Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_dislipidemia_prevencaoeventoscardio vascularesepancreatite_isbn_18-08-2020.pdf Cál�u�� R�� ● ASCVD: síndrome coronariana aguda, angina estável, revascularização arterial, AVE ou AIT, doença arterial periférica incluindo aneurisma da aorta de origem aterosclerótica ● calculadora do RCV em 10 anos: https://www.paho.org/cardioapp/web/#/cvrisk ○ critérios ■ sexo ■ idade ■ PAS ■ história doença aterosclerótica - coronariana, cerebrovascular ou vascular periférica ■ DRC ■ DM ■ tabagismo ■ sabe o CT? ● sim = valor CT ● não = peso + altura ● score global SBC: http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index ○ critérios ■ sexo ■ idade ■ PAS ■ PAS tratada? sim ou não ■ uso de estatina ■ história doença aterosclerótica - coronariana, cerebrovascular ou vascular periférica ■ DM ■ tabagismo ■ CT ■ HDL-c sim ou não ● RISCO MUITO ALTO http://publicacoes.cardiol.br/2014/diretrizes/2017/02_DIRETRIZ_DE_DISLIPIDEMIAS.pdf https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_dislipidemia_prevencaoeventoscardiovascularesepancreatite_isbn_18-08-2020.pdf https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_dislipidemia_prevencaoeventoscardiovascularesepancreatite_isbn_18-08-2020.pdf https://www.paho.org/cardioapp/web/#/cvrisk http://departamentos.cardiol.br/sbc-da/2015/CALCULADORAER2017/index.html ○ doença aterosclerótica significativa com ou sem eventos clínicos, ou obstrução ≥ 50% em qualquer território arterial ● RISCO ALTO ● RISCO INTERMEDIÁRIO ○ diabéticos sem os critérios de DASC ou ER listados anteriormente ○ OU indivíduos com ERG entre 5 e 20% no sexo masculino e entre 5 e 10% no sexo feminino ● RISCO BAIXO ○ pacientes do sexo masculino e feminino com risco em 10 anos < 5%, calculado pelo ERG Met�� Ter��êut���� Tra����n�o Med����en���� Dis����de��� ● RCV alto ou muito alto = MEV + medicamentos ● RCV baixo ou moderado = MEV ○ se necessário medicamentos para atingir meta LDL-c posteriormente ● tempo de reavaliação após MEV: 3-6 meses ● ESCOLHA MEDICAMENTOSA de acordo com TIPO de dislipidemia ● INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ○ principalmente entre fibratos e estatinas ■ NÃO há contraindicação do uso ■ interação princip em associação com genfibrozila (fibrato) ○ associação estatinas com ácido nicotínico deve ser cautelosa HIPERCOLESTEROLEMIA ISOLADA ● LDL > 190 mg/dL = iniciar estatina independente da idade - dependendo da idade suspeitar de hipercolesterolemia familiar ● recomendação estatinas — possível administrar com ezetimiba (2ª escolha), colestiramina, fibratos ou ácido nicotínico ● inibidores da PCSK9 ○ hipercolesterolemia familiar ○ pacientes portadores de DCV aterosclerótica estabelecida ○ pacientes com risco CV elevado incapazes de alcançar meta LDL com uso de estatinas e ezetimiba em doses máximas ○ contraindicação/intolerância às estatinas HIPERTRIGLICERIDEMIA ISOLADA ● TRGs > 500 mg/dL = iniciar fibratos ● recomendação fibratos ● possível administrar ácido nicotínico (2ª opção), ácido graxo ômega-3 ou associação entre os fármacos - princip quando fibratos NÃO bem tolerados/NÃO propiciarem resposta desejada HIPERLIPIDEMIA MISTA ● nível TGs deve orientar início tratamento ○ > 500 mg/dL: iniciar com fibrato— se necessário adicionar ácido nicotínico e/ou ômega-3 ■ meta principal: redução risco pancreatite ■ após redução TGs avaliar necessidade diminuição LDL-C ○ < 500 mg/dL: iniciar com estatina isolada ou em associação à ezetimiba ■ prioridade meta de LDL-c ou não-HDL-c ● possível utilizar ácido nicotínico como alternativa/associado à fibratos e estatinas HDL-c BAIXO ISOLADO ● ácido nicotínico e fibratos boa opção Far����lo��� Hip����em����es ● redução RCV objetivo de utilizar esses remédios ○ se pouca ou nenhuma redução medicamento pouco utilizado AÇÃO PRINCIPAL EM COLESTEROL ESTATINAS/INIBIDORES DA HMG-COA REDUTASE ● TERAPIA MAIS VALIDADA PARA REDUZIR INCIDÊNCIA EFEITOS CV - indicação como 1ª opção prevenção primária ou secundária de doença aterosclerótica ● mecanismo de ação ○ inibe HMG coenzima A redutase gerando redução da produção de colesterol endógeno ■ HMG-CoA redutase/HMGR (3-hidroxi-3-methyl-glutaril): enzima da via do mevalonato - via metabólica que produz colesterol ○ estimula liberação fatores transcricionais + síntese e expressão receptores para captação colesterol circulante ○ consequentemente ocorre maior remoção VLDL, IDL e LDL da circulação para repor colesterol intracelular ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos ○ redução de 15-55% LDL em adultos - duplicação de dose acrescenta 6-7% na taxa de redução ■ depende do medicamento e dose ○ redução de 7-28% TGs ○ elevação de 2-10% HDL ○ redução de 20% risco de DAC - por sua ação no LDL-c ● posologia ○ dose única diária VO — noite para fármacos de curta meia-vida (sinvastatina) OU qualquer horário para os de maior meia-vida (atorvastatina, rosuvastatina) ■ maior produção de colesterol pelo fígado durante a noite ● representantes ○ atosvastatina por LME ○ sinvastatina 10-20-40mg - único hipolipemiante SUS ■ Vaslip®, Sinvane®, Sinvastamed®, Cordiron®, Sinvatrox®, Sinvalip®, Sinvax®, Lipistatina®, Sinvasmax®, Revastin®, Sinvascor®, Mevilip®, Sinvatrox®, Vastatil®, Lipotex®, Clinfar®, Zocor® (referência), Menocol®, Sinvastin®, Sinvastacor®, Sinvaston®, Liptrat® ■ sinvastatina 80mg não mais recomendado - ↑ efeitos colaterais sem grandes benefícios ○ potência/efetividade baixa - redução LDL-c < 30% ■ sinvastatina 10 mg ■ pravastatina 10-20 mg ● pravacol ■ pitavastatina 1 mg - menos efeitos relacionados a miopatias ● livalo ■ lovastatina 20 mg ● sandoz ■ fluvastatina 20-40 mg ● lescol ○ potência moderada - redução LDL-c 30-50% ■ rosuvastatina 5-10 mg ● crestor (referência), rosucor, rosustatin ■ atorvastatina 10-20 mg ● citalor (referência), atorless, kolevas, lipigran, lipistat, lipitor ■ sinvastatina 20-40 mg ■ pravastatina 40-80 mg ■ fluvastatina 40-80 mg ■ pitavastatina 2-4 mg ■ lovastatina 40 mg ○ alta potência - redução LDL-c > 50% ■ atorvastatina 40-80 mg ■ rosuvastatina 20-40 mg ■ ezetimiba 10 mg + sinvastatina 40 mg ● zetsim, vytorin ○ BIOEQUIVALÊNCIA: 10 mg rosuvastatina ≅ 40 mg sinvastatina ● efeitos colaterais ○ raros ○ aumento glicemia ○ disfunção cognitiva ○ efeitos musculares mais COMUNS - podem surgir em semanas-anos após início tratamento ■ mialgia - com ou sem elevação CK - frequente em sinvastatina e atorvastatina em dose alta ■ sinvastatina possui maior mialgia por rabdomiólise - associação de medicamentos ○ mais graves: hepatite, miosite e rabdomiólise ○ recomendado dosar CK ■ princip se alto risco eventos adversos musculares - história intolerância à estatina, HF miopatia, uso concomitante fármacos que elevem risco miopatia ■ repetição na primeira reavaliação OU aumento de dose OU surgimento de sintomas musculares OU início medicamentos com interação ● dor, sensibilidade, rigidez, câimbras, fraqueza e fadiga localizada ou generalizada ○ suspender se ■ aumento progressivo CK ■ aumento CK acima de 10 vezes da normalidade ■ persistência dos sintomas musculares ■ após normalização: possível reiniciar estatina com dose menor OU iniciar outra estatina ○ recomendado dosar enzimas hepáticas ■ ANTES do início da terapia com estatinas ■ durante tratamento reavaliar se manifestações sugerindo hepatotoxicidade ● fadiga ou fraqueza, perda de apetite, dor abdominal, urina escura ou aparecimento de icterícia EZETIMIBA - INIBIDOR DA ABSORÇÃO DO COLESTEROL ● mecanismo de ação ○ sequestrador de ácidos graxos ○ atua na borda em escova dos enterócitos inibindo a ação da proteína transportadora do colesterol por atuação seletiva nos receptores NPC1-L1 ○ inibição absorção colesterol = redução níveis colesterol hepático e redução estímulo síntese LDLr ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos ○ mínimo efeito HDL-c ○ redução VLDL-c ○ reduz aprox 10-25% LDL-c se usada isoladamente—variações podem ocorrer em indivíduos com absorção intestinal de colesterol acima/abaixo da média ○ redução eventos CV em associação com estatina - pacientes com estenose aórtica degenerativa e DRC ■ melhor efeito que estatina isolada após SCA ● posologia ○ dose única 10mg ao dia — qualquer horário com ou sem alimentação ● recomendações ○ frequentemente associada às estatinas— redução LDL 20% > que estatina isolada ○ isolada ■ intolerância à estatina ■ sitosterolemia - doença genética autossômica recessiva que permite uma absorção excessiva de esteróis de origem vegetal no intestino e impede a excreção dos mesmos pela bile ○ associada à estatinas ■ efeitos adversos com doses elevadas estatinas ■ elevações persistentes LDL mesmo com doses adequadas de estatina ■ hipercolesterolemia familiar homozigótica ■ primeira opção terapêutica conforme indicação clínica ● efeitos colaterais ○ raros ○ associados ao trânsito intestinal SEQUESTRADORES DOS ÁCIDOS BILIARES/RESINAS DE TROCA ● mecanismo de ação ○ reduzem absorção intestinal de sais biliares (molécula ácido biliar conjugada com aminoácido - auxiliam na formação de micelas essencial para absorção do colesterol) - consequentemente de colesterol ○ redução absorção = redução colesterol intracelular no hepatócito = estímulo síntese LDLr e colesterol endógeno ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos ○ redução média 15-25% LDL— potencializada quando associação com estatinas ■ dose dependente ○ aumento VLDL ○ aumento TG ○ mínimo efeito HDL-c ○ redução do RCV de 19% ● posologia ○ envelopes 4g - máx 24g/dia— superiores a 16g/dia dificilmente toleradas ○ qualquer medicamento concomitante deve ser utilizado 1h antes ou 4h depois da administração das resinas ■ interferência absorção ○ mais utilizada em crianças ○ forma light melhor tolerada - possui fenilalanina - restringe uso em portadores de fenilcetonúria ● representantes ○ colestiramina único disponível no BR — mundo - colestipol e colesevelam ● efeitos colaterais ○ relação princip ao TGI por interferir da motilidade ■ obstipação - princip em idosos ■ plenitude gástrica ■ náuseas ■ meteorismo ■ exacerbação de hemorróidas preexistentes ■ raro: obstrução intestinal (idosos) e acidose hiperclorêmica (crianças) ○ diminuição absorção vitaminas lipossolúveis (ADKE) e ácido fólico — pode ser necessário suplementação desses componentes ○ elevação eventual TGs — EVITAR uso dessa classe em hipertrigliceridemia princip se > 400 mg/dL AÇÃO PRINCIPAL EM TG FIBRATOS/DERIVADOS DO ÁCIDO FÍBRICO ● mecanismo de ação ○ estimulam receptores nucleares PPAR-a (receptores alfa ativados de proliferação dos peroxissomas) gerando ■ aumento da produção e ação da LPL (lipoprotein lipase) ■ redução da Apo CIII (inibe LPL) ■ aumento síntese da Apo AI - consequentemente de HDL ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos ○ redução níveis TGs de 30-60% — redução mais pronunciada quanto maior o valor basal de TGs ○ aumentam HDL de 7-11% ○ ação variável sobre LDL (redução 5-15%) - pode diminuir, não modificar ou aumentar ○ redução do RCV de 10% ● posologia - durante almoço ou jantar ● efeitos colaterais ○ distúrbios TGI ○ mialgia ○ astenia ○ litíase biliar - mais comum com clofibrato ○ diminuição libido ○ erupção cutânea ○ prurido ○ cefaleia ○ perturbação do sono ○ rabdomiólise quando associação estatinas + genfibrozil ○ raro: aumento enzimas hepáticas e/ou CK - reversível com interrupção do tratamento ● recomendado cautela em ○ portadores de doença biliar ○ uso concomitante anticoagulante oral — ajustar posologia ○ pacientes com função renal diminuída ○ associação com estatinas NIACINA/ÁCIDO NICOTÍNICO/VITAMINA B3 ● mecanismo de ação ○ reduz ação da lipase tecidual nos adipócitos - menor liberação ácidos graxos livres para corrente sanguínea ○ consequentemente reduz síntese de TGs pelos hepatócitos ○ redução secreção hepática VLDL ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos ○ redução LDL em 5-25% ○ aumento HDL em 15-35% ○ diminuição TGs em 20-50% ● posologia ○ dose inicial 500 mg/dia com aumento gradual ■ geralmente para 750 mg (após 4 semanas) — aumento para 1000 mg (após 4 semanas) até atingir a meta de 1-2g/dia ○ preconizado forma de liberação intermediária - melhor tolerabilidade ● efeitos adversos ○ rubor facial e prurido - maior frequência no início do tratamento ■ forma de liberação imediata ○ elevação glicemia ○ disfunção hepática em forma de liberação lenta ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 ● evidência fraca ● poli-insaturados derivados do óleo de peixes provenientes de águas frias e profundas, certas plantas e nozes ○ peixe - eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA) ○ vegetal - predomínio ácido alfa-linolênico (ALA) ● mecanismo de ação ○ reduzem síntese hepática dos TGs ● efeitos sobre lipídeos plasmáticos - em altas doses ○ reduzem TGs ○ aumentam discretamente HDL ○ podem elevar LDL ○ redução produção VLDL ○ dose dependente ● posologia ○ altas doses 4-10g/dia NOVOS FÁRMACOS INIBIDORES DA PCSK9 ● mecanismo de ação ○ PCSK9 degrada receptor LDL hepatócito ○ inibem PCSK9 - aumento número de receptores de LDL e sua captação hepática — mais LDL intra hepatócito - redução LDL sérico ■ PCSK9: pró-proteína convertase subtilisina quexina tipo 9 - proteína responsável por regular o catabolismo do receptor de LDL ○ redução LDL em até 60% adicional de paciente já em uso de estatina ● representantes ○ evolocumabe (> 12a) e alirocumabe - anticorpos monoclonais anti-PCSK9 ○ injetáveis SC ● efeitos colaterais ○ reações no local de aplicação ○ formação de anticorpos neutralizadores do fármaco
Compartilhar