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06/04/2024, 09:12 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
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ASPECTOS	SOCIAIS,	POLÍTICOS	E	LEGAIS	DA
EDUCAÇÃO
UNIDADE 4 – GESTA� O DEMOCRA�TICA NA
ESCOLA: QUAL E� O LUGAR DO PROJETO
POLI�TICO PEDAGO� GICO NESTE PROCESSO?
Eliana Póvoas Pereira Estrela Brito
06/04/2024, 09:12 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
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Introdução
Muito se fala sobre a escola, seu papel social e cultural, bem como suas funções educativas, não é mesmo?
Você sabia que ela é um espaço micropolı́tico? Que possui normas próprias que a organizam e regem seus
cotidianos com relativa autonomia de gestão? Conhece os instrumentos de gestão utilizados na perspectiva de
torná-la democrática e participativa?
Nesta unidade, vamos percorrer as dimensões que atravessam a escola como um espaço socioeducativo que
tem, por um lado, regras e normas próprias e, por outro, sofre as interferências sociais, econômicas, polı́ticas
e culturais da sociedade em geral.
A conquista de uma sociedade democrática, com direitos humanos assegurados – dentre eles a educação –,
não se fez sem luta e sem o engajamento de vários segmentos organizados da sociedade civil. Foi uma vitória
democrática a promulgação da nossa Constituição em 1988, após um duro perı́odo polı́tico marcado pela
repressão, autoritarismo e esvaziamento das discussões sobre os rumos polı́ticos no Brasil durante a ditadura
militar.
Vencida essa fase triste da história polı́tica brasileira (1964-1985), as normas jurı́dicas avançaram e abriram
espaços para que as instituições sociais, em especial as de ensino, ganhassem autonomia nas três dimensões
que lhes dão sustentação: autonomia pedagógica, autonomia administrativa e autonomia �inanceira.
No leque dessas proposições, as instituições escolares criaram e consolidaram diferentes instrumentos a
favor da democratização de suas práticas, a partir da participação coletiva de suas comunidades. Dentre todos
esses instrumentos, seguramente o Projeto Polı́tico Pedagógico (PPP) é a chave de acesso à democratização de
todas as relações que acontecem no chão das escolas.
Trata-se de um instrumento de construção coletiva – e por isso plural – que representa a realidade da escola e
que serve de balizador para as práticas dela. Construı́do dessa forma, o PPP se torna democrático, posto que
contou com a contribuição e a colaboração de todos, ao mesmo tempo em que respalda as práticas de gestão
como encaminhamentos e tomadas de decisão previstas e elaboradas de forma participativa.
Com esse pano de fundo, estamos prontos para começar a nossa re�lexão nesta unidade, e você é nosso
convidado. Bons estudos!
4.1. Financiamento da educação escolar: fontes e recursos
A educação passou a ser um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 quando, no art. 205, dispôs
que “a educação, direito de todos e dever do Estado e da famı́lia, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercı́cio da
cidadania e sua quali�icação para o trabalho” (BRASIL, 1988). Posterior a essa grande conquista social, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) – Lei n. 9.394/96 –, rea�irmou esse direito, atribuindo
obrigatoriedade e gratuidade à Educação Básica para todas as crianças e jovens a partir de quatro anos de
idade.
Antes de avançarmos nas questões diretamente relacionadas ao �inanciamento da educação escolar, suas
fontes e seus recursos, importa que você saiba que, em conformidade com a LDBEN, as responsabilidades e
atribuições relativas à educação foram distribuı́das entre os entes federados: União; estados e Distrito Federal
e municı́pios. Essa divisão é importante para que possamos entender melhor como funcionam os �luxos dos
recursos destinados à educação. Então, vejamos no quadro a seguir como isso ocorre.
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Agora que já sabe a forma como são distribuı́das as responsabilidades de cada ente federado, você deve estar
se perguntando: quem paga o quê? De onde saem os recursos? Como é feita a movimentação do dinheiro?
O art. 212 da Constituição Federal explicita que a União será responsável por aplicar, no mı́nimo, 18% da
arrecadação da receita de impostos na educação. Já os estados, Distrito Federal e municı́pios, nunca menos de
25% do arrecadado. Além disso, a carta magna estabelece no mesmo artigo que o Ensino Fundamental contará
como fonte de recurso adicional a contribuição social do salário-educação recolhido pelas empresas (BRASIL,
1988).
Quadro 1 - Esferas federativas e seus respectivos nı́veis de ensino.
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
Figura 1 - União é responsável por aplicar, no mı́nimo, 18% da arrecadação da receita de impostos na
educação.
Fonte: Miriam Doerr Marton Frommherz, Shutterstock, 2020.
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Em 1996, por meio da Emenda Constitucional n. 14 (BRASIL, 1996b), regulamentada pela Lei n. 9.424, de 24
de dezembro de 1996, foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (Fundef). O Manual de Orientação do FUNDEF, disponibilizado pela Secretaria de
Educação Básica do MEC, faz o seguinte destaque: 
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério – FUNDEF tem como foco o ensino fundamental público, como o mais representativo
segmento da educação básica oferecida pelos Estados e Municı́pios brasileiros. Seu objetivo é
promover a universalização, a manutenção e a melhoria qualitativa desse nı́vel de ensino,
particularmente, no que tange à valorização dos pro�issionais do magistério em efetivo exercı́cio.
Assim, a implantação do Fundo concorreu, dentre outros aspectos, para a incorporação e a
manutenção de alunos nas redes públicas estaduais e municipais e para a melhoria da
remuneração do magistério, particularmente onde os salários praticados estavam muito baixos
(BRASIL, 2004a, p. 5).
O Fundef teve inı́cio em 1997 e vigorou até dezembro de 2006. Em junho de 2007, pela Lei n. 11.494, foi criado
o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Este alterou a abrangência do anterior,
que se limitava ao Ensino Fundamental, estendendo-o para toda a Educação Básica, ou seja, a distribuição de
recursos passou a atender da Educação Infantil ao Ensino Médio.
Outra mudança ocorrida pela institucionalização do Fundeb diz respeito aos impostos que passaram a compor
o Fundo. Nesse sentido, o modelo anterior contava com recursos próprios dos estados e dos municı́pios e
com os seguintes impostos:
Fundo de Participação dos Estados – FPE; Fundo de Participação dos Municı́pios – FPM; Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS (incluindo os recursos relativos à desoneração
de exportações, de que trata a Lei Complementar nº 87/96), e Imposto sobre Produtos
Industrializados, proporcional às exportações – IPIexp (BRASIL, 2004a, p. 7).
Por sua vez, o Fundeb passou a contar com todos os recursos que já faziam parte do Fundef e outros
atribuı́dos pela Lei n. 11.494/07, que são: Impostosobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD),
Imposto sobre Propriedade de Veı́culos Automotores (IPVA), Imposto sobre Renda e Proventos incidentes
sobre rendimentos pagos pelos municı́pios, Imposto sobre Renda e Proventos incidentes sobre rendimentos
pagos pelos estados e Imposto Territorial Rural (ITR) devida aos municı́pios (BRASIL, 2007). 
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Diante desse cenário, uma pergunta é imprescindı́vel: como é feita essa distribuição?
VOCÊ SABIA?
Uma iniciativa do governo que tem contribuıd́o de forma decisiva para o bom
andamento das rotinas escolares é o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
Voltado a todas as escolas públicas da Educação Básica, concede autonomia de
gestão �inanceira para que cada realidade escolar possa suprir as principais
necessidades. No entanto, para que as instituições da rede pública de ensino
possam se manter bene�iciárias do Programa, é preciso que apliquem os recursos
recebidos de modo correto, ou seja, que os utilizem para propor melhorias de
infraestrutura e materiais que quali�iquem os processos de ensino-
aprendizagens. 
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Então, a primeira coisa que você tem que saber é que cada estado possui um Fundeb, ou seja, não se trata de
uma polı́tica centralizada na União, e cabe a cada estado fazer a distribuição de recursos para a rede de
Educação Básica sob sua responsabilidade. Importa dizer que essa distribuição é feita tanto para as escolas da
rede estadual de ensino quanto para as municipais, e o critério é o número de estudantes com matrı́culas
ativas indicado pelo Censo Escolar – isto é, quanto mais estudantes, mais recursos.
Em termos de distribuição dos recursos, os cálculos levarão em conta o universo de estudantes matriculados,
dando ênfase aos nı́veis de ensino prioritários para cada uma das esferas federativas. Nesse sentido, os
municı́pios receberão os recursos, em especial, para Educação Infantil e Ensino Fundamental; já os estados
contarão prioritariamente com as matrı́culas do Ensino Médio. 
Figura 2 - Distribuição de recursos pelo Fundeb entre estados e municı́pios considera o número de
matrı́culas ativas por estabelecimento de ensino.
Fonte: Robyn Mackenzie, Shutterstock, 2020.
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No que diz respeito à utilização dos recursos, estes obedecerão aos seguintes critérios conforme pode ser
visto clicando nos botões a seguir. 
60% será destinado à remuneração dos
pro�issionais da Educação Básica.
40% a investimentos em outras despesas
voltadas à manutenção e quali�icação da
Educação Básica.
Vale ressaltar que quando o Fundeb prevê investimentos aos pro�issionais da educação, não está se referindo
apenas aos professores, mas também a todos os funcionários que trabalham na educação. Isso inclui os
servidores técnico-administrativos e o pessoal que apoia os serviços básicos.
Para que você tenha maior clareza sobre os valores distribuı́dos, veja que, de acordo com a Portaria
Interministerial n. 4, de dezembro de 2019, o valor anual mı́nimo nacional por aluno foi de�inido em R$
3.643,16 para o exercı́cio de 2020. Caso o municı́pio e/ou estado não tenham condições de cumprir com esse
mı́nimo estipulado, caberá à União fazer a complementação dos recursos (BRASIL, 2019).
Para além do Fundeb, o governo federal também �inancia alguns programas especı́�icos para a Educação Básica
das redes públicas de ensino. Entre eles se incluem:
•
•
Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE);
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (PNATE);
Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE);
Programa Nacional de Saúde do Escolar (PNSE);
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
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Podemos veri�icar que o governo federal tem feito investimentos na Educação Básica como forma de assegurar
o direito à educação de todos, contemplando as especi�icidades e necessidades de cada nı́vel de ensino, bem
como das diferentes modalidades da educação. Nesse sentido, podemos localizar, entre outros, o Proinfância,
que se direciona especialmente para a Educação Infantil, e o Proinfo, cujo objetivo central é informatizar as
escolas, possibilitando que os estudantes utilizem computadores como uma ferramenta didático-pedagógica. 
VOCÊ QUER LER?
Que tal conhecer as especi�icidades de cada um dos programas especı�́icos para a
Educação Básica das redes públicas de ensino? Os programas coordenados e
�inanciados pelo Ministério da Educação por meio do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) podem ser acessados pelo Portal do FNDE.
Nesse site, você poderá saber as �inalidades de cada um deles, a quem se destinam e
como estão funcionando. Con�ira! O endereço é: <http://www.fnde.gov.br/programas>.
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Como você pode acompanhar, há investimentos na Educação Básica da rede pública brasileira, o que implica
que também existem �iscalização e acompanhamento de como os recursos públicos estão sendo utilizados
pelas secretarias de Educação das redes públicas de ensino. Para tanto, faz-se necessária a participação ativa
de pais e demais representantes da comunidade escolar. 
Figura 3 - O site do FNDE dá acesso a todos os programas do governo federal voltados à educação básica no
Brasil.
Fonte: FNDE, 2020.
4.2 Gestão democrática e participativa da Educação
Certamente, você já ouviu falar que determinada situação, instituição ou prática de governo é democrática. Da
mesma forma, também já escutou, presenciou ou até mesmo participou de algumas circunstâncias em que as
pessoas (ou você mesmo) consideraram-nas marcadas pelo autoritarismo, não é?
Esses dois termos de�inem, em certo sentido, a forma como as pessoas e as instituições se relacionam entre si
e com a sociedade. Na perspectiva democrática supõe-se haver igualitarismo, liberdade de expressão, relações
mais horizontalizadas entre as pessoas. Por sua vez, o autoritarismo nega a liberdade de expressão e supõe
obediência inquestionável às lideranças, che�ias, governo. 
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Agora, se você transportar essas perspectivas para a educação, �ica fácil perceber que é muito complicado
trabalhar, estudar e conviver sob a égide do autoritarismo, não é mesmo? Nesse sentido, para que a educação
seja inclusiva e acolhedora das diferenças culturais, pessoais e econômicas, ela precisa ser democrática. E
para que essa conquista social seja efetivamente cumprida, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
em obediência à Constituição Federal de 1988 que, no art. 206, estabeleceu a gestão democrática para a
educação brasileira – apontaa gestão democrática como um dos princı́pios basilares a serem considerados no
ensino (BRASIL, 1996).
Em que pese a importância de as normas jurı́dicas assegurarem uma educação democrática, é importante
atentarmos nas considerações dos professores Genuı́no Bordignon e Regina Gracindo (2000, p. 148):
A gestão democrática da educação requer mais do que simples mudanças nas estruturas
organizacionais; requer mudança de paradigmas que fundamentem a construção de uma Proposta
Educacional e o desenvolvimento de uma gestão diferente da que na atualidade é vivenciada. Ela
precisa estar para além dos padrões vigentes, comumente desenvolvidos pelas organizações
burocráticas. 
Percebe-se, por consequência, que mais do que leis que apontem para a democratização na educação, faz-se
necessária a participação de todos para que uma cultura democrática seja instituı́da na educação.
Aqui, é importante considerar o entendimento do professor Libâneo sobre a de�inição de participação. Diz ele:
O conceito de participação se fundamenta no de autonomia, que signi�ica a capacidade das
pessoas e dos grupos de livre determinação de si próprios, isto é, de conduzirem sua própria vida.
Como a autonomia opõe-se às formas autoritárias de tomada de decisão, sua realização concreta
VOCÊ O CONHECE?
Não é possıv́el pensar na democratização da educação brasileira sem considerar o
importante papel desempenhado por Fernando Azevedo. Além de sua militância ativa
em prol da educação para todos no Brasil, foi pioneiro em relação à pesquisa no campo
das polıt́icas educacionais ao realizar rigorosa investigação sobre o cenário educacional
de São Paulo. Junto com Anıśio Teixeira, Lourenço Filho, Afrânio Peixoto e outros
educadores engajados na defesa da educação pública, foi um dos signatários do
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova em 1932. A biogra�ia de Azevedo pode ser
consultada no site da HISTEDBR:
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario/verb_b_fernando_azevedo.
htm>.
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nas instituições é a participação (LIBA� NEO, 2008, p. 102).
Explicita-se, portanto, a necessidade do envolvimento de todos para a consolidação da democracia. Sem a
participação cidadã, corremos o risco de tornar a democracia frágil, pois, embora existam dispositivos legais
voltados à participação popular, se estes deixarem de ser utilizados não contribuirão para sua efetividade no
campo social.
Um exemplo prático de participação popular no campo da educação pode ser constatado por ocasião da
elaboração dos planos de educação que envolvem todas as esferas federativas (municipais, estaduais, distrital
e federal). Nesse sentido, é possı́vel a participação popular nesses processos que objetivam pautar temas
importantes para a educação e fortalecer o Plano Nacional de Educação.
Outro espaço importante para a democratização e participação popular na educação é a Conferência Nacional
de Educação (Conae). Você sabe do que se trata? “[E� ] um espaço democrático instituı́do pelo Poder Público em
articulação com a sociedade para que todos possam participar do desenvolvimento da educação nacional”
(BRASIL, [s.d.]).
Vieira (2015, p. 16) argumenta que “a gestão educacional situa-se na esfera macro, ao passo que a gestão
escolar se localiza na esfera micro. Ambas se articulam mutuamente, dado que a primeira se justi�ica a partir
da segunda”. Baseados nessa compreensão, podemos falar em gestão da educação quando nos referirmos ao
Ministério da Educação, às secretarias de Educação ou a outros órgãos que fazem a gestão dos sistemas de
educação. Por sua vez, a gestão escolar �ica restrita às instituições de ensino da Educação Básica.
Mas, antes de prosseguirmos, vale perguntar: você sabe o que signi�ica gestão? Não se trata somente de
mandar, ordenar, organizar. Gestão pode ser entendida como nos propõe o professor Carlos Jamil Cury (2005,
p. 5): 
Gestão provem do verbo latino gero, gessi,	 gestum,	 gerere e signi�ica: levar sobre si, carregar,
chamar a si, executar, exercer, gerar. Trata-se de algo que implica o sujeito. Isto pode ser visto em
um dos substantivos derivado deste verbo. Trata-se de gestatio, ou seja, gestação, isto é, o ato pelo
Figura 4 - Espaços como os da Conferência Nacional de Educação são signi�icativos para a participação
popular em processos de decisão democrática.
Fonte: Shutterstock, 2020.
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qual se traz em si e dentro de si algo novo, diferente: um novo ente. Ora, o termo gestão tem sua
raiz etimológica em ger que signi�ica fazer brotar, germinar, fazer nascer. Da mesma raiz provém
os termos genitora, genitor, gérmen.
Essa de�inição trazida por Cury (2005) torna-se interessante quando pensada no contexto da escola, pois, ao
contrário do que pode se pensar, gestão não é apenas administrar pessoas, situações e coisas; é fazer germinar,
é criar condições para que o inusitado aconteça. Isso, por si só, já pressupõe a necessidade de um clima
democrático no qual o diálogo, a escuta do outro, o respeito às diferenças façam parte das condições de
trabalho na escola.
Dito isso, a gestão na perspectiva democrática encontra-se assim colocada na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN). Em conformidade com a norma jurı́dica (art. 14):
Os sistemas de ensino de�inirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação
básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princı́pios:
I – participação dos pro�issionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes
(BRASIL, 1996).
No art. 15, o texto da LDBEN prescreve que “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas
de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e �inanceira,
observadas as normas gerais de direito �inanceiro público” (BRASIL, 1996).
Nota-se, portanto, que esse dispositivo legal atribuiu autonomia pedagógica, administrativa e �inanceira às
instituições de ensino, estabelecendo que os sistemas de educação, nas três esferas federativas, devam
descentralizar suas práticas gestoras nessas dimensões. Prevê ainda a participação da comunidade escolar nas
tomadas de decisões, o que inclui os pro�issionais da educação, estudantes, pais e/ou responsáveis e
comunidade externa pertencente ao entorno da escola.
Vamos avançar em nossos estudos, tratando de como se dá essa gestão escolar sob o ponto de vista da
democracia e da participação.
4.3 Gestão Escolar na perspectiva democrática e
participativa
Ao re�letirmos sobre a gestão escolar na perspectiva democrática e participativa, é importante primeiramente
lembrar que autonomia não é independência, posto que as instituições devem respeitar as normas de seus
respectivos sistemas de educação.
Autonomia aqui é entendida como a “expressão da unidade social que é a escola e não preexiste à ação dos
indivı́duos” (BARROSO, 1998, p. 21).
No entanto, embora haja dispositivos legais a favor da participação da comunidade nas práticas de gestão na
escola, estas ainda se ressentem de maior participação de representantes da comunidade em seus órgãos
colegiados. Neste sentido, é importante considerar que:
A participação em sentido pleno é caracterizada pela mobilização efetiva dos esforços individuais
para a superação de atitudes de acomodação, dealienação e marginalização, e reversão desses
aspectos pela eliminação de comportamentos individualistas pelo espı́rito de equipe, visando à
efetivação de objetivos sociais e individuais que são adequadamente entendidos e assumidos por
todos (LUCK, 2006, p. 30).
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Dessa forma, é preciso que a escola encoraje sua comunidade a participar efetivamente de seu cotidiano.
Sabemos que pais e/ou responsáveis pelos estudantes vivenciam um cotidiano por vezes bastante complexo
em função do ritmo acelerado de trabalho com vistas a garantir a sobrevivência da famı́lia. Certamente, esse é
um dos obstáculos que as escolas enfrentam ao buscar a integração comunidade-escola.
Adilson Cesar de Araújo (2009, p. 254), ao analisar as questões que potencializam a gestão escolar na
perspectiva democrática e participativa, aponta quatro dimensões necessárias: “participação, autonomia,
pluralismo e transparência”. Quando trabalhadas de forma integrada e contı́nua nos espaços escolares, elas
garantem o caráter público que deve ser atribuı́do a todas as escolas das redes públicas de educação. 
E� importante frisar que a participação da comunidade escolar guarda relações estreitas com a autonomia da
gestão em realizar práticas propositivas, voltadas para a melhoria das práticas pedagógicas e administrativas
desenvolvidas na escola, bem como no respeito às diferenças que habitam os cotidianos escolares. Não é
possı́vel, diante da pluralidade cultural presente em nossa sociedade, que a escola queira normatizar um único
padrão cultural – via de regra, mantendo os padrões culturais da colonização europeia, branca e elitista.
Importa o que ressalta a professora Sandra Tosta (citado por OLIVEIRA et al., 2014, p. 119):
[...] a consciência de que a diferença está presente no cotidiano da escola e da sala de aula aponta
para a necessária re�lexão sobre pelo menos duas questões importantes nas relações que se
constroem no interior dessa instituição. Primeiro, que a diferença não está apenas presente na
vida fora da escola, como também atravessa os muros, quase sempre impermeáveis, da instituição
escolar. Terceiro, que a forma como olhamos e tratamos a diferença interfere nas relações
educativas e, consequentemente, nas relações de aprendizagem e de socialização. 
Em termos de gestão democrática e participativa, as escolas institucionalizaram alguns mecanismos voltados
à participação da comunidade em suas tomadas de decisões. Podemos citar como exemplo os conselhos
escolares, os conselhos de classe, as Associações de Pais e Mestres (APMs) e os grêmios estudantis.
Dentre esses instrumentos, o Conselho Escolar se constitui em uma das instâncias mais signi�icativas para a
participação, acompanhamento e �iscalização, por parte da comunidade escolar, das práticas da gestão escolar.
Torna-se, por consequência, um importante dispositivo voltado à transparência dos atos administrativos no
âmbito escolar. 
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Você já participou do Conselho Escolar? Sabe como funciona? Os Conselhos Escolares são regulamentos por
leis ou outras normativas legais no âmbito dos estados e dos municı́pios. Dessa forma, é possı́vel encontrar
algumas diferenças entre os “estatutos” elaborados em cada estado ou municı́pio, no entanto existem
princı́pios comuns a serem observados em conformidade com as orientações do MEC.
Figura 5 - Nos conselhos escolares diferentes segmentos da comunidade escolar participam para planejar e
deliberar de forma colegiada.
Fonte: Rawpixel, Shutterstock, 2020.
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De acordo com o Estatuto do Conselho Escolar, “o Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza
deliberativa, consultiva e �iscal, não tendo caráter polı́tico-partidário, religioso, racial e nem �ins 
lucrativos, não sendo remunerados seu Dirigente ou Conselheiros” (BRASIL, 2004b).
Trata-se, portanto, de participações espontâneas que objetivam contribuir para que a gestão escolar possa de
forma democrática e participativa discutir seus rumos, priorizar ações e fazer encaminhamentos com
respaldo coletivo.
São objetivos do Conselho Escolar:
I – Democratizar as relações no âmbito da escola, visando à qualidade de ensino através de uma
educação transformadora que prepare o indivı́duo para o exercı́cio da plena cidadania;
II – Promover a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, a
�im de garantir o cumprimento da sua função que é ensinar;
III – Estabelecer, para o âmbito da escola, diretrizes e critérios gerais relativos à sua organização,
funcionamento e articulação com a comunidade de forma compatı́vel com as orientações da
polı́tica educacional da Secretaria de Educação, participando e responsabilizando-se social e
coletivamente, pela implementação de suas deliberações (BRASIL, 2004b).
VOCÊ SABIA?
A etimologia da palavra “conselho” nos ajuda a compreender melhor esse
importante dispositivo democrático na escola. Veja: “O termo conselho vem do
latim consilium. Por sua vez, consilium provém do verbo consulo/consulere,
signi�icando tanto ouvir alguém quanto submeter algo a uma deliberação de
alguém, após uma ponderação re�letida, prudente e de bom senso. Trata-se, pois,
de um verbo cujos signi�icados postulam a via de mão dupla: ouvir e ser ouvido
[...]” (CURY, 2000, p. 47). 
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Quanto à composição dos Conselhos Escolares, o MEC (2004) orienta que o Conselho Escolar seja composto
por membro nato e representantes de todos os segmentos que fazem parte da comunidade escolar. O diretor da
escola será um membro nato, ao passo que os demais conselheiros que representam os diversos segmentos
da comunidade escolar devem ser eleitos por seus pares. O processo de eleição deve eleger representantes e
suplentes. 
Outro dispositivo de participação democrática é o Conselho de Classe. Ele reúne todos os professores, das
diferentes áreas do conhecimento, que atuam em determinada série ou classe com o objetivo de fazer uma
avaliação coletiva dos processos de ensino-aprendizagem decorridos em dado perı́odo letivo. Além dos
professores, os Conselhos de Classe contam com a representação estudantil eleita para esses �ins.
Neste sentido, o professor Vitor Paro (2000, p. 81) nos chama a atenção para o fato de que: 
os conselhos de classe, por exemplo, não podem continuar sendo instâncias meramente
burocráticas, onde se procura apenas justi�icar o baixo rendimento do aluno, colocando a culpa em
fatores externos à escola. E� preciso prever instrumentos institucionais que avaliem não apenas o
rendimento do aluno, mas o próprio processo escolar como um todo, com a presença de alunos e
de pais, pois eles são os usuários da escola e a eles compete apontar problemas e dar sugestões de
acordo com seus interesses. E� obvio que não se trata já de atividade estritamente administrativa,
mas da própria ligação entre o administrativo e o polı́tico, com o primeiro procurando viabilizar o
segundo e este servindo de fundamento para realização daquele. 
Novamente,é importante que a escola não torne o Conselho de Classe mais um dispositivo burocrático que
sirva tão somente para prestar contas às determinações das secretarias. Ainda que majoritariamente formado
por professores, ele precisa abrir espaços de fala para os estudantes sem que estes tenham medo de sair
prejudicados em suas avaliações em função de identi�icar algumas situações de ensino-aprendizagem que
desagradem aos professores.
VOCÊ QUER LER?
Sobre as funções e potencialidades do Conselho Escolar para atuar na perspectiva
democrática e participativa nas escolas, vale a pena conhecer o conteúdo do módulo
que integra o Curso de Técnico em Gestão Escolar – Profuncionário –, elaborado por
Regina Vinhaes Gracindo. A iniciativa é uma parceria entre a Universidade de Brasıĺia
(UnB) e a Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O material
está disponıv́el em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/11gesdem.pdf>.
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Como você já percebeu, as questões relativas à consolidação da gestão democrática e participativa nas escolas
envolvem muito mais do que um conjunto de normas jurı́dicas que lhes deem respaldo legal. Apesar da
importância das leis – sem elas correrı́amos o risco de desenvolver práticas arbitrárias –, é importante ter
clareza de que só com a participação de todos a democracia se consolida. Entretanto, isso não pode se dar por
imposição, pois nesse caso terı́amos o autoritarismo ditando a participação. Ela tem que acontecer de forma
voluntária, engajada e consciente de que não é um dever a ser cumprido, mas, antes, um direito a ser exercido.
VOCÊ QUER VER?
Se deseja conhecer uma percepção interessante a respeito da importância do papel
social da escola, não deixe de assistir ao vıd́eo, produzido pela organização Todos pela
Educação. O professor Vitor Paro, com base em problemáticas levantadas por ele,
indica as contribuições sociais que a escola pode oferecer numa perspectiva
democrática e participativa. Ao criticar as formas de organização pedagógica e
administrativa pelas quais as escolas costumam estruturar seus cotidianos, Paro re�lete
de forma crıt́ica a respeito da necessidade de tecer aproximações entre escola-famıĺia e
comunidade. O material está disponıv́el em: <https://www.youtube.com/watch?v=r-
4iV6aAl4E>.
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Nesse sentido você como cidadão deve participar e contribuir para que as escolas de seu municı́pio e região
instaurem uma cultura democrática com o efetivo envolvimento da comunidade. Participe e convide seus
amigos e familiares a também contribuı́rem com a educação de seu municı́pio. 
VOCÊ QUER VER?
Uma interessante entrevista com a consultora pedagógica da revista Gestão Escolar,
Maura Barbosa, nos ajuda a compreender como organizar e desenvolver conselhos de
classes que rompam com os aspectos meramente burocráticos e possam interferir com
qualidade nos processos pedagógicos. Vale a pena você assistir a Como	o	conselho	de
classe	pode	ajudar	a	melhorar	o	ensino	e	a	aprendizagem e colaborar com sua escola na
organização e realização dessa instância escolar. O vıd́eo está disponıv́el em:
<https://www.youtube.com/watch?v=yxpCei1L6qs>.
4.4 A construção do Projeto Político Pedagógico e a
participação coletiva
Certamente, você já ouviu falar em Projeto Polı́tico Pedagógico (PPP) e deve saber que todas as escolas
possuem seus PPPs, não é mesmo? Mas tem ideia sobre para que servem? E� a respeito desse instrumento que
vamos tratar neste tópico.
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Vamos iniciar problematizando a própria concepção de “projeto”. Veja o que diz o professor Moacir Gadotti
(2000, p. 38) sobre o termo: 
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar signi�ica tentar
quebrar um estado confortável para arriscar-se atravessar um perı́odo de instabilidade e buscar
uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o
presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas.
As promessas tornam visı́veis, comprometendo seus atores e autores. 
Pensar na concepção de um Projeto Polı́tico Pedagógico a partir da noção de projeto já nos leva a compreender
que a elaboração e/ou revisão desse documento supõe que as pessoas envolvidas estejam dispostas a revisar
o estado atual de suas práticas, analisar outras possibilidades e buscar coletivamente traçar novos rumos para
os cotidianos escolares. No limite, exige certa desacomodação com vistas a identi�icar novas formas de
organização na escola.
CASO
Maria José das Flores é uma jovem professora. Após ter sido aprovada em concurso
público para o exercıćio do magistério na rede de ensino do seu municıṕio, se dirigiu
à escola que lhe foi indicada pela Secretaria de Educação para assumir a regência
numa classe de terceiro ano do Ensino Fundamental.
Ao chegar lá e após se apresentar e conhecer o seu novo ambiente de trabalho,
solicitou o Projeto Polıt́ico Pedagógico, pois sua intenção era a de poder compreender
melhor os princıṕios �ilosó�icos e educativos que regiam o cotidiano da escola. As
professoras disseram que havia, sim, um PPP, mas que não sabiam onde ele poderia
estar guardado.
A diretora, ao chegar à sala e perceber o movimento das professoras em busca do
documento, interveio e disse a Maria José que de nada adiantaria ler o PPP, pois ele
estava muito desatualizado e já não representava o que acontecia, de fato, na escola.
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Não se faz um PPP sem as bases concretas que servirão de subsı́dios para a sua construção. Nesse sentido, a
construção ou reformulação dele envolve um planejamento prévio em que estejam previstas todas as fases,
desde o diagnóstico da realidade até sua implantação no chão da escola. Nas palavras da professora Heloisa
Luck (2009, p. 33):
A partir de uma visão abrangente e integradora, o planejamento contribui para a coerência e
consistência das ações, promovendo a superação do caráter aleatório, ativista e assistemático.
Como instrumento de preparação para a promoção de objetivos, ele antecede as ações, criando
uma perspectiva de futuro, mediante a previsão e preparação das condições necessárias para
promovê-lo. 
Em poucas palavras, a construção do PPP exige um planejamento prévio de suas etapas e da distribuição de
responsabilidades entre todos os que fazem parte da comunidade escolar. 
Figura 6 - Valores, missão da escola e visão de mundo são aspectos a serem considerados pela gestão
escolar numa perspectiva democrática.
Fonte: ChristianChan, Shutterstock, 2020.
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E� interessante notar que a própria nomenclatura – Projeto Polı́tico Pedagógico – já contempla as principais
caracterı́sticas desse plano de educação ao atribuir-lhe um caráter de algo transitório porque precisa ser
revisto com periodicidade como forma de analisar o que está proposto e o queestá sendo realmente feito na
escola. E� polı́tico, pois a escola é uma instituição social e como tal está inserida em uma sociedade marcada
por contradições, con�litos e desigualdades. Finalmente, é pedagógico porque traz as marcas dos processos de
ensino-aprendizagem voltados à formação do sujeito que se pretende formar para exercer a cidadania na
sociedade que temos.
Para que seja de fato um instrumento a favor da democratização e da participação na escola, um PPP necessita
obviamente envolver todos os pro�issionais da educação que ali atuam. E mais: é preciso chamar a
comunidade escolar a fazer parte. O Projeto Polı́tico Pedagógico não é, nem pode ser, um documento feito pela
equipe gestora da escola; antes, precisa do envolvimento de funcionários, professores, pais e estudantes.
Como muito bem observa o professor José Carlos Libâneo (2008, p. 152): 
O projeto polı́tico-pedagógico pode ser comparado, de forma análoga, a uma árvore. Ou seja,
plantamos uma semente que brota, cria e fortalece suas raı́zes, produz sombra, �lores e frutos que
dão origem a outras árvores, frutos..., mas, para mantê-la viva, não basta regá-la, adubá-la e podá-la
apenas uma vez.
Figura 7 - E� preciso um planejamento prévio de etapas para a construção do PPP.
Fonte: Astephan, Shutterstock, 2020.
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Para que um Projeto Polı́tico Pedagógico seja construı́do de forma efetiva e comprometida com os anseios de
sua comunidade escolar, pode-se partir da análise da escola que temos. Ela tem princı́pios democráticos e
inclusivos? Está preparada para trabalhar com o pluralismo cultural? Como é o seu currı́culo no que diz
respeito à inclusão dos saberes afro-brasileiros e indı́genas? Que tipo de cidadão pretende formar? Para qual
projeto de sociedade? 
As questões que envolvem as dimensões pedagógicas devem ser trabalhadas na perspectiva de provocar a
discussão, a análise e a re�lexão sobre os pontos centrais que envolvem as concepções pedagógicas da escola
em seu estado atual. A partir desse diagnóstico é que poderão ser traçados os objetivos a serem alcançados.
Não se deve, no entanto, deixar de considerar a realidade em que a escola está inserida, o que signi�ica levar
em conta as seguintes perguntas: quem são os estudantes? Como as famı́lias se organizam? Qual a renda
familiar? Qual a função social da escola no bairro? Como ela pode propor atividades extracurriculares que
contemplem o lazer da comunidade do entorno? Trata-se de indagações importantes, pois a escola tem o papel
social e polı́tico de educar para além de seus muros, e di�icilmente terá a participação da comunidade do
entorno se não tecer aproximações com os saberes locais.
Figura 8 - O PPP pode ser comparado a uma árvore, que exige cuidados para que cresça, �loresça e dê frutos.
Fonte: Stocker, Shutterstock, 2018.
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Além das questões que dizem respeito às dimensões pedagógicas, a escola precisa pensar como vem
organizando seus instrumentos de participação nas tomadas de decisões quanto à gestão. Ela possui Conselho
Escolar? Este é representativo dos diferentes segmentos que compõem o cotidiano escolar? Qual a
regularidade das reuniões? A comunidade é convidada a fazer parte das festas e comemorações realizadas pela
escola? E os conselhos de classe, como funcionam? Os estudantes têm liberdade para contestar e fazer
proposições diante das avaliações atribuı́das pelos docentes? Como são encaminhadas essas manifestações
estudantis? Os estudantes são estimulados a organizarem um grêmio estudantil? A escola contribui para o
desenvolvimento e realização das atividades propostas por eles? O que poderia fazer para tornar a gestão mais
participativa?
Todas estas questões precisam ser respondidas coletivamente. Com base nesse levantamento é que o PPP
poderá traçar metas e ações que contribuam para que a escola se democratize com a participação de todos.
Também é de suma importância que conste no PPP o quadro de pro�issionais da educação necessário para um
trabalho escolar quali�icado nas dimensões administrativas, técnicas e docentes. Devem constar ainda as
melhorias na infraestrutura, na aquisição de materiais para laboratórios, bibliotecas e espaços de esporte e
lazer.
Esse conjunto de informações levantadas do contexto concretamente vivido por estudantes, pro�issionais da
educação, gestores, pais e familiares permite que a comunidade escolar tenha uma espécie de retrato da
realidade. A partir dele será possı́vel, de forma coletiva, traçar as metas para alcançar todas as mudanças
desejadas, fortalecer as dimensões que já se apresentam como satisfatórias e buscar, cada vez mais, contribuir
para a construção de uma sociedade mais plural, inclusiva e igualitária.
Podemos concluir, portanto, que o Projeto Polı́tico Pedagógico é um poderoso instrumento de balizamento
para as práticas escolares, seus saberes e poderes, já que concebido coletivamente no âmbito da instituição,
orientado para ela, na perspectiva de quali�icar a educação.
Vale aqui uma re�lexão �inal: é importante dizer que a existência dos PPPs nas escolas de Educação Básica não
se dá por imposição de uma lei federal, posto que os sistemas de ensino (estadual/distrital e municipal)
possuem autonomia pedagógica. No entanto, a LDBEN – Lei n. 9.394/96 – aponta para a necessidade de que os
Figura 9 - A construção do PPP sempre deve considerar o entorno da escola como forma de respeitar e
valorizar as especi�icidades locais.
Fonte: Jan S., Shutterstock, 2020.
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sistemas de ensino possuam planos de educação contando com a participação dos pro�issionais da educação e
de segmentos representativos da comunidade escolar (BRASIL, 1996a).
Apesar de todas as escolas possuı́rem esse documento, o fato de não ser um dispositivo de gestão vivo e
atuante nas relações escolares, acaba fazendo com que ele se torne obsoleto pelas ausências de uso e de
atualizações. Esse é um aspecto que precisa ser destacado e constitui um desa�io a gestores, professores e
todos os envolvidos no fazer educacional.
Conclusão
Nesta unidade, veri�icamos como ocorrem os processos voltados a democratizar a escola pública, como um
bem público e um direito assegurado a todos os cidadãos brasileiros. Você pôde acompanhar desde os
recursos �inanceiros destinados à Educação Básica até a institucionalização de instrumentos democráticos a
favor da participação de todos os segmentos da comunidade nas tomadas de decisões da escola.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
compreender como acontece o financiamento da educação;
identificar as principais fontes e recursos que financiam a
Educação Básica no Brasil;
entender as dimensões da gestão democrática na educação;
diferenciar gestão democrática na educação e gestão democrática
na escola;
reconhecer os principais instrumentos de participação coletiva na
escola;
compreender a importância e as funções do Projeto Político
Pedagógico. 
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Bibliografia
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06/04/2024, 09:12 Aspectos Sociais, Políticos e Legais da Educação
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