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Prévia do material em texto

PAULO ALTMAN
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA AVANÇADA
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
CUSTO DE CAPITAL ��������������������������������������� 5
ESTRUTURA DE CAPITAL DA EMPRESA ����� 11
CÁLCULO DO CUSTO DE CAPITAL ���������������21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS ��������������������������������������������34
2
INTRODUÇÃO
A principal razão de existir de uma empresa é ma-
ximizar os investimentos que nela são realizados 
para criar valor e potencializar a riqueza de seus 
proprietários. Neste módulo, você compreenderá 
que o custo de capital é uma ferramenta financeira, 
contábil e econômica que envolve os custos de 
oportunidade dos investimentos. Fundamentalmente, 
o custo de capital de um projeto de investimento 
é o custo da oportunidade e aplicar determinado 
valor que viabilize a realização do projeto. Melhores 
decisões financeiras são tomadas por meio desse 
raciocínio essencial referente ao uso de capital.
Qualquer negócio ou projeto empresarial necessita 
de fundos para investimento. Isso é a essência 
do início e expansão das empresas. Ao analisar e 
decidir sobre diferentes fontes de investimento, o 
gerente financeiro realizará a estrutura de capital 
da empresa. Nessa estrutura de capital, os recursos 
próprios e de terceiros são considerados como 
fontes de operacionalização e desenvolvimento 
da empresa. Portanto, uma importante questão 
para os resultados empresariais que você terá a 
oportunidade de entender é a relação entre fontes 
de capital próprio e o uso de financiamentos e 
empréstimos.
3
Por fim, a taxa de retorno necessária para que os 
projetos de investimento sejam realizados será 
abordada no final deste módulo. Você, então, irá 
determinar como a ponderação entre capital pró-
prio e de terceiros e a taxa de retorno esperada em 
cada tipo de fonte de financiamento influenciam 
em um custo médio do capital utilizado como 
base para determinar a viabilidade financeira dos 
investimentos.
4
CUSTO DE CAPITAL
O custo do capital é o retorno esperado por in-
vestidores e financiadores de capital para um 
projeto de investimento. No contexto das finanças 
empresariais, investidores integralizam capital no 
Patrimônio Líquido da empresa por meio de inves-
timentos diretos ou compra de ações. Por sua vez, 
financiadores de investimentos de longo prazo 
efetuam empréstimos que compõem o Passivo 
Não Circulante. Os objetivos de ambos são iden-
tificados como remuneração de seus respectivos 
investimentos (capitais). Portanto, investidores e 
financiadores de projetos de investimento empresa-
riais esperam um retorno sobre seus investimentos. 
Esse retorno esperado chama-se custo de capital.
Acesse o Podcast 1 em módulos
O custo de capital representa uma fronteira estabe-
lecida por uma taxa (também chamada de taxa de 
desconto) que determina os projetos considerados 
viáveis e os projetos inviáveis do ponto de vista eco-
nômico financeiro. Oportunidades de investimento 
que superam o custo de capital são reconhecidas 
como viáveis e podem, mediante outros critérios 
que serão vistos mais adiante, compor o orçamento 
de capital da empresa. Assim, você pode entender 
o custo de capital como uma taxa mínima exigida 
como retorno sobre os investimentos.
Na perspectiva dos investidores, o custo de capital 
é uma ferramenta ou um marco que estabelece 
5
um padrão de desempenho para os resultados da 
empresa, a fim de garantir resultados e maximizar 
seu valor. Consequentemente, o custo de capital 
exerce um papel de grande relevância no processo 
de tomada de decisão da gestão financeira. Con-
sidere os seguintes objetivos empresariais, com 
o uso do conceito de custo de capital:
Maximizar o valor da empresa: custo de capital 
total é uma ponderação do custo de capital próprio 
e do custo de capital de terceiros. Com vistas à 
maximização do valor da empresa, gerentes finan-
ceiros procuram determinar o melhor equilíbrio 
entre esses dois tipos de origem de recursos para 
os projetos de investimento.
Decidir sobre orçamento de capital: determinar o 
custo de capital correto significa aprovar e viabi-
lizar projetos de investimentos que irão gerar os 
resultados de criação de valor esperados e esta-
belecidos no planejamento estratégico.
Gerenciar capital de giro: como o valor do inves-
timento em projetos também envolve o capital de 
giro para sua operação, o custo de capital indica 
os critérios que devem ser estabelecidos para ge-
renciar os recebíveis (clientes a pagar) e o custo 
financeiro dos estoques.
Determinar a estrutura de capital: os gerentes 
financeiros e analistas projetam e procuram es-
tabelecer uma estrutura de capital ideal para a 
empresa. Como exposto acima, a estrutura de 
6
capital é a proporção de passivo (dívida) e PL 
(patrimônio líquido). Procura-se minimizar o custo 
total do capital para que o valor criado (riqueza) 
pela empresa seja maximizado.
Avaliar o desempenho financeiro: proprietários e 
acionistas avaliam o desempenho dos executivos 
da empresa por meio da comparação entre o re-
torno realizado pelos projetos de investimento e 
o custo total do capital.
O que é “custo de capital”?
Custo de capital é o retorno necessário para fazer um 
projeto de orçamento de capital, como a construção 
de uma nova fábrica, valer a pena. Quando analistas e 
investidores discutem o custo do capital, eles normal-
mente se referem à média ponderada do custo da dívida 
e do custo do patrimônio de uma empresa combinados. 
A métrica de custo de capital é usada: pelas empresas 
internamente para julgar se um projeto de capital vale 
o gasto de recursos; e por investidores que o utilizam 
para determinar se um investimento vale o risco, em 
comparação ao retorno. O custo do capital depende do 
modo de financiamento utilizado. Refere-se ao custo do 
patrimônio líquido, se o negócio for financiado exclusi-
vamente por meio do patrimônio líquido, ou ao custo 
da dívida, se for financiado exclusivamente por meio 
da dívida. Muitas empresas usam uma combinação de 
dívida e patrimônio para financiar seus negócios e, para 
essas empresas, o custo total de capital é derivado do 
FIQUE ATENTO
7
custo médio ponderado de todas as fontes de capital, 
conhecido como custo médio ponderado de capital 
(WACC).
Cost of Capital Definition. In: Investopedia. Disponível em: 
https://www.investopedia.com/terms/c/costofcapital.asp
O desempenho e a capacidade da empresa em 
gerar riqueza para seus proprietários são finan-
ceiramente medidos e comparados por meio do 
custo de capital. Projetos de investimento somente 
devem ser aprovados pela gestão financeira se 
acusarem, pelo menos, uma taxa de retorno maior 
que o custo de capital. Não obstante, a contabili-
dade e a economia também utilizam o conceito. 
Uma outra nomenclatura que você precisa saber 
e dominar acerca do custo de capital é o custo de 
oportunidade.
Em economia, o custo de oportunidade de um in-
vestimento significa o valor da alternativa com o 
valor mais alto que se aproxime desse investimento.
Se, por exemplo, você gasta tempo e dinheiro indo 
ao cinema, não pode gastar esse tempo em casa 
lendo um livro e não pode gastar o dinheiro em outra 
coisa. Se a sua melhor alternativa para assistir ao 
filme for ler o livro, o custo de oportunidade para 
assistir ao filme é o dinheiro gasto mais o prazer 
que você renuncia ao não ler o livro. (HENDERSON, 
2020). 
8
https://www.investopedia.com/terms/c/costofcapital.asp
Nos termos mais contábeis, o custo de capital 
é o custo da dívida de longo prazo (Passivo Não 
Circulante) após impostos, ponderado com o custo 
do Patrimônio Líquido.
Reflita sobre este trecho do artigo Cost of Capital: “A 
estimativa do custo de capital é uma tarefa desafiadora. 
O custo de capital não é observável, mas deve ser estima-
do. Chegar a uma estimativa de custo de capital requer 
uma série de premissas e estimativas. Outro desafio é 
que o custo de capitalaplicado apropriadamente a um 
investimento específico depende das características 
desse investimento: quanto mais arriscado o fluxo de 
caixa do investimento, maior o seu custo de capital. Na 
realidade, uma empresa deve estimar custos de capital 
específicos do projeto. O que geralmente é feito, no 
entanto, é estimar o custo de capital da empresa como 
um todo e, em seguida, ajustar esse custo corporativo 
geral de capital para cima ou para baixo para refletir o 
risco do projeto contemplado em relação ao projeto 
médio da empresa.”
Disponível em:
https://www.cfainstitute.org/en/membership/pro-
fessional-development/refresher-readings/2020/
cost-capital
Mas como o custo de capital funciona na gestão 
financeira?
REFLITA
9
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/cost-capital
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/cost-capital
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/cost-capital
A determinação do custo de capital é, em última 
análise, realizada pelo mercado. Isso acontece 
porque, na prática, ele significa o nível de risco que 
os investidores percebem. Como a relação decisiva 
é a de risco e retorno, dois investimentos de igual 
retorno serão comparados pelo grau de risco que 
oferecem. Investidores (o mercado) escolhem, 
nesse caso, o que oferecer menor risco.
Assuma que determinada empresa considere 
renovar suas instalações de produção. A reforma 
custará $ 500.000 e a economia será de $ 100.000 
por ano, nos próximos cinco anos. Existe um risco 
que essa projeção não ocorra e a economia es-
perada não se realize. A empresa tem a opção de 
aplicar os $ 500.000 em títulos de outra empresa 
que oferecem o mesmo risco e retornam 12% a.a.
A reforma projeta 20% de retorno (100.000 / 
500.000) e é uma melhor alternativa para o capital 
de empresa porque projeta um retorno maior com 
menor risco.
Esse retorno esperado para o investidor (20%) é 
o custo que a empresa tem ao realizar o inves-
timento, pois o investidor vai absorver o ganho 
que ele projetou. Como você estudará adiante, 
o custo total de capital de uma empresa é uma 
combinação de retornos exigidos para compensar 
credores e acionistas. Isso é denominado custo 
médio ponderado de capital e define-se por meio 
dos custos médios ponderados de patrimônio e 
dívida da empresa.
10
ESTRUTURA DE CAPITAL 
DA EMPRESA
A estrutura de capital indica a origem dos recursos 
da empresa que são aplicados nos ativos necessá-
rios para as operações da empresa. Dessa maneira, 
o crescimento da empresa por meio de projetos 
de investimento se inicia numa estrutura de finan-
ciamento que garante a obtenção dos recursos 
pretendidos. Essa estrutura de financiamento é 
composta por empréstimos, ou seja, dívidas no 
passivo da empresa, e/ou por meio do capital dos 
acionistas, isto é, recursos próprios indicados no 
Patrimônio Líquido. Também é importante lembrar 
que o capital operacional relativo à necessidade de 
caixa, estoques e prazos para clientes efetuarem 
pagamentos (capital de giro) também são obtidos 
por meio de dívidas de curto prazo ou investimentos 
dos sócios proprietários.
Estrutura de capital é, portanto, uma parte percentual 
de recursos em dinheiro que é empregado como 
recurso (capital) para a empresa funcionar, por 
categoria de origem. Assim, você pode entender 
que uma parte do capital da empresa é próprio, por 
exemplo, 25%. Outra parte é originada de emprés-
timo, ou seja, o capital é de terceiros, por exemplo, 
75%. Ou seja, há duas categorias de capital: dos 
proprietários (sócios) e de dívida (terceiros).
11
“A decisão mais importante que uma empresa toma na 
busca de maximizar seu valor é, normalmente, a deci-
são sobre quais produtos fabricar e/ou quais serviços 
oferecer. A decisão sobre como financiar investimentos 
(por exemplo, em fábricas e equipamentos), a chamada 
decisão de estrutura de capital, é frequentemente vista 
como menos importante, até secundária.”
Capital Structure. In: Chartered Financial Analyst Insti-
tute. Disponível em: 
https://www.cfainstitute.org/en/membership/pro-
fessional-development/refresher-readings/2020/
capital-structure
O balanço patrimonial é o demonstrativo financeiro 
que informa a origem e a aplicação de recursos da 
empresa. O lado do passivo e patrimônio líquido 
indicam a origem dos recursos, enquanto o ativo se 
refere às aplicações. Assim, você pode identificar a 
estrutura de capital (dívida e patrimônio) por meio 
do balanço. É importante saber identificar que, no 
Passivo Circulante, você encontrará a origem de 
recursos operacionais (capital de giro) financiados 
por terceiros. No Passivo Não Circulante você 
identificará as dívidas de longo prazo que fazem 
parte da origem de recursos para imóveis e equi-
pamentos por meio de empréstimos. Por fim, no 
Patrimônio Líquido, você será capaz de identificar 
SAIBA MAIS
12
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/capital-structure
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/capital-structure
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/2020/capital-structure
os recursos próprios (originados por meio dos 
proprietários da empresa).
A análise realizada na estrutura de capital é relativa 
à parte da origem dos recursos que são de terceiros 
em relação à parte dos recursos que têm origem nos 
proprietários ou sócios da empresa. Essa relação é 
dada por Passivo dividido pelo Patrimônio Líquido, 
ou seja, ( P / PL ). A relação Passivo / Patrimônio 
Líquido revela o quanto da origem dos recursos é 
financiada por terceiros. Observe:
Passivo = $ 600�000
Patrimônio Líquido = $ 400�000
Passivo / Patrimônio Líquido = 600�000 / 400�000 = 1,5
Interpretação: para cada $ 1 investido pelos proprie-
tários da empresa $ 1,5 foram adicionalmente obtidos 
por empréstimo�
Quanto maior for esse número, maior é a partici-
pação de dívida e mais arriscada a empresa se 
torna. Por outro lado, a fonte de financiamento de 
terceiros é uma importante estratégia para acelerar 
o crescimento da empresa. Ainda, as dívidas tam-
bém se traduzem em vantagens fiscais porque são 
deduzidas de imposto. Os juros pagos provenientes 
de dívidas reduzem o imposto de renda a pagar.
Por exemplo, considere uma empresa que apre-
senta lucro $ 100.000 e paga 40% de imposto 
13
sobre o lucro. Essa empresa pagaria $ 40.000 de 
impostos. Agora, considere que essa empresa fez 
empréstimos e paga $ 10.000 de juros. Seu lucro 
passa a ser de $ 90.000 e seus impostos são re-
duzidos para $ 36.000. Essa redução precisa ser 
considerada para os cálculos de custo de capital 
que você estudará na próxima seção.
O capital de dívida apresenta diversos tipos. Ob-
serve alguns exemplos:
 y Debêntures de longo prazo: empresas listadas 
em bolsa podem emitir debêntures e conseguir 
empréstimos a taxas menores e maiores prazos 
que normalmente os bancos oferecem.
 y Financiamento de investimentos (longo prazo e 
capital de giro): no Brasil, o BNDES (Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e Social) oferece 
créditos específicos para fomento de negócios 
com taxas competitivas e prazos de carência para 
pagamento, no caso de empréstimo de longo prazo.
 y Fornecedores: o prazo para pagamento de 
fornecedores é uma forma de financiamento do 
capital de giro, pois a empresa pode obter benefício 
de receber do cliente e pagar o fornecedor depois.
 y Crédito bancário: os bancos múltiplos oferecem 
uma diversidade de crédito para o curto prazo e 
linhas de financiamento no longo prazo. Eles tam-
bém podem atuar como representantes do BNDES.
14
O patrimônio líquido é geralmente mais caro para 
a empresa, pois os proprietários tendem a exigir 
um retorno maior que os credores. A diferença é a 
não exigência legal de reembolso das expectativas 
de retorno dossócios. Já as dívidas do passivo 
são exigíveis legalmente. Taxas de juros baixas 
favorecem pedir empréstimos. Já o aumento das 
taxas de juros inibe os sócios de realizarem muitos 
empréstimos.
Normalmente, a origem de recursos próprios pode 
ser identificada no Patrimônio Líquido nestas duas 
categorias:
 y Capital social: o valor integralizado pelos sócios 
na origem do empreendimento.
 y Lucros retidos: valores de resultado das opera-
ções que permanecem na empresa para financiar 
sua expansão. 
Acesse o Podcast 2 em módulos
De fato, há vantagens e desvantagens em cada 
uma das categorias de origem de recursos para 
empresas que formam a estrutura do capital. Isso 
se aplica para qualquer tamanho de empresa. O 
importante é buscar o equilíbrio entre capital pró-
prio e capital de terceiros de forma a balancear 
risco com retorno (rentabilidade) do negócio. A 
questão é tomar decisões de financiamentos e 
15
empréstimos que ajudem no crescimento sem 
colocar em risco os negócios.
Otimizar a estrutura de capital da empresa significa 
buscar alcançar dois objetivos: maximizar o valor 
de mercado da empresa e minimizar o custo do 
seu capital.
Como você observou acima, financiar a dívida 
pode ser benéfico porque é um menor custo para 
empresa (os proprietários tendem a pedir maior 
retorno que os credores) e reduz imposto a pagar. 
Portanto, é preciso encontrar um equilíbrio entre os 
benefícios da dívida e os riscos que ela acarreta. O 
aumento de risco, por sua vez, deriva em maiores 
custos no capital próprio, pois os investidores irão 
pedir maior retorno mediante maior risco.
Reflita sobre este comparativo do artigo What is Capital 
Structure?
Prós e contras do patrimônio:
- Nenhum pagamento de juros
- Nenhum pagamento fixo obrigatório (os dividendos 
são discricionários)
- Sem datas de vencimento (sem reembolso de capital)
- Possui propriedade e controle sobre os negócios
REFLITA
16
- Tem direito a voto (normalmente)
- Tem um alto custo implícito de capital
- Espera uma alta taxa de retorno (dividendos e valori-
zação do capital)
- Última reivindicação sobre os ativos da empresa em 
caso de liquidação
- Oferece flexibilidade operacional máxima
Prós e contras da dívida:
- Tem pagamentos de juros (normalmente)
- Tem um cronograma de pagamento fixo
- Primeira reivindicação sobre os ativos da empresa em 
caso de liquidação
- Requer convênios e métricas de desempenho financeiro 
que devem ser atendidas
- Contém restrições à flexibilidade operacional
- Tem um custo menor que o patrimônio líquido
- Espera uma taxa de retorno menor do que o patrimônio 
líquido
Disponível em:
https://corporatefinanceinstitute.com/resources/
knowledge/finance/capital-structure-overview
Minimizar o custo de capital significa viabilizar 
mais investimentos para empresa e reduzir a 
exigência de retorno sobre esse capital. Quanto 
menor o custo de capital, mais valor a empresa 
17
https://corporatefinanceinstitute.com/resources/knowledge/finance/capital-structure-overview/
https://corporatefinanceinstitute.com/resources/knowledge/finance/capital-structure-overview/
tende a criar para seus proprietários e, portanto, 
há uma maximização da riqueza.
Como pode ser complexo identificar a estrutura 
de capital ideal e praticamente impossível deter-
minar uma estrutura de capital perfeita, gerentes 
e analistas financeiros geralmente tentam estabe-
lecer objetivos mais flexíveis. Na verdade, a maior 
dificuldade é estabelecer projeções sobre como 
o mercado (investidores e credores) irá reagir às 
decisões de financiamento que os gerentes finan-
ceiros executam.
Uma empresa que apresente boas oportunidades 
de negócios futuros deve tentar aumentar a parti-
cipação do capital de dívida em vez de patrimônio, 
isso significa que atores externos à organização 
estão dispostos a financiar seus projetos, portanto, 
assume-se que sejam bons projetos. Essas sina-
lizações de dívidas são, muitas vezes, positivas 
e atuam como indicadores de que a empresa 
apresenta boas projeções de futuro. Todavia, um 
balanço forte pode ser definido por níveis de dívida 
baixos e níveis de patrimônio alto. 
A relação dívida / patrimônio é geralmente ana-
lisada por meio de comparação com o setor. A 
referência é sempre setorial porque assume-se que 
as empresas tendem a trabalhar em uma estrutu-
ra de capital ideal. Consequentemente, gestores 
18
financeiros buscam operar a estrutura de capital 
na média do setor e não se afastar dela.
Os bancos também operam como referência e 
realizam análises setoriais para determinar o perfil 
de crédito das empresas de acordo com a relação 
dívida / patrimônio. Mas, infelizmente, não há 
uma fórmula mágica dessa relação entre dívida e 
patrimônio. É extremamente ousado estabelecer 
uma orientação determinística para as empresas 
alcançarem uma estrutura de capital perfeita. O 
importante é manter a estrutura de capital para-
metrizada pelo setor e considerar o tipo de linha 
de negócios e o ciclo de vida da empresa (está-
gio inicial até uma empresa madura). O contexto 
externo também é influenciador. Oportunidades e 
ameaças no ambiente, regulação e taxas de juros 
do país são alguns desses fatores.
O especialista Paulo Sérgio Dortas, no artigo “Es-
trutura ótima de capital: como chegar lá?”, explica 
quanto se pode tomar de dívida com bancos para 
ajudar a empresa a crescer, mas sem comprometer 
a operação; e destaca os seguintes fatores:
 y Nível de maturidade: empresas em fase inicial 
de operação, startup’s, tendem a se financiar com 
recursos do próprio empreendedor, já que, nessa 
fase, o principal foco é a sobrevivência do negó-
cio, não havendo como oferecer garantias para o 
pagamento dos juros e, principal, de uma eventual 
19
dívida. Empresas com um nível maior de maturi-
dade tendem a ter um acesso maior ao capital de 
terceiros, já que há um histórico a ser apresentado, 
servindo de base, inclusive, para a determinação de 
um fluxo de caixa para pagamento da dívida. Ainda 
nessa fase, empresas que possuem um Plano de 
Negócios focado na expansão das atividades podem 
ainda atrair terceiros interessados em participar 
dessa expansão e consequentes riscos. Fundos de 
Private Equity ou mesmo operações no mercado 
de capitais, abertura de capital ou emissão de de-
bêntures, aparecem como fortes candidatos para 
financiar Planos de Negócios bem estruturados.
 y Ramo de atuação: empreendimentos focados 
em negócios de risco internet, por exemplo, tendem 
a ter um custo de captação maior do que aqueles 
focados em setores menos arriscados e já con-
solidados, como serviços e produtos fortemente 
demandados.
 y Rentabilidade: empresas que tem elevado nível 
de rentabilidade sobre o capital investido geralmente 
são mais bem vistas pelos agentes financiadores 
do que aquelas que apresentam baixo retorno. Para 
a correta avaliação da rentabilidade da empresa 
deve-se levar em consideração vários aspectos, 
dentre eles o EBITDA gerado. O termo EBITDA 
representa a rentabilidade, lucro líquido, ajustado 
pelo imposto de renda e contribuição social e pela 
depreciação e amortização.
20
CÁLCULO DO CUSTO DE 
CAPITAL
O cálculo do custo de capital de uma empresa é 
realizado por meio do Custo Médio Ponderado de 
Capital (CMPC) ou, em inglês, Weighted Average 
Cost of Capital (WACC). É importante que você sai-
ba o termo em inglês, pois é comumente utilizado 
na prática profissional. O processo é simples, mas 
envolve algumas etapas que requerem atenção. As 
categorias de origem de recursos (próprios – PL e 
terceiros – Passivo) da empresa são ponderadas. 
Portanto, o WACC considera a média ponderada 
entre o capital próprio e o capital da dívida. É preciso 
identificar os elementos do Balanço Patrimonial 
que representam a dívida e o patrimônio, ou seja, 
para uma empresa sociedade anônima com oferta 
pública de ações é necessário analisar o valor em 
ações ordinárias, ações preferenciais, debêntures 
e outros títulos de dívida.
Observe que o WACC éum elemento estratégico 
de decisão sobre a origem dos recursos a serem 
aplicados na empresa. Essa estratégia significa 
decidir sobre a combinação de recursos próprios 
e de terceiros. Também é importante notar que 
empresas mais recentes apresentam dificuldade 
de estabelecer garantias para obter financiamen-
to e tendem a precisar utilizar, majoritariamente, 
21
recursos próprios. Essas empresas tendem tam-
bém a ter um custo de capital total mais alto que 
empresas tradicionais porque apresentam maior 
risco por não apresentar um histórico mais sólido.
Para calcular o WACC inicie pelo cálculo do custo 
da dívida para a empresa. Considere o total dos 
valores emprestados pela empresa. Em seguida, 
agregue e examine todas as taxas de juros que a 
empresa paga no momento. Por exemplo, é comum 
empresas operarem com linhas de crédito. Consi-
dere que, na média, determinada empresa opere 
linhas de crédito a 40% ao ano. Os empréstimos a 
longo prazo efetuados por esta mesma empresa 
são realizados a uma taxa de 12% ao ano e títulos 
(debêntures) são emitidos com taxa de 8% ao ano. 
É preciso observar, também, que as dívidas são 
deduzíveis de impostos porque o IR (Imposto de 
Renda e afins) é calculado após o pagamento de 
juros. Portanto:
Custo da dívida = custo médio de juros da dívida x (1 
– taxa de imposto)
No exemplo acima, calcule: (40% + 12% + 8%) / 3 
= 20%. Então, multiplique 20% x (1 – 30%) = 14%. 
Trinta por cento é o valor hipotético para o IR pago 
pela empresa.
O custo da dívida calculado nesse método é, por-
tanto, simplesmente a média aritmética das taxas 
22
de financiamento pagas pela empresa. Por ser 
deduzida de impostos, o componente (1 – IR%) 
retira a taxa do imposto no cálculo.
Esse processo é direto e pode ser utilizado para 
determinar o custo médio da dívida de um projeto 
de investimento de forma antecipada, ou seja, sem 
saber de forma prévia qual será a proporção de cada 
recurso (próprio ou terceiro e que tipo de dívida).
O que é uma linha de crédito?
A linha de crédito é um produto disponível no sistema 
financeiro que difere do empréstimo comum. Ela fun-
ciona como um crédito pré-aprovado. Por exemplo, se 
a empresa obtiver uma linha de crédito de $ 50.000 
em determinado banco, isso significa que terá esse 
valor disponível para usar como empréstimo. As taxas 
e os prazos de pagamento são também previamente 
estabelecidos. A vantagem da linha de crédito é que a 
empresa não necessita negociar vários empréstimos 
menores. Ela pode usar ou não sua linha de crédito e 
somente pagará prestações sobre o valor que, efetiva-
mente, utilizar.
Outra maneira de calcular o custo da dívida é por 
meio exclusivamente dos demonstrativos finan-
FIQUE ATENTO
23
ceiros (Demonstração do Resultado do Exercício e 
Balanço Patrimonial) é realizado da seguinte forma:
Custo da dívida = $ despesa com juros / $ dívida total
Você encontrará o item despesas com juros no 
DRE e a dívida total somando Passivo Circulante e 
Passivo Não Circulante (BP – balanço patrimonial). 
Esse processo é útil para considerar o histórico de 
origem de recursos de forma ponderada e para 
analistas externos à empresa efetuarem o cálculo 
do custo da dívida.
Considere este exemplo:
Despesas com juros (DRE) = 5.000,00
Passivo Circulante (BP) = 10.000,00
Passivo Não Circulante = 15.000,00
Custo da dívida = 5.000 / (10.000 + 15.000) = 0,25 = 25%
Considere, agora, o cálculo do custo de capital do 
Patrimônio Líquido. A taxa de retorno demandada 
por investidores no Patrimônio Líquido não é esta-
belecida de forma direta e clara, como as taxas de 
empréstimos. O método de definição do custo e 
capital de recursos próprios é definido pelo CAPM 
(Capital Asset Pricing Model). O CAPM é um modelo 
de precificação de ativos de capital.
A fórmula do CAPM é apresentada abaixo:
Custo do capital próprio = Rf + B (Rm – Rf)
24
Onde:
Rf = taxa de retorno livre de risco (risk free rate of 
return)
Rm = taxa de retorno do mercado (market rate of 
return)
B = beta (estimativa de risco)
Conforme indicado acima, o beta é uma medida de 
risco. Essa medida é obtida por meio da relação 
estatística da variação dos preços das ações de 
uma dada empresa listada em bolsa de valores 
com o mercado, como um todo, representada pelo 
índice do mercado. No caso do Brasil, o indicador 
para o mercado é o Índice Bovespa. O beta médio 
do setor das empresas listadas em bolsa é utilizado 
como referência e determina o beta das empresas 
do mesmo setor que não estão presentes na bolsa 
de valores.
“Beta mede a volatilidade das ações da empresa em 
comparação com o mercado. Quanto maior o beta, mais 
arriscada é a ação. Se uma ação subir e cair próximo 
à mesma taxa que o mercado, o beta será próximo de 
1. Se tende a subir e cair mais do que o mercado, pode 
ter um beta mais próximo de 1,5. E, se não flutuar tanto 
quanto o mercado, pode estar mais perto de 0,75.”
SAIBA MAIS
25
Finding the cost of Equity, In: Investopedia. Disponível em: 
https://www.investopedia.com/terms/c/costofcapital.asp
A taxa de retorno do mercado (Rm) é obtida pelo 
retorno médio do mercado em um período igual 
ao projeto de investimento. Assim, se o projeto de 
investimento contempla um horizonte de tempo 
futuro de cinco anos, o retorno esperado deve ser 
obtido pela média de variação do índice de mer-
cado no mesmo período. Por exemplo, considere 
hipoteticamente que o Índice Bovespa variou, em 
média, 15% ao ano nos últimos cinco anos. Você 
aplicará essa taxa de retorno como a taxa Rm para 
o modelo CAPM.
A taxa livre de risco (Rf) apresenta como parâmetro 
investimento com risco próximo de zero. No Brasil, 
as referências usadas são a taxa SELIC, o CDI e 
o tesouro direto. Há debate sobre qual indicador 
é o melhor a ser usado. Evidências de pesquisa 
recente indicam que o CDI pode ser o indicador 
de melhor aderência para a taxa Rf.
Agora, considere este exemplo: suponha que o 
beta da empresa seja 1,5, ou seja, é uma empresa 
considerada de alto risco. A taxa livre de risco é 
5% ao ano e o retorno médio do mercado é de 15% 
ao ano. O custo do capital próprio pelo método 
CAPM seria:
26
https://www.investopedia.com/terms/c/costofcapital.asp
Custo do capital próprio = 5% + 1,5 (15% – 5%) = 20%
Seguindo o exemplo, suponha, agora, uma empresa 
com beta de 0,75, ou seja, considerada de baixo 
risco. As outras variáveis permanecendo constan-
tes, resultam no seguinte custo de capital:
Custo do capital próprio = 5% + 0,75 (15% – 5%) = 12,5%
Observe que a diferença de nível de risco (volati-
lidade) representa grande diferença no custo de 
capital. Em outras palavras, o maior risco determina 
maior demanda por retorno.
Vamos supor que o beta da empresa seja 1, que 
use 2% para a taxa livre de risco e 11% para a taxa 
de mercado, então, você obterá o seguinte cálculo:
2% + 1 (11% – 2%) = 11%
Observe o quão importante o beta pode ser. Por 
exemplo, se o beta da empresa fosse 2 em vez de 
1, o custo se o patrimônio fosse de 20% em vez 
de 11%. Isso é bastante diferente.
Agora, o próximo passo é tomar suas duas por-
centagens – o custo da dívida (4,3% no exemplo 
acima) e o custo do patrimônio (11%) – e ponde-
rá-las de acordo com o percentual da dívida e do 
patrimônio que a empresa usa para financiar seus 
investimentos e operações. Vamos supor que a 
empresa use 30% da dívida e 70% do patrimônio 
27
para administrar seus negócios. Então, você faz 
o seguinte cálculo final:
(0,3 x 4,3%) + (0,7 x 11%) = 8,99%
Esse é o WACC da empresa.
Lembre-se de que para calcular o WACC é preciso 
estabelecer o custo do Patrimônio Líquido e o custo 
do Passivo, pois eles formam a estrutura de capital 
da empresa. O custo médio ponderado do capital 
(WACC) é um componente fundamental para a 
avaliação de investimentos, que será abordada 
no próximo módulo desta disciplina. Portanto, é 
essencial que você pratique a aprenda a calcular 
o WACC. Observe o exemplo abaixo.
Suponha que determinada empresa precise anga-
riar $100.000 em capital para comprar e operar 
um equipamento necessário para expandir seus 
negócios. A empresa levanta os primeiros $ 60.000 
por meio dos sócios proprietários da empresa. Os 
sócios esperam um retorno de 6% a.a. em seus 
investimentos. Portanto, o custo do patrimônio 
líquido é de 6% a�a. Para levantar os outros $ 40.000 
em capital a empresa recorre a um financiamento 
de longo prazo pela taxa anual de 5%. Portanto, o 
custo da dívida é de 5% a�a� O imposto de renda 
pago pela empresa é 35%.
28
WACC = (($ 60.000 / $ 100.000) * 0,06) + [(($ 40.000 
/ $ 100.000) * 0,05) * (1–0,35))] = 0,049 = 4,9%
O custo médio ponderado de capital (CPMC ou 
WACC) dessa empresa é de 4,9%.
Ou seja, se você já tiver os valores do custo de 
capital próprio e do custo de capital de terceiros, 
a fórmula é bem direta:
WACC = ((valor capital próprio / valor total) * % 
capital próprio) + [((valor capital de terceiros / valor 
total) * % capital de terceiros) * (1 – IR))]
Mas, lembre-se: para obter o custo do capital próprio 
é preciso que você saiba aplicar o modelo CAPM e 
para obter o custo da dívida é preciso consultar as 
várias fontes de financiamento e realizar o cálculo 
da média simples, ou consultar os demonstrativos 
da empresa.
Considere este último exemplo como uma revisão 
geral.
Determinada empresa atua em um setor que o beta 
(B) é de 1,5. A taxa livre de risco (Rf) é de 4% e a 
taxa de retorno do mercado é de 10%. O valor do 
Patrimônio Líquido dessa empresa é de $ 200.000. 
O passivo dessa empresa é composto por dívidas 
de longo prazo ao custo 4% e de curto prazo em 8% 
de taxas anuais de juros. Imposto de renda sobre 
lucro em 40%. O total do passivo é de $ 400.000. 
29
O WACC para um projeto de investimento não 
especificado seria:
Calcular custo da dívida da empresa: (4% + 8%) / 
2 = 6%
Retirar imposto de renda: 6% * (1 – 0,4) = 3,6%
Custo da dívida sem imposto: 3,6%
Calcular custo do capital próprio: 4% + 1,5 * (10% 
– 4%) = 13%
Calcular o WACC: 
Participação da dívida na estrutura de capital:
400.000 / (200.000 + 400.000) = 66,7%
Participação do capital próprio na estrutura de 
capital:
200.000 / (200.000 + 400.000) = 33,3%
WACC = (3,6 * 0,667) + (13 * 0,333) = 2,4 + 4,3 = 6,7% 
O custo médio ponderado de capital (CMPC ou 
WACC) é basicamente uma taxa média de retorno 
que uma empresa deve pagar pelos investimentos 
nela realizados. Para que projetos de investimento 
sejam viáveis eles devem, pelo menos, cobrir o 
WACC e, assim, a empresa será capaz de remunerar 
as fontes de recursos dos investimentos.
30
Valor é criado quando uma empresa obtém retornos 
para seus sócios e proprietários acima do custo 
médio ponderado de capital, ou seja, o WACC. O 
orçamento de capital tecnicamente correto de 
uma empresa é efetivo quando a empresa esco-
lhe implantar seu capital apenas nos projetos que 
retornam acima do WACC. A escolha de alocar 
recursos em projetos de capital com retorno me-
nor destruirá o valor e não cumprirá o objetivo de 
maximização da riqueza.
31
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O custo de capital é uma ferramenta e um con-
ceito essencial para determinar a maximização 
dos retornos gerados pela empresa. Ele deve ser 
aplicado como uma referência mínima para que 
investimentos sejam realizados e o crescimento 
empresarial aconteça com base na criação de valor. 
Nesse sentido, todo projeto ou negócio deve ser 
analisado e decidido mediante a consideração e 
a aplicação do custo de capital.
Também é de fundamental importância observar 
que há diversas fontes de recursos e que o finan-
ciamento dos negócios se origina nos proprietários 
de empresas e credores que financiam projetos e 
operações com expectativas de remuneração do 
seu capital. Essa prática de obtenção de recur-
sos gera uma estrutura de capital que é objeto 
da gestão financeira na medida em que decisões 
que buscam equilíbrio entre risco e retorno são 
balizadas nessa estrutura.
Neste módulo você também observou que a via-
bilidade financeira dos negócios é fundamenta no 
custo de capital. Aprendeu, portanto, a calcular a 
média ponderada do custo de capital e a defini-la 
como a taxa mínima que deve ser usada para 
referenciar decisões sobre realizar ou não deter-
minados investimentos.
32
• Maximizar do valor da empresa
• Decidir sobre orçamento de capital
• Gerenciar de capital de giro
• Determinar a estrutura de capital
• Avaliar o desempenho financeiro
O custo de capital é uma taxa mínima determinada para classificar a 
viabilidade de projetos de investimento. É uma ferramenta que auxilia no 
alcance dos objetivos empresariais de:
• Dívida – capital de terceiros: Passivo
  Debêntures de longo prazo
  Financiamento de investimentos
  Fornecedores
  Crédito bancário
• Sócios – capital próprio: Patrimônio Líquido
  Capital social
  Lucros retidos
A estrutura de capital é formada por dois tipos de origem de recursos 
para empresa:
• Custo médio da dívida livre dos impostos
• Custo do capital próprio
  Taxa livre de risco
  Taxa de mercado
  Beta (medida de risco)
O cálculo do custo de capital é realizado por meio do método do Custo 
Médio Ponderado do Capital (CMPC) – mais conhecido como WACC 
(Weighted Average Cost Of Capital).
O WACC considera:
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
AVANÇADA
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