Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAMENTOS DA TERAPIA DO ESQUEMA Ricardo Wainer 1. Fundamentos da Terapia do Esquema EAD Terapia do Esquema • Elaborada para tratar dificuldades emocionais arraigadas que o modelo de Terapia Cognitiva clássica se mostrava limitado. EAD Sei, entendo e acredito, MAS não sinto. Terapia do Esquema • Inicialmente desenvolvida para tratamento de transtornos de personalidade, mas posteriormente ampliada para demais psicopatologias de indivíduos e casais. • Psicoterapia Integrativa: Teoria do Apego, Psicanálise, Gestalt, do modelo das relações objetais, psicologia interpessoal. • Psicoterapia empiricamente validada. EAD Características do Tratamento da TE • Ênfase sobre o nível mais profundo da cognição. • Uso maior da relação terapêutica como veículo de mudança. • Processo terapêutico é mais longo e o nível de afeto é maior durante as sessões. • Devota mais tempo às origens infantis dos esquemas. EAD Conceitos Centrais • Necessidades Emocionais Básicas; • Esquemas Iniciais Desadaptativos(EIDs); • Modos Esquemáticos; • Relação Terapêutica: – Reparentalização Limitada. – Confrontação Empática. EAD Contrapontos com a TCC Tradicional Acesso aos sentimentos, imagens e pensamentos com treino breve; Paciente com motivação p/ tarefas de casa e aprende estratégias de autocontrole; Paciente pode engajar-se em relação colaborativa c/ terapeuta em poucas sessões. Paciente consegue identificar seus problemas, nos quais focaliza-se; A relação terapêutica não é foco de maior dificuldade; Todos os padrões de cognições e comportamentos podem ser modificados através da análise empírica, do questionamento lógico, da experimentação; em passos graduais e pela prática. Terapia do Esquema Terapia Cognitivo- Comportamental Psicodrama Gestalt- Terapia Teoria do ApegoPsicanálise Objetivos da Terapia • Ajudar o paciente a ter suas necessidades centrais atendidas; • Busca modificar a valência de ativação dos esquemas desadaptativos; dos estilos de enfrentamento e dos modos dos esquemas; • O terapeuta busca a Cura do Esquema, tentando eliminar a operação de Perpetuação do Esquema. 2. Avanços no Entendimento da Personalidade EAD Esquemas Unidade básica da personalidade Estruturas responsáveis pelo processamento da informação “Traços” de personalidade Expressão manifesta de estruturas subjacentes Evolução Humana Sistemas cerebrais especializados nos problemas de adaptação Formação de Esquemas Evolução e Sistema Nervoso Circuitos Primitivos Esquemas Primitivos Inconsciente (memória Implícita) Mais Rápido (via tálamo-amígdala) Automático (avaliação de perigo aciona reações corporais) Memórias Permanentes (resistentes à extinção) Não realiza discriminações finas Antigo (prioridade evolucionária em relação a áreas corticais) Sistema Amigdaliano Consciente (memória Explícita) Mais Lento (via tálamo-córtex) Flexibilidade de resposta (reflexão e escolha consciente) Memórias Transitórias (facilidade de esquecimento) Representações detalhadas e acuradas Novo (recente na evolução) Sistema Cortico-hipocampal Fundamentos Neurobiológicos da TE Evento ativador EPD T e ra p ia Esquemas Adaptativos Temperamento X Vivências “Acreditamos que o temperamento determine em parte se um indivíduo irá se identficar e internalizar as características de uma pessoa importante.” Temperamento vai selecionar aquelas informações a que ficarei mais atento para gerar memórias. Muitos sinais que contradizem o esquema acabam por não serem percebidos. Young et al., 2008 Experiências de Vida e Esquemas Iniciais Intensidade do Temperamento X Vivências “É provável que uma criança com temperamento distímico não internalize o estilo otimista de um de seus pais para lidar com o infortúnio. O comportamento do pai ou da mãe é tão contrário à disposição do filho que este pode não assimilá-lo.” Young et al., 2008 O temperamento pode me vulnerabilizar ou proteger, dependendo do ambiente Apego na Prática Psicologia da Evolução TODOS NASCEMOS COM ESTRATÉGIAS BIOLOGICAMENTE PROGRAMADAS antagônicas e necessárias ALTRUISMO INDIVIDUALISMO Experiências de Vida e Aquisição de Esquemas 3. Necessidades Emocionais Básicas e EIDs EAD Necessidades Emocionais Básicas • Conceito derivado da Teoria do Apego de Bowlby. • Necessidades emocionais fundamentais que todos os seres humanos possuem e devem ser supridas por seus cuidadores. EAD Necessidades Emocionais Básicas • Necessidades podem ser divididas em cinco grupos: – (1) Vínculos Seguros (segurança, estabilidade, empatia, cuidado); – (2) Autonomia, competência e senso de identidade; – (3) Limites realistas e autocontrole; – (4) Liberdade de Expressão (Necessidades e emoções válidas) – (5) Espontaneidade e divertimento; • Necessidades foram bem supridas na infância resulta no desenvolvimento de um adulto de funcionamento saudável. EIDs - Esquemas Iniciais Desadaptativos • Nível mais profundo da cognição. • Esses esquemas são elaborados ao longo da vida e consistem em temas estáveis e duradouros desenvolvidos na infância e que apresentam-se significativamente disfuncionais. Eles servirão de modelo para o processamento de experiências futuras. • Estruturas Teleonômicas (não são boas ou ruins a priori). Esquemas Iniciais Desadaptativos • Verdades Incondicionais; • Autoperpetuáveis • Disfuncionais; • Ligados a altos níveis de afeto; • Ativados por acontecimentos relevantes. EAD Origens dos Esquemas Necessidades Emocionais Básicas Experiências de Vida Precoces Temperamento Emocional EID’s Esquemas Iniciais Desadaptativos EAD 1-Desconexão e Rejeição Abandono, Desconfiança/abuso, Privação Emocional, Defectividade/Vergonha, Isolamento social/alienação. Necessidade de Vínculos Seguros (segurança, estabilidade, empatia, cuidado) não Suprida Adequadamente Esquemas Iniciais Desadaptativos EAD 2- Autonomia e Desempenho Prejudicados Dependência/Incompetência, Vulnerabilidade à Dano/Doença, Emaranhamento/Self subdesenvolvido, Fracasso. Necessidade de Autonomia, competência e senso de identidade não Suprida Adequadamente Esquemas Iniciais Desadaptativos EAD 3- Limites Prejudicados Arrogo/Grandiosidade, Autodisciplina/Autocontrole insuficientes. Necessidade de Limites Realistas e Autocontrole não Suprida Adequadamente Esquemas Iniciais Desadaptativos EAD 4- Orientação para o Outro Subjugação, Auto sacrifício, Busca de aprovação/reconhecimento. Necessidade de Liberdade de Expressão (Necessidades e emoções válidas) não Suprida Adequadamente Esquemas Iniciais Desadaptativos EAD 5- Supervigilância e Inibição Negativismo/Pessimismo, Caráter punitivo, Inibição emocional, Padrões inflexíveis. Necessidade de Espontaneidade e Lazer não Suprida Adequadamente Nova Conceituação dos Domínios Esquemáticos (Bach, Lockwood & Young, 2017) 1. Desconexão e Rejeição Priv. Emocional, Isol. Social, Inibição Emocional, Defectividade, Abuso, Pessimismo 2. Autonomia e Desempenho Prejudicados Dependência, Fracasso, Subjugação, Abandono, Emaranhamento, Vulnerabilidade 3. Responsabilidades e Padrões Excessivos Auto sacrifício, Padrões Inflexíveis, Caráter Punitivo 4. Limites Prejudicados Grandiosidade, Autocontrole e Autodisciplina Insuficientes, Busca de Aprovação EAD 4. Os EIDs EAD EIDs • Não são resultado, necessariamente de acontecimentos traumáticos na vida da pessoa. • Seu desenvolvimento se dá através de padrões continuados em experiências cotidianas, geralmente com membros da família (pais e irmãos) e outras crianças(amigos) que de certa forma reforçam esse esquema. • São frutos do temperamento inato da criança interagindo com experiências disfuncionais do ambiente. Domínios Esquemáticos eseus EIDs 1. Desconexão e Rejeição – Expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, aceitação, empatia não serão satisfeitas. – Família de origem geralmente fria, rejeitante, isoladora, imprevisível ou abusadora. Desconexão e Rejeição • 1- Abandono/instabilidade: – Percepção de instabilidade ou indisponibilidade das outras pessoas. – As pessoas significativas podem a qualquer momento abandonar, e não estarem presentes quando se precisa delas. • 2- Desconfiança/abuso: – Expectativa de que os outros irão magoar, abusar humilhar, etc. – O mal sempre é intencional ou resultado de uma negligência extrema. • 3- Privação emocional: – Expectativas de que não se satisfarão em grau normal os desejos de suporte emocional A) Privação de apoio e cuidados B) Privação de empatia C) Privação de proteção • 4- Defectibilidade/vergonha: – Sentimento de que se é mau, indesejado, inferior – Expectativa de que não seria amado pelos significativos. • 5- Isolamento social/alienação: – Sentimento de que se está isolado do mundo, de que se é diferente dos outros e de que não faz parte de nenhum grupo. expusesse. Domínios Esquemáticos e seus EIDs 2. Autonomia e Desempenho Prejudicados – Expectativas de pouca capacidade de sobreviver, funcionar independentemente e agir com sucesso. – A família de origem geralmente é super- protetora, emaranhada e destruidora da confiança da criança. Autonomia e desempenho prejudicados • 1- Dependência/Incompetência: – Crença de que se é incapaz de exercer as responsabilidades do dia a dia de uma maneira competente. • 2- Vulnerabilidade: – Medo exagerado de que uma catástrofe inevitável aconteça. • 3- Emaranhamento/Self sub-desenvolvido: – Envolvimento emocional excessivo com pessoas significativas comprometendo uma individualização. – Crença de que pelo menos uma das pessoas emaranhadas não pode viver ou ser feliz sem o constante apoio dos outros. – Sentimentos de vazio e de desorientação. • 4- Fracasso: – Crença de que se fracassou, se irá inevitavelmente fracassar ou se é fundamentalmente inadequado face aos seus pares, em áreas de realização pessoal. – Envolve a crença de que se é estúpido, sem talento, ignorante, menos bem sucedido, etc. Domínios Esquemáticos e seus EIDs 3. Limites Prejudicados – Deficiência nos limites internos. – Dificuldades em respeitar os direitos dos outros. – A família de origem se caracteriza pela permissividade e falta de orientação. Limites Prejudicados • 1- Merecimento/Grandiosidade: – Crença de que se é superior aos outros, e de que não se está subjugado às regras de reciprocidade que governam a interação social normal. – Insistência em se ter o que quer independente do que isto custe aos outros. • 2- Auto-disciplina/Auto-controle insuficientes: – Dificuldade ou recusa em exercer autocontrole e tolerância a frustração. – Dificuldade de refrear a expressão de suas próprias emoções e impulsos. – Ênfase no “desconforto-evitamento”. Domínios Esquemáticos e seus EIDs 4. Orientação para o Outro – Foco excessivo nos desejos, sentimentos dos outros, comprometendo às suas próprias necessidades. – A família de origem geralmente é baseada na aceitação condicional, onde as crianças devem suprimir aspectos importantes de si próprio para obterem amor, aceitação social ou status. Orientação para o outro • 1- Subjugação: – Rendição ao controle dos outros para evitar retaliação ou abandono A) subjugação de necessidades B) subjugação de emoções • 2- Auto sacrifício: – Satisfação voluntária das necessidades dos outros, para evitar causar dor aos outros ou evitar a culpa de se sentir egoísta. • 3- Busca de aprovação/reconhecimento: – Ênfase excessiva na obtenção de aprovação, reconhecimento ou atenção por parte dos outros. – O sentido de auto-estima esta mais ligado a aprovação dos outros ou de suas próprias inclinações naturais. Domínios Esquemáticos e seus EIDs 5. Supervigilância e Inibição – Ênfase excessiva no controle dos impulsos, diminuição da espontaneidade. – A família de origem geralmente é punitiva, perfeccionista, e tende a evitar os “ erros ” decorrentes de atividades prazerosas. – Há uma preocupação de que as coisas irão desabar se houver falha na vigilância. Supervigilância e Inibição • 1- Negativismo/Pessimismo: – Um foco intenso nos aspectos negativos da vida (dor, morte, decepção, traição...). – Foco minimizado nos aspectos positivos. – Expectativa de que as coisas irão ocorrer seriamente mal, mesmo que todas as evidências demonstrem o contrário. • 2- Caráter punitivo: – A crença de que as pessoas deveriam ser severamente punidas por cometerem erros. – Tendência a ser agressivo, intolerante, punitivo e impaciente com as outras pessoas. • 3- Inibição emocional: – Inibição excessiva da ação espontânea, sentimentos ou comunicação para criar um sentido de segurança e de previsibilidade. – Inibição da raiva e agressão, organização e planejamento compulsivos, inibição de sentimentos positivos, rotinas e rituais, dificuldade de expressar vulnerabilidade, ênfase excessiva na racionalidade. • 4- Padrões inflexíveis/Crítica exagerada: – A crença subjacente é de que a pessoa deve esforçar- se para atingir padrões internalizados de comportamento e desempenho muito elevados (habitualmente para evitar críticas). – Se caracteriza por perfeccionismo, regras rígidas (moral, ética...), e preocupação com tempo e eficiência. 5. Os Processos de Perpetuação dos EIDs EAD Operações dos Esquemas Perpetuação do Esquema Cura do Esquema Estilos de Enfrentamento e Resposta (Processos Esquemáticos) É o modo como o indivíduo se adapta aos ambientes angustiantes de suas primeiras experiências de vida. RESPOSTA DE RENDIÇÃO (Desistir) RESPOSTA DE EVITAÇÃO (Fugir) RESPOSTA DE COMPENSAÇÃO (Reagir disfuncional) Respostas Comuns de Coping RENDIÇÃO (Manutenção): Complacência Dependência RESPOSTA DE EVITAÇÃO: Abuso de substâncias Afastamento, desligamento Isolamento; tornar-se workaholic RESPOSTA DE COMPENSAÇÃO (HIPERCOMPENSAÇÃO) Agressão, hostilidade Manipulação, exigências, controle excessivo Perfeccionismo Estilos de Enfrentamento Manutenção Nível Cognitivo Nível Comportamental Reagir de modo previsível aos ditames do conteúdo dos EIDs ativados. Estilos de Enfrentamento Evitação Cognitiva Afetiva Comportamental Buscar Evitar a qualquer custo o contato com informações, situações e/ou afetos que “digam” contrariamente ao conteúdo dos EIDs ativados. Estilos de Enfrentamento Hipercompensação “Formação Reativa” Agir de modo aparentemente OPOSTO ao conteúdo dos EIDs. Entretanto, a sistemática desta ação tem, invariavelmente, como resultados a confirmação das crenças do EIDs. Processo totalmente insconsciente. 6. Modos Esquemáticos EAD MODO DE ESQUEMA “Conjunto de esquemas ou operações de esquemas – adaptativos ou desadaptativos – que estão ativados no indivíduo em um dado momento.” O que são Modos Esquemáticos? “As emoções, as cognições e os comportamentos específicos que são ativados no momento” – O modo é o estado predominante em um determinado momento. • Modos incluem sentimentos, enfrentamentos, cognições e reações saudáveis que experimentamos no momento. • Mudamos para modos desadaptativos quando necessidades primordiais não são cumpridas e os esquemas são acionados. Quando se Utiliza o Trabalho com Modos? Quando há grande número de EIDs ativados e quando há forte resistência do paciente. Quanto mais grave ou refratário for o caso, mais útil é a terminologia dos modos e de suas estratégias. Quanto mais autopunitivo e autocrítico for o paciente, indicando um pai ou mãe disfuncional internalizado. MODOS GERAIS Modos Inatos da Criança Modos Desadaptativos de Enfrentamento Modos Internalizados de Pais Disfuncionais Modo de Adulto Saudável Modos Criança MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOSCriança Vulnerável Vivencia sentimentos disfóricos ou ansiosos, em especial medo, tristeza e desamparo quando em contato com esquemas associados Abandono, desconfiança/abuso, privação emocional, defectividade, isolamento social, dependência-incompetência, vulnerabilidade dano-doença, emaranhamento, negatividade- pessimismo Criança Zangada Libera raiva diretamente em resposta a necessidades fundamentais não satisfeitas ou tratamento injusto relacionado a esquema nuclear Abandono, desconfiança/abuso, privação emocional, subjugação Modos Criança MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS Criança Impulsiva / Indisciplinada Age impulsivamente, segundo desejos imediatos de prazer, sem considerar limites nem as necessidades e sentimentos dos outros. Arrogo, autocontrole insuficientes Criança Feliz Sente-se amada, conectada, contente e satisfeita. Nenhum. Modos de Enfrentamento Desadaptativos Estilo de Enfrentamento DESCRIÇÃO Capitulador Complacente (Resignado) (Fuga de maus-tratos) Adota enfrentamento baseado em obediência e dependência. Protetor Desligado (Fuga emoções negativas) Adota estilo de retraimento emocional, desconexão, isolamento e evitação comportamental – robótico. Hipercompensador (Fuga emoções negativas) Estilo de enfrentamento caracterizado por contra-ataque e controle. Pode hipercompensar por meios indiretos, como trabalho excessivo. Modos Hipercompensadores MODO DESCRIÇÃO Auto-engrandecimento Sente-se superior ou poderoso. Divide o mundo em categorias focalizando-se mais em aparências do que em sentimentos ou contato com os outros. Provocativo e Ataque Usa ameaças e intimidações para obter o que quer. Sente um sadismo em atacar os outros Modos Pai/Mãe Disfuncional MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS Pai/Mãe Punitivo- Crítico Restringe, critica ou pune a si ou aos outros Subjugação, postura punitiva, defectividade, desconfiança/abuso (como abusador) Pai/Mãe Exigente Estabelece expectativas e níveis de responsabilidade altos em relação aos outros e pressiona-se para cumprí-los Padrões inflexíveis, auto- sacrifício Modo Adulto Saudável MODO DESCRIÇÃO ESQUEMAS ASSOCIADOS Adulto Saudável Acolhe suas vulnerabilidades e busca reparar suas necessidades emocionais através de estratégias racionais e empáticas, que levem em consideração aspectos contextuais/situacionais, bem como o impacto disso sobre as outras pessoas. Pode haver vários EIDs distintos ativados no sujeito, mas ele consegue se regular emocionalmente, tolerando frustrações naturais da vida adulta. Modos Esquemáticos nos Transtornos Mentais • Fundamental identificar os principais Modos Esquemáticos de cada transtorno mental; tanto para psicoeducar o paciente quanto para lidar com as armadinhas na relação terapêutica; • Existem Modos Esquemáticos que devem ser priorizados em relação a outros, pois causam prejuízos mais significativos para a vida do paciente e também para as chances de continuidade do tratamento. Transtornos de Personalidade-1 • Borderline: c. vulnerável (abandonada, abusada e defectiva); criança zangada; criança indisciplina-impulsiva; protetor desligado; pais hiperdemandantes; hipercompensador (ataque e manipulador). • Narcisista: criança vulnerável (solitária e defeituosa); hipercompensador (auto- engrandecimento e hipercontrolador); deligado de auto-alívio, auto-estimulante; adulto saudável. Transtornos de Personalidade-2 • Antissocial: criança vulnerável (privação emocional e abuso); Protetor zangado, manipulador, predador e hipercontrolador. • Histriônico: criança vulnerável (privação emocional-cuidado legítimo e 2o domínio); hipercompensador (auto-engrandedimento; desligado auto-estimulante e manipulador); protetor desligado. • Paranóide: c. vulnerável (abusada e privada de empatia); hipercompensador (ataque); adulto saudável. Transtornos de Personalidade-3 • Dependente: c. vulnerável (dependente e abandonada/abusada); pais punitivos (a autonomia); capitulador complacente; adulto saudável. • Evitativo: c. vulnerável (solitária, inferior e abandonada, abusada); protetor desligado; capitulador complacente; adulto saudável. • Anancástica: criança vulneráve (difícil acesso); Pais hiperdemandantes; hipercompensador (perfeccionismo; hipercontrolador e auto- engrandecimento); adulto saudável). Tratamento dos Modos Esquemáticos Objetivos Terapêuticos Modos Criança Validação da expressão emocional da criança; Ajudar a encontrar formas adaptativas de enfrentamento e expressão de sentimentos. Objetivos Terapêuticos Combatê-los sempre que aparecerem, principalmente por intermédio de imagens mentais; Os pais/cuidadores negaram, criticaram ou puniram a busca das necessidades não atendidas do paciente. Modos Pais/Vozes Disfuncionais Identificar as principais estratégias de enfrentamento; Psicoeducar com exemplos de vida; Validar os sentimentos vinculados a estas; Demonstrar em qual parte da vida este modo de enfrentamento foi adaptativo e como não o é em sua vida atual, principalmente por seu uso maciço e indiscriminado. Objetivos Terapêuticos Modos de Enfrentamento Desadaptativos Ativação Esquemática Situações Ativadoras pessoais Necessidade(s) Emocional Desatendida(s) EIDs Ativado(s) EMOÇÕES Estratégia(s) de Coping 7 Passos do Trabalho com Modos (1) 1. Identificar e dar nome aos modos do paciente; 2. Explorar a origem e (quando for o caso) o valor adaptativo dos modos na infância ou na adolescência; 3. Relacionar os modos desadaptativos a problemas e sintomas atuais; 4. Demonstrar as vantagens de modificar ou abrir mão de um modo se estiver interferindo no acesso a outro modo; 7 Passos do Trabalho com Modos (2) 5. Acessar a criança vulnerável por meio de imagens mentais; 6. Realizar diálogos entre os modos. Inicialmente, o terapeuta proporciona modelos do modo adulto saudável; posteriormente, o paciente representa esse modo; 7. Ajudar o paciente a generalizar o trabalho com modos em situações da vida fora das sessões de terapia. Síntese de Metas no Trabalho com Modos Esquemáticos • Fortalecer o Adulto Saudável; • Acolher a validar a Criança Vulnerável; • Buscar Estratégias de Coping mais adaptivas; • Permitir a expressão da Criança Feliz! • Transpor o Protetor Desligado; • Combater Pais Internalizados Disfuncionais; • Substituir Modos de Coping Desadaptativos. Modo Protetor Desligado: Visão Geral – Função: Desliga-se de necessidades e sentimentos para evitar sentimentos oprimidos, se separa de pessoas para protegê-las do perigo. – Sinais & Sintomas comuns: Ausência de emoções (emoções planas), “intelectualização”, despersonalização, vazio, tédio, abuso de substâncias & outras adições, trabalho em excesso, auto-mutilação. O papel do Protetor Desligado • Bloqueia o acesso aos outros modos. • Bloqueia as emoções e as necessidades dos pacientes. • Contribui para um “self imaturo”. Formas do Protetor Desligado • Resistente, Zangado, Dominador (“Protetor Zangado”). • Amortecido, Disperso, Despersonalizado. • Excessivamente Intelectualizado. • “Adulto”, Sensível, Racional. • Complacente, Robotizado. http://www.google.com.br/search?q=desligado&um=1&hl=pt-BR&biw=1366&bih=674&imgrefurl=http://josicocard.blogspot.com/2010_05_01_archive.html&imgurl=http://sitedepoesias.com.br/imagens/poemas/32889.jpg&w=380&h=380&sig=113101945253979332096&ndsp=21&tbm=isch&tbs=simg:CAESEgkimtx2A07msyFYYn-Hb-duOA&sa=X&ei=eNTkT_vLI6Gd6AG2gr3SCg&ved=0CAQQ0gU http://www.google.com.br/search?q=desligado&um=1&hl=pt-BR&biw=1366&bih=674&imgrefurl=http://josicocard.blogspot.com/2010_05_01_archive.html&imgurl=http://sitedepoesias.com.br/imagens/poemas/32889.jpg&w=380&h=380&sig=113101945253979332096&ndsp=21&tbm=isch&tbs=simg:CAESEgkimtx2A07msyFYYn-Hb-duOA&sa=X&ei=eNTkT_vLI6Gd6AG2gr3SCg&ved=0CAQQ0gU Transpor o Protetor Desligado • Rotular o Protetor Desligado para o paciente;ajudar o paciente a sentir o Protetor Desligado e reconhecer os sinais. • Explorar e explicar o desenvolvimento do modo na infância. • Empatizar com o valor adaptativo do modo. • Revisar os prós e contras do desligamento na vida adulta. Transpondo o Protetor Desligado 1. Nomear o funcionamento defensivo como o modo PD; 2. Auxiliar o paciente a identificar as pistas deste Modo Esquemático; 3. Fazer o paciente identificar gatilhos deste ME ou se este é o seu funcionamento usual; 4. Explorar o desenvolvimento infantil do PD e qual foi sua função adaptativa naquele momento; 5. IMAGENS MENTAIS: 1. Levar o paciente a um ambiente seguro; 2. Levá-lo a memórias de situação desagradável da infância – acionar emoções; 3. Gerar diálogos entre o PD e o modo Adulto Saudável (técnica das 2 cadeiras); 6. Discutir o exercício com o paciente; 7. Ajudar o paciente a generalizar o trabalho com modos em situações da vida fora das sessões de terapia. Modo Pais Punitivos: Visão Geral – Função : Pune a criança por expressar suas necessidades e sentimentos ou por cometer erros. – Sinais & Sintomas: ódio de si mesmo, crítico em relação a si, abnegação, auto-mutilação, raiva por sua carência. Combatendo os Pais Punitivos / Hipercríticos 1. Nomear o funcionamento defensivo como o modo PP; 2. Auxiliar o paciente a identificar as pistas deste Modo Esquemático; 3. Explorar o desenvolvimento infantil do PP: quais parentes ou outros significativos tinham tom ou entonação de voz que ele associa com o jeito que ele está falando/agindo; quando os cuidadores tornavam- se punitivos e dar um nome “pessoal”a este modo (Pai Brabo); 4. Explorar ao máximo a ativação dos sentimentos e ver se o que sente é só na terapia ou em outras situações. 5. Pedir para o paciente dizer o que necessitaria ou gostaria de ouvir. 6. IMAGENS MENTAIS: 1. Pedir permissão para fazer o exercício com o paciente; 2. Iniciar com um ambiente seguro; 3. Levá-lo a uma situação com a criança e o adulto punitivo; 4. Criar mecanismos de proteção para a criança; 5. Criar diálogos entre o adulto punitivo e a criança, onde esta possa dizer o quanto o adulto está sendo inadequado para com ela. 6. TENHA CERTEZA DE QUE A CRIANÇA GANHE A DISCUSSÃO. NÃO TENTE CONVENCER O PAI PUNITIVO DE QUE VOCÊ ESTÁ CERTO. SOMENTE DIGA-LHE QUE ELE ESTÁ ERRADO. FINALIZE A IMAGEM NUM LUGAR SEGURO; 7. Avalie o experimento com o paciente, ajudando-o a perceber que seu modo de funcionamento é a voz dos PP em ação; e que eles erraram (DIFERENTE DE SEREM MALÉVOLOS!); 8. Avalie se o paciente acha que se sentirá seguro após a sessão. Em necessidade que ele possa contactá-lo. RECURSOS TÉCNICOS Reparentalização Limitada • Terapeuta como ”base segura” para o paciente, estabelecendo um envolvimento consistente, no qual o foco é a reparação de experiências disfuncionais do passado; • Experiência relacional reparadora; • Estabelece um vínculo saudável ao satisfazer as necessidades não atendidas, ao mesmo tempo em que respeita os limites profissionais desta relação. Reparentalização – Imagem Mental • Inicialmente mesmo procedimento de técnica de imagens mentais; • Terapeuta pede permissão para entrar na cena – pergunta onde está? • Inicia diálogo com a criança pedindo para expressar o que ela quer que aconteça naquela cena – “o que você gostaria que eu fizesse/dissesse?” • Atenção aos detalhes – tempo verbal – nome da criança na infância. Confrontação Empática • Também chamada de Testagem Empática da Realidade; • Ponto fundamental: aliança terapêutica – ambiente validador e empático; • Superar momentos de fragilidade através do vínculo; • Pacientes graves revelam obstáculos emocionais arraigados, sendo que o empirismo colaborativo e a descoberta guiada (Modelo Cognitivo de Beck) não são suficientemente efetivos (limitações). • Diálogo honesto com o paciente – revelações do padrão de funcionamento inapropriado, sem deixar de compreendê-lo; • Relação sem espaço para manipulações, condizente com a relação genuína; • Validação dos sentimentos do paciente – modificação de suas estratégias. Confrontação Empática-2 • Demonstrar as consequências que ocorrem advindas daquela comportamento regido por um Esquema/Modo e salientar as vantagens que terá com a diminuição destas consequências; • A confrontação é quanto as atitudes que perpetuam os Esquemas e não o próprio paciente; • Importante a psicoeducação ao paciente sobre seus Esquemas, Modos e Estratégias de Enfrentamento, com exemplos de sua própria vida. Confrontação Empática-3 • Despender um bom tempo na fase da avaliação, conhecendo bem os gatilhos que levam a seu padrão autoperpetuador; • Padrão – através da história de vida do paciente; • Compreensão sobre o passado ao mesmo tempo em que se busca expor que enquanto não houverem mudanças nestes padrões, a vida do paciente será uma reedição do passado. Confrontação Empática-4 • A intenção é que o paciente se sinta compreendido e seguro de que a mudança é a melhor escolha, enxergando o terapeuta como um aliado em quem pode confiar; • Após realizar uma confrontação, uma importante ferramenta é o feedback – conexão verdadeira entre terapeuta e paciente. Confrontação Empática-5 7. O Processo Diagnóstico e de Avaliação EAD Avaliação Multifacetada • Entrevistas • Questionários • Automonitoramento • Exercícios com imagens • Uso de fotos e outros materiais RELAÇÃO TERAPÊUTICA Avaliando a adequação ao Tratamento • Nem todas as pessoas estão em condição de se beneficiar da TE Sinais que podem indicar inadequação a Terapia do Esquema: O problema atual não se relaciona com os padrões de vida esquemáticos do paciente; O paciente passa por uma crise profunda em alguma área específica da sua vida; O paciente está em quadro psicótico; O paciente encontra-se em fase aguda de transtorno mental grave que requer atenção imediata; Uso de drogas e/ou álcool em nível grave. Avaliando a Adequação ao Tratamento • Quadros de ansiedade e depressão resistentes ao tratamento padrão, ou com recidivas, costumam ser alvos adequados a Terapia do Esquema. Avaliando a adequação ao Tratamento Avaliação individualizada Conceitualização do Caso 1 2 Psicoeducação Objetivos Principais • Identificar padrões de vida disfuncionais – Como o paciente se defende? – O que ele faz para lidar com determinadas emoções? – De qual assunto o paciente está se protegendo? • Identificar esquemas desadaptativos • Entender a origem dos esquemas Desenvolvimento de Hipóteses Avaliação Individualizada • Perpetuação dos esquemas nucleares; • Estratégias desadaptativas de enfrentamento desenvolvida como proteção frente das dores das necessidades emocionais não atendidas; Paim e Copetti; 2016 O tempo necessário para a avaliação depende de cada paciente e seus sistemas de hipercompensação ou evitação Por que saber das origens da sintomatologia? • Os EIDS estão por trás dos padrões comportamentais e emocionais problemáticos • Identificação emocional dos EIDs – vivenciar Queixa - problemas atuais Esquemas Memórias Passado X Presente • Vamos ao passado para entender a construção do EID • Foco é o presente (mudança no aqui – agora) Vamos ao passado para entender o presente! Foco: Adulto saudável vendo as necessidades emocionais Identificação dos EIDS • Automonitoramento (melhora da percepção sobre os EIDs) – Reações emocionais – Pensamentos – Imagens – Significados – Reações físicas • Análise situacional – Flecha descendente (emoção/Crenças Centrais) – Indica como o paciente tenta evitar, compensar ou atenuar a ativação dos EIDs – Estratégias de enfrentamento desadaptativas – Função das estratégias comportamentais – A quais EIDs estão “servindo” Identificação dos EIDs na História de Vida • O que você está sentindo ao se lembrar disso? • Validação • Perguntas: – “Você lembra de outras situações que se sentiuassim?” – “Essa dificuldade é familiar?” – “Como foram seus relacionamentos?” – “Você já sentiu isso em outros momentos? Quais?” • Objetivos do processo de retorno às origens dos EIDS: – Identificar os EIDs – Necessidades emocionais não atendidas – Estratégias de enfrentamento – Acesso às experiências infantis centrais – Conduzir à exposição das emoções conectadas às experiências infantis – Fortalecer a aliança terapêutica Hoffart, 2012 Padrões (estilos) de Enfrentamento Os estilos de enfrentamento perpetuam os esquemas EID’s Vivências Nocivas Pontos importantes sequenciais da avaliação QUESTIONÁRIOS Os questionários na Avaliação Questionários 1. Esquemas (diferentes versões). 2. Estilos parentais. 3. Modos Esquemáticos. 4. Estratégias de enfrentamento (evitação e hipercompensação). 1. Questionário de Esquemas de Young • Características gerais: – Medida de autoavaliação – para preenchimento em casa, após as primeiras sessões; – O terapeuta irá usar os resultados salientes – de escores altos (entre 4 e 6) em três ou mais assertivas de determinado esquema – para confrontar com a hipótese formulada a partir dos problemas atuais do paciente. – O terapeuta indaga o paciente a respeito dos de alto escore apontados pelo questionário; – O terapeuta ensina ao paciente a respeito do significado dos esquemas que receberam pontuações altas; – O terapeuta pode checar aspectos incoerentes que possam aparecer nas respostas; – A dificuldade em preencher o questionário pode indicar um padrão evitativo do paciente frente a ativação dos seus esquemas; Formas dos Questionários de Esquemas de Young - YSQ • Forma longa – Abrange nuances mais sutis de cada EID • Forma curta - YSQ-S3 – Mais rápida e menos cansativa • Interpretação – EID ativado: média 4,5 – Avaliação qualitativa: frases com maior escore – 3 ou + escores altos Questionário de Esquemas de Young - YSQ • Entender a relevância dos EIDs em termo de padrões de funcionamento cognitivo e emocional • Hipóteses não confirmadas: checar (evitação esquemática) • É uma foto do momento • Pode alterar em outros momentos de vida • Intervenções exploratórias: • Utilizar frases para induzir o paciente a falar sobre o esquema – “De que forma isso aparece na sua história?” – “E, no momento, como isso é visível?” – “Você pode me descrever em que momento se sentiu assim?” – “Atualmente, em que momentos você ainda sente isso?” Questionário de Esquemas de Young - YSQ • Ficar atento: • Evitações e hipercompensação • Oscilação no modo de funcionamento e não ter clareza do escore a ser dado 2. Questionário de Estilos Parentais – Questionário com 72 questões que tem como objetivo identificar a origem dos EID’s –Classificam os pais e a mães segundo uma série de comportamentos – podem ser acrescentadas outras figuras relevantes – Serve para refletir sobre os ambientes infantis do paciente – O terapeuta irá usar os resultados salientes – de escores altos (entre 4 e 6) – para dar atenção qualitativa durante a sessão –O terapeuta estimula o paciente a falar sobre as situações escolhidas, dando exemplos da infância e adolescência onde pai ou mãe manifestou tal comportamento –Geralmente o escore alto no questionário indica a presença de esquema, mesmo quando este não foi pontuado no YSQ 2. Questionário de Estilos Parentais • É possível que o paciente experimente um ambiente de infância comumente associado a um determinado esquema, mas não desenvolva o esquema esperado. • Isso acontece por uma série de razões: • 1) Temperamento; • 2) Um dos pais ou outra pessoa importante compensou; • 3) O paciente, uma pessoa ou um evento posterior na vida supriu as necessidades e curou o esquema. 2. Questionário de Estilos Parentais 3. Inventários de Modos Esquemáticos • Composto por 124 questões • Guia de correção e pontos de corte • Avalia 14 Modos Esquemáticos 3. Inventário de Modos • Estilos de interação com o mundo e estratégias de enfrentamento na ativação dos EIDs • Avaliação ampla do funcionamento esquemático • Ajudar o paciente a entender quais são os gatilhos para ativação de cada modo • Reflete o dinamismo da ativação ou desativação dos modos do paciente • Entender qual está sendo utilizado no momento 4. Questionários de Estratégias de enfrentamento 1. Inventário de Evitação • 41 itens que avaliam a evitação de esquemas; • Não se preocupar com o escore, mas sim com a discussão dos itens. 2. Inventário de Compensação • 48 itens que avaliam a hipercompensação do Esquema; • Investigar o que o comportamento está encobrindo: “é possível que acusar seja uma forma de lidar com o seu próprio sentimento de vergonha?” Identificação de Necessidades • Ao identificar as necessidades não supridas dos nossos pacientes podemos adequar a nossa postura terapêutica. • Qual a necessidade atrás desse sintoma? EAD Fotos para identificar Necessidades EAD Fotos para identificar Necessidades • A utilização de fotos auxilia na identificação de necessidades e no contato emocional. • Objetivo principal da técnica é a identificação das necessidades emocionais não supridas do paciente, ainda a técnica facilita a transposição do Protetor Desligado. EAD Fotos para identificar Necessidades • Passos para execução: – 1: Peça para que o paciente coloque a foto em uma cadeira a sua frente. – 2: Olhando para a foto peça que o paciente descreva como é a vida dessa criança ( sempre peça para que o paciente faça a descrição em terceira pessoa. EX: A vida dessa criança...). – 3: Pergunte ao paciente, olhando para a foto, o que essa criança necessita. Se necessário, a pergunta pode ser feita mais de uma vez. – 4: Após a resposta: retome a sessão e discuta sobre tais necessidades. – 5: Tenha em mente de pontuar o valor das necessidades na formação do indivíduo. Fotos para identificar Necessidades • Pontos de Atenção: • Se o paciente demonstrar aversão a foto (criança) não devemos prosseguir avaliando as necessidades. Devemos avaliar a razão pela aversão, não deixando com que haja agressões com a criança. EAD Imagens Mentais para Identificar Necessidades EAD Imagens Mentais para Identificar Necessidades • Técnica experiencial/vivencial que auxilia na avaliação de pacientes. • *Importante realização de anamnese minunciosa e ter noção do funcionmento atual do paciente. EAD Imagens Mentais para Identificar Necessidades • Passos para Execução: – 1: Peça permissão para realizar o exercício. – ½: Dependendo do paciente podemos iniciar com a imagem do local seguro. – 2: Peça para paciente feche seus olhos e se conecte com alguma lembrança de sua infância (de preferência mais jovem possível). – 3: Assim que o paciente obtiver a imagem: peça que vá descrevendo o que acontecesse na imagem. – 4: Peça que o paciente olhe para el@ criança e o terapeuta pergunta ao pacinete o que essa criança precisa. – 4/2: Se o paciente precisar retome ao local seguro. – 5: Retome para a sala e peça o feedback do paciente *Caso haja cenas de abuso ou situações críticas podemos encerrar o exercício. É importante direcionar o paciente para memórias com menor grau de ativação. CONCEITUALIZAÇÃO DE CASO Conceitualização de Caso - EIDs A conceitualização de caso inclui informações sobre: Problemas atuais do paciente Aspectos relevantes da história para os problemas atuais Esquemas Modos Esquemáticos Gatilhos de ativação dos EIDs e dos Modos Estilos de Enfrentamento (Coping styles) Descrições sobre temperamento, educação e outros eventos significativos da vida do paciente. Formulário para Conceitualização de Caso • Fevereiro de 2018 – última atualização do formulário. • Documento bastante completo e exigente que organiza os dados avaliados junto ao paciente após o período de avaliação. • Itens: Informações gerais do paciente – Nome, idade, orientação sexual, ocupação, nível educacional... Razãodo paciente estar em terapia – fatores que motiva, circunstâncias de vida, problemas, comportamentos... Impressões gerais do paciente – linguagem, características mais salientes... Perspectiva diagnóstica (a) – diagnósticos nosológicos principais. Elementos centrais do formulário – Perspectiva diagnóstica: níveis de funcionamento nas áreas da vida... Elementos centrais do formulário – Problemas de vida e sintomas – natureza do problema e como cria problema na vida do paciente; – Origem na infância e adolescência dos problemas atuais – resumo dos aspectos mais relevantes e salientes da história de vida do paciente; necessidades básicas não satisfeitas; fatores inatos; fatores culturais e sociais... – Esquemas mais relevantes no presente – apresentar o esquema e exemplos na vida do paciente onde eles são ativados. Elementos centrais do formulário – Modos dos esquemas mais relevantes no presente – rotulação dos modos e exemplificação na vida do paciente; – Relação terapêutica – características, esquemas do terapeuta acionados pelo paciente, colaboração terapêutica, relação reparadora... – Objetivos da terapia – definição, potenciais progressos e obstáculos... – Comentários adicionais ou explicações – Apenas se achar necessário. Elementos centrais do formulário 8. Psicoeducação na TE EAD Psicoeducação do Paciente • As entrevistas iniciais e de avaliação são o momento ideal para o terapeuta introduzir ao paciente os elementos da abordagem que podem lhe ser úteis; • A medida que o paciente se habitua com os aspectos gerais do tratamento existe maior probabilidade de um trabalho conjunto; • O paciente entende de forma clara como os seus padrões acabam por perpetuar o funcionamento esquemático; • As expressões, conceitos e definições utilizadas pelo terapeuta irão variar conforme a compreensão de cada paciente; • Importante o terapeuta falar a “língua do paciente”. MODO Adulto Saudável Modos Pais (Pensamentos Automáticos) Modos Criança Emoções Básicas Dissonância Coping Modes (Comportamentos e Emoções 2as) Sintomas Clínicos AUTO-REGULAÇÃO ATIVAÇÕES INTERNAS COMPORTAMENTOS VISÍVEIS (Resolução de Problemas Visíveis) Motivação p Terapia MODO Adulto Saudável Modos Pais (Pensamentos Automáticos) Modos Criança Emoções Básicas Dissonância Coping Modes (Comportamentos e Emoções 2as) Aceitas e Preenchidas Reavaliado e acusado ? Representações Dos Outros Necessidades Básicas Frustradas Rendição Evitação Compensação Sintomas Clínicos Attachment Assertividade Mapa dos Modos Adulto Saudável Coping Styles PAIS DIFUNCIONAIS INTERNALIZADOS MODOS CRIANÇA 9. A Relação Terapêutica EAD Estabelecendo Limites • Limites baseados nasegurança do paciente e nos direitos pessoais do terapeuta: O paciente estará seguro? Vou me sentir desconfortável com isto ? • Não devemos começar a fazer algo para o paciente que não consigamos continuar, salvo se informarmos ao paciente que o faremos por um período determinado. • Limitar contato externo (Criança Abandonada) • Limitar comportamentos autodestrutivos e impulsivos (Criança Zangada & Impulsiva) • Limitar ausências e desligamentos (Protetor Desligado) Estabelecendo Limites • Contatar o terapeuta quando em crise suicida e cumprir as regras durante a crise. (todos os modos) • A regra é estabelecida assim que o paciente a viola – não exponho meus limites antecipadamente (muito rígido no contexto da reparentalização limitada). Estabelecendo Limites • Estabelecer limites de forma pessoal, não de maneira rígida ou punitiva (terapeuta fala sobre suas intenções e seus sentimentos). • Estabelecer conseqüencias naturais para a violação de limites. • Como último recurso, terminar o tratamento. Estabelecendo Limites Quanto mais forte o vínculo com o terapeuta, maior é a motivação do paciente para respeitar os limites estabelecidos por este. Estabelecendo Limites Ciladas para o Terapeuta • Subjugação: não impor limites, evitar confrontação, comportamento passivo; • Auto-sacrifício: permitir excessivo contato externo; • Padrões Inflexíveis e Fracasso: sentimento de inadequação; • Hipercompensação: ficar irritado, ressentido. • Evitação: provocar a interrupção prematura da terapia; • Evitação: desestimular o paciente a expressar necessidades e emoções intensas; • Inibição Emocional: distanciamento, rigidez e impessoalidade. Ciladas para o Terapeuta Canais de Acesso EAD 2. Intervenção em Nível Emocional/Vivencial 3. Intervenção em Nível Comportamental 1. Intervenções em Nível Cognitivo 10. Técnicas Cognitivas EAD Canal: PENSAMENTO De Fora da Terapia • Diálogo Socrático • Formulação de Novos Esquemas • Diálogo com Esquemas • Flash Cards • Diário de Dados Positivos De Dentro da Terapia • Identificação do paciente na aliança terapêutica • Modificando ideias sobre o terapeuta • Identificação de esquemas do terapeuta • Auto revelações do terapeuta Do Passado • Reinterpretação de eventos do passado e integrando com novos esquemas Técnicas Cognitivas • O objetivo das técnicas: – Permitir que o paciente comece a compreender seu funcionamento. – Criar uma argumentação sólida contra o esquema. EAD Técnicas Cognitivas • Psicoeducação de Esquemas e Modos – Identificamos padrões disfuncionais da vida do paciente e seus EIDS/modos. – Devemos fazer com que o paciente tome consciência de como essas estruturas funcionam. – Utilizações de exemplos do Cotidiano. – Utilizações de Metáforas ( ex: Gestalt, Segurança) EAD Psicoeducação de Esquemas e Modos EAD Técnicas Cognitivas • Busca de Evidências para Esquemas – Similar a busca de evidências de Pensamentos Automáticos da TCC clássica. – Devemos nos ater à evidências (ex: pensamentos/sentimentos não são evidências). – Paciente deve buscar as evidências referentes aos Esquemas no Passado e no Presente. – Terapeuta pode auxiliar o paciente (importante não auxiliar apenas um lado de evidências). Técnicas Cognitivas • Cartões Lembrete de Esquemas e Modos: – Partindo da reestruturação do EID e dos Modos Esquemáticos, a dupla terapêutica sintetiza respostas saudáveis a gatilhos dos EIDS e Modos. • Objetivos para utilização: – Objeto transicional. – Meio de ativação do Adulto Saudável do paciente. – Acolhimento dos Modos Criança do paciente. – Combate aos Modos de Vozes Internalizados. Técnicas Cognitivas • Cartões Lembrete de Esquemas e Modos: – Elaboração colaborativa; – Muitas vezes o polo saudável do EID (ou Adulto Saudável) do paciente não é forte o suficiente, dessa forma o terapeuta pode ser muito ativo auxiliando o paciente nas respostas. 11. Técnicas Vivenciais/Experienciais/Imagísticas Canal: SENTIMENTO / EMOÇÕES De Fora da Terapia • Role-playing atual • Imaginação de situações atuais • Exercício de sentir(amplificar) emoções • Exposição às emoções De Dentro da Terapia • Reparentalização Limitada • Confrontação Empática • Oferecendo Limites • Role-playing invertido terapeuta-paciente Do Passado • Ressignificação do Passado • Role-Playing do passado • Técnicas das Cadeiras • Escrevendo cartas Técnicas Vivenciais- Cadeiras • Técnicas que utilizam a cadeira auxiliam o processo a se tornar mais egodistônico; • Originada da Gestlat e do Psicodrama; • Gera maior ativação emocional; • Facilita o paciente a perceber diferentes padrões de funcionamento para cada Modo; • Pode fortalecer e aumentar argumentação do Adulto Saudável. Diferentes Técnicas Com Cadeiras • Diálogo entre Modos: – Transpor Modos de Coping; – Confrontar Modos de Vozes internalizados; – Acolher Modos Criança. • Entrevista de Modos Esquemáticos: – Diálogo entre terapeuta e Modo do paciente no intuito de identificar a função do aparecimento do Modo em determinado momento da psicoterapia. Diálogo entre Modos – Transpondo M. de Coping • Paciente necessita já estar Psicoeducado sobre seus Modos e como funcionam. •Ao praticar a técnica, o paciente aprende a “confrontar” e “negociar” com seus Modos de Coping. • Objetivo de Transposição de Modos de Coping. • Técnica deve ser utilizada no aparecimento de Modos de Coping em sessão. Transpondo M. de Coping 1. Explicação ao paciente dos objetivos da técnica; 2. Explique para o paciente que ele deve mudar de assento: uma cadeira para o Modo de Coping e outro para o Adulto Saudável. Sempre se referindo ao outro Modo como (você) e a si como (eu). 3. Peça para o paciente iniciar com o assento do Modo dizendo algo para o Adulto Saudável que seja típico do Modo. Se atenha a um tópico. Transpondo M. de Coping 4. Tendo se mudado para a cadeira do Adulto Saudável, deve tentar responder ao Modo Esquemático utilizando argumentos e evidências. * Se necessário aja como um Coach (direcione) o paciente conforme necessário para negociar contra o Modo Esquemático. 5. Após o “Round”, pergunte ao paciente quão forte ele está se sentindo na cadeira do Modo e na cadeira do Adulto Saudável, usando uma escala de 0-100. Explique que a soma dos 2 modos deve dar 100. 6. Mantenha o exercício da Cadeira Transformacional até o Modo ficar sem resposta, ou somente com respostas fracas. SEMPRE termine o exercício com o paciente na Cadeira do Adulto Saudável. 7. Refaça o passo 5. Imagens Mentais Im. Mental que supre necessidades • Mudança de significado do evento original é desenvolvido. • Mudanças em Esquemas Iniciais Desadaptativos • Desenvolvimento de outra memória com conteúdo emocional Imagens Mentais- Por que são tão poderosas? Imagens Mentais Técnicas Vivenciais – Combate aos Modos Internalizados • Uma das partes mais importantes no trabalho em TE é o combate aos Modos Internalizados (Antagonistas/Pais Críticos-Demandantes). Pacientes que apresentam psicopatologias graves costumam possuir pensamentos internalizados de forma grave. • Reduzindo esses Modos os pacientes conseguem ter mais compaixão e espaço para o aparecimento de seus Modos Criança. 12. Técnicas Comportamentais EAD Canal: COMPORTAMENTO De Fora da Terapia • Experimentos comportamentais • Role-play de habilidades • Experimentando novos comportamentos De Dentro da Terapia • Experimentos comportamentais • Reforçamento de comportamentos funcionais • Treinamento de habilidades na relação terapêutica • Modelação pelo terapeuta Do Passado • Experimentando novos comportamentos com antigas figuras do passado 14. TE para o TP Borderline EAD Hipótese das Origens Ambiente Familiar INSEGURO: abusivo fisicamente, sexualmente e psicológicamente; ameaças explosivas de raiva e violência. PRIVADO DE EMOÇÕES: cuidados e empatia dos pais inexistentes ou inconsistentes. SEVERAMENTE PUNITIVO: criticidade, rejeição. INVALIDANTE: Suprime necessidades e sentimentos individuais da criança. Biológico Alta intensidade emocional & instabilidade. Desafios para a Terapia Cognitiva • Cognições e Comportamentos muito Rígidos; • Enormes distâncias entre as mudanças Cognitivas e Emocionais; • Papel central da Intimidade nos Relacionamentos para seus problemas; • Dificuldades com as Tarefas de Casa. Esquemas Disfuncionais MAIS COMUNS • Abandono • Defeito • Vergonha e Abuso • Privação Emocional • Vulnerabilidade • Padrões Inflexíveis • Caráter Punitivo • Dependência OUTROS PRESENTES • Auto sacrifício • Busca de Aprovação • Negatividade • Merecimento • Autocontrole Insuficiente • Fracasso • Inibição Emocional • Emaranhamento Objetivos Gerais da Terapia • Ajudar o paciente a ter suas necessidades centrais atendidas (supridas) de um modo adaptativo, através da mudança de seus EIDs e de seus Estilos de Enfrentamento (Coping Styles). • Diminuir o senso de urgência dos pacientes, já que a “criança abandonada vive um eterno presente, sem conceitos claros de passado e futuro, aumentando a sensação de urgência e impulsividade”. – Perceber o paciente como uma criança muito nova: criança vulnerável; – Como genuinamente necessitada, e não gananciosa; – Respeito do tratamento ao desenvolvimento infantil; – Respeito mútuo e ser genuíno; – Terapeuta tem direitos também. Princípios Gerais do Tratamento PASSOS DA TERAPIA • Empatizar com os problemas atuais e validar as emoções vivenciadas; • Anamnese consistente da História de Vida; • Definição de Metas Terapêuticas * • Educação e Conscientização Emocional dos EIDs; • Identificação das Estratégias de Enfrentamento Mal adaptativas; • Identificação dos Modos Esquemáticos. Estratégias de Enfrentamento do Paciente são reações normais à crise. Entretanto, eles a utilizam a maioria do tempo e em situações inadequadas. Mecanismos Defensivos Falhos • Hipercompensação: criticar os outros; afastar as pessoas • Rendição, Manutenção: aceitar relacionamentos abusivos • Evitação: isolamento Comportamentos de Manutenção • Busca incansável por perfeccionismo; • Focalizar no negativo; • Minimizar importância dos desejos, aspirações; • Tratar a si e aos outros duramente e punitivamente. Comportamentos de Evitação EVITA – Relacionamentos – Colegas de Trabalho – Sentimentos Negativos – Situações sociais e grupos Comportamentos de Hipercompensação • Critica e rejeita os outros em sua busca de perfeição – os outros tornam-se “inimigos”; • Ações imprudentes relacionadas ao perigo; • Busca atender excessivamente às necessidades dos outros. Modos Comuns PROTETOR DESLIGADO PAIS PUNITIVOS Postura de retraimento emocional, desconexão com o terapeuta, isolamento e evitações cognitiva e emocional – funcionamento robótico. Agressões verbais, uso sistemático de ironia e desprezo pelas intervenções do terapeuta. Frieza emocional. Situações Limites com TPB • Limites se baseiam na segurança do paciente e nos direitos do terapeuta; • Terapeutas não devem começar algo que não poderão continuar, a menos que declarem no início; • Limites colocados de maneira pessoal; • Terapeuta define regra na primeira vez em que houver a violação; • Terapeuta estabelece consequências naturais para a violação. 15. TE para o TP Narcisista EAD http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=IpAxT5qXe13zFM&tbnid=uHD43bLyWqap-M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.umaalmasedenta.com/2012/04/o-obreiro-e-o-narcisismo-patologico-o.html&ei=avs5Ua-dE4Gy8QTrnYDIBA&psig=AFQjCNEBkItvsPtwDFjlVzZ6MVdUEy5V9g&ust=1362840741796867 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=IpAxT5qXe13zFM&tbnid=uHD43bLyWqap-M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.umaalmasedenta.com/2012/04/o-obreiro-e-o-narcisismo-patologico-o.html&ei=avs5Ua-dE4Gy8QTrnYDIBA&psig=AFQjCNEBkItvsPtwDFjlVzZ6MVdUEy5V9g&ust=1362840741796867 Síntese dos Critérios • Auto importância; • Fantasias de poder, sucesso e beleza ilimitados; • Crença de ser especial ou ser compreendido apenas por pessoas especiais; • Falta de Empatia; • Inveja dos outros ou acreditar que os outros o invejam. Subtipos de Narcisistas • Narcisistas Verdadeiros • Narcisistas Compensatórios • Narcisistas Distanciados (DiGiuseppe et al., 1995) Narcisistas pela Terapia do Esquema • Criança Mimada • Criança Dependente • Criança Solitária e Privada - Amor condicional que leva ao desenvolvimento de crenças/regras do tipo “Não vou depender de ninguém”, “Cuidarei de mim mesmo” , “Vou mostrar a vocês”. • Misturas: – Mimado-dependente – Privado-dependente Origens do Narcisismo • Solidão e Isolamento • Limites Insuficientes • Uso e Manipulação • Aprovação Condicional e Hipercriticidade • Rejeição e Exclusão Social Necessidades Infantis Desatendidas • Amor incondicional e Atenção • Holding, Cuidados e Afeto • Aceitação e Aprovação • Empatia e Compreensão • Limites Realistas • Confiança O Narcisismo Infantil Saudável • O narcisismo tem um grande valor na forma como as crianças (principalmente pré-verbais)lidam com suas vulnerabilidades e temperamento. • Ela chora, zanga-se e exige atenção afim de obter proteção, aprovação, conforto e inserção em brincadeiras. • É função dos pais entender tais experiências do início da vida e criar narrativas saudáveis e coerentes para a criança formar um modelo de comunicação e de tolerância à frustração adequado (Siegel e Hartzell, 2004). O Narcisismo Adulto Saudável • É o gerador dos Traços: – Empático – Carismático/sedutor – Determinado – Líder – Controlado (não egoísta) – Confrontador (sem destruir a estima do outro) Esquemas Iniciais Desadaptativos • Abandono • Desconfiança & Abuso • Privação Emocional • Dependência • Vulnerabilidade • Emaranhamento • Defectibilidade/Vergonha • Isolamento Social • Busca de Aprovação • Fracasso • Subjugação • Auto-sacrifício • Padrões Inflexíveis • Negatividade ARROGO/ GRANDIOSIDADE • Autocontrole e autodisciplina insuficientes • Inibição Emocional • Postura Punitiva TE no T. Narcisista • Os esquemas nucleares no T. P. Narcisista são: – Privação Emocional – Defectividade • A criança solitária quase sempre tem esquema de P. Emocional com estilo de enfrentamento de Hipercompensação. • Para compensar o esquema, os pacientes passam a se sentir merecedores, exigindo muito e dando pouco às outras pessoas. • Ao usarem hipercompensação e evitação na maior parte de suas vidas, estes pacientes tem pouca consciência de seus esquemas. Estilos de Enfrentamento: as Máscaras • O Intimidador • O Exibicionista • O Autocomplacente Viciado • O Autoritário • Modos Esquemáticos em TPN: – Criança vulnerável: abandonada, não amada, “na média”, não especial. A maior parte dos pacientes permanece o menor tempo no modo Criança Solitária, porque vivenciá-lo é muito doloroso, até porque a CS tem aversão de si mesma. – Auto-Engrandecimento: hipercompensação para a criança vulnerável – Desligado auto-alívio/ auto-estimulante • Workaholic; busca de estimulação, adições, interesses solitários para evitar ativar a criança solitária. Modos do Transtorno Narcisista Metas Terapêuticas para o Narcisismo Ensinando o adulto saudável a: • Ajudar a Criança Solitária a sentir-se cuidada e compreendida, para então entender e cuidar de outros . • Confrontar o Auto-Engrandecedor. Ajudar o paciente a desistir da arrogância & da necessidade de aprovação e validação; para que o modo Criança (Criança Solitária) tenha mais cuidado genuíno. • Reduzir os comportamentos do Autoconfortador Desligado/Auto-estimulador a favor de cuidados verdadeiros. Obstáculos no tratamento do Narcisismo • Muitos negam ter qualquer problema psicológico. • Raramente relatam emoções ou pensamentos negativos. • Tentativas diretivas da TCC para mudar o arrogo geralmente falham. • Recusam fazer as tarefas de casa ou exercícios. • Querem se manter no controle do tratamento e estabelecer uma posição de superioridade em relação ao terapeuta. • Os esquemas do próprio terapeuta são ativados e geralmente impedem o progresso. Estratégias para Trabalhar com o Narcisismo na Relação Terapêutica (1) • Confrontar a busca por aprovação sem desvalorizar o paciente (“Eu me importo com você – não com seu desempenho ou aparência”). • Confrontar o comportamento arrogante sem desvalorizar o paciente. Colocar limites. (“Eu me importo com você, mas eu também me importo comigo mesmo e com meus outros pacientes. Eu não posso lhe dar tratamento especial”). • Confrontar críticas do paciente ao terapeuta. Estratégias para Trabalhar com o Narcisismo na Relação Terapêutica (2) • Ajudar o paciente a identificar a sensação de vazio e solidão, como alavanca para manter o paciente na terapia e para motivá-lo à mudança. • Rotular os modos esquemáticos à medida que surgem. • Superar incidentes específicos: não atacar ou defender-se. • Manter a visão nuclear de vulnerabilidade do Narcisista. Evolução da Terapia • Em primeiro lugar, estabeleça a igualdade e o respeito na relação terapêutica. Seja firme e assertivo. • Explore as origens da Indiferença e do Auto- Engrandecimento. • Introduza o conceito de Criança Solitária; confronte a resistência ao trabalho imagístico para explorar obstáculos. • Use imagens mentais para acessar a Criança Solitária. Evolução da Terapia • Rotule os outros modos; dialogue com cada um dos modos individualmente. • Discuta a importância de permitir a Criança Solitária conectar-se intimamente com alguém na vida do paciente. • Negocie com os modos desadaptativos para superar bloqueios à intimidade. • Generalize as mudanças na sessão e imagisticamente nas relações fora da terapia. Sintetizando....(1) • Exibicionismo: ao invés de hipervalorizar as solicitações exageradas, ofereça respostas simples, positivas para as conquistas comuns e simples da interação. • Ao invés de: • “Que extraordinário convite você me fez” • Substitua por: • “Que bom que marcamos entre encontro para nos falarmos, estava com saudades”. Sintetizando....(2) • Intimidação: ao invés de mostrar medo, aja com confiança levando-o a saber como as palavras e comportamentos desferidos fazem você se sentir. Tentar não julgar, seja descritivo. • “Eu me importo com o que você sente e como analisa nossa interação, mas é muito difícil para mim aceitar suas provocações e agressões quando algo não o agrada” Sintetizando....(3) • Merecimento Exagerado: supere o desconforto que a hiperexigência gera e expresse seu desconforto com a falta de empatia dele, tentando demonstrar este padrão no seu funcionamento. • “X, isto que ocorreu é muito desconfortável. Sinto-me desconsiderado em meus sentimentos quando age como se fosse perfeitamente normal fazer o que bem entende, até mesmo quando isto me prejudica. Sei que você está acostumado a controlar e comandar as situações e isto é uma boa habilidade. Entretanto, não considero uma boa forma de manter nossa amizade você passar por cima de meus sentimentos. Espero que você pense nisso e que possamos conversar num outro momento, onde estivermos mais calmos” Sintetizando....(4) • Autossatisfação: você deve lembrar que o narcisista usa esta máscara de se auto absorver em atividades de forma automática (não de propósito) e, então você assume a responsabilidade por trazer ele de volta ao contato. • “Sei que teu trabalho e este momento profissional são muito importantes para ti. Aprecio tua ambição e força de trabalho. Porém fico preocupado que possas estar exagerando e, inclusive, prejudicando o andamento de tua terapia que sabes, entre outras coisas, busca melhorar este teu padrão de auto exigência.” 16. TE para Casos Refratários EAD Muitos casos apresentam sintomas subsequentemente ao tratamento, sendo chamados de casos crônicos ou refratários. Os modelos elaborados pela Terapia Cognitiva tradicional não tem tido o efeito esperado para muitos pacientes, mesmo com a associação de psicofármacos. (Hoffart, 2012) 226 Casos de resistência do transtorno ao tratamento ou recorrência do mesmo REFRATARIEDADETE ESQUEMAS: Privação Emocional Dependência/Incompetência (Delattre et al., 2004) 228 Transtornos de ANSIEDADE e EIDs ESQUEMAS: Vulnerabilidade ao Dano ou Doença Dependência/Incompetência (Hedley, Hoffart & Sexton, 2001; Hinrichsen et al., 2004) 229 TRANSTORNO DE PÂNICO E AGORAFOBIA ESQUEMAS: Privação Emocional Fracasso Defectividade Desconfiança /Abuso, Dependência, Isolamento Social Subjugação Padrões Inflexível (Pinto-Gouveia, et al., 2006) 230 ANSIEDADE SOCIAL ESQUEMAS: Isolamento Social Vulnerabilidade Desconfiança/Abuso Defectividade/Vergonha Subjugação Inibição Emocional (Lochner, 2005) 231 TOC ESQUEMAS: Inibição Emocional Padrões Inflexíveis Desconfiança/Abuso (Dutra et al., 2008) ESQUEMAS: Inibição Emocional Vulnerabilidade (Cockram et al., 2010) 232 TEPT Inconsistência em relação aos esquemas envolvidos nestes transtornosFoco no trabalho com Modos Esquemáticos com os Transtornos de Humor e de Ansiedade Refratários (Lobbestael et. al., 2010). Pais internalizados Modo de Enfrentamento Desadaptativo Criança Vulnerável Os modos básicos que caracterizam a maioria dos TRANSTORNOS DE ANSIEDADE: FORTALECIMENTO DO MODO ADULTO SAUDÁVEL 236 MODO PAIS INTERNALIZADOS MODO ADULTO SAUDÁVEL Encorajador Apoiador Compreensivo Compassivo 237 CARACTERÍSTICAS DO MODO ADULTO SAUDÁVEL Relação Terapêutica • Sem rigidez de técnicas • Dificuldades do campo interpessoal serão reproduzidas no relacionamento terapeuta- paciente • O paciente fará interações disfuncionais = padrão Pacientes refratários – transtornos depressivos Modelo generalizador para as relações extras-sessões Pacientes refratários – transtornos depressivos Relação Terapêutica Relação de validação, confiança , respeito, paciência, afeto Minimizando o modo pais hipercríticos e exigentes Minimizando o modo capitulador complacente Minimizando o modo supercontrolador • Veículo transformador • capacidade diferenciada do terapeuta • ao mesmo tempo em que visam mudanças • não invalidam os sentimentos atuais do paciente • O paciente não realiza a metacognição, mas passa a sentir que pode mudar suas relações com as pessoas O que estava faltando na infância do paciente? (Pais privadores, punitivos, hipercríticos, negativistas) Relação Terapêutica Pacientes refratários – transtornos depressivos Estratégia Terapêutica Relação Terapêutica Reparentalização Limitada Confrontação Empática Pacientes refratários – transtornos depressivos Confrontação Empática • Não é uma tarefa fácil – validar os sentimentos do paciente – e propor que haja modificação de suas estratégias Exige muita confiança na relação • Cuidar para não parecer crítico • Modulação do tom de voz • A expressão corporal e facial • Ambiente de aceitação, mesmo que naquele momento esteja se propondo modificações Confrontação Empática Pacientes refratários – transtornos depressivos Obrigado! (51) 3332.3249 | (51) 9523.7689 contato@wainerpsicologia.com.br www.wainerpsicologia.com.br www.facebook.com/wainerpsicologia
Compartilhar