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Manual de Suporte Básico de Vida

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© 2020 American Heart Association 
Manual do Profissional 
de Suporte Básico de Vida 
Impresso nos EUA: Orora Visual, LLC, 3210 Innovative Way, Mesquite, Texas, 75149, USA 
ISBN: 978-1-61669-863-8. Edição em português 20-2208. Data da impressão: 10/20 
Edição original em inglês 
Basic Life Support Provider Manual 
© 2020 American Heart Association 
Edição de e-book em português © 2020 American Heart Association. ISBN: 978-1-61669-862-1. 20-
2207 
Agradecimentos 
A American Heart Association agradece às seguintes pessoas pela contribuição que deram para o 
desenvolvimento deste manual: Jose G. Cabanas, MD, MPH; Jeanette Previdi, MPH, Matthew Douma, 
RN; Bryan Fischberg, NRP; Sonni Logan, MSN, RN, CEN, CVN, CPEN; Mary Elizabeth Mancini, RN, 
PhD, NE-BC; Randy Wax, MD, MEd; Sharon T. Wilson, PhD, RN, FCN; Brenda D. Schoolfield; e a 
equipe do Projeto SBV da AHA. 
Edição em português 
Hélio Penna Guimarães, MD, PhD, FAHA; Ana Batista, MD; Denis Cristian Toledo Correa, RT; 
Tathiana Facholli Polastri, RN, Msc; Carolina Felipe Soares Brandão, PhD; Pedro Dinis Esteves 
Caldeira, RN, Msc; e AHA ECC Intemational BLS Project Team. 
Para obter informações sobre as atualizações ou correções deste texto, acesse 
www.international.heart.org. 
Conteúdo 
Parte 1: Conceitos gerais do curso 
Objetivos do curso de SBV 
Descrição do curso 
Exigências uara aurovação 
Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação 
Eguiuamento de uroteção individual 
O Manual do J2rofissional de SB V 
Parte 2: A cadeia de sobrevivência 
Qbjetivos de aurendizagem 
Visão geral 
Elementos da cadeia de sobrevivência 
Comuaração das cadeias de sobrevivência intra-hosuitalar e extra-hosuitalar 
Princiuais diferenças entre as cadeias de sobrevivência uediátricas e adultas 
Perguntas de revisão 
Parte 3: SBV nara adultos 
Qbjetivos de aurendizagem 
Estrutura básica da RCP 
Eguiues de socorristas de alto desemuenho 
Princiuais comuonentes de RCP 
Algoritmo de SBV adulto uara urofissionais da saúde 
Habilidades de RCP de alta gualidade: Adultos 
Realização de comgressões torácicas de alta gualidade 
Técnica de comuressão torácica 
Administração de ventilações 
Disuositivos de barreira uara administração de ventilações 
Máscara de bolso 
Disuositivos bolsa-válvula-máscara 
SBV uara adultos com dois socorristas 
O gue é um instrutor de RCP? 
Perguntas de revisão 
Parte 4: Desfibrilador externo automático nara adultos e crianças de 8 anos de idade e acima 
Qbjetivos de aurendizagem 
Desfibrilação 
Uso doDEA 
Como ouerar um DEA: Etauas universais 
Minimizar o temuo entre a última comuressão e a administração do chogue 
Não postergue a RCP de alta gualidade após o uso do DEA 
Pás de DEA uara crianças 
Circunstâncias esueciais 
Perguntas de revisão 
Parte 5: Dinâmica de eguip~ 
Objetivos de aQrendizagem 
Elementos de eficácia na dinâmica da equip....s;. 
Funções e resP-onsabilidades 
Comunicação 
Orientação e debrie.fing 
Perguntas de revisão 
Parte 6: SBV Qara bebês e crianças 
Q_Qjetivos de aprendizagem 
Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com um único socorrista 
Habilidades de RCP de alta qualidade: Bebês e crianças 
Avaliar resQiração e QUlso 
Realização de compressões torácicas de alta qualidade 
Administração de Ventilações 
Algoritmo de SBV Qediátrico Qara P-rofissionais da saúde com dois ou mais socorristas 
SBV para bebês e crianças com dois socorristas 
Perguntas de revisão 
Parte 7: Desfibrilador externo automático uara bebês e crianças abaixo de 8 anos de idade 
Q_Qjetivos de aprendizagem 
Conheça o DEA 
DEA de uso pediátrico para cargas reduzidas de choque 
Escolha e posicionamento das pás 
Uso do DEA em vítimas a partir de 8 anos de idade 
Uso do DEA em vítimas menores de 8 anos 
Uso do DEA em bebês 
Perguntas de revisão 
Parte 8: Técnicas de ventilação alternativas 
Objetivos de aP-rendizagem 
RCP e ventilações com via aérea avançada 
Ventilação de resgate 
Técnicas Qara administrar ventilações sem, um dispositivo de barreira 
Respiração boca a boca para adultos e crianças 
Técnicas de ventilação em bebês 
Cuidado: Risco de distensão gástrica 
Perguntas de revisão 
Parte 9: Emergências uotencialmente fatais associadas a ouioides 
Q_Qjetivos de aprendizagem 
O que são opioides? 
Uso P-roblemático de OQioides 
Identificação de uma emergência com opioides 
Antídoto para overdose de opioides: Naloxona 
Sequência de resQosta a emergências P-Otencialmente fatais associadas OQioides 
Perguntas de Revisão 
Parte 10: Outras emergências P-Otencialmente fatais 
Objetivos de anrendizagem 
Ataque cardíaco 
AVC 
Afogamento 
Anafilaxia 
Perguntas de revisão 
Parte 11: Desobstrução do engasgo em adultos, crianças e bebês 
Q_Qjetivos de aprendizagem 
Sinais de asfixia 
Desobstrução da via aérea em adulto ou criança consciente 
Desobstrução das vias aéreas em vítimas grávidas e obesas 
Desobstrução das vias aéreas em adulto ou crianç-ª.Jlue não responde 
Administração de ventilações eficazes quando há obstrução da via aérea 
Ações aP-ÓS a desobstrução das vias aéreas 
Desobstrução das vias aéreas em bebês 
Perguntas de revisão 
Anêndice 
Sequência de SBV para adultos com um socorrista 
Sequência de SBV nara adultos com dois socorristas 
Considerações de PCR em mulher grávida em condições extra-hospitalares 
Algoritmo e sequência de emergência associada a OP-ioide para P-rofissionais da saúde 
Sequência de SBV nara bebês e crianças com um socorrista 
Sequência de SBV para bebês e crianças com dois socorristas 
Resumo dos comnonentes de RCP de alta qualidade nara nrofissionais de SBV 
Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP e DEA em adultos 
Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de 
habilidades de RCP e DEA em adulto 
Sunorte Básico de Vida (SBV) Lista de teste de habilidades de RCP em bebês 
Sunorte Básico de Vida (SBV) Descritores de habilidades essenciais nara avaliação de 
habilidades de RCP em bebês 
Glossário 
Resnostas a nerguntas de revisão 
Leituras recomendadas 
Abreviações 
Abreviação Definição 
AP Anteroposterior 
APD Acesso Público à Desfibrilação 
DEA Desfibrilador Externo Automático 
DE Departamento de Emergência 
DUL Deslocamento Uterino Lateral 
ECG Eletrocardiograma 
EPI Equipamento de Proteção Individual 
FCT Fração de Compressões Torácicas 
RCE Retorno a Circulação Espontânea 
RCP Ressuscitação Cardiopulmonar 
SBV Suporte Básico de Vida 
SME Serviço Médico de Emergência 
TVSP Taquicardia Ventricular Sem Pulso 
T-RCP RCP Assistida por Teleatendente 
Parte 1: Conceitos gerais do curso 
Bem-vindo ao Curso de Suporte Básico de Vida (SBV) da American Heart Association para 
profissionais da saúde. O SBV é fundamental para salvar vidas após uma parada cardiorrespiratória 
(PCR). Neste curso, você aprenderá as habilidades de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de alta 
qualidade para vítimas de todas as idades. Você praticará essas habilidades como socorrista único e 
como membro de uma equipe com vários socorristas. As habilidades aprendidas neste curso permitirão: 
• Reconhecer uma PCR. 
• Acionar o sistema médico de emergência rapidamente. 
• Responder de forma rápida e confiante. 
Apesar dos importantes avanços na prevenção, a PCR súbita continua sendo a principal causa de morte 
em muitos países. Cerca de metade das PCR não são testemunhadas. Os resultados das PCR extra-
hospitalares continuam insatisfatórios. Somente 10% dos pacientes adultos com PCR não traumática que 
são tratados pelo Serviço Médico de Emergência (SME) sobrevivem à alta hospitalar. 
Este curso ajudará a oferecer às vítimas a melhor chance de sobrevivência. 
Objetivos do curso de SBV 
O curso de SBV concentra-se no que os socorristas precisam saber para administrar RCP de alta 
qualidade em uma variedade de ambientes. Também será necessário saber como atender vítimas de 
engasgo e a outros tipos de emergências potencialmentefatais. 
Ao concluir com êxito o Curso de SBV, você será capaz de: 
• Descrever a importância de RCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. 
• Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. 
• Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. 
• Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. 
• Administrar RCP de alta qualidade em adultos, crianças e bebês. 
• Descrever a importância do uso precoce de um Desfibrilador Externo Automático (DEA). 
• Demonstrar o uso correto de um DEA. 
• Administrar ventilações eficazes usando um dispositivo de barreira. 
• Descrever a importância das equipes na ressuscitação com vários socorristas. 
• Ser eficaz como membro de uma equipe durante RCP com vários socorristas. 
• Descrever a manobra de desobstrução da via aérea por corpo estranho para adulto, criança ou bebê. 
Descrição do curso 
Este curso prepara você para realizar habilidades de RCP de alta qualidade. A RCP é um procedimento 
de salvamento de vítimas que apresentam sinais de parada cardiorrespiratória (PCR) (isto é, ausência de 
resposta, de respiração normal e de pulso). Os dois principais componentes da RCP são compressões 
torácicas e ventilações. 
A RCP de alta qualidade aumenta as chances de sobrevivência da vítima. Estude as características de 
RCP de alta qualidade e coloque-as em prática, para que possa e realizar cada habilidade de forma 
eficaz. 
O Conceitos fundam entais: R CP de alta qualidade 
• Iniciar compressões em 1 O segundos após o reconhecimento da PCR. 
• Comprimir com força e rapidez: comprima a uma velocidade de 100 a 120/min e uma profundidade 
de: 
- No mínimo 5 em para adultos, mas não mais que 6 em. 
- No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 5 em, para crianças. 
- No mínimo um terço da profundidade do tórax, aproximadamente 4 em, para bebês. 
• Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Evite se apoiar sobre o tórax entre as 
compressões. 
• Minimize as interrupções nas compressões torácicas (tente restringir as interrupções em menos de 1 O 
segundos). 
• Administre ventilações eficazes. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para 
elevar o tórax da vítima. Evite ventilação excessiva. 
Exigências para aprovação 
Para ser aprovado neste curso e receber o certificado de conclusão do curso de SBV, é necessário: 
• Participar das demonstrações interativas e práticas de habilidades de RCP de alta qualidade. 
• Ser aprovado no teste de habilidades de RCP e DEA, em adultos. 
• Ser aprovado no teste de habilidades de RCP, em bebês. 
• Obter pontuação mínima de 84% na avaliação teórica. 
Testes de habilidades 
É preciso ser aprovado em dois testes de SBV para receber um certificado de conclusão do curso de 
SBV. Durante o curso, você terá oportunidade de aprender e praticar compressões torácicas, ventilação 
com bolsa-máscara e de usar um DEA. Depois da prática, o instrutor testará suas habilidades lendo um 
breve cenário. Você terá que atender da mesma forma que na vida real. O instrutor não orientará nem 
ajudará você durante os testes de habilidades. 
Exame 
A avaliação teórica é um recurso aberto. Isso significa que você pode consultar recursos impressos ou 
digitais, enquanto estiver realizando a avaliação. Você não poderá, no entanto, discutir as perguntas da 
avaliação com outros alunos, nem com o instrutor. Exemplos de recursos que podem ser usados incluem 
as anotações feitas na aula, este manual do profissional e o Manual de atendimento cardiovascular de 
emergência para profissionais da saúde da American Heart Association. 
Sua abordagem em uma tentativa de ressuscitação 
As técnicas e sequências de SBV apresentadas durante este curso constituem uma das abordagens 
adotadas em uma tentativa de ressuscitação. Mas cada situação é única. Sua resposta será determinada 
pelos seguintes fatores: 
• Disponibilidade de equipamentos de emergência. 
• Disponibilidade de socorristas treinados. 
• Nível de capacitação. 
• Protocolos locais. 
Equipamento de proteção individual 
O equipamento de proteção individual (EPI) ajuda a proteger o socorrista contra riscos de saúde ou 
segurança. O EPI varia de acordo com a situação e o protocolo. Pode incluir uma combinação de itens, 
como luvas cirúrgicas, óculos de proteção, aventais/roupas para o corpo todo, roupas de alta visibilidade, 
calçados de segurança e capacetes de segurança. 
Informe-se sobre protocolo local ou verifique com os órgãos reguladores os protocolos de EPI para sua 
função. 
O Manual do profissional de SBV 
Leia o Manual do Profissional de SBV com atenção. Estude as habilidades e as sequências de 
salvamento. Durante o curso, você aplicará esse conhecimento como socorrista em cenários simulados 
de emergência. O manual do profissional de SBV é um material de apoio para consulta, mesmo muito 
tempo depois de você ter concluído o curso. 
Definições de faixas etárias 
Neste curso, as definições etárias são as seguintes: 
• Bebês: menos de 1 ano de idade (excluindo recém-nascidos na sala de parto). 
• Crianças: de um ano de idade até a puberdade (sinais de puberdade são: pelos no tórax ou nas axilas 
em meninos e qualquer desenvolvimento de mama em meninas). 
• Adultos: adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e acima. 
Caixas de texto 
Este manual inclui caixas de conceitos fundamentais que chamam a atenção para conteúdo específico. 
o Conceitos fundamentais 
Essas caixas contêm dados importantes que você deve saber, incluindo os riscos específicos associados a 
certas intervenções e informações adicionais sobre tópicos relevantes. 
Perguntas de revisão 
Responda às perguntas de revisão fornecidas no fim de cada parte. Você pode usá-las para confirmar sua 
compreensão sobre conceitos importantes de SBV. 
Parte 2: A cadeia de sobrevivência 
Durante muitos anos, a American Heart Association adotou, auxiliou e ajudou a desenvolver o conceito 
de atendimento cardiovascular de emergência. O termo cadeia de sobrevivência fornece uma metáfora 
útil para os elementos do conceito de sistemas de atendimento cardiovascular de emergência. A cadeia 
de sobrevivência mostra as ações que devem ocorrer para proporcionar à vítima de PCR a melhor chance 
de sobrevivência. Cada elo é independente, ainda que conectado aos elos anteriores e posteriores. Se um 
dos elos se quebrar, a probabilidade de um bom resultado diminui. 
Objetivos de aprendizagem 
Ao final desta parte, você será capaz de 
• Descrever a importância de RCP de alta qualidade e seu impacto na sobrevivência. 
• Descrever todos os passos da cadeia de sobrevivência. 
• Aplicar os conceitos de SBV à cadeia de sobrevivência. 
Visão geral 
Uma PCR pode ocorrer em qualquer lugar: na rua, em casa ou no Departamento de Emergência (DE) do 
hospital, no leito do paciente ou na unidade de terapia intensiva. Os elementos do sistema de 
atendimento e a ordem das ações na cadeia de sobrevivência diferem, de acordo com a situação. O 
atendimento dependerá se a PCR ocorreu no ambiente extra-hospitalar ou intra-hospitalar. O 
atendimento também depende se a vítima é adulto, criança ou bebê. 
As ações na cadeia de sobrevivência diferem de acordo com o ambiente (intra-hospitalar ou extra-
hospitalar) e conforme a faixa etária da vítima. Aqui estão as cadeias de sobrevivência específicas 
(Figura 1): 
• PCR extra-hospitalar em adultos. 
• PCR intra-hospitalar em adultos. 
• PCR extra-hospitalar pediátrica. 
• PCR intra-hospitalar pediátrica. 
Figura lA. A cadeia de 
sobrevivência da 
American Heart 
Association 2020. Os 
elos na cadeia de 
sobrevivência irão 
diferir de acordo com 
o local em que a PCR 
ocorre, extra-
hospitalar ou intra-
hospitalar e conforme 
a idade da vítima. A, 
Cadeia de 
sobrevivência 
pediátrica intra-
hospitalar. 
Figura lB. Cadeia de 
sobrevivência 
pediátrica extra-
hospitalar. 
Figura lC. Cadeia de 
sobrevivência intra-
hospitalar adulta. 
Figura lD. Cadeia de 
sobrevivência extra-
hospitalaradulta. 
Elementos da cadeia de sobrevivência 
Embora haja pequenas diferenças nas cadeias de sobrevivência, de acordo com a idade da vítima e 
dependendo do local da PCR, cada uma inclui os seguintes elementos: 
• Prevenção e preparação. 
• Acionamento do Serviço Médico de Emergência. 
• RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce. 
• Intervenções de ressuscitação avançadas 
• Cuidados pós-PCR. 
• Recuperação. 
Prevenção e preparação 
A prevenção e a preparação são a base do reconhecimento rápido da PCR e de uma resposta imediata. 
Extra-hospitalar. A maioria das PCRs extra-hospitalares em adultos são inesperadas e acontecem em 
casa. O resultado positivo depende de RCP precoce de alta qualidade e de rápida desfibrilação nos 
primeiros minutos após a PCR. Programas comunitários organizados que preparam o público leigo para 
responder rapidamente a uma PCR são fundamentais para melhorar o resultado. 
A prevenção inclui medidas para melhorar a saúde das pessoas e das comunidades. A preparação inclui 
programas de conscientização e de treinamento do público para ajudar as pessoas a reconhecerem os 
sinais de ataque cardíaco e de PCR e a agirem de forma eficiente. O treinamento em RCP e o 
desenvolvimento de um sistema médico de emergência na comunidade são importantes. 
Os te leatendentes de emergência (ou sej a, atendentes de chamadas e despachante e reguladores), que 
fornecem instruções de RCP, ajudam a aumentar as taxas de RCP por pessoas presentes no local e 
melhoram os resultados. Essa RCP assistida por teleatendente (T-RCP) permite que o público geral 
execute RCP de alta qualidade e desfibrilação precoce. 
Aplicativos para celulares ou mensagens de texto podem estar disponíveis para reunir pessoas treinadas 
em RCP. Aplicativos/mapeamento por telefone celular podem ajudar os socorristas a localizar o DEA 
mais próximo. 
A disponibilidade disseminada de DEA ajuda na desfibrilação precoce e salva vidas. Programas de 
acesso público à desfibrilação (APD) foram criados para reduzir o tempo até a desfibrilação, colocando 
os DEAs em locais públicos e treinando leigos em como usá-los. 
Intra-hospitalar. No ambiente intra-hospitalar, a preparação inclui o reconhecimento precoce e a 
resposta imediata ao paciente que precisar de ressuscitação. Com relação a pacientes adultos que estão 
no hospital, a PCR normalmente ?Gº Ptece em n nseqdncjg de pi º P de quadros respiratórios ou 
circulatórios graves. Os profissionais da saúde podem prever e evitar muitas dessas PCR com 
observação cuidadosa, atendimento preventivo e tratamento precoce de condições pré-PCR. 
Assim que um profissional da saúde reconhece a PCR, aciona imediatamente o sistema médico de 
emergência, uma RCP precoce de alta qualidade e uma rápida desfibrilação são essenciais. Muitas 
instituições realizam treinamento contínuo em ressuscitação. Algumas mantêm equipes de ressuscitação 
de resposta rápida ou equipes de emergência médica. 
Acionamento do sistema médico de emergência 
Extra-hospitalar. Acionar o sistema médico de emergência geralmente significa gritar por ajuda 
próxima e ligar para o serviço médico de emergência local. No local de trabalho, todos os funcionários 
devem saber como acionar o sistema médico de emergência em um ambiente específico (Figura 2A). 
Quanto antes o socorrista acionar o sistema médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento 
seguinte chegará. 
Figura 2A. Acione o 
serviço médico de 
emergência de acordo 
com seu ambiente. A, 
Ambiente extra-
hospitalar no local de 
trabalho. 
Intra-hospitalar. O acionamento do sistema médico de emergência intra-hospitalar é específico de cada 
instituição (.Eigura 2B). Um profissional da saúde pode acionar um código, reunir a equipe de resposta 
rápida ou a equipe de emergência médica ou pedir para que outra pessoa o faça. Quanto antes o 
profissional da saúde acionar o serviço médico de emergência, mais cedo a etapa de atendimento 
seguinte chegará. 
Figura 2B. Ambiente 
intra-hospitalar. 
RCP de alta qualidade, incluindo desfibrilação precoce 
Extra-hospitalar e intra-hospitalar. RCP de alta qualidade com o mínimo de interrupções e 
desfibrilação precoce são as ações mais intimamente relacionadas a bons resultados de ressuscitação. A 
RCP de alta qualidade iniciada imediatamente depois da PCR combinada com desfibrilação precoce 
pode dobrar ou duplicar as chances de sobrevivência. Essas intervenções urgentes podem ser executadas 
por leigos e profissionais da saúde. As pessoas presentes no local que não têm treinamento em RCP 
devem, pelo menos, administrar compressões torácicas (também chamadas de RCP somente com as 
mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas 
com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). 
Intervenções de ressuscitação avançadas 
Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais 
da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas 
intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação 
de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar 
mãos). Mesmo sem treinamento, as pessoas presentes no local podem realizar compressões torácicas 
com orientação dos teleatendentes de emergência pelo telefone (RCP-T). 
Intervenções de ressuscitação avançadas 
Extra-hospitalar e intra-hospitalar. As intervenções avançadas podem ser realizadas por profissionais 
da saúde treinados em procedimentos médicos durante uma tentativa de ressuscitação. Algumas 
intervenções avançadas são: obtenção de acesso vascular, administração de medicamentos e colocação 
de via aérea avançada. Outras são: realização de eletrocardiograma (ECG) de 12 eletrodos ou iniciar 
monitorização cardíaca avançada. Nas duas situações, RCP de alta qualidade e desfibrilação são 
intervenções importantes, a base de um resultado positivo. 
Extra-hospitalar. Socorristas leigos oferecem RCP de alta qualidade e desfibrilação com um DEA até 
que uma equipe de vários socorristas assuma a tentativa de ressuscitação. Essa equipe de alto 
desempenho continuará a RCP de alta qualidade e a desfibrilação e pode executar intervenções 
avançadas. 
Intra-hospitalar. A equipe de alto desempenho em um hospital pode incluir médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas, farmacêuticos e outros. Além de intervenções avançadas, a RCP por membrana 
extracorpórea pode ser usada em certas situações de ressuscitação. 
Cuidados pós-PCR 
Extra-hospitalar. Após o retomo da circulação espontânea (RCE), todas as vítimas de PCR deverão 
receber cuidados pós-PCR. Os cuidados pós-PCR incluem suporte a atendimento critico de rotina, como 
ventilação mecânica e controle da pressão arterial. Esse atendimento começa na cena e continua durante 
o transporte para um serviço hospitalar. 
Intra-hospitalar. Uma equipe multidisciplinar fornece esse nível avançado de atendimento. Os 
profissionais da saúde se preocupam em evitar o retomo da PCR e adaptam tratamentos específicos para 
melhorar a sobrevivência em longo prazo. Os cuidados pós-PCR podem ocorrer no DE, no laboratório 
de cateterização cardíaca (lab cat), na UTI ou na unidade coronária. 
O paciente pode passar por um cateterismo cardíaco. Durante esse procedimento, um cateter é inserido 
em uma artéria (na maioria das vezes, na virilha ou no braço e levado pelos vasos sanguíneos até o 
coração do paciente) para avaliar a função cardíaca e o fluxo sanguíneo. Alguns problemas cardíacos, 
como uma artéria obstruída, podem ser corrigidos ou outros problemas podem ser diagnosticados. 
Recuperação 
A recuperação da PCR continua por muito tempo depois da alta hospitalar. Dependendo do resultado, o 
sobrevivente da PCR pode precisar de intervenções específicas. Essas intervenções podem ser 
necessárias para resolver as causas subjacentes da PCR ou para fornecer reabilitação cardíaca.Alguns 
pacientes precisam de reabilitação concentrada na recuperação neurológica. Durante o período de 
recuperação, o apoio psicológico ao paciente e à família é importante. Os socorristas também podem se 
beneficiar do apoio psicológico. 
Comparação das cadeias de sobrevivência intra-hospitalar e extra-hospitalar 
Cinco elementos principais afetam as cadeias de sobrevivência (Tabela 1). Esses elementos são: apoio 
inicial, equipes de ressuscitação, recursos disponíveis, restrições à ressuscitação e nível de 
complexidade. A Tabela 1 mostra as principais diferenças no apoio inicial, nas equipes de ressuscitação 
e nos recursos disponíveis entre as situações intra-hospitalar e extra-hospitalar. As restrições à 
ressuscitação e o nível de complexidade são os mesmos nas duas situações. 
Tabela 1. Comparação dos 5 principais elementos nas cadeias de sobrevivência 
Suporte inicial Depende de um sistema intra-
hospitalar de vigilância, 
PCR extra-hospitalar 
Depende do suporte da 
comunidade e de profissionais 
monitorização e prevenção de serviço médico de 
adequados, com equipes de emergência 
profissionais de suporte 
básico 
Equipes de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação As iniciativas de ressuscitação 
dependem dependem 
• Da interação harmônica dos • Dos socorristas leigos que 
vários departamentos e precisam reconhecer urna 
serviços de uma instituição vítima inconsciente e 
(como a unidade de acionar rapidamente o 
internação, DE, laboratório sistema médico de 
de cateterismo cardíaco e emergência 
UTI) • Dos socorristas leigos que 
• De uma equipe realizam RCP e usam um 
multidisciplinar de DEA (se disponível) até que 
profissionais, que inclui uma equipe de alto 
médicos, enfermeiros, desempenho assuma as 
fisioterapeutas, iniciativas de ressuscitação 
farmacêuticos, psicólogos e • Do serviço médico de 
outros emergência que transporta 
a vítima para um serviço 
hospitalar ou atendimento 
contínuo 
Recursos disponíveis Dependendo da instalação, as Os recursos disponíveis podem 
equipes multidisciplinares estar limitados nos ambientes 
intra-hospitalares podem ter extra-hospitalares: 
acesso imediato a pessoal • Acesso ao DEA: Os DEAs 
adicional, além de recursos do podem estar disponíveis por 
laboratório de cateterização meio de um programa 
cardíaca, do DE e da UTI. APD ou incluídos nos 
equipamentos de 
primeiros socorros ou de 
emergência. 
• Socorristas não treinados: 
RCP-T ajuda os socorristas 
não treinados a realizar 
RCP de alta qualidade. 
• Equipes de alto 
desempenho de serviço 
médico de emergência: Os 
únicos recursos podem ser 
os que a equipe trouxer. 
Recursos de apoio e 
equipamentos adicionais 
podem levar algum tempo 
para chegar. 
Restrições à ressuscitação Os fatores que podem afetar as duas situações incluem controle da 
multidão, presença da família, restrições de espaço, recursos, 
treinamento, transporte de paciente e falhas de dispositivos. 
Nível de complexidade As tentativas de ressuscitação, intra-hospitalares e extra-
hospitalares, são normalmente complexas. Elas exigem trabalho 
em equipe e coordenação entre os socorristas e os profissionais da 
saúde. 
Principais diferenças entre as cadeias de sobrevivência pediátricas e adultas 
Em adultos, a PCR com frequência é súbita e tem causa cardíaca. Em crianças, no entanto, a PCR com 
frequência é secundária à insuficiência respiratória e choque. A insuficiência respiratória e o choque 
podem ser potencialmente fatais. 
A prevenção da PCR, nas cadeias de sobrevivência pediátricas, é o primeiro elo (1). A identificação 
de problemas respiratórios ou circulatórios precoce e o tratamento adequado podem evitar a 
progressão para PCR. A identificação precoce também pode maximizar a sobrevivência. 
Perguntas de revisão 
1. Em quais locais ocorre a maior parte das PCR extra-hospitalares? 
a. Clínicas de saúde 
b. Residências 
c. Instalações recreativas 
d. Shopping centers 
C Ocultar resposta ) 
Answer: b. Residências 
2. Qual é a causa mais comum de PCR em crianças? 
a. Problema cardíaco 
b. Defeito cardíaco congênito ou adquirido 
c. Insuficiência respiratória ou choque 
d. Infecção e sepse 
C Ocultar resposta ) 
Answer: c. Insuficiência respiratória ou choque 
3. Qual é o terceiro elo na cadeia de sobrevivência extra-hospitalar de adultos? 
a. Suporte avançado de vida 
b. RCP de alta qualidade 
c. Prevenção 
d. Desfibrilação precoce 
C Ocultar resposta ) 
Answer: d. Desfibrilação precoce 
Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. 
Parte 3: SBV para adultos 
Esta seção descreve o SBV para adultos. Você aprenderá a realizar as habilidades de RCP de alta 
qualidade, tanto como socorrista único quanto como membro de uma equipe com vários socorristas. 
Use as habilidades de SBV para adultos em vítimas adolescentes (isto é, após o início da puberdade) e 
mais velhas. 
Objetivos de aprendizagem 
Nesta parte, você aprenderá a: 
• Reconhecer os sinais de alguém que está necessitando de RCP. 
• Administrar RCP de alta qualidade, em adultos. 
• Administrar ventilações eficazes, usando um dispositivo de barreira. 
Estrutura básica da RCP 
Qualquer pessoa pode ser um socorrista e salvar vítimas de PCR (Figura 3). As habilidades de RCP 
específicas que um socorrista usa dependem de muitas variáveis, como o nível de treinamento, a 
experiência e a confiança (ou seja, proficiência do socorrista). Outras variáveis são o tipo de vítima 
(criança ou adulto), equipamentos disponíveis e outros socorristas. Um único socorrista com treinamento 
limitado ou que tem treinamento, mas possui limitação de equipamentos, pode fazer RCP somente com 
as mãos. Um socorrista com mais treinamento pode fazer RCP na relação 30:2. Quando vários 
socorristas estiverem presentes, poderão realizar RCP coordenada com vários socorristas. 
Figura 3. 
Componentes de RCP. 
Aqui estão alguns exemplos: 
• RCP somente com as mãos. Um socorrista com pouco treinamento e sem equipamento que 
presencia uma PCR em um homem de meia idade pode administrar apenas compressões torácicas, 
até a chegada de socorro. 
• RCP 30:2. Um policial treinado em SBV que encontra um adolescente em PCR realizará 
compressões torácicas e ventilações usando a relação de 30 compressões para duas ventilações. 
• Equipe de alto desempenho. Três socorristas de emergência, que são chamados para ajudar uma 
mulher em PCR realizarão RCP coordenada com vários socorristas: o socorrista 1 realizará 
compressões torácicas; o socorrista 2, ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara; o 
socorrista 3 usa o DEA. O socorrista 3 também assume a função de instrutor de RCP. Um instrutor 
de RCP ajuda os membros da equipe a executar uma RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas 
nas compressões torácicas. 
Equipes de socorristas de alto desempenho 
As iniciativas coordenadas de vários socorristas durante a RCP podem aumentar a probabilidade de 
sucesso em uma ressuscitação. As equipes de alto desempenho dividem as tarefas durante a tentativa de 
ressuscitação. 
Como membro da equipe, você deve executar habilidades de RCP de alta qualidade para dar sua máxima 
contribuição a toda iniciativa da equipe de ressuscitação. 
Consulte a Parte 5 para saber mais sobre o desempenho da equipe. 
Principais componentes de RCP 
Os principais componentes da RCP são: 
• Compressões torácicas. 
• Abertura de Vias aéreas. 
• Respiração. 
Você aprenderá cada uma destas partes neste curso. 
Algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde 
O algoritmo de SBV adulto para profissionais da saúde descreve as etapas para o atendimento de um 
adulto inconsciente por um único socorrista e para vários socorristas (Figura 4). Depois de aprender as 
habilidades apresentadas nessa parte, use esse algoritmo como referência rápida para realizar RCP de 
alta qualidade em PCR em um adulto. 
Figura 4. Algoritmo de 
SBV adulto para 
profissionais da saúde. 
Um socorrista que chega ao lado de uma possível vítima de PCR deve seguir estas etapassequenciais no 
algoritmo: 
Etapa 1: Verificar a segurança do local. 
Certificar-se de que o local é seguro para ele e para a vítima. 
Etapa 2: Verificar se a vítima responde. 
Tocar nos ombros da vítima e perguntar em voz alta: "Você está bem?" Se a vítima não estiver 
consciente, acionar o sistema médico de emergência, via celular. Busque um DEA ou solicite para 
alguém buscar. 
Etapa 3: Avaliar respiração e pulso. 
Verificar o pulso para determinar as ações seguintes. Para reduzir o atraso para o início da RCP, o 
socorrista pode avaliar a respiração e o pulso simultaneamente. Isso deve levar no máximo 1 O segundos. 
Etapas 3a e 3b: Determinar as ações seguintes, de acordo com a respiração e o pulso: 
• Se a vítima estiver respirando normalmente e houver pulso, monitore-a. 
• Se a vítima não estiver respirando normalmente, mas houver pulso: 
Administre ventilação de resgate a uma frequência de 1 ventilação a cada 6 segundos ou 1 O 
ventilações por minuto. 
Verifique o pulso a cada 2 minutos. Prepare-se para realizar RCP de alta qualidade, se não sentir 
pulso. 
Se suspeitar de uso de opioides, administre naloxona se estiver disponível e siga os protocolos 
locais. 
• Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver 
pulso, inicie a RCP de alta qualidade (Etapa 4). 
Etapa 4: Inicie a RCP de alta qualidade, na relação de 30 compressões torácicas para 2 ventilações. Use 
o DEA assim que estiver disponível. 
Etapas 5 e 6: Use o DEA assim que estiver disponível. Siga as instruções do DEA para verificar o ritmo. 
Etapa 7: Se o DEA detectar um ritmo chocável, aplique um choque. Reinicie a RCP imediatamente, até 
ser instruído pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada dois minutos. Continue 
administrando RCP e usando o DEA até que os profissionais da equipe de suporte avançado de vida 
assumam ou a vítima começar a respirar, se movimentar ou reagir de outra forma. 
Etapa 8: Se o DEA detectar um ritmo não chocável, retome a RCP de alta qualidade até ser instruído 
pelo DEA para verificar o ritmo, aproximadamente a cada 2 minutos. Continue administrando RCP e 
usando o DEA até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a 
respirar, mover-se ou reagir de outra forma. 
Para obter uma explicação completa de cada etapa, consulte a SeQuência de SBV para adultos com um 
socorrista no Apêndice. 
Habilidades de RCP de alta qualidade: Adultos 
O aprendizado das habilidades desta seção preparará você para realizar RCP de alta qualidade em 
adultos. 
Avaliar respiração e pulso 
Avalie se a vítima está respirando normalmente e se tem pulso (Figura 5). Isso vai ajudá-lo a determinar 
as ações apropriadas subsequentes. 
Figura 5. Verificação 
simultânea de 
respiração e pulso. 
Para minimizar o retardo no início da RCP l, você deve avaliar a respiração e, simultaneamente, 
verificar o pulso. Esse processo deve levar pelo menos 5 segundos, mas não mais de 10 segundos. 
Respiração 
Para verificar a respiração, observe a elevação e retorno do tórax da vítima por, no máximo, 1 O 
segundos. 
• Se a vítima estiver respirando: Monitore a vítima, até que chegue ajuda adicional. 
• Verifique se vítima não respira ou se apresenta somente gasping: Esteja preparado para iniciar 
RCP de alta qualidade. O gasping não é considerado respiração normal e é um sinal de PCR. 
O Conceitos fundamentais: Suspiros agonais 
Suspiros agonais podem se apresentar nos primeiros minutos após uma PCR súbita. Suspiros agonais 
não são respiração normal. 
Uma pessoa com gasping aparenta inspiração muito rápida. Ela pode abrir a boca e mexer a mandíbula, 
a cabeça ou o pescoço, com o gasping. O gasping pode ser vigoroso ou fraco. Pode haver um espaço de 
tempo entre os gaspings, pois normalmente eles se apresentam de forma muito espaçada e irregular. O 
gasping pode soar como um suspiro ronco ou gemido 
Gasping não é respiração normal. É um sinal de PCR. 
Verificação de pulso carotídeo em um adulto 
Para realizar verificação do pulso em um adulto, palpe o pulso carotídeo (Figura 5). 
Se definitivamente não sentir pulso em 10 segundos, inicie a RCP de alta qualidade, começando pelas 
compressões torácicas. 
Siga estas etapas para localizar e sentir o pulso carotídeo: 
• Localize a traqueia (no lado mais próximo de você), usando dois ou três dedos (Figura 6A). 
• Deslize esses dedos até o sulco existente entre a traqueia e os músculos no lado do pescoço, nos 
quais é possível sentir o pulso carotídeo (Figura 6B). 
• Verifique o pulso por no mínimo 5, mas não mais de 1 O segundos. Se você definitivamente não 
sentir pulso, inicie a RCP com compressões torácicas. 
Figura 6A. 
Localização do pulso 
carotídeo. A, Localize 
a traqueia. 
Figura 6B. Sinta o 
pulso carotídeo com 
delicadeza. 
Em todos os cenários, no momento em que a verificação do pulso e da respiração indicar PCR, os 
seguintes já deverão estar acontecendo: 
• Alguém acionou o sistema médico de emergência. 
• Alguém foi buscar o DEA. 
Realização de compressões torácicas de alta qualidade 
A base da RCP são as compressões torácicas de alta qualidade. A compressão do tórax durante a RCP 
bombeia o sangue do coração para o cérebro e, então, para o resto do corpo. Toda vez que você 
interrompe as compressões torácicas, o fluxo sanguíneo do coração para o cérebro diminui 
significativamente. Assim que se reiniciam as compressões, são necessárias várias compressões, para 
que o fluxo sanguíneo volte aos níveis anteriores à interrupção. Por isso, quanto mais as compressões 
torácicas forem interrompidas e quanto mais longas forem as interrupções, menor será o aporte 
sanguíneo para o cérebro e órgão vitais. 
Se a vítima não estiver respirando normalmente ou apresentar apenas gasping e não tiver pulso, inicie a 
RCP pelas compressões torácicas. 
Posicionar a vítima 
Posicione a vítima com o rosto para cima, em uma superficie firme e plana, como o chão ou uma 
prancha. Isso ajudará a garantir que as compressões torácicas sejam as mais eficazes possível. Se a 
vítima estiver em uma superficie flexível, como um colchão, a força usada para comprimir o tórax 
simplesmente afundará o corpo da vítima para dentro dessa superficie. A superficie firme permite que as 
compressões torácicas e criem fluxo sanguíneo adequado para o coração. 
Relação compressão-ventilação 
Se o socorrista estiver sozinho, deve usar a relação compressão-ventilação de 30 compressões para 2 
ventilações, para administração de RCP, em vítimas de qualquer idade. 
Frequência de compressão 
Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. Essa frequência é a mesma para todas as compressões 
em vítimas de PCR. 
Profundidade de compressão 
Comprima o tórax a uma profundidade mínima de 5 em. Conforme pratica essa habilidade, lembre-se de 
que as compressões torácicas são, com maior frequência, mais superficiais, em vez de mais profunda. 
No entanto, é possível comprimir com profundidade exagerada. Comprimir o tórax mais de 6 em em 
adultos pode reduzir a eficácia da compressão e causar lesões. Usar um dispositivo de feedback de 
qualidade da RCP pode ajudar a atingir a profundidade ideal de compressão, entre 5 em e 6 em. 
Retorno do tórax 
Permitir o retomo completo do tórax (reexpansão) após cada compressão. O retorno do tórax 
(reexpansão do tórax) permite que o sangue flua para o coração. O retomo incompleto do tórax reduz o 
sangue que entra no coração, entre as compressões, e reduz o fluxo sanguíneo criado pelas compressões 
torácicas. Para ajudar a garantir o retomo completo, evite apoiar-se sobre o tórax entre as compressões. 
Os tempos de compressão torácica e de retomo/relaxamento do tórax devem ser praticamente iguais. 
Interrupções nas compressões torácicas 
Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Uma duração mais curta das interrupções nas 
compressões torácicas está associada a um melhor resultado. A proporção de tempo que os socorristas 
realizam compressões torácicasdurante a RCP é chamada de fração de compressões torácicas (FCT). 
Uma FCT de pelo menos 60% aumenta a probabilidade de RCE, de sucesso do choque e da 
sobrevivência até a alta do hospital. Com bom trabalho em equipe e treinamento, os socorristas podem, 
com frequência, atingir 80% ou mais. Essa deve ser a meta em todos os eventos de ressuscitação em 
eqmpe. 
Não mova a vítima enquanto a RCP está sendo administrada, a menos que o ambiente apresente perigo 
(como um prédio em chamas) ou se você achar que não consegue administrar RCP eficazmente na 
posição ou no local em que a vítima se encontra. 
Quando o socorro chegar, a equipe de ressuscitação, com base no protocolo local, poderá optar por 
continuar RCP no local ou transportar a vítima para uma instalação apropriada sem interromper as 
iniciativas de resgate. SBV de alta qualidade é importante o tempo todo durante o evento de 
ressuscitação. 
Técnica de compressão torácica 
Siga estas etapas para realizar compressões torácicas em um adulto: 
1. Posicione-se ao lado da vítima. 
a. Verifique se a vítima está deitada com o rosto para cima, sobre uma superficie plana e firme. Se 
a vítima estiver deitada com o rosto para baixo, vire-a com cuidado. Se suspeitar de alguma 
lesão na cabeça ou no pescoço, tente manter a cabeça, o pescoço e o tronco alinhados ao virar a 
vítima para cima. É melhor se alguém puder ajudar a virar a vítima. 
2. Posicione as mãos e o corpo para administrar compressões torácicas: 
a. Coloque a base de uma das mãos no centro do tórax da vítima, na metade inferior do estemo 
(Figura 7 A). 
b. Coloque a base da outra mão sobre a primeira mão. 
c. Estique seus braços e posicione seus ombros diretamente sobre as mãos. 
3. Administre as compressões a uma frequência de 100 a 120/min. 
4. A cada compressão, pressione pelo menos 5 em (isso requer esforço). A cada compressão, procure 
pressionar diretamente sobre o esterno da vítima (Figura 7B). 
5. Ao final de cada compressão, permita o retomo completo do tórax. Evite se apoiar sobre o tórax 
entre as compressões. 
6. Minimize interrupções nas compressões torácicas. (A seguir, você aprenderá a combinar as 
compressões com ventilações.) 
Figura 7A. Coloque a 
base da mão sobre o 
esterno, no centro do 
tórax. 
Figura 7B. Posição 
correta do socorrista 
durante as 
compressões torácicas. 
Técnica alternativa para compressões torácicas 
Se tiver dificuldade em pressionar o tórax profundamente durante as compressões, faça o seguinte: 
• Coloque uma mão no estemo para pressionar o tórax. 
• Agarre o pulso dessa mão com a outra mão para apoiar a primeira à medida que comprimir o tórax 
(Figura 8). 
Figura 8. Técnica 
alternativa para a 
compressão torácica 
em adultos. 
Essa técnica pode ser útil para socorristas com problema nas articulações, como artrite. 
Compressões em mulheres grávidas 
Não postergue a execução das compressões torácicas em uma mulher grávida em PCR. A RCP de alta 
qualidade, incluindo suporte respiratório e intervenção médica rápida, pode aumentar a chance de 
sobrevivência da mãe e do bebê. Se você não realizar RCP em uma mulher grávida, quando necessário, 
as vidas da mãe e do bebê estarão em risco. Execute compressões torácicas e ventilações de alta 
qualidade para uma mulher grávida, da mesma forma que o faria para qualquer vítima de PCR. Para 
obter mais informações, consulte Figyra 44. e a sequência no Anêndice. 
Saiba que, quando uma mulher visivelmente grávida (aproximadamente 20 semanas) está deitada de 
costas em superficie plana, o úterp çgw pr jwe os grandes vasos sanguíneos do abdome. Essa pressão 
pode interferir no fluxo sanguíneo para o coração gerado pelas compressões torácicas. Deslocamento 
uterino lateral (DUL) manual (ou seja, mover o útero manualmente para a esquerda da paciente para 
aliviar a pressão nos grandes vasos sanguíneos) pode ajudar a aliviar essa pressão. 
Se socorristas adicionais estiverem presentes e forem treinados, execute DUL contínuo, além de SBV de 
alta qualidade (Figura 9). Se a mulher for reanimada, coloque-a sobre o lado esquerdo. Isso pode ajudar 
a melhorar o fluxo para o coração e, portanto, para o bebê. 
Figura 9A. DUL 
manual durante a 
RCP. A, Técnica com 
uma mão. 
Figura 9B. Técnica 
com as duas mãos. 
O Conceitos fundamentais: Realização de compressões torácicas de alta qualidade 
• Use uma relação de 30 compressões para 2 ventilações. 
• Comprima a uma frequênciade 100 a 120/min e uma profundidade de no mínimo 5 em, para adultos. 
• Permita o retomo total do tórax após cada compressão. Não se apoie sobre o tórax entre as 
compressões. 
• Minimize as interrupções nas compressões torácicas. Tente limitar as pausas nas compressões, em 
menos de 1 O segundos. A meta é uma FCT de pelo menos 60%. Com bom trabalho em equipe, os 
socorristas podem, normalmente, atingir 80% ou mais. 
Administração de ventilações 
Abertura da via aérea 
Para as ventilações de serem eficazes, é necessário abrir a via aérea da vítima. Há dois métodos para 
abrir a via aérea: 
• Inclinação da cabeça-elevação do queixo 
• Anteriorização da mandíbula 
Importante: Se houver suspeita de lesão na cabeça ou no pescoço, use a manobra de anteriorização da 
mandíbula para diminuir o movimento do pescoço e da coluna. Se a anteriorização da mandíbula não 
abrir a via aérea, use a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. 
Se houver vários socorristas, um deles poderá realizar a manobra de anteriorização da mandíbula 
enquanto o outro admínistra ventilações com um dispositivo bolsa-válvula-máscara. O terceiro 
socorrista administrará compressões torácicas. 
----------------------
Inclinação da cabeça-elevação do queixo 
Siga estes passos para realizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 1 0): 
1. Coloque urna mão sobre a região frontal da vítima e empurre com a palma da mão para inclinar a 
cabeça para trás. 
2. Coloque os dedos da outra mão sob a parte óssea da mandíbula inferior, próximo ao queixo. 
3. Erga a mandíbula para trazer o queixo para frente. 
Figura lOA. A 
manobra de inclinação 
da cabeça-elevação do 
queixo. A, Obstrução 
pela língua. Quando a 
vítima não responde, a 
língua pode bloquear a 
via aérea superior. 
Figura lOB. A 
manobra de inclinação 
da cabeça-elevação do 
queixo eleva a língua, 
aliviando a obstrução. 
Ao realizar a inclinação da cabeça-elevação do queixo, certifique-se de: 
• Não pressionar profundamente o tecido mole abaixo do queixo, pois isso pode fechar a via aérea. 
• Não fechar a boca da vítima completamente. 
Anteriorização da mandíbula 
Quando a inclinação da cabeça-elevação do queixo não funcionar ou quando houver suspeita de lesão da 
coluna, use a manobra de anteriorização da mandíbula (Figura 11 ). 
Figura 11. 
Anteriorização da 
mandíbula. 
Siga estas etapas para realizar a anteriorização da mandíbula: 
1. Posicione-se na cabeça da vítima. 
2. Coloque uma mão em cada lado da cabeça da vítima. Você pode descansar os cotovelos sobre a 
superficie em que a vítima está deitada. 
3. Disponha os dedos das duas mãos sob as angulações da mandíbula da vítima, deslocando o queixo 
para a frente (Figura 11 ). 
4. Se os lábios se fecharem, empurre o lábio inferior com o polegar para abri-los. 
Se a anteriorização da mandíbula não abrir a via aérea, faça a manobra de inclinação da cabeça-elevação 
do queixo. 
Dispositivos de barreira para administração de ventilações 
Ao administrar ventilações durante a RCP, dispositivos de barreira são usados como equipamento de 
proteção individual. Exemplos são máscara de bolso (preferidas) e protetores faciais. Os socorristas 
devem substituir os protetores faciais por uma máscara de bolso, na primeira oportunidade. 
Infecção causada por RCP é extremamente improvável. Apenas alguns casos foram relatados. Ainda 
assim, a segurança do local e os protocolos de saúde requerem que os profissionais da saúde usem 
equipamentos de proteção individual, ao realizar RCP no local de trabalho.Máscara de bolso 
Para realizar ventilações máscara-boca, use uma máscara de bolso (Figura 12). Normalmente, as 
máscaras de bolso têm uma válvula unidirecional, que desvia do socorrista o ar exalado, sangue ou 
fluidos corporais da vítima. A válvula unidirecional permite que a respiração do socorrista entre pela 
boca e pelo nariz da vítima e impede que o ar exalado pela vítima volte para o socorrista. 
Figura 12. Máscaras 
de bolso para adultos, 
crianças e bebês. 
Há diferentes tamanhos de máscara de bolso para adultos, crianças e bebês (Eigura 12). O uso eficaz da 
máscara de bolso, como dispositivo de barreira, requer instrução e prática. 
Para usar uma máscara de bolso, posicione-se ao lado da vítima. Essa posição é ideal para RCP com um 
único socorrista porque você pode administrar ventilações e compressões torácicas sem precisar se 
reposicionar toda vez em que alternar de função entre as compressões e ventilações. 
Siga estas etapas para abrir a via aérea com a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo e 
administre ventilações com uma máscara de bolso: 
1. Posicione-se ao lado da vítima. 
2. Coloque a máscara de bolso na face da vítima, usando a ponte nasal como referência para uma 
posição correta. 
3. Sele a máscara de bolso contra a face. 
a. Usando a mão mais próxima da parte superior da cabeça da vítima, coloque o dedo indicador e o 
polegar sobre a borda da máscara. 
b. Coloque o polegar da outra mão ao longo da borda inferior da máscara. 
c. Coloque os três outros dedos da segunda mão na parte óssea da mandíbula e erga-a. Realize a 
manobra inclinação da cabeça-elevação do queixo (Figura 10). 
d. Enquanto você eleva a mandíbula, pressione firme e completamente toda a borda externa da 
máscara para selá-la contra a face (Figura 13). 
4. Administre cada ventilação durante 1 segundo, o suficiente para elevar o tórax da vítima. 
Figura 13. Pressione 
firme e completamente 
toda a borda externa 
da máscara para selá-
la contra a face. 
O Conceitos fundamentais: Ventilações em adultos 
Lembre-se: ao interromper as compressões torácicas para administrar duas ventilações com um 
dispositivo de barreira, certifique-se de: 
• Administrar cada ventilação por 1 segundo. 
• Observar a elevação visível do tórax a cada ventilação. 
• Reiniciar as compressões torácicas em menos de 1 O segundos. 
Teor de oxigênio do ar exalado 
O ar que inalamos contém em tomo de 21% de oxigênio. O ar que exalamos contém em tomo de 17% de 
oxigênio. Isso significa que o ar que um socorrista expira ainda contém muito oxigênio para fornecer à 
vítima, que tanto precisa. 
Dispositivos bolsa-válvula-máscara 
Use um dispositivo bolsa-válvula-máscara, se disponível, (Figura 14) para administrar ventilação com 
pressão positiva para uma vítima que não está respirando ou cuja respiração não está normal. O 
dispositivo é composto por uma bolsa unida a uma máscara facial. Se a bolsa for autoinsuflável, o 
dispositivo poderá ser usado com ou sem fonte de oxigênio. Se não estiver ligada a um fluxo de 
oxigênio, ela fornecerá 21% de oxigênio do ar ambiente. Alguns dispositivos bolsa-válvula-máscara 
possuem válvula unidirecional. O tipo de válvula pode variar de um dispositivo para outro. 
Figura 14. Dispositivo 
bolsa-válvula-máscara. 
As máscaras faciais são fornecidas em uma variedade de tamanhos. Os tamanhos comuns são: bebê 
(pequeno), criança (médio) e adulto (grande). Para um ajuste adequado, a máscara deverá: 
• Estender-se da ponte nasal até um pouco acima da borda inferior do queixo 
• Cobrir o nariz e a boca; certifique-se de que a máscara não pressionar os (Figura 15) 
Figura 15. Área 
correta do rosto para a 
aplicação da máscara 
facial. Observe que a 
máscara não deve 
pressionar os olhos. 
A máscara flexível e acolchoada deverá fornecer uma vedação hermética. Se a vedação não for 
hermética, a ventilação não será eficaz. 
A ventilação com bolsa-máscara, durante a RCP, é mais eficaz quando dois socorristas a realizam juntos. 
Um socorrista abre a via aérea e sela a máscara contra a face da vítima, enquanto o outro comprime a 
bolsa. 
Todos os profissionais de saúde de SBV devem ter habilidade para usar o dispositivo bolsa-válvula-
máscara. É necessário prática para ter proficiência nessa técnica de ventilação. 
Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (um socorrista) 
Para abrir a via aérea com a inclinação da cabeça-elevação do queixo e usar um dispositivo bolsa-
válvula-máscara para administrar ventilações na vítima, siga estas etapas: 
1. Posicione-se diretamente acima da cabeça da vítima. 
2. Coloque a máscara sobre o rosto da vítima, usando a ponte nasal como guia, para obter a posição 
correta. Use a técnica C-E a fim de prender a máscara enquanto eleva a mandíbula para manter a via 
aérea aberta (Figura 16). 
a. Manobre para inclinar a cabeça. 
b. Coloque a máscara na face com a parte mais estreita na ponte do nariz. 
c. Use o polegar e o dedo indicador de cada mão formando um "C" na lateral da máscara, 
pressionando as bordas contra o rosto. 
d. Use os dedos remanescentes para erguer os ângulos da mandíbula (3 dedos formam um "E"). 
Abra a via aérea e pressione o rosto contra a máscara. 
3. Comprima a bolsa para administrar ventilações, observando, simultaneamente, se há elevação do 
tórax. Administre cada ventilação durante 1 segundo, com ou sem oxigênio complementar. 
Figura 16A. Técnica 
C-E para prender a 
máscara enquanto 
eleva a mandíbula. A, 
Visão lateral. 
Figura 16B. Visão 
aérea. 
Técnica de ventilação com bolsa-válvula-máscara (mais de dois socorristas) 
Quando houver 3 ou mais socorristas presentes, dois poderão fornecer ventilação com bolsa-válvula-
máscara de maneira mais eficaz do que um único socorrista. Dois socorristas trabalham juntos desta 
forma (Figura 17): 
1. O socorrista 1, posicionado diretamente acima da vítima, abre a via aérea e posicionao dispositivo 
bolsa-válvula-máscara, seguindo as etapas descritas na seção técnica de ventilação do dispositivo 
bolsa-válvula-máscara (com um socorrista). 
a. O socorrista deve tomar cuidado para não pressionar a máscara com muita força, porque isso 
poderia empurrar a mandíbula do paciente para baixo e bloquear a via aérea. 
2. O socorrista 2, posicionado ao lado da vítima, bombeia a bolsa. 
Figura 17. Ventilação 
com bolsa-válvula-
máscara com dois 
socorristas. 
Ventilação para uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia 
Ao ventilar uma vítima com estoma ou tubo de traqueostomia, posicione a máscara sobre o estoma ou 
tubo e use as técnicas descritas anteriormente. Uma máscara pediátrica pode ser mais eficaz que uma 
máscara adulta. Se o tórax não se elevar, você pode conectar o dispositivo bolsa-válvula-máscara 
diretamente no tubo de traqueostomia. Se o tórax ainda não se elevar, pode ser necessário fechar a boca 
da vítima e fornecer ventilações sobre o estoma ou tubo de traqueostomia. 
O Conceitos fundam entais: Dois socorristas para anteriorização da mandíbula e ventilação com 
bolsa-válvula-máscara 
Durante a RCP, a anteriorização da mandíbula e a ventilação com bolsa-válvula-máscara são mais 
eficazes quando dois ou mais socorristas administram a ventilação. Um socorrista deve se posicionar 
acima da cabeça da vítima e usar ambas as mãos para abrir a via aérea, elevar a mandíbula e manter a 
máscara presa à face, enquanto o segundo socorrista comprime a bolsa. O segundo socorrista fica 
posicionado ao lado da vítima. 
SBV para adultos com dois socorristas 
Quando encontrar um adulto inconsciente e outros socorristas estiverem disponíveis, trabalhem juntos 
para seguir as etapas descritas no algoritmo de SBV em adultos para profissionais da saúde (Figura 4). 
Quando houver mais socorristas para uma tentativa de ressuscitação, mais tarefas poderão ser realizadas 
simultaneamente. 
O primeiro socorrista que se encontra ao lado de uma possível vítima de PCR deverá avaliar a cena com 
relação à segurança e verificar se a vítima está inconsciente. Essesocorrista deverá enviar um outro 
socorrista para acionar o sistema médico de emergência e buscar o DEA. Quando mais socorristas 
chegarem, atribua tarefas. Outros socorristas podem ajudar com a ventilação com bolsa-máscara, com as 
compressões e com o uso do DEA (Figura 18). 
Figura 18. Vários 
socorristas podem 
realizar tarefas 
simultâneas durante 
uma tentativa de 
ressuscitação. 
Para obter instruções completas passo a passo sobre como seguir o algoritmo de SBV adulto para 
profissionais da saúde como parte de uma equipe de vários socorristas, consulte a seQuência de SBV 
para adultos com dois socorristªs pg Apêpdjce 
Funções e atribuições da equipe em RCP com dois socorristas ou mais 
Quando mais socorristas estiverem disponíveis para uma tentativa de ressuscitação, poderão e realizar 
tarefas simultâneas. Em RCP com dois socorristas (Figura 19), ambos têm tarefas específicas. 
Figura 19. RCP com 
dois socorristas. 
Primeiro socorrista: Administração de compressões 
Posicione-se ao lado da vítima. 
• Procurar colocar a vítima em posição dorsal, em uma superficie firme e plana. 
• Realizar compressões torácicas. 
Comprimir a uma frequência de 100 a 120/min. 
Comprimir pelo menos 5 em do tórax, em adultos. 
Esperar o retomo total do tórax, antes de cada compressão e evitar apoiar-se no tórax da vítima 
entre as compressões. 
Minimizar as interrupções nas compressões (tentar restringir as interrupções nas compressões 
torácicas em menos de 10 segundos). 
Usar a relação compressão-ventilação de 30:2. 
Contar as compressões em voz alta. 
• Alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 minutos (ou com maior frequência, se 
cansados). Essa troca deve levar menos de 5 segundos. 
Segundo socorrista: Administração de ventilações 
Posicione-se na cabeça da vítima. 
• Manter a via aérea aberta usando: 
Inclinação da cabeça-elevação do queixo ou 
Anteriorização da mandíbula 
• Administrar ventilação para produzir elevação do tórax e evitar ventilação excessiva. 
• Estimular o primeiro socorrista a: 
Realizar compressões com profundidade e frequência adequadas 
Permitir o retomo total do tórax entre as compressões 
• Quando houver apenas dois socorristas, alternar-se nas compressões a cada 5 ciclos ou a cada 2 
minutos, fazendo essa troca em menos de 5 segundos. 
o Conceitos fundamentais: Equipes de alto desempenho 
• Ao aplicar as compressões, os socorristas devem se alternar a cada 5 ciclos de RCP (a cada 2 
minutos) ou antes, se cansados. 
• Quando outros socorristas chegarem, eles poderão ajudar na ventilação com bolsa-válvula-máscara, 
nas compressões e no uso do DEA e de outros equipamentos de emergência (Eigura 18). 
Desempenho em equipe eficaz para minimizar interrupções nas compressões 
Equipes eficazes se comunicam continuamente. Se quem faz as compressões contá-las em voz alta, o 
socorrista que está administrando as ventilações poderá prever quando elas devem ser realizadas. Isso 
ajuda o socorrista a se preparar para administrar as ventilações eficazmente e minimizar as interrupções 
nas compressões. Além disso, a contagem alertará ambos os socorristas quando o momento da troca de 
função estiver se aproximando. 
Aplicar compressões torácicas eficazes é um trabalho difícil. Se o socorrista que aplica as compressões 
se cansar, as compressões torácicas não serão tão eficazes. Para reduzir o cansaço do socorrista, alterne a 
função de administração de compressões a cada 5 ciclos (ou a cada 2 minutos) ou antes, se necessário. 
Para minimizar as interrupções, troque de função quando o DEA estiver analisando o ritmo. Essa troca 
deve levar menos de 5 segundos. 
Alguns profissionais de SBV têm treinamento especial em instrução de RCP para ajudar a equipe de 
ressuscitação a minimizar as interrupções nas compressões torácicas. Essa função é chamada de 
instrutor de RCP. 
O que é um instrutor de RCP? 
Muitas equipes de ressuscitação incluem a função de instrutor de RCP. O instrutor de RCP ajuda na 
execução de habilidades de SBV de alta qualidade, permitindo ao líder da equipe se concentrar em 
outros aspectos do atendimento clínico. Estudos mostraram que as equipes de ressuscitação com um 
instrutor de RCP realizam RCP de mais alta qualidade, com FCT mais alta e durações de pausa mais 
curtas que as equipes que não usam um instrutor de RCP. 
O instrutor de RCP não precisa ser urna função separada, pode ser mais eficazmente unido às 
responsabilidades do monitor/desfibrilador. As principais responsabilidades do instrutor de RCP são 
ajudar os membros da equipe a realizar RCP de alta qualidade e a minimizar as pausas nas compressões. 
O instrutor de RCP precisa de uma linha de visão direta com o responsável pela compressão, portanto 
deverá ficar em pé ao lado do desfibrilador. Aqui está uma descrição das ações do instrutor de RCP: 
Coordenar o início da RCP: Assim que for verificado que o paciente não tem pulso, o instrutor de RCP 
falará: "Sou o instrutor de RCP" e dirá aos socorristas para iniciar as compressões torácicas. O instrutor 
de RCP pode ajudar o a garantir RCP de alta qualidade. Ele pode baixar a grade da cama ou a própria 
cama, pegar uma escadinha de degraus ou virar a vítima para colocar uma prancha e as pás de 
desfibrilação, a fim de facilitar ainda mais a execução da RCP de alta qualidade. 
Orientar para melhorar a qualidade das compressões torácicas: O instrutor de RCP oferece 
feedback sobre o desempenho da profundidade e frequência da compressão e do retorno do tórax. Ele 
informa os dados do dispositivo de feedback da RCP para ajudar o responsável pela compressão a 
melhorar o desempenho. Isso é útil porque a avaliação visual da qualidade da RCP normalmente é 
tmprectsa. 
Informar as metas de médio prazo: O instrutor de RCP informa as metas específicas de médio prazo, 
para que as compressões e a ventilação estejam dentro do intervalo recomendado. Por exemplo, deve 
informar ao responsável pela compressão para fazer as compressões a uma frequência de 11 O 
compressões por minuto, em vez de entre 100 e 120 por minuto. 
Orientar com relação às metas de médio prazo: O instrutor de RCP oferece aos membros da equipe 
feedback sobre a frequência e o volume da ventilação. Se necessário, também lembrará a equipe da 
relação compressão-ventilação. 
Ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões: O instrutor de RCP se comunica com a 
equipe para ajudar a minimizar a duração das pausas nas compressões. As pausas acontecem durante a 
desfibrilação, troca do responsável pela compressão e colocação de uma via aérea avançada. 
Perguntas de revisão 
Cenário: Um homem de 53 anos de idade sofre um colapso súbito e fica inconsciente. Você testemunha 
o colapso e é o primeiro socorrista na cena, onde o homem está deitado, imóvel, no chão. 
1. Qual a primeira medida que você deve tomar nessa situação? 
a. Acionar o sistema médico de emergência. 
b. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. 
c. Começar a administrar ventilações de resgate. 
d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. 
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Answer: d. Verificar se o local oferece segurança para si mesmo e para a vítima. 
2. O homem não responde quando você o toca nos ombros e pergunta em voz alta: "Você está bem?". 
Qual é a melhor medida a tomar em seguida? 
a. Verificar o pulso. 
b. Iniciar RCP de alta qualidade. 
c. Começar a administrar ventilações de resgate. 
d. Gritar por ajuda para alguém próximo. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: d. Gritar por ajuda para alguém próximo. 
3. Vários socorristas respondem e você pede para eles acionarem o serviço médico de emergência e 
buscarem o DEA. Ao verificar a respiração e o pulso, você percebe que o homem apresenta gasping 
e produz sons de respiração agônica ou suspiro. Você não sente nenhum pulso. Qual é a melhor 
medida a ser tomada a seguir? 
a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. 
b. Monitorar a vítima atéa chegada de ajuda adicional mais experiente. 
c. Administrar ventilação de resgate seguindo a relação de 1 ventilação a cada 6 segundos. 
d. Encontrar alguém para ajudar a pegar o DEA mais próximo. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: a. Iniciar a RCP de alta qualidade, começando pelas compressões torácicas. 
4. Qual é a relação de compressão torácica-ventilação ao administrar RCP em adultos? 
a. 1 O compressões/2 ventilações. 
b. 15 compressões/2 ventilações. 
c. 30 compressões/2 ventilações. 
d. 100 compressões/2 ventilações. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: c. 30 compressões/2 ventilações. 
5. Qual é a frequência e a profundidade das compressões torácicas em adultos? 
a. Uma frequência de 60 a 80 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 
2,5 em. 
b. Uma frequência de 80 a 100 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 
4cm. 
c. Uma frequência de 120 a 140 compressões por minuto e uma profundidade de aproximadamente 
6,4 cm. 
d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo menos 5 em. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: d. Uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto e uma profundidade de pelo 
menos 5 em. 
6. Qual medida você deve tomar quando os socorristas chegam? 
a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a cada 2 minutos 
ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. 
b. Continuar a RCP enquanto o DEA é colocado, se você estiver cansado. 
c. Esperar um socorrista mais experiente para fornecer orientações à equipe. 
d. Orientar a equipe para que escolha um líder e atribua funções, enquanto você administra a RCP. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: a. Atribuir tarefas aos outros socorristas e alternar o responsável pela compressão a 
cada 2 minutos ou com maior frequência, se necessário, para evitar cansaço. 
7. Se você suspeitar que uma vítima que não responde tem alguma lesão na cabeça ou no pescoço, qual 
o método preferencial para abrir a via aérea? 
a. Inclinação da cabeça-elevação do queixo. 
b. Anteriorização da mandíbula. 
c. Inclinação da cabeça-elevação do pescoço. 
d. Evitar abrir a via aérea. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: b. Anteriorização da mandíbula. 
8. OqueéaFCT? 
a. A força usada para comprimir o tórax. 
b. Relação compressão-ventilação. 
c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas durante a RCP. 
d. Um outro termo para retorno do tórax. 
C Ocultar resposta ) 
Answer: c. A proporção de tempo em que os socorristas realizam compressões torácicas 
durante a RCP. 
Consulte "ResP-ostas às P-erguntas de revisão" no AP-êndice. 
Parte 4: Desfibrilador externo automático para adultos e crianças de 8 anos de idade e acima 
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um dispositivo leve, portátil e computadorizado que pode 
identificar um ritmo cardíaco anormal, que precisa de choque. O DEA pode fornecer um choque capaz 
de interromper o ritmo anormal e permitir que o coração retome ao ritmo normal. Os DEA são simples 
de operar. Permitem que leigos e profissionais da saúde tentem realizar a desfibrilação com segurança. 
Objetivos de aprendizagem 
Nesta parte, você aprenderá sobre: 
• A importância de usar um DEA, assim que possível, em adultos e crianças de 8 anos ou acima. 
• O uso apropriado de um DEA para adultos e crianças de 8 anos ou acima. 
Desfibrilação 
O DEA identifica ritmos cardíacos anormais como tratáveis ou não tratáveis. Os ritmos tratáveis são 
tratados com desfibrilação. Desfibrilação é o termo médico utilizado para interromper ou parar um ritmo 
cardíaco anormal usando choques elétricos controlados. O choque para o ritmo anormal reinicia o 
sistema elétrico do coração, para que um ritmo cardíaco normal (organizado) possa ser retomado. 
Se a circulação eficaz retomar, o músculo cardíaco da vítima poderá, novamente, bombear sangue. A 
vítima terá batimentos cardíacos que produzem um pulso palpável (um pulso que pode ser sentido pelo 
socorrista). Isso é chamado de retorno da circulação espontânea ou RCE. Os sinais de RCE incluem: 
respiração, tosse ou movimento e um pulso palpável ou pressão arterial que pode ser mensurada. 
Desfibrilação precoce 
A desfibrilação precoce aumenta as chances de sobrevivência em caso de uma PCR causada por um 
ritmo cardíaco anormal ou irregular ou por uma arritmia. As arritmias ocorrem quando os impulsos 
elétricos que fazem o coração bater tomam-se muito rápidos, muito lentos ou irregulares. Duas arritmias 
potencialmente fatais tratáveis que provocam parada cardiorrespiratória (PCR) são: Taquicardia 
Ventricular Sem Pulso (TVSP) e Fibrilação Ventricular. 
• TVSP: Quando as cavidades inferiores do coração (ventrículos) começam a contrair em um ritmo 
muito rápido, desenvolve-se uma rápida frequência cardíaca conhecida como taquicardia 
ventricular. Em casos extremamente graves, os ventrículos bombeiam de forma tão rápida e ineficaz 
que não é possível detectar nenhum pulso (isto é, "sem pulso" em TVSP). Os tecidos e órgãos do 
corpo, especialmente o coração e o cérebro, deixam de receber oxigênio. 
• Fibrilação Ventricular: Nesse ritmo de PCR, a atividade elétrica do coração se toma caótica. Os 
músculos cardíacos tremem de maneira rápida e dessincronizada e o coração não bombeia sangue. 
A desfibrilação precoce, a RCP de alta qualidade e todos os componentes da cadeia de sobrevivência são 
necessários para melhorar a probabilidade de sobrevivência em casos de TVSP e FV. 
Programas de acesso público à desfibrilação 
Para fornecer uma desfibrilação rápida, os socorristas precisam ter um DEA imediatamente disponível. 
Os programas de acesso público à desfibrilação (APD) aumentam a disponibilidade do DEA e treinam 
os leigos sobre como usá-lo. Os programas de APD colocam DEA em locais públicos em que grande 
número de pessoas se reúnem, como edifícios comerciais, aeroportos, centros de convenções e escolas. 
Eles também colocam DEA em comunidades nas quais as pessoas têm maior risco de PCR, como 
edifícios comerciais, cassinos e edifícios residenciais. Alguns programas de APD funcionam em 
coordenação com o serviço médico de emergência local, de forma que os teleatendentes podem 
direcionar quem os procura para o DEA mais próximo. 
O Conceitos fundamentais: Manutenção do DEA e dos suprimentos 
deverá ser designado para fazer o seguinte: 
• Manutenção da bateria. 
• Pedir e substituir suprimentos, incluindo as pás do DEA (adultas e pediátricas). 
• Substituir os equipamentos usados,= incluindo dispositivo de barreira (por exemplo, máscara de 
bolso), luvas, lâminas de barbear (para retirada do pelo do tórax) e tesouras. 
:Esses itens, às vezes, são mantidos em um kit de emergência ou de primeiros socorros separado. 
Chegada do DEA 
Quando o DEA chegar, coloque-o ao lado da vítima, próximo ao socorrista que irá operá-lo. Essa 
posição proporciona pronto acesso aos controles do DEA e facilita a aplicação das pás. Permite também 
que um segundo socorrista realize a RCP no lado oposto da vítima, sem interferir na operação do DEA. 
Certifique-se de que as pás do DEA sejam colocadas diretamente sobre a pele e não sobre a roupa, 
adesivos de medicamento ou dispositivos implantados. 
Uso do DEA 
Conheça o DEA 
O DEA varia de acordo com o modelo e o fabricante. Mas todos os DEAs funcionam, basicamente, da 
mesma forma. As etapas universais para operar um DEA podem orientá-lo na maioria das situações. No 
entanto, você deve se familiarizar com o DEA que é usado em seu ambiente específico. Por exemplo, é 
importante saber se o DEA deve ser ligado manualmente ou se ele é ligado automaticamente ao abrir a 
tampa. 
Como operar um DEA: Etapas universais 
Comece abrindo o DEA. Se necessário, ligue-o. Durante uma tentativa de ressuscitação, siga as 
instruções do DEA. Essas instruções podem ser eletrônicas, por voz ou por comandos na tela. 
Para reduzir o tempo até a administração do choque, execute preferencialmente as duas etapas a seguir 
em 30 segundos,a contar da chegada do DEA ao lado da vítima. 
I . Abra o estojo de transporte (se aplicável). Ligue o DEA (Figura 20), se necessário. 
a. Alguns dispositivos são ligados automaticamente, quando você abre a tampa. 
b. Siga as instruções do DEA. 
2. Aplique as pás do DEA no tórax desnudo do paciente. Evite colocar as pás sobre roupa, adesivos de 
medicamentos ou dispositivos implantados. Use as pás para adultos em pessoas com 8 anos ou 
acima. Isso deverá ser feito enquanto um segundo socorrista continua a RCP. 
a. Remova o papel adesivo protetor das pás do DEA. 
b. Aplique as pás adesivas do DEA no tórax desnudo do paciente. Siga as ilustrações de aplicação 
nas pás (Eigura 21). Consulte Conceitos fundamentais: OQ.ÇÕes de aP-licação de P-ás de DEA, 
ainda na Parte 4, para examinar opções comuns de aplicação. 
c. Conecte os cabos de conexão do DEA à caixa do DEA (alguns vêm pré-conectados). 
3. "Isole" a vítima e permita que o DEA analise o ritmo cardíaco (Figura 22). 
a. Quando o DEA instruir, "afaste-se da vítima durante a análise". Certifique-se de que ninguém 
esteja tocando a vítima, nem mesmo o socorrista responsável por administrar as ventilações. 
b. Alguns DEA o instruirão a apertar um botão para que o aparelho inicie a análise do ritmo 
cardíaco; outros o farão automaticamente. O DEA pode levar alguns segundos para analisar. 
c. O DEA informará se um choque for necessário. 
4. Se o DEA recomendar um choque, dará a instrução para afastar-se da vítima (Figura 23A) e, em 
seguida, aplicar um choque. 
a. Antes de aplicar o choque, isole a vítima. Faça isso garantindo que ninguém esteja tocando a 
vítima. 
• Anuncie em voz alta uma mensagem para que todos se afastem da vítima, como, por 
exemplo, "Todos afastados". 
b. Pressione o botão SHOCK (Choque) (Figura 23B). O choque produzirá uma contração repentina 
dos músculos da vítima. 
5. Se o DEA informar que o choque não é necessário ou depois da aplicação de um choque, reinicie, 
imediatamente, a RCP, começando com as compressões torácicas (Figura 24). 
6. Após 5 ciclos, ou aproximadamente 2 minutos de RCP, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. 
Figura 20. Ligue o 
DEA. 
Figura 21. O operador 
do DEA aplica as pás 
do DEA na vítima e 
depois conecta os 
eletrodos ao DEA. 
Figura 22. O operador 
do DEA isola a vítima 
antes da análise de 
ritmo. Se necessário, o 
operador do DEA 
ativa o recurso 
ANALYZE (Analisar) 
doDEA. 
Figura 23A. O 
operador do DEA isola 
a vítima antes de 
administrar um 
choque. 
todos estiverem 
afastados da vítima, o 
operador do DEA 
pressiona o botão 
SHOCK (Choque). 
Figura 24. Se o choque 
não for indicado, ou 
imediatamente após a 
administração de 
qualquer choque, os 
socorristas iniciarão a 
RCPpelas 
compressões torácicas. 
Minimizar o tempo entre a última compressão e a administração do choque 
Pesquisas mostraram que, quanto menor o tempo entre a última compressão e o choque administrado, 
melhores as chances de RCE. Minimizar as interrupções requer prática e coordenação de equipe, 
especialmente entre o responsável pelas compressões e o operador do DEA. 
Não postergue a RCP de alta qualidade após o uso do DEA 
Reinicie imediatamente a RCP de alta qualidade pelas compressões torácicas (Figura 24), depois de um 
dos seguintes eventos: 
• O operador do DEA administrar um choque. 
• O DEA instruir "choque não recomendado." 
Após 5 ciclos ou 2 minutos de RCP de alta qualidade, o DEA o avisará para repetir as etapas 3 e 4. 
Continue até que os profissionais de suporte avançado de vida assumam ou a vítima comece a respirar, 
mover-se ou reagir de outra forma. 
O Conceitos fundam entais: Opções de aplicação das pás do DEA 
Coloque as pás do DEA de acordo com as imagens que constam nas pás. Duas formas de colocação 
comuns são anterolateral e anteroposterior (AP). 
Aplicação anterolateral 
• Como mostrado na Figura 25A, ambas as pás serão aplicadas no tórax desnudo da vítima. 
• Aplique uma pá do DEA imediatamente abaixo da clavícula direita. 
• Coloque a outra pá ao lado do mamilo esquerdo, com a borda superior da pá de 7 a 8 em abaixo da 
axila. 
Aplicação AP 
• Como mostrado na Figura 25B, aplique uma pá no centro do tórax desnudo da vítima (anterior) e a 
outra no centro das costas da vítima (posterior). 
o 
• Aplique uma pá do DEA no lado esquerdo do tórax, entre o lado esquerdo do estemo da vítima e o 
mamilo esquerdo. Aplique a outra pá no lado esquerdo das costas da vítima, próximo à coluna. 
medicação e dispositivos implantados. 
Figura 25A. Opções de 
aplicação de pás do 
DEA em uma vítima 
adulta. A, 
Anterolateral. 
Figura 25B. 
Anteroposterior. 
Pás de DEA para crianças 
O DEA pode incluir pás menores destinadas especificamente a crianças com menos de 8 anos de idade. 
Não use pás pediátricas em adultos. As pás pediátricas administram uma carga do choque que é pequena 
demais para um adulto e provavelmente não resultará em sucesso. É melhor administrar RCP de alta 
qualidade do que tentar administrar choque em uma vítima adulta com pás pediátricas. 
Circunstâncias especiais 
Ao colocar as pás do DEA, pode ser necessário tomar medidas adicionais quando a vítima: 
• Tiver pelos no tórax. 
• Estiver dentro da água ou com o tórax molhado. 
• Tiver um desfibrilador ou marca-passo implantado. 
• Estiver usando um adesivo de medicação transdérmica ou tiver outro objeto na superficie da pele, no 
local em que as pás do DEA devem ser colocadas. 
• For uma mulher grávida. 
• For mulher. 
Pelos no tórax 
As pás do DEA podem grudar nos pelos e não na pele do tórax. Se isso ocorrer, o DEA não poderá 
analisar o ritmo cardíaco da vítima e exibirá uma mensagem "Verificar eletrodos" ou "Verificar as pás do 
eletrodo". 
Lembre-se de observar se a vítima tem pelos no tórax antes de posicionar as pás. Em seguida, se 
necessário, use a lâmina do kit do DEA para retirar o pelo da área em que aplicará as pás. 
Se não tiver uma lâmina, mas tiver um segundo conjunto de pás, use o primeiro conjunto para remover 
os pelos. Posicione o primeiro par de pás, pressione bem para que possam aderir o máximo possível e 
puxe rapidamente. Em seguida, posicione um novo par de pás. 
Presença de água ou líquidos 
Água e líquido normalmente conduzem eletricidade. Não use o DEA na presença de água. 
• Se a vítima estiver na água, retire-a da água. 
- -----------o---- - ----- - ------ - - - -----, -------o--- - ------- -- --- --------r ----------
• Se a vítima estiver sobre a neve ou uma pequena poça, você poderá usar o DEA depois que secar 
rapidamente o tórax. 
Desfibriladores e marca-passos implantados 
Vítimas com alto risco de PCR súbita podem ter desfibriladores ou marca-passos implantados que 
administram choques de forma automática diretamente no coração. Se você posicionar uma pá do DEA 
diretamente sobre um desfibrilador/marca-passo, esses dispositivos poderão interferir na aplicação do 
choque. 
Esses dispositivos são fáceis de identificar, pois criam uma protuberância rígida embaixo da pele que, 
com frequência, está no lado esquerdo superior do tórax, mas também pode ser encontrada no lado 
direito superior do tórax ou no abdome. A protuberância varia do tamanho de uma moeda à metade do 
tamanho de um baralho de cartas. 
Ao identificar um desfibrilador/marca-passo implantado: 
• Se possível, evite colocar a pá do DEA diretamente sobre o dispositivo implantado. 
• Siga os passos normais de operação do DEA. 
Adesivos de medicação transdérmica 
Não aplique as pás do DEA diretamente sobre adesivos de medicação. O adesivo pode interferir na 
transferência de energia da pá do DEA para o coração. Isso também pode causar pequenas queimaduras 
na pele. Exemplos de adesivos de medicação são: nitroglicerina, nicotina, analgésicos e adesivos de 
terapia de reposição hormonal. 
Se não postergar a aplicação do choque, remova o adesivo e limpe a área antes de posicionar as pás do 
DEA. 
Para evitar a transferência de medicação do adesivo para você, use luvas

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