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FAM – FACULDADE DAS AMÉRICAS Ana Beatriz Costa Magri Beatriz Gonçalves Maciel Kauane Fideles Botelho Luanna Borges Di Blasio Maria Clara Castello Branco C. Barreira PI - PROJETO INTERDISCIPLINAR Viroses confundíveis com a Febre Aftosa SÃO PAULO 2023 Ana Beatriz Costa Magri Beatriz Gonçalves Maciel Kauane Fideles Botelho Luanna Borges Di Blasio Maria Clara Castello Branco C. Barreira PI – PROJETO INTERDISCIPLINAR Viroses confundíveis com a Febre Aftosa Trabalho apresentado à Faculdade das Américas, como parte das exigências para obtenção de nota no curso de graduação em Medicina Veterinária. Orientador: Prof. Pedro Enrique Navas Suárez SÃO PAULO 2023 SUMÁRIO 1 RESUMO....................................................................................................................4 2 OBJETIVO.................................................................................................................4 3 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 4 METODOLOGIA......................................................................................................5 5 SOBRE AS VIROSES CONFUNDÍVEIS COM FEBRE AFTOSA......................6 5.1 Estomatite Vesicular..................................................................................................6 5.2. Língua Azul (Bluetongue)........................................................................................7 5.3 Doença Vesicular Suína/ Senecavirose.....................................................................7 5.4. Peste Bovina Clássica (FMVD)...............................................................................8 6 DISCUSSÃO...............................................................................................................8 7 RESULTADOS......................................................................................................….8 8 CONCLUSÃO...........................................................................................................10 9 ANEXOS....................................................................................................................11 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................14 RESUMO Neste trabalho buscamos orientar profissionais e estudantes da área da medicina veterinária sobre as diferentes patologias que podem ser confundidas com a febre aftosa. Saber a diferença entre elas é crucial na hora de determinar um tratamento eficiente e impacta diretamente no prognóstico da doença existente, além disso a febre aftosa é uma doença de grande importância na economia do Brasil, por ter efeitos no mercado internacional. A divulgação dessas informações para o público alvo foi feita através de redes sociais, em particular a plataforma rede social Instagram. Através dessa divulgação foi possível atingir um público considerável e conscientizar de uma forma acessível e didática, evidenciando a importância da causa. Palavras-chave: Febre aftosa, medicina veterinária, patologias, prognóstico. 2.Objetivo Este trabalho tem como objetivo orientar profissionais e estudantes da área da medicina veterinária sobre as diferentes patologias que podem ser confundidas com a febre aftosa, por terem sintomas muito parecidos, problema muito comum na pecuária brasileira. 3.Introdução A pecuária brasileira enfrenta um desafio crucial no que diz respeito à identificação e tratamento de doenças que compartilham sintomas semelhantes com a febre aftosa. Nesse contexto, este trabalho se propõe a oferecer uma orientação essencial para profissionais e estudantes da área da medicina veterinária, visando esclarecer as nuances que diferenciam tais patologias. A confusão entre essas enfermidades é comum e pode ter impactos significativos no prognóstico e tratamento, tornando imperativa a necessidade de discernimento. Uma das estratégias de divulgação adotadas para disseminar essas informações valiosas foi a utilização das redes sociais, em particular, a plataforma Instagram. Através do perfil profissional de uma colega médica veterinária, alcançamos um público considerável e possibilitamos a conscientização de forma acessível e didática. Esta iniciativa ilustra a relevância de tornar as informações sobre as diferenças entre a febre aftosa e patologias similares amplamente acessíveis, realçando a importância deste tema e a urgência em combatê-lo no âmbito da pecuária brasileira. Assim, a capacidade de distinguir entre doenças com sintomas parecidos torna-se uma habilidade crítica para todos aqueles envolvidos na medicina veterinária, impactando diretamente a saúde do rebanho, a eficácia do tratamento e o sucesso na contenção de doenças como a febre aftosa. Este trabalho não apenas enfatiza a necessidade de conhecimento diferenciado, mas também demonstra como a disseminação de informações por meio das redes sociais pode ser uma ferramenta valiosa na conscientização sobre questões de importância para a pecuária brasileira (CARGNELUTTI, et. al, 2014). 4.Metodologia A metodologia de pesquisa utilizada para o desenvolvimento deste trabalho foi a consulta de livros de medicina veterinária, cartilhas governamentais e artigos científicos sobre o tema. A metodologia para a orientação utilizada neste trabalho foi a divulgação dessas informações para o público alvo feita através da rede social Instagram, em páginas de profissionais da área. Através dessas divulgações foi possível atingir um público considerável e conscientizar de uma forma acessível e didática, evidenciando a importância da causa. Abaixo segue o conteúdo utilizado como base para a publicação realizada. A febre aftosa é uma patologia causada por um agente viral altamente contagioso que afeta principalmente animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outros ruminantes. A rápida disseminação e os impactos econômicos significativos que ela causa fazem da febre aftosa uma grande preocupação para a indústria pecuária em todo o mundo. No entanto, várias outras doenças virais compartilham sintomas semelhantes e podem ser facilmente confundidas com a febre aftosa no momento do diagnóstico. Para tanto torna-se necessário conhecer e diagnosticar todas as enfermidades que possam ser confundidas com febre aftosa. (CARGNELUTTI, et. al, 2014). Os principais sinais clínicos do vírus da febre aftosa são manifestados na forma de febre, anorexia, depressão e vesículas dolorosas no palato, lábios, gengiva, narinas, espaços interdigitais e bandas coronárias das patas. Esse quadro acarreta emagrecimento pela diminuição da ingestão de alimentos em função da dificuldade de deglutição, bem como laminite e claudicação por causa das lesões localizadas nas patas. Outros sinais da contaminação são: inquietação, salivação excessiva, babeira, dificuldade de mastigar e engolir alimentos e tremores. (CARGNELUTTI, et. al, 2014). A vacinação dos bovinos é a principal forma de prevenção da doença. Os períodos de vacinação contra a febre aftosa, de bovinos e bubalinos, nas zonas livres de febre aftosa com vacinação são definidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com base em critérios técnicos discutidos com os serviços veterinários estaduais e com as instituições que representam os produtores rurais em cada UF. (LYRA T.M.P., 2003). Ao final de cada etapa de vacinação contra a febre aftosa no país, os dados das declarações de vacinação realizados pelos produtores rurais são controlados, consolidados e avaliados pelos serviços veterinários estaduais das Unidades da Federação que realizam a vacinaçãocompulsória contra a doença e encaminhados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (LYRA T.M.P., 2003). Fonte: cartilha ADAF “febre aftosa produtor rural" 5.Sobre as viroses confundíveis com a Febre Aftosa Abaixo temos as principais viroses que podem ser confundidas com a febre aftosa, considerando seus agentes causadores, sintomas distintivos, métodos de diagnóstico e importância para a saúde animal e a economia agrícola. O diagnóstico preciso é fundamental para evitar a disseminação inadequada de medidas de controle e proteger a indústria pecuária. Testes laboratoriais desempenham um papel crucial na identificação do agente causador. Técnicas como a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) e ensaios sorológicos são usadas para determinar o agente etiológico da doença. Em caso de suspeita de qualquer uma dessas doenças, é essencial notificar as autoridades veterinárias competentes para garantir investigações adequadas e a adoção de medidas de contenção. A rápida detecção e resposta são cruciais para evitar a disseminação dessas doenças e proteger a saúde animal e a economia agrícola. Além disso, programas de vacinação e medidas de biossegurança desempenham um papel significativo na prevenção de surtos de doenças vesiculares e na manutenção da segurança da produção animal. (LYRA T.M.P., 2003). 5.1 Estomatite Vesicular: Afeta diversas espécies, incluindo bovinos, suínos, ovinos e equinos. É uma doença de notificação obrigatória por ter disseminação mundial, morbidade significativa e potencial zoonótico. É economicamente importante devido às restrições ao comércio nacional e internacional de animais e produtos pecuários, quarentenas e queda na produtividade dos animais acometidos. A incidência é sazonal, ocorrendo após as chuvas em regiões de clima tropical, tendo a participação de insetos na cadeia epidemiológica. Os focos iniciam-se repentina e simultaneamente em localidades bem distantes umas das outras. (RIET-CORREA, 2008). Agente Causador: O vírus é do gênero do Vesiculovirus da família Rhabdoviridae. Sintomas: Os sintomas incluem lesões vesiculares na boca, na língua, nos lábios e nos cascos dos animais. Essas lesões podem causar dor e dificuldade na alimentação. Embora as lesões vesiculares na boca se assemelhem à febre aftosa, a estomatite vesicular é causada por um vírus diferente. (RIET-CORREA, 2008). Fonte: Biologico.sp.gov 5.2 Língua Azul (Bluetongue): A Língua Azul é uma doença viral, não contagiosa, transmitida por dípteros do gênero Culicoides, que afeta ruminantes domésticos e selvagens. (RIET-CORREA, 2008). Agente Causador: O vírus da Língua Azul (BTV) é um Orbivirus da família Reoviridae. Vírus da febre catarral ovina (FCO) Sintomas: Os sintomas incluem febre, inflamação oral e nasal, congestão dos vasos sanguíneos, inchaço da língua e dificuldade na deglutição. Embora ambas as doenças possam apresentar lesões na boca, a língua azul é causada por um orbivirus diferente e apresenta sintomas adicionais, como o inchaço da língua. (RIET-CORREA, 2008). Fonte: Embrapa cartilha 5.3 Doença Vesicular Suína/ Senecavirose: É uma doença vesicular de suínos e só é distinguível da febre aftosa através de exames laboratoriais. (RIET-CORREA, 2008). Agente Causador: O vírus Senecavírus Sintomas: Os sinais clínicos mais comuns são vesículas (bolhas) em focinho, boca e patas, principalmente, ao redor dos cascos. Com o passar dos dias, essas vesículas se rompem, levando a erosões e úlceras, que podem ou não sofrer infecção secundária por bactérias. No geral, essas lesões se curam em pouco mais de 10 dias, mas durante esse período, causam dificuldade de apreensão do alimento e de locomoção, levando à perda de peso e descarte de porcas matrizes. Em leitões neonatos, os sinais mais comuns são os neurológicos e a diarreia, podendo levar à morte (conhecida como perda neonatal epidêmica). (RIET-CORREA, 2008). Fonte: Defesa.agricultura.sp.gov/senecavirose 5.4 Peste Bovina Clássica (FMVD): Ao longo da história, a doença causou a morte de milhões de animais em todo o mundo, mas, graças a décadas de esforços internacionais, em 2011, se tornou a segunda doença erradicada do planeta, depois da varíola em humanos. Embora o vírus não circule mais entre os animais, o mundo permanece vulnerável a um possível reaparecimento da doença devido a amostras biológicas e material com conteúdo viral ainda armazenado em algumas instalações no mundo. (RIET- CORREA, 2008). Agente Causador: O vírus Morbillivirus Sintomas: Nas espécies bovinas, as mais suscetíveis, os sinais clínicos clássicos são febre, lesões erosivas na boca, secreções nasais e oculares, diarreia abundante e desidratação, o que geralmente leva à morte entre 10 e 15 dias. Em outras espécies, o quadro clínico da doença é mais leve. (RIET-CORREA, 2008). Fonte: Site Revista veterinária 6.Discussão A escolha das redes sociais foi feita com o propósito de alcançar o maior número possível de alunos e profissionais da área, e pode ser considerada uma forma eficiente de divulgar informação pois atinge milhões de pessoas de forma acessível e clara. A plataforma Instagram foi escolhida por ser uma das mais utilizadas hoje por diferentes faixas de idade, classe social, profissões e outros grupos sociais, ademais, a página utilizada para a divulgação da informação foi a de uma colega Médica Veterinária que já tem como propósito da sua página, compartilhar informações e curiosidades sobre medicina veterinária, e possui um público satisfatório como seguidor, dentre eles, profissionais da área e alunos. 7.Resultados A publicação foi realizada na página da Dra. Cinthia Rosolem (@doc.cirosolem) no dia 19/10/2023, e teve como resultado até o dia 27/10/2023 os seguintes dados: Contas alcançadas: 349, sendo 146 seguidores e 203 não seguidores. Impressões: 527 Interações com a publicação: 78, sendo: Comentários: 14 Curtidas: 58 Compartilhamentos: 4 Salvamentos: 2 Número de seguidores no dia 19/10/2023: 2571 seguidores. Número de seguidores após no dia 27/10/2023: 2578 seguidores. A publicação foi feita utilizando 7 páginas com fotos e texto curtos que explicam a diferentes patologias que os sintomas se assemelham á febre aftosa. Sendo eles: (O Qrcode da publicação está disponibilizado no anexo 8) Primeira página (ANEXO 1) Iniciamos o post com o título “Viroses confundíveis com febre aftosa” seguida da imagem de um ruminante, que é a espécie mais afetada. Segunda página (ANEXO 2) Primeira doença abordada é a “Doença vesicular” que tem como foco os bovinos, apresenta imagem de bovino afetado e um breve texto. Terceira página (ANEXO 3) Seguida da primeira patologia, a “Doença vesicular suína”, com um texto breve apresentando os sintomas e a imagem de um animal suíno, que é a espécie afetada. Quarta página (ANEXO 4) Em seguida, voltamos para uma patologia característica de ruminantes, a “ Peste bovina clássica”, seguida dos sintomas e a imagem do animal. Quinta página (ANEXO 5) Na quinta página apresentamos uma patologia característica de outra espécie não citada anteriormente, a “ Doença vesicular em ovinos e caprinos”, o texto é uma breve descrição dos sintomas e também foi utilizado foto de um animal da espécie em questão. Sexta página (ANEXO 6) Na última patologia apresentada, voltamos para a espécie citada inicialmente, os ruminantes, e falamos sobre a patologia “Língua azul”, onde o nome da patologia já caracteriza o principal sintoma, mas também citamos os demais sintomas, seguido da imagem do animal e da língua azul. Sétima página (ANEXO 7) Na última página do post, orientamos o expectador a sempre procurar um médico veterinário para o diagnóstico correto, afinal, só ele possui as competências necessárias para tal e para proporcionar um tratamento eficiente para o animal. 8.Conclusão Em conclusão,podemos observar que dentre os números citados nos resultados, foi constatado que entre os profissionais da área que acessaram a publicação, uma minoria tinha interesses claros em seus perfis na área de grandes animais, pois, por ser uma página de uma profissional que atende pequenos animais, consequentemente seu público seguidor possui mais interesse neste porte. Desta forma, é evidente que, os interesses do público seguidor da página influencia diretamente nos resultados, portanto, se a publicação tivesse sido divulgada em uma página de um médico veterinário de animais de grande porte ou em grupos de estudos sobre essas espécies, os resultados poderiam ser mais relevantes. Outrora, este trabalho desempenhou um papel fundamental na orientação de profissionais e estudantes da medicina veterinária sobre as patologias que podem ser facilmente confundidas com a febre aftosa, um desafio frequente para profissionais da área na hora de fazer um diagnóstico preciso, mesmo que o público atingido não tenha interesse em grandes animais. Sendo assim, concluímos que é importante investir em uma conscientização prática, acessível e educativa sobre a relevância desse tema para a saúde dos animais e o setor pecuário como um todo, mas é decisivo que a escolha da página divulgadora seja assertiva quanto ao tema para que atinja o público-alvo de forma eficiente. Este trabalho demonstra como a disseminação eficaz de informações pode impactar positivamente a comunidade veterinária e, consequentemente, a pecuária brasileira, reforçando a importância de promover a causa da distinção das patologias semelhantes à febre aftosa. ANEXOS Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 Anexo 4 Anexo 5 Anexo 6 Anexo 7 Anexo 8 Referências Bibliográficas Sites: Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF). Febre Aftosa: Vacinação. Disponível em: <https://idaf.es.gov.br/febre-aftosa/vacinacao>. Acesso em: 15 de Outubro de 2023. Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo. Senecavirose: Doença Vesicular de Suídeos - A Importância de Notificar. Disponível em: <https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/informativo/defesa-agrosp-no-020- marco2023/senecavirose-doenca-vesicular-de-suideos-a-importancia-de- notificar/#:~:text=A%20Senecavirose%20é%20uma%20doença,do%20Ministério%20d a%20Agricultura%20e>. Acesso em: 15 de Outubro de 2023. Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). OIE Lança o Desafio Contra a Peste Bovina no Mundo. Disponível em: <https://www.cfmv.gov.br/oie-lanca-o- desafio-contra-a-peste-bovina-no-mundo/comunicacao/noticias/2020/01/15/>. Acesso em: 15 de Outubro de 2023. Livro: GEN Guanabara Koogan. Bases da Patologia em Veterinária. 6ª ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2018. Artigos Científicos: Riet-Correa, Franklin et al. Viroses confundíveis com febre aftosa. Ciência Rural [online]. 1996, v. 26, n. 2 [Acessado 15 Outubro 2023], pp. 323-332. Disponível em: . Epub 26 Set 2008. ISSN 1678-4596. Cargnelutti, Juliana Felipetto et al.-Pseudovaríola e estomatite papular em bovinos no Estado de Rondônia, Brasil. Ciência Rural[online]. 2014, v. 44, n. 3 [Acessado 15 Outubro 2023], pp. 479-485. Disponível em: . Epub 18 Mar 2014. ISSN 1678-4596. LYRA, T. M. P. A febre aftosa no Brasil: evolução e determinantes das políticas públicas de controle e erradicação, 1950-2002. 2003. 130 f. Tese (Doutorado em Ciência Animal) - Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
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