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Evolução do Direito Empresarial

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DIREITO EMPESARIAL – 3 UNIDADE 
Atividade empresarial – aula 1
A Sociedade Estamental ou de Estados representa a estrutura social típica do sistema feudal medieval, dividida nos estamentos, ou seja, a posição do indivíduo na sociedade dependerá de sua origem familiar, por exemplo: nasceu servo, morrerá servo.
Por este motivo atividades comercias ou empresarias não eram bem vistas socialmente. Pois a riqueza dos nobres vinha de terras, pela exploração de servil e hierarquia clerical (da igreja) que partilhava a riqueza. 
Nesta época era proibido a usura (proibição de cobrança de juros excessivos. Ainda temos vigente a lei da usura. 
Está visão de mundo não sobreviveu a alguns eventos como:
1. Cruzadas: reabertura das rotas comerciais anteriormente proibidas à cristandade.
2. Protestantismo: O surgimento e a ascensão do Protestantismo, com sua ética própria, e, posteriormente, do Calvinismo.
3. Ligas: A constituição de Ligas de artesãos 
4. Bancos: formação dos primeiros bancos 
5. Escola de sagres: constituição da Escola de Sagres pela inovadora monarquia portuguesa
6. Mercantilismo: representado pelas grandes navegações, esse extraordinário empreendimento humano que mudou e modelou o curso da história.
No esteio de sua constituição, trouxeram novos padrões éticos, estéticos e, consequentemente, sistemas e ordenamentos jurídicos adequados à garantia de funcionalidade dessas novas relações, estabelecendo-se normas destinadas a legitimar e a proteger o maior dinamismo das classes sociais, influências e acessos das demais classes ou indivíduos que as integram e as relações comerciais.
Em planos nacionais 
relações com o mundo europeu e história colonial devem seu início à alteração das estruturas de pensamento econômico-político e jurídico, que desembocaram no mercantilismo, um empreendimento multinacional, concebido na multiétnica e multicultural Escola de Sagres, financiado por investidores representativos do capital internacional. Porém sem livre circulação da riqueza, pois não havia regulamentos para comercio. 
Mas com a necessidade de novas rotas comercias, mercados e áreas de exploração econômica com cruzamos com o mundo europeu. 
De 1850 até 2002 o cod comercial o diploma legal que norteava a atividade empresarial, substituída pelo cod civil que passou a dispor o direito de empresa incorporando assim atividade empresarial á nossa lei civil. 
Atos de comercio e atividade empresarial 
Atividade empresarial fica na pratica do comércio, da mercancia (mercancia como sendo a profissão do comércio) e ato do comercio que era pra quem praticasse a condição de comerciante. 
Hoje consideramos como empresário quem exerce atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços (código civil, artigo 966), excluídos aqueles que exercem profissão intelectual, de natureza científica ou artística e literária, ainda com o concurso de auxiliares e colaboradores, salvo se o próprio exercício da profissão constituir elemento da empresa.
Bens: qualquer dos objetos suscetíveis de apreciação econômica, aí incluídas as atividades de prestação de serviços.
Circulação: refere à mudança de titularidade, de posse ou de uso desses bens economicamente apreciáveis.
Atividades não serão consideradas empresariais, quais sejam: aquelas de caráter “intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.
Pessoa jurídica: é conjunto de pessoas que pratica atividade lucrativa, a mesma é criada para negociação. Registrada por contrato social, onde se encontra quem a constituiu, qual sua constituição e qual a finalidade social. Possui nome e dado de identificação. Ela é constituída com finalidade abstrata. Interagindo por meio dos representantes legais constituídos em contrato.
Sendo assim os seus sócios respondem pelos atos da pessoa jurídica, e se necessário é possível quebrar a mesma e executar os bens dos sócios. 
Empresário – aula 2
Toda pessoa será sujeita de direitos e obrigações na esfera jurídica e em sociedade. 
Art. 966 – Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único – Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão consistir em elemento de empresa.
Necessário outras condições para determinação de condição de empresário, quais sejam: a capacidade civil, a ausência de impedimento legal (artigo 972 do Código Civil) e a efetivação do Registro Público junto ao Registro de Empresas Mercantis da sede da atividade, antes de seu início.
São Registros Públicos os serviços públicos com a função de perpetuar documentos para a prova de atos jurídicos em qualquer tempo, sua publicidade e conhecimento de terceiros. Os Pessoais são o Registro Civil de pessoas naturais e de pessoas jurídicas e o de empresas mercantis. Os Reais são os registros de imóveis, de propriedade marítima ou aeronáutica, de propriedade industrial ou intelectual. Os Obrigacionais são representados pelos registros de títulos e documentos
Art. 967 – É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Art. 968 – A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
· o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
· a firma, com a respectiva assinatura autografa;
· o capital;
· o objeto e a sede da empresa.
§ 1º - Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2º À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
O registro será efetuado, no caso das sociedades empresárias e das empresas mercantis, perante as Juntas Comerciais e, no caso das sociedades simples, será realizado perante o Registro Civil de Pessoas Jurídicas, em razão das respectivas competências, determinadas pela natureza das atividades por elas exercidas.
É dever do estado disponibilizar o cadastro dos empresários e de suas respectivas sociedades e viabilizar a consulta de dados, pois o empreendimento compromete patrimônio de terceiros. Com isso se dá a criação e manutenção de registros competentes. 
Empresas – aula 3 
Existem pessoas naturais ou fiscais e pessoa jurídica ou pessoas de corpo moral que são constituídas para cumprir uma finalidade social prevista em seus respectivos atos de constituição. Que previsto em contrato social ou o ato de instituição que se compõem de pessoas físicas (ou até mesmo de outras pessoas jurídicas, contanto que admitido no ato de constituição ou na lei), que exercem sua representação, podem se relacionar em sociedade, dispõem de patrimônio próprio e independente dos seus sócios, dirigentes ou componentes, sendo sujeitos de direitos e obrigações em sede judicial.
Tem seu momento de início registrado e assim também ocorre caso tenha dissolução. 
· Existência necessária: Como a União, os estados e os municípios, cuja constituição integra a própria formação do Estado.
· Existência voluntaria: Como as associações ou sociedades, cuja criação se constitui em ato de deliberação de vontade de seus sócios.
Denominadas empresas: 
As pessoas jurídicas organizadas em forma e com natureza civil ou mercantil, destinadas à exploração por pessoa física ou jurídica, de atividade com fins lucrativos. Essas empresas são constituídas pelos indivíduos a quem denominamos empresários, para a prática das atividades consideradas empresariais.
· Microempresa, antiga reivindicação social, consistente na simplificação dos procedimentos para a constituição ou para a regularização de empresas voltadas a determinadas atividadesou que percebam faturamento anual em valores até determinado patamar considerado adequado à simplificação de que se trata. 
! O Custo Brasil é um termo genérico, usado para descrever o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem o investimento no Brasil, dificultando o desenvolvimento nacional, aumentando o desemprego, o trabalho informal, a sonegação de impostos e a evasão de divisas.
Exemplos de custo brasil: 
· Corrupção administrativa pública elevada.
· Déficit público elevado.
· Burocracia excessiva para criação e manutenção de uma empresa.
· Cartelização da economia.
· Manutenção de taxas de juros reais elevadas.
· Spread bancário exagerado (um dos maiores do mundo).
· Burocracia excessiva para importação e exportação, dificultando o comércio exterior.
· Carga tributária alta.
· Altos custos trabalhistas.
· Altos custos do sistema previdenciário.
· Legislação fiscal complexa e ineficiente.
· Insegurança jurídica.
· Alto custo da energia elétrica.
· Infraestrutura precária (saturação de portos, aeroportos, estradas e ferrovias).
· Baixa qualidade educacional e falta de mão de obra qualificada.
· Desperdício na distribuição de energia elétrica e de água.
· Entraves burocráticos e insegurança jurídica na Construção Civil.
A dissolução das empresas pode se verificar:
1. Pelo seu simples distrato, quando seus sócios decidem pelo encerramento de suas atividades.
2. Pela cassação da autorização para funcionamento – nas hipóteses em que essa autorização é dependente do Poder Público, que pode revogá-la.
3. Em razão da impossibilidade da continuação do cumprimento de sua finalidade social, nas hipóteses de falência ou de recuperação judicial.
Falência e recuperação 
Ocorre quando a empresa não tem condição financeira ou econômica de manter se em funcionamento na forma de seu contrato social, quando seu lucro é inferior a despesas que afeta diretamente a saúde financeira. 
Recuperação: retorno da empresa a seu funcionamento normal, ocorre com a prorrogação de prazos vencidos e redução de valor da dívida. 
· Judicial: Quando esse processo ocorre em Juízo (em que um plano de recuperação é entregue ao Juiz, que supervisiona o cumprimento da lei).
· Extrajudicial: Quando o devedor interage diretamente com os seus credores sem a participação do Judiciário.
Falência: ocorre quando a empresa não tem condição de manter atividade quando está inviável economicamente, a decretação de falência encerra as atividades empresarial desconstruindo a empresa. Com isso é nomeado um administrador, abre o concurso de credores e são apurados os débitos e organizada a ordem de adimplemento, depois ela é encerada. 
· Ordem de vocação entre os credores, sendo preferencialmente oponíveis aqueles que possuam créditos de natureza alimentar, tais como os créditos trabalhistas e seus equiparados, como os de caráter de acidentes do trabalho, seguidos dos créditos fiscais, dos créditos privilegiados, daqueles que se revistam de natureza real e, finalmente, aqueles dissociados destas condições.
Lei de falência: LEI Nº 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005.
O que é atividade empresarial e como se desenvolve em sociedade: A atividade empresarial será toda atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, sendo elementos para a sua verificação: a organização da atividade sob finalidade econômica ou visando a circulação de riquezas, fundada no ato de produção ou circulação, em sociedade, de bens da vida economicamente apreciáveis ou da sua circulação, pela prestação de serviços.
Quem é o empresário e quais requisitos para essa atribuição: definir empresário como sendo aquele que exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para o fim de produção ou troca de bens e serviços.
O que é empresa, quais os seus requisitos de constituição: Às pessoas jurídicas organizadas em forma e com natureza civil ou mercantil, destinadas à exploração por pessoa física ou jurídica, de atividade com fins lucrativos, denominamos empresas. Essas empresas são constituídas pelos indivíduos a quem denominamos empresários, para a prática das atividades consideradas empresariais.

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