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SST - SENAC - Boas Práticas em Saúde e Segurança no Trabalho

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Prévia do material em texto

Boas Práticas em Saúde e 
Segurança no Trabalho
Curso de Aperfeiçoamento em Segurança
Créditos
Presidente do Conselho Consultivo
Bruno Breithaupt
Diretor Regional
Rudney Raulino
Diretor da Divisão de Educação Profissional
Ivan Luiz Ecco 
Diretor do Centro de Educação Profissional/São José
Anderson Redinha Malgueiro
Coordenador do Núcleo de Produção
Cristian Scheffel Biacchi
Conteudista
Aurivar Fernandes Filho
Designer Instrucional
Marinez Chiquetti Zambon 
Revisor(a)
Ísis Vieira da Silva
Projeto Gráfico
Cassiana Pottmaier
Diagramação
Heber Coimbra
Colaboração
Divisão de Educação Profissional
© Senac | Todos os Direitos Reservados
Sumário
CONTEXTUALIZANDO ������������������������������������������������������� 3
1. Princípios Da Regulamentação Dos Direitos E Deveres do Trabalhador: CLT�� 5
2. Princípios da Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho �������� 9
2.1. Normas regulamentadoras (nrs) �������������������������������������� 9
3. Conceito de Acidentes de Trabalho e Doença Ocupacional �������� 12
3.1 Acidente de Trabalho �������������������������������������������� 12
3.2 Doenças causadas pelo trabalho �������������������������������� 14
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: Riscos Ambientais ������������������ 16
4.1 Riscos Ambientais � NR9 ������������������������������������������ 16
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção � NR6 �������������� 22
5.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC �������������������� 22
5.2 Equipamento de Proteção Individual – EPI ��������������������� 24
6. Princípios de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) ����������������� 30
7. Princípios da Ergonomia – NR 17 ������������������������������������ 32
7.1 A história da Ergonomia e a atualidade ������������������������ 33
7.2 Trabalho Sentado ������������������������������������������������ 34
7.3 Trabalho em Pé ��������������������������������������������������� 38
CONSIDERAÇÕES ������������������������������������������������������������ 42
REFERÊNCIAS �������������������������������������������������������������� 43
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 4
CONTEXTUALIZANDO 
Neste curso, você estudará as normas e regulamentações que regem a saúde e segurança no trabalho. 
Essas regras são importantes porque abrangem conhecimentos que podem ajudá�lo em vários 
aspectos, uma vez que conhecerá as leis que amparam e regem a segurança no trabalho. Com esse 
conhecimento, você poderá atuar com responsabilidade nas suas ações de boas práticas voltadas para 
a sua saúde e segurança, promovendo a melhora da qualidade de vida profissional. 
Além disso, as normas regulamentadoras (NRs) e a Legislação em vigor também serão estudadas, 
sendo que o foco estará nas relações de trabalho: elas são aprimoradas em favor da saúde e segurança 
de todos, desenvolvendo a percepção de ameaças para identificar os riscos físicos e ambientais e 
possibilitando o trabalho com ações preventivas de segurança no trabalho.
Desse modo, a partir do estudo da Legislação de Segurança no Trabalho vigente no país, dos 
princípios de saúde e segurança, da adoção de medidas de prevenção e da atuação com segurança 
e comprometimento, você terá a oportunidade de melhorar seu desempenho profissional e de 
contribuir para a sua qualidade de vida e a de todos que estão à sua volta.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 5
Você iniciará este curso conhecendo os estatutos que orientam e regulam a atividade das empresas em 
relação à garantia da qualidade de vida do trabalhador. Tais pressupostos têm origem na legislação trabalhista, 
e também nas normativas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), sempre fundamentados na 
Constituição Federal.
Estatutos são normas jurídicas que regulamentam o funcionamento de uma determinada empresa. 
Normativas são regras/normas elaboradas com especificações técnicas, que funcionam e devem ser seguidas dentro da organização 
pública ou privada.
Quaisquer ações e reflexões no campo da Saúde e Segurança no Trabalho devem partir daquilo que está 
posto, como Política de Estado, através da legislação vigente para a atividade laboral.
Ao conhecer a legislação que ampara o trabalhador, e a partir desta e dos demais temas estudados, você vai 
perceber que as boas práticas no ambiente de trabalho são de responsabilidade do empregador (em oferecer 
recursos e suporte físico) e do trabalhador (pela responsabilidade em tornar efetivas as ações de segurança no 
seu espaço de trabalho). 
O mundo do trabalho passou por mudanças significativas ao longo das últimas décadas, essas transformações 
se deram também pelos avanços das tecnologias, e como consequência, o trabalhador conquistou os seus 
direitos por meio de uma legislação, que entre outros aspectos trata da segurança no trabalho, com leis 
específicas para a proteção em todas as profissões, respeitando suas especificidades. 
Ao analisar a imagem abaixo, você pode observar trabalhadores de áreas diferentes. 
 
 
 
Reflita
O que as diferentes profissões podem ter em comum?
Continue seus estudos e descubra o que há de comum em todas as profissões.
Vamos lá!
1 Princípios da Regulamentação dos direitos e deveres do 
trabalhador: CLT
Política de Estado: são leis discutidas e elaboradas por diversas instituições públicas e privadas, passando pela votação e aprovação 
dos parlamentares, para depois se efetivarem como leis. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 6
1. Princípios da Regulamentação dos direitos e deveres do trabalhador: CLT
Com o passar do tempo e com o desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias, o homem começou 
a transformar o mundo à sua volta. Como exemplo a invenção da roda d’água, máquina a vapor, eletricidade. 
Com o desenvolvimento da tecnologia, passamos a fazer uso de computadores, da internet, entre outras 
invenções que transformaram a vida das pessoas. Com isso o, trabalhador, em suas atividades, passou a 
conviver com perigos e riscos, estando sujeito a vários acidentes.
Se por um lado os avanços tecnológicos facilitaram a vida, por outro trouxeram novos riscos. 
Pense um pouco!
Importante!
Os avanços tecnológicos trouxeram como desvantagens muitos riscos para o mundo do trabalho. 
Afinal, como a Legislação de saúde e segurança do trabalho ampara o trabalhador?
Você vai conhecer um breve histórico do movimento da legislação de proteção ao trabalhador e, a partir 
deste, poderá responder como a lei ampara o trabalhador, na prevenção e na orientação, caso ocorra algum 
tipo de acidente no trabalho. 
 A proteção legal ao trabalhador, contra acidentes e doenças inerentes ao trabalho, começou no século XIX.
No mundo, o desenvolvimento das legislações de proteção ao trabalhador aconteceu em diferentes momentos. 
A primeira lei de proteção ao trabalhador acidentado no exercício da sua função surgiu na Inglaterra em 1802. 
A ocorrência da regulamentação da Segurança e Higiene do Trabalho, na França em 1862. Na Alemanha, em 
1865. Em 1921, a legislação se efetivou nos Estados Unidos. 
Importante!
E no Brasil? Quando foi criada a primeira legislação � Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) � para a 
proteção legal do trabalhador?
Você vai saber mais sobre a CLT a seguir, estudando a legislação de saúde e segurança no trabalho. 
A proteção legal ao trabalhador, referentes a acidentes e doenças do trabalho, no Brasil é mais recente.
Assim, compreenda a importância da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Consolidação das Leis do Trabalho:
• A CLT foi criada através do Decreto�Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, pelo Presidente 
Getúlio Vargas.
• A CLT é a principal norma trabalhista legislativa brasileira vigente até o momento.
• A CLT refere�se especificamente ao Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho.
Os direitos trabalhistas no Brasil se efetivaram e ganharam o reconhecimento pelas instituições públicas e 
privadas a partir da Constituição Federal Brasileira (CF) de 1988. 
A CF é a lei maiordo Brasil, e são definidos todos os direitos e deveres dos cidadãos brasileiros, e por ser tão 
importante, todas as outras leis têm que seguir e respeitar o que está posto na Constituição.
Antes de seguir seus estudos sobre a CLT, você vai conhecer algumas leis citadas na Constituição que fazem 
parte da legislação de saúde e segurança no trabalho e estas serão apresentadas a seguir. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 7
1. Princípios da Regulamentação dos direitos e deveres do trabalhador: CLT
A Constituição Federal (CF) Brasileira na sua última revisão em 05 de outubro de 1988 em que estabeleceu 
em linhas gerais a respeito da organização das Leis sobre Saúde e Segurança no Trabalho. A versão de 1988 
da CF expressa o maior e mais importante documento legal do Brasil, consagrando os direitos já existentes, 
e criando outros tantos, assegurando os direitos individuais e coletivos dos trabalhadores.
A seguir conheça os artigos da Constituição Federal, que amparam o trabalhador quanto à saúde e segurança 
no trabalho. 
Art.6º � São direitos sociais: a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
Art. 7º � Estabelece direitos dos trabalhadores urbanos e rurais quanto aos riscos no trabalho, incluindo os 
servidores:
I � relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de 
lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
[...]
XIV � jornada de trabalho de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
[...]
XXII  � redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
XXIII � adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma 
da lei;
[...] 
XXVIII � seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização 
a que este está obrigado em dolo ou culpa;
[...]
XXXIII � proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito, e de 
qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos 
em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
Art. 39º � (§ 2º) � Estende aos servidores públicos federais, estaduais e municipais os direitos das alíneas 
XXII e XIII disposto no Art. 7º.
Você percebeu que as leis da CF de 1988, que tratam do trabalhador e seus direitos sobre a Saúde e Segurança 
no Trabalho, estão escritos em vários artigos.
Pense no ganho e auxílio legal que você, como trabalhador, desfruta com a aplicação dessas leis!
Continue seus estudos aprofundando seus conhecimentos sobre a CLT que será apresentada a seguir. 
Você estudou até agora sobre o amparo legal do trabalhador na Constituição Brasileira, a Legislação que se 
aplica aos trabalhadores de empresas privadas e públicas, estando ciente que a Legislação referente à Saúde 
e à Segurança do Trabalhador está no Capítulo V da CLT.
É importante destacar que há diferença entre saúde e segurança.
Para melhor compreender os termos que definem o curso, veja a definição de saúde e segurança. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 8
1. Princípios da Regulamentação dos direitos e deveres do trabalhador: CLT
Importante!
Saúde é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “[...] o estado de completo bem�estar 
físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.”
(MEC, p. 65).
Segurança pode ser definida como “Estado, qualidade ou condição de quem ou do que está livre de 
perigos, incertezas, assegurado de danos e riscos eventuais; situação em que não há nada a temer.” 
(HOUAISS, 2009, p. 1722).
João trabalha numa indústria há mais de 5 anos, sendo exposto 
a ruídos entre 90 a 100 decibéis (unidade usada para medir a 
intensidade de um som.) constante e num longo prazo, o que 
causa um problema de saúde com efeito crônico. Entretanto, 
esses mesmos ruídos podem causar danos ao sistema auditivo 
imediato e irreparável, sendo este o efeito agudo relacionado à 
segurança do João.
Você vai conhecer a história do João e perceber a diferença entre e os termos segurança e saúde:
Pensando nesta divisão: segurança e saúde e na sua importância para o trabalhador, é necessário que você 
conheça as leis que regem os Princípios da Legislação de Saúde e Segurança no Trabalho, descrita na forma 
de Normas Regulamentadoras (NRs). Veja mais detalhes sobre esse assunto a seguir. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 9
As NRs podem ser definidas como um conjunto de normas, que estabelece requisitos técnicos, regulamenta e 
orienta sobre aspectos legais sobre procedimentos obrigatórios com relação à Segurança e Saúde Ocupacional.
As NRs são criadas e alteradas por uma comissão composta por vários segmentos como: empregadores, 
trabalhadores e representantes do governo. Elas são estabelecidas e modificadas por meio de Portarias, 
expedidas pelo Ministério de Trabalho e Emprego (MTE).
2.1. Normas Regulamentadoras (NRs)
Importante!
É importante que você saiba que as NRs devem ser aplicadas obrigatoriamente por empresas públicas 
e privada, regidas pela CLT.
Você se lembra da imagem, com os diversos tipos de trabalhadores, apresentada anteriormente? O que as 
diferentes profissões têm em comum?
O ponto em comum das profissões é que todos os trabalhadores de todas as categorias precisam respeitar e 
seguir as NRs que se aplicam como leis e estão em consonância com a CLT. 
Continue seus estudos e saiba mais sobre as Normas Regulamentadoras que serão apresentadas a seguir. 
Informação!
Incluem�se como categorias regidas pelas NRs os órgãos públicos: legislativo e judiciário, também 
os trabalhadores autônomos, seus sindicatos e demais grupos sem distinção de profissão, todas essas 
categorias devem seguir as NRs, que se amparam na legislação trabalhista. 
 A legislação dispõe até o momento de 36 NRs, que fazem referência a outras normas e resoluções, sejam elas 
nacionais ou internacionais. Veja os exemplos das NRs apresentadas a seguir:
• NR 17 � Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
• NR 15 � Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
• NR 32 � Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 
• NR 15 � American Conference of Governamental Industrial Higienysts (ACGIH).
Veja as NRs abaixo e observe como as Normas Regulamentadoras do Capítulo V da CLT são disponibilizadas:
• NR 01 � Disposições Gerais.
• NR 02 � Inspeção Prévia.
• NR 03 � Embargo ou Interdição.
• NR 04 � Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina do Trabalho.
• NR 05 � Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
• NR 06 � Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
• NR 07 � Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
• NR 08 – Edificações.
• NR 09 � Programas de Prevenção de Riscos Ambientais.
• NR 10 � Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade.
• NR 11 � Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
2 Princípios da Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 10
2. Princípios da Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho
• NR 12 � Máquinas e Equipamentos.
• NR 13 � Caldeiras e Vasos de Pressão.
• NR 14 – Fornos.
• NR 15 � Atividades e Operações Insalubres.
• NR 16 � Atividades e Operações Perigosas.
• NR 17 – Ergonomia.
• NR 18 � Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.
• NR 19 – Explosivos.
• NR 20 � Líquidos Combustíveis e Inflamáveis.
• NR 21 � Trabalho a Céu Aberto.
• NR 22 � Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração.
• NR 23 � Proteção Contra Incêndios
• NR 24 � Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.
• NR 25 � Resíduos Industriais.
• NR 26 � Sinalização de Segurança.
• NR 27 � Registro Profissional do Técnico de Segurançado Trabalho no MTB. 
• NR 28 � Fiscalização e Penalidades.
• NR 29 � Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.
• NR 30 � Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
• NR 31  � Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura.
• NR 32 � Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
• NR 33 � Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados.
• NR 34 � Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval.
• NR 35 � Trabalho em Altura.  
• NR 36  � Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de 
Carnes e Derivados.               
Saiba Mais!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem para aprofundar seus estudos e saber mais sobre 
as NRs e o detalhamento de suas atribuições.
Para saber mais sobre o que você estudou até agora, visite os links e leia a respeito dos assuntos a serem 
apresentados. Essas referências são as fontes de informação originais e confiáveis sobre o tema. Ir direto 
a elas é importante, pois são atualizadas e servem de parâmetro para qualquer discussão sobre a legislação 
trabalhista e as normas de saúde e segurança no trabalho. 
Saiba Mais!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem para aprofundar seus estudos sobre a legislação, 
Lei 6514, de 22/12/1977. Veja também a Portaria 3214, de 08/06/1978. 
Você já estudou a legislação pertinente ao mundo do trabalho e à CLT. Entendeu o que são NRs, entre outros 
temas que foram abordados neste curso. Este é o momento que você pode fazer sua avaliação em relação ao 
conteúdo estudado.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 11
2. Princípios da Legislação de Saúde e Segurança do Trabalho
Atividade!
Agora você está convidado a participar da atividade de aprendizagem. Para isso, acesse o curso no 
ambiente virtual de aprendizagem.
Você conheceu os princípios que regem a saúde e segurança, conhecendo as Normas Reguladoras (NRs) 
que orientam as relações de trabalho nas empresas a partir da CLT. Sabendo que nem sempre foi assim, a 
legislação trabalhista se consolidou a partir da constituição de 1988.
A legislação trabalhista atual é fruto de uma série de movimentos e lutas históricas, e continua se desenvolvendo 
com a criação de novas tecnologias.
As leis e normas podem ser consultadas sempre que necessárias, e eventualmente sofrem alterações 
significativas. Nesse processo, todos somos atores importantes. Assim, fique atento e busque sua atualização 
permanente consultando sempre as fontes legais apresentadas no curso.
A seguir você vai conhecer os equipamentos de proteção individual e coletiva, estudando suas funções e onde 
são usados. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 12
Você estudou no item anterior as leis que regem os direitos do trabalhador, referente à Saúde e Segurança 
no Trabalho, de acordo com a CLT. A partir de agora, você vai saber como usar as normas regulamentadoras 
(NRs) de acordo com a legislação, aplicando esses conhecimentos nas suas práticas em relação à saúde e 
segurança no trabalho.
Conhecendo as NRs, você vai saber como adotar medidas de prevenção e proteção no trabalho, reconhecendo 
alguns procedimentos e equipamentos indispensáveis, conforme a natureza de determinados trabalhos, 
baseados nas NRs 6, 9 e 17.
Esse estudo também se faz necessário para que você como profissional, possa cuidar de sua integridade física 
e psicológica, orientando suas práticas para saúde e segurança no trabalho. Leia mais informações a seguir. 
Para iniciar o estudo sobre os temas, pense um pouco sobre as profissões e as várias atividades de trabalho 
que cada uma oferece!
A notícia a seguir foi retirada do site do Ministério Público do Trabalho. A manchete dizia assim: 
 “Acidentes de trabalho – MTE diz que 2.739 trabalhadores morreram em 2012.” (BRASIL, 2013)
A partir de uma notícia como esta, que apresenta um elevado número de mortes tendo como causa acidentes 
de trabalho, conclui�se que a segurança do trabalhador precisa receber uma atenção especial tanto por parte 
do trabalhador como do empregador.
Para entender melhor o tema, a seguir você vai conhecer alguns tipos de acidentes de trabalhos, seus riscos e 
como se prevenir, cuidando de sua saúde e segurança.
Vamos lá?!
Você já refletiu sobre qual pode ser a causa dos diversos tipos de acidentes de trabalho? E como o 
trabalhador pode buscar auxílio?
Caso tenha se questionado, as causas podem ser variadas de acordo com o tipo de trabalho e a função e é 
importante saber que existem diferentes conceitos e tipos de acidentes de trabalho, e você como trabalhador 
pode buscar amparo nas leis que asseguram os direitos do trabalhador, conforme você aprenderá a seguir. 
3.1 Acidente de Trabalho
Acidente de trabalho é definido como todo evento adverso, que gera lesão, ocorrido no período compreendido 
entre o trajeto da saída do trabalhador de sua casa para o trabalho até o retorno à sua casa. Não se esquecendo 
de mencionar que o trabalhador deve seguir o trajeto habitual e costumeiro de casa para o trabalho e do 
trabalho para casa.
 Evento pode ser definido como: fato, caso, ocorrência...
Os acidentes podem acontecer de formas variadas, conforme apresentados a seguir. 
3 Conceito de Acidentes de Trabalho e Doença Ocupacional
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 13
3. Conceito de Acidentes de Trabalho e Doença Ocupacional
Acidente de Trabalho Típico: Aquele ocorrido durante a jornada de trabalho, cuja lesão foi em decorrência 
do trabalho/ tarefa exercida. 
Leia o exemplo a seguir, que apresenta o contexto do acidente de trabalho típico. 
 Uma auxiliar de serviços gerais está limpando os vidros das janelas do seu ambiente de trabalho e cai, 
machucando o braço. O lugar onde ocorreu e a lesão causada são típicos desse tipo de acidente de trabalho.
Acidente de Trajeto: Aquele ocorrido no percurso da casa para o trabalho, e do trabalho para casa seguindo 
sempre o caminho habitual e costumeiro.
 O exemplo, que deixa claro como ocorre esse tipo de acidente, é o caso de uma secretária que vai para o 
trabalho e sofre um grave acidente, com a colisão do seu ônibus com um caminhão. O local é definido pelo 
trajeto habitual e horário da entrada do trabalhador na empresa, nesse caso, é considerado acidente de trajeto 
pelo percurso e horário. 
No acidente de trajeto deve ser feito a comunicação para a empresa que repassa a Comunicação de Acidente 
de Trabalho (CAT) ao INSS através de documento próprio. A seguir, estude mais sobre o tema. 
Mas você sabe o que fazer quando ocorre um Acidente de trajeto?
A empresa deve ser avisada e esta vai fazer a comunicação do acidente de trabalho, usando o documento 
chamado de Cadastramento da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). Esse documento está previsto 
na Legislação Previdenciária e deve ser emitido sempre que a empresa assumir a ocorrência de um acidente 
de trabalho ou doença ocupacional. 
Caso ocorra um acidente no trabalho, indiferente da forma, após ser feita a comunicação via CAT, o acidentado 
deverá receber uma via do documento CAT assinada pela empresa e pelo médico que fez o atendimento ou 
análise da lesão. 
Sobre a comunicação de acidente de trabalho, encontra�se amparada pela Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, 
que apresenta as Finalidades e os Princípios Básicos da Previdência Social, conforme a lei indicada abaixo:
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, art. 22.
Saiba Mais!
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho até o 1º dia útil seguinte ao da ocorrência 
e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sobre pena de multa variável entre o limite 
mínimo e o máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e 
cobrada pela Previdência Social.
A Comunicação de Acidente do Trabalho pode ser feita pelo empregador via internet, pelo site do Ministério 
da Previdência Social, para isso basta acessar a página e obter as informações necessárias.Saiba Mais!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem e saiba mais sobre a CAT
Reforçando que a comunicação do acidente para o Ministério da Previdência Social pelo documento CAT 
é obrigatória! 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 14
3. Conceito de Acidentes de Trabalho e Doença Ocupacional
3.2 Doenças causadas pelo trabalho
Agora que você conheceu os tipos de acidentes de trabalho, perceba que algumas doenças podem ser 
ocasionadas por vários fatores como a função, condições de trabalho, entre outros. É importante conhecê�las 
para prevenir�se. Veja a seguir quais são elas e sua associação com os tipos de acidentes:
• Doença Profissional: causada em função das atividades específicas daquela ocupação. Ex: 
tendinite de punho em digitadores.
• Doenças do trabalho: causada devido às condições em que o trabalho é desenvolvido. Exemplo: 
bronquite, causada pela exposição ao frio em frigoríficos. 
• Acidentes que acontecem na prestação de serviços para a própria empresa, porém, fora do 
local de trabalho: fraturas por queda, intoxicação por produtos químicos.
• Acidentes que ocorrem no trajeto casa-trabalho ou trabalho-casa: ferimentos por acidente de 
trânsito no deslocamento de casa, atropelamentos, dentre outros.
Saiba Mais!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem e saiba mais sobre o tema conhecendo o Anuário 
da Previdência Social com o texto explicativo para cada situação de acidente de trabalho.
A questão de acidente no trabalho é amparada nas seguintes legislações da Constituição Federal.
Constituição Federal
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
Lei 8.213, de 24 de julho de 1991.
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. 
Art. 19. Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, 
da capacidade para o trabalho. 
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de 
proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas 
de segurança e higiene do trabalho.
Art. 20. Consideram�se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas:
I. doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho 
peculiar a determinada atividade e constante da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho 
e da Previdência Social;
II.  doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação 
mencionada no inciso I;
Art. 21. Equiparam�se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta lei:
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 15
3. Conceito de Acidentes de Trabalho e Doença Ocupacional
I. o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, 
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II. o acidente sofrido pelo segurado no horário e local de trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro 
de trabalho;
IV. o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do horário e local de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro 
de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de 
locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja 
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado;
§1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras 
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no 
exercício do trabalho. 
Agora que você já estudou o conceito de acidente e o que pode ser considerado acidente de trabalho, você 
conhecerá os riscos aos quais pode estar exposto o trabalhador. 
Vamos lá!
Pense um pouco e responda!
Reflita
De acordo com a sua profissão, quais os riscos que você pode estar exposto no ambiente de trabalho?
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 16
Conforme o tipo de trabalho e a profissão, pensando em ações de prevenção, pode ser realizado um estudo 
técnico de forma a eliminar as fontes de possíveis causas de acidente e, com isso, não prejudicar o trabalhador. 
Para que se possa elaborar a análise de riscos, é de fundamental importância o conhecimento dos riscos a 
serem encontrados nas empresas. 
Análise de Riscos trata�se de um método em que se analisa e avalia todas as etapas e elementos que envolvem um determinado 
trabalho e/ou atividade laboral.
4.1 Riscos Ambientais
Descubra os riscos mais comuns encontrados nas empresas, chamados de Riscos Ambientais, que têm como 
principais agentes:
5.1.1 Físicos;
5.1.2 Químicos;
5.1.3 Biológicos;
5.1.4 Ergonômicos;
5.1.5 Acidentes.
Riscos Ambientais tem como causa os agentes encontrados no ambiente de trabalho.
Os riscos ambientais estão presentes em várias situações existentes nos ambientes de trabalho, podem 
provocar danos ou causar lesões comprometendo a integridade física e a saúde do trabalhador de acordo com 
a sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.
Os riscos ambientais são descritos na NR 9, que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e 
nela são apresentadas as diversas causas de acidentes, por diferentes agentes.
Veja a seguir a tabela descritiva dos Riscos Ambientais de acordo com o NR 9, que classifica por cores os 
tipos de riscos. 
4 Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais
GRUPO I: VERDE
Riscos Físicos
GRUPO II: VERMELHO
Riscos Químicos
GRUPO III: MARROM
Riscos Biológicos
GRUPO IV: AMARELO
Riscos Ergonômicos
GRUPO V: AZUL
Riscos de Acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico
intenso Arranjo físico inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e
transporte manual de peso
Máquinas e equipamentos 
sem proteção
Radiações ionizantes Neblinas Protozoários Exigência de postura 
inadequada
Ferramentas inadequadas 
ou defeituosas
Radiações não-ionizantes Neblinas Fungos Controle rígido de produtividade Iluminação inadequada
Frio Gases Parasitas Imposição de ritmos excessivos Eletricidade
Calor Vapores Bacilos Trabalhos em turnos diurno 
e noturno
Probabilidade de incêncio 
ou explosão
Pressões 
anormais
Substâncias, compostos 
ou produtos químicos
e geral
- Jornada de trabalho 
prolongada
Armazenamento 
inadequado
Umidade Neblinas - Monotonia e 
repetitividade
Animais peçonhentos
- - - Outras situações causadoras 
de estresse físico e/ou 
psíquico
Outras situações de risco que 
poderão contribuir para a
 ocorrência de acidentes
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 17
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais 
Você visualizou a tabela que apresenta os tipos de riscos ambientais com a classificação por tipos de riscos. 
Conhecer os agentes pode contribuir para a integridade dos trabalhadores, com ações de prevenção, pela 
análise e percepção dos perigos existentes, avaliando as necessidades de controle da possível ocorrência.
Siga seus estudos conhecendoos agentes causadores dos riscos de acordo com a sua classificação. 
4.1.1 Riscos Físicos
Os agentes causadores dos riscos ambientais podem ser definidos na sua classificação conforme apresentados 
a seguir:
Riscos Físicos: são riscos causados por fatores ou agentes de energia no ambiente de trabalho, causando dano 
à saúde do trabalhador. São considerados riscos físicos:
a. Ruídos.
b. Vibrações.
c. Temperaturas excessivas.
d. Pressões anormais.
e. Radiações.
f. Umidade.
Veja a classificação dos riscos físicos e suas definições a seguir: 
Ruídos: Um trabalhador que em sua função usa equipamentos que produzem ruídos e que podem chegar 
a níveis excessivos do som, e em curto, médio ou longo prazo, pode sofrer consequências dessa exposição, 
causando a perda parcial ou total da audição.
O tempo de exposição ocupacional está definido na legislação, e você pode obter mais informações na tabela 
de Limite de Tolerância para Ruído Intermitente ou Contínuo.
Veja a seguir a tabela que apresenta o nível de ruídos e o tempo em que o trabalhador pode ficar exposto. 
85
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
8 horas
7 horas
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
3 horas
2 horas e 40 minutos
2 horas e 40 minutos
2 horas
1 horas e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos
35 minutos
98
100
102
104
105
106
108
110
30 minutos
25 minutos
20 minutos
15 minutos
10 minutos
8 minutos
7 minutos
112
114
115
Nível de ruído dB(A) Máxima exposição diária permissível
Fonte: FOCRUZ, 2013. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 18
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais 
Conheça alguns exemplos em que os trabalhadores estão expostos a riscos físicos que têm como causa os ruídos:
Uma telefonista e um operador de telemarketing, que trabalham com telefones e/ou fone de ouvido, num 
período de 6h, sabendo que nessa função pode haver interferências e ruídos durante as ligações.
Também os ajudantes da linha de produção, montagem, metalúrgica, serralheria, construção que trabalham 
com equipamentos que produzem barulhos e ruídos, tais como as furadeiras, esteiras, motosserras, máquinas 
de corte, entre outros equipamentos. 
A exposição diária a ruídos extremos causam sérias consequências à saúde do trabalhador, conforme 
apresentado a seguir. 
Consequências da exposição aos ruídos: ruído, cansaço, fadiga nervosa, irritação, dores de cabeça, diminuição 
da audição, aumento da pressão arterial, perturbações referente ao aparelho digestivo, taquicardia e perigo 
de infarto.
A tabela de ruídos é apresentada para que você compreenda e faça a comparação entre a intensidade do som 
e a situação, que de acordo com a intensidade do ruído pode causar a perda da audição, o comprometimento 
auditivo ou sem perda auditiva, conforme apresenta a tabela a seguir. 
Observe a tabela do Profº Denis Warren! 
0 - 10
10 - 20
20 - 30
30 - 40
40 -50
50 - 60
60 - 70
70 - 80
Situação
Limiar da audição humana
Sussuro, estúdio de radiodifusão
Estúdio e gravação, conversa baixa
Quarto silencioso
Escritório silencioso, geladeira
Voz falada, sala com televisão
Conversa em grupo
Rua congestionada
80 - 90
90 - 100
100 - 110
110 - 120
120 - 130
Aspirador de pó, liquidi�cador
Discoteca, Banda de Bossa
Banda de rock, buzinha de carro
Aeroporto, motocicleta, trovão
Broca pneumática
130 - 150
Acima de 150
Decolagem de avião, tiro
Decolagem de foguete
Intensidade sonora (db)
Sem perda 
auditiva
Comprometimento 
auditivo
Perda da 
audição
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 19
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais 
Vibrações: 
O risco físico causado por vibrações são mais comuns em ambientes industriais, setores de mineração, 
extração de madeiras, motoristas de caminhões, ônibus e também na construção civil. São exemplos de 
equipamentos que emitem vibração martelos pneumáticos, motosserras, entre outros. Mas, também 
motoristas de caminhões e ônibus. 
 Martelo penumático é também chamado de martelo de ar, servindo para cortar e marcar.
Consequências do risco de exposição por vibrações: Cansaço, irritação, dores nos membros, dores na coluna, 
doença do movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles, lesões circulatórias. 
Radiações: Ionizantes e não ionizantes; 
Os ricos por radiação são mais comuns em clínicas ou hospitais que possuem equipamentos de Raio�X e 
radioterapia, em usina nuclear em que o trabalhador está exposto e pode entrar em contato com material 
radioativo. Um bom exemplo do perigo de radioatividade foi o vazamento na Usina de Tchernobyl, na 
Ucrânia – antiga União Soviética � ocasionando milhares de vítimas e onde muitos trabalhadores acabaram 
morrendo.
Os equipamentos não ionizantes são usados em empresas de seguimentos específicos e os profissionais que 
trabalham com esses equipamentos são os operadores de fornos ou de solda oxiacetilênica, com radiação 
ultravioleta gerada por operações em solda elétrica, micro�ondas e ondas de raios laser.
solda oxiacetilênica é feita por chama que ocorre com a queima de uma mistura de gases.
Consequências dos riscos radiação ionizantes e não ionizantes: alterações nas células, podendo provocar 
câncer, fadiga, queimaduras, lesões nos olhos, pele, entre outras doenças que podem causar impacto na vida 
do trabalhador. 
Umidade:
Os riscos por umidade são mais comuns em empresas de serviços gerais que prestam serviços para outras empresas. 
Os trabalhadores que são expostos a esses riscos trabalham em vários tipos de ambientes, usando sempre a 
água como recurso para desenvolver o trabalho.
Consequências da exposição à umidade: Doenças do aparelho respiratório e circulatório, doenças de pele. 
Temperaturas extremas (frio ou calor):
O trabalho com calor direto e em alta temperatura são comuns em fundição, metalúrgicas, padarias e fornos 
em geral, além de oferecem riscos físicos para o trabalhador com a exposição à alta temperatura.
Frio: O Trabalho em câmaras frigoríficas, tanto no manuseio de carne, frangos, suínos ou outros 
produtos que precisam ser armazenados em ambientes de baixa temperatura. Oferecem ao trabalhador 
risco para a saúde. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 20
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais 
Consequências da exposição a temperaturas extremas frio/calor: a exposição ao frio pode causar doenças 
do aparelho respiratório, feridas, rachaduras e queimaduras e ainda a hipotermia que ocorre quando a 
temperatura do corpo cai para abaixo de 35º C, podendo levar a óbito. 
Ficar exposto ao calor pode causar cansaço, insolação, desidratação, hipertensão, taquicardia, irritação.
4.1.2 Riscos Químicos 
Os riscos químicos são causados por contato com substâncias químicas que podem contaminar o ambiente e 
causar problemas de saúde, comprometendo a integridade física e mental do trabalhador.
Os produtos inflamáveis mais comuns são o álcool e o gás de cozinha. Os trabalhadores que são expostos a 
esses produtos são os que trabalham em cozinhas industriais, restaurantes, escolas, entre outros. 
Consequência dos Riscos Químicos: pode haver contaminação por  agentes químicos pelas vias aéreas, 
cutânea e ingestão. Esses produtos podem estar nos estados sólido, líquido e gasoso. 
4.1.3 Riscos Biológicos
Os riscos biológicos são agentes químicos e físicos e estão relacionados aos riscos químicos e físicos, não aos 
biológicos, associam�se à exposição do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e 
outras espécies de micro�organismos;
As consequências da exposição variam de acordo com os agentes que podem provocar infecções e alergias.
Conheça os tipos de agentes e as doenças que cada um pode causar no trabalhador, caso este seja exposto à 
contaminação. 
• Vírus – Causam doenças infectocontagiosas como AIDS e gripes. 
• Bactérias – Causam doenças como tétano e hepatite.
• Fungos – Causam doenças como infecção cutânea(exemplo: dermatite) ou internas (exemplo: 
doenças pulmonares). 
• Protozoários – Causam doenças como amebíase.
• Insetos – Podem causar reações alérgicas, transmissão de doenças e infecções.
Saiba Mais!
Você sabia que os trabalhadores da área da saúde, como os enfermeiros, médicos e também os 
colaboradores que lidam com a limpeza e com os pacientes estão diretamente expostos a esses agentes?
4.1.4 Riscos ergonômicos 
O risco ergonômico está diretamente ligado à execução de uma atividade específica, que exija esforço físico 
intenso, postura inadequada, levantamento e transporte manual de peso, jornada de trabalho prolongada, 
exercícios repetitivos e/ou situações de estresse, dentre outros fatores. Podem ser citados como exemplo, as 
máquinas ou equipamentos com comandos dimensionados para uma só pessoa. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 21
4. Tipos de Riscos Ocupacionais: riscos ambientais 
Conheça um pouco mais sobre os exemplos citados a seguir, que são considerados riscos ergonômicos:
• Esforço físico intenso: o esforço físico constante é uma situação encontrada no trabalho da 
construção civil;
• Posturas inadequadas: risco ergonômico que ocorre quando o trabalhador fica sentado durante 
um longo período. São exemplos de profissionais que podem correr esse risco: secretárias, 
recepcionistas, digitadores, operadores de telemarketing, motoristas, cobradores de ônibus e 
aqueles que trabalham com informática;
• Levantamento e transporte manual de peso: os estivadores e carregadores que trabalham com 
carga e descarga de veículos estão expostos a esse tipo de risco.
Consequência dos riscos ergonômicos: o trabalho físico pesado, posturas incorretas e posições incômodas 
podem causar cansaço, dores musculares, fraquezas e doenças como hipertensão arterial, diabetes, úlcera, 
doenças nervosas, além de alterações no sono, acidentes, problemas de coluna, dentre outras. 
Saiba Mais!
Aprofunde seus estudos conhecendo a NR 17, que trata da adaptação psicofisiológica do trabalhador ao 
seu ambiente de trabalho. Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem e saiba mais sobre o tema.
4.1.5 Riscos de Acidentes 
São riscos que se apresentam em diferentes situações, que podem ser identificados na organização do espaço 
físico, como na adequação e manutenção dos equipamentos, variando as formas com a falta de organização, 
de proteção de máquina, armazenamento inadequado de produtos, existência de animais peçonhentos no 
ambiente, entre vários outros motivos que podem gerar acidentes no trabalho. 
Veja a seguir os exemplos de riscos de acidentes:
• Equipamentos elétricos sem proteção. 
• Manuseio da eletricidade. 
• Iluminação excessiva ou falta de iluminação. 
• Incêndio ou explosão. 
Agora que você estudou sobre os vários tipos de riscos aos quais poderá ser exposto no ambiente de trabalho, 
é importante saber que esses riscos podem acarretar em acidentes de trabalho e devem ser criados programas 
de prevenção que tenham amparo na Legislação Previdenciária. 
Legislação Previdenciária são Leis referentes à previdência social, que cuidam entre outras coisas dos benefícios 
para o trabalhador. 
Continue seus estudos para saber mais sobre o tema acidentes de trabalho, conforme apresentado a seguir. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 22
Criar a cultura de prevenção e proteção, e boas práticas em saúde e segurança no trabalho, adotando ações 
eficientes de prevenção na empresa, é importante para a segurança do trabalhador. Qualquer dano à sua 
integridade física compromete sua saúde, causando impacto na sua vida e na de sua família, assim como na 
empresa em que trabalha e até mesmo para a sociedade. Essa cultura se cria com pequenas ações que devem 
ser desenvolvidas com o trabalhador e a empresa onde trabalha.
Você já sabe que, de modo geral, acidente do trabalho é todo evento adverso que gera lesão ou incapacidade 
laboral, portanto, caso não aconteça a lesão, mesmo ocorrendo o incidente, não é considerado acidente de 
trabalho. Além disso, conheceu os riscos e as consequências aos quais os trabalhadores estão expostos, de 
acordo com o ramo de atividade que exercem. 
Outro ponto importante como uma boa prática para sua saúde e segurança diz respeito à prevenção e proteção 
de acidentes e doenças no trabalho. Compreenda que envolve um olhar minucioso para todas as ações dos 
trabalhadores dentro do contexto do seu ambiente de trabalho, considerando o processo de produção pelo 
qual o trabalhador passa. 
Para que isso aconteça, é importante perceber que seu papel como trabalhador nesse processo é muito 
importante. Criar ações para prevenir possíveis acontecimentos, através de determinados atos, que ajudem a 
promover a Proteção do Trabalhador, como por exemplo, o uso de equipamentos específicos para a segurança 
e saúde dos trabalhadores de uma determinada empresa. 
Prevenir é sinônimo de antever, antecipar.
A palavra Proteção neste texto está relacionada à assistência, amparo.
Entretanto, as ações de prevenções podem ser criadas com a observação e uso de instrumentos criados 
exatamente para ajudá�lo (a) no dia a dia. Assim, apenas com um olhar atento e o conhecimento da legislação 
pertinente, é possível perceber as condições que apresentam riscos de acidentes no ambiente de trabalho.
Conheça a seguir quais são esses instrumentos e como eles podem ajudá�lo (a) na prevenção de acidentes, 
por meio de uma boa prática em saúde e segurança no trabalho!
5.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC 
Mesmo se tratando da segurança e proteção individual com o trabalhador, existe outra questão que deve ser 
levada em consideração, a possibilidade de uso de Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ou em equipe. 
A proteção coletiva dos trabalhadores é considerada pela legislação de segurança e Medicina do Trabalho 
prioritária em relação à proteção individual.
Para isso, foram criados os Equipamentos de Proteção Coletiva, você sabe quais são? 
São aqueles tipos de equipamentos que neutralizam a fonte do risco no lugar em que ele se manifesta. São 
usados para proteção e/ou segurança de um grupo de pessoas, ao realizarem alguma atividade laboral.
1. Corrimão
Como exemplo de EPC, você pode pensar no trabalho realizado numa escola, na qual alunos e professores 
precisam subir e descer escadas. O uso de corrimão (EPC) é importante – Observe que o corrimão pode ser 
utilizado por todos como medida de segurança.
5 Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 23
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
2. Kit de Primeiros socorros 
O uso de Kit de primeiros socorros (EPC), conforme a NR 7, da Portaria 3214/78, é obrigatório e deve 
estar disponível em local definido pela empresa. Será usado por pessoas capacitadas em prestar os primeiros 
socorros, para atender a qualquer tipo de acidente que possa acontecer no espaço da empresa. 
3. Chuveiro Lava-olhos 
Nos laboratórios e oficinas em que usam produtos químicos por meio de tubulação, como é o exemplo das 
empresas petroquímicas, é usado o chuveiro lava-olhos, que se assemelha aos chuveiros normais e tem o 
objetivo de ser usado imediatamente nos olhos possivelmente contaminados. 
Chuveiro Lava-olhos é indicado para uso em laboratórios ou empresas que fazem o manuseio de produtos químicos.
4. Extintor de Incêndios 
O mais conhecido dos Equipamentos de Proteção Coletiva é o extintor de incêndio, usado para combater 
incêndios em locais de trabalho. 
Você vai saber mais sobre os extintores e seus tipos de agentes a seguir. 
CLASSE
CLASSE
- Papel
- Madeira
- Tecidos
- Gasolina
- Óleo
- Tintas, etc...
Onde a ação de abafamento 
é requerido
CLASSE 
- Equipamentos
- Elétrico-ativados
- Motores
- Chaves, etc...
Onde o agente requerido não 
deve ser condutor
Não recomendável
EXCELENTE
O pó abafa o fogo e a 
cortina criada proteje o 
operador do calor
EXCELENTE
Não écondutor de eletri-
cidade e proteje o 
operador do calor
Não é condutor, não deixa 
resíduos e não dani�ca 
equipamentos
Não recomendável
EXCELENTE
Não deixa resíduos nem 
contamina gêneros 
alimentícios
Não recomendável por ser 
condutor de eletricidade
EXCELENTE
Satura o material e não 
permite a reignição
Não recomendável
Espalha o incêncio 
não apagado
Tipos de Agente Pó Químico Gás Carbônico Água
Você sabia que existem diferenças no uso dos extintores e que essas diferenças podem ser quanto à composição 
dos seus agentes? 
O uso inadequado pode agravar o incêndio e causar maiores danos às pessoas e ao ambiente. Conheça as 
classes de Incêndio na tabela da Brigada de Incêndios. 
Os EPCs também têm a função de sinalizar e proteger, assim como podem fazer a diferença evitando 
acidentes de trabalho. Veja a seguir mais alguns exemplos.
1. Cone de sinalização que são usados em rodovias e/ou vias públicas, servindo para orientar não 
somente veículos, mas também pedestres quanto ao perigo.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 24
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
2. Exaustores são usados em locais confinados, evitando asfixia e incêndios.
3. Iluminação.
4. Aquecedores.
5. Plataformas de segurança usadas na construção civil, para evitar/conter a queda de pessoas e 
materiais.
O trabalhador dentro da sua profissão deve fazer uso consciente dos equipamentos, sabendo que é responsável 
pela sua segurança com o uso adequado dos seus equipamentos, com ações responsáveis, conforme está 
descrito a seguir: 
1. Usar apenas para a finalidade que se destina.
2. Guardar em local adequado e zelar pela sua conservação.
3. Não usar caso esteja danificado, comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para o uso.
4. O empregador deve adquirir o equipamento adequado para execução da atividade do empregado.
5. O treinamento deve ser feito antes do trabalhador usar o equipamento.
6. Uso obrigatório dos equipamentos de segurança. 
7. Verificar diariamente se está danificado, caso isso aconteça deve ser substituído imediatamente.
Você conheceu os Equipamentos de Proteção Coletiva e sabe da sua importância, na próxima etapa dos seus 
estudos vai saber mais sobre a NR6, que trata dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI.
5.2 Equipamento de Proteção Individual – EPI
Você sabe o que é EPI? Já usou?
De acordo com a NR 6, EPI é “[...] todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou 
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador”. Acesse o curso no 
ambiente virtual de aprendizagem leia na íntegra o texto com a definição de EPI na NR 6. 
Para garantir a segurança e proteção das equipes e dos profissionais, todo cuidado é pouco! 
Importante!
Por isso, a fim de evitar acidentes de trabalho, a NR�6 com a publicação da Portaria nº 3.214, de 8 de 
junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, traz as informações sobre o Equipamento de 
Proteção Individual � EPI. 
Por se tratar de uma medida de segurança para você, como trabalhador, a NR 6 destaca as principais obri�
gações que empregados e empregadores devem assumir em relação aos EPIs. 
Observe a tabela a seguir, baseada na NR 6, com os deveres do empregado e do empregador:
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 25
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
a) usá-lo apenas para a �nalidade
a que se destina;
b) responsabilizar-se por sua guarda
e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer 
alteração que o torne impróprio para uso.
a) adquirir o tipo adequado à atividade
do empregado; 
b) fornecer ao empregado somente EPI 
aprovado pelo MTA e de empresas 
cadastradas no DNSST/MTA; 
c) treinar o trabalhador sobre
o seu uso adequado; 
d) tornar obrigatório o seu uso; 
e) substituí-lo, imediatamente,
quando dani�cado ou extraviado; 
f ) responsabilizar-se pela sua higienização
e manutenção periódica; 
g) comunicar ao MTA qualquer irregularidade 
observada no EPI.
Empregado Empregador
Lembre�se! Os equipamentos de segurança foram criados para a proteção do trabalhador e seu uso requer 
responsabilidade e zelo. 
Continue seus estudos e conheça a legislação que ampara o uso de EPIs para o trabalhador.
• CLT – Consolidação das Leis de Trabalho/ Capítulo V – da segurança e medicina do trabalho/ 
Seção IV � do equipamento de proteção individual.
• Art.166 � A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de 
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de 
acidentes e danos à saúde dos empregados. 
• Art.167 � O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação 
do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho. 
 
Os EPIs acompanharam o desenvolvimento tecnológico e conceitual e tornaram�se cada vez mais confortáveis 
e até bonitos. Tudo isso se deve à mudança de conceito e à ampliação do âmbito de proteção.
Sempre que você receber um EPI, deverá ser registrado em Ficha de Registro de Recebimento de EPIs e essa 
ficha será guardada por um período não inferior a 20 anos. Nela, devem constar, no mínimo, as informações: 
nome da empresa, endereço, data da entrega do EPI, tipo de EPI, respectivo número do CA e a assinatura 
do empregado.
Analise a imagem ao lado e perceba que para proteção da cabeça e pescoço, a trabalhadora 
utiliza dois itens importantes.
Visualizou? Percebeu quais são os itens?
Continue seus estudos e conheça alguns equipamentos de proteção que podem fazer a diferença para a 
segurança e a integridade física dos trabalhadores. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 26
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
Conheça os EPIs, sua função de proteção e para quem se destina como uma Boa Prática Para Saúde e 
Segurança No Trabalho. 
1. O capacete: tem a função de proteger o crânio contra impacto de objetos, choques elétricos e agentes 
térmicos, além disso, pode servir também como protetor auditivo, ao vedar o ouvido contra ruídos.
2. Capuz ou balaclava: é um gorro feito de lã acrílica ou de outro material resistente ao aquecimento e tem 
como finalidade a proteção térmica da cabeça, face e pescoço, também chamado de gorro de ninja.
Esses equipamentos podem ser usados para vários tipos de trabalhos, como exemplo os trabalhadores da 
construção civil, metalúrgica, petroquímicas, limpador de vidros, elétrica, bombeiros, entre outras profissões. 
3. Para proteção facial
A Máscara de solda tem a função de proteção dos olhos contra respingos e radiação, usado obrigatoriamente 
no manuseio com solda.
4. Proteção dos olhos:
Óculos de proteção individual tem como função a proteção dos olhos contra luminosidade excessiva, radiação 
ultravioleta, infravermelha e contra respingos. São usados no manejo com produtos químicos, solda, madeira, 
aço, vidro, elétrica, tintas, por dentistas, em laboratórios e na construção civil, entre outras áreas. 
5. Para proteção auditiva:
Protetor auricular ou auditivo protege o sistema auditivo de pressões sonoras.
Importante!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem e leia a NR 15 e saiba quais os níveis de ruídos e os 
limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente que se apresenta no Anexo I, e os limites de 
tolerância para ruídos de impacto no Anexo II, além de outras informações pertinentes ao tema estudado. 
Recomenda�se usar o protetor sempre na mesma orelha, evitando a possibilidade de passar uma infecção de um 
lado do ouvido para o outro. A limpeza do protetor de ouvido deve ser feita com a utilização de esponja lavável.
Os protetores são usados pelos trabalhadores de indústrias e demais áreas, em que são expostos a um barulho 
intenso com máquinas, esteiras, furadeiras, músicos, entre outros equipamentos. 
6. Para proteção respiratória:
É usado o respirador purificador de ar, que pode ser motorizado ou sem o motor,ambos têm como função 
proteger as vias respiratórias contra névoas, poeiras, gases, vapores e radionuclídeos. Esses equipamentos de 
segurança devem ser usados por trabalhadores que tem contato com tintas, ambientes hospitalares, agrícolas, 
industriais, bombeiros, construção civil, medicina nuclear, dentre outros. 
 
Radionuclídeos são utilizados na medicina para o diagnóstico (exames) e tratamento de inúmeras doenças.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 27
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
7. A máscara cirúrgica
É um EPI importante para os profissionais de saúde e, assim como as toucas ou gorros, tem a função 
de proteger os cabelos e o couro cabeludo, evitando a contaminações por micro�organismos ou produtos 
químicos. 
No caso da máscara cirúrgica e do gorro, os trabalhadores usam para a sua segurança e para a proteção dos 
ambientes limpos e esterilizados, também dos pacientes com quem esses profissionais têm contato. 
Para proteção do corpo, são indicados alguns acessórios de uso obrigatório para diversas profissões. Estes 
EPIs são: os calçados, meias de proteção, calças, botas de PVC, luvas, dedeiras, macacão, vestimenta de corpo 
inteiro e jalecos. 
Para você saber mais, veja a seguir todos os itens citados e suas funções. 
1. Membros Inferiores
Para a proteção dos Membros Inferiores, são indicados os calçados para proteção dos pés contra queda 
de objetos sobre estes. São exemplos de produtos que podem causar dano à saúde do trabalhador 
pelo contato com os pés, como: os agentes químicos, objetos de cortes, perfurantes, abrasivos como a 
cerâmica e alumínio, umidade, entre outros produtos de material infectante.
 
 
Abrasivos são produtos usados para polir, desgastar e/ou limpar materiais.
Esse tipo de calçado deve ser feito e testado para ter resistência à eletricidade, ser térmico, suportar o 
aquecimento, ser isolante contra óleos, produtos químicos, entre outros. 
Uso de meias para proteção contra baixas temperaturas é indicado para os trabalhadores de frigoríficos, 
e de outros ambientes que armazenam produtos que precisam permanecer em baixas temperaturas.
2. Bota ou sapato
Para os profissionais de diversos seguimentos, que trabalham em locais com muita umidade, o material 
adequado é o couro hidrofugado, que é indicado para os trabalhadores da indústria mecânica e 
construção, com palmilha de aço, protegendo contra a perfuração e como antiderrapante. 
 O Couro hidrofugado é mais resistente que o couro tradicional, com produtos que lubrificam o couro, 
impedindo a passagem de água.
Em atividades comerciais, nos estabelecimentos que trabalham com carne, como é o exemplo dos 
açougueiros, as botas devem ser feitas de PVC e tem como função prevenir a queda, e proteção do 
ambiente por questão de higiene. Para manipulação com alimentos perecíveis, o uso desse equipamento 
é obrigatório para esses profissionais.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 28
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
3. Calça de proteção
A Calça tem como função a proteção das pernas contra agentes abrasivos escoriantes e térmicos, 
também protege contra respingos e umidade. O uso de calça de proteção é indicado para diversas 
profissões, como exemplo os trabalhadores de frigoríficos, bombeiros e indústrias.
Agentes abrasivos são substâncias que servem para polir ou limpar.
Escoriantes são agentes que afinam e desgastam a pele.
Você conheceu os EPIs básicos para a proteção dos membros inferiores. A seguir, você vai estudar sobre a 
função de outros equipamentos de proteção. 
Para membros superiores e tronco, os EPIs indicados são as luvas, as dedeiras, macacão e a vestimenta de 
corpo inteiro, além de aventais e jalecos. 
1. Luvas
As luvas e o creme protetor protegem contra agentes térmicos: o frio ou calor, e agentes biológicos, 
protegendo contra a contaminação por bactérias, fungos, vírus, químicos e umidade. 
O uso das luvas é obrigatório para várias profissões como: médicos, dentistas, enfermeiros e técnicos 
em enfermagem, assim como no uso em laboratórios. Funcionários da indústria, construção civil, 
metalúrgica, limpeza em geral, bombeiros, entre outras. 
Especificamente para os dedos, o uso de dedeiras tem a função de proteger contra os agentes abrasivos 
e escoriantes. O uso de dedeiras é indicado para trabalhadores que usam lixas, nos polimentos e vidros.
2. Macacão
O uso de macacão tem como função a proteção dos membros inferiores e superiores contra agentes 
abrasivos, escoriantes e térmicos, contra respingos e umidade.
O macacão é de uso obrigatório pelos profissionais que trabalham em serviços mecânicos, nos 
frigoríficos, em fábricas, de acordo com o setor e o grau de risco oferecido, trabalho em altura como o 
dos bombeiros, e tantas outras funções que devem fazer uso desse equipamento.
3. Vestimenta de corpo inteiro
A vestimenta de corpo inteiro tem a função de proteção de todo o corpo contra agentes abrasivos 
escoriantes e térmicos, contra respingos e umidade. Os trabalhadores que utilizam essa vestimenta 
trabalham com equipamentos de soldagem. 
4. Aventais
Os aventais servem para a proteção contra a projeção de partículas, calor e chamas, respingos de 
ácidos, abrasão, substâncias que penetram na pele e umidade excessiva. São utilizados no manuseio 
de substâncias químicas, na manipulação de alimentos e nos trabalhos com soldagem. 
Além disso, os aventais devem ser usados por médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, para evitar 
a contaminação.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 29
5. Princípios e Medidas de Prevenção e Proteção 
5. Jaleco
O jaleco é um EPI usado geralmente pelos profissionais da saúde, da indústria alimentícia e outras 
profissões que atuam em laboratórios. Sua função é contra contaminação do trabalhador do ambiente 
de trabalho e são associados à higiene. 
Existem outros EPI que podem ser usados para a proteção dos trabalhadores em suas funções, sendo que 
cada equipamento é feito com materiais específicos e sempre com a função de proteção do trabalhador. 
 
Importante!
É importante você saber que o uso do EPI não evita acidentes, somente previne ou reduz a lesão.
Mas, mesmo sabendo da importância do uso dos EPIs, por que alguns trabalhadores não fazem o uso deles?
Existem algumas situações que podem justificar essa recusa no uso dos equipamentos, são elas:
O desconforto, a falta de costume, o excesso de confiança do trabalhador, contudo, não o isenta da sua 
responsabilidade de acostumar�se com os EPIs, já que foram criados para o uso obrigatório em determinadas 
profissões. 
Você estudou nessa unidade que a fabricação dos equipamentos também está evoluindo, com adequação de materiais 
mais resistentes e mais confortáveis, ajudando o trabalhador a executar suas atividades com mais facilidade. 
Importante!
A função do uso do EPI é de proteção ao organismo e está amparado na legislação através das NRs. 
O ideal é conhecer e saber usar corretamente cada equipamento de acordo com a sua função! 
Caso o trabalhador não utilize, está sujeito à advertência oral, escrita e pode até ser demitido por justa causa.
 Como a prevenção e a proteção podem fazer a diferença para a saúde do trabalhador?
A resposta para o questionamento está no uso correto dos EPIs e EPCs, que são de uso obrigatório e de 
responsabilidade do empregador em oferecer para os trabalhadores; e do trabalhador em usar corretamente, 
de acordo com sua função de prevenção contra os acidentes de trabalho já apresentados.
Agora que você já estudou todos os tópicos apresentados na unidade, reforçando a necessidade de desenvolver 
Boas Práticas em Saúde e Segurança no Trabalho, você vai poder avaliar sua aprendizagem. 
Atividade!
Você está convidado a participar de uma atividade de aprendizagem. Para isso, acesse o curso no ambiente 
virtual de aprendizagem.
Boas Práticas em Saúde e Segurançado Trabalho 30
As empresas do século XXI reconheceram o trabalhador como Capital Humano, valorizando�o na organização, 
oferecendo oportunidades de formação e condições favoráveis de trabalho, além disso, adequando os espaços 
físicos para um melhor desempenho na sua função. Esses investimentos estão voltados para o bem�estar do 
trabalhador, pois pode ser um fator motivacional que influencie na eficiência da organização. Mas, isso não é 
tudo, com pesquisas e estudos no campo da ergonomia, percebeu�se que os trabalhadores querem e sentem a 
necessidade de participar nas soluções dos problemas e decisões do seu próprio trabalho. 
Conjunto de atributos, relacionados aos conhecimentos, experiências e capacidades que possibilitam alcançar valor econômico.
Com a preocupação de melhor atender ao trabalhador e seguir a legislação, as empresas têm incluído 
programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT). 
Mas, qual é a importância de um programa de QVT em uma empresa? 
Respondendo a pergunta: a importância se encontra na própria definição dos termos. Conforme Moretti 
(2005, p. 2), QVT é “[...] uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organizações, onde 
se destacam dois aspectos importantes: a preocupação com o bem�estar do trabalhador e com a eficácia 
organizacional; e a participação dos trabalhadores nas decisões e problemas do trabalho”.
Por se tratar de um programa, as formas de implementação variam de acordo com a cultura das organizações, 
e podem ser ofertadas de diversas formas, conforme o ramo de atividade e necessidade dos trabalhadores.
Você vai iniciar analisando o caso do Antônio: gerente de telemarketing em uma pequena empresa, chamada 
Fale Comigo Telecom, com 70 operadores receptivos . Há dois meses, os supervisores de atendimento têm 
percebido que os atendentes apresentam índices altos de absenteísmos e estresse em suas posições de aten�
dimento (P. As), gerando conflitos entre os colegas no trabalho ao atender os clientes.
operadores receptivos: Atendentes que recebem chamadas externas, por exemplo, 
serviços 0800.
Absenteísmos : Faltas ao trabalho.
Pensando nessas dificuldades, Antônio deseja aplicar um programa de qualidade de vida no trabalho (QVT) 
que possa auxiliar seus colaboradores. 
Conforme apresentado no exemplo de Antônio, a qualidade de vida no trabalho da empresa Fale Comigo 
Telecom não está favorecendo a produtividade dos operadores de telemarketing. O fator de estresse e, 
consequentemente, o grande número de faltas, insatisfação e atrito entre os colegas demonstram que algo 
não vai bem. É importante saber que os operadores de telemarketing trabalham num período de 6h e com 
grande volume de ligações. 
Após conhecer o contexto do ambiente de trabalho do Antônio, em que as dificuldades foram detectadas, 
observe a tabela. Conheça alguns tipos de ações e programas voltados para QVT, que podem ser aplicados 
nesse caso. 
6 Princípios de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 31
6. Princípios de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) 
Exercícios Físicos
(ex: Ginástica laboral)
Treinamento e desenvolvimento
dos trabalhadores
Ergonomia
Ginástica laboral
Benefícios
Avaliação de desempenho
Higiene e segurança do trabalho
Estudo de cargos e salários
Controle de álcool e drogas
Preparação para aposentadoria
Orientações nutricionais
Terapias alternativas
Aumenta a disposição e satisfação dos trabalhadores, aumenta
a tolerância ao estresse, redução do absenteísmo, melhora do 
relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho,
redução dos gastos médicos.
Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento das atividades, 
satisfação pro�ssional, aumento da produtividade.
Aumento do desempenho nas atividades,
redução dos acidentes de trabalho.
Prevenção e reabilitação de distúrbios ocupacionais, prevenção
de acidentes de trabalho, melhor integração entre os trabalhadores, 
diminuição do absenteísmo, aumento da produtividade.
Motivação, satisfação pro�ssional, satisfação das necessidades 
pessoais, aumento da produtividade.
Aumento do desempenho do trabalhador, aumento da produtividade, 
aumento da satisfação pro�ssional.
Gera um ambiente mais saudável, prevenção de riscos à saúde, 
diminuição dos acidentes de trabalho, diminuição do absenteísmo
e rotatividade, aumento da produtividade.
Mantém seus recursos humanos, aperfeiçoamento da administração dos 
recursos humanos, aumento da motivação e satisfação dos trabalhadores, 
aumento da produtividade.
Redução de riscos, melhora na segurança operacional e da saúde 
dos trabalhadores, melhora na auto-estima, diminuição dos 
acidentes de trabalho e absenteísmo.
Motivação, satisfação pro�ssional, aumento da auto-estima, melhora na 
relação interpessoal, descobrimento de novas habilidades e 
competências, benefícios na vida social e familiar do trabalhador.
Diminuição da obesidade, mudança no comportamento de risco, aumento 
do desempenho e disposição, aumento da produtividade.
Aumento da tolerância ao estresse, melhora no relacionamento 
interpessoal, aumento da produtividade.
Aumento da autoestima, aumento do desempenho pro�ssional, 
melhora no relaciomento interpessoal, aumento da tolerância ao 
estresse, prevenção de doenças.
Aumento da autoestima, aumento do desempenho e 
disposição, prevenção de doenças.
Musicoterapia
Antitabagismo
Ações / Programas Principais resultados observados
Fonte: Adaptado de Alves, 2001, p.18.
Na tabela apresentada, são enumeradas várias ações com base nos princípios do QVT. Você deve ter percebido 
que Antônio pode implantar na sua empresa alguns programas como: a ginástica laboral, terapias alternativas 
ou até a musicoterapia, com o objetivo de encontrar motivação para o melhor desempenho, resolvendo o 
problema das faltas no trabalho. Essas ações podem contribuir para eliminar as dificuldades de estresse 
apresentadas pelos supervisores que trabalham com Antônio.
Esse estudo também se faz necessário para que você como profissional, possa cuidar de sua integridade física 
e psicológica, orientando suas práticas para saúde e segurança no trabalho. Veja mais a seguir. 
Os programas de QVT nascem com ações coletivas entre o indivíduo e empresa, por isso, é importante a sua 
atitude de buscar parceria na sua empresa com o objetivo de adotar um QVT. Com essa parceria, você pode 
despertar ações positivas entre empregado e empregador. 
Com a implementação de um programa de QVT na empresa, você deve saber que é de sua responsabilidade 
aderir às ações, usando os recursos e zelando pela sua saúde e segurança no trabalho, bem como da empresa 
em oferecer os recursos necessários para uma melhor política nas ações preventivas.
A seguir, você saberá mais sobre o tema Ergonomia e os seus benefícios como uma boa prática profissional 
e organizacional.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 32
Seguindo seus estudos, com os Princípios da Ergonomia, você vai saber mais sobre a qualidade de vida e a 
importância de promover ações de prevenção no ambiente de trabalho, fazendo ajustes na prática diária, ou 
no ambiente físico, o que contribui para a segurança na execução da sua atividade e zelo pela sua saúde. A 
norma que trata da ergonomia como conhecimento para implementar essas ações é a NR 17. 
Os princípios da ergonomia são abordados na NR 17, com suas regulamentações, implicações e indicações, 
voltadas para o conforto, segurança e desempenho eficientes no trabalho.
Vamos lá?
Antes de dar continuidade ao tema ergonomia, observe as duas imagens a seguir:
 
 
 
Analise as imagens apresentadas e reflita!
Reflita
Como esses dois profissionais podem ser beneficiados com os princípios de qualidade e ergonomia 
no seu trabalho?
Você vai saber identificar os benefícios e responder a esse questionamento estudando sobre o tema ergonomia, 
e os princípios de qualidade de vida no trabalho (QVT). Veja mais a seguir. 
É importante conhecer o conceito oficial do termo que é definidopela Associação Internacional de Ergonomia 
(IEA), que define ergonomia como: “[...] uma disciplina científica que estuda as interações dos homens com 
outros elementos do sistema, fazendo aplicações da teoria, princípios e métodos de projeto, com o objetivo de 
melhorar o bem�estar humano e o desempenho global do sistema” (DUL; WEERDMEESTER, 2004, p. 1). 
Associação filantrópica, com sede no Rio de Janeiro, com o foco de pesquisa na interação humana com a tecnologia, o ambiente 
e a organização, levando em consideração possíveis problemas de limitações e capacidades entre outros. 
7 Princípios da Ergonomia – NR 17
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 33
7. Princípios da Ergonomia – NR 17 
Conforme foi definido no conceito, você percebeu que o objetivo da ergonomia é o bem�estar humano. Para 
oferecer esse bem�estar, a ergonomia tem como base conhecimento de várias áreas do conhecimento, como 
por exemplo: psicologia, toxicologia, fisiologia, biomecânica, informática, entre outras.
Toxicologia estuda os efeitos das diversas substâncias sobre os organismos.
Fisiologia é um ramo da biologia que pesquisa o funcionamento dos organismos, ou seres.
Biomecânica é o ramo da biofísica que estuda os seres vivos e suas funções, por meio da mecânica.
Além disso, para chegar à conclusão em relação ao bem�estar do trabalhador, o estudo da ergonomia leva em 
consideração o trabalhador, sua função e o meio em que ele trabalha; observando detalhes como a disposição 
dos móveis, máquinas, iluminação, jornada de trabalho, iluminação, ventilação, e outros itens que fazem parte 
do contexto físico. Essas considerações serão estudadas por você, detalhadamente, a seguir. 
Para situar o tema ergonomia, você vai conhecer um breve histórico sobre o assunto, que dá a noção da 
importância e das conquistas do trabalhador para alcançar o seu bem�estar no trabalho.
7.1 A história da Ergonomia e a atualidade
A ergonomia nasceu durante a Segunda Guerra, pela necessidade de resolver os problemas que os 
vários equipamentos militares apresentavam e pelas dificuldades dos soldados que conduziam veículos e 
instrumentos, causando acidentes e morte.
 
Seu surgimento se deu através de pesquisas realizadas entre psicólogos, médicos, engenheiros e outros 
profissionais. Em 1949, na Inglaterra, foi discutida e formalizada a existência da ergonomia como ciência e 
em 1950 foi proposto o nome ergonomia e fundada a Sociedade de Pesquisa em Ergonomia. Em 1961, foi 
criada a Associação Internacional de Ergonomia (IEA). Aqui no Brasil, em 1983, foi fundada a Associação 
Brasileira de Ergonomia (ABERGO).
Saiba Mais!
Acesse o curso no ambiente virtual de aprendizagem e saiba mais sobre a Associação Brasileira 
de Ergonomia.
O tema ergonomia é estudado desde o século passado. É reconhecido pela sua aplicabilidade com resultados 
positivos para o trabalhador e para a empresa e, por essa razão, as organizações têm compreendido sua 
importância, pensando na melhor apresentação do ambiente de trabalho e no efeito motivador que desperta 
no trabalhador.
Você conheceu a importância da ergonomia e quando surgiu o seu conceito, agora analise a aplicação dessa 
boa prática, estudando o tema Trabalho Sentado e sua relevância sob os princípios da ergonomia. 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 34
7. Princípios da Ergonomia – NR 17 
7.2 Trabalho Sentado
É importante que você faça a seguinte reflexão: quais os tipos de atividades nas quais os trabalhadores passam 
grande parte do seu tempo sentado?
 
Provavelmente você deve ter pensado em digitadores, operadores de telemarketing, recepcionistas, costureiras, 
telefonistas, dentistas, auxiliares de escritório e administrativos, entre outras profissões. 
Correto!
Usando a ergonomia como instrumento de análise, é importante considerar a boa postura do profissional, 
mesmo no trabalho sentado, que faz parte do cotidiano de muitos trabalhadores. Para cada atividade, devem 
ser observados dois aspectos, entre vantagens e desvantagens. Segundo Brandimiller (1999), existem dois 
pontos que necessitam ser avaliados e podem influenciar na postura do trabalhador.
O que deve ser observado no momento do trabalho – cabeça, pescoço e o corpo podem ser prejudicados por 
uma má postura. 
Reflita sobre essas considerações no exemplo do Ivan, apresentado a seguir: 
Ivan é operador de telemarketing, trabalha sentado, usa o headset e interage constantemente com o público 
externo. Mas, tratando�se da ergonomia, como ele pode adotar uma boa prática em saúde e segurança no 
seu trabalho?
Headset: Fone de ouvido.
Observe atentamente a imagem abaixo em cada item apresentado:
Fonte: Adaptado de Brandimiller, 1999, p. 16 
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 35
7. Princípios da Ergonomia – NR 17 
Dica!
A distância da tela do computador em relação ao trabalhador é equivalente a distância 
do seu braço estendido.
Seguindo a ideia de como Ivan pode melhorar sua boa prática de saúde e segurança no trabalho, visualize a 
imagem do suporte para os pés. 
Fonte: Adpatado de Brandimiller, 1999, p. 26.
Após visualizar todas as ações da imagem acima, perceba que conforme a NR 17, “Para as atividades em que 
os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido 
suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da perna do trabalhador.” Acesse o curso no ambiente 
virtual de aprendizagem para ver o texto da NR 17 na íntegra. 
Você visualizou que os detalhes quanto ao encosto, pés, postura de braços são importantes para a saúde 
do Ivan que trabalha em Telemarketing e pode adotar novas posturas, e caso não tenha os equipamentos 
necessários, deve conversar com o seu empregador para encontrar a melhor solução para o problema.
Esse deve ser o olhar de todos os profissionais que trabalham sentados no escritório usando o computador, 
como por exemplo, os trabalhadores que além de digitarem, consultam dados em textos, livros e manuais, 
como é o caso dos caixas de bancos, secretárias, atendentes, administradores, contadores e trabalhadores do 
ramo de informática em geral.
Você vai conhecer a seguir mais algumas técnicas de ergonomia, conhecendo o exemplo de trabalho da Taís.
Taís trabalha como digitadora e foi selecionada há pouco tempo numa empresa. Com o passar do tempo 
começou a sentir dores na coluna. Ao reclamar para uma amiga, esta lhe perguntou como ela adota medidas 
de boas práticas de saúde e segurança na sua profissão. 
Taís respondeu que apenas seguia as orientações da sua empresa.
 
Como ajudar Taís a verificar se ela está atenta ao que se aplica como boas práticas usando os princípios da 
ergonomia? 
Leia mais e descubra a melhor solução para o problema de Taís.
Boas Práticas em Saúde e Segurança do Trabalho 36
7. Princípios da Ergonomia – NR 17 
É importante que cada trabalhador entenda, e conheça, seus direitos através de leis e normas de ergonomia 
que regulamentam sua profissão, por isso, veja o que a NR 17 estabelece, como já apresentado anteriormente. 
No caso da Taís, é possível encontrar algumas sugestões no item 17.4.2 da NR 17, que recomenda a atenção 
das empresas e trabalhadores que lidam com leitura e digitação de documentos, conforme descrito na íntegra 
a seguir. 
Importante!
“a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa postura, 
visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;”
Assim, as possíveis disposições:
Fonte: Brandimiller, 1999, p. 33�34. 
Importante!
A distância dos documentos em relação à tela deve ser de, aproximadamente, 60�70 cm.
Veja na imagem a seguir o exemplo de uma cadeira indicada para o trabalho sentado. 
 
O conforto da cadeira é básico, deve permitir o equilíbrio em relação à postura e à visualização dos documentos, 
evitando a cabeça inclinada demais para cima ou para baixo, evitando desconforto muscular e dores nas 
costas

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