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Anemia Fisiológica e Ferropriva 1 Anemia Fisiológica e Ferropriva PREVALÊNCIA 4 A anemia fisiológica do lactente se inicia com 7 dias de vida, atingindo o menor valor da hemoglobina de idade pós-natal — entre 9,5 e 11g/dL, do tipo normocrômica e normocítica. Nesse caso, não ocorre prejuízo funcional no fornecimento de oxigênio para suprir as demandas metabólicas, devido à ocorrência de mecanismos compesatórios e por ser um quadro temporário de ajuste hematoológico, por isso não há necessidade de tratamento, devendo-se apeneas incentivar o aleitamento materno exclusivo para garantir o correto aporte de ferro. A anemia fisiológica da prematuridade é mais precoce, com pico entre 3 e 6 semanas de vida, e e mais acentuada, atingindo um valor mínimo de hemoglobina de 7 a 9g/dL. Em RNPT saudáveis, não há necessidade de tratamento da anemia da prematuridade — eles conseguem tolerar níveis de Hb de até 6,5g/dL. RNPT com comorbidades como sepse, displasia broncopulmonar e ganho de peso insuficiente podem necessitar de transfusão de CH devido à maior demanda metabólica. Em alguns casos, pode-se considerar a reposição de eritropoetina recombinante. Além disso, recomenda- se a suplementação de fero de forma precoce e em maiores doses. A anemia ferropriva é a principal causa da anemia adquirida da infância, especialmente na presença de fatores de risco, como: Baixa reserva materna: gestações múltiplas com pouco intervalo entre elas, perdas sanguíneas, dieta materna deficiente em ferro, não suplementação de ferro na gravidez e lactação. Aumento da demanda metabólica: prematuridade, baixo peso ao nascer, lactentes em crescimento rápido, meninas com grandes perdas menstruais, atletas de competição. Diminuição do fornecimento: clampeamento do cordão umbilical antes de 1 minuto de vida, aleitamento materno exclusivo prolongado, alimentação complementar com alimentos pobres em ferro de alta biodisponibilidade, consumo de leite de vaca antes de 1 ano de vida, dietas vegetarianas sem orientação nutricional adequada, ausência ou baixa adesão à suplementação profiilática com ferro, quando recomendada. Anemia Fisiológica e Ferropriva 2 Perda sanguínea: traumática ou cirúrgica, hemorragia gastrointestinal, ginecológica, urológica ou pulmonar, discrasias sanguíneas, malária. Má absorção do ferro: síndrome de má absorção, gastrite atrófica ou cirurgia gástrica, redução da acidez gástrica Os sinais clínicos da deficiência de ferro incluem: asteniai, dor em MMII, unhas quebradiças e rugosas, estomatite angular, pica (perversão do apetite), reduçao da atenção e prejuízo na aprendizagem, distúrbios de conduta e percepção. Os sinais clínicos de anemia ferropriva incluem: apatia, irritabilidade, palidez palmar, palidez de mcosas, sopro cardíaco, taquicardia, redução da tolerância a exercícios. Pacientes com anemia microcítica e hipocrômica em reposiçãoo de ferro que não apresentam melhora laboratorial devem ser avaliados para diagnósticos diferenciais, como talassemias e anemia sideroblástica. O tratamento da anemia ferropriva consistee na orientação nutricional para o consumo de alimentos fonte e na reposição de ferro VO na dosoe terapêutica de 3mg/kg/dia a 6mg/kg/dia de ferro elementar por, no mínimo, 8 semanas. Essa dose deve ser continuada até obtenção de ferritina sérica 15ug/dL. A profilaxia da anemia ferropriva consiste em, na ausência de fatores de risco, ferro elementar na dose 1mg/kg/dia aos 6 meses de vida, devendo ser mantida até os 2 anos. Na presença de fatores de risco, recomenda-se o início da suplementação profilática a partir dos 3 meses de vida, devendo ser mantida até os 2 anos, com 1mg/kg/dia de ferro elementar. Para RNPT e/ou com baixo peso ao nasscer, a dose suplementar é diferente e iniciada oas 30 dias de vida.
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