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TRONCO ENCEFÁLICO
Serviço de Neurocirurgia e Neurologia
Dr. Carlos Frederico Rodrigues
Generalidades
Sua estrutura interna é semelhante à medula.
A substância cinzenta é fragmentada transversal e longitudinalmente, dando origem a diversos núcleos.
Os núcleos que se relacionam com os nervos cranianos (recebem suas fibras) ou são constituídos por neurônios que vão formar aqueles nervos são chamados homólogos à substância cinzenta – substância cinzenta homóloga.
Os demais núcleos encontrados e que não possuem relação com os nervos cranianos são chamados de substância cinzenta própria.
Generalidades
Em toda extensão do tronco encontramos regiões constituídas por um emaranhado de células e fibras nervosas, com uma estrutura intermediária entre as substâncias cinzenta e branca.
São conhecidas como formação reticular.
Substância cinzenta do Tronco Encefálico
Substância cinzenta homóloga:
Núcleos dos nervos cranianos – bilateralmente em todos os níveis (mesencéfalo, ponte e bulbo)
Os motores são mais mediais e os sensitivos são mais laterais.
Estudaremos os núcleos em sentido crânio-caudal.
Fig 7.1
Substância cinzenta do Tronco Encefálico
O primeiro nervo craniano que nasce do tronco encefálico é o III nervo craniano (oculomotor)
Origina-se em um núcleo situado no mesencéfalo, ao nível do colículo superior – núcleo do oculomotor.
Em um corte transversal o núcleo é dorsomedial e ventral ao aqueduto.
Próximo ao núcleo do oculomotor existe o núcleo de Edinger-Westphal – origina fibras pré-ganglionares parassimpáticas .
Fig 7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
No mesencéfalo, ao nível do colículo inferior, encontra-se o núcleo do troclear (IV par.)
Inerva o músculo oblíquo superior e participa da motilidade ocular extrínseca.
Fig 7.1
Substância cinzenta do tronceo encefálico
Começando no mesencéfalo, mas estendendo-se até ao Bulbo, situam-se os núcleos sensitivos do trigêmio – V par.
Núcleo mesencefálico – informações proprioceptivas da cabeça.
Núcleo pontino – núcleo sensitivo principal do trigêmio. Sensações de tato e pressão da face.
No bulbo – núcleo do trato espinhal do trigêmio – sensações de dor e temperatura provenientes da face.
Fig 7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
O V nervo craniano possui ainda um núcleo motor, responsável pela inervação da musculatura da mastigação – masseter, pterigoideo e temporal – localizado na ponte – núcleo motor do trigêmio
Fig 7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
O VI nervo craniano, tem sua origem em um núcleo situado na ponte, ao nível do colículo facial no assoalho do IV ventrículo.
Núcleo do abducente, responsável pela inervação do reto lateral na motilidade ocular extrínseca.
7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
Ainda no colículo facial, situado mais profundamente, está o núcleo do facial (VII par).
Reponsável pela inervação da mímica facial.
Fig 7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
Caudalmente, no bulbo, encontramos os núcleos cocleares e um pouco mais rostral os núcleos vestibulares. Formação do VIII par.
Os cocleares são dois de cada lado e responsáveis pela audição. Os vestibulares são 4 de cada lado e responsáveis pelo equilíbrio.
Os núcleos vestibulares ainda enviam e recebem fibras do cerebelo e originam um trato descendente para a medula – trato vestíbulo-espinhal.
Fig 7.1
Substância cinzenta do encéfalo
Ao nível do bulbo temos ainda o núcleo ambíguo – núcleo motor responsável pela inervação da musculatura da faringe – possui neurônios que formarão os IX, X e XI pares.
Outro núcleo bulbar relacionado com mais de 1 nervo, é o núcleo do trato solitário VII, IX e X – relacionado com a gustação e sensibilidade visceral.
7.1
Substância cinzenta do tronco encefálico
No trígono do vago, no assoalho do IV ventrículo – Bulbo – avista-se o núcleo motor dorsal do vago – fibras pré-ganglionares parassimpáticas que irão sair por este nervo.
Finalmente o núcleo do hipoglosso – fibras do XII par. Bulbo, ao nível do trígono do hipoglosso, pode ser visto na superfície do IV ventrículo.
Fig 7.1
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
Núcleo rubro – apresenta uma cor avermelhada. É um núcleo oval, situado no mesencéfalo.
Recebe fibras do cerebelo e do córtex motor. Emite fibras para o núcleo olivar e dá origem também ao trato rubro-espinhal.
Importante centro de controle da motricidade.
7.1
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
Substância negra – núcleo situado no limite do pedúnculo mesencefálico.
Seus neurônios são pigmentados pela melanina.
As conexões aferentes e eferentes mais importantes se fazem com o corpo estriado.
Envia ainda fibras para o tálamo e para o colículo superior, participando do circuito motor. 
Fig 7.2
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
O colículo inferior é um núcleo relé das vias auditivas.
Fazem sinapses fibras originadas nos núcleos cocleares e dele partem fibras para o corpo geniculado medial.
7.2
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
Na ponte temos ainda os núcleos pontinos.
Substância cinzenta situada na base da ponte e que recebem fibras das regiões motoras do córtéx (trato córtico-pontino) e enviam fibras para o cerebelo.
Participam do circuito motor.
7.2
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
Núcleo olivar inferior – massa irregular de substância cinzenta.
Localiza-se no bulbo e é responsável pela saliência de mesmo nome no bulbo.
Conexões recíprocas com a medula.
Envia fibras para o cerebelo através do pedúnculo cerebelar inferior.
Controle da motricidade.
7.2
Substância cinzenta própria do tronco encefálico
No bulbo temos ainda os núcleos grácil e cuneiforme.
Recebem fibras que sobem, respectivamente da medula espinhal, pelos fascículos grácil e cuneiforme.
Enviam fibras para o tálamo, através do leminisco medial.
Participam do tato discriminativo, propriocepção consciente e sensibilidade vibratória.
Fig 7.4
Substância branca do tronco encefálico
TRATOS DESCENDENTES
Trato córtico-espinhal – possui um largo trajeto ao longo do tronco encefálico, passando pela base do mesencéfalo e da ponte e depois pelas pirâmides bulbares, onde ocorre a decussassão.
Outro trato que viaja em conjunto com o córtico-espinhal é o córtico-nuclear ou córtico-bulbar. Origina-se na área motora do córtex e termina nos núcleos motores dos nervos cranianos no tronco.
Embora terminem antes das pirâmides, cruzam a linha média e são chamados piramidais. Controle voluntário dos movimentos do crânio.
Fig 7.7
Substância branca do tronco encefálico
Trato córtico-pontino – inicia-se em áreas motoras do córtex e termina nos núcleos pontinos. Importante para a coordenação motora.
 Rubro-espinhal, vestíbulo-espinhal e retículo-espinhal – papel no controle motor.
Substância branca do tronco encefálico
TRATOS ASCENDENTES
Espinotalâmico e espinocerebelares – tratos que passam ao longo do tronco encefálico com destino ao tálamo ou ao cerebelo.
Alguns possuem origem no tronco cerebral: os neurônios localizados nos núcleos grácil e cuneiforme.
Substância branca do tronco encefálico
As fibras originadas nesses núcleos cruzam a linha média e originam o leminisco medial, que se dirige ao tálamo.
O leminisco medial é continuação dos fascículos grácil e cuneiforme e possui a mesma função.
Substância branca do tronco encefálico
Leminisco trigeminal – origina-se no tronco em todos os núcleos sensitivos do nervo trigêmio – cruzam a linha média e ascendem pelo leminisco trigeminal.
Termina no tálamo e conduz a sensibilidade somática da face.
Substância branca do tronco encefálico
Leminisco lateral –núcleos cocleares e sobem em direção ao colículo inferior. E ascendem cruzando a linha média até o corpo geniculado lateral (tálamo).
Outros núcleos sensitivos do tronco originam feixes ascendentes – trato solitário (gustação). 
Substância branca do tronco encefálico
TRATOS DE ASSOCIAÇÃO
Fascículo longitudinal medial – associa diversas regiões do tronco encefálico – principalmentenúcleos vestibulares e o controle do movimento dos olhos – estabilidade do mundo visual.

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