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ADMINISTRAÇÃO FINANCERIA Robson Soares Email: adm.robson.soares@gmail.com Instagram: adm.robson.soares WhatsApp: 964 220 954 mailto:adm.robson.soares@gmail.com MINICURRICULO INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS • Basicamente, podem-se entender as finanças como área de conhecimento e subdividi-la em três grandes segmentos: mercado financeiro, finanças corporativas e finanças pessoais, conforme se observa no diagrama: INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS O que são Finanças Corporativas? • Quais investimentos de longo prazo você deve fazer? • Onde você conseguirá o financiamento de longo prazo para pagar o investimento? • Como administrará suas atividades financeiras diárias, tais como cobrança dos clientes e pagamento dos fornecedores? INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS • As novas responsabilidades da administração financeira • A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação (financiamento) e alocação (investimento) de recursos de capital. • Criar valor está geralmente focado no acionista. O conceito resume-se em obter um ganho dos investimentos (alocação de capital) superior ao custo do financiamento. Em outras palavras, uma empresa cria valor quando for capaz de apurar um ganho em seus ativos maior que o custo total de seus passivos e patrimônio líquido. INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS A dinâmica das decisões financeiras Dentro do ambiente empresarial, a administração financeira volta-se basicamente para as seguintes funções: A. planejamento financeiro – o qual procura evidenciar as necessidades de crescimento da empresa, assim como identificar eventuais dificuldades e desajustes futuros. B. controle financeiro – o qual se dedica a acompanhar e avaliar todo o desempenho financeiro da empresa, como custos e despesas, margens de ganhos, volume de vendas, liquidez de caixa, endividamento etc. INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS A dinâmica das decisões financeiras Dentro do ambiente empresarial, a administração financeira volta-se basicamente para as seguintes funções: C. administração de ativos – que deve perseguir a melhor estrutura, em termos de risco e retorno, dos investimentos (ativos) empresariais e proceder a um gerenciamento eficiente de seus valores. D. administração de passivos – que se volta para a aquisição de fundos (financiamentos) e o gerenciamento de sua composição (proporção entre capital próprio e capital de terceiros), procurando definir a estrutura de capital mais adequada em termos de liquidez, redução de seus custos e risco financeiro. INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS • A dinâmica das decisões financeiras As decisões financeiras: • As decisões de investimento têm por objetivo criar valor. Todo investimento mostra-se economicamente atraente quando o seu retorno esperado exceder a taxa de retorno exigida pelos proprietários de capital • As decisões de financiamento, por outro lado, preocupam-se principalmente com a escolha das melhores fontes de financiamento e a melhor proporção a ser mantida entre capital de terceiros (dívidas) e capital próprio. INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS A administração financeira e o objetivo da empresa • No processo de seleção das decisões financeiras, a empresa deve delinear seu objetivo a perseguir, de maneira que essas decisões sejam tomadas segundo critério mais racional. • Fundamentalmente, a administração financeira está voltada para a criação de riqueza, e a orientação básica das decisões financeiras das empresas segue o objetivo principal de maximização da riqueza de seus proprietários. INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS Objetivos da Administração Financeira • Sobreviver • Evitar problemas financeiros e falência • Superar a concorrência • Maximizar os lucros • Minimizar os custos • Manter o crescimento constante do lucro O objetivo da administração financeira é maximizar o valor unitário corrente das ações existentes. EXERCÍCIOS 1. A administração financeira de uma empresa é vital para a sua sobrevivência e sustentabilidade no mercado, sendo importante também para viabilizar a frequente busca pela ampliação de sua competitividade. MARQUE V ou F. ( ) O principal objetivo da administração financeira é captar recursos financeiros no mercado para viabilizar as atividades de compra de suprimentos e equipamentos para a empresa. ( ) O principal objetivo da administração financeira é aumentar o lucro e a rentabilidade da empresa, visto que todas as atividades por ela desenvolvidas envolvem recursos financeiros. ( ) É objetivo da administração financeira equilibrar o volume de recursos financeiros necessários para custear a folha de pagamento e a receita gerada pelo processo produtivo. ( ) Administração Financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. EXERCÍCIOS 2. A administração financeira de uma empresa é vital para a sua sobrevivência e sustentabilidade no mercado, sendo importante também para viabilizar a frequente busca pela ampliação de sua competitividade. O principal objetivo da administração financeira é a) captar recursos financeiros no mercado para viabilizar as atividades de compra de suprimentos e equipamentos para a empresa. b) aumentar o lucro e a rentabilidade da empresa, visto que todas as atividades por ela desenvolvidas envolvem recursos financeiros. c) equilibrar o volume de recursos financeiros necessários para custear a folha de pagamento e a receita gerada pelo processo produtivo. d) estabelecer contato com as instituições financeiras para ampliar o relacionamento com o mercado. e) manter os prazos de pagamento da área de contas a pagar sempre anterior aos prazos dos recebimentos da área de contas a receber. EXERCÍCIOS 3. Dentro do ambiente empresarial, a administração financeira volta-se basicamente para as funções de planejamento e controle financeiro e administração de ativos e passivos. Com base nessas funções, quais são as grandes decisões financeiras tomadas por uma empresa? A. Decisões de planejamento e de administração. B. Decisões de recursos de curto e longo prazos. C. Decisões de ativos e passivos circulantes. D. Decisões de investimentos e de financiamentos. E. Decisões de receitas e gastos operacionais. EXERCÍCIOS 4. Assinale a alternativa que apresenta as funções típicas do gestor financeiro de uma empresa. A. Análise, planejamento e controle financeiro e tomadas de decisões de investimentos e de financiamentos. B. Análise de planejamento para a realização do controle dos gastos estratégicos e operacionais. C. Análise do quantitativo financeiro aplicado nas ações econômicas, sociais e políticas. D. Análise do quadro de remuneração ao pessoal e decisões de alterações dos ganhos. E. Análise, coordenação e determinação dos valores das compras de suprimentos. EXERCÍCIOS 5. O objetivo econômico e financeiro de uma empresa é a maximização de seu valor de mercado. Nesse sentido, é correto afirmar que a empresa alcança esse objetivo A. por meio de recebimentos e pagamentos de suas obrigações em dia. B. por meio de ajustes e adaptações frequentes ao seu mercado. C. por meio de geração contínua de lucro e caixa no longo prazo. D. por meio de planejamento formulado a curto e longo prazo. E. por meio de desenvolvimento permanente de seu pessoal. EXERCÍCIOS 6. A administração financeira está relacionada com as finanças da empresa. Com base no exposto, assinale a alternativa que apresenta a função do planejamento financeiro dentro do ambiente empresarial. A. O planejamento financeiro tem o foco no mercado, identifica os clientes em potencial e, principalmente, deve servir de base para o desenvolvimento de produtos. B. No planejamento financeiro, é possível ao administrador financeiro selecionar, com maior margem de segurança, os ativos mais rentáveise condizentes com os negócios da empresa, de forma a estabelecer uma rentabilidade mais satisfatória sobre os investimentos. C. O planejamento financeiro tem o foco em desenvolver produtos em larga escala que podem ser facilmente encontrados a preços baixos. D. O planejamento financeiro tem o foco em identificar investimentos a curto prazo, gerindo permanentemente o capital de giro. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS Outra fase das decisões de investimento de longo prazo consiste na utilização de métodos de avaliação econômica, com o objetivo de se apurarem os resultados e a atratividade das aplicações de capital. As propostas de investimentos, para serem aceitas, devem oferecer um retorno mínimo definido pela empresa. A abordagem aceitar–rejeitar consiste em selecionar propostas que atendam ao critério mínimo de retorno estabelecido. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS Métodos de análise de investimentos • Os métodos quantitativos de análise econômica de investimentos podem ser classificados em dois grandes grupos: os que não levam em conta o valor do dinheiro no tempo e os que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado. Em razão do maior rigor conceitual e da importância para as decisões de longo prazo, dá-se atenção preferencial para os métodos que compõem o segundo grupo: taxa interna de retorno (IRR) e valor presente líquido (NPV). • O desenvolvimento dos métodos de análise de investimentos a seguir terá como exemplo ilustrativo geral o seguinte fluxo de caixa incremental. ORÇAMENTO DE CAPITAL O processo de orçamento de capital envolve a geração de propostas de investimento a longo prazo; a avaliação, análise e seleção delas; e a implementação e acompanhamento das que foram selecionadas. Orçamento de capital é um processo de análise e seleção apropriada de projetos de investimento a longo prazo. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS Motivos Principais para fazer Dispêndios de Capital a) Expansão – aquisição de novos ativos imobilizados. b) Substituição – substituir ou renovar ativos obsoletos ou gastos. c) Modernização – reconstrução, recondicionamento ou a adaptação de uma máquina ou das instalações existentes. d) Outras finalidades – comprometimento de recursos a longo prazo, na expectativa de um retorno futuro (propaganda, pesquisa e desenvolvimento, serviços de consultoria). AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS Etapas do Processo de Orçamento de Capital 1) Geração de propostas – são feitas por pessoas em todos os níveis da organização; 2) Avaliação e análise – para se assegurar de que as propostas são apropriadas tendo em vista os objetivos e planos globais da empresa e para verificação de sua validade econômica; 3) Implementação – uma vez que aprovada a proposta e os fundos necessários estejam disponíveis, inicia-se a fase de implementação; 4) Acompanhamento – monitoramento dos resultados reais comparando com os valores estimados. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS Os dois tipos mais comuns de projetos são: a) Projetos independentes – aqueles cujos fluxos de caixa não estão relacionados ou independem um do outro; a aceitação de um deles não exclui a consideração posterior dos demais. b) Projetos mutuamente excludentes – aqueles que possuem a mesma função e, conseqüentemente, competem entre si. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO As técnicas de análise de orçamento de capital são utilizadas pelas empresas para a seleção de projetos que irão aumentar a riqueza de seus proprietários. Existem várias técnicas e as preferidas integram conceitos do valor do dinheiro no tempo, considerações de risco e retorno e conceitos de avaliação. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO As três técnicas mais comuns são: • PAY-BACK • VPL • TIR • ÍNDICE CUSTO-BENEFÍCIO • ANUIDADE UNIFORME EQUIVALENTE AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PROPRIEDADES DESEJADAS EM CADA MÉTODO: • Deve considerar fluxos de caixa futuros • Deve descontar os valores futuros por uma taxa apropriada • Deve demonstrar se o projeto maximiza riqueza • Deve atender ao princípio da atividade AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Período de Payback O período de Payback, também conhecido como período de recuperação, é o período de tempo exato necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de caixa. Critério de decisão quando o payback é usado em decisões de aceitar-rejeitar. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Período de Payback AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Valor Presente Líquido (Vpl Ou Npv) Por considerar explicitamente o valor do dinheiro no tempo, o VPL é considerado uma técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital. É obtida subtraindo- se o investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Valor Presente Líquido (Vpl Ou Npv) Critério de decisão - Quando o VPL é usado para tomar decisões do tipo “aceitar- rejeitar”, adota-se o seguinte critério: se o VPL for maior do que zero, aceita-se o projeto; se for menor que zero, rejeita-se. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Valor Presente Líquido (Vpl Ou Npv) Forma de calcular - No exemplo anterior, consideremos que a empresa tem um custo de capital de 10% a.a. Então para o projeto A e B podemos calcular: 42.000 CHS g CFo 45.000 CHS g CFo 14.000 g CFj 28.000 g CFj 5 g Nj 12.000 g CFj 10 i 10.000 g CFj f NPV = 11.071,01 3 g Nj 10 i f NPV = 10.924,40 Análise: os dois projetos são viáveis, porém o melhor é o projeto A que apresenta um maior VPL. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR) Critério de decisão - se a TIR for maior do que o custo de capital, aceita-se o projeto; se for menor, rejeita se. Na comparação entre dois projetos, o melhor será o que proporcionar a maior TIR. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR) Forma de calcular - no cálculo anterior através dos fluxos de caixa só se acrescenta f IRR. Análise - os dois projetos terão TIR acima de 10%, porém o projeto B é preferível ao A, pois tem maior TIR. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Índice de Lucratividade (IL) O índice de lucratividade (IL), ou índice de valor presente, é uma variante do método do NPV; é determinado por meio da divisão do valor presente dos benefícios líquidos de caixa pelo valor presente dos dispêndios (desembolso de capital), ou seja: Indica, em termos de valor presente, quanto o projeto oferece de retorno para cada unidade monetária investida. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Índice de Lucratividade (IL) O resultado sugere que o investimento proporciona um retorno de $ 0,25 para cada $ 1,00 despendido. Em outras palavras, a lucratividade do projeto, expressa em termos de valor presente, é de 25%. O critério de aceitar-rejeitar uma proposta de investimento com base no índice de lucratividade segue o seguinte esquema: ➢ IL> 1: o projeto deve ser aceito (NPV > 0). ➢ IL= 1: indica um NPV = 0; em princípio, o projeto é considerado como atraente, pois remunera o investidor em sua taxa mínima de atratividade. ➢ IL< 1: o projeto apresenta um NPV negativo (destrói valor), devendo, portanto, ser rejeitado. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AUE) • Método que deve ser utilizado quando os projetos têm horizontes diferentes. • Os horizonteseconômicos dos projetos avaliados são igualados conforme os MMCs de seus prazos AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AUE) AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AUE) - Fator de valor presente de séries uniformes AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AUE) Exemplo: A empresa dispõe de R$ 180.000,00 e se apresentam dois equipamentos parecidos para comprar um: Marca A) Exigem um investimento inicial (compra e instalação) de R$ 140.000,00, e proporciona um lucro líquido anual de R$ 50.000,00, durante 7 anos. Marca B) Exigem um investimento inicial (compra e instalação) de R$ 180.000,00, e proporciona um lucro líquido anual de R$ 65.000,00, durante 7 anos. Calcule a melhor alternativa, sob uma TMA da empresa de 30% a.a. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Método da Anuidade Uniforme Equivalente (AUE) AUE Marca A = 37,69 AUE Marca B = 762,75 Resposta: A alternativa B é a recomendada economicamente: dará lucro anual de R$ 762,75 por 7 anos. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE INVESTIMENTOS EXERCÍCIOS 1. Um investidor, ao decidir sobre a realização de um investimento, deve comparar as diferentes possibilidades, para eleger a melhor opção. MARQUE V ou F. ( ) Se, ao se analisar um fluxo de caixa de um projeto de investimento, o valor presente líquido é positivo, isso significa que a taxa interna de retorno do projeto é positiva e maior do que a taxa de juros. ( ) Valor Presente Líquido, Taxa Interna de Retorno e Índice de Lucratividade são métodos de análise de investimentos que consideram o valor do dinheiro no tempo, exceto Período de Payback. ( ) A análise de viabilidade se realiza em diversos campos e deve considerar vários cenários. A informação utilizada na análise de viabilidade financeira, que leva em consideração o valor do dinheiro no tempo e ainda o volume de investimento em valores absolutos, é denominada Valor Presente Líquido. ( )Para que o investimento seja considerado atrativo, segundo os métodos de análise de investimentos A taxa interna de retorno (TIR) deverá ser inferior aos juros pagos pela poupança. ( )Para que o investimento seja considerado atrativo, segundo os métodos de análise de investimentos O payback descontado deve exceder a vida útil do investimento. ( )Para que o investimento seja considerado atrativo, segundo os métodos de análise de investimentos O valor presente líquido deverá ser superior a zero. 2. Considere hipoteticamente que determinado projeto exige investimento inicial de R$ 300.000 e prevê fluxo de caixa, para um período de quatro anos, de R$ 80.000; R$ 100.000; R$ 150.000; e, R$ 200.000, respectivamente. Com base nesse caso e considerando que a taxa interna de retorno do investimento (TIR) é 22,9%, e que, a uma taxa de desconto (TD) de 20%, o valor presente líquido (VPL) é R$ 19.367,28, é correto afirmar que, para I. qualquer TD < 20%, o VPL é positivo. II. qualquer TD > 20%, o VPL é negativo. III. TD > TIR, o VPL é positivo. As afirmações I, II e III são, respectivamente: A. V,V,V. B. F,F,F. C. V,F,V. D. F,V,F. E. V,F,F. 3. Gestores costumam utilizar mais de uma técnica para realizar a avaliação econômico-financeira de projetos de investimento. As técnicas conhecidas como Taxa Interna de Retorno - TIR e Valor Presente Líquido – VPL são duas das principais utilizadas atualmente. Nesse tipo de avaliação, é correto afirmar que a técnica do(a): I. TIR poderá conflitar com a técnica do VPL II. VPL é suficiente na análise de projetos com prazos diferentes; III. VPL sempre considerará a depreciação contábil. É correto o que se afirma em: A. I e II, apenas. B. I e III, apenas. C. II e III, apenas. D. Apenas uma. E. Todas estão corretas. F. Todas estão incorretas. 4. A orçamentação de projetos de capital sob o ponto de vista do empreendedor, precisa considerar que um orçamento ou uma estimativa de investimentos não deve se limitar a prover única e exclusivamente o valor a ser investido, mas também deve proporcionar elementos que auxiliem o investidor a avaliar o grau das possíveis variações da estimativa efetuada e dos riscos associados. Assim, considerando as diferentes técnicas que podem ser utilizadas para se analisar financeiramente um orçamento de capital (análise de investimento), assinale a alternativa correta: A. Se a taxa interna de retorno calculada for maior que o custo de capital, o projeto de investimento pode ser aceito. B. Se o período de payback calculado for menor que o período máximo aceitável, o projeto de investimento deve ser rejeitado. C. O valor presente líquido é uma técnica de análise de orçamentos de capital que não considera o valor do dinheiro no tempo. D. A taxa interna de retorno é a taxa de desconto a qual o valor presente das entradas de caixa excede o valor do investimento inicial. E. Se o resultado do cálculo do valor presente líquido for menor que zero, a empresa obterá um retorno maior que seu custo de capital. 5. Suponha que a Tudo Azul S.A. esteja analisando a viabilidade econômico-financeira de um projeto em que o Payback Meta é quatro anos, ou seja, o período máximo para recuperar o investimento inicial é de, no máximo, quatro anos. Após estimar os custos, receitas e fluxos de caixa (lucro líquido), os resultados calculados para o Payback foram: I. Método Exato: 3 anos e 6 meses. II. Método Médio: 4 anos. III. Método Descontado: 6 anos. Considerando o valor do dinheiro no tempo, o Conselho de Administração da Tudo Azul S.A. pode executar esse projeto? Assinale a alternativa correta: A. Sim, pois, no método exato, em menos de quatro anos o investimento inicial será recuperado. B. Sim, pois, em pelo menos dois dos métodos apresentados, o investimento inicial será recuperado na meta estabelecida. C. Sim, pois indiferente dos resultados de payback, outros indicadores da orçamentação de capital indicam a viabilidade do projeto. D. Depende se a conjuntura macroeconômica for favorável, bem como o desempenho das economias centrais, em termos de crescimento econômico. E. Não, pois, dos métodos apresentados, apenas o payback descontado considera o valor do dinheiro no tempo e, dessa forma, o investimento inicial seria recuperado dois anos após a meta estabelecida. 6. Uma empresa investiu R$ 110.000,00 em um projeto. O projeto dará um retorno de R$ 121.000,00 em exatos dois anos. O VPL que a empresa receberá, considerando uma taxa de retorno igual a 10% ao ano, será de aproximadamente A. R$ 110.000,00. B. R$ 100.000,00. C. R$ 4.054,00 D. – R$ 21.000,00. E. - R$ 10.000,00. 7. Com uma aplicação inicial de R$ 20.000,00, um determinado projeto de investimento gerará fluxos de caixa líquidos de R$ 4.000,00, R$ 6.000,00, R$ 8.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 12.000,00, respectivamente, nos próximos cinco anos. Com base nessas informações, e admitindo uma taxa de retorno requerida de 15%, o valor presente líquido (VPL) do projeto é: A. R$ 13.200,00 B. R$ 4.958,91 C. R$ 3.606,68 D. R$ 3.408,26 8. Uma empresa transportadora está avaliando a aquisição de mais um caminhão no valor de R$ 150.000,00 para sua frota. Com base nas estimativas, a utilização desse novo veículo gerará, nos próximos quatro anos, fluxos de caixa anuais de R$ 22.000,00, R$ 60.500,00, R$ 66.550,00 e R$ 37.205,00. Ao final do quarto ano, espera-se, com a venda do veículo, obter um acréscimo de R$ 36.000,00 no respectivo fluxo de caixa. Considerando que a transportadora trabalha com uma taxa de retorno de 12% a.a., o Valor Presente Líquido (VPL) desse investimento, em R$, é de: A. 5.600,23. B. 9.000,08. C. 11.765,16. D. 20.000,00. E. 31.200,74. 9. Com uma aplicação inicial de R$ 20.000,00, um determinado projeto de investimento gerará fluxos de caixa líquidos de R$ 4.000,00, R$ 6.000,00, R$ 8.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 12.000,00, respectivamente, nos próximos cinco anos. Com base nessas informações, e admitindouma taxa de retorno requerida de 20%, o valor presente líquido (VPL) do projeto é: A. R$ 5.656,96 B. R$ 4.958,91 C. R$ 3.958,91 D. R$ 1.774,69 10. Com uma aplicação inicial de R$ 20.000,00, um determinado projeto de investimento gerará fluxos de caixa líquidos de R$ 4.000,00, R$ 6.000,00, R$ 8.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 12.000,00, respectivamente, nos próximos cinco anos. Com base nessas informações, e admitindo uma taxa de retorno requerida de 20%, a taxa interna de retorno (TIR) do projeto é: A. 20,43% B. 21,34% C. 23,29% D. 24,58% E. 27,44% DECISÕES DE INVESTIMENTOS As decisões de investimento envolvem a elaboração, avaliação e seleção de propostas de aplicações de capital efetuadas com o objetivo, normalmente de médio e longo prazos, de produzir determinado retorno aos proprietários de ativos. Podem ser identificadas várias decisões empresariais que se incorporam a um processo de investimento de capital, podendo-se citar, entre outras, as decisões de substituição de ativos, de ampliação da capacidade produtiva, de lançamento de novos produtos etc. DECISÕES DE INVESTIMENTOS IMPORTANTE ♦ uma decisão de investimento é tomada segundo um critério racional. Envolve mensurar os resultados de caixa derivados das propostas de investimentos e avaliar sua atratividade econômica pela comparação com o custo do dinheiro. Uma proposta de investimento apresenta-se atraente quando seu retorno for superior às taxas de remuneração requeridas pelos proprietários de capital. DECISÕES DE INVESTIMENTOS Basicamente, um processo de avaliação e seleção de alternativas de investimento de capital envolve os seguintes aspectos básicos de estudo: • dimensionamento dos resultados (fluxos) de caixa de cada proposta de investimento gerada; • avaliação econômica dos fluxos de caixa com base na aplicação de técnicas de análise de investimentos; • definição da taxa de retorno exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas) e sua aplicação para o critério de aceitação de projetos de investimento; • introdução do risco no processo de avaliação de investimentos. DECISÕES DE INVESTIMENTOS Tipos de investimentos Os principais tipos de investimento com os quais pode defrontar-se uma empresa são classificados da seguinte forma: A. Investimentos economicamente independentes – Dois ou mais projetos de investimentos se dizem independentes quando a aceitação de um deles não implicar a desconsideração dos demais e, ao mesmo tempo, não ocorrerem interferências nas receitas e nos custos das várias propostas em estudo quando se decidir por uma delas. DECISÕES DE INVESTIMENTOS B. Investimentos com restrição orçamentária – Muitas vezes, duas ou mais propostas de investimento independentes não podem ser simultaneamente implementadas por causa de condições de restrição orçamentária impostas pela empresa. Não há recursos alocados para garantir a aceitação de todas as propostas de investimentos. C. Investimentos economicamente dependentes D. Investimentos mutuamente excludentes – Investimentos mutuamente excludentes ocorrem quando a aceitação de uma proposta elimina totalmente a possibilidade de implementar outra. Essa exclusão mútua é verificada basicamente em razão de as propostas em estudo desenvolverem a mesma função, sendo suficiente, para os objetivos da empresa, a aceitação de somente uma delas. DECISÕES DE INVESTIMENTOS Relevância dos fluxos de caixa nas decisões de investimentos Os investimentos são avaliados com base em sua capacidade de gerarem resultados de caixa no futuro. A aceitação de uma proposta de investimento promove alterações nos fluxos de caixa esperados da empresa, podendo realizar criação ou destruição de valor. Os fluxos de caixa devem ser estimados, constituindo-se nas informações básicas da avaliação econômica de investimentos. • O fluxo de caixa é mensurado de acordo com as efetivas movimentações de todas as entradas e saídas de fundos da empresa, devendo, para análise de investimentos, serem dimensionadas todas as movimentações operacionais efetivas de caixa – até mesmo o Imposto de Renda – associadas a cada alternativa de investimento em consideração. DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS DECISÕES DE INVESTIMENTOS EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS Construa o fluxo de caixa e apure a viabilidade de um projeto com os seguintes dados (considere K=30%): • Horizonte de planejamento: 5 anos • Receitas brutas: $2.500 (lançar 2.500 no por ano) • Custos de produção: $500 (lançar 500 no por ano) • Investimento na data zero de R$ 2.000 (depreciação linear), com R$ 500 de valor residual • IR 50% • Custo do terreno: R$ 500, com expectativa de crescimento de 10% aa. • Gasto com projeto piloto: R$800 (já ocorrido) • Capital de giro: $100 (somente na data zero) • Financiamento de 80% do investimento inicial, tabela price, com 3 pagamentos anuais (taxa 10%aa) EXERCÍCIOS ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO • O risco pode ser entendido pela capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades associadas à ocorrência de determinados resultados ou valores. • A ideia de risco, de forma mais específica, está diretamente associada às probabilidades de ocorrência de determinados resultados em relação a um valor médio esperado. É um conceito voltado para o futuro, que revela uma possibilidade de perda. • O risco é, na maioria das vezes, representado pela medida estatística do desvio- padrão, ou variância, indicando o valor médio esperado e representativo do comportamento observado. ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Medidas estatísticas – médias • A estatística é um método científico que permite aos usuários analisar, interpretar e tomar decisões sob condições de incerteza. • Existem diferenciações nas medidas tomadas na amostra e na população, as quais são descritas a seguir, com suas respectivas nomenclaturas: ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Médias • Existem vários tipos de média: média aritmética simples, média aritmética ponderada, média geométrica e média harmônica. Medidas estatísticas – dispersão e risco Variância e desvio-padrão • O desvio-padrão e a variância são as mais importantes e utilizadas medidas de risco de um ativo. O desvio-padrão pode ser calculado sobre toda a população envolvida, sendo então denotado pela letra grega sigma (σ), ou ainda pode ser calculado segundo os dados de uma amostra (uma parte da população que bem representa a população), e é denotado por S. ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Fundamentos de probabilidade • O conceito básico de probabilidade refere-se à possibilidade (ou chance), expressa normalmente em porcentagem, de ocorrer determinado evento. Por exemplo, ao assumir uma probabilidade de 70% de que ocorra um fluxo de caixa de $ 800 em determinado período de um projeto, está-se, na verdade, introduzindo um risco de 30% de que tal não se verifique (1 – 0,70), dada sua chance conhecida de 70%. ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Taxa de desconto NPV Probabilidade de Ocorrência 8% $ 789,86 25% 10% $ 705,76 50% 12% $ 627,67 25% ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Covariância (COV) • As medidas estatísticas que procuram relacionar duas variáveis com o objetivo de identificar o comportamento das mesmas são a covariância e a correlação. • A covariância, assim como a medida da correlação, visa identificar como determinados valores covariam ou se correlacionam entre si. Em outras palavras, medem como duas variáveis, x e Y, movimentam-se ao mesmo tempo em relação a seus valores médios. ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Covariância (COV) • Se dois ativos apresentam covariâncias positivas (COV > 0), admite-se que as taxas de retorno esperadas apresentam comportamento de mesma tendência, indicando que o desempenho de umativo acompanha o do outro. A valorização de um ativo reflete tendência de valorização em outro, e vice-versa. Nesse caso, diz-se que os ativos são positivamente relacionados. • A covariância é negativa (COV < 0) quando dois ativos apresentam relações inversas. Nessa situação, o retorno de um ativo tende a assumir o comportamento inverso do outro. Por exemplo, o retorno esperado do índice da bolsa de valores de São Paulo (Ibovespa) reduz-se diante de uma alta no valor do câmbio. • Evidentemente, não se verificando associação alguma entre dois ativos, a covariância é nula (COV = 0). ENTENDENDO AS ESTATÍSTICAS DE RISCO Coeficiente de correlação • A correlação visa explicar o grau de relacionamento verificado no comportamento de duas ou mais variáveis. Quando se trata unicamente de duas variáveis, tem-se a correlação simples. • A medida do grau de relacionamento entre as variáveis dispostas por meio de valores de X e Y em torno de uma reta é feita pelo coeficiente de correlação. O coeficiente de correlação varia entre – 1 e + 1. O coeficiente de correlação pode ser calculado para valores amostrais e para valores populacionais, dependendo da origem dos dados, se são amostrais ou populacionais. EXERCÍCIOS CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR • O custo total de capital está associado à taxa de retorno exigida de um investimento. Ao tomar uma decisão de investimento, a empresa deve recorrer ao mercado de capitais para buscar financiamento. O retorno exigido pelos proprietários desses recursos (credores e acionistas) é a base de estimar o custo de capital. • O custo total de capital de uma empresa (WACC) é normalmente obtido através do cálculo da média ponderada do custo de cada fonte (própria e de terceiros) de financiamento. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR • Ao avaliar um investimento, uma empresa deve estimar os fluxos de caixa futuros associados à decisão e apurar sua taxa interna de retorno (IRR) ou calcular seu valor presente líquido (NPV), para decidir sobre a aceitação ou rejeição do projeto. Para qualquer método de decisão escolhido, deve a empresa ainda definir uma remuneração mínima sobre o capital investido. Essa taxa de retorno exigida é o que se denomina de custo de capital. • O custo de capital é formado a partir das informações sobre as expectativas mínimas de retorno exigidas pelas fontes de financiamento (credores e acionistas). • O custo de capital é essencialmente formado por uma taxa livre de risco mais um prêmio associado ao projeto em avaliação. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Custo de capital de terceiros O custo de capital de terceiros é a remuneração exigida pelos credores de dívidas da empresa. É o custo hoje, geralmente líquido do IR, para se levantarem recursos de empréstimos e financiamentos no mercado. • O custo de capital de terceiros é definido de acordo com os passivos onerosos identificados nos empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa. Esse custo de terceiros é representado por Ki e, diante da dedutibilidade fiscal permitida aos encargos financeiros, pode também ser apurado após a respectiva provisão para Imposto de Renda, reduzindo seu custo final. A expressão de cálculo apresenta-se: Ki (após IR) = Ki (antes IR) × (1 – IR) CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Custo de capital de terceiros EXEMPLO: Uma determinada empresa contratou, no início de 2011, dois empréstimos: um no valor de R$ 4 milhões à taxa de juros de 16%a.a. e outro no valor de R$ 5 milhões à taxa de 17%a.a. Ambos com vencimento em dois anos. Os empréstimos serviram para construção de um empreendimento imobiliário, que consumiu, ainda, R$ 3 milhões de recursos próprios. Qual o valor dos custos dos empréstimos a ser acrescido ao empreendimento no ano de 2011? CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Custo de capital próprio • O custo de capital próprio, representado por Ke, revela o retorno desejado pelos acionistas de uma empresa em suas decisões de aplicação de capital próprio. • O custo do capital próprio é o retorno mínimo que os acionistas exigem de seu capital investido na empresa. Equivale ao rendimento mínimo que a empresa deve obter para remunerar seus acionistas e manter o preço de mercado de suas ações. • Modelo do CAPM para cálculo do custo de capital próprio: um método de mensuração do custo de capital próprio bastante adotado na prática é derivado da aplicação do modelo de precificação de ativos (CAPM). O CAPM considera o risco da empresa na determinação da taxa de retorno mínimo exigido, ou custo de capital. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Custo de capital próprio CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Cálculo do Ke pelo CAPM Por exemplo, para uma empresa que apresenta um beta de 1,2, refletindo um risco acima do risco sistemático do mercado, seus investidores devem exigir, admitindo um RF = 7% e RM = 16%, uma remuneração de: • Ke = 7% + 1,2 ×(16% – 7%) • Ke = 7% + 10,8% • Ke = 17,8% CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Betas para empresas alavancadas (empresas com dívidas) • Ao decidir financiar-se também com dívidas (passivos onerosos), a empresa passa a incorporar um risco adicional, conhecido por risco financeiro, a seus acionistas, os quais passam a demandar um retorno mais elevado como forma de compensar o maior risco assumido. • Dessa forma, ao apurar-se o coeficiente beta de uma empresa, a medida expressa o seu risco total, formado pelo risco do negócio (risco econômico) e pelo risco do endividamento (risco financeiro) mantido na estrutura de capital. β L = βu × [1 + (P/PL) × (1 – IR)] CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR β L = βu × [1 + (P/PL) × (1 – IR)] onde: • βL = coeficiente beta de uma empresa que usa alavancagem financeira. Exprime o risco econômico e o risco financeiro. É a medida de beta total; • βU = coeficiente beta de uma empresa sem dívidas. Exprime somente o risco do negócio; • P = passivos onerosos; • PL = patrimônio líquido (capital próprio); • IR = alíquota de Imposto de Renda. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR EXEMPLO O beta médio total do setor de bebidas no mercado acionário dos EUA foi calculado em 0,89. O endividamento médio desse setor (P/PL) é de 11,48% e a alíquota de Imposto de Renda do setor da empresa foi calculada em 16,73%. Com base nessas informações, é determinado a seguir o indicador do risco do negócio do setor de bebidas (βU). Assim: CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Beta de Projeto com Diferente Alavancagem Considere uma empresa que atua em setor de tecnologia, apresentando risco mais elevado. Possui dívidas de $ 40,0 milhões e Patrimônio Líquido, a preço de mercado, estimado em $ 120,0 milhões. O beta total calculado das ações da empresa é igual a 1,30. A alíquota de IR considerada é de 34%. A taxa livre de risco da economia é de 6,0% e o prêmio pelo risco de mercado, de 10,0%. Pede-se: a)Custo do capital próprio da empresa admitindo que seja financiada exclusivamente por capital próprio. b)A empresa está avaliando um novo investimento de risco econômico bastante similar ao da empresa. No entanto, pretende financiar esse projeto com 55% de dívidas e 45% de recursos próprios. Calcular o custo de capital próprio associado ao novo investimento. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - Weighted Average Cost of Capital (WACC) O custo médio ponderado do capital (CMePC) pode ser definido como a taxa de desconto ou o valor do dinheiro aplicado durante um período de tempo, o qual utiliza-se para encontrar o valor presente de um investimento baseado em fluxos de caixa futuros esperados. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - Weighted Average Cost of Capital (WACC) • Em uma avaliação, o WACC deve ser coerente com todo o processo de avaliação desempenhado e em particular para a abordagem do método de fluxo de caixa livre. Ele deve: - Compreender a média ponderada dos custos de todas as fontes de capital- empréstimo, patrimônio e outros; - Ser calculadoapós os impostos; - Ajustar o risco sistemático apresentado por cada provedor de capital; - Aplicar os pesos de valor de mercado de cada elemento de financiamento; - Estar sujeito a alterações entre períodos de previsão de fluxo de caixa devido à inflação esperada, risco sistemático e estrutura de capital. CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL - Weighted Average Cost of Capital (WACC) A fórmula geral para cálculo do CMePC (WACC)é : Onde: • E corresponde ao valor do capital próprio e • D corresponde ao valor do capital de terceiro • rE é a taxa de custo do capital próprio • rD é a taxa de custo do capital de terceiro • T é a taxa de imposto CUSTO DE CAPITAL E CRIAÇÃO DE VALOR Para ilustrar o cálculo do custo médio ponderado de capital, admita que uma empresa tenha apresentado a seguinte estrutura de capital e seus custos respectivos, conforme levantados de seus relatórios contábeis: Pelos valores apresentados, pode-se mensurar o custo total das fontes de capital da empresa da seguinte forma: WACC = (25% × 0,30) + (20% × 0,50) + (16% × 0,20) WACC = 7,50% + 10,00% + 3,20% WACC = 20,70% a. a. EXERCÍCIOS DESAFIO Dado que: E(R1) = 9,4% E(R2) = 13,4% b1 = 0,8 b2 = 1,3, Encontre Rm e RF EXERCÍCIO O beta das ações comuns de uma empresa é 1,7. A dívida, que atualmente representa 30% do ativo total, passará a representar 40% devido a um financiamento contratado. Calcular o retorno requerido pelos acionistas antes e depois do financiamento. (Dados: Rf = 2%; T = 35%; Rm = 6%) Uma empresa pretende expandir sua produção investindo R$ 3 milhões em novas instalações. Desses R$ 3 milhões, R$ 2 milhões serão recursos próprios levantados por meio de uma emissão de ações e R$ 1 milhão será levantado por meio de um empréstimo a juros de 6,5% aa. Atualmente, em valores de mercado, o capital próprio e a dívida da empresa são, respectivamente, R$ 20 milhões e R$ 15 milhões. Pede-se calcular o CMPC para desconto dos fluxos de caixa do projeto. Considere as seguintes informações adicionais: Kd=6,5%aa; Rf=7%aa; T=30%; βcp=0,5 e Rm =9%aa ESTRUTURA DE CAPITAL • A estrutura de capital de uma empresa refere-se à composição de suas fontes de financiamento, oriundas de capitais de terceiros (exigível) e de capitais próprios (patrimônio líquido). • O estudo de estrutura de capital é fundamental para as decisões financeiras. Na busca do objetivo de maximização da riqueza, a empresa deve selecionar uma composição das fontes de financiamento que promova a minimização do custo médio ponderado de capital (WACC). ESTRUTURA DE CAPITAL • O capital total de uma empresa é decomposto em duas partes: capital próprio e capital de terceiros. • O capital de terceiros inclui todos os fundos levantados pela empresa junto a credores e representados basicamente por empréstimos e financiamentos. A empresa contrata esses empréstimos por um prazo determinado, pagando juros pelo seu uso. • O capital próprio, identificado nos balanços patrimoniais como Patrimônio Líquido, consiste nos recursos investidos pelos acionistas da empresa. Esses fundos não têm prazo de reembolso estabelecido, permanecendo na empresa por tempo indeterminado. ESTRUTURA DE CAPITAL As Teorias da Estrutura de Capital IMPORTANTE ♦ o estudo da estrutura de capital está estreitamente relacionado com o custo de capital total da empresa. O conceito de estrutura ótima de capital vincula-se, por seu lado, à proporção de recursos próprios e de terceiros a ser mantido por uma empresa que leva à maximização da riqueza de seus acionistas. É marcante a existência de divergentes opiniões na teoria de finanças sobre a existência ou não de uma estrutura de capital ótima, ou seja, de certa composição de fontes de financiamento que promove a redução de seu custo total (WACC) ao seu valor mínimo. ESTRUTURA DE CAPITAL Estrutura ótima de capital é a composição das fontes de financiamento, próprias e de terceiros, que minimiza o custo total de capital (WACC), levando à maximização do valor da empresa. Basicamente, podem ser identificadas duas grandes linhas de pensamento: a convencional e a proposta defendida por Modigliani e Miller, conhecida por MM, as quais divergem por aceitar e rejeitar, respectivamente, a possibilidade de existência de uma estrutura ótima de capital. ESTRUTURA DE CAPITAL Teoria convencional • A teoria convencional admite que, mediante uma combinação adequada de suas fontes de financiamento, uma empresa pode definir um valor mínimo para seu custo total de capital. Em outras palavras, é possível uma empresa alcançar estrutura ótima de capital na qual minimizaria seu custo de capital (WACC) e maximizaria a riqueza de seus acionistas. ESTRUTURA DE CAPITAL Teoria de Modigliani – Miller (MM) sem impostos Proposição I • Modigliani e Miller apregoam, de maneira contrária à teoria convencional, que num mundo hipoteticamente sem impostos, o custo total de capital de uma empresa não se altera, mesmo que se verifiquem modificações na composição de sua estrutura de financiamento. Admitem os autores que não existe uma estrutura ótima. WACC e, consequentemente, o valor da empresa, permanecem inalterados qualquer que seja a proporção de recursos de terceiros e próprios mantidos. Proposição II • O custo de capital próprio cresce, de forma linear, diante do maior risco financeiro assumido pelo endividamento crescente. As operações financeiras de captação (empréstimos e financiamentos) e aplicação de recursos são desenvolvidas por instituições e instrumentos financeiros que compõem o Sistema Financeiro Nacional. As operações do Sistema Financeiro Nacional podem ser realizadas por meio de quatro grandes segmentos: A. mercado monetário; B. mercado de crédito; C. mercado cambial; D. mercado de capitais. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Financiamento por recursos próprios O financiamento de uma empresa por meio de recursos próprios pode desenvolver-se pela retenção de seus resultados líquidos (autofinanciamento) e, principalmente, pela integralização de novas ações. O processo de integralização de novas ações, que se desenvolve dentro do segmento acionário do mercado de capitais, obedece a um fluxo sequencial de atividades, o qual é ilustrado na figura a seguir. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Empresa emitente Subscrição de capital representa um compromisso assumido por um investidor de participação na constituição (formação) ou no aumento do capital social de uma empresa. A integralização de capital é a liquidação financeira do capital subscrito. Instituição financeira intermediadora A instituição financeira intermediadora constitui, basicamente, o elo entre a empresa carente de recursos e os agentes econômicos poupadores (superavitários) identificados no mercado primário. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Financiamento de empresas no Brasil As linhas de financiamento para o setor produtivo, disponíveis no mercado financeiro nacional, possuem diversas características que as diferenciam de outras economias desenvolvidas, dentre as quais se podem citar três delas: ✓altos encargos financeiros; ✓baixa oferta interna de crédito de longo prazo; ✓restrições a ofertas de novas ações e debêntures no mercado, determinadas principalmente pelo estágio ainda pouco desenvolvido do mercado de capitais no Brasil. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Financiamentos através do BNDES As linhas de financiamento oferecidas pelo BNDES contemplam financiamento de longo prazo, sobretudo para investimento em capital em fixo, e oferecem custos financeiros competitivos em relação aos livremente praticados no mercado. O denominado “Sistema BNDES” é formado pelo banco e suas subsidiárias: • Finame – Agência Especial de Financiamento Industrial: criada com o objetivo de financiar o comércio de máquinas e equipamentos; • BNDESPAR – BNDES Participações: promove a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro.Os encargos financeiros básicos dos financiamentos do BNDES incluem geralmente a taxa de juros de longo prazo (TJLP), acrescida de um spread de risco. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Financiamento por recursos de terceiros As principais modalidades de empréstimos e financiamentos a longo prazo, praticadas com recursos de terceiros e disponíveis às empresas no mercado de capitais, podem ser classificadas de acordo com os tipos seguintes: a. empréstimos e financiamentos diretos; b. repasses de recursos internos; c. repasses de recursos externos; d. subscrição de debêntures; e. arrendamento mercantil (leasing). FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL Financiamento de capital de giro • Essa modalidade de financiamento é praticada por bancos de investimentos e bancos comerciais/múltiplos, sendo lastreada por recursos próprios das instituições ou mediante captações no mercado. • Para operações de prazos mais longos, o critério de pagamento do financiamento costuma ser pós-fixado, sendo seus encargos financeiros (correção monetária e juros) calculados sobre o saldo devedor corrigido e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre o valor do crédito concedido. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL OUTROS • Venture Capital: financiamento para empreendimentos novos e, quase sempre, de alto risco, também referido como capital empreendedor. • Private Equity: modalidade de investimento na qual investidores institucionais investem em empresas por meio da compra de participação societária em uma negociação privada. • Angels: normalmente são investidores individuais (pessoas físicas) que investem em empresas nascentes. FONTES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO NO BRASIL EXERCÍCIOS 1. No estudo da estrutura de capital, existem duas teorias: a teoria Convencional e a teoria de Modigliani & Miller. A Teoria de Modigliani & Miller tem como fundamento principal o fato de que A. o custo total de capital de uma empresa é diretamente proporcional à participação de capitais próprios e de terceiros, desde que o de terceiros seja maior. B. o custo total de capital de uma empresa é independente de sua estrutura de capital, isto é, não existe uma estrutura ótima. C. uma empresa pode alcançar uma estrutura ótima de capital, mediante uma combinação adequada de suas fontes de financiamento. D. a participação de capitais próprios em maior parcela do que a de capitais de terceiros provoca um menor custo na sua estrutura de capital. E. a participação de capitais de terceiros mais baratos na estrutura de financiamentos da empresa permite que haja uma redução no custo de capital. 2. Várias teorias compõem o que chamamos de administração financeira. Dentre elas, destaca-se a Teoria Modigliani e Miller de 1958, conhecida como a Teoria MM. Esta trata especificamente: A. Dos Índices de Endividamento. B. Da Analise da DMPL. C. Das finanças de curtos prazo. D. Da Estrutura de Capital. E. Do Fluxo de Caixa. 3. A política de financiamento de uma empresa consiste na definição da estrutura financeira mais adequada, implicando na escolha dos recursos mais apropriados às necessidades da organização em termos de liquidez, custo e risco financeiro. Nesse contexto, avalie as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) As principais fontes de financiamento de curto prazo fazem parte de três grupos: crédito de fornecedores, crédito bancário e factoring. ( ) As subscrições de debêntures são operações de captação de recursos oficiais alocados para o financiamento de atividades de interesse nacional, com encargos financeiros reduzidos. ( ) No Brasil, a maioria das empresas opera com baixos níveis de endividamento, quando comparados com os de empresas de outros países, porque as taxas de juros são muito elevadas e em virtude da escassez de capitais de longo prazo disponíveis. ( ) O financiamento interno é uma fonte de recursos não onerosa e não reembolsável e, por essa razão, é a principal fonte de recursos para a maioria das empresas. Assinale a sequência CORRETA. A. V F V V B. V V F F C. F V F F D. F V V F • O conceito da alavancagem significa a capacidade de qualquer tipo de empresa, ao investir em ativos geradores de custos operacionais fixos ou de captar recursos junto aos terceiros, a um custo financeiro fixo, promover a possibilidade de maximizar o retorno de seus proprietários. Como existe uma relação direta entre risco e rentabilidade, quanto maior o risco, maior o retorno que se deseja obter, e vice-versa. • Toda empresa, independentemente de seu tamanho e segmento de atuação, pode apresentar três tipos diferentes de alavancagem: ✓Alavancagem Operacional ✓Alavancagem Financeira ✓Alavancagem Combinada ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO Alavancagem operacional • A alavancagem operacional e determinada em função da relação existente entre as receitas operacionais e o Lucro Antes de Juros e Imposto de Renda, conhecido como LAJIR. A existência da alavancagem operacional e resultado dos custos operacionais fixos, existentes na estrutura de gastos da empresa. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Se não houvesse custos fixos na estrutura da empresa Delta, o crescimento do LAJIR seria o mesmo apresentado pelas vendas ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Se quisermos calcular o grau de alavancagem operacional, a partir de uma estrutura de custos fixos existente em uma empresa, podemos utilizar a seguinte relação matemática: • Utilizando os dados da empresa Delta, para a situação em que existem custos fixos, o grau de alavancagem operacional seria: GAO = 66,67% / 50,00% = 1,33 • O resultado calculado indica que toda vez que as vendas crescerem em 1%, o LAJIR crescera 33% a mais. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Quanto maior o volume de custos fixos existentes na estrutura de custos da empresa, maior será o grau de alavancagem operacional. O exemplo a seguir, tomando como base a empresa Delta, aumentando o custo fixo de R$2.000,00 para R$4.000,00, ilustra esse efeito. • Utilizando os novos dados da empresa Delta, o grau de alavancagem operacional seria: GAO = 100,00% / 50,00% = 2,00 ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO Alavancagem financeira • Podemos definir a alavancagem financeira como a capacidade da empresa em maximizar o lucro liquido por unidade de cotas ou por ações, através da utilização de encargos financeiros fixos. • A alavancagem financeira resulta da existência de encargos financeiros fixos na estrutura de custos. Como esses encargos tem que ser pagos, caracterizam-se como custo fixo para a empresa. • Podemos concluir que empresas com despesas financeiras fixas, em volume elevado, possuem alto grau de alavancagem financeira, podendo obter aumentos substanciais no lucro por ação ou por cotas, como decorrência de aumentos nas vendas, redução nos custos ou o efeito combinado desses dois fatores. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Os dados da empresa Delta, refletidos a seguir, ilustram o conceito da alavancagem financeira. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Se não houvesse custos financeiros na estrutura de gastos da empresa Delta, o crescimento do LAJIR seria exatamente o mesmo crescimento do LPA ou LPC. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • O grau de alavancagem financeira, existente em qualquer tipo de empresa, pode ser calculado através da seguinte equação: GAF = LAJIR ÷ LAIR • Utilizando os dados da empresa Delta, considerando a existência de custos financeiros, o grau de alavancagem financeira seria: GAF = 60,00% / 50,00% = 1,20 • O resultado calculado indica que toda vez que o LAJIR sofrer um crescimento de 1%, o LPA ou LPC crescera 20% a mais. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Quanto maior o volume de custos financeiros existentes naestrutura de custos da empresa, maior será o grau de alavancagem financeira. • Utilizando os novos dados da empresa Delta, o grau de alavancagem financeira seria: GAF = 66,67% / 50,00% = 1,33 • A partir do novo patamar dos custos financeiros, o resultado calculado indica que toda vez que o LAJIR crescer em 1%, o LPA ou LPC crescera 33% a mais. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO Alavancagem combinada • A alavancagem total ou combinada mede o efeito simultâneo da existência das alavancagens operacional e financeira. Esse efeito e definido como a capacidade da empresa em usar custos fixos operacionais e financeiros, para aumentar o efeito de variações nas vendas e no lucro por ação ou por cotas, podendo também ser considerada como o resultado do impacto total dos custos fixos operacionais e financeiros, na estrutura operacional e financeira da empresa. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Os dados da empresa Delta, apresentados a seguir, demonstram o efeito da alavancagem combinada. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • O grau de alavancagem combinada pode ser quantificado matematicamente para qualquer tipo de empresa, através da seguinte relação: GAO = Margem de Contribuição ÷ LAJIR • Utilizando os dados da empresa Delta, considerando a existência de custos fixos operacionais e financeiros, o grau de alavancagem combinada seria: GAC = 80,00% / 50,00% = 1,60 • O resultado calculado indica que toda vez que as vendas apresentarem um crescimento de 1%, o LPA ou LPC crescera 60% a mais. ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO • Por ser uma relação multiplicativa, podemos definir uma relação matemática entre os diferentes graus de alavancagem, existentes em uma empresa, calculando o grau de alavancagem combinada da seguinte forma: ALAVANCAGEM E RISCO OPERACIONAL, FINANCEIRO E COMBINADO EXERCÍCIOS As empresas brasileiras de água e saneamento básico costumam ter disponibilidade de capital próprio e reservas em volumes inferiores às suas necessidades de investimento para atendimento da população. Quando acessam recursos de terceiros, como empréstimos e debêntures, para aumentar suas receitas e lucros, empregam o que se denomina A. ponto de equilíbrio. B. alavancagem operacional. C. margem de contribuição. D. fluxo de caixa residual. E. alavancagem financeira. Um dos conceitos estudados pela Administração Financeira é o GAF (Grau de Alavancagem Financeira). Acerca do tema, julgue os itens abaixo e assinale a alternativa CORRETA. I. O GAF estuda a presença e a influência do capital de terceiros na estrutura de capital das empresas. II. Quando o resultado do GAF for igual a 1 (um), temos uma alavancagem financeira nula. III. Quando o resultado do GAF for menor que 1 (um), temos uma alavancagem financeira favorável. IV. Quando o GAF for maior que 1 (um), temos uma alavancagem financeira desfavorável. A. Apenas I e II estão corretos. B. Apenas I, III e IV estão corretos. C. Apenas I está correto. D. Todos estão corretos. Qual o grau de alavancagem operacional de um hospital que faturou em 2009 R$ 1.500.000,00, em 2010 R$ 1.800.000,00, e teve um lucro operacional de R$ 900.000,00 em 2009 e R$ 1.170.000,00 em 2010? A. 1,30 B. 1,45 C. 1,50 D. 1,20 E. 1,30 A composição relativa dos custos variáveis e fixos de uma Sociedade Empresária é medida pela alavancagem operacional. Considerando-se uma Companhia com vendas de R$ 400.000,00, custos variáveis de R$ 300.000,00 e custos fixos de R$ 80.000,00, a sua alavancagem operacional será: A. 2,00 B. 5,00 C. 1,33 D. 3,75 A empresa KLM Ltda vende 1.000 unidade mensais do produto N. O preço de venda praticado e $ 120,00, o custo variável unitário é $ 40,00 e os custos fixos mensais são $ 40.000,00. Assinale a alternativa correta que corresponda ao Grau de Alavancagem Financeira da empresa se ela aumentar seu faturamento em 20%. A. 0,5 B. 1,0 C. 1,5 D. 2 O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) mede a variação do lucro em função da variação das vendas. Considere uma empresa que possui um GAO de 3 e deseja um aumento de 15% em seu lucro. Assinale a alternativa correta que mostra o aumento do faturamento para que a empresa alcance seu lucro desejado: A. 15% B. 10% C. 5% D. 3% A composição relativa dos custos variáveis e fixos de uma Companhia é medida pela alavancagem operacional. Considerando-se uma Companhia com vendas de R$ 410.000,00, custos variáveis de R$ 250.000,00 e custos fixos de R$ 80.000,00, a sua alavancagem operacional será: A. 1,24 B. 1,32 C. 2,00 D. 4,13
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