Prévia do material em texto
Liderança e Motivação Profª. Cristina Goldschmidt, M.Sc. CONTATOS E-MAIL:cristina@consultingcg.com.br EMENTA DA DISCIPLINA Do mecanicismo à sociedade do conhecimento. Liderança na era das competências. Motivação como ferramenta da liderança. Equipes de alto desempenho. MATERIAL E AULAS Apostila e Handouts: Trabalhos em grupos Trabalhos em Dupla Slides: Conteúdo para exposição Filmes 1900-1950 Industrialização Clássica Welfare 1950 – 1990 Industrialização Neoclássica /Development 1990-hoje Era da Informação/Era do Conhecimento Pessoas: fatores de produção estáticos, sujeitos a regras para serem controlados; concepção dos três fatores de produção: natureza- capital-trabalho Pessoas: recursos organizacionais Pessoas: diferencial competitivo Por quê? Pouca necessidade de adaptação ao ambiente Por quê? Necessidade de adaptação ao ambiente. Mudanças se aceleraram; Desenvolvimento de tecnologias V.U.C.A./BANI Por quê? Mudanças intensas; O ambiente externo é volátil, incerto, complexo e ambíguo/frágil, ansioso, não-linear incompreensível). A integração global traz turbulência e incerteza. A Gestão de Pessoas de 1900 até hoje Mudanças no Mercado de Trabalho e a Gestão de Pessoas A maneira de administrar pessoas em uma organização não está sujeita a princípios ou modelos universais. Fatores críticos: • o ambiente externo • políticas e diretrizes vigentes • tecnologias • cultura • quantidade e qualidade das pessoas disponíveis Mudanças no Mercado de Trabalho e a Gestão de Pessoas Antigos “paradigmas” organizacionais Novos “paradigmas” organizacionais Gestor = administrador, chefe Gestor = administrador, líder Liderança rígida, autocrática, centralizada, paternalista (relação de "cima para baixo") Liderança situacional, democrática (incentiva participação e promove a delegação), descentralizada (de "mão dupla") Foco: gerenciar processos, mandar, supervisionar Foco: gerenciar pessoas e projetos, inspirar, motivar, orientar, coordenar Uso da informação principalmente para controle Uso da informação para colaborar e tomar decisões estratégicas Só homens na liderança Homens e mulheres na liderança Liderança e a Função Gerencial Qual é a função do gestor, afinal? Liderança e a Função Gerencial A expectativa em relação à atuação de líderes em cenários de competitividade: indivíduos conscientizados de sua importância estratégica, no tocante à consecução de resultados e a manutenção de padrões de qualidade compatíveis com a realidade contemporânea. O líder : É parte do processo decisório; É um planejador assistemático; É um executor de tarefas fragmentadas; Está inserido em contexto variado e ilógico. Realidade Contemporânea Liderança e a Função Gerencial • Longevidade; • conectividade; • automação; • criatividade; • acesso; • mídias sociais; • qualidade de vida; • diversidade. E como fica o papel do líder nesse quadro? Liderança e a Função Gerencial Os novos contextos organizacionais têm primado pela flexibilidade e pela cooperação, o que torna a liderança cada vez mais processual e circunstancial, datada no tempo e dependente do reconhecimento e do consentimento que alcançará nas pessoas. Os papéis do líder devem ser congruentes com as especificidades e o ambiente do negócio. Liderança e a Função Gerencial LIDERANÇA Conceito de Liderança • No ambiente organizacional ou social ainda não existe uma elaboração teórica consistente sobre a repercussão desse fenômeno. • Temos um núcleo comum entre as várias definições - a capacidade de influenciar pessoas, grupos e coletividades. Liderança o que é? Definição de liderança encontra duas dificuldades fundamentais: 1) Assim como noções como "amor", "liberdade" e "felicidade", a liderança é um conceito complexo aberto, passível de interpretações subjetivas. Todo o mundo tem a sua própria compreensão intuitiva de o que a liderança é, com base em uma mistura de experiência e aprendizagem, que é difícil de ser apreendido em uma definição sucinta. 2) Qualquer que seja a forma pela qual a liderança seja definida e compreendida , ela será fortemente influenciada pela posição teórica do sujeito. Conceito de Liderança Conceito de Liderança Warren Bennis (1996) diz que a liderança é como a beleza: difícil de definir, mas fácil de perceber. Distinções teóricas ou conceitos de liderança são marcados pelos focos de análise utilizados: traços do líder seu comportamento aspectos relacionados ao poder e à influência, ou fatores situacionais Conceitos de liderança podem ser identificados em três categorias: Filosofias de liderança Modelos de liderança Estilos de liderança Scouller, J. (2011). The three levels of leadership. Cirencester: Management Books 2000. Um modelo de liderança contém teorias ou idéias sobre COMO liderar eficazmente e/ou se tornar um líder melhor. Modelos de liderança pretendem ensinar como sermos eficazes como líderes. Eles nos mostram as chaves para uma liderança eficaz. Um modelo de liderança é como uma caixa de ferramentas ou um kit de peças que: costuma conter estilos de liderança diferentes e habilitar a 'troca' entre eles. pode ser suportado por diagramas e gráficos. pode ser influenciado ou sustentado por uma filosofia. Modelo de Liderança Scouller, J. (2011). The three levels of leadership. Cirencester: Management Books 2000. Com base em traço O mais antigo tipo de pensamento sobre liderança eficaz. Se concentram em identificar as características personalógicas dos líderes bem sucedidos. Carlyle e Galton; Ralph Stogdill; Com base em comportamentos ideais ou estilos Concentram-se sobre o que os estudiosos acreditam que são os comportamentos mais eficazes de um líder. Um dos modelos nesta categoria é o Grid Gerencial de Blake e Mouton. Teorias de Liderança Com base Funcional Enfocam o que o líder tem de fazer. Ao contrário dos modelos comportamentais ideais, os modelos de liderança funcional não sugerem maneiras ideais de se comportar, nem que elas coincidam comportamentos com circunstâncias, como os modelos situacionais ou contingenciais. Em vez disso, o foco de modelos de liderança com base funcional recai sobre as áreas de ação que um líder deve atender para ser eficaz. Os mais notáveis modelos funcionais são: Liderança "Action-Centered" de John Adair; Cinco Práticas de Liderança de Kouzes & Posner . Teorias de Liderança Com base situacional ou contingencial Baseiam-se na idéia de que as ações do líder devem variar de acordo com as circunstâncias enfrentadas - em outras palavras, métodos de liderança mudam de acordo com a 'situação’ em que o líder é líder. Esta categoria inclui principalmente: Modelo de Três Estilos de Kurt Lewin; Modelo Continuum de Liderança de Tannenbaum e Schmidt; Modelo da Contingência de Fiedler; Teoria do Caminho-Objetivo de House; Modelo da Liderança Situacional® de Hersey e Blanchard; Modelo de quatro-quadros de Bolman e Deal. Teorias de Liderança PRÁTICA - Mitos e Verdades HANDOUT 1 PRÁTICA - Mitos e Verdades HANDOUT 1 • a mitificação da posição de gerente e da figura do líder, – premissa baseada em racionalidade e controle, – premissa baseada em ambiguidade. A realidade administrativa: é racional, controlável e passível de ser uniformizada; é complexa, ilógica, mutante, ambígua e, em grande parte, incontrolável i. Uma pessoa pode se preparar melhor para não ser pega de surpresa e não ter que improvisar no exercício da função gerencial? ii. Quais são os comportamentos de um gerente que funcionam bem para lidar com o inesperado? (Se a turma não conseguir citar nada, o professor pode sugeirr: se abrir para novas ideias, lidar bem com o erro honesto). iii.Quais são os comportamentos que funcionam bem para não ser pego de surpresa? (Se a turma não conseguir citar nada, você pode dizer: Pensar antecipadamente sobre possíveis obstáculos, ouvir a equipe).iv.O que você aprendeu “apanhando” que, se soubesse antes ou se tivesse estudado/se preparado, teria evitado erros/problemas/prejuízos? No contexto competitivo atual, quais habilidades e qualidades mais importantes um Líder deve ter? Liderança na Gestão de Projetos A liderança é um processo que envolve: 1. definir um propósito e uma direção que inspire as pessoas a cooperar e trabalhar de bom grado no sentido deles; 2. prestar atenção aos meios, ritmo e qualidade do progresso em direção ao objetivo; 3. defender a unidade do grupo, 4. atender a eficácia individual durante todo o processo. Liderança na Gestão de Projetos O líder : É parte do processo decisório; É um planejador assistemático; É um executor de tarefas fragmentadas; Está inserido em contexto variado e ilógico. Liderança é um processo, dentro do qual pode haver diferentes líderes agindo em momentos diferentes em diferentes situações. A liderança pode ser compartilhada: um líder não tem que estar necessariamente liderando de forma direta e ativa o tempo todo. Liderança na Gestão de Projetos Pessoas - o líder deve garantir que há liderança : 1. Na abordagem da visão de futuro ou finalidade do negócio/projeto 2. Na gestão das tarefas e resultados 3. Na defesa do espírito de grupo e das normas/padrões, 4. Na atenção aos indivíduos Processo 1.definir um propósito e uma direção que inspire as pessoas a cooperar e trabalhar de bom grado no sentido deles; 2.prestar atenção aos meios, ritmo e qualidade do progresso em direção ao objetivo; 3.defender a unidade do grupo; 4.atender a eficácia individual durante todo o processo. Scouller, J. (2011). The three levels of leadership. Cirencester: Management Books 2000. Liderança na Gestão de Projetos O líder (autoliderança) Tarefas & Pessoas na equipe Tarefas & Pessoas com o restante da organização Finalidade do negócio/projeto Contexto (stakeholders externos) Scouller, J. (2011). The three levels of leadership. Cirencester: Management Books 2000. Liderança na Gestão de Projetos O líder deve trabalhar e desenvolver-se em quatro dimensões simultaneamente: Liderança Estratégica: abrange os efeitos de suas ações na finalidade do projeto/negócio e nos stakeholders Liderança de pessoas: abrange aspectos de atenção aos relacionamentos, na equipe e fora dela Liderança de tarefas: abrange aspectos de gestão do tempo, organização, planejamento prirização Autoliderança: Abrange autocontrole e outras competências emocionais. Impacta todas as demais dimensões A autoliderança afeta todas os quatro níveis do processo, uma vez que trata das fontes da eficácia do líder. A autoliderança é o ponto de partida e a mais influente das dimensões, porque uma mudança positiva no na autoliderança tem efeitos positivos nas demais dimensões. O mesmo também se aplica no sentido inverso. O Modelo da Liderança Situacional Paul Hersey e Kenneth Blanchard (1986) Em síntese, o gerente deve buscar mudar de estilo de liderança de acordo com a(s) pessoa(s) com quem trabalha e com as situações que o cotidiano empresarial impõe. Na Liderança Situacional a ênfase recai sobre o comportamento do líder em relação aos subordinados. Liderança Situacional • O modelo da liderança Situacional baseia-se numa inter- relação entre: • (1) a quantidade de orientação e direção que o líder oferece (comportamento de tarefa), • (2) a quantidade de apoio sócio-emocional dado pelo líder (comportamento de relacionamento) • (3) o nível de prontidão dos subordinados no desempenho de uma tarefa, função ou objetivo específico (maturidade). O conceito de maturidade inclui duas dimensões: maturidade de trabalho (relaciona-se com a capacidade de fazer alguma coisa) maturidade psicológica (refere-se à disposição ou motivação para fazer alguma coisa). Liderança Situacional (BAIXO) COMPORTAMENTO (ALTO) (ALTO) COMPORTAMENTO DE ALTO GRAU DE APOIO E BAIXO GRAU DE DIREÇÃO COMPORTAMENTO DE ALTO GRAU DE DIREÇÃO E ALTO GRAU DE APOIO E 3 E 2 E 4 E 1 COMPORTAMENTO DE ALTO GRAU DE DIREÇÃO E BAIXO GRAU DE APOIO COMPORTAMENTO DE BAIXO GRAU DE APOIO E BAIXO GRAU DE DIREÇÃO D4 D3 D2 D1 DIRETIVO -+ Nível de desenvolvimento LIDERANÇA SITUACIONAL Liderança Situacional Liderança Situacional No estilo 1, o líder... Identifica o(s) problema(s); Planeja com antecedência o trabalho a ser realizado pelo subordinado, definindo os objetivos, Torna claras as atribuições de cada um; Controla a decisão sobre como, quando e com quem o problema será resolvido ou a tarefa realizada Organiza os recursos necessários; Estabelece os prazos; Dá orientações específicas e se comunica unidirecionalmente; Toma iniciativa da resolução de problemas/tomada de decisões Anuncia resoluções e decisões Mostra ou diz a um subordinado como fazer uma tarefa específica Verifica se o trabalho é executado corretamente dentro do prazo Liderança Situacional Liderança Situacional No estilo 2, o líder… Identifica o(s) problema(s); Estabelece objetivos; Elabora planos de ação para resolver o(s) problema(s), depois consulta o(s) subordinado(s). Explica as decisões ao(s) subordinado(s) e solicita suas contribuições. A comunicação bidirecional e o uso de encorajamento e estímulo são maiores. Toma a decisão final sobre os problemas e soluções depois de ouvir o(s) subordinado(s). Continua a dirigir o trabalho do(s) subordinado(s). Liderança Situacional Liderança Situacional No estilo 3, o líder… Envolve o(s) subordinado(s) na identificação de problemas e fixação de objetivos. A definição do “como fazer”, “como resolver” é assumida pelo(s) subordinado(s). Assegura, apoia, fornece recursos e ideias quando solicitado. Compartilha com o(s) subordinado(s) a responsabilidade pela solução de problemas e tomada de decisões. Ouve ativamente e facilita a solução de problemas e tomada de decisões pelo(s) subordinado(s). Avalia em conjunto com o(s) subordinado(s) o trabalho deste(s). Liderança Situacional Liderança Situacional No estilo 4, o líder… Define o(s) problema(s) junto com o(s) subordinado(s). Estabelece objetivos em conjunto com o(s) subordinado(s.) O(s) subordinado(s) desenvolve(m) um plano de ação e controla(m) a tomada de decisões quanto a como, quando e com quem o problema será resolvido ou a tarefa será realizada. Liderança Situacional Aceita as decisões do(s) subordinado(s) e limita-se a monitorar periodicamente o trabalho deste(s). O(s) subordinado(s) se autoavalia(m). O(s) subordinado(s) assume(m) a responsabilidade e os méritos. Liderança Situacional PRÁTICA - Estilos de liderança HANDOUT 2 SEIS ESTILOS DANIEL GOLEMAN FONTE: https://www.webadesign.com.br/wp-content/uploads/2017/04/6-estilos-de-lideranca-que-voce-precisa-conhecer-1.jpg SEIS ESTILOS DANIEL GOLEMAN • https://www.youtube.com/watch?v=vkadAhDnPYk Daniel Goleman: Resonant Leadership Styles PRÁTICA - CONSELHOS AO NOVO LÍDER HANDOUT 3 Perspectivas Atuais Liderança Transformacional : ênfase colocada sobre a capacidade do líder de motivar e empoderar seus seguidores, e também na dimensão moral da liderança. Adotada por organizações de tipos variados quando existe a necessidade de ultrapassar limitações, organizacionais e das pessoas, e em processos de mudança. Tem como objetivo transformar as pessoas e as organizações de forma literal, ampliando a visão, a percepção e insight, esclarecendo propósitos e fazendo com que comportamentos sejam congruentes com crenças, princípios e valores. Liderança Transacional: o líder ganha o comprometimento dos liderados a partir de uma relação de troca por remuneração e segurança. Liderança visionária: o líder cria e articula, a partir do presente, uma visão de futuro realista, crível e atraente para uma organização, e também incita comportamentos, talentos e recursos, para a concretizaçãodessa mesma visão. Perspectivas Atuais Liderança Carismática: o conceito de liderança carismática tornou-se conhecido nos anos 1980/1990: o líder carismático era visto como alguém que poderia reconstruir o “moral” e oferecer alguma perspectiva de futuro. Essa abordagem combina aspectos da liderança transformacional e da teoria de traços. Embora os pesquisadores dessa abordagem tenham posições diferentes, de forma conjunta quatro principais características do líder carismático podem ser identificadas(Northouse, 2004, p171): (1) personalidade dominante, desejo de influenciar os outros e auto- confiança; (2) forte comportamento de modelo a ser seguido e competência; (3) articulação de objetivos ideológicos com implicações morais; e (4) alto grau de expectativa em relação aos subordinados e certeza de que estas expectativas serão atendidas. Críticas à liderança carismática: combinação de escândalos corporativos envolvendo lideranças carismáticas; tendência dos líderes carismáticos de abandonarem as organizações após a implementação das mudanças, muitas vezes deixando para trás desafios ainda maiores do que os iniciais. O que tem reforçado a percepção de que a liderança carismática pode não ser sustentável. A liderança carismática apresenta o líder como um salvador - chamada de liderança heróica por alguns críticos dessa abordagem, como Henry Mintzberg (2004). Perspectivas Atuais PRÁTICA – PRÓS E CONTRAS Grupos – Prós Grupos – Contra Consolidação Apresentação TEORIA LMX ROBBINS, Stephen. 2005 PRÁTICA – Exercício eletivo Handout 4 Teoria LMX A capacidade que possuem os indivíduos e grupos sociais, entre os quais as organizações, de modificarem o comportamento de outros grupos ou pessoas é um dos mais importantes processos sociais, fundamental para os seres humanos e denominado poder. Relações de Poder O poder:um fenômeno social, e não individual qualidade que um indivíduo ou grupo social possui em relação a outros indivíduos ou grupos; ocorre em todas as relações sociais, está disseminado em todas as sociedades e grupos sociais. Enfoque funcionalista: • O poder é legitimado dentro da estrutura hierárquica da organização por uma definição formal da autoridade. • As organizações agem em torno de concretizar seus objetivos, controlando (direta ou indiretamente) os que entram em contato com ela, dispondo de um poder maior do que o do indivíduo isoladamente. Relações de Poder nas Organizações Cinco bases sociais do poder : French Jr. e Raven (1975, p. 765). O poder de recompensa O poder coercitivo O poder legítimo O poder do especialista O poder de referência Relações de Poder nas Organizações ...aumentou em função de democratização nas relações sociais; aumentaram também o nível educacional e a intensidade da comunicação; Impacto sobre o poder (capacidade de influenciar). SÓ QUE a participação nas Organizações.... Relações de Poder nas Organizações Organização é uma estrutura de poder Recursos de poder: Autoridade formal / cargo; Controle de recursos escassos; Domínio de etapas do processo decisório; Conhecimento: informação / tecnologia; Acesso informal a recursos de poder; Liderança em entidades externas. Perspectiva Pluralista O Exercício de Poder na Função Gerencial O poder se manifesta, invariavelmente, por meio de pelo menos três componentes: a força, a autoridade e a influência. Tipos de Influência Interpessoal Influências Interpessoais Divergentes Intimidação A forma típica de intimidação é a ameaça. Ameaça-se fisicamente ou psicologicamente. Às vezes a ameaça é oculta, ou seja, existe apenas na percepção do influenciado. Manipulação É o uso de mentiras e táticas de linguagem que conduzam o pensamento do influenciável na direção desejada pelo influenciador, ignorando-se os interesses daquele. Inferiorização O influenciador busca inferiorizar moral ou psicologicamente o influenciável para que ele se desmotive a realizar determinado comportamento e fique mais vulnerável a reorientações. Pressão É o processo em que o influenciador gera um incômodo físico ou psíquico para o influenciável e contingencia a eliminação do incômodo à aceitação da influência. Influência passiva É o processo em que o influenciador não reforça determinado comportamento do influenciado, a fim de extingui-lo. Punição É o processo em que o influenciador elimina algo bom ou acrescenta algo ruim para o influenciável, logo após este manifestar um comportamento que se queira eliminar ou minimizar a frequência de ocorrência. Influências Interpessoais Convergentes Influência Direta É o processo em que o influenciador comunica abertamente e diretamente os efeitos de influência que quer que o influenciado manifeste. São exemplos: ordens aceitáveis, pedidos, dar o exemplo etc. Compensação É o processo em que o influenciador propõem aberta ou sutilmente uma troca com o influenciável. Oferecer dinheiro em troca da prestação de um serviço é o maior exemplo. Persuasão É o processo em que o influenciador busca fazer com que o influenciável deseje manifestar espontaneamente o efeito de influência. Reforço É o processo em que o influenciador acrescenta algo bom para o influenciável logo após este manifestar um comportamento que se deseja intensificar. Elogiar ou premiar, logo após um bom desempenho, são os maiores exemplos. Nem sempre as relações de poder dentro das organizações podem ser observadas de forma clara, podem estar camufladas na estrutura, nos modelos de gestão, nos procedimentos e na cultura que influencia os membros (COLEMAN, 2004). O poder: • Uma das formas que possuem os atores sociais para buscar os seus interesses, que podem ser individuais ou coletivos. • Pode existir e não ser exercido: a pessoa pode ter poder e não utilizá-lo. • O conceito de poder está inter-relacionado com o de liderança. Relações de Poder nas Organizações USO NEGATIVO DO PODER USO POSITIVO DO PODER Relações competitivas Relações cooperativas Poder na Liderança da Equipe As pessoas que possuem desenvolvidas as habilidades políticas são capazes de usufruir de forma eficaz o poder. Comportamento político nas organizações: aquelas atividades que não são requeridas como parte do papel formal na organização, mas influenciam, ou tentam influenciar, a distribuição de vantagens e desvantagens dentro dela. Relações de Poder nas Organizações Robbins (2004) Poder em ação política PRÁTICA - O COMITÊ HANDOUT 5 O COMITÊ TRABALHO EM GRUPO DEBRIEFING O Ciclo de Vida da Equipe Os estágios de desenvolvimento de equipe mais famosa foram descritos por Tuckman e Jensen em 1977. 1. Formação ("Forming") 2. Confrontação ("Storming”) 3. Normatização ("Norming") 4. Execução/Atuação ("Performing") 5. Desmobilizando (ou luto) (Adjourning") O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Formação - fase 1: a pré-equipe - fase onde as pessoas ainda estão trabalhando como indivíduos. Alta dependência do líder para orientação e direção. Pouco acordo sobre os objetivos que a equipe recebeu do líder. Responsabilidades e funções individuais não são claras. Líder deve estar preparado para responder a muitas perguntas sobre o propósito da equipe, objetivos e relações externas. Processos são muitas vezes ignorados. Membros testam a tolerância do sistema e do líder. Líder direciona. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Formação - fase 1: a pré-equipe - fase onde as pessoas ainda estão trabalhando como indivíduos. Seu foco é ajudar os membros da equipe a conhecer uns aos outros e deixar todos à vontade. Minimizar os medos, as confusões e incertezas, clarificando os objetivos, funções, responsabilidades e procedimentos pertinentes. Discutir as preocupações e expectativas: membros da equipe que trabalharam em equipes anteriores podem trazer expectativasespecíficas, preocupações ou preconceitos. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Confrontação - fase 2: o palco do conflito que muitas equipes precisam percorrer para alcançar o seu potencial. Durante esta fase a equipe se torna mais agressiva e desafia regras previamente acordadas. As decisões não vêm facilmente de dentro do grupo Membros da equipe disputam posição na tentativa de estabelecer-se em relação aos outros membros da equipe e ao líder, que pode receber desafios de outros membros da equipe. Aumenta a clareza de propósito, mas muitas incertezas persistem. A equipe forma panelinhas e facções e pode haver lutas de poder. A equipe precisa ser focada em seus objetivos para evitar distrações por problemas emocionais e de relacionamentos. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Confrontação - fase 2: o palco do conflito que muitas equipes precisam percorrer para alcançar o seu potencial. Durante esta fase a equipe se torna mais agressiva e desafia regras previamente acordadas. Ouvir problemas e fornecer feedback que reconhece todos os pontos de vista; Incentivar a equipe a trabalhar no sentido de objetivos compartilhados. Tentar mitigar ou resolver conflitos que são susceptíveis de perturbar os processos da equipe. A fase storming é realmente uma oportunidade para resolver conflitos e, se cuidadosamente gerida, pode tornar a equipe mais coesa. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Normatização - fase 3: a fase de consolidação em que a equipe trabalha sobre como usar os recursos que eles têm aplicados às tarefas. Acordo e consenso, em grande parte, entre os membros da equipe, que respondem bem à facilitação pelo líder. Papéis e responsabilidades são claras e aceites. Grandes decisões são feitas pelo acordo do grupo. Decisões menores podem ser delegadas a indivíduos ou pequenas equipes dentro do grupo. Comprometimento e unidade são forte. A equipe pode participar de atividades sociais. A equipe discute e desenvolve seus processos e o estilo de trabalho. Líder facilita e permite O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Normatização - fase 3: a fase de consolidação em que a equipe trabalha sobre como usar os recursos que eles têm aplicados às tarefas. Certificar-se que as regras e normas são as que foram consensadas e que elas ajudam a eficácia da equipe. Todo o tempo dedicado a criação de novas regras pelas quais a equipe quer operar fará com que as fases posteriores sejam mais eficientes. Facilitar a coesão da equipe e assegurar que cada membro da equipe se identifique com o propósito da equipe e valores. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Execução - fase 4: a equipe trabalha bem e se esforça para ser ainda melhor, concentrando-se no seu desenvolvimento, no dos indivíduos e no da tarefa. A equipe está estrategicamente mais consciente, sabe claramente por que está fazendo o que está fazendo, tem uma visão compartilhada e é capaz de ficar sobre seus próprios pés, sem interferência ou a participação do líder. Foco em alcançar metas e elevado grau de autonomia. Ocorrem desentendimentos mas eles são resolvidos positivamente dentro da equipe. As mudanças necessárias para processos e estrutura são feitas pela equipe. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Execução - fase 4: a equipe trabalha bem e se esforça para ser ainda melhor, concentrando-se no seu desenvolvimento, no dos indivíduos e no da tarefa. Avaliar a eficácia de equipe ao olhar para o indivíduo e os esforços, satisfações e sucessos da equipe. A equipe irá se preocupar com a produtividade, eficiência e potencial. Louvar a equipe para seus sucessos. É preferível premiar a equipe, ao invés de membros da equipe individualmente a fim de promover a harmonia e coesão. Recompensar indivíduos pode levar à competitividade e à hostilidade. O Ciclo de Vida da Equipe Características de cada fase Desmobilizando - fase 5: a etapa em que a equipe se desfaz e os indivíduos passam para outras responsabilidades. Desmembramento do grupo, quando a tarefa é concluída com êxito, seu propósito cumprido; Do ponto de vista organizacional, é útil para o reconhecimento e sensibilidade para as vulnerabilidades das pessoas na quinta etapa. O Ciclo de Vida da Equipe O papel do líder Desmobilizando - fase 5: a etapa em que a equipe se desfaz e os indivíduos passam para outras responsabilidades. Fornecer feedback: o que aprenderam os membros da equipe e como eles estão preparados para enfrentar novos desafios. Se for apropriado, encorajar os membros da equipe a manter os laços com os outros e desenvolver as suas relações através de novas atividades e projetos. Os estágios de Tuckman e Jensen equipe não são sempre tão claramente definidos. Se novos membros se juntam durante o projeto, a equipe talvez precise retornar, pelo menos em parte, à fase de formação enquanto já está, ao mesmo tempo, na de execução, por exemplo. Uma variedade de outras alterações pode causar instabilidades em equipes bem estabelecidas. A ideia de estágios de equipe pode ser útil em antecipar que tipo de apoio uma equipe pode precisar em um determinado momento. Equipes de alto desempenho Equipe com alto grau de motivação e colaboração UBUNTU (África do Sul): pessoas que conseguem pensar e agir de modo coletivo: abertura, interação e cooperação; Combinação de competências técnicas e comportamentais. Equipes de Alto Desempenho Contribuir e Desenvolver-se; Obter excelência em seu desempenho; Significar uma diferença e Sentir-se útil à sociedade; Desenvolver a autonomia nas suas tarefas; Conquistar o seu próprio futuro; O Líder Contemporâneo torna seus liderados capazes de... Atributos essenciais à criação de equipes CARACTERÍSTICAS E CONSTRUÇÃO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO •Autonomia •Variedade de habilidades • Identidade das tarefas • Importância das tarefas •Propósito comum •Metas específicas •Efetividade da equipe •Níveis de conflito • “Folga” social •Habilidades dos membros •Personalidade •Papéis •Diversidade •Tamanho •Flexibilidade dos membros •Preferências dos membros •Recursos adequados •Liderança e estrutura •Clima de confiança •Avaliação de desempenho •Sistema de recompensas Contexto Composição Projeto do Trabalho Processo Eficácia da Equipe Equipes de Alto Desempenho Fatores críticos: Motivação como fator de comprometimento; Abertura para o aprendizado; Colaboração: compartilhar competências; Criatividade: gerar respostas para demandas e necessidades; resolução de problemas; Melhoria contínua de processos: eficiência & eficácia; Liderança com processo decisório compartilhado (maturidade). Diferenciais: Foco em identificar e resolver problemas de clientes e do mercado – requer alto nível de competência contextual ; Se beneficia da diversidade. Liderança da Equipes de Alto Desempenho Características do líder de alto desempenho: Inovar Planejar e monitorar Delegar (tarefas e responsabilidades – “accountabiity”) Motivar Comunicar-se de forma eficaz Objetividade Clareza Dar e receber feedback Empatia & Escuta Ativa Líder Coach Desafios do Líder de Alto Desempenho Delegação & Empowerment Motivação (Satisfação & Superação de desafios) Delegação A delegação é vital para a liderança eficaz. Delegação permite-nos ganhar experiência para assumir maiores responsabilidades. Delegação eficaz é crucial para a gestão e a sucessão de liderança: a principal tarefa de um gerente em uma organização em crescimento próspero é, finalmente, desenvolver um sucessor. A delegação é uma das mais importantes habilidades de gestão está associda à confiança. Delegação O que é importante ser observado pelo líder: • Conhecer a equipe: investigar sobre os conhecimentos e experiências profissionais de cada um. • Nem tudoé delegável. Algumas tarefas são mais gerenciais, outras operacionais. • Há subordinados que não estão preparados para receber responsabilidades, assim é importante ter cuidado para não delegar autoridade acima do grau de maturidade profissional e/ou pessoal. • Delegar responsabilidade, sem delegar autoridade não funciona: sem autoridade é praticamente impossível seguir adiante. Se quem recebeu a tarefa não pode decidir, as chances da delegação de serem bem-sucedidas são reduzidas. • Abdicar ao invés de delegar: a delegação no “sufoco” é sempre feita às pressas, mal feita e acaba agravando os problemas, ao invés de resolvê-los. Delegação Confirmar o entendimento com a outra pessoa dos pontos anteriores, recebendo idéias e sugestões. Além de mostrar que o trabalho pode ser feito, ajuda a reforçar o compromisso. Métodos de verificação e controle devem ser acordados com a outra pessoa. A falha no acordo antecipado sobre o controle, fará com que este acompanhamento pareça interferência ou falta de confiança. • Começar pelo topo da pirâmide hierárquica; • Tornar bastante clara a missão, visão e valores da organização; • Elaborar uma boa descrição de posto de trabalho, nomeadamente funções e recompensas; • Atribuir responsabilidade; • Manter as pessoas responsáveis pelos resultados. Empowerment: atribuição de poder para a tomada de decisões através da definição de um conjunto claro das fronteiras e objetivos da organização • Começar pela base - partir para a mudança com base na compreensão e perspectiva dos colaboradores; • Estimular os comportamentos dos empregados, no sentido de os tornar aptos para tomadas de decisões; • Formar equipes para estimular/promover o comportamento cooperativo; • Encorajar a tomada de ação de risco, de um modo inteligente; • Confiar no desempenho das pessoas. Empowerment: um processo em que as tomadas de decisões e ações assumem risco, apontando para o crescimento e para a mudança. Empowerment MPOWERMENT Tipos de Empowerment: duas possibilidades de se implementar empowerment - Quinn e Sreitzer(1999) Empowerment Princípios: Dizer às pessoas quais são as suas responsabilidades. Dar a autoridade correspondente à responsabilidade. Estabelecer padrões de excelência. Oferecer o treinamento necessário para satisfazer tais padrões. Fornecer acesso a conhecimento e informação. Dar feedback sobre o desempenho. Reconhecer as realizações. Confiar. Aceitar o erro honesto. Tratar as pessoas com respeito. EMPOWERMENT O Ciclo Vantagens Coordenação de trabalhos de maior complexidade Maior motivação e interação entre equipes Mais tempo para execução das tarefas realizadas pelo superior Maior segurança na continuidade das tarefas quando o superior não está Menor tempo na tomada de decisão Obstáculos Conservadorismo nas empresas Medo e/ou perfeccionismo por parte do superior Falta de treinamento e/ou habilidade dos funcionários Medo de assumir responsabilidades Falta de vontade EMPOWERMENT Empowerment : VANTAGENS E OBSTÁCULOS (Araújo, 2001) Delegação Os passos da delegação 1 Definir a tarefa - Confirmar que a tarefa é adequada para ser delegada. Se reúne os critérios para a delegação. 2 Selecionar o indivíduo ou equipe - Quais são suas razões para delegar a essa pessoa ou equipe? 3 Capacidade de avaliar a necessidades de preparação - A pessoa ou equipe são capazes de fazer a tarefa? Compreendem o que precisa ser feito? Se não, você não pode delegar. Delegação Os passos da delegação 4 Explicar as razões - Você deve explicar por que o trabalho ou responsabilidade é ser delegada. E por que essa pessoa; qual é a sua importância e relevância; onde ele/ela se encaixa no esquema geral das coisas. 5 Resultados esperados - O que deve ser alcançado? Como será medida a tarefa? Certifique-se de que sabem como você pretende decidir que o trabalho está sendo feito com êxito. Procure descrever o que é esperado de forma S.M.A.R.T. (específico, mensurável, alcançável, relevante e tempestivo). 6 Considerar os recursos necessários - Discutir e concordar o que é necessário para fazer o trabalho. Considere as pessoas, localização, instalações, equipamentos, dinheiro, materiais, outras atividades conexas e serviços. Os passos da delegação 4 Explicar as razões - Você deve explicar por que o trabalho ou responsabilidade é ser delegada. E por que essa pessoa; qual é a sua importância e relevância; onde ele/ela se encaixa no esquema geral das coisas. 5 Resultados esperados - O que deve ser alcançado? Como será medida a tarefa? Certifique-se de que sabem como você pretende decidir que o trabalho está sendo feito com êxito. Procure descrever o que é esperado de forma S.M.A.R.T. (específico, mensurável, alcançável, relevante e tempestivo). 6 Considerar os recursos necessários - Discutir e concordar o que é necessário para fazer o trabalho. Considere as pessoas, localização, instalações, equipamentos, dinheiro, materiais, outras atividades conexas e serviços. Delegação Os passos da delegação 7 Acordar Prazos - Quando o trabalho deve ser concluído? Ou quando são as datas de revisão? E se a tarefa é complexa e tem partes ou estágios, quais são as prioridades? 8 Apoio e Comunicação - Pensar sobre quem mais precisa de saber o que está acontecendo e informá-los. Envolver a outra pessoa a considerar isto, para que possa ver além do assunto em questão. Não deixe a pessoa informar seus próprios pares de sua nova responsabilidade. Avise a pessoa sobre quaisquer assuntos estranhos relacionados a política ou protocolo. Se a tarefa for importante, informe seu próprio chefe sobre a delegação. Delegação Os passos da delegação 9 Feedback - É essencial dar feedback de desempenho e de resultado. Rever porque as coisas não correram como planejado e lidar com os problemas. Você deve absorver as consequências dos fracassos e dar o crédito para os sucessos. E lembre-se: FEEDBACK É S-E-M-P-R-E INDIVIDUAL FEEDBACK SEM UM PLANO DE AÇÃO AO FINAL NÃO TEM EFICÁCIA PRÁTICA - Delegação HANDOUTS 6 E 7 O que é ? Qual é o motivo pelo qual as pessoas trabalham? Sem motivação os dons mais raros permanecem estéreis, as capacidades adquiridas ficam em desuso, as técnicas mais sofisticadas sem rendimento, pois a motivação afeta o próprio aprendizado, ou seja, as respostas aos programas de capacitação. (Lévy-Leboyer,1988) Mas, o que é motivação? Como você definiria este conceito? Motivação Motivação Por definição, a motivação é o conjunto de forças internas e externas que definem como as pessoas escolherão determinada ação e adotarão um comportamento específico. Desta forma, fazem parte do conceito da motivação os fatores psicológicos individuais. Às empresas, interessa saber qual é a direção e o foco do comportamento de cada indivíduo, pois este pode apresentar: Comportamentos positivos: confiabilidade, pontualidade, honestidade, criatividade, ética e desejo de ser útil - ou Comportamentos negativos: atrasos, faltas, baixo desempenho, desleixo e falta de compromisso e engajamento. Motivação As pessoas podem ser motivadas por estímulos externos ou, simplesmente, a motivação já existe dentro de cada um de nós e é despertada? FORÇAS MOTRIZES DA MOTIVAÇÃO David McClelland Três forças motrizes mais dominantes e seus significados para a motivação: motivação para realização motivação para afiliação e motivação para o poder. Motivação A motivação para a realização: é a força motriz que move alguns indivíduos a perseguirem suas metas, como o sucesso ou a fama, por exemplo. O sucesso e a fama são desejados por si mesmos e, obviamente, por tudo que aportam consigo. No ambiente organizacional, esta força motriz caracteriza os empregados que se empenham mais ativamente, muito em função dos louros e créditos pessoais que receberão pelos seus esforços. Características das pessoas com alta motivação para a realização: Não se furtam de assumir responsabilidades e enfrentar desafios Buscam obter feedbacks e serem avaliadas constantemente, pois valorizam participar de conquistas que envolvam esforços individuais. Quando assumem cargos gerenciais, estes indivíduos revelam-se mais exigentes e esperam que seus funcionários tenham o mesmo tipo de comportamento e motivação. Motivação A motivação para a afiliação reflete o desejo de relacionar-se com as pessoas em uma base social, ou seja, pertencer a um grupo. Trat-se de pessosa que valorizam ser reconhecidas pelo seu esforço de cooperação. Quando indivíduos como estes galgam posições gerenciais, não escolhem, necessariamente, trabalhar com empregados mais competentes tecnicamente, mas, sim, com aqueles que ‘vistam a camisa’. O lado negativo desta atitude se traduz na possibilidade de que este tipo de gerente, motivado por afiliação, não seja tão eficaz quanto aquele com perfil motivado para a realização. Motivação A motivação para o poder: sua raiz é a capacidade de influenciar pessoas, controlar, tomar decisões importantes ou modificar situações. As pessoas com esta característica buscam impactar as organizações e estão dispostas a aceitar os riscos envolvidos neste processo. Estes indivíduos são muito valorizados nas empresas, desde que priorizem a agenda organizacional e não sua agenda pessoal. Motivação O líder também precisa identificar as necessidades dos liderados, que podem ser classificadas em primárias e secundárias. Primárias: – necessidades físicas básicas, tais como: alimentação, sono, sexo, temperatura. Secundárias: – necessidades sociais e psicológicas, as quais geralmente estão associadas à autoestima, como a sensação do dever cumprido ou a sensação de pertencer a um grupo, por exemplo. Motivação Maslow – A Hierarquia das Necessidades PRÁTICA - Motivação HANDOUT 8 Flow ou experiência máxima : experiências em que a energia psíquica é exigida ao máximo, levando a completa concentração. FLOW Uso do nosso tempo : • atividades produtivas (trabalho, estudo etc.), • atividades de manutenção (cuidados com a casa, alimentação, cuidados pessoais, transporte), e • atividades de lazer (consumo de mídia, hobbies, conversas, repouso). O tempo para, não sinto fome, não sinto sede, não sinto dor... Mihaly Csikszentmihalyi, fundador e co-diretor do Quality of Life Research Center (QLRC) A descoberta do fluxo – a psicologia do envolvimento na vida cotidiana SATISFAÇÃO HABILIDADES SUFICIENTES PARA SUPERAR O DESAFIO conjunto claro de metas específicas e compatíveis com suas habilidades, que forneçam feedback imediato, que deixem claro o seu desempenho. TÉDIO – nível de desafio baixo, metas aquém de suas habilidades, percepção de super-qualificação ANSIEDADE – nível de desafio alto, metas além de suas habilidades, percepção de que faltam habilidades CONSTRUÇÃO E GESTÃO DE EQUIPES DE ALTO DESEMPENHO Desafios da gestão de equipes Empatia Comunicação Feedback Lider Coach e a avaliação de desempenho Desafios da Gestão de Equipes Comunicação A comunicação é importante no exercício da liderança porque o líder precisa organizar suas idéias e desenvolver mensagens eficazes que levem as pessoas ao resultado e ao mesmo tempo as inspire para permanecerem comprometidas. Além da empatia e da escuta ativa, uma série de outros comportamentos levam ao resultado final: comunicação eficaz, tais como:clareza, disponibilidade para ouvir e responder perguntas, aceitar opiniões diferentes, receber feedback etc. Desafios da Gestão de EquipesPRÁTICA - Comunicação Interpessoal PREPARAÇÃO: Questionário de avaliação sobre capacidade de comunicação interpessoal – HANDOUT 10 EM DUPLAS– HANDOUT 11 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO PLANO DE DESENVOLVIMENTO DEBRIEFING Os papéis e responsabilidades do líder no desenvolvimento de pessoas Em plenária discutir as experiências na construção dos planos de ação Desafios da Gestão de Equipes Empatia Capacidade de perceber os sinais não verbais, relativos a estados emocionais de outras pessoas. (Reivich e Shatté, 2003) Uma das cinco habilidades da inteligência emocional que trata da facilidade para identificar sentimentos, desejos, intenções, problemas, motivos e interesses dos outros, por meio da leitura e da compreensão de comportamentos não verbais de comunicação, tais como expressões faciais, tom de voz e postura corporal. (Siqueira, Barbosa e Alves, 1999) Desafios da Gestão de Equipes Escuta ativa Como praticamos? Enquanto a outra pessoa fala, pare de pensar e concentre-se em ouvir o que a pessoa diz e o que ela não diz. Deixe a outra pessoa continuar o seu discurso sem quebras ou oposição sistemática. Quando a pessoa terminar de falar, espere alguns segundos, evitando quebrar o silêncio. Assim você pode levá-la a dizer mais do que tinha a intenção de contar. Sem emitir julgamentos, mostre ao outro que o que ele disse foi entendido. Isso se chama espelhamento (ROGERS, 1966). PRÁTICA - Escuta Ativa (EXERCÍCIO EXPERIMENTAL) HANDOUT 9 Desafios da Gestão de EquipesEMPATIA E ESCUTA ATIVA EM MOMENTOS DE CRISE O que é ? Mais do que uma ferramenta de comunicação, a escuta ativa é um método que ajuda a desenvolver a empatia. Praticando a escuta ativa, você desenvolve também a sua capacidade de ir além das suas crenças e dos seus preconceitos, de ser paciente, entender o ponto de vista do outro, ficar focado no assunto, evitar as distrações e encontrar uma solução favorável para todos. • Positivo: agradável e motivador, reforça comportamentos e ações bem sucedidas • Corretivo: busca o redirecionamento, mostra o que precisa ser corrigido ou melhorado FEEDBACK O LÍDER COACH Desafios da Gestão de Equipes De Correção - Gestor De Desenvolvimento - Coach De Reconhecimento - Coach O LÍDER COACHDesafios da Gestão de EquipesFEEDBACKFEEDBACK FEEDBACK 1. RECONHECIMENTO 2. O QUE ACONTECEU: FATOS E QUANDO 3. FOCO NO QUE A PESSOA FEZ 4. QUAL FOI O IMPACTO/RESULTADO DO QUE A PESSOA FEZ ? 5. QUAL É O IMPACTO PARA A PESSOA DE GERAR DETERMINADO IMPACTO /RESULTADO COM A SUA AÇÃO ? 6. O QUE A PESSOA VAI FAZER PARA NÃO REPETIR ESTA AÇÃO/COMPORTAMENTO ? 7. QUAIS OS GANHOS ADVIRÃO DISSO ? • REGRAS: NÃO ENTRE EM BATE BOCA: FOCO NA AÇÃO E NO IMPACTO GERADO FEEDBACK É S-E-M-P-R-E INDIVIDUAL FEEDBACK SEM UM PLANO DE AÇÃO AO FINAL NÃO TEM EFICÁCIA ESCUTA ATIVA Fatos Impacto EMPATIA Validação Solução (Plano de Ação) PRÁTICA – Escuta Ativa HANDOUT 12 1) Para a prática de escuta ativa: Prepare o relato de um problema que você gostaria de dividir com o seu gestor. 2) Instruções: Liderado 1 faça o seu relato para o líder 1. Líder 1 execute os passos da escuta ativa. Observador 1 utilize o handout para registrar o que você observa em relação aos tópicos abaixo. Depois que todos tiverem passado pelo papel de líder, os relatórios preenchidos pelo observador serão entregues a cada líder. EXERCÍCIOS O COACH PAPÉIS DO LÍDER Gestor – fala o que fazer, olha para as normas, regulamentos, políticas e as aplica e orienta para a realização dos processos; Educador – quando ensina (em alguns momentos é um professor); Coach (Transformador) – sai da posição de professor e auxilia, faz perguntas, aconselha, apoia na solução de problemas, lida com as competências e com as emoções do subordinado. Desafios da Gestão de Equipes Desafios da Gestão de Equipes Líder Coach Coach e líder coach – qual a diferença? Líder Coach é o líder que utiliza em sua gestão, ferramentas e ou técnicas de Coaching, e que por isso consegue fazer diagnósticos melhores e consegue ajudar na quebra de barreiras, durante os processos de desenvolvimento. A utilização do Coaching como uma ferramenta de desenvolvimento a ser aplicada em situações pontuais, torna o líder mais preparado, detentor de um diferencial sobre quem não conhece estavisão. Já o Coach é um profissional, que aprende técnicas e precisa desenvolver competências específicas, para que decidir sobre as melhores ferramentas a fim de possibilitar o processo com o coachee ou a equipe. Desta forma, o Coach é alguém treinado para conduzir o processo ou relacionamento. Desafios da Gestão de EquipesConstruir e Gerenciar Equipe de Alto Desempenho Para construir equipes de alto desempenho é necessário: 1) Buscar diversidade Diversidade: “mescla de itens caracterizados por diferenças e semelhanças” (Thomas Jr., 1996) Diversidade é o oposto de homogeneidade Dimensões da diversidade: demográfica, psicológica e organizacional Enriquece mas pode dificultar a comunicação e a negociação Risco: estereótipos - generalizações/simplificações das características similares designadas aos elementos de um grupo Desafios da Gestão de Equipes 2)Definir objetivos e papéis 3) Monitorar o desempenho: De resultados) De atitudes e comportamentos (aspecto relacional, comprometimento e confiança) 4) Construir e manter uma identidade – simbólica e/ou axiológica 5) Construir sinergia e confiança = comunicação é fator importante Fatores Críticos: Cultura organizacional Estilos de gestão da alta direção Ambiente organizacional (estrutura e processos) Desafios da Gestão de Equipes Para monitorar o desempenho: De resultados De atitudes e comportamentos (aspecto relacional, comprometimento e confiança) É preciso focar no: Desenvolvimento de competências Equipes de Alto Desempenho Competência: o que é? Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA) Conjunto de comportamentos e habilidades que se aprende ao longo da vida. Um somatório de conhecimentos de naturezas diversas. Competência: característica mensurável que diferencia o nível de performance de uma pessoa em um trabalho ou papel, tanto na empresa, quanto na família e/ou sociedade. (Rhandy Di Stefano) Equipes de Alto Desempenho Competência Comportamental Competência Técnica Competência Contextual As dimensões da competência Técnica Comportamental Contextual Modelo de competências da IPMA – International Project Management Association Equipes de Alto Desempenho Competência Comportamental Competência Técnica Competência Contextual Modelo de competências da IPMA – International Project Management Association As dimensões da competência Técnica: é o conhecimento e a habilidade; aquilo que estudamos e o que sabemos fazer a partir do que estudamos e do que aprendemos com a experiência profissional. Muitas vezes sabemos o que fazer mas não nos comportamos da maneira mais adequada no momento em que aplicamos o nosso conhecimento. Equipes de Alto Desempenho Competência Comportamental Competência Técnica Competência Contextual Modelo de competências da IPMA – International Project Management Association As dimensões da competência Comportamental: trata-se do conjunto de ações específicas, observáveis e alcançáveis (possíveis de serem realizadas por qualquer pessoa) que fazemos no cotidiano em nossas interações com outras pessoas, com os fatos da vida e com nós mesmos (nossas crenças, nossos medos, nossos valores, etc.). Esse conjunto de ações pode indicar um desempenho mais ou menos eficiente, independentemente de nossa competência técnica. Equipes de Alto Desempenho Competência Comportamental Competência Técnica Competência Contextual Modelo de competências da IPMA – International Project Management Association As dimensões da competência Contextual: é o conjunto de conhecimentos (e o uso que fazemos dele) sobre a empresa ou empreendimento, sobre o mercado em que a empresa atua, sobre a conjuntura geopolítica e econômica e seus efeitos sobre o negócio em que atuamos. O líder deve trabalhar e desenvolver-se em quatro dimensões simultaneamente: Liderança Estratégica: abrange os efeitos de suas ações na finalidade do projeto/negócio e nos stakeholders Liderança de pessoas: abrange aspectos de atenção aos relacionamentos, na equipe e fora dela Liderança de tarefas: abrange aspectos de gestão do tempo, organização, planejamento priorização Autoliderança: Abrange autocontrole e outras competências emocionais. Impacta todas as demais dimensões A autoliderança afeta todas os quatro níveis do processo, uma vez que trata das fontes da eficácia do líder. A autoliderança é o ponto de partida e a mais influente das dimensões, porque uma mudança positiva no na autoliderança tem efeitos positivos nas demais dimensões. O mesmo também se aplica no sentido inverso. Liderança de Equipes de Alto Desempenho Liderança de Equipes de Alto Desempenho Competência Emocional engloba: Capacidade de expressão de emoções Capacidades relacionadas à construção de relacionamentos Capacidades relacionadas à superação de adversidades Liderança de Equipes de Alto Desempenho A Competêcia Emocional é a chave para: A presença de liderança de uma pessoa (contribuição para o ambiente de trabalho); A sua atitude em relação aos outros (sociabilidade); A sua flexibilidade e adaptabilidade. A sua tolerância ao estresse. Resiliência e Estresse Resiliência: capacidade de se recuperar de adversidades (desde traumas até pequenos contratempos do dia a dia, incluindo eventos positivos que podem ser difíceis) e de aprender com elas, gerando aprendizado e superação. Adversidades causam estresse e a tolerância ao estresse depende do acionamento de diversos recursos, que compõem os mecanismos de coping (formas de lidar com o estresse) que você usa nos momentos em que está estressado. Resiliência e Estresse Importante notar que as pessoas têm reações diferentes quando se deparam com adversidades. Essas reações podem variar num continuum que vai da reatividade até a responsividade. Reatividade – perda de tempo com reações emocionais, que geram desperdício de energia, conflitos e baixo nível de resolução de problemas Responsividade – o foco está em responder ao problema de forma efetiva, buscando resoluções focadas, diminuindo o sofrimento e restabelecendo o equilíbrio das forças em conflito (internos ou interpessoais) Resiliência e Estresse • Resiliência não é uma capacidade singular. • Resiliência: resultado final de uma série de capacidades aprendidas ao longo da vida. – Nenhuma atitude isolada pode ser entendida como uma representação da resiliência. – Alguém que é considerado resiliente é DIFERENTE DE alguém que tem apenas momentos ocasionais de resiliência. Resiliência e Estresse Mecanismos de coping podem facilitar o processo de resiliência. Além deles, outros fatores facilitam o comportamento resiliente diante das adversidades: • 1. Cultivar bons relacionamentos • 2. Fazer planos realistas • 3. Autoestima e crença na sua auto-eficácia • 4. Comunicação para resolução de problemas: pedir ajuda e pedir o que quer ao invés de reclamar • 5. Inteligência Emocional PRÁTICA - Reativo ou responsivo? Handout 13 PRÁTICA - DESENVOLVENDO A MINHA RESILIÊNCIA HANDOUT 14 Inteligência Emocional Autoconhecimento Autogerenciamento/Gerenciamento de emoções/Controle emocional (Auto)Motivação Empatia /Conhecimento dos outros/Consciência social Habilidades sociais/ Gerenciamento dos outros/Relacionamento interpessoal Vídeo - Daniel Goleman Inteligência Emocional e Inteligência Social https://www.youtube.com/watch?v=M3wnoxF9Z3Q VÍDEO TED TALKS – A LIDERANÇA DE TODO DIA EM PORTUGUÊS https://www.youtube.com/watch?v=0sYaq-wAC08 VÍDEO Vídeo Motivacional https://www.youtube.com/watch?v=IAnzAWt5tCI Obrigada!