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PAULO ALTMAN ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AVANÇADA Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 CONCEITO E DEFINIÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL ����������������������������� 4 FUNDAMENTOS DOS FLUXOS DE CAIXA ���� 14 PLANEJAMENTO E ACOMPANHAMENTO DOS FLUXOS DE CAIXA �����������������������������������������������������������26 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������35 2 INTRODUÇÃO O orçamento de capital é um dos temas mais rele- vantes para a competitividade e maximização dos resultados de uma empresa. Ao mesmo tempo, decisões equivocadas relacionadas à elaboração do orçamento de capital podem levar empresas à falência. É preciso planejar os investimentos e analisar os valores de saídas e entradas de caixa, considerando receitas, custos, despesas e impostos projetados. Os valores programados pela operação de inves- timentos devem ser acompanhados de compa- ração com os investimentos iniciais e possíveis valores residuais. Além disso, é necessário estar fundamentado nos princípios de demonstração e exame dos fluxos de caixa (entradas e saídas de dinheiro) na perspectiva do projeto, da empresa e dos investidores. Ao final dos estudos deste módulo, você saberá identificar e aplicar as atividades necessárias para determinar os fluxos de caixa que fundamentam a análise e avaliação de projetos de investimento de longo prazo. Este é o início de todo o processo de orçamentação de capital. 3 CONCEITO E DEFINIÇÃO DO ORÇAMENTO DE CAPITAL É comum que as empresas apresentem o cres- cimento das receitas e dos lucros como um dos objetivos mais importantes. Mas, para realizar esses objetivos e maximizar o valor da empresa, é muito provável que seja necessário ampliar as operações. Essa expansão operacional futura deve ser refletida nas atividades de planejamento em- presarial. Mais especificamente, o planejamento relativo à expansão da empresa é realizado por meio de avaliação de projetos de investimento. Essa atividade é chamada orçamento de capital. O orçamento de capital é a atividade empresarial que almeja avaliar a viabilidade econômico-finan- ceira dos projetos de investimentos que visam ao crescimento da empresa. Considere, por exemplo, as decisões estratégicas que envolvem a amplia- ção dos negócios em novas fábricas, novas lojas, ou mesmo a expansão das unidades produtivas ou comerciais atuais. Essas decisões precisam ser fundamentadas em critérios técnicos, ou a empresa pode efetuar escolhas que prejudiquem a geração de riqueza aos seus proprietários. Para que os decisores realizem as melhores escolhas 4 relativas à aprovação ou rejeição de projetos de investimentos, gestores e analistas das empresas realizam o trabalho de orçamento de capital. O método de avaliação de viabilidade econômico- -financeira dos possíveis investimentos é caracte- rizado pela comparação criteriosa das projeções de obtenção de ganhos futuros em relação às projeções de necessidades de investimentos. Esses valores de investimentos a serem realizados pela empresa e os valores de ganhos futuros projeta- dos fundamentam o orçamento de capital e as escolhas entre os projetos alternativos. Portanto, no orçamento de capital há uma classificação na forma de ranking entre as possíveis escolhas entre projetos de investimento. O orçamento de capital é a parte financeira do planejamento estratégico de longo prazo. Ele com- põe a análise financeira que discrimina projetos específicos para crescimento empresarial. Você já deve ter percebido que o orçamento de capital é uma ferramenta para tomada de decisões estratégicas e difíceis. A perspectiva de longo prazo significa que não é fácil desfazer uma decisão de crescimento implementada, como a construção de uma fábrica ou compra do negócio de um concorrente. Mais adiante, verificaremos que essa decisão também envolve usar capital próprio ou 5 recorrer a empréstimo. A grande questão é se os investidores irão obter o retorno esperado. Como o orçamento de capital é uma projeção, sempre envolverá incerteza. Pondere, agora, a perspectiva de gestão contábil do orçamento de capital. As decisões de investimen- to para expansão empresarial envolvem compra ou venda de ativos fixos, considerados de longo prazo, ou na forma e nomenclatura do balanço patrimonial: ativos não circulantes. Em ciências contábeis, ativo é o componente do balan- ço patrimonial que indica valores relativos aos direitos pertinentes à empresa. Nesse tema específico de orça- mento de capital é importante ter a definição de ativo como uma perspectiva futura de obtenção de ganhos. Em outras palavras, todos os itens que se referem às projeções de geração de caixa (dinheiro) no futuro, como estoques, fábricas, armazéns, patentes, marca e outros, são considerados ativos. Como o orçamento de capital envolve ativos de longo prazo, ou seja, instalações, equipamentos, pesquisa e desenvolvimento de produtos, sua importância é extrema, pois os valores envolvidos são elevados. Uma empresa pode ir à falência, caso as projeções FIQUE ATENTO 6 demonstradas pelo orçamento de capital não se realizem. Isso significa que os valores orçados para investimento e ganhos futuros precisam ser confirmados. Obviamente, trabalha-se com uma faixa de tolerância, por meio da construção de possíveis cenários. Mas o direcionamento indicado pelo processo de orçamentação de capital deve proporcionar uma base confiável para se efetuar uma avaliação e julgamento de forma racional e quantitativa. Portanto, deve-se eliminar interesses subjetivos e determinar investimentos que repre- sentam o maior benefício para a geração de caixa futuro da empresa. O principal objetivo empresarial é a maximização da riqueza de seus proprietários. A maximização de riqueza deve guiar todas as ações da gestão financeira e é, con- sequentemente, o objetivo do processo de orçamento empresarial. Observe que, apesar da relevância da maximização do lucro, a maximização da riqueza deve ser a principal meta. Maximizar a riqueza do proprietário significa maximizar o valor da empresa. O orçamento de capital tem papel fundamental no alcance do maior valor possível para a empresa, pois ela vale o equivalente à sua capacidade projetada de gerar caixa no futuro. Essa perspectiva será demonstrada e examinada em vários momentos desta disciplina. SAIBA MAIS 7 O orçamento de capital é, portanto, diferente de outros tipos de orçamento empresarial porque sua perspectiva é de longo prazo e envolve grande volume de investimentos. É importante pensar no orçamento de capital como um processo, ou seja, uma sequência de atividades que precisam ser efetuadas para que a melhor tomada decisão se realize. Lembre-se: a melhor decisão deve propor- cionar a maximização de valor da empresa. Reflita sobre este trecho do artigo The Capital Budgeting Process: “Uma empresa, de tempos em tempos, terá de fazer investimentos em uma variedade de projetos de capital. Seja a necessidade de comprar novas máquinas, expandir as instalações de produção ou até mesmo comprar novos transportes, todos esses projetos exigem que as empresas façam altos investimentos agora. Em todos esses projetos, espera-se que o fluxo de caixa ou o benefício seja recebido por vários anos. Uma empre- sa, a qualquer momento, pode ter muitos projetos de capital em previsão. É de responsabilidade do gerente financeiro avaliar esses projetos por meio do processo de orçamento de capital que envolve a avaliação de cada projeto quanto à sua rentabilidade, eliminando os que não são rentáveis e priorizando os lucrativos com base nos recursos e requisitos disponíveis da empresa. O gerente financeiro precisa seguir um processo consis- tente e ter cautela ao tomar decisões de orçamento de REFLITA 8 capital, pois envolve um custo enorme e pode impactar significativamente o valor doacionista.” Disponíve l em: ht tps :// f inancet ra in .com/ the-capital-budgeting-process. O processo de orçamentação do capital obedece a uma abordagem sistemática. As atividades re- lativas ao processo de orçamentação do capital envolvem a determinação de objetivos de longo prazo e a posterior identificação de oportunidades de investimento que possibilitem o alcance desses objetivos. Após identificar os possíveis projetos de investimentos, é preciso classificá-los seguindo os critérios: a) Por tamanho: projetos envolvendo menores valores de investimento podem ser avaliados pelos executivos da empresa. Já projetos de investimento maiores necessitam de avaliação dos proprietários. Empresas do tipo sociedade anônima com negociação de ações em bolsa de valores submetem os projetos de maior valor ao conselho de administração. A consideração sobre o valor que determina projetos de investimentos pequenos ou grandes é contextual ao tamanho da empresa. b) Por nível de dependência: existem projetos de investimento que são mutuamente exclusivos, ou seja, a escolha do projeto A implica na exclusão do 9 https://financetrain.com/the-capital-budgeting-process/ https://financetrain.com/the-capital-budgeting-process/ projeto B. Projetos de investimento também podem ser classificados como complementares: o projeto A é condição para execução do projeto B, ou ainda, o projeto B promete melhor resultado se o projeto de investimento A for executado. Existem projetos de investimento que são substitutos. Nesse caso, a execução de um dado projeto A projeta decrés- cimo de resultado, ou seja, impacto negativo no projeto B. Por último, projetos de investimentos podem ser classificados como independentes, caso sejam indiferentes se um ou outro for aprovado para investimento. c) Por tipo de fluxo de caixa: um projeto de inves- timento que apresenta fluxo de caixa caracterizado por início com saídas (fluxos negativos) geralmente representadas pelo investimento inicial e/ou início da operação ainda no prejuízo e seguidas por en- tradas caixa nos fluxos seguintes é classificada como convencional. No entanto, alguns projetos são classificados como não convencionais, se há mais de uma mudança entre fluxo de caixa nega- tivo e positivo. É igualmente importante considerar que os projetos de investimento que compõem o orçamento de capital dizem respeito aos planos de desenvolvi- mento de novos produtos ou competição em novos mercados ou planos de expansão de produtos e de mercados existentes. O orçamento de capital 10 também pode se referir a projetos de substituição de ativos (máquinas e equipamentos) ou reformas que têm como objetivo a redução de custos ope- racionais ou a continuação das operações. Assim, os projetos de investimento que constituem o orçamento de capital são derivados de ideias e oportunidades de investimento normalmente re- lacionados em três categorias: criação de novos produtos/serviços, redução de custos/despesas operacionais e substituição de ativos (máquinas, equipamentos e imóveis) existentes. Observe, abaixo, alguns questionamentos que podem originar projetos de investimento nessas categorias: y A empresa deve começar uma linha de novos produtos que requerem investimentos em fábricas, equipamentos e estoques; y A empresa deve investir em equipamento au- tomatizado que permitirá uma redução nos custos de mão de obra? y A empresa deve substituir a fábrica existente a fim de expandir sua capacidade ou diminuir os custos operacionais? (BODIE; MERTON, 2002, p. 180) As decisões empresariais de longo prazo que impactam os resultados futuros iniciam por meio do orçamento de capital. Como estudado ante- riormente, o orçamento de capital é um proces- 11 so que deve ser aplicado para avaliar decisões estratégicas que resultem em criação de valor e maximização de riqueza. O desenvolvimento e o acompanhamento desse processo de orçamento de capital apresentam quatro etapas: 1) Identificação de oportunidades de investimento: a identificação de oportunidades de investimento é uma etapa muito importante do orçamento de capital. Essas oportunidades são criadas a partir de ideias provenientes de várias fontes, como dire- tores executivos, colaboradores e departamentos funcionais. 2) Análise e avaliação de projetos: o fundamento para aceitar ou rejeitar um projeto de investimento que compõe um orçamento de capital é o fluxo de caixa esperado. Portanto, todas os projetos de in- vestimento são analisados a partir dos seus fluxos de caixa. O fluxo de caixa projetado é a base para determinar a viabilidade de cada projeto. 3) Determinação do orçamento de capital: após selecionar os projetos de investimento viáveis, deve haver uma priorização, de acordo com os recursos disponíveis da empresa. O orçamento de capital determina um cronograma dos fluxos de caixa de cada projeto e compatibiliza os investimentos previstos com o plano estratégico da empresa. 12 Alguns projetos de investimento podem ser viáveis, mas podem ser incompatíveis à estratégia geral. 4) Auditoria e controle: verificar se o previsto no orçamento está sendo realizado é tão importante quanto qualquer outro processo de orçamento de capital. Auditores podem comparar os resultados reais com os projetados. A empresa deve deter- minar os responsáveis pela correspondência entre as projeções e os resultados reais. Lembre-se de que, se os fluxos de caixa do orçamento não forem realizados, o projeto pode causar danos irrepará- veis à empresa. O orçamento de capital é, portanto, parte fun- damental para a tomada de decisão. É também parte relevante do planejamento empresarial, pois revela a análise e avaliação financeira dos planos de expansão da empresa. Entre as possíveis es- colhas de projetos em um contexto de recursos escassos, o orçamento de capital é ferramenta fundamental para a melhor escolha que maximize os resultados para os proprietários e acionistas. É preciso ter extrema atenção sobre as técnicas e melhores práticas que proporcionem excelentes escolhas. A primeira delas é construir e determinar as projeções de fluxo de caixa do projeto. Acesse o Podcast 1 em módulos 13 FUNDAMENTOS DOS FLUXOS DE CAIXA Quando uma empresa relata seus lucros em seu demonstrativo de resultado (DRE – demonstrativo de resultado do exercício), essa é uma informação da contabilidade financeira. É importante diferen- ciar o tipo de informação relatada na contabilida- de financeira do regime de caixa da empresa. A contabilidade financeira é realizada pelo regime de competência, ou seja, o registro para consoli- dação dos dados é realizado conforme a data do fato gerador (data da nota fiscal por exemplo). O regime de caixa que fundamenta as informações de fluxo de caixa e do caixa disponível na empresa se fundamenta na data, ou momento, de entrada e saída de dinheiro. Como, entre outras coisas, a contabilidade finan- ceira objetiva relatar o desempenho da empresa no período, determinadas técnicas – como depre- ciação de ativos tangíveis e de longo prazo, como equipamentos, imóveis e veículos – são utilizadas para melhor destacar a saúde financeira no período relatado. Para compreender a capacidade de geração de caixa da empresa (uma informação de suma importân- cia para o gestor financeiro e para todo o público 14 interessado) é importante entender, examinar e elaborar a demonstração do fluxo de caixa. Reflita sobre este trecho do artigo Corporate Cash Flow: Understanding the Essentials: “Os negócios têm tudo a ver com comércio, a troca de valor entre duas ou mais partes e o dinheiro é o ativo necessário para participar do sistema econômico. Embora alguns se- tores demandem mais dinheiro do que outros, nenhum negócio pode sobreviver a longo prazo sem gerar um fluxo de caixa positivo para seus proprietários. Para um fluxo de caixa positivo, as entradas de caixa de longo prazo de uma empresa devem exceder suas saídas decaixa de longo prazo.” Disponível em: https://www.investopedia.com/investing/ read-corporate-cash-flow-statement. O regime de competência que fundamenta a informação de receita considera uma venda efe- tuada e aceita pelo cliente como receita na data assinalada no documento fiscal. Não importa se o pagamento será realizado em 60 meses (cinco anos), o resultado de venda será apurado no ano da venda. Para o regime de caixa, o que realmente importa são as datas previstas para recebimento efetivo. Além disso, outras entradas de caixa que não são relatadas nos resultados são relevantes para o fluxo de caixa. Por exemplo, investidores REFLITA 15 https://www.investopedia.com/investing/read-corporate-cash-flow-statement/ https://www.investopedia.com/investing/read-corporate-cash-flow-statement/ e credores financiando o ativo da empresa ou a venda de ativos depreciados. Da mesma forma, uma saída de caixa ou fluxo de caixa negativo somente é efetivada pela visão do regime de caixa quando a transferência de fundos é realizada. Nesse sentido, são impactantes para o regime de caixa as saídas de dinheiro referentes a pagamento de dividendos aos acionistas, pa- gamento de amortização de dívida aos credores, pagamento aos funcionários e fornecedores. O fluxo de caixa é um índice do dinheiro recebido ou pago por uma empresa por um período espe- cífico, que é necessário para manter os negócios funcionando continuamente. Todas as operações comerciais requerem dinheiro, o insumo básico e, sem ele, as operações da empresa podem até levar à insolvência. A empresa pode se tornar insolvente quando não é capaz de gerar caixa suficiente de fontes internas ou obter de fontes externas para sustentar as atividades operacionais, de investi- mento e financiamento da empresa. É necessário um monitoramento, gerenciamento e determinação precisos do movimento de caixa, para permitir que os negócios proporcionem resultados financeiros interessantes. (MULENGA; BHATIA, 2017) Considere que uma determinada fábrica de veículos tenha efetuado a compra de um robô que efetua 16 a pintura de carrocerias pelo valor de $ 500 mil. A empresa negociou pagamento à vista e obteve desconto. Esse investimento significa uma saída de caixa (fluxo negativo) imediata. Porém, nos termos da contabilidade financeira, esse equipa- mento representará despesas de depreciação nos próximos cinco anos. Considerando nesse exemplo a depreciação linear no valor de $ 100 mil por ano ($ 500.000/5 anos), a contabilidade financeira irá informar no Demonstrativo de Resultado do Exer- cício (DRE) uma redução desse valor de cem mil a cada ano, impactando os lucros operacionais da fábrica. Não obstante, o fluxo de caixa relativo a essa operação indica saída do dinheiro no momento inicial (período zero). Na visão do orçamento de capital, o procedimen- to de depreciação realizado pela contabilidade financeira não apresenta aplicação relativa ao investimento inicial realizado. Ainda seguindo o exemplo acima, caso a empresa optasse por pagar o equipamento de pintura veicular em dez anos com amortizações anuais de $ 60 mil (total de $ 600 mil sem o desconto à vista), as saídas de caixa seriam representadas por esses fluxos negativos em cada período. Essas amortizações, por sua vez, não teriam nenhum impacto nos demonstrativos de resultado da empresa. Portanto, o lucro contábil é diferente do fluxo de caixa, pois determinadas 17 técnicas contábeis, como a depreciação, determi- nam discrepâncias entre os resultados contábeis e o fluxo de caixa. Verifique o exemplo de um DRE simplificado de uma empresa: Tabela 1: DRE simplificado Receita Líquida 100.000,00 (-) CMV 30.000,00 = Lucro Bruto 70.000,00 (-) Despesas Gerais e Administrativas 20.000,00 (-) Depreciação 10.000,00 = Lucro Operacional 40.000,00 (-) Despesas Financeiras 5.000,00 = Resultado antes do IR 35.000,00 (-) Imposto de Renda 10.500,00 = Lucro líquido 24,500,00 Fonte: elaborada pelo autor Observe que o Lucro Líquido apurado no período foi de $ 24,5 mil. Considere a depreciação de $ 10 mil. O fluxo de caixa FC é dado por Lucro Líquido mais Depreciação. Portanto, no exemplo: FC = 24.500 + 10.000 => $ 34.500,00. Considere que, no período de apuração, houve um investimento de $ 5 mil na compra de computa- 18 dores, pagos à vista. E os antigos computadores foram vendidos por $ 500. O fluxo de caixa da empresa FCE é, portanto, o fluxo de caixa FC menos investimentos realizados, menos capital de giro, mais baixas no ativo imobilizado. Assim, como não houve investimento em capital de giro: FCE = 34.500 – 5.000 + 500 = 30.000,00. Agora considere que, no período anterior, houve aquisição de um equipamento no valor de $ 30 mil a serem pagos em três anos, em três prestações anuais. A parte que se refere aos juros pagos é contabilizada em Despesas Financeiras, mas o valor de $ 10.000 referente à amortização da dívida ($ 30.000 / 3 anos) não é registrado pela conta- bilidade financeira (não há relato no DRE sobre o valor de dez mil), pois faz parte de despesas de capital. Dessa maneira, o fluxo de caixa do proprie- tário da empresa (ou acionistas) FCL no período é dado por: FCL = FCE – amortização de dívidas + financiamentos obtidos. Portanto, ao FCE de $ 30 mil subtrai-se os $ 10 mil de amortizações: FCL = 20.000,00. Fluxo de Caixa (FC) = Lucro Líquido + Depreciação Fluxo de Caixa da Empresa (FCE) = Fluxo de Caixa (FC) – investimentos realizados + baixas no ativo imobilizado FIQUE ATENTO 19 Fluxo de Caixa Líquido (FCL) = FCE – amortização de dívidas + financiamentos obtidos Por meio do demonstrativo de fluxo de caixa é pos- sível examinar as transações de caixa (entradas e saídas) da empresa em um determinado período e analisar a formação do caixa após operações (FC), investimentos (FCE) e financiamentos (FCL). Por- tanto, a demonstração do fluxo de caixa é dividida em fluxos operacionais, fluxos de investimento e fluxos de financiamento. Atenção a este trecho do artigo Understanding Cash Flow Statements: “A demonstração do fluxo de caixa fornece informações importantes sobre os recebimentos e pagamentos em dinheiro de uma empresa, durante um período contábil, bem como informações sobre as ativi- dades operacionais, de investimento e de financiamento de uma empresa. Embora a demonstração de resultados forneça uma medida do sucesso de uma empresa, caixa e fluxo de caixa também são vitais para o sucesso de uma empresa a longo prazo. As informações sobre as fontes e os usos do caixa ajudam credores, investidores e outros usuários a avaliar a liquidez, a solvência e a flexibilidade financeira da empresa.” Disponível em: https://www.cfainstitute.org/en/mem- bership/professional-development/refresher-readings/ understanding-cash-flow-statements SAIBA MAIS 20 https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements Os fluxos de caixa operacionais demonstram a capacidade da empresa de gerar caixa por meio de suas operações. São fontes de entradas de caixa operacionais: lucro líquido, depreciação, redução de contas a receber, redução de estoques, e aumento de contas a pagar. Os fluxos de caixa de investimento sinalizam a compra ou a venda de ativos. São fontes de en- trada de caixa de investimento: redução de ativo não circulante, venda de ações. Os fluxos de caixa de atividades de financiamento são gerados por meio do aumento do valor a pagar às instituições financeiras e aumento das dívidas de longo prazo. Pagamento de dividendos aos acionistas reduzem o caixa da empresa. Observe um exemplo de demonstração do fluxo de caixa de uma empresa: Tabela 2: Demonstração do fluxo de caixaBalanço DRE Saldo de caixa Fluxo de caixa de ativi- dades operacionais 2020 2019 2020 2020 Lucro Líquido após IR 24.500 24.500 Depreciação 10.000 10.000 Redução de contas a receber 4.500 5.000 500 Redução de estoques 10.000 11.200 1.200 21 Aumento de contas a pagar 9.300 9.000 300 Caixa gerado pelas ati- vidades operacionais 36.500 Fluxo de caixa de ativi- dades de investimento Aumento no ativo não circulante 200.000 175.000 -25.000 Variação de participa- ção acionária 50.000 50.000 -- Caixa gerado pe- las atividades de investimento -25.000 Fluxo de caixa de atividades de financiamento Redução de institui- ções financeiras a pagar 15.000 16.000 -1.000 Aumento das dividas de longo prazo 20.000 10.000 10.000 Dividendos pagos 14.500 -14.500 Caixa gerado pe- las atividades de financiamento 14.500 -5.500 Variação líquida do caixa 6.000 Fonte: elaborada pelo autor Observe as contas que aumentam ou reduzem o caixa da empresa. Por exemplo, nas atividades operacionais, o lucro líquido e a depreciação aumentam o caixa. Portanto, se houver prejuízo, o caixa será diminuído. A redução de estoques e contas a receber aumentam o caixa. Isso significa 22 que, se a empresa aumentar estoques ou aumen- tar contas a receber, vai haver uma redução do caixa operacional. Por outro lado, em relação às dívidas de curto prazo, um aumento significa que há aumento do caixa, pois o valor fica disponível para empresa. Em relação às atividades de inves- timentos, ampliar ativos não circulantes deve gerar redução do caixa, pois deve haver desembolsos em relação ao valor do ativo adquirido. Por último, em relação às atividades de financiamentos, o aumento de dívida de longo prazo gera aumento de caixa, pois valores recebidos por empréstimo de longo prazo são disponibilizados na empresa. Enquanto pagar dividendos gera redução de caixa, pois a empresa está pagando parte dos resultados líquidos aos acionistas/proprietários. É importante considerar a diferença entre o re- sultado de lucro líquido e o resultado de saldo de caixa. O lucro líquido indica o resultado das operações da empresa no período por meio do regime de competência. Portanto, não revela qual foi a capacidade de geração de caixa da empresa neste mesmo período. Por esse motivo, algumas vezes, a empresa pode obter bons resultados de lucro, mas apresentar saldo de caixa negativo. Para o orçamento de capital, determinar o resultado de caixa é parte fundamental do processo de avaliação do investimento. 23 O orçamento de capital apresenta três categorias de fluxo de caixa que são essenciais em sua ela- boração. Os fluxos de caixa de investimento são comumente representados no início do projeto, pois se trata da saída de caixa inicial para que os investimentos sejam realizados e o projeto realizado materialmente. Essas saídas de caixa relativas ao investimento são denominadas de fluxos iniciais de caixa. A parte operacional do projeto – relativa aos resul- tados de vendas, custos e despesas planejados – é geralmente representada pela entrada de caixa. Todavia, é comum haver projetos de investimento que indicam caixa negativo nos primeiros anos, pois consideram uma fase inicial de maturação do negócio até que ele se torne positivo em anos posteriores. Esses fluxos de caixa operacionais compõem o orçamento de capital, no que se refere aos valores de caixa gerados pela realização do investimento. No final do projeto é comum obter-se um saldo de caixa positivo, representado pela entrada de caixa por meio da venda dos ativos que já foram depreciados. Trata-se de fluxos terminais de cai- xa, pois se referem à finalização das operações e liquidação do projeto. 24 “Fluxo de caixa incremental refere-se ao fluxo de caixa que é adquirido por uma empresa quando assume um novo projeto. Para estimar um fluxo de caixa in- cremental, as empresas devem comparar o fluxo de caixa projetado, se ele assumir um novo projeto e, se não, levando em consideração como a aceitação de tal projeto pode afetar o fluxo de caixa de outra parte do negócio. No caso de uma redução no fluxo de caixa de outro aspecto ou produto resultar de um novo projeto, isso é chamado de canibalização. O fluxo de caixa in- cremental é importante no orçamento de capital, pois ajuda a prever o fluxo de caixa no futuro e a determinar a lucratividade de um projeto.” What is Incremental Cash Flow? In: Corporate Finance Institute. Disponível em: https://www.cfainstitute.org/en/membership/ professional-development/refresher-readings/ cost-capital Na seção seguinte, você aprenderá a estabelecer projeções de fluxo de caixa que são essenciais para a elaboração de um orçamento de capital tecnicamente perfeito. Acesse o Podcast 2 em módulos SAIBA MAIS 25 https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital PLANEJAMENTO E ACOMPANHAMENTO DOS FLUXOS DE CAIXA Agora que você já sabe os fundamentos do fluxo de caixa, esta seção abordará os primeiros pas- sos para determinar e projetar os fluxos de caixa relevantes para o orçamento de capital. A primeira estimativa de fluxo refere-se à projeção de investimentos necessários para realização do projeto. Normalmente, essa projeção irá envolver o orçamento de aquisição e instalação de equipa- mentos e/ou imóveis e o capital de giro necessário à operação do projeto. Você lembra como calcular o capital de giro? Capital de giro é uma medida das finanças operacionais da empresa, pois acusa a situação de curto prazo para financiamento das operações. No orçamento de capital ele se faz necessário para garantir que os investimen- tos iniciais serão capazes de garantir a operação real do projeto. Fórmula de capital de giro: Ativo circulante / Passivo circulante = Índice de capital de giro REFLITA 26 Se a empresa possui um ativo circulante de $ 100 mil e um passivo circulante de $ 50 mil, o índice de capital de giro é 2 / 1. Ou seja, para cada $ de valor no passivo circulante a empresa possui $ 2 no ativo circulante. Isso informa quanto dinheiro a empresa tem prontamente disponível para atender às despesas operacionais atuais. Fórmula do capital de giro líquido: Ativo circulante – Passivo circulante = Capital de giro líquido Para o cálculo do capital de giro, considere os ativos de curto prazo (caixa, contas a receber e estoque) e os passivos de curto prazo (contas a pagar – fornecedores e outros credores e despesas acumuladas com salários, impostos e outros gastos). No exemplo da tabela abaixo, o fluxo de caixa de investimentos é composto pela aquisição de equipamento e pela estimativa de capital de giro. Tabela 3: Estimativa de Fluxo de Caixa de Investimento Item de investimento Valor Equipamento 14.000,00 Instalação 1.000,00 Capital de Giro 2.000,00 Total do FCI 17.000,00 Fonte: elaborado pelo autor 27 Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI) = Aquisição/ construção de imóveis + Aquisição e instalação de equipamentos + Capital de Giro Em seguida, projeta-se os fluxos de caixa da ope- ração do equipamento. Considere a estimativa de fluxo de caixa: Tabela 4: Estimativa de Fluxo de Caixa Operacional A Vendas 1.000 unidades B Preço líquido 50,00 C Receita líquida 50.000,00 = A x B D Custo variável 15,00 $ por unidade E Custo variáveis 15.000,00 =A x D F Despesas fixas 20.000,00 G Custo operacionais totais 35.000,00 = E + F H Lucro operacional 15.000,00 = C - G I Impostos - 40% 6.000,00 = H x 0,4 J Lucro Operacional após impostos 9.000,00 = H - I Fonte: elaborado pelo autor Observe que o Lucro Operacional foi obtido pela receita menos custos fixos e variáveis. Após dedu- ção dos impostos, obteve-se o Lucro Operacional após Impostos. Agora, considere a tabela que indica algumas das despesas fixasnormalmente incorridas: FIQUE ATENTO 28 Tabela 5: Exemplos de Custos Fixos Despesas Fixas Aluguel Limpeza e conservação Administração Marketing Depreciação Tecnologia da Informação Fonte: elaborado pelo autor Em destaque na tabela acima, está a despesa discriminada como Depreciação. Como essa des- pesa não representa desembolso, ou seja, saída de caixa, para o fluxo de caixa operacional não se considera a depreciação. Assim, o fluxo de caixa operacional é dado pelo Lucro Operacional menos Impostos mais a depreciação. Fluxo de Caixa Operacional (FCO) = Lucro Operacional – Impostos + Depreciação O exemplo do projeto de investimento em equipa- mento com valor de $ 15.000,00 (aquisição mais instalação) com depreciação em 5 anos produz a despesa de depreciação linear em $ 3.000,00 por ano. Portanto, o Fluxo de Caixa Operacional é estimado em Lucro Operacional (5.000,00) menos Impostos (2.000,00) mais depreciação (3.000,00): 6.000,00 por ano. Em projetos de investimento, que são referentes a equipamentos com vida útil especificada no FIQUE ATENTO 29 orçamento de capital, é importante considerar o fluxo terminal de caixa pelo valor da venda do equipamento usado menos os eventuais custos de reparo, limpeza e remoção e subtraindo-se tam- bém os possíveis impostos sobre essa venda. No exemplo, considere 10% do valor do equipamento como valor terminal – $ 1.400,00 (sem impostos) menos despesas de limpeza e remoção de $ 100,00: Fluxo de Caixa Terminal de $ 1.300,00. Por fim, a figura abaixo ilustra o orçamento de capital referente ao exemplo de um projeto de investimento relativo à aquisição de um equipamento. Figura 1: Exemplo de fluxo de caixa da aquisição de um equipamento 14.000 +1.000 +2.000 17.000 6.000 6.000 6.000 6.000 6.000 +1.300 7.300 Fonte: Elaborado pelo autor O valor de $ 17.000 representa saída de caixa re- ferente ao FCI (fluxo de caixa do investimento) os valores de $ 6.000 são referentes ao FCO (fluxo de 30 caixa operacional) e o valor de $ 1.300 é relativo ao FCT (fluxo de caixa terminal). O exemplo seguinte é sobre um projeto de inves- timento em que você pode analisar e verificar as diversas perspectivas: do projeto, da empresa e o dos investidores. Considere um projeto de investimento em uma máquina que custa $ 5.000 e, para operacionalizar, necessita-se de um capital de giro de $ 1.000. Os investidores irão recorrer a um empréstimo de $ 4.000 para poder realizar o projeto. Esse financia- mento será obtido com juros de $ 250 por ano e amortização de $ 1.000 por ano, em quatro anos. As receitas estimadas são de $ 10.000 por ano. Custos de $ 3.000 e despesas de $ 2.000. Depreciação anual de $ 500 e imposto de renda (IR) em 40%. Observe as projeções na tabela abaixo. Tabela 6: Projeto de investimento: três perspectivas DRE e itens de investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Receita 10.000 10.000 10.000 10.000 Custos 3.000 3.000 3.000 3.000 Lucro Bruto 7.000 7.000 7.000 7.000 Despesas ADM e gerais 2.000 2.000 2.000 2.000 Depreciação 500 500 500 500 Lucro operacional 4.500 4.500 4.500 4.500 Despesas Financei- ras (Juros) 250 250 250 250 31 Lucro antes do IR 4.250 4.250 4.250 4.250 IR 40% 1.700 1.700 1.700 1.700 Lucro Líquido 2.550 2.550 2.550 2.550 Fluxo de caixa (LL + Depreciação) 3.050 3.050 3.050 3.050 Investimento Imobilizado 5.000 Investimento Capital de Giro 1.000 Fluxo de caixa da Empresa - 6.000 3.050 3.050 3.050 3.050 Financiamentos do projeto 4.000 Amortização de dividas - 1.000 - 1.000 - 1.000 - 1.000 Fluxo de caixa livre (investidores) - 2.000 2.050 2.050 2.050 2.050 Fonte: elaborado pelo autor Perceba que o fluxo de caixa do projeto é igual ao Lucro Líquido mais depreciação: $ 2.200 anuais. O fluxo de caixa da empresa é o fluxo de caixa do investimento ($ 6.000) mais o fluxo de caixa do projeto. Por sua vez, o fluxo de caixa dos investi- dores, que é o fluxo de caixa livre, é dado pelo fluxo de caixa da empresa mais o financiamento que foi obtido menos o pagamento das amortizações. Nesse exemplo, você aprendeu a aplicar e analisar as entradas e saídas de caixa relevantes, por meio da projeção do demonstrativo de resultado (DRE) nas três perspectivas do orçamento de capital: projeto, empresa e investidores. 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS A peça fundamental do orçamento de capital é o projeto de investimento. O planejamento finan- ceiro de investimentos é realizado por meio da projeção de entradas e saídas de caixa relativas aos investimentos a serem feitos, os ganhos com as operações e o valor terminal no encerramento operacional do projeto de investimento realizado. Esses itens são a essência de todo orçamento de capital. O orçamento de capital é o processo empresarial executado pela área financeira que tem como ob- jetivo principal avaliar e determinar os melhores projetos de investimento. Ou seja, aquelas alter- nativas de criação de novos produtos, redução de custos operacionais ou renovação de ativos que maximizam a riqueza dos proprietários e acionistas da empresa. Neste módulo, você aprendeu que uma parte essen- cial dos projetos de investimentos componentes do orçamento de capital são as projeções de fluxos de caixa (entradas e saídas) com a perspectiva financeira e não contábil. Também assimilou que esses fluxos de caixa são relativos a investimentos, operação e encerramento da atividade e que seus aspectos envolvem a visão do projeto, da empresa e dos investidores. 33 • Tamanho • Nível de dependência Mutuamente exclusivos Complementares Independentes • Tipo de fluxo de caixa Projetos de investimento são classificados por: • Fluxo de caixa do projeto • Fluxo de caixa da empresa • Fluxo de caixa do investidor Diferentes perspectivas do fluxo de caixa: • Fluxos operacionais • Fluxos de investimento • Fluxos de financiamento A demonstração do fluxo de caixa é dividida por: • Criação de novos produtos/serviços • Redução de custos/despesas operacionais • Substituição de ativos Projetos de investimento são originados em três categorias de ideias: • Identificação de oportunidades de investimento • Análise e avaliação de projetos • Determinação do orçamento de capital • Auditoria e controle Etapas do orçamento de capital: • Fluxos iniciais • Fluxos operacionais • Fluxos terminais/residuais Categorias de fluxo de caixa na sua elaboração: O orçamento de capital é parte do planejamento estratégico empresarial e é composto por projetos de investimento. O fluxo de caixa representa as previsões de saída e entrada de dinheiro no regime de caixa e não no regime de contábil de competência. O fluxo de caixa incremental considera a adição de caixa proporcionada pelo projeto em substituição à condição anterior. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA AVANÇADA Referências Bibliográficas & Consultadas BODIE, Z.; MERTON, R. C. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 2002. BREALEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, F. Princípios de finanças corporativas. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2018. [Minha Biblioteca] BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração financeira: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. [Minha Biblioteca] BYERS, S. F.; GROTH, J. C.; RICHARDS, R. M.; WILEY, M. K. Capital investment analysis for managers. Management Decision, v. 35, pp. 250- 257, Mar-Apr, 2017. CLEMENTE, A.; SOUZA, A. Análise econômico- financeira de Projetos. In: Projetos empresariais e públicos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002. CURY, M. V. Q.; SOUZA, C. P.; GONÇALVES, D. 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