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apostila periodontia

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EMILLY PEREIRA 
 Apostila de Periodontia
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PERIODONTO .
 
MUCOSA ORAL;
-mucosa oral que reveste o restante da cavidade oral .
-gengiva é o que revestimento do palato duro
 (denominados de mucosa mastigatoria) 
-dorso da lingua , revestido pela mucosa especializada .
-todo epitelio queratinizado é espranquiçado
-queratina= proteçao do epitelio 
 
-(a gengiva é parte da mucosa oral que recobre os processos alveolares dos maxilares e circunda a área cervical dos dentes);
-O dorso da língua, revestido pela mucosa especializada; e
-A mucosa oral que reveste o restante da cavidade oral.
GENGIVA;
-Aspectos Clínicos;
Em um adulto, a gengiva normal recobre o osso alveolar e a raiz dental, estendendo-se a um nível ligeiramente coronal à junção amelocementária. A gengiva é dividida anatomicamente em marginal, inserida e área interdental.
-GENGIVA MARGINAL; 1mm de largura , colada no dente onde tem os varios pontinhos A gengiva marginal ou livre é a porção terminal ou borda gengival que circunda os dentes em forma de colar ,Em cerca de 50% dos casos, ela é demarcada na gengiva inserida adjacente por uma depressão linear rasa, denominada ranhura gengival livre, a marginal livre, forma a parede de tecido mole do sulco gengival, pode ser separada da superfície dental com o auxílio de uma sonda periodontal. O ponto mais apical do arco côncavo da gengiva marginal é chamado de zênite gengival, cujas dimensões apicocoronal e mesiodistal variam entre 0,06 e 0,96 mm .
-RANHURA GENGIVAL = ponto maior da gengiva livre, é uma depressao 
SULCO GENGIVAL= espaço onde pasa o fio dental, é o espaço ou fenda rasa ao redor dos dentes delimitada pela superfície dental de um lado e pelo epitélio que reveste a gengiva marginal livre do outro. Tem a forma de V, o que permite somente a entrada de uma sonda periodontal. Em gengivas humanas clinicamente saudáveis, é comum encontrar um sulco, cuja profundidade pode variar, sendo relatada em cerca de 1,8 mm, mas com variações entre 0 e 6 mm em diferentes estudos. A determinação da profundidade desse sulco clinicamente envolve o uso de uma sonda periodontal para estimar a distância que ela penetra, mas essa profundidade não precisa ser a mesma da profundidade histológica do sulco. A penetração da sonda depende de diversos fatores, como o diâmetro da sonda, a força aplicada e a inflamação tecidual, resultando em uma profundidade de sondagem de 2 a 3 mm em sulcos gengivais clinicamente normais em seres humanos.
ZENITE GENGIVAL= esta na área de ranhura gengival. , é imaginario, quando sorri é o ponto mais alto da sua gengiva – centralizado mas esta um pouco para a distal 
 
GENGIVA INSERIDA;
A gengiva inserida é uma parte da gengiva firme e aderida ao osso alveolar. Sua largura varia em diferentes áreas da boca, sendo maior nos incisivos e mais estreita nos posteriores. A junção mucogengival marca a transição entre a gengiva inserida e a mucosa alveolar móvel. Essa largura aumenta com a idade e em dentes supraerupcionados. Na mandíbula, a gengiva inserida se conecta à mucosa alveolar lingual, enquanto na maxila, se mistura com a mucosa palatina, ambas firmes e resilientes.
- grudada no osso, tem muita queratina, por isso é mais esbranquiçada.
-A largura da gengiva inserida na face vestibular difere em diversas áreas da boca.Usualmente é maior na região de incisivos (3,5 a 4,5 mm na maxila e 3,3 a 3,9 mm na mandíbula) e mais estreita nos segmentos posteriores ( 1,9 mm nos pré-molares superiores e 1,8 mm nos inferiores)
GENGIVA INTERPROXIMAL:
-ocupa ameia gengival que é o espaço interproximal sobre a área de contato interproximal.
- região de papila
-ponto de contato, onde tem contato interproximal.
A PAPILA interdental ocupa a ameia gengival, que é o espaço interproximal sob a área de contato do dente. Pode ter uma forma piramidal ou em "col". Sua forma depende da presença de um ponto de contato entre os dentes, da distância até a crista óssea e da retração da gengiva. As superfícies vestibulares e linguais se estreitam em direção ao ponto de contato, enquanto as superfícies mesiais e distais são levemente côncavas. As bordas e pontas das papilas são formadas pela gengiva marginal dos dentes adjacentes, enquanto a porção central é a gengiva inserida. Em casos de diastema, a gengiva é aderida ao osso interdental, formando uma superfície lisa e arredondada sem papilas interdentais.
CORRELACAO DAS CARACTERISTICAS CLINICAS E MICROBIOLOGICAS; O entendimento das características clínicas normais da gengiva envolve a interpretação das estruturas microscópicas que a compõem. A cor da gengiva inserida e marginal é geralmente descrita como "rosa coral" e varia de pessoa para pessoa, influenciada pelo suprimento sanguíneo, espessura, grau de queratinização do epitélio e pigmentação celular. A gengiva inserida é distinta da mucosa alveolar adjacente na porção vestibular, apresentando uma linha mucogengival clara. A mucosa alveolar, por outro lado, é vermelha, lisa e brilhante, devido a diferenças microscópicas, como a espessura e queratinização do epitélio, bem como a organização do tecido conjuntivo.
A melanina é um pigmento marrom presente na pele, gengiva e membranas mucosas orais. É comum em todos os indivíduos, mas está ausente ou em quantidade muito reduzida em pessoas albinas. A pigmentação melânica é mais evidente em pessoas de raça negra. O ácido ascórbico pode reduzir essa pigmentação gengival.
-A repigmentação oral se refere ao retorno do pigmento de melanina após um período de despigmentação devido a vários fatores. No entanto, não existe um tratamento definitivo para a repigmentação dos tecidos orais após procedimentos cirúrgicos.
Mudanças no tamanho da gengiva são comuns em doenças periodontais, sendo o tamanho influenciado pelo volume das estruturas celulares e intercelulares, além do suprimento sanguíneo.
O contorno da gengiva varia de acordo com o formato dos dentes, seu alinhamento e as dimensões das áreas de contato e das ameias gengivais. A gengiva marginal segue um contorno semelhante a um colarinho, sendo retilínea em dentes com superfícies planas e acentuada em dentes com convexidade mesiodistal ou giroversão. O biotipo do tecido gengival também varia, com algumas pessoas tendo gengiva fina e outras gengiva espessa.
O formato da gengiva interdental é influenciado pelas superfícies proximais dos dentes e pela largura das ameias gengivais. Superfícies proximais planas resultam em gengiva interdental estreita, enquanto superfícies proximais alargadas resultam em gengiva interdental mais larga. A altura da papila interdental varia com a localização dos pontos de contato proximais.
A consistência da gengiva é firme e resiliente, exceto na margem livre, que é móvel. Isso se deve à natureza colágena da lâmina própria e sua aderência ao osso alveolar subjacente, juntamente com as fibras gengivais que contribuem para a firmeza da gengiva marginal.
A textura superficial da gengiva :
-é chamada de "pontilhada," semelhante à casca de uma laranja. Geralmente, a gengiva inserida é pontilhada, enquanto a gengiva marginal não apresenta esse padrão. A papila interdental pode ter uma parte central pontilhada, com bordas marginais lisas. O pontilhado varia entre indivíduos e pode ser menos visível nas superfícies linguais e até ausente em alguns. Microscopicamente, o pontilhado resulta da alternância entre elevações e depressões na superfície gengival, com a camada papilar do tecido conjuntivo projetando-se nas elevações. O pontilhado é uma característica da gengiva saudável e pode ser perdido na doença periodontal, mas pode ser recuperado após tratamento.
A posição da gengiva em relação ao dente muda à medida que os dentes erupcionam. Isso ocorre durante a erupção dental contínua, que envolve a erupção ativa (movimento dos dentes em direção ao plano oclusal) e a erupção passiva (exposição dos dentes devido à migração apical da gengiva).
De acordo com o conceito da erupção contínua, a erupção é coordenada pela atrição para manter a proporçãoadequada entre a coroa clínica e a raiz clínica, evitando forças excessivas sobre os tecidos periodontais. A exposição dos dentes devido à migração apical da gengiva é chamada de retração gengival ou atrofia. A erupção passiva é considerada um processo patológico e envolve estágios que resultam na degeneração das fibras gengivais e do ligamento periodontal.
Em resumo, a posição da gengiva em relação ao dente é dinâmica e varia durante a erupção dental contínua, com a erupção ativa e passiva desempenhando papéis importantes. A exposição dos dentes devido à migração apical da gengiva pode ser normal (retração fisiológica) ou patológica (retração patológica).
ASPECTOS GERAIS DE BIOLOGIA DO EPITELIO GENGIVAL;
-principal célula; queratinócitos 
O epitélio gengival é principalmente composto por queratinócitos, células que desempenham um papel crucial na proteção das estruturas subjacentes. Eles passam por um processo de diferenciação chamado queratinização, resultando em células achatadas sem núcleos na camada superficial do epitélio. Embora algumas partes do epitélio gengival sejam semelhantes à pele em sua queratinização completa, outras permanecem em estágios intermediários, podendo mudar dependendo das condições fisiológicas ou patológicas. Além dos queratinócitos, outras células, como células de Langerhans, células de Merkel e melanócitos, também estão presentes no epitélio gengival.
O epitélio gengival desempenha um papel ativo na defesa imune do hospedeiro, respondendo interativamente às bactérias. Além de atuar como barreira física, ele participa na resposta à infecção, sinalizando reações do hospedeiro e integrando respostas imunes inatas e adquiridas. 
-O epitélio gengival é um revestimento contínuo de epitélio escamoso estratificado, composto por três áreas morfológicas e funcionais: o epitélio externo ou oral, o epitélio sulcular e o epitélio juncional.
O epitélio gengival apresenta diferentes tipos de queratinização, como paraqueratinizado e não queratinizado, com algumas áreas retendo núcleos e grânulos querato-hialinos dispersos. Além dos queratinócitos, também são encontradas células não queratinócitas, como melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel.
- desempenha funções de proteção das estruturas subjacentes e interação seletiva com o ambiente oral. Sua estrutura envolve a camada basal, camada espinhosa, camada granular e camada córnea. A queratinização completa resulta em uma camada córnea superficial semelhante à pele, mas outras áreas permanecem em estágios intermediários de queratinização. A lâmina basal conecta o epitélio ao tecido conjuntivo subjacente e age como uma barreira para partículas, sendo composta por laminina e colágeno tipo IV.
- apresenta variações morfológicas regionais, como os epitélios oral, sulcular e juncional, cada um com funções específicas. As células epiteliais são metabolicamente ativas e respondem a estímulos externos, sintetizando várias moléculas importantes. A queratinização da mucosa oral varia em diferentes áreas, com a ordem de palato (mais queratinizado), gengiva, face ventral da língua e mucosa jugal (menos queratinizada). 
- principal função do epitélio gengival é proteger as estruturas profundas
- a queratinização gengival diminui com a idade.
- ordem de grau de queratina : palato ( mais queratinizado, gengiva , face ventral da lingua e mucosa jugal. 
- bolsa periodontal: quando há deslocamento das fibras devido inflamação 
EPITELIO ORAL EXTERNO: 
-cobre a crista e a superfície exterior da gengiva livre e da gengiva inserida.
- de 0,2 a 3mm de espessura 
- 4 camadas : basal( estrato germinativo) de células espinhosas(estrato espinhoso), granular ( estrato granular) e córnea ( extrato córneo) 
EPITELIO SULCULAR;
O epitélio sulcular é uma camada fina de tecido que reveste o sulco gengival. Ele é composto por um tipo de epitélio escamoso estratificado não queratinizado e estende-se da parte superior do epitélio juncional até a margem da gengiva. O epitélio sulcular geralmente contém células com degeneração hidrópica. Curiosamente, esse tecido tem a capacidade de queratinizar se for exposto à cavidade oral ou se a microbiota bacteriana no sulco for eliminada. Por outro lado, quando entra em contato com o dente, o epitélio externo perde sua queratinização, sugerindo que a irritação local do sulco pode impedir esse processo de queratinização.
EPITELIO JUNCIONAL:
- sua importância: onde nos fazemos a raspagem; a raspagem é importante para o epitélio grudar novamente.
-Só é formado quando o dente se erupciona 
-composto por uma banda de epitélio escamoso estratificado não queratinizado 
-uniao de epitélio juncional ao dente é reforçado pelas fibras gengivais.
- quando tem inflamação as fibras são descoladas 
- O epitélio juncional é uma camada fina de tecido que se encontra na junção entre a gengiva e o dente. Ele é composto por várias camadas de células e tem a função de proteger a superfície dental contra as bactérias, permitindo também a passagem de fluidos e células do sistema imunológico. Sua aderência à superfície dental é reforçada por estruturas chamadas hemidesmossomos. Além disso, o epitélio juncional é parte de uma unidade funcional chamada unidade dentogengival, que inclui as fibras gengivais. Esse tecido desempenha um papel importante na manutenção da saúde bucal e na resposta do sistema imunológico a possíveis ameaças.
TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL:
PRINCIPAIS COMPONENTES: fibras colágenas 60% em volume, fibroblastos 5%, vasos e nervos e matriz ( aproximadamente 35% 
Fibras colágenas ,reticulares e elásticas.
-A matriz extracelular é composta por substância fundamental, que preenche o espaço entre as fibras e as células. Essa substância é composta principalmente por proteoglicanos e glicoproteínas, como ácido hialurônico e fibronectina, que desempenham um papel importante na adesão e migração celular.
-Existem três tipos principais de fibras no tecido conjuntivo gengival: colágenas (tipo I e tipo IV), reticulares e elásticas. O colágeno tipo I é o mais abundante e fornece resistência à tração ao tecido. O colágeno tipo IV se ramifica entre os feixes de colágeno tipo I e está associado às fibras da membrana basal e das paredes dos vasos sanguíneos.
-O sistema de fibras elásticas é composto por diferentes tipos de fibras elásticas e está distribuído entre as fibras colágenas. As fibras de ancoragem densamente agrupadas que se ligam ao cemento abaixo do epitélio juncional desempenham um papel fundamental na estabilidade da inserção da gengiva à superfície dental, impedindo a migração apical do epitélio juncional. 
FIBRAS GENGIVAIS 
- As fibras gengivais são estruturas de colágeno tipo I encontradas no tecido conjuntivo da gengiva marginal. Elas têm três principais funções:
Ancorar firmemente a gengiva marginal ao dente.
Fornecer a rigidez necessária para resistir às forças da mastigação sem se deslocar da superfície dental.
Conectar a gengiva marginal livre ao cemento radicular e à gengiva inserida adjacente.
-FIBRAS DENTOGENGIVAIS: localizada nas superfícies vestibular , lingual e interproximal
-FIBRAS CIRCULARES: circundam o dente 
-FIBRAS INTERPROXIMAIS: feixes horizontais entre o cemento de dois dentes 
-FIBRAS SEMICIRCULARES: superfície proximal de um dente , imediatamente abaixo da junção amelocementária 
-FIBRAS TRANSGENGIVAIS: vai de um dente ao outro passando por vestíbulo\lingual.
-no momento da raspagem todas as fbras são rompidas.
 Essas fibras desempenham um papel fundamental na manutenção da integridade da gengiva e na ancoragem dos dentes ao osso alveolar. As forças de tração produzidas pelos fibroblastos na matriz extracelular são responsáveis por manter essa conexão sólida.
LIGAMENTO PERIODONTAL =0,2mm
-tecido conjuntivo ricamente vascularizado
-responsável pela mobilidade do dente 
-acompanha a crista alveolar 
-circunda a raiz dentaria ate o osso alveolar 
-absorção de choques 
-unir o dente ao osso 
- transmitir forças oclusais para o osso
-protege vasos e nervos dos danos mecânicos 
O ligamentoperiodontal é um tecido que conecta os dentes ao osso e desempenha várias funções essenciais:
Formação e Remodelação: Ele ajuda na formação e reabsorção do cemento e do osso, respondendo às forças da mastigação e ortodônticas.
Nutrição e Sensação: Fornecimento de nutrientes para os tecidos dentários e transmitindo sensações táteis, de pressão e dor.
Regulação da Largura: Pode se ajustar rapidamente às mudanças funcionais para manter sua largura constante, o que é crucial para o suporte dos dentes.
DENTE ANQUILOSADO: não tem ligamento periodontal, ele fica imóvel, não consegue se movimentar.
-elemento mais importante: fibras principais 
•As FIBRAS PRINCIPAIS do ligamento periodontal são organizadas em seis grupos que se estabelecem sequencialmente na raiz em desenvolvimento: transeptal, da crista alveolar, horizontal, oblíqua, apical e inter-radicular.
CEMENTO;
-tecido calcificado e avascular que forma a cobertura exterior da raiz anatômica.
-primário e secundário 
-cementoblastos e cementositos 
-junção amelocementária= esmalte e cemento.
-junção amelodentinaria: cemento e dentina 
-hipercementose
 
PROCESSO ALVEOLAR;
O processo alveolar é a parte da maxila e mandíbula que sustenta os dentes e é moldado pela presença e função dos dentes. Ele consiste em camadas externas de osso compacto, uma parede interna chamada lâmina dura e tecido ósseo esponjoso. O osso é composto principalmente por minerais de cálcio e fosfato, além de colágeno. O processo alveolar é constantemente remodelado ao longo da vida, equilibrando a deposição óssea pelos osteoblastos e a reabsorção pelos osteoclastos. Sua forma geralmente permanece estável, mas pode ser influenciada por forças oclusais e procedimentos ortodônticos.
-forma e sustenta os alvéolos dentários 
-insere o osso no dente 
-porção externa de osso, cortical
-parede interna do alvéolo formada por um osso fino e compacto identificado na radiografia como lamina dura.
-trabéculas esponjosas.
INSTRUMENTAL EM PERIODONTIA RASPAGEM DENTAL;
-processo clinico por meio do qual se elimina biofilme , calculo e pigmentos da superfície dental a partir do epitélio juncional.
- eliminação do biofilme , calculo e pigmentos da superfície dental á partir do epitélio juncional.
-remoção abaixo da margem gengival é denominada RASPAGEM SUBGENGIVAL
- remoção acima da margem gengival RASPAGEM SUPRAGENGIVAL 
ALISAMENTO RADICULAR;
-realizado nas superfícies das raízes para a remoção de cemento ou dentina rugosa com calculo ou contaminada com toxinas e microrganismos.
RASPAGEM, ALISAMENTO E POLIMENTO SUPRAGENGIVAL( RAP);
-visa a remoção supragengival de biofilme dental e calculo, bem como a detenção de superfícies dentarias lisas e polidas.
RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR
-é associado raspagem e alisamento da superfície radicular, processo pelo qual o calculo residual , porções de cemento ou dentina são removidos proporcionando uma superfície lisa, resistente e limpa.
RASPAGEM E ALISAMENTO SUBGENGIVAL:
-realizada com raspadores manuais, objetivando a remoção mecânica do biofilme de porções não controladas de cemento e obtenção de lisura, superficial subgengival 
-curetas ou raspadores são instrumentos ultilizados para a remoção de cálculos.
- maior parte de destruição do periodonto= metaloproteinas da matriz.
 INTRUMENTAIS:
Classificação dos Instrumentos Periodontais:
Os instrumentos periodontais são projetados para várias finalidades, incluindo a remoção de cálculos, placa e alisamento das superfícies radiculares dos dentes.
Existem diferentes tipos de instrumentos periodontais, cada um com funções específicas.
Sondas Periodontais:
As sondas periodontais são usadas para localizar, medir e marcar bolsas periodontais, bem como determinar sua extensão em cada superfície dentária.
Essas sondas são calibradas em milímetros e têm uma ponta arredondada e cega.
Exploradores:
Os exploradores são utilizados para localizar depósitos de cálculo e cáries nos dentes.
Instrumentos de Raspagem, Alisamento Radicular e Curetagem:
Esses instrumentos são empregados na remoção de placa e depósitos calcificados na coroa e raiz dos dentes, bem como na remoção do cemento alterado da superfície radicular subgengival e na limpeza do revestimento de tecido mole da bolsa periodontal.
Existem diferentes tipos de instrumentos, incluindo fórcipes, curetas, enxadas, cinzéis e limas, cada um com sua finalidade específica.
Além disso, há instrumentos de implantes e instrumentos sônicos e ultrassônicos para diferentes procedimentos.
Outros Instrumentos Periodontais:
Endoscópios periodontais são usados para visualizar o fundo das bolsas subgengivais e bifurcações dentárias.
Instrumentos de limpeza e polimento, como taças de borracha, escovas e fita dental, são empregados para limpar e polir as superfícies dentárias.
Os exploradores são instrumentos usados para localizar depósitos subgengivais, áreas cariadas e verificar a lisura das superfícies radiculares após o alisamento radicular. Eles têm diferentes formas e ângulos para usos variados. As sondas periodontais também são úteis na detecção de depósitos subgengivais.
Além disso, existem instrumentos de raspagem e curetagem, como as foices, que têm uma superfície plana com bordas cortantes convergentes para uma ponta afiada. As foices são principalmente utilizadas para remover cálculo supragengival, mas é importante ter cuidado ao inseri-las sob a gengiva para evitar danos aos tecidos gengivais circundantes. Foices com lâminas curvas e pequenas, como a 204SD, podem ser inseridas com segurança abaixo da gengiva e são usadas com movimentos de tração.
Os cinco instrumentos básicos de raspagem. (A) Cureta; (B) foice; (C) lima; (D) cinzel; (E) enxada
 foice, calculo supra
cureta, o instrumento preferido para a raspagem subgengival e alisamento radicular, lamina em formato de colher e ponta arredondada.
As CURETAS UNIVERSAIS são instrumentos odontológicos que possuem bordas cortantes e podem ser utilizadas na maioria das áreas da dentição, sendo adaptáveis com mudanças no apoio do dedo, ponto de apoio e posição da mão do operador. Elas variam em tamanho da lâmina, ângulo e comprimento da haste, mas todas têm a face da lâmina posicionada perpendicular à haste quando vista em corte transversal a partir da ponta. A lâmina da cureta universal é curva em uma direção da cabeça da lâmina até a ponta.
Exemplos de curetas universais incluem as curetas Barnhart nos números 1-2 e 5-6 e as curetas Columbia nos números 13-14, 2R-2L e 4R-4L. 
As curetas de Gracey de extremidade dupla vêm nos seguintes pares:
Gracey nos 1-2 e 3-4: dentes anteriores
Gracey no 5-6: dentes anteriores e pré-molares
Gracey nos 7-8 e 9-10: dentes posteriores vestibulares e linguais
Gracey no 11-12: dentes posteriores – mesiais 
Gracey no 13-14: dentes posteriores – distais 
As curetas de Gracey de extremidade simples também podem ser obtidas; um conjunto dessas curetas consiste em 14 instrumentos. Embora essas curetas sejam projetadas para utilização em áreas específicas, um operador experiente pode adaptar cada instrumento para o uso em diversas áreas diferentes, alterando a posição da sua mão e a posição do paciente.
As curetas de Gracey também são diferentes das curetas universais quanto ao fato de a lâmina não fazer um ângulo de 90 graus com a haste inferior. O termo lâmina compensada é empregado para descrever as curetas de Gracey, pois elas têm um ângulo aproximado de 60 a 70 graus em relação à haste inferior. Essa angulação única permite que a lâmina seja inserida na posição precisa necessária para a raspagem subgengival e alisamento radicular, contanto que a haste inferior fique paralela ao eixo longitudinal da superfície do dente a ser raspado.
As curetas de Gracey estão disponíveis em duas variantes: "rígida" e "de acabamento". A rígida é mais forte e adequada para cálculos moderados a pesados, evitando a necessidade de outros instrumentos pesados. Duas novas adições incluem a Gracey no 15-16, para dentes posteriores mesiais, e a Gracey no 17-18, que oferece melhor acesso a superfícies distais posteriorescom uma haste mais alongada e angulada. Isso amplia a versatilidade das curetas de Gracey no tratamento periodontal.
As CURETAS COM HASTES ESTENDIDAS, como as curetas After Five, são modificações das curetas de Gracey-padrão. Elas possuem uma haste terminal 3 mm mais longa, permitindo alcançar bolsas periodontais mais profundas, com 5 mm ou mais de profundidade. Além disso, as curetas After Five possuem uma lâmina mais afilada para inserção subgengival suave e menor distensão tecidual, devido a uma haste afunilada de maior diâmetro.
-Essas curetas estão disponíveis em todos os números Gracey-padrão, exceto no 9-10, ou seja, nos números 1-2, 3-4, 5-6, 7-8, 11-12 e 13-14. Elas podem ser adquiridas nas versões de acabamento ou rígidas. As curetas After Five rígidas são ideais para a remoção de cálculos pesados ou firmes, enquanto as versões mais finas e de acabamento são úteis para raspagem leve ou remoção de placa em pacientes em manutenção periodontal, sendo mais fáceis de inserir subgengivalmente.
Curetas de Gracey de manutenção periodontal são projetadas para pacientes com tecido gengival apertado, recessão e profundidade residual da bolsa após tratamento periodontal. Elas têm lâminas pequenas e finas para facilitar a inserção subgengival.
As curetas de Gracey de manutenção periodontal possuem lâminas distintas: são 1 mm mais curtas e 20% mais finas do que as lâminas dos modelos convencionais. Além disso, sua face é compensada a 60 graus em oposição aos 70 graus dos modelos tradicionais.
- Essas pequenas alterações no ângulo e na espessura da lâmina permitem uma inserção mais fácil e melhor acesso às superfícies radiculares, especialmente em pacientes com tecido gengival apertado e perda de inserção. Isso resulta em menor distensão do tecido, proporcionando maior conforto ao paciente. A lâmina mais curta se adapta melhor à anatomia radicular e às áreas de bifurcação, ajudando a prevenir espaçamentos indesejados entre as depressões radiculares. Essas características tornam as curetas de Gracey de manutenção periodontal eficazes para procedimentos odontológicos em pacientes com essas condições específicas.
Captores periodontais de Schwartz: Instrumentos magnéticos de dupla extremidade para recuperar pontas fraturadas na bolsa periodontal.
Instrumentos plásticos e de titânio para implantes: Utilizados em conexões de implantes para evitar danos.
Instrumentos de titânio com minilâminas: Disponíveis em modelos de cureta universal e Gracey para manutenção de implantes.
Cuidado ao usar instrumentos de titânio para evitar arranhões nas superfícies do implante.
Não são adequados para remoção de cálculos pesados ou cemento em casos de peri-implantite avançada; é necessária outra forma de instrumentação e tratamento cirúrgico do implante.
Enxadas são usadas para remover saliências ou anéis de cálculo.
Possuem uma lâmina inclinada a 99 graus com uma borda cortante biselada a 45 graus.
A lâmina é curvada para manter contato constante com dois pontos de uma superfície convexa.
A parte posterior da lâmina é arredondada, e a lâmina é fina para permitir acesso às raízes sem interferência dos tecidos adjacentes.
Utilização: inserção na base da bolsa periodontal, mantendo contato com dois pontos no dente, seguido de um movimento de tração na direção da coroa, com foco na preservação do contato de dois pontos com o dente.
Limas:
Têm várias lâminas em uma base.
Principal função: fraturar ou esmagar grandes depósitos de cálculo firme ou placas polidas de cálculo.
Não adequadas para raspagem delicada e alisamento radicular.
Curetas com minilâminas são preferidas para a raspagem fina em comparação com as limas.
Às vezes usadas para remover margens salientes de restaurações dentais.
Cinzéis:
Projetados para áreas proximais dos dentes com espaçamento estreito.
Instrumento de dupla extremidade com uma haste curva e outra reta.
Lâminas ligeiramente curvas com borda cortante reta a 45 graus.
Inseridos a partir da superfície vestibular, com a lâmina curvada estabilizando contra a superfície proximal.
Ativados com movimento de empurrar enquanto a lateral da lâmina é mantida contra a raiz.
Curetas de Furca de Quétin:
São enxadas com um pequeno raio em meia-lua que se encaixam na furca (teto ou assoalho).
Curvatura da ponta se ajusta a depressões de desenvolvimento ou à porção interna das raízes.
Hastes levemente curvas para melhor acesso.
Disponíveis com pontas em duas larguras: 0,9 mm e 1,3 mm.
Instrumentos BL1 (vestibular-lingual) e MD1 (mesial-distal) são pequenos e finos.
Instrumentos BL2 e MD2 são maiores e mais largos.
Limas Diamantadas:
Utilizadas para o acabamento final das superfícies radiculares.
Revestidas com diamante de baixa granulação.
Comuns: instrumentos vestibulares linguais, adaptáveis a várias superfícies radiculares.
Deve-se usar pressão leve e uniforme para evitar danos.
Efetivas para remover resíduos minúsculos de cálculo, criando uma superfície radicular lisa e polida.
Cautela: uso excessivo pode levar ao excesso de instrumentação da superfície radicular.
Eficiência aumentada quando usadas com endoscópio dental.
Instrumentos Ultrassônicos e Sônicos:
Utilizados para remoção de placa, raspagem, curetagem e remoção de manchas.
Endoscópio Dental:
Sistema Perioscópio para diagnóstico e tratamento da doença periodontal.
Fibra óptica com bainha descartável.
Proporciona visualização clara das bolsas subgengivais e bifurcações.
Ampliação de 24 a 48 vezes.
Permite detecção de depósitos subgengivais e avaliação de cáries, restaurações defeituosas, fraturas e reabsorção.
Instrumentos de Limpeza e Polimento:
Taças de Borracha: Usadas para limpeza e polimento com pasta de polimento.
Escovas de Cerdas: Utilizadas no contra-ângulo de profilaxia com pasta de polimento, evitando áreas sensíveis.
Fita Dental: Utilizada para polir superfícies proximais inacessíveis.
Polimento com Jato de Ar: Dispositivos de polimento a jato de ar com suspensão de água morna e bicarbonato de sódio ou outros pós abrasivos para remoção de manchas extrínsecas e depósitos moles. Cuidado com a abrasão em dentes e restaurações não metálicas.
Mecanismo de Ação dos Raspadores Elétricos:
Vários fatores físicos influenciam o mecanismo de ação dos raspadores elétricos, incluindo frequência, impacto da ponta e fluxo de água.
Água contribui para três efeitos fisiológicos: transmissão acústica, turbulência acústica e cavitação.
Transmissão acústica: fluxo unidirecional do fluido pelas ondas ultrassônicas.
Turbulência acústica: aceleração do fluido resfriador devido ao movimento da ponta, gerando turbilhão.
Cavitação: formação de bolhas na água devido à alta turbulência, que implode e produz ondas de choque.
Tipos e Benefícios dos Instrumentos Elétricos:
Raspadores sônicos: funcionam em 2.000 a 6.500 ciclos por segundo, usam ar comprimido e água, possuem pontas largas e universais.
Movimento elíptico ou orbital permite adaptação a todas as superfícies dentárias.
Unidades ultrassônicas magnetoestritores: funcionam em 18.000 a 50.000 ciclos por segundo, com lâminas metálicas que mudam de dimensão.
Pontas movem-se em padrão elíptico, oferecendo quatro superfícies ativas de trabalho.
Unidades ultrassônicas piezoelétricas: também operam em 18.000 a 50.000 ciclos por segundo, com discos cerâmicos que mudam de dimensão.
Pontas movem-se em padrão linear, proporcionando duas superfícies ativas de trabalho.
Vantagens e Desvantagens dos Instrumentos Mecanizados vs. Manuais:
Os instrumentos mecanizados podem oferecer maior eficácia em certos casos.
Os raspadores manuais têm a vantagem da sensibilidade tátil.
Os raspadores mecanizados podem ser menos cansativos para o operador.
O uso adequado e a seleção apropriada de instrumentos são cruciais para o sucesso.
Eficiência:
Pontas com desenhos modificados permitem melhor acesso, incluindo áreas de furca.
Modelos mais novos e finos operam eficientemente em potências mais baixas, aumentando o conforto do paciente.
Pontas planas ou com lâminas parecem remover depósitos com maior eficácia do que as pontas cônicas.
Modelosde Pontas:
Pontas projetadas para remoção de cálculo supragengival pesado ou desbridamento definitivo das bolsas periodontais.
Pontas de maior diâmetro são usadas para depósitos grandes e duros, recomendando-se configuração em média a média-alta potência.
Pontas de diâmetro mais fino podem ter modelos específicos para locais.
Pontas retas são ideais para pacientes com gengivite e remoção de placa em manutenção.
Pontas anguladas direita e esquerda permitem melhor acesso e adaptação à morfologia da raiz.
Algumas pontas têm ajustes de fluxo de água, de regular a convergente.
Modelos com pontas anguladas e empunhaduras ergonômicas aumentam o conforto e a ergonomia.
Principais Resultados Clínicos:
Raspagem e alisamento radicular visam reduzir sangramento, profundidade de sondagem e ganhar inserção clínica.
Comparando raspadores elétricos e instrumentos manuais, ambos têm resultados semelhantes em redução de sangramento, profundidade de sondagem e ganho de inserção.
Raspadores elétricos podem ser recomendados para melhorar o acesso em furcas estreitas.
Considerações Especiais:
Instrumentos elétricos podem deixar raízes mais ásperas que instrumentos manuais.
Produção de bioaerossóis e splatter requer práticas rigorosas de controle de infecção.
Em pacientes com marca-passos cardíacos, a segurança dos instrumentos ultrassônicos depende do tipo de marca-passo; consulte o médico quando houver dúvidas.
Técnica ultrassônica requer uma empunhadura em caneta modificada e um apoio extraoral para facilitar o acesso e reduzir o esforço físico.
Princípios de Instrumentação:
Na instrumentação ultrassônica, a empunhadura em caneta modificada é usada com um apoio extraoral.
O apoio extraoral ajuda o operador a manter uma empunhadura leve e melhor acesso visual e físico à cavidade oral.
Irrigador Caseiro/Autoaplicado:
O irrigador oral (ou irrigador dental) foi introduzido em 1962 e demonstrou consistentemente melhorar a saúde periodontal com segurança e eficácia.
O mecanismo de ação ocorre através de pulsação ou pressão, criando forças hidráulicas de cisalhamento que removem o biofilme bacteriano.
Existem diferentes tipos de pontas para o irrigador oral, incluindo supragengival e subgengival, que penetram profundamente nas bolsas periodontais.
A irrigação oral é segura e eficaz, com estudos demonstrando benefícios na redução de gengivite, sangramento à sondagem, profundidade de sondagem e patógenos periodontais.
Indivíduos com Considerações Especiais:
Crianças e adultos em terapia ortodôntica podem se beneficiar do uso de um irrigador dental, especialmente com pontas de escovação e irrigação combinadas.
Pacientes com implantes dentários podem usar um irrigador oral, incluindo pontas específicas do local, para melhorar a saúde periodontal ao redor dos implantes.
Pessoas com diabetes tipo 1 ou 2 também podem experimentar melhorias na saúde periodontal com o uso de um irrigador oral.
A irrigação oral é uma opção para pacientes que preferem produtos naturais em vez de agentes antimicrobianos.
Em estudos clínicos, a irrigação oral mostrou eficácia comparável ou superior ao uso de fio dental na redução de sangramento e gengivite.
Conclusão:
Os irrigadores orais são ferramentas seguras e eficazes para melhorar a saúde periodontal em uma variedade de situações clínicas, incluindo tratamento ortodôntico, implantes, diabetes e prevenção geral.
Evidências clínicas sustentam a eficácia da irrigação oral na redução do biofilme bacteriano, gengivite, sangramento à sondagem e profundidade da sondagem.
A escolha entre o uso de irrigadores orais e o fio dental pode ser influenciada pelas preferências do paciente e as necessidades clínicas específicas.
BIOFILME E MICROBIOLOGIA PERIODONTAL 
-agregados de bactéria
-só adquiri microrganismos após o nascimento 
-microrganismos aeróbicos: depende de oxigênio para viver 
NICHOS= locais na boca onde fica os microrganismos 
-lingua 
-palato 
-bochecha 
-gengiva 
-com presença dos dentes;- faces dos dentes -sulco gengival
#lactoba primeiro microrganismo a colonizar a boca.
-microrganismos precisa de fonte de energia para viver= carboidratos, lipídios.
SALIVA; -glicoproteínas
- mucinas; componente que tem na saliva que funciona como uma cola , segura na superfície dental e os microrganismos grudam na saliva.
MICRORGANISMO; se alimenta de glicoproteínas 
-acidogenicos: produz acido 
-aciduricos: se alimentam de acido 
-proteolíticos: gengivite e periodontite 
Microrganismo que não gruda nos dentes grudam nos acidogenicos , eles se grudam no próprio microrganismo e se alimentam de ácidos que são aciduricos( causam carie ) 
-outros microrganismos vão grudar neles e esses então vão se alimentar de gengiva, que são os proteolíticos, que causa a doença periodontal é a gengivite e periodontite.
-agente de uniao(formação do biofilme): saliva e mucina (componente da saliva)
AA-causam a doença periodontal 
############ PROVA################
AGREGATIBACTER ACTINONICES TENCOMINTANS 
-microrganismos se alimentam de glicoproteínas .
PELICULA ADQUIRIDA 
- de 0 a 4 horas forma a película composta por glicoproteínas.
Função principal: nutrir o esmalte. 
- pois contem flúor, cálcio, fosfato. Troca de íons.
- de 4 horas a 15 dias :maturação , bactérias mais fortes 
MICRORGANISMOS RESPONSAVEIS PELA DOENÇA PERIODONTAL;
- S. sanguínes -S. onalis 
-S. mitis -S. gordonis 
- 103 microrganismos na bolsa periodontal.
- biofilme fica tridimensional = aspecto tridimensional , ele cresce tanto que vira tridimensional , consegue vê de vários lados.
BIOFILME MADURO: Clímax microrganismos
1- Streptococcus 
2- Actinomius
3- Vivonella
4- Nusseia
5- Fungos e protozoários.
EXAME CLINICO PERIODONTAL 
-diagnostico 
-exame físico 
-índice periodontal 
-índice de placa (cor)
- índice gengivais
# paciente diabético tem diminuição da vascularização 
# paciente alérgico a parabeno que se encontra em anestésico com tubete de plástico.
# se tem calculo , tem doença periodontal.
#paciente com pouco calculo já ocorre edema na gengiva livre com retenções.
FENOTIPO GENGIVAL;
Fino -visível com a sonda adentrando 
Intermediário- não definido 
Espesso – mais resistente ao calculo 
Doença ativa= sangra , a sonda entra toda , dente se movimenta
Doença inativa = a sonda só entra 3mm dente não se movimenta.
A sonda deve entrar direcionada ao dente para não machucar.
Indice de placa 
IP0- sempre saldável , a parte de 0 tem doença periodontal.
IP1- não visível a olho nu, sangra
IP2- paciente com matéria alba – lesão de mancha branca presença de calculo, sangra .
IP3- tomado de biofilme , visivelmente o calculo tomando o dente.
Periograma- índice de sangramento , placa , inserção, sistema de índice periodontal básico, índice de inserção.
Colonização Microbiana no Feto e Recém-Nascido:
O feto humano é estéril no útero, mas após o parto, adquire microrganismos vaginais e fecais.
Em duas semanas, uma microbiota quase madura é estabelecida no intestino do recém-nascido.
Após o desmame (após 2 anos), a microbiota humana é composta por centenas de tipos diferentes de bactérias, totalizando cerca de 10^14 células microbianas.
O corpo humano contém 10 vezes mais bactérias do que células humanas, pesando cerca de 2 kg, em comparação com o cérebro humano, que pesa cerca de 1,4 kg.
Colonização Microbiana na Cavidade Bucal:
A colonização da cavidade bucal começa logo após o nascimento.
Inicialmente, a cavidade bucal é colonizada por um pequeno número de bactérias facultativas e aeróbias, que se assemelham à microbiota vaginal ou da pele da mãe.
Ao longo do tempo, as bactérias anaeróbias começam a ser detectadas na cavidade bucal do bebê, e o número de bactérias orais aumenta gradualmente devido à exposição ao ambiente externo.
Streptococcus salivarius e Streptococcus mitis são os primeiros e mais dominantes microrganismos orais a colonizar a cavidade bucal do recém-nascido.
Com o surgimento dos dentes, a microbiota bucal se torna mais complexa, com espécies como Streptococcus sanguinis, Lactobacillus spp. e Streptococcus oralis presentes após o primeiroano de vida.
A diversidade e o número de bactérias na cavidade bucal aumentam à medida que mais dentes erupcionam.
Importância da Microbiota Bucal Comensal:
A maioria das bactérias orais é comensal e inofensiva em circunstâncias normais.
A microbiota comensal vive em harmonia com o hospedeiro, mas condições específicas podem levar à doença, como aumento da massa e/ou patogenicidade bacteriana, supressão de bactérias benéficas, ou resposta reduzida do hospedeiro.
A microbiota comensal é essencial para prevenir infecções fúngicas e pode estar relacionada à saúde periodontal.
A microbiota periodontal é complexa e afeta tanto o hospedeiro quanto o ambiente bucal, exigindo um profundo conhecimento da microbiologia periodontal.
-A capacidade de aderência de bactérias é fundamental para causar doenças infecciosas, como gengivite e periodontite.
Bactérias orais, incluindo patogênicas como Porphyromonas gingivalis e Aggregatibacter actinomycetemcomitans, possuem fatores de virulência que permitem aderir a superfícies intraorais e mucosa oral.
A cavidade bucal pode ser dividida em seis ecossistemas distintos, cada um com sua própria microbiota.
Em situações saudáveis, um conjunto central de microrganismos está presente nesses ecossistemas, incluindo membros dos filos Firmicutes, Proteobacteria, Actinobacteria, Bacteroidetes e Fusobacteria.
As células epiteliais vaginais fornecem glicose aos lactobacilos, que produzem ácido, reduzindo o pH e impedindo o crescimento de espécies prejudiciais na vagina.
Estudos mostraram que pacientes com suscetibilidade a infecções têm maior aderência de bactérias a células epiteliais em diferentes partes do corpo, como infecções do trato urinário, otite média e bronquite aguda.
A aderência de bactérias também é observada nas bolsas periodontais, com inflamação gengival resultando em maior aderência de bactérias.
Os dentes e implantes dentários são superfícies duras onde as bactérias podem se acumular, levando a problemas como cáries, gengivite e periodontite.
Estudos sugerem que os dentes podem ser o habitat primário de periodontopatógenos, com a exodontia total resultando na diminuição desses patógenos, mas não sua erradicação completa.
-Ferramentas moleculares indicam que A. actinomycetemcomitans e P. gingivalis podem permanecer na cavidade bucal após a exodontia total, mas em números menores.
-O modo de vida das bactérias em biofilmes foi reconhecido como significativo desde a década de 1920.
-Biofilmes são populações microbianas sésseis que crescem em superfícies sólidas e são diferentes dos microrganismos de vida livre.
-Biofilmes consistem em células microbianas envoltas por uma matriz de substâncias poliméricas extracelulares, incluindo polissacarídeos, proteínas e ácidos nucleicos.
O biofilme bacteriano é significativamente mais resistente aos agentes antimicrobianos em comparação com as bactérias de vida livre, sendo até 1.000 vezes mais resistente.
Bactérias que crescem em biofilmes multiespécies interagem intimamente com células vizinhas, em algumas situações de forma benéfica, removendo produtos residuais e usando-os como fontes de energia.
Em outros casos, as bactérias competem com seus vizinhos por meio da secreção de moléculas antibacterianas, como bacteriocinas ou peróxido de hidrogênio (H2O2).
O crescimento em biofilme facilita a comunicação entre células e a troca de material genético, como o DNA, entre as bactérias.
A ecologia microbiana dentro de biofilmes é complexa, e ainda há muito a ser descoberto sobre essas comunidades.
Biofilmes são estruturas heterogêneas, com variações na estrutura tanto dentro de biofilmes individuais quanto entre diferentes tipos de biofilmes.
Muitos biofilmes compartilham características estruturais comuns, incluindo a presença de microcolônias bacterianas.
Canais de água são frequentemente encontrados nos biofilmes, criando um sistema circulatório básico que remove resíduos e fornece nutrientes às camadas mais profundas do filme.
Estruturas superficiais, como frondes, ajudam a dissipar a energia do fluido que passa sobre o biofilme e podem causar bloqueios nos canais.
Em biofilmes de espécies mistas, a distribuição de diferentes espécies é frequentemente heterogênea.
Gradientes químicos, como de oxigênio ou pH, criam microambientes distintos dentro do biofilme.
Populações microbianas na placa bacteriana nos dentes são exemplos de comunidades de biofilme.
A arquitetura da placa bacteriana compartilha características comuns com outros biofilmes, incluindo heterogeneidade em sua estrutura e canais abertos cheios de líquido.
Nutrientes alcançam as microcolônias bacterianas na placa bacteriana por difusão a partir dos canais de água.
As bactérias na placa bacteriana existem e se proliferam dentro da matriz intercelular, que também serve como uma barreira que retém e concentra substâncias produzidas pelas bactérias.
A matriz intercelular é composta por matéria orgânica e inorgânica derivada da saliva, fluido gengival e produtos bacterianos.
Componentes orgânicos incluem polissacarídeos, proteínas, glicoproteínas, material lipídico e DNA.
Componentes inorgânicos são principalmente cálcio e fósforo, com traços de outros minerais, como sódio, potássio e flúor.
A calcificação da placa bacteriana forma cálculos, que podem ser encontrados tanto na superfície dos dentes (placa supragengival) quanto abaixo da linha da gengiva (placa subgengival), com a fonte de minerais variando entre saliva e fluido gengival.
A placa bacteriana é classificada como supra ou subgengival, dependendo de sua posição em relação à margem gengival.
Placa supragengival está acima ou na margem gengival, e quando em contato direto com a margem, é chamada de placa marginal.
Placa subgengival está abaixo da margem gengival, entre o dente e o epitélio da bolsa gengival.
A placa supragengival geralmente possui uma organização estratificada com várias camadas de morfotipos bacterianos. Cocos e bastonetes curtos Gram-positivos predominam na superfície do dente, enquanto bastonetes e filamentosos Gram-negativos, além de espiroquetas, predominam na superfície externa da massa da placa madura.
A microbiota subgengival difere em composição da placa supragengival, devido à disponibilidade local de produtos derivados do sangue e a um ambiente anaeróbico.
A região subgengival possui parâmetros ambientais diferentes da região supragengival, sendo banhada pelo fluxo do fluido gengival, que contém nutrientes para as bactérias. Células inflamatórias e mediadores do hospedeiro também afetam o estabelecimento e crescimento das bactérias na região subgengival.
Estudos revelam distinções morfológicas e microbiológicas entre a placa subgengival associada a regiões dos dentes e a regiões de tecidos moles.
A placa bacteriana é uma comunidade microbiana complexa que pode variar em composição dependendo de sua localização na cavidade bucal. Abaixo estão algumas das principais características da placa bacteriana em diferentes áreas da cavidade bucal:
Placa Supragengival: Esta é encontrada acima ou na margem gengival. Geralmente, é composta por várias camadas de diferentes tipos de bactérias. Os cocos e bastonetes Gram-positivos predominam na superfície do dente, enquanto bastonetes e filamentosos Gram-negativos e espiroquetas são mais comuns na superfície externa da massa da placa madura.
Placa Subgengival Associada ao Dente: Esta forma de placa está localizada abaixo da margem gengival, aderindo ao cemento radicular. Ela é dominada por bastonetes e cocos Gram-positivos, como Streptococcus mitis, Streptococcus sanguinis, Actinomyces oris, Actinomyces naeslundii e Eubacterium spp. Nas partes mais profundas da bolsa, os organismos filamentosos tornam-se menos abundantes, e na porção apical, eles podem estar quase ausentes. A microbiota na borda apical da massa da placa é separada do epitélio juncional por uma camada de leucócitos do hospedeiro e é caracterizada por uma maior concentração de bastonetes Gram-negativos.
Placa Subgengival Associada ao Tecido Mole: Essa placa é encontrada nas regiõesdos tecidos moles e é composta principalmente por cocos e bastonetes Gram-negativos, além de filamentos, bastonetes flagelados e espiroquetas. Espécies como Streptococcus oralis, Streptococcus intermedius, Parvimonas micra, Porphyromonas gingivalis, Porphyromonas intermedia, Tannerella forsythia e Fusobacterium nucleatum são comuns. Células do tecido hospedeiro também podem ser encontradas nessa região.
A composição da placa subgengival varia de acordo com a profundidade da bolsa periodontal, com a parte apical sendo dominada por espiroquetas, cocos e bastonetes, enquanto a parte coronal apresenta mais filamentos.
A formação da placa bacteriana envolve várias fases, incluindo a formação de uma película na superfície dentária, a adesão inicial de bactérias e a maturação da placa. A película adquirida é composta por uma variedade de peptídeos, proteínas e glicoproteínas e desempenha um papel importante na adesão bacteriana.
É importante notar que a composição específica da placa bacteriana está intimamente relacionada às doenças periodontais, como gengivite e periodontite. Além disso, biofilmes também podem se formar em superfícies artificiais expostas à cavidade bucal, como próteses e implantes.
A colonização da superfície dos dentes por bactérias é um processo que ocorre em várias fases, incluindo transporte para a superfície, adesão inicial reversível e fixação forte. Aqui estão detalhes sobre essas fases:
Transporte para a Superfície: Assim que uma superfície é introduzida na cavidade oral, a colonização por bactérias começa imediatamente. Este é um processo não específico que envolve o transporte das bactérias para a superfície. As proteínas e carboidratos expostos na superfície da célula bacteriana desempenham um papel importante quando as bactérias estão em contato inicial com a película adquirida no esmalte dentário.
Adesão Inicial Reversível: Após o transporte para a superfície, as bactérias interagem com a película adquirida na superfície dentária. Essas interações são essencialmente não específicas e ocorrem de maneira reversível. As interações específicas entre moléculas de adesina na superfície das bactérias e receptores na película salivar determinam se uma bactéria permanecerá associada à superfície. Apenas uma pequena parte das bactérias orais possui adesinas que podem interagir especificamente com receptores na película do hospedeiro.
Fixação Forte: Após a adesão inicial reversível, algumas bactérias desenvolvem uma fixação mais forte à superfície dentária. Essa fixação forte é crucial para a formação e maturação da placa bacteriana. Durante esse processo, microrganismos aderentes formam novos locais de ligação para a adesão de outras bactérias, em um processo chamado coadesão. A coadesão leva ao desenvolvimento de microcolônias, que são aglomerados de bactérias que continuam a crescer na superfície dentária. À medida que as microcolônias crescem, ocorre a formação de um biofilme maduro.
As bactérias colonizadoras primárias desempenham um papel fundamental nesse processo. Elas são as primeiras a aderir à superfície dentária e fornecem novos receptores para a adesão de outras bactérias. Os colonizadores primários são geralmente bactérias que podem sobreviver na presença de oxigênio (aeróbios obrigatórios) e bactérias que podem crescer tanto na presença quanto na ausência de oxigênio (anaeróbios facultativos).
O crescimento de microrganismos aderentes e a coadesão levam à formação de microcolônias, que, por sua vez, contribuem para a maturação do biofilme da placa bacteriana. Esse biofilme maduro é uma comunidade complexa de bactérias que aderem à superfície dentária e estão envolvidas em processos metabólicos e interações complexas.
Crescimento Exponencial Inicial:
Nos primeiros 24 horas após a limpeza dental, a formação de placa é insignificante (menos de 3% de cobertura da superfície do dente).
"Tempo de Atraso":
O crescimento inicial da placa é retardado, pois a população microbiana precisa atingir um tamanho detectável clinicamente.
Progressão Rápida:
Nos três dias seguintes, a placa bacteriana se desenvolve rapidamente.
Cobertura da Coroa Dentária:
Após 4 dias, em média, cerca de 30% da área total da coroa do dente estará coberta com placa
Diferenças Iniciais entre Formadores de Placa Pesados e Lentos:
Após 1 dia, os formadores pesados de placa apresentaram mais placa com uma estrutura supragengival mais complexa do que os formadores lentos de placa.
Convergência em Placa entre Grupos em Prazo Mais Longo:
Entre 3 e 14 dias, não houve diferenças perceptíveis na formação de placa entre os grupos de formadores rápidos e lentos, exceto por uma matriz intermicrobiana mais proeminente nos formadores rápidos.
Diferenças Qualitativas na Composição da Placa:
Em outro estudo, formadores rápidos de placa mostraram proporções mais elevadas de bastonetes Gram-negativos (35% versus 17%) na placa de 14 dias.
Variação Interindividual na Formação de Placa:
Além dos tipos de formadores de placa, a variação na formação de placa pode ser influenciada por diversos fatores, como dieta, mastigação de alimentos fibrosos, tabagismo, presença de amálgama dental, escovação da língua e do palato, estabilidade coloidal das bactérias na saliva, fatores antimicrobianos na saliva, composição química da película e profundidade de retenção na área dentogengival.
Variação na Arcada Dentária:
A taxa de crescimento da placa pode variar significativamente na arcada dentária.
Em geral, a formação precoce de placa ocorre mais rapidamente na mandíbula do que na maxila.
Áreas molares tendem a acumular placa mais rapidamente.
As superfícies vestibulares dos dentes têm uma formação de placa mais rápida em comparação com as superfícies palatinas, especialmente na maxila.
As regiões interdentais acumulam placa mais rapidamente do que as superfícies vestibulares ou linguais.
Impacto da Inflamação Gengival e Saliva:
A formação de placa precoce é mais rápida nas superfícies dentárias em contato com margens gengivais inflamadas em comparação com aquelas adjacentes à gengiva saudável.
A produção aumentada de fluido gengival pode aumentar a formação de placa.
Substâncias presentes no exsudato gengival podem favorecer a adesão inicial e/ou o crescimento das bactérias colonizadoras precoces.
Durante a noite, a taxa de crescimento da placa é reduzida em cerca de 50%, apesar da redução da remoção de placa e do fluxo salivar reduzido. A nutrição da placa supragengival proveniente da saliva parece ser mais importante do que sua atividade antibacteriana.
Impacto da Idade do Paciente:
Estudos mais recentes indicam que a idade de um indivíduo não influencia a formação de placa de novo.
A pesquisa mostrou que a quantidade e composição da placa não diferem significativamente entre grupos de pacientes jovens e idosos que interromperam a limpeza mecânica dos dentes por um período de tempo.
No entanto, a placa desenvolvida em idosos pode resultar em inflamação gengival mais grave, sugerindo uma suscetibilidade aumentada à gengivite com o envelhecimento.
Limpeza Espontânea dos Dentes:
Muitos clínicos acreditam erroneamente que a placa bacteriana pode ser removida espontaneamente dos dentes, mesmo durante a alimentação. No entanto, devido à firme fixação entre as bactérias e a superfície dentária, isso é improvável.
Mesmo após mastigar alimentos fibrosos, como cenouras ou maçãs, restos de placa podem permanecer nas superfícies dentárias, incluindo as oclusais dos molares.
A Figura 8.22 mostra imagens clínicas antes e depois do jantar, após 4 dias de formação contínua de placa, e revela diferenças insignificantes na extensão da placa.
Formação de Placa Subgengival:
É tecnicamente impossível registrar a dinâmica da formação de placa subgengival em uma dentição, uma vez que não é possível esterilizar completamente uma bolsa periodontal.
Estudos usando técnicas de cultura indicaram que após o desbridamento mecânico, houve uma redução parcial de apenas cerca de 3 logaritmos (de 108 células bacterianas para 105) na microbiota subgengival, seguidapor um novo crescimento rápido em 7 dias.
A recolonização subgengival rápida após o tratamento é atribuída a diversos fatores, incluindo bactérias remanescentes em superfícies dentárias tratadas e patógenos que penetram nos tecidos moles ou nos túbulos dentinários e escapam da instrumentação.
Características das Bactérias do Biofilme:
As bactérias da placa bacteriana obtêm a maioria dos seus nutrientes da saliva ou do fluido gengival, embora a dieta do hospedeiro ocasionalmente forneça uma fonte de alimento.
A transição de microrganismos Gram-positivos para Gram-negativos ocorre no desenvolvimento da placa bacteriana e é acompanhada por uma transição metabólica na placa em desenvolvimento.
Colonizadores precoces, como Streptococcus e Actinomyces spp., utilizam oxigênio e açúcares como fonte de energia.
Bactérias predominantes na placa madura são anaeróbias e assacarolíticas, utilizando aminoácidos e pequenos peptídeos como fonte de energia.
Estudos laboratoriais mostram diversas interações metabólicas entre as diferentes bactérias na placa bacteriana, incluindo a produção de subprodutos metabólicos utilizados por outros microrganismos da placa.
Bactérias em biofilmes têm capacidade de comunicação chamada de sensiquorum, onde liberam moléculas de sinalização que ativam respostas em outras bactérias quando a densidade populacional atinge um limiar crítico.
Peptídeos estimuladores de competência são produzidos por algumas bactérias orais e são reconhecidos pelas mesmas espécies ou possivelmente por outras, induzindo a competência, um estado que facilita a absorção de DNA.
A molécula de sinalização AI-2 é produzida e detectada por várias bactérias na placa bacteriana, desencadeando amplas alterações na expressão gênica e desempenhando um papel em interações mutualísticas entre diferentes espécies bacterianas.
As interações entre as bactérias da placa bacteriana podem ser benéficas ou competitivas, com algumas bactérias não patogênicas competindo com patógenos periodontais pela adesão e formação de biofilme.
Em biofilmes subgengivais, a produção de peróxido de hidrogênio (H2O2) é limitada devido à falta de oxigênio, mas os agentes oxidantes podem influenciar as interações entre hospedeiro e patógenos, desempenhando um papel nas respostas do sistema imunológico.
Interações competitivas ocorrem entre estreptococos orais e patógenos periodontais, resultando em inibição da colonização de patógenos por estreptococos, tanto em tecidos duros quanto moles.
Estudos mostraram que as interações entre bactérias na placa bacteriana podem afetar positivamente o hospedeiro, reduzindo o sangramento à sondagem periodontal e possivelmente modulando respostas imunológicas.
Biofilmes bacterianos são altamente resistentes a agentes antimicrobianos, sendo até 1.500 vezes mais resistentes do que bactérias planctônicas.
A resistência antimicrobiana em biofilmes é influenciada por fatores como o estado nutricional das bactérias, taxa de crescimento, exposição prévia a antibióticos e características da matriz do biofilme.
A resistência antimicrobiana em biofilmes é uma consideração importante no tratamento de infecções relacionadas a biofilmes e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes.
A transmissão de agentes patogênicos na cavidade oral e entre indivíduos é relevante nas doenças infecciosas e pode afetar o resultado da terapia periodontal.
A transmissão intraoral e entre pessoas é um aspecto complexo de quantificar e entender.
Evidências indicam que bactérias orais, incluindo patógenos periodontais, podem ser transmitidas entre membros da mesma família.
Isso ressalta a importância da higiene oral e do controle da placa bacteriana não apenas para a saúde bucal individual, mas também para a saúde bucal da família e possivelmente na prevenção da disseminação de doenças periodontais.
A transmissão de bactérias entre pessoas não é o mesmo que contágio de doenças.
Estudos demonstram que bactérias orais, como A. actinomycetemcomitans, podem ser transmitidas entre membros da mesma família, com uma transmissão vertical (de pais para filhos) mais comum do que a transmissão horizontal (entre cônjuges).
Bactérias, como S. mutans, podem ser transmitidas intraoralmente entre diferentes nichos na cavidade oral, possivelmente via saliva.
Colonizar nichos já ocupados por outras bactérias é difícil devido às interações microbianas, mas a colonização de bolsas peri-implantares "estéreis" ocorre rapidamente e pode refletir a translocação de bactérias da cavidade oral.
Além das bactérias, a cavidade oral abriga vírus, fungos, archaea e protozoários, alguns dos quais podem ser comensais ou causar doenças orais.
vírus na cavidade oral:
Doenças virais comuns na mucosa oral e na região perioral.
Os vírus podem causar úlceras e tumores na cavidade bucal.
A presença significativa de vírus de mamíferos em lesões de periodontite, sugerindo um possível papel dos vírus em doenças orais.
Artigos de revisão sobre o tema escritos por Slots.
Características dos Vírus:
Diferenças entre a replicação viral e bacteriana.
Estrutura de um vírion extracelular, incluindo DNA ou RNA e um revestimento protetor de proteína ou capsídeo.
Vírus com envelope derivado de membranas celulares.
Principais Famílias de Vírus na Cavidade Bucal:
Herpes-vírus: inclui vírus herpes simples 1 e 2, associados a várias patologias orais.
Papilomavírus humanos: vírus de DNA de fita dupla, relacionados a úlceras, tumores e patologias bucais.
Picornavírus: vírus de RNA de fita simples, ligados a úlceras orais e outras patologias.
Retrovírus: envolvidos por RNA de fita simples, associados a tumores e patologias bucais.
Manifestações Clínicas de Doenças Virais Orais:
Úlceras orais causadas por diferentes vírus, como herpes simples, varicela-zóster, coxsackievírus e enterovírus.
Relação dos vírus com a estomatite aftosa recorrente, doenças sistêmicas com componentes ulcerogênicos bucais e patologias como eritema multiforme, síndrome de Behçet, pênfigo vulgar e lúpus eritematoso sistêmico.
Tumores Orais e Vírus:
Os vírus podem estar associados a tumores orais e atuar como cofatores na malignidade.
Fatores de risco para o desenvolvimento de câncer oral, incluindo histórico familiar, idade, tabagismo e consumo de álcool.
Principais oncovírus bucais, como o EBV, vírus herpes simples-8 e papilomavírus.
Tipos de cânceres orais relacionados a infecções virais, incluindo neoplasias epiteliais, linfomas e sarcoma de Kaposi
. Periodontite:
Bactérias são reconhecidas como essenciais no desenvolvimento da periodontite.
Atuais hipóteses patogênicas destacam a importância de fatores bacterianos e do hospedeiro na doença.
Interações bacterianas-hospedeiro não explicam completamente as características clínicas da periodontite.
Herpes-vírus e Periodontite:
Sugestão de envolvimento de herpes-vírus na etiologia da periodontite.
Aumento da presença de herpes-vírus em tecido gengival inflamado, fluido gengival e placa subgengival em áreas com periodonto doente.
Potencial do herpes-vírus para induzir citocinas pró-inflamatórias.
Controvérsia sobre a ativação espontânea do herpes-vírus ou como resultado de fatores como infecção concomitante ou estresse.
Sinergismo Bacterioviral na Periodontite:
Sugestão de que o sinergismo entre bactérias e vírus pode desempenhar um papel na periodontite.
Hipótese controversa sobre o envolvimento do herpes-vírus na etiologia da periodontite.
Presença de herpes-vírus em bolsas periodontais, juntamente com outros vírus como papilomavírus, HIV, vírus da hepatite B e C, entre outros.
O periodonto inflamado pode servir como um reservatório oral para vários vírus, incluindo o EBV, CMV, papilomavírus e vírus da hepatite C.
Fungos:
Candida albicans é a espécie fúngica mais prevalente na cavidade bucal.
Outras espécies comuns incluem C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis, C. guilliermondii e C. dubliniensis.
C. albicans é frequentemente associada a infecções da mucosa oral, vaginais e da corrente sanguínea.
Infecções superficiais por C. albicans estão aumentandoem prevalência, especialmente em portadores de próteses totais e idosos.
C. albicans é pleomórfica, apresentando diferentes modos de crescimento, incluindo leveduras de brotamento, pseudo-hifas e hifas.
As diferentes formas de crescimento desempenham papéis importantes na aderência, formação de biofilme, penetração nos tecidos e colonização de órgãos.
C. albicans produz a candidalisina, uma toxina citolítica que danifica as barreiras epiteliais e contribui para a virulência.
Doenças Micóticas Sistêmicas na Cavidade Bucal:
Algumas doenças micóticas sistêmicas estão se manifestando intraoralmente com mais frequência, devido à alta prevalência de imunocomprometidos na comunidade.
Protozoários:
Protozoários orais estão se tornando mais comuns do que antes reconhecido.
Alguns protozoários induzem infecções locais na cavidade bucal, incluindo saprófitas como Entamoeba gingivalis e Trichomonas tenax.
Protozoários são frequentemente observados em casos de má higiene bucal e problemas de saúde periodontal.
Protozoários:
Protozoários como Entamoeba gingivalis e Trichomonas tenax são encontrados na cavidade bucal.
E. gingivalis pode estar ligado a uma doença periodontal progressiva, especialmente em pacientes imunocomprometidos, levando a infecções gengivais necróticas.
Houve uma associação entre E. gingivalis e o HIV-1, que parece ser exclusiva deste vírus.
Leishmania:
Leishmania, um protozoário flagelado, pode causar sintomas orais quando há infecção com a forma mucocutânea da doença.
Isso resulta em crescimento granulomatoso envolvendo a boca e o nariz.
A leishmaniose é restrita a áreas específicas.
Archaea:
Archaea são microrganismos unicelulares distintos das bactérias e dos eucariotos.
Archaea metanogênicas, que produzem metano a partir de gases como hidrogênio e dióxido de carbono, foram encontradas em pacientes com doença periodontal.
Elas ocorrem principalmente em áreas anaeróbias do biofilme subgengival e em canais radiculares infectados.
Embora não sejam comuns em indivíduos saudáveis, archaea foram detectadas em locais de doença periodontal em pacientes.
Acredita-se que as archaea possam afetar a microbiota subgengival e a progressão da periodontite, mas sua relevância clínica precisa ainda é incerta.
Especificidade Microbiológica das Doenças Periodontais:
A hipótese inespecífica da placa sugere que as doenças periodontais são principalmente causadas pelo acúmulo de placa bacteriana ao longo do tempo.
De acordo com essa hipótese, a quantidade de placa está relacionada à diminuição da resposta do hospedeiro e ao aumento da suscetibilidade à periodontite.
Produtos nocivos produzidos pela microbiota da placa desempenham um papel importante na doença periodontal.
Estudos epidemiológicos correlacionaram idade, quantidade de placa e evidência de periodontite, apoiando essa hipótese.
Hipótese Inespecífica da Placa:
Acredita que o controle da doença periodontal depende da redução da quantidade total da placa bacteriana.
A maioria das intervenções terapêuticas ainda se baseia na remoção da placa e de seus produtos.
Hipótese Específica da Placa:
Enfatiza a importância da composição qualitativa da microbiota residente na placa bacteriana.
Argumenta que a patogenicidade da placa bacteriana depende da presença ou aumento de microrganismos específicos.
Identificou bactérias patogênicas específicas associadas à doença periodontal.
Hipótese da Placa Ecológica:
Propõe que tanto a quantidade total de placa bacteriana quanto a composição microbiana específica da placa podem contribuir para a transição de saúde para doença.
Descreve a microbiota da placa associada à saúde como relativamente estável em um estado de equilíbrio dinâmico.
Destaca que perturbações na resposta do hospedeiro ou no ambiente podem levar a
mudanças na população microbiana na placa.
Introduz o conceito de disbiose, uma mudança gradual na comunidade microbiana que pode resultar em doença crônica.
Sugere que a intervenção terapêutica pode ser útil em diversos níveis para restaurar a homeostase microbiana.
Hipótese do Patógeno-chave e Sinergia Polimicrobiana:
Sugere que certos patógenos microbianos em baixa abundância podem desencadear doenças inflamatórias ao romper a homeostase microbiana.
Exemplificado por P. gingivalis, que pode causar perda óssea periodontal mesmo quando presente em pequenas quantidades.
Patógenos "pedra-angular" são centrais para o processo da doença, mesmo em quantidade baixa.
Introduz o conceito de sinergia polimicrobiana, onde a comunicação entre patógenos principais e acessórios leva ao crescimento excessivo da microbiota patogênica.
Modelo de Disbiose:
Amplia a hipótese do patógeno-chave incluindo a ideia de homeostase rompida.
Destaca a importância da comunicação interespécies entre patógenos e outros membros da comunidade microbiana na progressão da doença.
Baseia-se em observações de sinergia microbiana entre espécies consideradas patógenos periodontais e outros microrganismos.
Fatores Complicadores na Identificação de Patógenos:
A microbiota periodontal é complexa, com muitos microrganismos difíceis de identificar ou cultivar.
A natureza crônica da doença periodontal dificulta a busca por bactérias patogênicas.A progressão da doença periodontal ocorre em diferentes taxas, com episódios alternados de destruição rápida e remissão.
A identificação de microrganismos durante diferentes fases da progressão da doença é desafiadora.
Classificações clínicas variáveis da doença podem obscurecer as associações microbiológicas.
Periodontite como Infecção Mista:
Periodontite é considerada uma infecção mista, envolvendo múltiplas espécies bacterianas.
Implicações significativas para diagnóstico e tratamento.
Diagnóstico de Periodontite:
Clínicos podem avaliar até 40 espécies bacterianas, mas não está claro se algumas combinações são mais patogênicas.
Mera presença de patógenos não é suficiente para determinar a doença; a quantidade desempenha um papel-chave.
Especificidade de detecção microbiológica é reduzida.
O limiar entre saúde e doença é desconhecido e varia entre indivíduos.
Variações genéticas e qualidade da resposta do hospedeiro também influenciam a patogenicidade.
Questiona se os patógenos são endógenos ou exógenos.
Tratamento de Periodontite:
Terapia focada na redução ou eliminação de patógenos em combinação com a criação de um ambiente favorável.
Presença persistente de patógenos após o tratamento está associada a resultados negativos.
Uso de agentes antimicrobianos (especialmente antibióticos) é difícil de definir devido à diversidade na suscetibilidade entre patógenos.
Transição de Saúde para Doença:
A ecologia microbiana oral é dinâmica e influenciada por determinantes nutricionais, físico-químicos, biológicos e mecânicos.
Mudanças na composição microbiana ocorrem durante a transição de saúde para doença.
A interação complexa entre hospedeiro, patógenos e comensais determina o desenvolvimento da doença periodontal.
Disbiose e fatores externos, como o tabagismo, podem desempenhar papéis importantes na transição.
Identificar se a presença de microrganismos específicos é causa ou consequência da doença ainda é uma questão em aberto.
Etiologia das Doenças Periodontais:
Etiologia das doenças periodontais envolve três grupos de fatores: hospedeiro suscetível, presença de espécies patogênicas e ausência ou baixa proporção de bactérias benéficas.
A destruição periodontal resulta de uma interação complexa entre esses fatores.
Disbiose e aumento da suscetibilidade podem levar à destruição periodontal.
A periodontite é uma condição complexa com múltiplos fatores que contribuem para seu desenvolvimento, incluindo a microbiota oral, o hospedeiro e fatores externos, como o tabagismo. O diagnóstico e o tratamento precisam levar em consideração essa complexidade para abordar eficazmente a doença periodontal.
Suscetibilidade do Hospedeiro:
A suscetibilidade do hospedeiro é influenciada por fatores genéticos, ambientais e comportamentais.
Fatores genéticos desempenham um papel em casos de periodontite agressiva.
O tabagismo aumentadrasticamente a suscetibilidade à destruição periodontal, mas a relação exata entre periodontite e tabagismo não é clara.
Alguns estudos mostram aumento da prevalência de certos patógenos orais em fumantes, enquanto outros não encontram diferenças significativas.
O pirossequenciamento revelou menor diversidade taxonômica subgengival em fumantes.
A cessação do tabagismo pode alterar o biofilme subgengival e melhorar a saúde periodontal.
Fumantes têm maior probabilidade de colonização por patógenos respiratórios e modificam a expressão de genes de P. gingivalis após a exposição à fumaça do cigarro.
Infecções virais, como HIV e herpes-vírus, também podem afetar a suscetibilidade à periodontite.
O estresse emocional e eventos de vida negativos podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão da periodontite e influenciar a resposta ao tratamento periodontal.
O estresse financeiro é um indicador de risco significativo para periodontite mais grave em adultos.
Bactérias Patogênicas:
A presença de patógenos bacterianos é um fator essencial no desenvolvimento e progressão das doenças periodontais.
Alguns patógenos são fortemente associados à doença periodontal, incluindo A. actinomycetemcomitans, T. forsythia, T. denticola e P. gingivalis.
Outras bactérias, como P. intermedia, Prevotella nigrescens, C. rectus, Parvimonas micra, F. nucleatum, Eubacterium nodatum e várias espiroquetas, também estão associadas à doença quando sua concentração ultrapassa certo limiar.
A mera presença de periodontopatógenos no sulco gengival não é suficiente para causar inflamação periodontal; é a elevação na proporção relativa ou no número desses patógenos que é crucial para desencadear danos teciduais.
Mesmo em indivíduos saudáveis, periodonto patógenos podem estar presentes em pequenas quantidades como parte da microbiota residente normal.
A complexidade da microbiologia da periodontite é ilustrada pela detecção variável desses patógenos em diferentes formas de infecções periodontais.
Avanços tecnológicos, como o sequenciamento de próxima geração, identificaram mais espécies bacterianas associadas à periodontite, incluindo filotipos de Bacteroidetes, Candidatus Saccharibacteria, Firmicutes, Proteobacteria, Spirochaetes e Synergistetes, bem como o filo Candidatus Saccharibacteria e o domínio Archaea.
Espécies Benéficas:
O papel das espécies bacterianas "benéficas" nas doenças periodontais é menos claro, mas elas podem afetar as espécies patogênicas de várias maneiras, incluindo a ocupação de nichos, limitação da aderência de patógenos, afetação do crescimento e vitalidade dos patógenos, influência na produção de fatores de virulência e degradação de fatores de virulência.
Um exemplo clássico é o efeito de S. sanguinis na eliminação de A. actinomycetemcomitans através da produção de H2O2.
As interações entre as espécies benéficas e patogênicas podem ser complexas, com alguns estudos sugerindo que os estreptococos orais podem promover o crescimento de A. actinomycetemcomitans.
Embora as bactérias benéficas possam ser importantes para a manutenção de um ecossistema oral saudável, a evidência é limitada e o papel da microbiota benéfica nas doenças periodontais não é totalmente compreendido.
A terapia periodontal é geralmente focada na redução ou eliminação de periodontopatógenos, juntamente com a criação de um ambiente oral mais adequado para uma microbiota benéfica.
A transição de saúde para doença periodontal envolve mudanças na composição microbiana, incluindo uma transição de bactérias Gram-positivas para Gram-negativas, de cocos para bastonetes e espiroquetas, de organismos imóveis para móveis, de anaeróbios facultativos para anaeróbios obrigatórios e de espécies fermentadoras para proteolíticas.
Em locais com saúde periodontal, a microbiota é composta principalmente por espécies facultativas Gram-positivas, como Streptococcus e Actinomyces, com pequenas proporções de espécies Gram-negativas, espiroquetas e bastonetes móveis.
Espécies bacterianas como S. sanguinis, Veillonella parvula e C. ochracea são consideradas protetoras e estão presentes em números elevados em locais com saúde periodontal, mas em quantidades reduzidas em locais com destruição periodontal ativa.
Estudos clínicos mostraram que locais com altos níveis de C. ochracea e S. sanguinis estão associados a um maior ganho de inserção após a terapia, sugerindo seu papel protetor
Gengivite:
A gengivite é extensivamente estudada no contexto de gengivite experimental, onde a saúde periodontal é estabelecida por medidas rigorosas de higiene bucal, seguidas pela abstinência de higiene bucal por 21 dias.
Bactérias começam a crescer após 8 horas sem higiene bucal e se multiplicam rapidamente nas próximas 24 horas, tornando a placa clinicamente visível após 36 horas.
A microbiota inicial da gengivite consiste em bastonetes Gram-positivos, cocos Gram-positivos e Gram-negativos. Conforme a gengivite progride, há um aumento de bastonetes e filamentos Gram-negativos, espiroquetas e microrganismos móveis.
A microbiota da gengivite induzida pela placa inclui aproximadamente igual proporção de bactérias Gram-positivas (56%) e Gram-negativas (44%), bem como microrganismos facultativos (59%) e anaeróbicos (41%).
Espécies Gram-positivas predominantes incluem Streptococcus spp. e Actinomyces spp., enquanto os Gram-negativos incluem Capnocytophaga spp., Fusobacterium spp., Prevotella spp. e outros.
Algumas espécies Gram-negativas associadas à periodontite, como Porphyromonas gingivalis e Aggregatibacter actinomycetemcomitans, também estão presentes na gengivite, mas em menor quantidade.
A gengivite associada à gravidez é caracterizada por inflamação aguda e aumento nos níveis de P. intermedia e C. rectus, que usam hormônios esteroides como fatores de crescimento.
Periodontite Crônica:
A periodontite crônica é uma forma de doença periodontal que progride em diferentes taxas e responde de forma variável ao tratamento.
Periodontite Crônica:
A periodontite crônica é uma forma de doença periodontal com diferentes velocidades de progressão e respostas ao tratamento.
A progressão média da perda de inserção periodontal varia de 0,05 mm a 0,3 mm por ano, seguindo um modelo gradual ou de surtos.
Estudos microbiológicos revelaram que a periodontite crônica está associada a agentes bacterianos específicos, com alta presença de espiroquetas e espécies bacterianas anaeróbicas e Gram-negativas.
Bactérias frequentemente detectadas em níveis elevados em pacientes com periodontite crônica incluem Porphyromonas gingivalis, Treponema forsythia, Prevotella intermedia, Aggregatibacter actinomycetemcomitans (sorotipo b), Fusobacterium nucleatum, entre outros.
A presença dessas bactérias está associada à progressão da doença periodontal e à resposta ao tratamento.
Além das bactérias, a infecção viral, especialmente o Epstein-Barr vírus (EBV-1) e o citomegalovírus humano (CMVh), também está associada à periodontite, mas o papel dos vírus na patogênese continua sendo incerto.
Estudos indicam que a progressão média da perda de inserção periodontal varia de 0,05 mm a 0,3 mm por ano.
O modelo de progressão pode ser gradual ou composto de surtos, onde sítios individuais mostram fases curtas de destruição de inserção interpostas por períodos de ausência de atividade da doença.
Modelos recentes consideram as teorias linear e de surtos como manifestações do mesmo fenômeno, onde alguns locais melhoram enquanto outros progridem de maneira cíclica.
Periodontite Agressiva Localizada:
A periodontite agressiva localizada é uma forma de doença periodontal que se caracteriza por perda rápida e grave da inserção do dente, geralmente ocorrendo antes ou durante a puberdade.
Essa forma de periodontite é mais comum em mulheres e frequentemente afeta os primeiros molares e incisivos permanentes.
A periodontite agressiva localizada geralmente está associada a defeitos sistêmicos na regulação imune e, muitas vezes, a problemas na função dos neutrófilos.
Sem tratamento, a forma localizada pode se transformar

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