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Impactos da Mudança do Clima

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3/26/24, 1:58 PM wlldd_231_u1_res_soc_amb
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os campos da atividade humana, tanto pro�ssional quanto cidadã, porque não há dissociação entre eles.
A�nal, o que está em risco é a construção da sociedade e dos predicados da vida. Esse é o desa�o do nosso
tempo.
VÍDEO RESUMO
No vídeo, conheceremos e re�etiremos sobre as dinâmicas do Antropoceno, o novo período geológico no
planeta. Além de uma abordagem dos principais fenômenos do Antropoceno, a videoaula discutirá as
implicações dele em nossas atividades econômicas e sociais. Por �m, discutiremos a responsabilidade de
governos e da sociedade civil no momento que vivemos. Vamos juntos? Estou te aguardando!
 Saiba mais
Como estudamos nesta aula, uma das principais métricas para conhecer e compreender o impacto das
nossas atividades no planeta é a pegada ecológica. Mas será que você sabe qual é a sua pegada? Para
conhecê-la, acesse o site Pegada Ecológica e faça o teste usando a calculadora da contabilidade
ambiental que re�ete as nossas condutas sobre o planeta. Além de interessante, o resultado nos ajudará
a compreender a nossa responsabilidade no Antropoceno.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
Estudante, é uma alegria tê-lo conosco em uma nova aula sobre um tema fundamental para a sua formação
pro�ssional: as mudanças climáticas.
Sabemos, hoje, que a mudança do clima é uma realidade com impactos diretos nas relações econômicas e
sociais. Se, por um lado, existe o desa�o de lidar com os efeitos negativos da mudança do clima, de outro, está
em curso a con�guração de uma economia, de baixo carbono, adaptada aos novos tempos.
Aula 2
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Sabemos, hoje, que a mudança do clima é uma realidade com impactos diretos nas relações econômicas
e sociais.
33 minutos
http://www.pegadaecologica.org.br/
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Portanto, é importante para você, como pro�ssional, conhecer a dinâmica da mudança do clima, os
instrumentos institucionais e re�etir sobre a aplicação das estratégias para a adaptação e mitigação dos
efeitos adversos sobre as nossas sociedades.
Vamos juntos no estudo dessa instigante temática!
MUDANÇA DO CLIMA, GASES DE EFEITO ESTUFA E AQUECIMENTO GLOBAL
A mudança do clima é o maior desa�o do mundo contemporâneo. Nenhuma política ou perspectiva de
desenvolvimento social e econômico prescinde dessa temática, e sua compreensão é fundamental para o
futuro de nossas sociedades.
Há um conjunto de conceitos ligados às questões climáticas, como mudança do clima, aquecimento global,
gases de efeito estufa e outros. Conhecê-los permitirá o entendimento do contexto e dos desa�os que as
alterações climáticas impõem nos sistemas naturais e humanos.
Considera-se mudança do clima as transformações nos padrões de temperatura e clima ao longo do tempo.
Embora possa ser de origem natural, o fator decisivo para a mudança do clima é atribuído, direta ou
indiretamente, às atividades humanas, já que elas induzem a alteração de composição da atmosfera. O
principal elemento humano que desencadeou a mudança do clima é o uso dos combustíveis fósseis –
petróleo, carvão, gás – desde o início da modernidade, com o advento da Revolução Industrial. Nesse
contexto, temos a emissão dos gases de efeito estufa (GEE), que são aqueles “[...] constituintes gasosos,
naturais ou antrópicos, que, na atmosfera, absorvem e reemitem radiação infravermelha” (BRASIL, 2009, [s.
p.]). São exemplos desses GEE o dióxido de carbono, o metano e o óxido nitroso, que são utilizados ou
resultantes de atividades da indústria, transporte, agricultura, pecuária etc. Além disso, o desmatamento de
�orestas tropicais, a substituição no uso do solo e outras atividades contribuem para a emissão desses gases.
Os principais emissores de dióxido de carbono são: a China, os Estados Unidos e a União Europeia.
A emissão de gases de efeito estufa é diretamente responsável pelo aumento da temperatura planetária.
Desde 1880, quando se iniciaram as medições globais, até o ano de 2020, a temperatura da Terra aumentou
mais de 1,2 °C acima do nível pré-industrial (1850-1900), e a última década foi a mais quente da história
(OMM, 2022). Temos, aqui, o que é chamado de aquecimento global. Esse aumento da temperatura global
afeta diretamente os sistemas de sustentação da vida no planeta, que são interconectados às mais variadas
atividades humanas.
Nesse sentido, há estudos sobre os impactos do aquecimento global sobre o Ártico, a Antártica e o permafrost
(material orgânico congelado); com o derretimento das geleiras e calotas polares, há o aumento no nível do
mar (IPBES, 2019). Ademais, nota-se o aumento dos extremos climáticos e meteorológicos, com oscilações
signi�cativas de calor e frio em todo o planeta. Chuvas, enchentes, tempestades, ciclones e secas são cada vez
mais comuns e intensos, prejudicando as atividades agropecuárias, em especial, a segurança alimentar das
populações mundiais. Os ecossistemas, por sua vez, são afetados pelo aquecimento global com a perda da
biodiversidade, com ameaças e a extinção de componentes da �ora e da fauna. Nos oceanos, os recifes de
corais são atingidos com a acidi�cação.
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Todos os elementos delineados possuem impacto imediato para os seres humanos com efeitos na saúde, na
disseminação de vetores de transmissão de doenças, e, em última análise, na própria existência da vida como
conhecemos. Para exempli�car, a pandemia da Covid-19 e outras questões epidemiológicas estão associadas
às consequências da perda da biodiversidade causada pelos desmatamentos e pelas queimadas das �orestas
tropicais em todo o mundo.
Por esse conjunto, nota-se que será necessário um compromisso global para enfrentar os efeitos negativos da
mudança do clima.
O REGIME JURÍDICO CLIMÁTICO
Há um conjunto de negociações e proposições em nível global – envolvendo países, entidades internacionais,
cientistas e sociedade civil – para o enfrentamento da mudança do clima. A Organização das Nações Unidas
(ONU) tem um papel central nesse processo. Ela é uma das responsáveis pela criação do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) em 1988. Formado por cientistas de
todo o mundo, o IPCC é a principal autoridade mundial sobre o aquecimento global e produz periodicamente
relatórios cientí�cos sobre a mudança do clima, com a formulação de estratégicas de enfrentamento e
respostas aos impactos. Até o ano de 2022, o IPCC tinha produzido seis relatórios de avaliação e estratégias de
enfrentamento à mudança do clima.
No que se refere à arquitetura normativa internacional, o principal documento sobre a mudança climática é a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, sigla em inglês), adotada em Nova
Iorque em 9 de maio de 1992 e aberta para assinatura em junho de 1992, durante a Rio-92, com entrada em
vigor em 21 de março de 1994.
A Convenção-Quadro tem como principal objetivo a “[...] estabilização das concentrações de gases de efeito
estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático”
(BRASIL, 1998, [s. p.]). Ela pretende evitar os chamados efeitos negativos da mudança do clima, que são:
Portanto, a Convenção-Quadro tem como foco o compromisso dos países no processo de estabilização da
emissão de gases de efeito estufa, no sistema climático,decorrentes de atividades antrópicas, para que não se
potencializem os efeitos do aquecimento global (BRASIL, 1998).
[...] as mudanças no meio ambiente físico ou biota resultantes da mudança do clima que
tenham efeitos deletérios signi�cativos sobre a composição, resiliência ou produtividade
de ecossistemas naturais e administrados, sobre o funcionamento de sistemas
socioeconômicos ou sobre a saúde e o bem-estar humanos.
— (BRASIL, 1998, [s. p.])
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Com a adoção da Convenção-Quadro e como forma de manter a discussão sobre o clima, as partes (países) se
reúnem periodicamente para discutir as questões climáticas. Essas reuniões são chamadas de COP
(Conferência das Partes), órgão supremo da Convenção-Quadro. A primeira COP ocorreu no ano de 1995, em
Berlim, na Alemanha (MELO, 2017).
Uma das principais deliberações desse órgão ocorreu durante a COP 3, em 1997, com a aprovação do
Protocolo de Kyoto, como componente da Convenção-Quadro, que estabeleceu metas de redução de
emissões para os países desenvolvidos. Após oito anos de negociações, o Protocolo entrou em vigor em 16 de
fevereiro de 2005, com a rati�cação por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção-Quadro
sobre Mudança do Clima. Esses deveriam ser responsáveis por, pelo menos, 55% do total das emissões de
gases de efeito estufa, tendo como referência o ano de 1990 (MELO, 2017). Mesmo com o Protocolo de Kyoto,
as emissões de gases de efeito estufa não cessaram, ao contrário, registraram sensível aumento, e um dos
fatores foi a crise econômica de 2008.  
Para substituir o Protocolo de Kyoto, durante a 21ª Conferência das Partes (COP 21), realizada em Paris, na
França, no mês de dezembro de 2015, celebrou-se um novo acordo para enfrentar as ameaças da mudança
climática, denominado Acordo de Paris. Esse contou com a assinatura dos representantes de 196 países da
Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima.
O Acordo de Paris visa reforçar a resposta mundial à ameaça da mudança climática no contexto do
desenvolvimento sustentável e erradicar a pobreza. São três os objetivos do Acordo de Paris (BRASIL, 2017):
1. Manter o aumento da temperatura média global bem abaixo dos 2 °C acima dos níveis pré-industriais e
buscar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais,
reconhecendo que isso reduziria signi�cativamente os riscos e impactos das mudanças climáticas.
2. Aumentar a capacidade de adaptação aos impactos adversos das mudanças climáticas e fomentar a
resiliência ao clima e o desenvolvimento de baixas emissões de gases de efeito estufa, de uma forma que não
ameace a produção de alimentos.
Promover �uxos �nanceiros consistentes com um caminho de baixas emissões de gases de efeito estufa e de
desenvolvimento resiliente ao clima.
O Acordo de Paris procura respeitar os diferentes estágios de desenvolvimento de cada país e, para tanto, “[...]
será implementado para re�etir a igualdade e o princípio das responsabilidades comuns, porém
diferenciadas, e respectivas capacidades, à luz das diferentes circunstâncias nacionais” (BRASIL, 2017, [s. p.]).
Em 22 de abril de 2016, o Acordo de Paris foi aberto para o período o�cial de assinaturas na Sede das Nações
Unidas em Nova Iorque, com extensão até 21 de abril de 2017. Contudo, menos de um ano antes de sua
celebração na COP 21, já contava com a assinatura de quase 100 países e, em especial, dos Estados Unidos e
da China – dois dos maiores emissores de gases de efeito estufa. Esses dois países rati�caram o Acordo em
setembro de 2016, assim, no dia 4 de novembro de 2016, o Acordo de Paris entrou em vigor o�cialmente
(MELO, 2017).
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O Brasil, por sua vez, aprovou o texto do Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima, em agosto de 2016, por meio do Decreto Legislativo nº 140/2016, com rati�cação pelo
Presidente da República em 12 de setembro de 2016 (MELO, 2017).
Após a entrada em vigor, realizou-se em Marrakesh, Marrocos, no mês de novembro de 2016, a 22ª
Conferência das Partes (COP 22), em que as discussões se centraram no estabelecimento de um plano para
implementar e monitorar o Acordo de Paris até dezembro de 2018. A 24ª Conferência das Partes (COP 24),
ocorrida em Katowice, Polônia, em dezembro de 2018, adotou um manual de instruções (livro de regras) para
os países implementarem os seus esforços nacionais no Acordo de Paris, chamado de “Contribuição
Nacionalmente Determinada” (NDC), que é a contribuição voluntária de cada país para a redução de suas
emissões de gases de efeito estufa.
LIDANDO COM AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Para o enfrentamento do cenário da mudança do clima, faz-se necessário um conjunto de compromissos e
obrigações por todos os atores do tabuleiro global, governos, setor empresarial e sociedade civil.
De imediato, é preciso reconhecer que vivemos em um cenário de vulnerabilidades, conceito que está
associado ao grau de suscetibilidade de uma sociedade, de acordo com suas capacidades para enfrentar os
efeitos adversos da mudança do clima (BURSZTYN; BURSZTYN, 2012). Isso signi�ca que todos seremos
impactados pela mudança do clima. Reconhecer as vulnerabilidades é identi�car os possíveis impactos
negativos da mudança do clima sobre as atividades econômicas, a segurança alimentar e a vida das pessoas
em um país ou região. Há países mais e outros menos vulneráveis. No nosso caso, o Brasil, com um território
de dimensão continental, as vulnerabilidades são distintas, a depender da região. Vamos exempli�car:
fenômenos meteorológicos extremos, como secas e enchentes, podem ter efeitos distintos na região Sul ou
no Nordeste brasileiro. Por isso, conhecer as nossas vulnerabilidades enseja a adoção de medidas para conter
os efeitos adversos da mudança climática e, com isso, fortalecer os mecanismos para a resiliência. Logo, é
preciso estarmos preparados para o enfrentamento e a minimização dos efeitos da mudança do clima sobre
regiões, cidades e lugares.
Nesse sentido, duas estratégias são fundamentais: a mitigação e a adaptação aos efeitos adversos da
mudança do clima. Ambas devem ser conjugadas, sendo que a mitigação se preocupa com a redução das
causas, e a adaptação assenta-se em lidar com as consequências da mudança do clima (PFEIFFER, [s. d.]).
Em um primeiro momento, o objetivo assenta-se na mitigação por meio da imediata redução das emissões de
gases de efeito estufa. Esse compromisso foi assumido em documentos o�ciais no âmbito internacional e
nacional.
Em nível internacional, ao rati�car o Acordo de Paris, cada país assumiu o que é denominado de Contribuição
Nacionalmente Determinada (NDC), que é o compromisso internacional na redução das emissões de gases de
efeito estufa. A NDC brasileira, revista no ano de 2020, tem os seguintes compromissos: reduzir as emissões
líquidas totais de gases de efeito estufa em 37% em 2025 e assumir compromisso de reduzir em 43% as
emissões brasileiras até 2030 (BRASIL, 2020). A NDC brasileira enuncia, ademais, “[...] o objetivo indicativo de
atingirmos a neutralidade climática – ou seja, emissões líquidas nulas – em 2060” (BRASIL, 2020, [s. p.]). Nota-
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se que os compromissos do governo brasileiro podem ser revistos no curso do cumprimento das metas. Esses
são de responsabilidadeconjunta do poder público, do setor privado e da sociedade civil para o cumprimento
das metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O compromisso internacional assumido pelo Brasil no Acordo de Paris dialoga diretamente com a Política
Nacional de Mudanças do Clima (PNMC), aprovada pela Lei Federal nº 12.187/2009, que estabelece, entre
outros pontos, que “[...] todos têm o dever de atuar, em benefício das presentes e futuras gerações, para a
redução dos impactos decorrentes das interferências antrópicas sobre o sistema climático” (BRASL, 2009, [s.
p.]). Ademais, na execução de políticas públicas relativas à mudança do clima, a PNMC estimula o apoio e a
participação “[...] dos governos federal, estadual, distrital e municipal, assim como do setor produtivo, do meio
acadêmico e da sociedade civil organizada” (BRASL, 2009, [s. p.]). No que se refere à mitigação, a PNMC visa à
redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes e prescreve
que as ações de mitigação devem estar em consonância com o desenvolvimento sustentável (BRASIL, 2009).
Em termos práticos, podemos conferir alguns exemplos de medidas de mitigação que auxiliam na redução
das emissões de gases de efeito estufa: (i) melhoria da e�ciência energética e uso de energias renováveis, em
substituição imediata no uso dos combustíveis fósseis; (ii) promover a agricultura e a pecuária ecológicas; (iii)
reduzir o consumo e a adoção da gestão de resíduos sólidos (reciclagem, reaproveitamento etc.); (iv) adotar a
gestão e�ciente dos recursos hídricos; (v) adotar sistema de mobilidade urbana com transportes coletivos e
e�ciência energética; (vi) adotar processos assentados na ecoe�ciência, ou seja, no fornecimento de produtos
equivalentes  à capacidade de sustentação do planeta.
Além da mitigação das emissões de gases de efeito estufa, há a necessidade da adaptação, que consiste em
iniciativas e medidas para reduzir os impactos adversos da mudança climática. As medidas de adaptação são
necessárias porque as mudanças já estão em curso. Nesse ponto, é importante a adaptação das economias
nacionais, isto é, ter “[...] iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos
frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima” (BRASIL, 2009, [s. p.]). É por meio das iniciativas de
adaptação que se tem a proteção de vidas em face dos efeitos adversos. Entre os exemplos de medidas de
adaptação, temos: (i) re�orestamento de �orestas e recuperação de ecossistemas afetados; (ii) desenvolver o
cultivo de plantas e culturas mais adaptáveis à mudança do clima; (iii) adotar sistemas de prevenção,
monitoramento e preparação em caso de catástrofes naturais e eventos climáticos; (iv) garantir
infraestruturas e políticas públicas urbanas para enfrentar as dinâmicas do clima sobre as cidades.
Em qualquer perspectiva, é preciso atentar que, tanto em nível global quanto local, o que está subjacente a
esses compromissos é reduzir a emissão de carbono o mais próximo de zero. Uma economia de baixo
carbono permitirá o que o IPCC chama de desenvolvimento resiliente: “[...] viabilizado quando os governos, a
sociedade civil e o setor privado fazem escolhas de desenvolvimento inclusivas que priorizam a redução de
riscos, a equidade e a justiça [...] (IPCC, 2022, [s. p.]).
De modo mais imediato, no contexto corporativo e individual, será preciso a tomada de consciência sobre a
nossa atuação no mundo no contexto atual. Para tanto, um elemento que pode auxiliar é o uso de métricas
que nos ajudam a compreender o papel de cada um de nós, pessoas físicas e jurídicas, no contexto climático.
Uma delas é a chamada pegada de carbono, ou seja, o cálculo dos impactos das atividades humanas sobre o
ambiente. A pegada de carbono é, hoje, um indicador que contribui no cálculo dos impactos de pessoas,
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empresas e países nas emissões dos gases de efeito estufa. Por esse cálculo podemos conhecer e identi�car
quanto cada ação ou como o nosso modo de vida impacta na emissão de gases de efeito estufa. Por evidente,
reduzir a pegada de carbono é uma medida essencial para todos – governos, setor corporativo e sociedade
civil.
Em qualquer das perspectivas enumeradas, de governos a cada um de nós, será preciso não só a tomada de
consciência mas também o compromisso político e ético com as estratégias para a redução das
vulnerabilidades no contexto climático.
VÍDEO RESUMO
No vídeo, conheceremos e compreenderemos os principais conceitos e o regime jurídico internacional e
nacional sobre a mudança do clima. Trata-se de um dos temas centrais para as empresas, que terão que se
adaptar aos efeitos da mudança do clima. Da mesma forma, governos e sociedade civil deverão adotar
estratégias no novo contexto climático. Essas são discussões da videoaula!
 Saiba mais
Com a mudança do clima, um dos desa�os imediatos para as nossas atividades econômicas e sociais será
se adaptar a uma nova economia, de baixo carbono, ou seja, de redução das emissões de gases
antropogênicos. Nesse sentido, será que você sabe qual a sua pegada de carbono? Ou de sua empresa?
Para auxiliar a compreender essa dinâmica, temos duas calculadoras disponíveis na internet: Iniciativa
Verde – Calculadora de CO e Moss – Calcule as suas emissões. Ao �nal, você saberá sua pegada de
carbono referente ao Brasil e ao mundo.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
2
INTRODUÇÃO
Aula 3
DESIGUALDADES SOCIOAMBIENTAIS
Hoje, organismos, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, manifestam preocupação
com o avanço da desigualdade em nível global.
32 minutos
https://www.iniciativaverde.org.br/calculadora
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