Buscar

E1_ADFA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PAULO ALTMAN
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA AVANÇADA
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
CONCEITO E DEFINIÇÃO DO 
ORÇAMENTO DE CAPITAL ����������������������������� 4
FUNDAMENTOS DOS FLUXOS DE CAIXA ���� 14
PLANEJAMENTO E 
ACOMPANHAMENTO DOS FLUXOS DE 
CAIXA �����������������������������������������������������������26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS ��������������������������������������������35
2
INTRODUÇÃO
O orçamento de capital é um dos temas mais rele-
vantes para a competitividade e maximização dos 
resultados de uma empresa. Ao mesmo tempo, 
decisões equivocadas relacionadas à elaboração 
do orçamento de capital podem levar empresas 
à falência.
É preciso planejar os investimentos e analisar os 
valores de saídas e entradas de caixa, considerando 
receitas, custos, despesas e impostos projetados. 
Os valores programados pela operação de inves-
timentos devem ser acompanhados de compa-
ração com os investimentos iniciais e possíveis 
valores residuais. Além disso, é necessário estar 
fundamentado nos princípios de demonstração e 
exame dos fluxos de caixa (entradas e saídas de 
dinheiro) na perspectiva do projeto, da empresa e 
dos investidores.
Ao final dos estudos deste módulo, você saberá 
identificar e aplicar as atividades necessárias para 
determinar os fluxos de caixa que fundamentam 
a análise e avaliação de projetos de investimento 
de longo prazo. Este é o início de todo o processo 
de orçamentação de capital.
3
CONCEITO E DEFINIÇÃO 
DO ORÇAMENTO DE 
CAPITAL
É comum que as empresas apresentem o cres-
cimento das receitas e dos lucros como um dos 
objetivos mais importantes. Mas, para realizar 
esses objetivos e maximizar o valor da empresa, 
é muito provável que seja necessário ampliar as 
operações. Essa expansão operacional futura deve 
ser refletida nas atividades de planejamento em-
presarial. Mais especificamente, o planejamento 
relativo à expansão da empresa é realizado por 
meio de avaliação de projetos de investimento. 
Essa atividade é chamada orçamento de capital.
O orçamento de capital é a atividade empresarial 
que almeja avaliar a viabilidade econômico-finan-
ceira dos projetos de investimentos que visam ao 
crescimento da empresa. Considere, por exemplo, 
as decisões estratégicas que envolvem a amplia-
ção dos negócios em novas fábricas, novas lojas, 
ou mesmo a expansão das unidades produtivas 
ou comerciais atuais. Essas decisões precisam 
ser fundamentadas em critérios técnicos, ou a 
empresa pode efetuar escolhas que prejudiquem 
a geração de riqueza aos seus proprietários. Para 
que os decisores realizem as melhores escolhas 
4
relativas à aprovação ou rejeição de projetos de 
investimentos, gestores e analistas das empresas 
realizam o trabalho de orçamento de capital.
O método de avaliação de viabilidade econômico-
-financeira dos possíveis investimentos é caracte-
rizado pela comparação criteriosa das projeções 
de obtenção de ganhos futuros em relação às 
projeções de necessidades de investimentos. Esses 
valores de investimentos a serem realizados pela 
empresa e os valores de ganhos futuros projeta-
dos fundamentam o orçamento de capital e as 
escolhas entre os projetos alternativos. Portanto, 
no orçamento de capital há uma classificação na 
forma de ranking entre as possíveis escolhas entre 
projetos de investimento.
O orçamento de capital é a parte financeira do 
planejamento estratégico de longo prazo. Ele com-
põe a análise financeira que discrimina projetos 
específicos para crescimento empresarial.
Você já deve ter percebido que o orçamento de 
capital é uma ferramenta para tomada de decisões 
estratégicas e difíceis. A perspectiva de longo prazo 
significa que não é fácil desfazer uma decisão de 
crescimento implementada, como a construção 
de uma fábrica ou compra do negócio de um 
concorrente. Mais adiante, verificaremos que essa 
decisão também envolve usar capital próprio ou 
5
recorrer a empréstimo. A grande questão é se os 
investidores irão obter o retorno esperado. Como 
o orçamento de capital é uma projeção, sempre 
envolverá incerteza.
Pondere, agora, a perspectiva de gestão contábil do 
orçamento de capital. As decisões de investimen-
to para expansão empresarial envolvem compra 
ou venda de ativos fixos, considerados de longo 
prazo, ou na forma e nomenclatura do balanço 
patrimonial: ativos não circulantes.
Em ciências contábeis, ativo é o componente do balan-
ço patrimonial que indica valores relativos aos direitos 
pertinentes à empresa. Nesse tema específico de orça-
mento de capital é importante ter a definição de ativo 
como uma perspectiva futura de obtenção de ganhos. 
Em outras palavras, todos os itens que se referem às 
projeções de geração de caixa (dinheiro) no futuro, como 
estoques, fábricas, armazéns, patentes, marca e outros, 
são considerados ativos.
Como o orçamento de capital envolve ativos de longo 
prazo, ou seja, instalações, equipamentos, pesquisa 
e desenvolvimento de produtos, sua importância é 
extrema, pois os valores envolvidos são elevados. 
Uma empresa pode ir à falência, caso as projeções 
FIQUE ATENTO
6
demonstradas pelo orçamento de capital não se 
realizem. Isso significa que os valores orçados 
para investimento e ganhos futuros precisam ser 
confirmados. Obviamente, trabalha-se com uma 
faixa de tolerância, por meio da construção de 
possíveis cenários. Mas o direcionamento indicado 
pelo processo de orçamentação de capital deve 
proporcionar uma base confiável para se efetuar 
uma avaliação e julgamento de forma racional e 
quantitativa. Portanto, deve-se eliminar interesses 
subjetivos e determinar investimentos que repre-
sentam o maior benefício para a geração de caixa 
futuro da empresa.
O principal objetivo empresarial é a maximização da 
riqueza de seus proprietários. A maximização de riqueza 
deve guiar todas as ações da gestão financeira e é, con-
sequentemente, o objetivo do processo de orçamento 
empresarial. Observe que, apesar da relevância da 
maximização do lucro, a maximização da riqueza deve 
ser a principal meta. Maximizar a riqueza do proprietário 
significa maximizar o valor da empresa. O orçamento 
de capital tem papel fundamental no alcance do maior 
valor possível para a empresa, pois ela vale o equivalente 
à sua capacidade projetada de gerar caixa no futuro. 
Essa perspectiva será demonstrada e examinada em 
vários momentos desta disciplina.
SAIBA MAIS
7
O orçamento de capital é, portanto, diferente de 
outros tipos de orçamento empresarial porque 
sua perspectiva é de longo prazo e envolve grande 
volume de investimentos. É importante pensar no 
orçamento de capital como um processo, ou seja, 
uma sequência de atividades que precisam ser 
efetuadas para que a melhor tomada decisão se 
realize. Lembre-se: a melhor decisão deve propor-
cionar a maximização de valor da empresa.
Reflita sobre este trecho do artigo The Capital Budgeting 
Process: “Uma empresa, de tempos em tempos, terá de 
fazer investimentos em uma variedade de projetos de 
capital. Seja a necessidade de comprar novas máquinas, 
expandir as instalações de produção ou até mesmo 
comprar novos transportes, todos esses projetos exigem 
que as empresas façam altos investimentos agora. Em 
todos esses projetos, espera-se que o fluxo de caixa ou 
o benefício seja recebido por vários anos. Uma empre-
sa, a qualquer momento, pode ter muitos projetos de 
capital em previsão. É de responsabilidade do gerente 
financeiro avaliar esses projetos por meio do processo 
de orçamento de capital que envolve a avaliação de 
cada projeto quanto à sua rentabilidade, eliminando os 
que não são rentáveis e priorizando os lucrativos com 
base nos recursos e requisitos disponíveis da empresa. 
O gerente financeiro precisa seguir um processo consis-
tente e ter cautela ao tomar decisões de orçamento de 
REFLITA
8
capital, pois envolve um custo enorme e pode impactar 
significativamente o valor doacionista.”
Disponíve l em: ht tps :// f inancet ra in .com/
the-capital-budgeting-process.
O processo de orçamentação do capital obedece 
a uma abordagem sistemática. As atividades re-
lativas ao processo de orçamentação do capital 
envolvem a determinação de objetivos de longo 
prazo e a posterior identificação de oportunidades 
de investimento que possibilitem o alcance desses 
objetivos. Após identificar os possíveis projetos de 
investimentos, é preciso classificá-los seguindo 
os critérios:
a) Por tamanho: projetos envolvendo menores 
valores de investimento podem ser avaliados 
pelos executivos da empresa. Já projetos de 
investimento maiores necessitam de avaliação 
dos proprietários. Empresas do tipo sociedade 
anônima com negociação de ações em bolsa de 
valores submetem os projetos de maior valor ao 
conselho de administração. A consideração sobre 
o valor que determina projetos de investimentos 
pequenos ou grandes é contextual ao tamanho 
da empresa.
b) Por nível de dependência: existem projetos de 
investimento que são mutuamente exclusivos, ou 
seja, a escolha do projeto A implica na exclusão do 
9
https://financetrain.com/the-capital-budgeting-process/
https://financetrain.com/the-capital-budgeting-process/
projeto B. Projetos de investimento também podem 
ser classificados como complementares: o projeto 
A é condição para execução do projeto B, ou ainda, 
o projeto B promete melhor resultado se o projeto 
de investimento A for executado. Existem projetos 
de investimento que são substitutos. Nesse caso, 
a execução de um dado projeto A projeta decrés-
cimo de resultado, ou seja, impacto negativo no 
projeto B. Por último, projetos de investimentos 
podem ser classificados como independentes, caso 
sejam indiferentes se um ou outro for aprovado 
para investimento.
c) Por tipo de fluxo de caixa: um projeto de inves-
timento que apresenta fluxo de caixa caracterizado 
por início com saídas (fluxos negativos) geralmente 
representadas pelo investimento inicial e/ou início 
da operação ainda no prejuízo e seguidas por en-
tradas caixa nos fluxos seguintes é classificada 
como convencional. No entanto, alguns projetos 
são classificados como não convencionais, se há 
mais de uma mudança entre fluxo de caixa nega-
tivo e positivo.
É igualmente importante considerar que os projetos 
de investimento que compõem o orçamento de 
capital dizem respeito aos planos de desenvolvi-
mento de novos produtos ou competição em novos 
mercados ou planos de expansão de produtos e 
de mercados existentes. O orçamento de capital 
10
também pode se referir a projetos de substituição 
de ativos (máquinas e equipamentos) ou reformas 
que têm como objetivo a redução de custos ope-
racionais ou a continuação das operações. Assim, 
os projetos de investimento que constituem o 
orçamento de capital são derivados de ideias e 
oportunidades de investimento normalmente re-
lacionados em três categorias: criação de novos 
produtos/serviços, redução de custos/despesas 
operacionais e substituição de ativos (máquinas, 
equipamentos e imóveis) existentes.
Observe, abaixo, alguns questionamentos que 
podem originar projetos de investimento nessas 
categorias:
 y A empresa deve começar uma linha de novos 
produtos que requerem investimentos em fábricas, 
equipamentos e estoques;
 y A empresa deve investir em equipamento au-
tomatizado que permitirá uma redução nos custos 
de mão de obra?
 y A empresa deve substituir a fábrica existente 
a fim de expandir sua capacidade ou diminuir os 
custos operacionais? (BODIE; MERTON, 2002, p. 180)
As decisões empresariais de longo prazo que 
impactam os resultados futuros iniciam por meio 
do orçamento de capital. Como estudado ante-
riormente, o orçamento de capital é um proces-
11
so que deve ser aplicado para avaliar decisões 
estratégicas que resultem em criação de valor e 
maximização de riqueza. O desenvolvimento e o 
acompanhamento desse processo de orçamento 
de capital apresentam quatro etapas:
1) Identificação de oportunidades de investimento: 
a identificação de oportunidades de investimento 
é uma etapa muito importante do orçamento de 
capital. Essas oportunidades são criadas a partir 
de ideias provenientes de várias fontes, como dire-
tores executivos, colaboradores e departamentos 
funcionais.
2) Análise e avaliação de projetos: o fundamento 
para aceitar ou rejeitar um projeto de investimento 
que compõe um orçamento de capital é o fluxo de 
caixa esperado. Portanto, todas os projetos de in-
vestimento são analisados a partir dos seus fluxos 
de caixa. O fluxo de caixa projetado é a base para 
determinar a viabilidade de cada projeto.
3) Determinação do orçamento de capital: após 
selecionar os projetos de investimento viáveis, deve 
haver uma priorização, de acordo com os recursos 
disponíveis da empresa. O orçamento de capital 
determina um cronograma dos fluxos de caixa 
de cada projeto e compatibiliza os investimentos 
previstos com o plano estratégico da empresa. 
12
Alguns projetos de investimento podem ser viáveis, 
mas podem ser incompatíveis à estratégia geral.
4) Auditoria e controle: verificar se o previsto no 
orçamento está sendo realizado é tão importante 
quanto qualquer outro processo de orçamento de 
capital. Auditores podem comparar os resultados 
reais com os projetados. A empresa deve deter-
minar os responsáveis pela correspondência entre 
as projeções e os resultados reais. Lembre-se de 
que, se os fluxos de caixa do orçamento não forem 
realizados, o projeto pode causar danos irrepará-
veis à empresa.
O orçamento de capital é, portanto, parte fun-
damental para a tomada de decisão. É também 
parte relevante do planejamento empresarial, pois 
revela a análise e avaliação financeira dos planos 
de expansão da empresa. Entre as possíveis es-
colhas de projetos em um contexto de recursos 
escassos, o orçamento de capital é ferramenta 
fundamental para a melhor escolha que maximize 
os resultados para os proprietários e acionistas. É 
preciso ter extrema atenção sobre as técnicas e 
melhores práticas que proporcionem excelentes 
escolhas. A primeira delas é construir e determinar 
as projeções de fluxo de caixa do projeto.
Acesse o Podcast 1 em módulos
13
FUNDAMENTOS DOS 
FLUXOS DE CAIXA
Quando uma empresa relata seus lucros em seu 
demonstrativo de resultado (DRE – demonstrativo 
de resultado do exercício), essa é uma informação 
da contabilidade financeira. É importante diferen-
ciar o tipo de informação relatada na contabilida-
de financeira do regime de caixa da empresa. A 
contabilidade financeira é realizada pelo regime 
de competência, ou seja, o registro para consoli-
dação dos dados é realizado conforme a data do 
fato gerador (data da nota fiscal por exemplo). O 
regime de caixa que fundamenta as informações 
de fluxo de caixa e do caixa disponível na empresa 
se fundamenta na data, ou momento, de entrada 
e saída de dinheiro.
Como, entre outras coisas, a contabilidade finan-
ceira objetiva relatar o desempenho da empresa 
no período, determinadas técnicas – como depre-
ciação de ativos tangíveis e de longo prazo, como 
equipamentos, imóveis e veículos – são utilizadas 
para melhor destacar a saúde financeira no período 
relatado.
Para compreender a capacidade de geração de caixa 
da empresa (uma informação de suma importân-
cia para o gestor financeiro e para todo o público 
14
interessado) é importante entender, examinar e 
elaborar a demonstração do fluxo de caixa.
Reflita sobre este trecho do artigo Corporate Cash 
Flow: Understanding the Essentials: “Os negócios têm 
tudo a ver com comércio, a troca de valor entre duas 
ou mais partes e o dinheiro é o ativo necessário para 
participar do sistema econômico. Embora alguns se-
tores demandem mais dinheiro do que outros, nenhum 
negócio pode sobreviver a longo prazo sem gerar um 
fluxo de caixa positivo para seus proprietários. Para um 
fluxo de caixa positivo, as entradas de caixa de longo 
prazo de uma empresa devem exceder suas saídas decaixa de longo prazo.”
Disponível em: https://www.investopedia.com/investing/
read-corporate-cash-flow-statement.
O regime de competência que fundamenta a 
informação de receita considera uma venda efe-
tuada e aceita pelo cliente como receita na data 
assinalada no documento fiscal. Não importa se 
o pagamento será realizado em 60 meses (cinco 
anos), o resultado de venda será apurado no ano 
da venda. Para o regime de caixa, o que realmente 
importa são as datas previstas para recebimento 
efetivo. Além disso, outras entradas de caixa que 
não são relatadas nos resultados são relevantes 
para o fluxo de caixa. Por exemplo, investidores 
REFLITA
15
https://www.investopedia.com/investing/read-corporate-cash-flow-statement/
https://www.investopedia.com/investing/read-corporate-cash-flow-statement/
e credores financiando o ativo da empresa ou a 
venda de ativos depreciados.
Da mesma forma, uma saída de caixa ou fluxo de 
caixa negativo somente é efetivada pela visão do 
regime de caixa quando a transferência de fundos 
é realizada. Nesse sentido, são impactantes para 
o regime de caixa as saídas de dinheiro referentes 
a pagamento de dividendos aos acionistas, pa-
gamento de amortização de dívida aos credores, 
pagamento aos funcionários e fornecedores.
O fluxo de caixa é um índice do dinheiro recebido 
ou pago por uma empresa por um período espe-
cífico, que é necessário para manter os negócios 
funcionando continuamente. Todas as operações 
comerciais requerem dinheiro, o insumo básico e, 
sem ele, as operações da empresa podem até levar 
à insolvência. A empresa pode se tornar insolvente 
quando não é capaz de gerar caixa suficiente de 
fontes internas ou obter de fontes externas para 
sustentar as atividades operacionais, de investi-
mento e financiamento da empresa. É necessário 
um monitoramento, gerenciamento e determinação 
precisos do movimento de caixa, para permitir que 
os negócios proporcionem resultados financeiros 
interessantes. (MULENGA; BHATIA, 2017)
Considere que uma determinada fábrica de veículos 
tenha efetuado a compra de um robô que efetua 
16
a pintura de carrocerias pelo valor de $ 500 mil. 
A empresa negociou pagamento à vista e obteve 
desconto. Esse investimento significa uma saída 
de caixa (fluxo negativo) imediata. Porém, nos 
termos da contabilidade financeira, esse equipa-
mento representará despesas de depreciação nos 
próximos cinco anos. Considerando nesse exemplo 
a depreciação linear no valor de $ 100 mil por ano 
($ 500.000/5 anos), a contabilidade financeira irá 
informar no Demonstrativo de Resultado do Exer-
cício (DRE) uma redução desse valor de cem mil 
a cada ano, impactando os lucros operacionais da 
fábrica. Não obstante, o fluxo de caixa relativo a 
essa operação indica saída do dinheiro no momento 
inicial (período zero).
Na visão do orçamento de capital, o procedimen-
to de depreciação realizado pela contabilidade 
financeira não apresenta aplicação relativa ao 
investimento inicial realizado. Ainda seguindo o 
exemplo acima, caso a empresa optasse por pagar 
o equipamento de pintura veicular em dez anos 
com amortizações anuais de $ 60 mil (total de $ 
600 mil sem o desconto à vista), as saídas de caixa 
seriam representadas por esses fluxos negativos 
em cada período. Essas amortizações, por sua vez, 
não teriam nenhum impacto nos demonstrativos 
de resultado da empresa. Portanto, o lucro contábil 
é diferente do fluxo de caixa, pois determinadas 
17
técnicas contábeis, como a depreciação, determi-
nam discrepâncias entre os resultados contábeis 
e o fluxo de caixa.
Verifique o exemplo de um DRE simplificado de 
uma empresa:
Tabela 1: DRE simplificado
Receita Líquida 100.000,00
(-) CMV 30.000,00
= Lucro Bruto 70.000,00
(-) Despesas Gerais e Administrativas 20.000,00
(-) Depreciação 10.000,00
= Lucro Operacional 40.000,00
(-) Despesas Financeiras 5.000,00
= Resultado antes do IR 35.000,00
(-) Imposto de Renda 10.500,00
= Lucro líquido 24,500,00
Fonte: elaborada pelo autor
Observe que o Lucro Líquido apurado no período 
foi de $ 24,5 mil. 
Considere a depreciação de $ 10 mil.
O fluxo de caixa FC é dado por Lucro Líquido mais 
Depreciação. Portanto, no exemplo: FC = 24.500 + 
10.000 => $ 34.500,00.
Considere que, no período de apuração, houve um 
investimento de $ 5 mil na compra de computa-
18
dores, pagos à vista. E os antigos computadores 
foram vendidos por $ 500.
O fluxo de caixa da empresa FCE é, portanto, o fluxo 
de caixa FC menos investimentos realizados, menos 
capital de giro, mais baixas no ativo imobilizado. 
Assim, como não houve investimento em capital 
de giro: FCE = 34.500 – 5.000 + 500 = 30.000,00.
Agora considere que, no período anterior, houve 
aquisição de um equipamento no valor de $ 30 mil 
a serem pagos em três anos, em três prestações 
anuais. A parte que se refere aos juros pagos é 
contabilizada em Despesas Financeiras, mas o 
valor de $ 10.000 referente à amortização da dívida 
($ 30.000 / 3 anos) não é registrado pela conta-
bilidade financeira (não há relato no DRE sobre o 
valor de dez mil), pois faz parte de despesas de 
capital. Dessa maneira, o fluxo de caixa do proprie-
tário da empresa (ou acionistas) FCL no período 
é dado por: FCL = FCE – amortização de dívidas 
+ financiamentos obtidos. Portanto, ao FCE de $ 
30 mil subtrai-se os $ 10 mil de amortizações: FCL 
= 20.000,00.
Fluxo de Caixa (FC) = Lucro Líquido + Depreciação
Fluxo de Caixa da Empresa (FCE) = Fluxo de Caixa (FC) 
– investimentos realizados + baixas no ativo imobilizado
FIQUE ATENTO
19
Fluxo de Caixa Líquido (FCL) = FCE – amortização de 
dívidas + financiamentos obtidos
Por meio do demonstrativo de fluxo de caixa é pos-
sível examinar as transações de caixa (entradas e 
saídas) da empresa em um determinado período e 
analisar a formação do caixa após operações (FC), 
investimentos (FCE) e financiamentos (FCL). Por-
tanto, a demonstração do fluxo de caixa é dividida 
em fluxos operacionais, fluxos de investimento e 
fluxos de financiamento. 
Atenção a este trecho do artigo Understanding Cash 
Flow Statements: “A demonstração do fluxo de caixa 
fornece informações importantes sobre os recebimentos 
e pagamentos em dinheiro de uma empresa, durante um 
período contábil, bem como informações sobre as ativi-
dades operacionais, de investimento e de financiamento 
de uma empresa. Embora a demonstração de resultados 
forneça uma medida do sucesso de uma empresa, caixa 
e fluxo de caixa também são vitais para o sucesso de 
uma empresa a longo prazo. As informações sobre as 
fontes e os usos do caixa ajudam credores, investidores 
e outros usuários a avaliar a liquidez, a solvência e a 
flexibilidade financeira da empresa.”
Disponível em: https://www.cfainstitute.org/en/mem-
bership/professional-development/refresher-readings/
understanding-cash-flow-statements
SAIBA MAIS
20
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/understanding-cash-flow-statements
Os fluxos de caixa operacionais demonstram a 
capacidade da empresa de gerar caixa por meio de 
suas operações. São fontes de entradas de caixa 
operacionais: lucro líquido, depreciação, redução de 
contas a receber, redução de estoques, e aumento 
de contas a pagar. 
Os fluxos de caixa de investimento sinalizam a 
compra ou a venda de ativos. São fontes de en-
trada de caixa de investimento: redução de ativo 
não circulante, venda de ações.
Os fluxos de caixa de atividades de financiamento 
são gerados por meio do aumento do valor a pagar 
às instituições financeiras e aumento das dívidas 
de longo prazo. Pagamento de dividendos aos 
acionistas reduzem o caixa da empresa.
Observe um exemplo de demonstração do fluxo 
de caixa de uma empresa:
Tabela 2: Demonstração do fluxo de caixaBalanço DRE Saldo 
de 
caixa
Fluxo de caixa de ativi-
dades operacionais 2020 2019 2020 2020
Lucro Líquido após IR 24.500 24.500
Depreciação 10.000 10.000
Redução de contas a 
receber 4.500 5.000 500
Redução de estoques 10.000 11.200 1.200
21
Aumento de contas a 
pagar 9.300 9.000 300
Caixa gerado pelas ati-
vidades operacionais 36.500
Fluxo de caixa de ativi-
dades de investimento
Aumento no ativo não 
circulante 200.000 175.000 -25.000
Variação de participa-
ção acionária 50.000 50.000 --
Caixa gerado pe-
las atividades de 
investimento
-25.000
Fluxo de caixa 
de atividades de 
financiamento
Redução de institui-
ções financeiras a 
pagar
15.000 16.000 -1.000
Aumento das dividas 
de longo prazo 20.000 10.000 10.000
Dividendos pagos 14.500 -14.500
Caixa gerado pe-
las atividades de 
financiamento
14.500 -5.500
Variação líquida do 
caixa 6.000
Fonte: elaborada pelo autor
Observe as contas que aumentam ou reduzem o 
caixa da empresa. Por exemplo, nas atividades 
operacionais, o lucro líquido e a depreciação 
aumentam o caixa. Portanto, se houver prejuízo, 
o caixa será diminuído. A redução de estoques e 
contas a receber aumentam o caixa. Isso significa 
22
que, se a empresa aumentar estoques ou aumen-
tar contas a receber, vai haver uma redução do 
caixa operacional. Por outro lado, em relação às 
dívidas de curto prazo, um aumento significa que 
há aumento do caixa, pois o valor fica disponível 
para empresa. Em relação às atividades de inves-
timentos, ampliar ativos não circulantes deve gerar 
redução do caixa, pois deve haver desembolsos 
em relação ao valor do ativo adquirido. Por último, 
em relação às atividades de financiamentos, o 
aumento de dívida de longo prazo gera aumento 
de caixa, pois valores recebidos por empréstimo 
de longo prazo são disponibilizados na empresa. 
Enquanto pagar dividendos gera redução de caixa, 
pois a empresa está pagando parte dos resultados 
líquidos aos acionistas/proprietários.
É importante considerar a diferença entre o re-
sultado de lucro líquido e o resultado de saldo 
de caixa. O lucro líquido indica o resultado das 
operações da empresa no período por meio do 
regime de competência. Portanto, não revela qual 
foi a capacidade de geração de caixa da empresa 
neste mesmo período. Por esse motivo, algumas 
vezes, a empresa pode obter bons resultados de 
lucro, mas apresentar saldo de caixa negativo. Para 
o orçamento de capital, determinar o resultado de 
caixa é parte fundamental do processo de avaliação 
do investimento. 
23
O orçamento de capital apresenta três categorias 
de fluxo de caixa que são essenciais em sua ela-
boração. Os fluxos de caixa de investimento são 
comumente representados no início do projeto, 
pois se trata da saída de caixa inicial para que os 
investimentos sejam realizados e o projeto realizado 
materialmente. Essas saídas de caixa relativas ao 
investimento são denominadas de fluxos iniciais 
de caixa.
A parte operacional do projeto – relativa aos resul-
tados de vendas, custos e despesas planejados – é 
geralmente representada pela entrada de caixa. 
Todavia, é comum haver projetos de investimento 
que indicam caixa negativo nos primeiros anos, 
pois consideram uma fase inicial de maturação 
do negócio até que ele se torne positivo em anos 
posteriores. Esses fluxos de caixa operacionais 
compõem o orçamento de capital, no que se refere 
aos valores de caixa gerados pela realização do 
investimento.
No final do projeto é comum obter-se um saldo 
de caixa positivo, representado pela entrada de 
caixa por meio da venda dos ativos que já foram 
depreciados. Trata-se de fluxos terminais de cai-
xa, pois se referem à finalização das operações e 
liquidação do projeto.
24
“Fluxo de caixa incremental refere-se ao fluxo de caixa 
que é adquirido por uma empresa quando assume 
um novo projeto. Para estimar um fluxo de caixa in-
cremental, as empresas devem comparar o fluxo de 
caixa projetado, se ele assumir um novo projeto e, se 
não, levando em consideração como a aceitação de tal 
projeto pode afetar o fluxo de caixa de outra parte do 
negócio. No caso de uma redução no fluxo de caixa de 
outro aspecto ou produto resultar de um novo projeto, 
isso é chamado de canibalização. O fluxo de caixa in-
cremental é importante no orçamento de capital, pois 
ajuda a prever o fluxo de caixa no futuro e a determinar 
a lucratividade de um projeto.”
What is Incremental Cash Flow? In: Corporate Finance 
Institute. Disponível em: 
https://www.cfainstitute.org/en/membership/
professional-development/refresher-readings/
cost-capital
Na seção seguinte, você aprenderá a estabelecer 
projeções de fluxo de caixa que são essenciais 
para a elaboração de um orçamento de capital 
tecnicamente perfeito.
Acesse o Podcast 2 em módulos
SAIBA MAIS
25
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital
https://www.cfainstitute.org/en/membership/professional-development/refresher-readings/cost-capital
PLANEJAMENTO E 
ACOMPANHAMENTO DOS 
FLUXOS DE CAIXA
Agora que você já sabe os fundamentos do fluxo 
de caixa, esta seção abordará os primeiros pas-
sos para determinar e projetar os fluxos de caixa 
relevantes para o orçamento de capital.
A primeira estimativa de fluxo refere-se à projeção 
de investimentos necessários para realização do 
projeto. Normalmente, essa projeção irá envolver 
o orçamento de aquisição e instalação de equipa-
mentos e/ou imóveis e o capital de giro necessário 
à operação do projeto.
Você lembra como calcular o capital de giro?
Capital de giro é uma medida das finanças operacionais 
da empresa, pois acusa a situação de curto prazo para 
financiamento das operações. No orçamento de capital 
ele se faz necessário para garantir que os investimen-
tos iniciais serão capazes de garantir a operação real 
do projeto.
Fórmula de capital de giro:
Ativo circulante / Passivo circulante = Índice de capital 
de giro
REFLITA
26
Se a empresa possui um ativo circulante de $ 100 mil 
e um passivo circulante de $ 50 mil, o índice de capital 
de giro é 2 / 1. Ou seja, para cada $ de valor no passivo 
circulante a empresa possui $ 2 no ativo circulante. Isso 
informa quanto dinheiro a empresa tem prontamente 
disponível para atender às despesas operacionais atuais.
Fórmula do capital de giro líquido:
Ativo circulante – Passivo circulante = Capital de giro 
líquido
Para o cálculo do capital de giro, considere os ativos 
de curto prazo (caixa, contas a receber e estoque) e os 
passivos de curto prazo (contas a pagar – fornecedores 
e outros credores e despesas acumuladas com salários, 
impostos e outros gastos).
No exemplo da tabela abaixo, o fluxo de caixa 
de investimentos é composto pela aquisição de 
equipamento e pela estimativa de capital de giro.
Tabela 3: Estimativa de Fluxo de Caixa de Investimento
Item de investimento Valor
Equipamento 14.000,00
Instalação 1.000,00
Capital de Giro 2.000,00
Total do FCI 17.000,00
Fonte: elaborado pelo autor
27
Fluxo de Caixa de Investimentos (FCI) = Aquisição/
construção de imóveis + Aquisição e instalação de 
equipamentos + Capital de Giro 
Em seguida, projeta-se os fluxos de caixa da ope-
ração do equipamento. Considere a estimativa de 
fluxo de caixa:
Tabela 4: Estimativa de Fluxo de Caixa Operacional
A Vendas 1.000 unidades
B Preço líquido 50,00
C Receita líquida 50.000,00 = A x B
D Custo variável 15,00 $ por unidade
E Custo variáveis 15.000,00 =A x D
F Despesas fixas 20.000,00
G Custo operacionais totais 35.000,00 = E + F
H Lucro operacional 15.000,00 = C - G
I Impostos - 40% 6.000,00 = H x 0,4
J Lucro Operacional após 
impostos
9.000,00 = H - I
Fonte: elaborado pelo autor
Observe que o Lucro Operacional foi obtido pela 
receita menos custos fixos e variáveis. Após dedu-
ção dos impostos, obteve-se o Lucro Operacional 
após Impostos. Agora, considere a tabela que 
indica algumas das despesas fixasnormalmente 
incorridas:
FIQUE ATENTO
28
Tabela 5: Exemplos de Custos Fixos
Despesas Fixas
Aluguel Limpeza e conservação
Administração Marketing
Depreciação Tecnologia da Informação
Fonte: elaborado pelo autor
Em destaque na tabela acima, está a despesa 
discriminada como Depreciação. Como essa des-
pesa não representa desembolso, ou seja, saída 
de caixa, para o fluxo de caixa operacional não se 
considera a depreciação. Assim, o fluxo de caixa 
operacional é dado pelo Lucro Operacional menos 
Impostos mais a depreciação.
Fluxo de Caixa Operacional (FCO) = Lucro Operacional 
– Impostos + Depreciação
O exemplo do projeto de investimento em equipa-
mento com valor de $ 15.000,00 (aquisição mais 
instalação) com depreciação em 5 anos produz 
a despesa de depreciação linear em $ 3.000,00 
por ano. Portanto, o Fluxo de Caixa Operacional é 
estimado em Lucro Operacional (5.000,00) menos 
Impostos (2.000,00) mais depreciação (3.000,00): 
6.000,00 por ano.
Em projetos de investimento, que são referentes 
a equipamentos com vida útil especificada no 
FIQUE ATENTO
29
orçamento de capital, é importante considerar 
o fluxo terminal de caixa pelo valor da venda do 
equipamento usado menos os eventuais custos 
de reparo, limpeza e remoção e subtraindo-se tam-
bém os possíveis impostos sobre essa venda. No 
exemplo, considere 10% do valor do equipamento 
como valor terminal – $ 1.400,00 (sem impostos) 
menos despesas de limpeza e remoção de $ 100,00: 
Fluxo de Caixa Terminal de $ 1.300,00.
Por fim, a figura abaixo ilustra o orçamento de capital 
referente ao exemplo de um projeto de investimento 
relativo à aquisição de um equipamento.
Figura 1: Exemplo de fluxo de caixa da aquisição de um 
equipamento
14.000
+1.000
+2.000
17.000
6.000 6.000 6.000 6.000
6.000
+1.300
7.300
Fonte: Elaborado pelo autor
O valor de $ 17.000 representa saída de caixa re-
ferente ao FCI (fluxo de caixa do investimento) os 
valores de $ 6.000 são referentes ao FCO (fluxo de 
30
caixa operacional) e o valor de $ 1.300 é relativo 
ao FCT (fluxo de caixa terminal).
O exemplo seguinte é sobre um projeto de inves-
timento em que você pode analisar e verificar as 
diversas perspectivas: do projeto, da empresa e o 
dos investidores.
Considere um projeto de investimento em uma 
máquina que custa $ 5.000 e, para operacionalizar, 
necessita-se de um capital de giro de $ 1.000. Os 
investidores irão recorrer a um empréstimo de $ 
4.000 para poder realizar o projeto. Esse financia-
mento será obtido com juros de $ 250 por ano e 
amortização de $ 1.000 por ano, em quatro anos. As 
receitas estimadas são de $ 10.000 por ano. Custos 
de $ 3.000 e despesas de $ 2.000. Depreciação 
anual de $ 500 e imposto de renda (IR) em 40%.
Observe as projeções na tabela abaixo.
Tabela 6: Projeto de investimento: três perspectivas
DRE e itens de 
investimento
Ano 
0
Ano 
1
Ano 
2
Ano 
3
Ano 
4
Receita 10.000 10.000 10.000 10.000
Custos 3.000 3.000 3.000 3.000
Lucro Bruto 7.000 7.000 7.000 7.000
Despesas ADM e 
gerais
2.000 2.000 2.000 2.000
Depreciação 500 500 500 500
Lucro operacional 4.500 4.500 4.500 4.500
Despesas Financei-
ras (Juros)
250 250 250 250
31
Lucro antes do IR 4.250 4.250 4.250 4.250
IR 40% 1.700 1.700 1.700 1.700
Lucro Líquido 2.550 2.550 2.550 2.550
Fluxo de caixa (LL + 
Depreciação)
3.050 3.050 3.050 3.050
Investimento 
Imobilizado
5.000
Investimento Capital 
de Giro
1.000
Fluxo de caixa da 
Empresa
- 6.000 3.050 3.050 3.050 3.050
Financiamentos do 
projeto
4.000
Amortização de 
dividas
- 1.000 - 1.000 - 1.000 - 1.000
Fluxo de caixa livre 
(investidores)
- 2.000 2.050 2.050 2.050 2.050
Fonte: elaborado pelo autor
Perceba que o fluxo de caixa do projeto é igual ao 
Lucro Líquido mais depreciação: $ 2.200 anuais. 
O fluxo de caixa da empresa é o fluxo de caixa do 
investimento ($ 6.000) mais o fluxo de caixa do 
projeto. Por sua vez, o fluxo de caixa dos investi-
dores, que é o fluxo de caixa livre, é dado pelo fluxo 
de caixa da empresa mais o financiamento que 
foi obtido menos o pagamento das amortizações.
Nesse exemplo, você aprendeu a aplicar e analisar 
as entradas e saídas de caixa relevantes, por meio 
da projeção do demonstrativo de resultado (DRE) 
nas três perspectivas do orçamento de capital: 
projeto, empresa e investidores.
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A peça fundamental do orçamento de capital é 
o projeto de investimento. O planejamento finan-
ceiro de investimentos é realizado por meio da 
projeção de entradas e saídas de caixa relativas 
aos investimentos a serem feitos, os ganhos com 
as operações e o valor terminal no encerramento 
operacional do projeto de investimento realizado. 
Esses itens são a essência de todo orçamento de 
capital.
O orçamento de capital é o processo empresarial 
executado pela área financeira que tem como ob-
jetivo principal avaliar e determinar os melhores 
projetos de investimento. Ou seja, aquelas alter-
nativas de criação de novos produtos, redução de 
custos operacionais ou renovação de ativos que 
maximizam a riqueza dos proprietários e acionistas 
da empresa.
Neste módulo, você aprendeu que uma parte essen-
cial dos projetos de investimentos componentes 
do orçamento de capital são as projeções de fluxos 
de caixa (entradas e saídas) com a perspectiva 
financeira e não contábil. Também assimilou que 
esses fluxos de caixa são relativos a investimentos, 
operação e encerramento da atividade e que seus 
aspectos envolvem a visão do projeto, da empresa 
e dos investidores.
33
• Tamanho
• Nível de dependência
  Mutuamente exclusivos
  Complementares
  Independentes
• Tipo de fluxo de caixa
Projetos de investimento são classificados por:
• Fluxo de caixa do projeto
• Fluxo de caixa da empresa
• Fluxo de caixa do investidor
Diferentes perspectivas do fluxo de caixa:
• Fluxos operacionais
• Fluxos de investimento
• Fluxos de financiamento
A demonstração do fluxo de caixa é dividida por:
• Criação de novos produtos/serviços
• Redução de custos/despesas operacionais
• Substituição de ativos
Projetos de investimento são originados em três categorias de ideias:
• Identificação de oportunidades de investimento
• Análise e avaliação de projetos
• Determinação do orçamento de capital
• Auditoria e controle
Etapas do orçamento de capital:
• Fluxos iniciais 
• Fluxos operacionais
• Fluxos terminais/residuais
Categorias de fluxo de caixa na sua elaboração:
O orçamento de capital é parte do planejamento estratégico 
empresarial e é composto por projetos de investimento.
O fluxo de caixa representa as previsões de saída e entrada de dinheiro 
no regime de caixa e não no regime de contábil de competência.
O fluxo de caixa incremental considera a adição de caixa 
proporcionada pelo projeto em substituição à condição anterior.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
AVANÇADA
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BODIE, Z.; MERTON, R. C. Finanças. Porto Alegre: 
Bookman, 2002.
BREALEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, F. 
Princípios de finanças corporativas. 12. ed. 
Porto Alegre: AMGH, 2018. [Minha Biblioteca]
BRIGHAM, E. F.; EHRHARDT, M. C. Administração 
financeira: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: 
Cengage Learning, 2016. [Minha Biblioteca]
BYERS, S. F.; GROTH, J. C.; RICHARDS, R. M.; 
WILEY, M. K. Capital investment analysis for 
managers. Management Decision, v. 35, pp. 250-
257, Mar-Apr, 2017. 
CLEMENTE, A.; SOUZA, A. Análise econômico-
financeira de Projetos. In: Projetos empresariais 
e públicos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
CURY, M. V. Q.; SOUZA, C. P.; GONÇALVES, D. A.; 
ABREU FILHO, J. C. F. Finanças corporativas. Rio 
de Janeiro: Ed. FGV, 2012.
EITEMAN, D. K.; STONEHILL, A. I.; MOFFETT, 
M. H. Administração financeira internacional. 
12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. [Minha 
Biblioteca]
GITMAN, L. J. Princípios de administração 
financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, 2002.
GRAHAM, J. R.; HARVEY, C. R. The theory and 
practice of corporate finance: evidence from 
the field. Journal of FinancialEconomics, v. 61, 
2001.
HOJI, M. Administração financeira e 
orçamentária: matemática financeira aplicada, 
estratégias financeiras e orçamento empresarial. 
12. ed. São Paulo: Atlas, 2017. [Minha Biblioteca]
MULENGA, M.; BHATIA, M. The review of 
literature on the role of earnings, cash flow 
and accruals in predicting future cash flows. 
Accounting and finance Research, v. 6, n. 2, pp. 
59-70, 2017.
NETO, A. A.; LIMA, F. G. Curso de administração 
financeira. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2019. [Minha 
Biblioteca]
PADOVEZE, C. L. Administração financeira: uma 
abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2016. 
[Minha Biblioteca]
ROSS, S. A. et al. Fundamentos de administração 
financeira. 9. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013. 
[Minha Biblioteca]
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. 
Administração financeira. São Paulo: Atlas, 
1995.
SOUZA, A. B. Curso de administração financeira 
e orçamento: princípios e aplicações. São Paulo: 
Atlas, 2014. [Minha Biblioteca]
	Introdução
	Conceito e definição do orçamento de capital
	Fundamentos dos fluxos de caixa
	Planejamento e acompanhamento dos fluxos de caixa
	Considerações finais
	Referências Bibliográficas & Consultadas

Continue navegando