Redução da jornada de trabalho
• Redução dos salários
• Home office;
• Dinamização e quebra a formalidade do ambiente do trabalho
• Falta do espaço casa e do espaço trabalho, perdendo a autonomia do descanso, o controle das
horas trabalhadas e aumentando um grau de excessiva produção intelectual, causando até
hiper-extress
“Nos primeiros meses do ano de 
2020, quase 5 milhões de pessoas tiveram 
que parar de trabalhar.” (IBGE)
E ATUALMENTE?
• Insegurança no trabalho presencial;
• Diversos serviços só podem ser presencial
• Aflição → contato com o público
• Empresa → criar estratégias de distanciamento social, oferecer os equipamentos de
proteção individual
• Desigualdade.
• Mais evidente → nem todo mundo tem condições de seguir as mesmas medidas de
prevenção (os mais vulneráveis)
• Dados da OIT também mostraram que as mulheres foram mais prejudicadas que os
homens na crise.
• Um grande nº trabalha nos setores mais afetados, como alojamento, serviços de
alimentação e varejo.
• As mulheres também foram mais frequentemente afetadas por demandas
crescentes para cuidar dos filhos durante a crise.
Conceitos analíticos que podem ser
trabalhados para entender a dinâmica do
trabalho atual:
• LUMPEMPROLETARIZAÇÃO (OU EXÉRCITO INDUSTRIAL DE
RESERVA):
• Seria a classe marginal, as classes a margem da sociedade e
da dinâmica do trabalho, que são sociedades ou grupos
sociais de um processo de pobreza extrema;
• Este conceito está ligado a um processo de marginação das
relações de trabalho, que está ligada a ideia da
informalidade, como, por exemplos, ambulantes.
• Ligação ao neoliberalismo:
-Com a ideia do sociólogo, David Harvey, uma idea
da flexibilização das leis do trabalho, que está acontecendo a
décadas, contra os direitos já estabelecidos e solidificados,
como, o décimo terceiro, a estabilidade de emprego, a
assinatura de carteira, a CLT.
Karl Marx
• UBERIZAÇÃO DO TRABALHO:
• É uma dinâmica de trabalho, no nossa atual
forma de trabalho, ligadas as empresas
internacionais, de um trabalho que não tem
formalidade, um trabalho informal.
• Um trabalho ligado as tecnologias atual, que
parece ser um trabalho dinâmico e novo, mas
ao mesmo tempo hiper explorador
• Ligado a empresas de aplicativos, como
denota o nome, através de uma nova forma
de trabalho e uma dinâmica muito mais frágil.
• PRECARIADO:
• Conceito brasileiro; Prof. Ruy Braga - USP
• Significa: Precário, aquilo que falta, como direito
trabalhistas, garantia e segurança do trabalho. E
proletariado, aquele que vende sua força de trabalho.
• É evidente que, durante o século XXI, tenha crescido esta
informalidade, das crises econômicas e ao desmontes do
Estado.
• Estes trabalhadores não tem ao menos um salário
mínimo, as empresas não ligam para eles, uma selva
• Fica evidente, as crises econômicas, que as empresas
tem uma demissão em massa e esses trabalhadores tem
que sobreviver de qualquer forma.
• Para estes trabalhadores, o corpo é sua própria empresa.
Com isto, 
precisamos de 
novos direitos ou 
menos direitos?
O campo da saúde do trabalhador no 
Brasil
• Revolução industrial
Medicina do trabalho
Como a medicina do trabalho era realizada?
• Atuação: médica
• Confiança do empregador
• Foco: produtividade
Proteção do empregado???
NÃO
• A reforma constitucional de 1988, definindo como direitos de cidadania saúde e trabalho, marcou
um avanço, em um momento político de transição democrática, ao confirmar o papel do Estado
como responsável por condições dignas de saúde para os trabalhadores e o povo em geral.
• Em 1990 o Brasil promulgou a Lei Orgânica de Saúde, 8.080, que se constituiu como a referência do
SUS e veio, na verdade, não como uma iniciativa governamental, mas como o reflexo das lutas por
uma reforma sanitária, que tiveram como marcos a VIII Conferência Nacional de Saúde e a I
Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador.
• Além de definir princípios e objetivos do SUS, como a descentralização, a universalidade, a
integralidade e a hierarquização dos serviços, a Lei 8.080 contempla decisivamente a questão saúde
do trabalhador em seu artigo 6º conceituando-a como
• Uma conquista importante, nesta primeira metade dos anos noventa, foi a constituição da Comissão
Interministerial de Saúde do Trabalhador, cujo relatório de novembro de 1993 continha princípios de
atuação conjunta de órgãos do Governo em prol da saúde do trabalhador.
• Progrediam no país as ações de intervenção ambiental voltadas para a defesa da saúde do trabalhador.
• Até 1993, eram 161 os Programas de Saúde do Trabalhador organizados ou em fase de organização no
Brasil.
(DIAS, 1994)
• Em dezembro de 1994, o Ministério de Saúde, com o objetivo
de fomentar as ações de saúde do trabalhador em Estados e
Municípios e encaminhar as deliberações da II Conferência
Nacional de Saúde do Trabalhador, apresentou a Norma
Operacional de Saúde do Trabalhador no SUS (NOST).
• Aspectos como sistema de informações em saúde do
trabalhador, preparo de recursos humanos, financiamento e
vários outros foram abordados neste documento, que se
propôs a ser uma diretriz, para que em todas as regiões do
País a prática da atenção integral à saúde dos trabalhadores se
realizasse com a qualidade desejada.
• No mesmo período, o Ministério do Trabalho modificou várias normas regulamentadoras que vigoravam
praticamente intactas desde a Portaria 3.214 de 1978.
• Como aspectos de relevância, a nova NR 7, instituindo a obrigatoriedade das empresas elaborarem um
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional- PCMSO, e a NR 9, criando o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais- PPRA.
• A NR 17 que aborda de uma maneira mais racional a questão da ergonomia nos postos de trabalhos e a NR 18-
instituiu o Programa de Controle e Meio Ambiente de Trabalho – PCMAT, direcionado para construção civil,
representaram um grande avanço no campo prevencionista.
Mesmo diante de um modelo ainda hegemônico de Saúde 
Ocupacional, sob controle do capital, que oculta a magnitude 
dos danos à saúde dos trabalhadores e ao ambiente, e se 
ampara em um arcabouço institucional, a participação 
conjunta de trabalhadores e técnicos da área tem ensejado 
esperanças de que, apesar dos retrocessos e perdas 
evidenciadas ao longo das lutas já citadas, o sonho se faça real, 
garantindo a todos os trabalhadores condições dignas de 
segurança e saúde expressando assim a qualidade de vida e os 
direitos de cidadania tão reclamados e ainda não conquistados.

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