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Infecções Osteomusculares

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Infecções osteomusculares 1
🦴
Infecções osteomusculares
Abscessos
É o acúmulo localizado de pus. O pus é formado em decorrência do processo 
infeccioso → circundado por células inflamatórias de defesa.
Geralmente causados por Staphylococcus aureus 90% dos casos);
Acomete crianças e adultos até a segunda década de vida.
Abscessos do tecido subcutâneo 
Sintomas: dor progressiva, aumento de volume, eritema, calor local e até febre.
Flutuação à palpação indica presença de abscesso
Flegmão: presente na fase inicial da inflamação, onde predominam fenômenos 
vasculares (edema e hiperemia) quando ainda não houve a formação de pus
Nessa fase utiliza-se o termo “celuliteˮ e não “abscessoˮ para descrever a 
doença
Infecções osteomusculares 2
Abscessos musculares 
Miosite supurada ou piomiosite tropical
Sintomas: febre, queda do estado geral, dor, aumento do volume e da 
consistência músculo, sem a presença de sinais inflamatórios superficiais → 
devido a profundidade da musculatura e da proteção pela fáscia.
Dificuldade de diagnóstico
Pode evoluir para sepse ou complicações, como síndrome compartimental, 
osteomielite por contiguidade ou insuficiência renal ou mioglobinúria.
Principais músculos acometidos: coxa, glúteo, tronco e o iliopsoas.
Músculo iliopsoas
Infecções osteomusculares 3
Diagnóstico diferencial: TVP (trombose venosa profunda) e os sarcomas de 
tecidos moles.
Tratamento 
Drenagem e antibióticoterapia adequada para estafilococos.
Antibioticoterapia oral: mantida por 10 dias → cefalosporinas de 1a geração, 
eritromicina ou a clindamicina.
Abscessos maiores ou profundos devem ser drenados SEMPRE em centro 
cirúrgico (internação e administração de antibióticos pela via parental 
anteriormente);
Em caso de sepse: associação de oxacilina ou cefalosporina de 1a geração + 
aminoglicosídeo (amicacina ou gentamicina).
Se tratado na fase inicial difusa (flegmão) → unicamente antibiótico, sem 
indicação de drenagem
Osteomielite
Processo inflamatório acompanhado de destruição óssea provocado por 
micro-organismos patogênicos → infecção do tecido ósseo por bactérias 
piogênicas.
Especialmente o Staphylococcus aureus
A osteomielite possui muitas classificações clínicas distintas, a depender do 
agente etiológico, da extensão do acometimento ósseo, idade, condição 
imunológica do paciente, presença ou não de implantes metálicos no local. 
Uma classificação genérica muito utilizada divide a osteomielite em:
� Aguda → menos de 2 semanas de evolução
� Subaguda → entre 2 semanas e 3 meses de evolução
� Crônica → após 3 meses de evolução 
Mais importante que uma classificação cronológica é avaliar a presença do 
“sequestroˮ
Sequestro: osso necrótico infectado → define a osteomielite crônica
Via direta: inoculação direta ou pela via hematogênica
Via indireta: acesso de bactérias de focos infecciosos vizinhos
Infecções osteomusculares 4
Na criança 
Osteomielite hematogênica aguda é a principal forma em crianças.
Epidemiologia
Acomete de 2 a 3x mais meninos do que meninas;
Pico ao redor dos 2 anos e outro entre 79 anos;
Staphylococcus aureus é o principal agente etiológico;
Mas existem outros, como: Streptococcus do grupo B em neonatos e 
Salmonella sp em pacientes com anemia falciforme.
Acomete mais as metáfises dos ossos longos MMII principalmente);
Geralmente é monofocal 
Entre 520% apresenta doença multifocal 
Fisiopatologia
Escoriações ou furúnculos → entrada para a bacteremia → corrente sanguínea 
→ metáfise dos ossos → proliferação bacteriana → processo infeccioso 
(edema + hiperemia) → aumento da pressão intraóssea → forte dor local → 
formação do pus (após 23 dias) → maior pressão intraóssea → trombose de 
pequenos vasos → necrose do osso. 
Metáfise é o local propício para proliferação bateriana: possui a fise (cartilagem 
de crescimento) como barreira mecânica → lentidão do fluxo sanguíneo → 
facilita a aderência bacteriana.
A área resultante de necrose óssea produz o sequestro (fragmento destacado 
de osso morto infectado) que é envolvido por tecido de granulação (invólucro)
A presença de sequestro define a fase crônica da doença (osteomielite 
crônica).
Se a doença progredir, o pus pode se disseminar para o canal medular e 
para o córtex ósseo → formação de abscesso subperiosteal 
Infecções osteomusculares 5
Manifestações clínicas
Dor contínua e de forte intensidade na metáfise do osso acometido. 
Apresenta sintomas gerais de uma infecção aguda: febre, irritabilidade e 
queda do estado geral.
Claudicação e recusa à deambulação (quando envolve MMII.
Dor à palpação, aumento de volume e eritema quando o osso é superficial → 
podem estar ausentes ou aparecer apenas em fases mais tardias (após a 
disseminação da infecção sob o periósteo → abscesso periosteal). 
Neonatos: atitude antálgica com diminuição da movimentação ativa da 
extremidade acometida.
Diagnóstico
É de extrema importância o diagnóstico e tratamento precoce para reduzir os 
riscos de complicações. 
O diagnóstico deve ser eminentemente clínico: baseado na história clínica + 
exame físico 
Exames complementares são mais úteis no tratamento do que no 
diagnóstico
Hemograma: leucocitose com desvio à esquerda, VHS e PCR elevados 
Hemoculturas: positivas em apenas 4050% dos casos
Exames de imagem: sinais concretos da osteomielite, com aparecimento de 
áreas líticas (destruição) na metáfise e de reação periosteal adjacente. 
Essa radiografia revela osteomielite com sequestro evidente observado no quadrante 
mandibular posterior esquerdo.
Infecções osteomusculares 6
Nos primeiros 10 dias não há absolutamente NENHUMA evidência 
radiográfica da infecção 
Tardiamente, observa-se sequestros ósseos (fragmentos escleróticos de 
ossos)
Diagnósticos diferenciais: miosite supurada, leucemia aguda e o sarcoma de 
Ewing
Tratamento
Internação da criança em ambiente hospitalar. Imediatamente após coletar 
amostras para hemocultura, iniciar antibioticoterapia endovenosa + medidas 
gerais (repouso, reposição hidroeletrolítica e controle da febre).
Antibioticoterapia direcionada para S. aureus até o resultado das 
hemoculturas
Se for outro germe: utilizar oxacilina ou cefalosporina de 1a geração, ou ainda 
a clindamicina endovenosa 3 semanas) + clincamicina oral 3 semanas).
Abordagem cirúrgica: drenagem e desbridamento (em casos com presença de 
abscesso) 
Cirurgia na ausência de resposta clínica após 23 dias de antibioticoterapia 
ou ainda quando existe sequestro intraósseo.
Acompanhamento por 6 a 12 meses após o término do 
tratamento em TODOS os casos para previnir complicações 
tardias.
Complicações
Septicemia, cronificação, fratura patológica, artrite séptica e lesões da 
cartilagem de crescimento
No adulto 
Contrastando com crianças- que é provocada por disseminação hematogênica 
e com incidência em declínio, a osteomielite no adulto ocorre por inoculação 
direta de microorganismos no tecido ósseo e com maior incidência 
ultimamente.
Infecções osteomusculares 7
Causas: grande número de fraturas expostas e uso crescente de próteses 
articulares e de implantes para fixação de fraturas.
Não existe um único microorganismo mais frequente nesses casos, mas: 
Pseudomonas aeruginosas, Staphylococcus aureus multirresistêntes, 
enterobactérias e anaeróbios desempenham papel importante.
Frequentemente possui diagnóstico tardio
Bases da terapêutica: desbridamento cirúrgico, com drenagem de abscessos 
e excisão rigorosa dos sequestros, remoção dos implantes metálicos e 
eventual fixação externa.
Antibioticoterapia: tem por base a cultura de amostras do tecido infectado e o 
antibiograma.
Esferas de cimento ortopédico são complementoà antibioticoterapia.
Artrite séptica
Ou artrite infecciosa é a infecção da articulação por microorganismos 
piogênicos
Quadro grave que, se não tratado, resulta em destruição articular 
irreversível 
Mais frequente em crianças até 5 anos e idosos, apesar de acometer todas as 
idades
Fatores de risco nos adultos: uso de drogas injetáveis, etilismo, DM, AR e 
úlceras cutâneas
Staphylococcus aureus é o agente mais comum, seguido pelo 
Streptococcus sp 
As bactérias podem atingir a via hematogênica por inoculação direta (ferimento 
ou injeção intra-articular) ou através de um foco de osteomielite adjacente.
Manifestações clínicas
Dor articular intensa, contínua e que piora com a tentativa de movimentação 
+ sintomas sistêmicos de infecção (febre, queda do estado geral) 
Monoarticular é mais comum 
15% pode ter uma segunda articulação acometida
Infecções osteomusculares 8
Articulação superficial: eritema, calor e derrame articular 
Ex: joelho, punho ou cotovelo
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo é feito por punção articular sob sedação em sala 
cirúrgica → líquido sinovial turvo e purulento confirma artrite séptica.
Punção sob sedação em sala cirúrgica se for em articulações mais 
profundas
Pode ser solicitada coloração de Gram no esfregaço
Exames laboratoriais: úteis, mas não essenciais.
� Hemograma com leucocitose com desvio à esquerda, VHS e PCR elevados;
� Hemoculturas: positivas em 4050% dos casos;
Radiografia: pouco acrescenta → subluxações ou aumento do espaço articular 
por derrames (achados inespecíficos e pouco frequentes).
US detecta derrame articular em articulações mais profundas (quadril e 
ombro).
Diagnósticos diferenciais: osteomielite hematogênica aguda, artrite gotosa 
aguda e hemartose aguda.
Tratamento
Drenagem cirúrgica imediata se houver pus na articulação + 
antibioticoterapia endovenosa (direcionada para o germe mais comum: S. 
aureus) 
Via endovenosa: cefalosporina de 1a geração ou ainda a clindamicina até o 
resultado da cultura; por 1 semana.
Infecções osteomusculares 9
Sepse: adiciona-se aminoglicosídeo (gentamicina ou amicacina) 
Tala gessada para conforto do paciente e proteção da articulação por 3 
semanas
Apoio de carga na articulação só apenas 6 semanas do início do tratamento
Prognóstico e complicações
Tratamento precoce é essencial para um bom prognóstico, uma vez que a 
infecção bacteriana é uma das formas mais destrutivas de artrite.
Casos sem diagnóstico e tratamento adequado por mais de 1 semana → mau 
prognóstico
Infecções por Gram - ou com osteomielite associada tem pior prognóstico
A artrite séptica do quadril ASQ apresenta prognóstico mais reservado se 
comparado com outras articulações → devastadora e incapacitante 
Complicações: septicemia, destruição da cartilagem articular, lesão da 
cartilagem de crescimento, necrose epifisária, artrofibrose e anquilose
Morgana Rodrigues Duarte- TXI

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