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Aula 4 - Medicamentos psicoterapicos

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Saúde Mental 2 
Professora Rosiane Andrade 
Tratamentos 
Psquiátricos 
 É preciso saber também que existem 
tratamentos adequados para cada tipo de 
transtorno, o que não é só feito através de 
medicamentos. 
 Na verdade, o tratamento medicamentoso 
é um valioso instrumento da psiquiatria para o 
controle dos sintomas e, com o avanço das 
pesquisas nesse campo, muito se tem 
conseguido em melhora da qualidade de vida 
da pessoa com transtorno mental. 
 No entanto, cada vez podemos ter maior 
certeza de que uma abordagem mais ampla, onde 
se ofereçam outras possibilidades terapêuticas, 
mostra ser mais adequada e eficaz, afinal apenas o 
controle não ensina o paciente a lidar com seus 
problemas cotidianos e emocionais. A cada dia 
surgem novas abordagens no lidar com o paciente 
de Saúde Mental. 
 A criatividade e dedicação dos profissionais 
neste campo permite conhecer e perceber, a cada 
momento, diferentes facetas da mente humana, o 
que resulta em novas nuances no tratamento. 
• Terapia medicamentosa 
 Os psicofármacos são drogas cujo principal 
uso é modificar as funções psíquicas, normais ou 
alteradas. Portanto, não curam o doente mental, 
apenas diminuem seu sofrimento. 
 O tipo de psicofármaco, assim como o tempo 
de utilização e as dosagens vão depender do tipo 
de sintoma que se deseja combater e da maneira 
como reage o organismo do usuário. 
 Algumas pessoas necessitam de doses mais 
altas ou de utilizá-los por um tempo mais longo. 
Em outras, se consegue o mesmo efeito com 
doses menores e em prazos menores. 
 Os efeitos colaterais também são variáveis 
de pessoa para pessoa. 
 A decisão de utilizar ou não um 
psicofármaco depende antes de tudo do 
diagnóstico que o paciente apresenta, incluindo 
eventuais comorbidades. 
 Para muitos transtornos, os medicamentos 
são o tratamento preferencial, como na 
esquizofrenia, no transtorno bipolar, em 
depressões graves ou no controle de ataques de 
pânico. Em outros, como nas fobias específicas, 
transtornos de personalidade, problemas 
situacionais as psicoterapias podem ser a primeira 
opção. 
 Entre os fármacos mais usados na 
atualidade para transtornos mentais inclui: 
• Hipnóticos: ​ 
 É um medicamento que causa o sono. 
Na linguagem leiga, chamamos de 
soníferos. Diversos fármaco têm efeitos 
hipnóticos como os barbitúricos (ex: 
fenobarbital) e benzodiazepínicos. 
 Efeitos colaterais: 
• Amnésia anterógrada (em alguns pacientes) - É a 
perda de memória para eventos que ocorrem 
posteriormente ao acontecimento da doença, ou 
seja, é a deficiência em formar novas memórias; 
• Dificuldade na coordenação motora; 
• Sonolência; 
• Confusão mental; 
• Estado de depressão; 
• Tolerância; 
• Dependência; 
• Depressão respiratória. 
• Antidepressivos: 
 Os antidepressivos são drogas que 
aumentam o tônus psíquico melhorando o humor 
e, consequentemente, melhorando a 
psicomotricidade de maneira global. 
 Esses medicamentos são prescritos com 
maior frequência para pessoas com sintomas 
severos de depressão, embora também sejam 
utilizados por quem os apresenta de forma 
moderada. 
 Alguns desses medicamentos são: fluoxetina 
(Prozac, Daforin,) entre outros. 
 Efeitos colaterais: 
• Boca seca; 
• Retenção urinária; 
• Ganho ou perda de peso; 
• Tontura ao levantar; 
• Hipotensão postural ou hipertensão; 
• Dor de cabeça; 
• Perda do libido; 
• Problemas de ejaculação; 
• Produção em excesso de suor; 
• Vômitos e enjoos; 
• Tremores; 
• Visão turva; 
• Irritabilidade. 
• Ansiolíticos: 
 São drogas capazes de atuar sobre a 
ansiedade e a tensão. Estas drogas foram 
chamadas de tranquilizantes, por terem a 
capacidade de acalmar as pessoas tensas e 
ansiosas. 
 Sendo assim, esses medicamentos podem 
causar dependência, e por isso devem ser 
prescritos e utilizados com cautela. Alguns dos 
ansiolíticos são: alprazolam (Frontal), citalopram 
(Cipramil), diazepam (Valium, Dienpax), entre 
outros. 
 Efeitos colaterais: 
• Boca seca; Vômito; 
• Constipação; Dor de cabeça; 
• Retenção de urina; Agitação; 
• Visão turva e borrada; Insônia; 
• Queda de pressão; Nervosismo; 
• Taquicardia; Redução do apetite e do desejo 
sexual. 
• Tontura; 
• Suor; 
• Ganho de peso; 
• Tremor; 
• Ansiedade; 
• Enjoo; 
• Dor gástrica; 
• Antipsicóticos: 
 Pessoas com transtornos psicóticos ficam 
“fora da realidade”; apresentam alucinações 
visuais e auditivas, ou acreditam que alguém pode 
escutar seus pensamentos. 
 Medicamentos tradicionais como 
haloperidol (Haldol, Haloperidol) e a 
clorpromazina (Amplictil) são úteis nesses 
transtornos, controlando os sintomas no paciente. 
 Efeitos colaterais: 
• ​Neurotoxicidade; 
• Discinesia tardia (DT); 
• Síndrome neuroléptica maligna (SNM); 
• Distonia tardia (movimentos involuntários/tiques); 
• Tremor tardio; 
• Convulsões; Sedação; 
• Hipotermia; 
• Acatisia (movimentos constantes de agitação/ extrema 
inquietação); 
• Blefarospas (movimentos involuntários das pálpebras); 
• Ganho de peso; 
• Hiperglicemia; 
• Ginecomastia; 
• Hipotensão postural; 
• Catatonia; 
• Efeitos hematológicos. 
• Estabilizadores do humor: 
 Compreendem as drogas utilizadas para a 
manutenção da estabilidade do humor, não sendo 
essencialmente antidepressivas nem sedativas. 
 A principal indicação para estabilizadores do 
humor são o transtorno bipolar e os episódios de 
mania (euforia) ou de hipomania. 
 O lítio (Carbolitium, Carbolim, Litiocar)a 
carbamazepina (Carbamazepina, Tegretard, 
Tegretol), o ácido valpróico (Depakene, Valpakine) 
e o divalproato de sódio (Depakote) são as 
substâncias mais utilizadas com essa finalidade. 
 Efeitos colaterais: 
• L​etargia; 
• Debilidade; 
• Náuseas; 
• Vômitos; 
• Confusão ou hostilidade; 
• Estupor; 
• Visão turva; 
• Cefaleia contínua; 
• Aumento da frequência de crises convulsivas; 
• Sonolência; 
• Debilidade; 
• Hiponatremia (baixa do sódio).

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