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CAMPANHA JANEIRO ROXO

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JANEIRO ROXO
Dia 26 de janeiro é o Dia Mundial Contra a Hanseníase. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em pessoas com menos de 15 anos.
Hanseníase
Doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae.
CLASSIFICAÇÃO
A hanseníase pode ser classificada em quatro formas, estando elas associadas ao estágio de acometimento do paciente e contagem de bacilos. São elas:
Paucibacilar, ou seja, os doentes têm poucos bacilos e não são considerados importantes transmissores da doença.
· Hanseníase indeterminada — Estágio inicial, com até cinco manchas e contornos mal definidos. Não há comprometimento neural;
· Hanseníase tuberculoide — Nesse caso as manchas (ou placas) estão mais definidas, embora em mesmo número (até cinco), e há comprometimento de um nervo;
Multibacilares, a contagem de bacilos é elevada, o que torna esse grupo de infectados potencialmente propagadores da doença.
· Hanseníase borderline ou dimorfa — Bem definidas ou não, as manchas e placas aparecem em número maior que cinco no corpo do paciente. Dois ou mais nervos são acometidos;
· Hanseníase virchowiana — Forma mais disseminada, difícil distinguir pele saudável da acometida, podendo haver comprometimento do nariz, rins e órgão reprodutivo masculino. Pode haver nódulos dolorosos na pele.
SINAIS E SINTOMAS
· Manchas na pele (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas);
· Alteração de sensibilidade na pele, acompanhada ou não de dor;
· Comprometimento de nervos periféricos, podendo haver alterações motoras, sensitivas e de autonomia;
· Diminuição dos pelos e do suor na área acometida;
· Formigamento ou fisgadas, especialmente nas mãos e pés;
· Redução da sensibilidade e força muscular na face, mãos e pés;
· Nódulos no corpo, eventualmente avermelhados e dolorosos.
TRANSMISSÃO
Os pacientes sem tratamento eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro). 
O paciente em tratamento regular ou que já recebeu alta não transmite. 
A maioria das pessoas que entram em contato com estes bacilos não desenvolve a doença. 
· Somente um pequeno percentual, em torno de 5% de pessoas, adoecem. 
Fatores ligados à genética humana são responsáveis pela resistência (não adoecem) ou suscetibilidade (adoecem). 
O período de incubação da doença é bastante longo, variando de três a cinco anos.
COMO NÃO SE TRANSMITE A HANSENÍASE:
· Nas relações sexuais;
· Usando o mesmo banheiro;
· Beijando e abraçando;
· No aperto de mão;
· Nos utensílios domésticos;
· Através dos alimentos;
· Nas roupas;
· Na piscina;
· No banco de ônibus;
· Em contato com animais;
· Em contato com moscas, mosquitos, formigas e outros insetos;
· Em águas de esgoto, de chuva ou barrentas;
· Pelo sangue;
· Pela placenta;
· No momento do parto;
· No leite materno;
· Não é hereditária.
TRATAMENTO
A hanseníase tem cura. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.
O tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS e pode durar até seis meses, no caso das formas paucibacilares da doença, ou um ano, para as formas com mais bacilos. Em tratamento, o paciente deixa de transmitir o agente causador da hanseníase, podendo seguir com as suas atividades cotidianas, incluindo contato com familiares e trabalho presencial.
O uso de vários remédios em cada tratamento (paucibacilar e multibacilar) é para evitar que o bacilo desenvolva resistência medicamentosa.
PREVENINDO INCAPACIDADES ATRAVÉS DO AUTOCUIDADO:
OLHOS: piscar frequentemente, conscientemente; usar pano limpo para enxugar lágrimas, e não a manga da camisa, sem esfregar; inspeção e limpeza dos olhos toda noite, com água limpa e pano limpo; retirar com pinça os cílios que estiverem roçando a córnea. 
Usar chapéu com aba larga, óculos escuros com proteção para radiação ultra-violeta.
Proteção com tecido limpo, quando for dormir, sem encostar na córnea.
NARIZ: não tirar “casquinha”, limpar com soro fisiológico (inspirando e expirando o soro).
MÃOS/PÉS: alongamento para prevenir contraturas, inspeção diária, banho de imersão em água à temperatura ambiente, hidratação com óleos ou hidratantes; lixar excesso de calosidade. Luvas, alças e cabos longos/instrumentos lisos e protegidos (com pano, cabos de madeira ou material isolante térmico) para evitar bolhas, úlceras, etc, nas mãos. Modificar a forma de trabalhar. Piteira para cigarro.
Meias sem remendos, sandália que prenda o pé ou sapato macio ou tênis, repousar quando necessário. Adaptações ou órteses para pé caído.
AÇÕES REALIZADAS DURANTE O MÊS
· Palestras em sala de espera disseminando informações
· Durante as consultas o médico e o enfermeiro farão o teste de sensibilidade com o estesiômetro 
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