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1 CORRENTE INTERFERENCIAL VETORIAL (CIV) ELETROTERAPIA PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 1CORRENTE INTEFERENCIAL 1 Definição � São correntes elétricas alternadas (sem efeito polar) de média frequência (geralmente 2000 Hz ou 4000 Hz), modulada a baixa frequência, de aplicação de eletrodos transcutâneos. PROF ERIK OLIVEIRA MARTINS 2CORRENTE INTEFERENCIAL Classificação quanto às frequências Baixa Frequência: 1 a 1.000 Hz (CDB’S, TENS , FES) Média Frequência: 1.000 a 10.000 Hz, (Interferencial, AUSSIE e Corrente Russa) Alta Frequência: 10.000 Hz a 100.000 Hz. (Ondas curtas e Micro-ondas) 2 TERAPIA INTERFERENCIAL Objetivos das correntes de média freqüência: Estimulação mais confortável Alcançar tecidos mais profundos PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 3CORRENTE INTEFERENCIAL 3 História •HANS NEMEC, 1950 em Viena: aplicou o fenômeno físico de interferência de ondas para desenvolver o primeiro equipamento capaz de gerar correntes interferenciais. •NEMEC buscou contornar os problemas do desconforto causado pelas correntes de baixa freq. (CDB’s,TENS) ao mesmo tempo que eram mantidos os seus efeitos terapêuticos. (Nelson e Currier, 1991) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 4CORRENTE INTEFERENCIAL 4 indicações PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 5CORRENTE INTEFERENCIAL 5 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 6CORRENTE INTEFERENCIAL 6 2 Corrente Interferencial - Peculiaridades •Aplicada na maioria das vezes através de 4 eletrodos, administrando duas correntes de média frequência, com pequena diferença de frequência entre si, onde esta diferença é que vai constituir a baixa frequência de estimulação, à partir do ponto de intersecção das duas correntes. PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 7CORRENTE INTEFERENCIAL 7 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 8CORRENTE INTEFERENCIAL Corrente Interferencial 👉É o fenômeno que ocorre quando se aplicam duas ou mais oscilações simultâneas no mesmo ponto de um determinado meio, com frequências levemente diferentes 👉São utilizadas duas correntes alternadas de média frequência, que tem interação entre si 👉Uma das correntes alternadas tem frequência fixa de 4000Hz, enquanto que a frequência da outra pode ser ajustada entre 4001 e 4150 A superposição das duas correntes alternadas denomina-se: Interferência 8 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 9CORRENTE INTEFERENCIAL 9 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 10CORRENTE INTEFERENCIAL Características das Correntes Interferenciais Duas correntes portadoras de média frequencia: Ø Uma fixa em 4000 Hz (circuito 1) Ø Outra variando entre 4.001 e 4.250 Hz (circuito 2) Determinam uma corrente de batimento em baixa frequência, modulada em amplitude: Ø Entre 1 e 150 Hz (dentro do alcance biológico) 10 FIXAÇÃO DOS ELETRODOS • TETRAPOLAR: maior atuação da corrente no ponto de intersecção de dois eletrodos de canais diferentes a 45graus Canal 1 C an al 2 11 FIXAÇÃO DOS ELETRODOS • TETRAPOLAR: a interferência acontece nos tecidos dor dor dor dor 12 3 FIXAÇÃO DOS ELETRODOS • TETRAPOLAR: a interferência acontece nos tecidos dor dor dor dor 13 FIXAÇÃO DOS ELETRODOS •BIPOLAR: A interferência ocorre no aparelho 14 Controles no Equipamento FREQUÊNCIA PORTADORA Ø2000 Hz (est muscular) Ø4000 Hz (demais aplicações) (Laycock e Green, 1988) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 15CORRENTE INTEFERENCIAL 15 Controles no Equipamento AMF ÞVariação de uma das correntes (média freq). A AMF pode ser ajustada de 0 à 150 Hz (desenvolvida no interior dos tecidos) AMF – 25 à 75 Hz = dor crônica 75 à 120 Hz = dor subaguda 120 à 150 Hz = dor aguda PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 16CORRENTE INTEFERENCIAL 16 Controles no Equipamento ∆F AMF (espectro) → variável de 0 à 100 Hz – minimizar o efeito de acomodação- v50% da freq da AMF → quadros crônicos v±70% da freq da AMF → quadros sub ag e agudos PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 17CORRENTE INTEFERENCIAL 17 Controles no Equipamento SLOPE (tempo de variação de superposição do ∆F e AMF) de acordo com a patologia ü6/6 – quadros agudos ü1/5/1 – q. subagudos ü1/1 – q. crônicos PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 18CORRENTE INTEFERENCIAL 18 4 Controles no Equipamento PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 19CORRENTE INTEFERENCIAL ÜMODOS = tetrapolar ou bipolar 19 Controles no Equipamento VETOR = assegurar que uma ampla área poderá ser coberta pela corrente interferencial, facilitando a colocação dos eletrodos, deslocando a modulação das diagonais. (UTILIZADO SOMENTE COM 4 ELETRODOS) èPode ser: ØMANUAL (casos crônicos) ØAUTOMÁTICO (casos agudos) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 20CORRENTE INTEFERENCIAL 20 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 21CORRENTE INTEFERENCIAL 21 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 22CORRENTE INTEFERENCIAL 22 Métodos de Aplicação TETRAPOLAR = utiliza-se 4 eletrodos (2 circuitos) INDICAÇÕES →Tratamento da dor aguda e crônica, especialmente em grandes regiões. PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 23CORRENTE INTEFERENCIAL 23 TETRAPOLAR PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 24CORRENTE INTEFERENCIAL 24 5 TETRAPOLAR PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 25CORRENTE INTEFERENCIAL 25 Métodos de Aplicação BIPOLAR Þ utiliza-se 2 eletrodos (1 circuito) INDICAÇÕES →Tratamento da dor aguda e crônica, especialmente de regiões bem localizadas (pequenas) →Estimulação muscular, →Drenagem de edema →incremento do retorno venoso PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 26CORRENTE INTEFERENCIAL 26 Bipolar PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 27CORRENTE INTEFERENCIAL 27 Controles no Equipamento INTENSIDADE Þ varia para cada pcte e área do corpo, bem como o efeito desejado.(sensorial ou motor) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 28CORRENTE INTEFERENCIAL 28 Controles no Equipamento •Tempo de tratamento PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 29CORRENTE INTEFERENCIAL 29 TIPOS DE ELETRODOS PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 30CORRENTE INTEFERENCIAL FLEXÍVEIS SUCÇÃO 30 6 Contra-indicações •Marcapasso •Pctes psiquiátricos graves •Tumores •Falta de colaboração •Útero gravídico ; entre outras �Estima-se que a CI com 50 mA aplicada no tórax pode induzir a fibrilação ventricular (Health Protection Board Of Health and Walfare Canada, 1988) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 31CORRENTE INTEFERENCIAL 31 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 32CORRENTE INTEFERENCIAL Resumo CIV - Parâmetros: v Frequência portadora de 4.000 Hz / 2.000Hz v AMF: 1 – 150Hz v Delta F: variação de AMF (70% ou 50%) v Slope: 1/1: crônico 1/5/1: sub-agudo 6/6: agudo v Modo: tetrapolar/ bipolar v Vetor: manual/contínuo v Rampagem: Ton/Toff v Tempo de tratamento v Intensidade (variável, depend do pcte - sens ou motor) 32 SUGESTÕES DE PARÂMETROS X INDICAÇÕES CLÍNICAS PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 33CORRENTE INTEFERENCIAL 33 TRANSTORNOS DOLOROSOS AGUDOS ØAMF (alta) – 120 À 150 Hz Ø∆F - 70% ØSLOPE - 6/6 ØTempo trat - 10 – 12 minutos ØSessões - 1 – 2 X/dia ØIntensidade - mínima-moderada (nível sensorial) ØEletrodos - tetrapolar ou bipolar PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 34CORRENTE INTEFERENCIAL 34 TRANSTORNOS DOLOROSOS CRÔNICOS •AMF (baixa) - abaixo de 75 Hz •∆F - 50 % •SLOPE - 1/5/1 - 1/1 •Tempo trat - 15 - 30 minutos •Sessões - 1 X/dia •Intensidade - Moderada - Alta •Eletrodos - tetrapolar ou bipolar PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 35CORRENTE INTEFERENCIAL 35 FORTALECIMENTO MUSCULAR vèAMF – ¯ 20 Hz ctr intermite// ou 20 Hz ctr sustentada •è ∆F – 0 (Zero) •è SLOPE – não •è Tempo trat – variável •è Sessões - várias vezes •è Intensidade - alta (motor) •è Eletrodos - somente Bipolar RAMPAGEM? (Ton, Toff, ramp, sust) PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 36CORRENTE INTEFERENCIAL 36 7 INCREMENTO DO RETORNO VENOSO •AMF – 15 Hz •∆F – 0 (zero) •Slope – ñ •Tempo trat – variável •Sessão – 2 X/ dia • Intensidade – nível motor •Técnica coloc eletrodos - bipolar PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 37CORRENTE INTEFERENCIAL 37 Efeito da corrente interferencial em pacientes com fibromialgia: uma revisão sistemáticaSilva, M., Araújo, F., Araújo, M., & DeSantana, J. (2018). Fisioterapia E Pesquisa, 25(1), 107-114. https://doi.org/10.1590/1809- 2950/17276725012018 Universidade Federal do Paraná, Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia, Curitiba, PR, Brasil. RESUMO A dor muscular generalizada de alta intensidade é a principal queixa de pacientes com fibromialgia. A corrente interferencial é um tratamento frequentemente utilizado no alívio da dor, porém, seus efeitos nesses pacientes não estão claros ainda. Assim, esta revisão objetivou analisar os efeitos da corrente interferencial no tratamento de pacientes com fibromialgia em artigos científicos previamente publicados. As bases de dados Central, CINAHL, Lilacs, PEDro, Medline (PubMed), SciELO, Science Direct, Scopus e Web of Science foram pesquisadas em novembro de 2016. Somente ensaios clínicos controlados, sem restrições de idioma e período de publicação foram incluídos. A ferramenta da Colaboração Cochrane foi utilizada para avaliar o risco de viés dos artigos. Dessa forma, um total de 415 artigos foram encontrados e apenas quatro deles foram selecionados para análise. Três artigos foram excluídos por não serem ensaios clínicos controlados. Assim, apenas um artigo foi analisado para esta revisão. Neste estudo, a combinação do ultrassom com a corrente interferencial melhorou a dor e a qualidade do sono de pacientes com fibromialgia. No entanto, apresentou-se alto risco de viés e não foi possível verificar o efeito isolado da corrente interferencial nesses pacientes. Existe uma grande carência de estudos controlados, com distribuição aleatória, sobre o uso de corrente interferencial em pacientes com fibromialgia. Os resultados desta revisão evidenciam a importância do desenvolvimento de estudos futuros, com desenho metodológico adequado e terapia independente com corrente interferencial, a fim de melhorar a indicação da corrente para esses pacientes na prática clínica. PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 38CORRENTE INTEFERENCIAL 38 Corrente interferencial e terapia manual reduzem sinais e sintomas de dor lombar crônica Antonio Carlos Pereira de Araújo, Daniel Tassinari Felber, Eloá Ferreira Yamada, Lilian Pinto Teixeira, Morgana Duarte da Silva Vittalle – Revista de Ciências da Saúde v. 30, n. 2 (2018) 9-20 RESUMO A dor lombar crônica vem se tornando um importante problema de saúde pública ao longo dos anos, sendo necessária a busca por tratamentos conservadores cada vez mais eficazes quanto ao combate aos sintomas apresentados pelos indivíduos acometidos. Dessa maneira, este estudo visa verificar o efeito da corrente interferencial associada ao uso de técnicas manuais sobre os sintomas da lombalgia. Participaram do estudo 14 indivíduos com dor lombar crônica submetidos a um protocolo composto por 10 sessões de eletroterapia utilizando corrente interferencial e terapia manual. Para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha de avaliação fisioterapêutica constituída por anamnese, inspeção, escala visual de dor (EVA), teste de Schober, questionário SF-36, questionário de Oswestry e questionário de Depressão de Beck. Os dados foram analisados por teste t ou teste de Wilcoxon, com nível de significância de p<0,05. Observamos que a avaliação da dor com a EVA foi diferente estatisticamente em todos os dias após o tratamento. Ainda, houve diferença estatística ao final da terapia observada no teste de Schober (p=0,0137), no questionário SF-36 (p<0,001), no questionário de Oswestry (p=0,0058) e no de Depressão de Beck (p=0,0024). O uso da corrente interferencial, associada a técnicas manuais, reduziu a dor e a incapacidade de indivíduos com dor lombar, houve melhora na qualidade de vida, além de diminuir o quadro depressivo. Sugere-se que sejam realizados novos estudos na área, com maior número de participantes e maior tempo de intervenção. PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 39CORRENTE INTEFERENCIAL 39 Efeito analgésico imediato da corrente interferencial de 2KHz na dor lombar crônica: ensaio clínico randomizado Nicole Almeida , Luis Henrique Paladini , Madeline Pivovarski , Fernanda Gaidesk1 , Raciele Ivandra Guarda Korelo , Ana Carolina Brandt de Macedo BrJP. São Paulo, 2019 jan-mar;2(1):27-33 RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A corrente interferencial é amplamente utilizada na prática clínica para o tratamento da dor lombar, porém não há consenso na literatura sobre seus parâmetros. O objetivo deste estudo foi analisar o efeito imediato da corrente interferencial de 2KHz na dor lombar crônica. MÉTODOS: Ensaio clínico, controlado randomizado, foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná. Participaram 105 indivíduos com dor lombar crônica (>12 semanas), de ambos os sexos. Os participantes foram randomizados em 3 grupos: grupo placebo (GP, n=35), estímulo elétrico desligado, grupo interferencial1 (GI1, n=35), frequência portadora de 2KHz, AMF de 2Hz, intensidade a nível motor e grupo interferencial2 (GI2, n=35), frequência portadora de 2KHz, AMF de 100Hz, intensidade a nível sensorial. Todos os grupos foram submetidos a uma única aplicação durante 30 minutos, com 4 eletrodos posicionados de maneira cruzada na região lombar. RESULTS: Para avaliação e reavaliação, foi utilizada a escala analógica visual, escala da dor de McGill, Questionário de dor lombar de Oswestry, Questionário de Incapacidade de Roland-Morris e Algometria de Pressão. CONCLUSÃO: Pode-se perceber que, pela escala analógica visual e pelos questionários, a corrente interferencial proporcionou efeito analgésico imediato na dor lombar crônica independentemente do modo de estimulação. Descritores: Analgesia; Dor crônica; Dor lombar; Terapia por estimulação elétrica PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 40CORRENTE INTEFERENCIAL 40 • História: Paciente, 23 anos, atleta amador, com dor acentuada na região anterior do ombro há 3 dias, após mecanismo de luxação anterior durante partida de vôlei. • Objetivo: • Corrente: • Portadora: • AMF: • △f: • slope: • Tempo de tto: • Posicionamento dos eletrodos: • Intensidade (amplitude): CASO CLÍNICO 1 41 • História: Paciente refere dor na região supra escapular, há aproximadamente 07 meses, agravando após período prolongado sentado durante o uso do computador. • Objetivo: • Corrente: • Portadora: • AMF: • △f: • slope: • Tempo de tto: • Posicionamento dos eletrodos: • Intensidade (amplitude): CASO CLÍNICO 2 42 https://doi.org/10.1590/1809-2950/17276725012018 8 PROF. ERIK OLIVEIRA MARTINS 43CORRENTE INTEFERENCIAL 43
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