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COLIFORMES TOTAIS E TERMOTOLERANTES AMOSTRAGEM No recebimento de produtos, o laboratório deve conduzir uma avaliação inicial para verificar as condições dos itens e determinar a quantidade e o estado da amostra. Todos os produtos recebidos devem ser devidamente registrados, permitindo que a análise seja monitorada através de relatórios. As informações necessárias para registro incluem o nome do produto, data de recebimento, dados das amostras, origem e o nome da parte solicitante, juntamente com o tipo de análise a ser realizada. AMOSTRAGEM Coletar e preparar as amostras é essencial para análise microbiológica. Como ela deve ser feita? •Registrar informações detalhadas sobre as amostras, incluindo origem e condições; •Manter amostras na temperatura adequada e evitar mudanças abruptas de temperatura; •Realizar assepsia de materiais, equipamentos e ambiente para prevenir contaminação; •Pesar as amostras dentro de 45 minutos após o preparo para manter a qualidade da análise. PREPARO E SEMEADURA DAS AMOSTRAS PREPARO E SEMEADURA DAS AMOSTRAS Ao preparar a amostra, deve-se determinar as características do meio de cultura, como grau de pureza, se o meio será líquido, sólido ou semi-sólido e o tipo de nutrientes/ágar que será utilizado. Todo o equipamento utilizado no processo de preparo do meio deve ser devidamente esterilizado. A água utilizada na lavagem dessas ferramentas não deve conter substâncias que favoreçam ou inibam o crescimento de microrganismos. A esterilização do meio de cultura e dos reagentes deve ser feita utilizando calor úmido (autoclave), irradiação por raios gama/raios-x ou por filtração. Com o meio pronto e a esterilização feita, deve-se fazer a pesagem em balança, buscando valores o mais específicos possíveis, já que pequenas alterações podem alterar a forma como o microrganismos se desenvolverá. O peso deve ser registrado e o recipiente em que se encontra o meio deve ser rotulado antes de ser armazenado em local hermético e longe de luz direta. Todos os meios antes do uso devem ser levados à temperatura ambiente, mas quando utilizados, devem ser armazenados em temperatura de 2 a 8 graus Célsius. SEMEADURA DE COLIFORMES TOTAIS E FECAIS (TERMOTOLERANTES) - ESCHERICHIA COLI Na preparação da amostra, é essencial garantir que todos os materiais e equipamentos utilizados se encontrem devidamente esterilizados, e que sejam empregadas técnicas assépticas para evitar a contaminação. Em seguida é feita a preparação do enriquecimento, o qual consiste em uma amostra de, no mínimo, 1 grama (ou 1 mililitro) do produto a ser analisado, devidamente homogeneizado. Essa amostra é então dispersa em, no mínimo, 9 mililitros do caldo de enriquecimento. Feito isto, é importante fazer uso de um agente solubilizante apropriado para a amostra, sempre monitorando o tempo decorrido entre a inoculação desse agente e o momento em que ele entra em contato com o caldo de enriquecimento. É crucial observar que o processo de preparação não deve ultrapassar 45 minutos. As colônias de E. coli geralmente apresentam cor vermelho-tijolo em Ágar MacConkey. A coloração de Gram também permite que sejam observados bastonetes Gram-negativos, sendo este mais um indício da existência de E. coli no meio. A preparação inicial nesse meio deve ser incubada em caldo em temperaturas de 32,5 ºC ± 2,5ºC por no mínimo 20h (máximo 72h). Deve-se estriar uma parcela do caldo de enriquecimento incubado (utilizando alça estéril) sobre a superfície de meio de semeadura, de modo a obter colônias isoladas para facilitar a visualização. Passado o período de preparação inicial, inverter as placas de Petri e incubar a temperaturas de 32,5 ºC ± 2,5ºC por no mínimo 24h (máximo 48h). Também é possível utilizar o meio Agar Levine eosina azul de metileno (Ágar EMB). Se for confirmado que as colônias pertencem à E. coli, na documentação deve-se expressar o resultado como: “Presença de Escherichia coli na amostra”, caso contrário o resultado deve ser expresso como: “Ausência de Escherichia coli na amostra”. Fonte: ANVISA IMAGEM 1 – ESCHERICHIA COLI EM ÁGAR MACCONKEY Dois tipos: plaqueamento por profundidade e semeadura em superfície. Plaqueamento por profundidade envolve adicionar amostra diluída em meio sólido. Utilizar técnicas assépticas durante o preparo! Plaqueamento em superfície requer a distribuição da amostra diluída sobre meio sólido. TIPOS DE PLAQUEAMENTO •Utilizar diluição contada. •Misturar a amostra com meio de cultura. •Após a incubação, contar as colônias em placas. •Calcular o resultado em Unidades Formadoras de Colônias (UFC) por grama ou mililitro. •Registrar os resultados apropriadamente. CONTAGEM EM PLACA Coliformes são grupos de bactérias indicadoras de contaminação e são formados pelos gêneros Escherichia, Citrobacter, Enterobacter e Klebsiella (família Enterobacteriaceae). Eles são encontrados naturalmente no meio ambiente como no solo, na água e nos dejetos humanos ou de animais. A sua presença por si só não implica que a água/alimento esteja comprometida, mas pode indicar a presença de bactérias potencialmente patogênicas. São capazes de fermentar a lactose com produção de gás, quando incubados a 35-37° por 48h. COLIFORMES TOTAIS Os coliformes termotolerantes estão presentes especificamente no intestino e nas fezes de animais de sangue quente e são considerados uma indicação de contaminação de fezes. Fazem parte desse grupo os gêneros Enterobacter e Klebsiella (origem não fecal) e a cepa patogênica de origem fecal, Escherichia coli, que é o principal indicativo. São capazes de fermentar a lactose em 24 horas a temperaturas mais altas, entre 44,5 e 45,5°C COLIFORMES TERMOTOLERANTES As principais cepas patogênicas de E. coli possuem os seguintes grupos: E. coli enterotoxigênica (ETEC); E. coli enteropatogênica (EPEC); E. coli enteroinvasiva (EIEC); E. coli enteroagregativa (EAEC); E. coli difusamente aderente (DAEC); E. coli produtora verotoxina (VTEC). CEPAS PATOGÊNICAS DA E. COLI O método do substrato cromogênico define como coliformes totais bactérias na forma de bastonetes, gram negativas, não formadoras de esporos, aeróbias ou anaeróbias facultativas, são reconhecidos como coliformes totais que alteram a coloração do meio. São uma alternativa mais rápida do que o método tradicional de plaqueamento. O resultado para Escherichia coli é positivo quando as cavidades positivas apresentam além da coloração amarela, fluorescência azul sob luz ultravioleta. O número total de coliformes é o número total de colônias vermelhas e azuis combinadas. COMO IDENTIFICAR OS COLIFORMES? USO DA TABELA DE NÚMERO MAIS PROVÁVEL (NMP): Para o uso da tabela de número mais provável (NMP) , usa-se a técnica de Tubos Múltiplos para a análise de coliformes totais ou termotolerantes (E. coli) em 100ml de água (NMP/100 ml). A metodologia permite a quantificação por “número mais provável” de microrganismos presentes na amostra de água e alimentos baseado na frequência de resultados positivos. Assim, podem ser analisadas na obtenção de informação sobre a população presuntiva de coliformes (teste presuntivo) ,sobre a população de coliformes totais (teste confirmatório) e sobre a população de coliformes termotolerantes/origem fecal. MÉTODO PRESUNTIVO •Positivos: reação ácida (amarelado) ou aprisionamento de bolhas •Caldo Lauril de sulfato de sódio •35°C •1 a 2 dias MÉTODO CONFIRMATÓRIO •Espécies de bactérias: E.coli, enterobacter etc •Mesmo princípio •Caldo verde brilhante MÉTODO COMPLEMENTAR •1 dia máximo •Banho Maria ou tubos variados •Caldo com E.coli •44,5°C Obrigado.
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