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Módulo: Ciências Sociais Aplicadas 
Capítulo 1 - Origem, apogeu e crise do taylorismo / fordismo 
Atividades – 10 questões 
 
1. O surgimento da teoria da administração científica de Taylor está ligado ao perfil do mercado 
de trabalho dos Estados Unidos da América, em fins do século XIX, formado por dois grupos de 
trabalhadores. Assinale a alternativa que corresponde a esses dois grupos de trabalhadores: 
a) de um lado, os trabalhadores de ofício, que tinham um treinamento artesanal; de 
outro, uma massa de imigrantes camponeses que não podiam ser incorporados 
imediatamente ao processo de produção por não possuírem nenhum tipo de 
experiência ou qualificação para o trabalho fabril; 
b) de um lado, os trabalhadores especialistas em realizar uma única tarefa, que não tinham 
um treinamento artesanal; de outro, uma massa de imigrantes camponeses que não 
tinham nenhum tipo de treinamento que podiam ser incorporados imediatamente ao 
processo de produção por não possuírem nenhum tipo de experiência ou qualificação para 
o trabalho fabril; 
c) de um lado, os trabalhadores de ofício, que tinham um treinamento artesanal; de outro, 
uma massa de operários altamente escolarizados; 
d) de um lado, uma massa de operários altamente escolarizados e qualificados; de outro, 
uma massa de imigrantes camponeses que não podiam ser incorporados imediatamente 
ao processo de produção por não possuírem nenhum tipo de experiência ou qualificação 
para o trabalho fabril; 
e) de um lado, os trabalhadores de ofício, que tinham um treinamento artesanal; de outro, 
um pequeno grupo de trabalhadores especializados em robótica e automação industrial. 
Comentário: As propostas de Taylor foram uma resposta a esse perfil dos trabalhadores 
apontado na resposta da questão; ele criou um jeito de tirar o máximo de resultado do trabalho 
dessas pessoas que não estavam adaptadas ao trabalho na fábrica ou que não tinham nenhuma 
qualificação. Veja na pergunta abaixo um aprofundamento dessa questão. 
 
2. No que diz respeito à produtividade, Taylor acreditava que quanto mais um trabalho 
específico pudesse ser fragmentado em partes simples, mais especializado se tornaria um 
operário, consequentemente mais eficaz a produção. Ao mesmo tempo, tal divisão do trabalho 
eliminaria todo o conhecimento dos trabalhadores, transferindo-o para os gabinetes. Dessa 
forma, seria possível a dissociação do processo de trabalho das especialidades dos trabalhadores. 
Caberia ao administrador reunir todo o conhecimento tradicional que, até então, pertencia ao 
trabalhador, classificando, tabulando e reduzindo esse conhecimento a regras, leis e fórmulas. 
Uma vez reunida e sistematizada a tarefa de concepção pela gerência, caberia aos operários 
apenas executar tarefas pré-determinadas pela Administração. Retirando o saber dos operários, 
Taylor pretendia: 
a) retirar-lhes o poder de determinar o ritmo da produção; 
b) aumentar o poder que os trabalhadores dispunham para determinar o ritmo da produção; 
c) ampliar a capacidade criativa dos operários; 
 
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d) ampliar a qualificação profissional dos operários; 
e) valorizar o conhecimento tradicional dos trabalhadores. 
Comentário: Esse conjunto de objetivos ou intenções de Taylor é o que vai gerar as estratégias e 
conhecimentos que estamos chamando de "administração científica do trabalho". Em síntese, 
eram esses os objetivos de Taylor: (i) criar ambientes de trabalho e procedimentos que levassem 
os trabalhadores a produzirem o máximo possível no menor tempo possível; (ii) estruturar a 
produção de forma que um trabalhador pudesse ser facilmente substituído por outro caso fosse 
necessário; isso foi possível na medida em que a divisão do trabalho tornou cada trabalhador 
algo como uma "peça" facilmente substituível já que cada um passou a cuidar de uma pequena 
tarefa numa linha de produção; (iii) criar maneiras de absorver e registrar todos os 
conhecimentos que os próprios trabalhadores criavam para superar as dificuldades que 
encontravam enquanto estavam trabalhando; (iv) com tudo isso, tornar os trabalhadores simples 
executores de tarefas determinadas por administradores. 
 
3. O uso do termo “taylorismo / fordismo” expressa que: 
a) existe uma complementaridade entre o pensamento de Ford e Taylor; 
b) existe uma contradição entre o pensamento de Ford e Taylor; 
c) o pensamento de Ford é infinitamente superior ao pensamento de Taylor; 
d) o pensamento de Ford é infinitamente inferior ao pensamento de Taylor; 
e) existe uma superioridade do pensamento de Ford em relação ao pensamento de Taylor. 
 
Comentário: O que ocorreu, então, foi uma combinação da proposta de Ford, com a linha de 
produção, com a de Taylor, com a administração científica; essas duas coisas se tornaram um 
pacote perfeito para uma organização do trabalho voltado para a produção em massa, com 
trabalhadores executando atividades simples e repetitivas, produzindo o máximo podendo ser 
substituídos a qualquer momento em caso de necessidade do seu patrão. Esse modelo virou o 
paradigma (jeito considerado pela maioria dos empresários como o melhor, mais eficiente, mais 
coerente para organizar o trabalho na empresa) da organização do trabalho por muitas décadas. 
Mas esse modelo entrou em crise nos anos 70; veja a questão abaixo. 
 
4. A crise do taylorismo / fordismo data dos anos 1970 e pode ser explicada por fatores de duas 
ordens diferentes e complementares: a ordem social e a ordem econômica. Assinale a 
alternativa que corresponde aos fatores de ordem social: 
a) os mercados tornam-se globalmente regidos pela oferta: as capacidades instaladas são 
superiores às demandas; 
b) baixas taxas de absenteísmo, significativa redução de produtos que, lançados no 
mercado, passam por reparos para que possam ser comercializados e pelos 
enfrentamentos cotidianos entre trabalhadores e gerência onde se destacam as greves 
contra o ritmo de trabalho; 
c) altas taxas de absenteísmo, significativos aumentos de produtos que, lançados no 
mercado, passam por reparos para que possam ser comercializados e pelos 
enfrentamentos cotidianos entre trabalhadores e gerência onde se destacam as 
greves contra o ritmo de trabalho; 
 
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d) baixas taxas de absenteísmo, significativa redução de produtos que, lançados no 
mercado, passam por reparos para que possam ser comercializados e extrema harmonia 
entre trabalhadores e gerência com destaque para a redução das greves contra o ritmo 
de trabalho; 
e) altas taxas de absenteísmo, pelos significativos aumentos de produtos que, lançados no 
mercado, passam por reparos para que possam ser comercializados e pela extrema 
harmonia entre trabalhadores e gerência com destaque para a redução das greves contra 
o ritmo de trabalho. 
Comentário: Esse tipo de organização do trabalho foi gerando entre os trabalhadores grandes 
prejuízos e insatisfações; isso levou a conflitos cotidianos e a impactos negativos para a própria 
produção; essa situação evidenciou o problema de tratar trabalhadores como simples máquinas 
ou, pior ainda, simples peças substituíveis numa linha de produção. Veja na próxima questão os 
impactos de toda essa nova situação. 
 
5. A crise da organização científica do trabalho abre para a produção industrial quatro desafios 
que devem ser respondidos em praticamente todo o planeta. Assinale a alternativa que 
corresponde a esses quatro desafios: 
a. produção com redução sensível do estoque; flexibilidade; maior controle sobre a 
produção e uma redução no tempo necessário de produção; 
b. produção com aumento sensível do estoque; flexibilidade; maior controle sobre a 
produção e uma redução no tempo necessário de produção; 
c. produção com redução sensível do estoque; rigidez; maior controle sobre a produção e 
uma redução no tempo necessário de produção; 
d. produção com redução sensível do estoque; flexibilidade; maior controle sobre a 
produção e uma ampliação no tempo necessário de produção; 
e. produção comredução sensível do estoque; flexibilidade; menor controle sobre a 
produção e uma redução no tempo necessário de produção. 
 
Comentário: O modelo de produção em massa de mercadorias acontecia sem que o empresário 
tivesse noção do que ocorreria no mercado consumidor, ou seja, ele produzia o máximo que 
podia sem saber se conseguiria vender já que tinha concorrentes; isso levava constantemente ao 
que chamamos de "crise de superprodução" – muito produto/poucos compradores. As fábricas 
com suas máquinas e ferramentas adaptadas para produzir em larga escala passaram a custar 
muito caro já que não eram adaptáveis à produção de diferentes tipos de produtos; esse era 
outro problema gerador de prejuízos. A solução para tudo isso foi o desenvolvimento de 
máquinas com novos recursos tecnológicos que possibilitassem aumentar a produção com menos 
emprego de trabalho humano e que pudessem ser adaptadas para gerar produtos diferentes 
(diferentes tipos de carros, por exemplo). Vejamos de onde vieram as inovações na próxima 
questão. 
 
6. Qual foi o primeiro país a responder positivamente aos desafios colocados pela crise do 
taylorismo / fordismo? 
a) EUA; 
b) Suécia; 
 
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c) Suíça; 
d) Alemanha; 
e) Japão. 
Comentário: Sim, veio do Japão o novo modelo que substituiu o paradigma criado por Ford e 
Taylor. Vejam abaixo os detalhes das máquinas de "controle numérico" criadas pelos japoneses. 
 
7. Um equipamento industrial automatizado com controle eletrônico compõe-se de três partes: 
“uma unidade de comando, geralmente um controlador lógico-programável ou um gabinete de 
comando numérico; a estrutura eletromecânica, onde se encontram as ferramentas e os 
mecanismos de manipulação, fixação e transporte; e equipamento de ligação ou ‘interface’ em 
que os sinais eletrônicos são transformados em impulsos elétricos que acionarão a parte 
mecânica” (Carvalho, 1987: 81). Assinale a alternativa que corresponde ao primeiro 
equipamento de características flexíveis: 
a) esteira rolante fordista; 
b) chave inglesa; 
c) máquina ferramenta de controle numérico; 
d) exaustor; 
e) nenhuma das anteriores. 
 
Comentário: Com as novas máquinas que incorporam muita tecnologia, foi sendo possível ao 
setor produtivo produzir cada vez mais, em menos tempo, com mais qualidade (no sentido de 
padronização do produto possibilitada por máquinas que realizam tarefas com precisão cada vez 
maior) e, naturalmente, com menor custo (as novas máquinas e tecnologias se destacam 
também por pouparem mão de obra humana). Isso tudo vai gerar impactos muito profundos e 
importantes que serão abordados em outras questões. 
 
8. A respeito do mundo do trabalho na década de 1920, leia as afirmativas abaixo e marque a 
alternativa correta: 
I. Empresários colocam em prática a organização científica do trabalho. 
II. Difusão do trabalho em “linha de montagem”, na qual cada trabalhador ocupa um posto e 
realiza uma tarefa específica. 
III. Aumentou a necessidade de qualificação do trabalhador, em função da complexidade da 
tarefa que ele deveria executar. 
IV. O taylorismo / fordismo resultou num aumento substantivo da produtividade nas indústrias 
que o adotaram. 
 
a) Todas estão corretas; 
b) todas estão incorretas; 
 
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c) I, II e IV estão corretas; 
d) I, II e III estão corretas; 
e) II, III e IV estão corretas. 
 
Comentário: É nessa década que empresários inauguram uma nova forma de organizar o 
trabalho, por meio do que ficou conhecido como Taylorismo/fordismo. Foi nesse momento 
histórico que ocorreu a difusão do trabalho em “linha de montagem”, nessa forma de 
organização do trabalho cada trabalhador ocupa um posto e realiza uma única tarefa. Essa 
maneira de gestão do trabalho propiciou o aumento da produtividade nas indústrias com maior 
ganho de capital. 
 
9. A escolha de certas opções de organização do trabalho expressa uma determinada correlação 
de forças entre capital e trabalho na sociedade e no ambiente de trabalho. A respeito da frase 
acima, considere as seguintes alternativas: 
I. Um exemplo de como a correlação de forças na sociedade influencia a tecnologia e a gestão 
é a Corporação de Ofício da Idade Média. O conhecimento sobre como fazer estava nas mãos 
dos artesãos, que controlavam o volume da produção, o preço da mercadoria e a formação 
profissional. 
II. Um exemplo de como a correlação de forças na sociedade influencia a tecnologia e a gestão 
é o surgimento da fábrica cujo objetivo é retirar o saber-fazer dos artesãos por meio da 
divisão técnica do trabalho e, ao mesmo tempo, aumentar o controle sobre o tempo e o 
movimento dos trabalhadores reunidos sob um mesmo teto. 
III. Não existe relação entre o que ocorre na sociedade com o padrão de gestão do trabalho. 
Assinale a alternativa correta: 
a) todas as afirmativas são falsas; 
b) todas as afirmativas são verdadeiras; 
c) apenas a afirmativa III é verdadeira; 
d) apenas as afirmativas I e II são verdadeiras; 
e) apenas a afirmativa I é verdadeira. 
 
Comentário: Na relação capital e trabalho o domínio técnico resulta sempre numa dada forma 
de organizar o trabalho. Na idade média o uso da tecnologia estava em poder do artesão que 
detinha os meios de produção, ele tinha o controle para a realização do trabalho, no sentido de 
impor o seu ritmo ao trabalho no que diz respeito ao volume da produção, o preço da 
mercadoria e o preparo de outros profissionais. Tudo o que ocorre na sociedade está relacionado 
com o padrão de gestão do processo de trabalho. No mundo moderno com a expansão do 
capitalismo o artesão perde esse poder e controle do trabalho para a divisão técnica do trabalho 
imposta pelas fábricas que aumenta o controle do tempo de trabalho gasto para a produção das 
mercadorias, agora em ritmo frenético realizado pelos trabalhadores que reunidos num mesmo 
espaço terão seu tempo determinado pela máquina. 
 
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10. A grande contribuição tecnológica de Ford para o chamado taylorismo / fordismo foi a: 
a. introdução de robôs autoprogramáveis; 
b. introdução da microeletrônica aplicada à produção; 
c. introdução das “ilhas” ou “células” de produção; 
d. introdução de programas de computador para controlar automaticamente o fluxo de 
produção; 
e. nenhuma das alternativas anteriores. 
 
Comentário: Para conseguir maior intensidade no processo de trabalho, Ford desenvolve 
primeiramente a integração, por meio de esteiras ou trilhos dos diversos segmentos do processo 
de trabalho, assegurando o deslocamento das matérias primas a serem transformadas no 
processo do trabalho e implanta também a fixação dos trabalhadores em seus postos de 
trabalho. Deste modo, é garantida que a cadência de trabalho passa a ser regulada de maneira 
mecânica e externa ao trabalhador, define então a regulação do trabalho coletivo. O número dos 
postos de trabalho é multiplicado e ocorre uma parcelização do trabalho que se desenvolverá da 
mesma forma no setor administrativo.

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