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Mordidas cruzadas anterior e posterior

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 oclusão normal: arco dentário superior com dimensões 
transversas maiores do que o arco inferior.  caixa tampa 
 anormalidade nesse padrão: MCA, MCP 
 mordida cruzada: relação de oclusão invertida dos dentes 
ou arcos dentários, podendo ser no sentido ântero-
posterior ou transversal (esquerdo e direito), com desvio 
de linha média 
 mordidas cruzadas transversais: geralmente o problema é 
mais maxilar do que mandibular. 
 não se auto-corrige  sempre deve ser feita uma 
intervenção para o seu tratamento independentemente de 
estar na dentição decídua, mista ou permanente. 
 
Classificação Geral (USP - Bauru) 
 Mordidas Cruzadas Anteriores: simples (um ou dois dentes) 
e complexas (difícil diagnóstico, sempre em RC) 
 Mordidas Cruzadas posteriores: dentárias, dento alveolares, 
esqueléticas, funcionais (muito ligado ao âmbito 
dentoalveolar) 
 Unilaterais, Bilaterais e Totais 
 
Etiologia 
 maioria dos casos por falta de espaço 
 irrupção ectópica e inversão de irrupção 
 crescimento alterado: crescimento maior maxila/mandíbula 
 atresia maxilar: aumenta a largura do corredor bucal e 
favorece apinhamento dentário isolado 
 agentes deletérios: respiração bucal, interposição lingual, 
postura inadequada, hábitos de sucção, trauma. 
 retenção prolongada decíduo 
 interferência cúspide 
 
Diagnóstico 
 numero de dentes envolvidos 
 localização da mordida cruzada: anterior, posterior ou 
cruzamento total 
 uni ou bilateral 
 dentária, dento alveolar ou esquelética 
 trajetória de fechamento da mandíbula 
 
 
 inversão na relação vestibulolingual normal entre os dentes 
posteriores, originária do estreitamento ou atresia do arco 
superior. 
 menos comumente, pode advir de um arco inferior com 
dimensões transversas aumentadas. 
 muito frequente nas fases de dentadura decídua, mista e 
permanente, e sua incidência corresponde a 
aproximadamente 18% de todas as crianças brasileiras com 
maloclusões  sugere que a MCP se desenvolve 
precocemente e não se autocorrige ao longo do 
crescimento. 
Causa 
 hábitos bucais deletérios  sucção não nutritiva e 
respiração bucal 
 ectopia do germe do dente permanente 
 falta de espaço nos arcos (discrepância entre o tamanho 
do dente e o tamanho do arco) 
 fissuras labiopalatinas. 
 
Diagnóstico 
 gravidade: um ou todos os dentes posteriores, de forma 
unilateral (MCPU) (funcional ou esquelética - verdadeira) ou 
bilateral (MCPBI). 
 simetria: bilateral (atresia simétrica do arco superior); 
unilateral (geralmente atresia simétrica do arco dentário 
superior; mas em MIH identifica apenas um lado). 
 
 O paciente com mordida cruzada posterior unilateral 
apresenta MIH distinta da relação cêntrica, pois o estreitamento 
do arco superior pode determinar contatos de topo bilaterais. 
Quando manipulado em relação cêntrica, revela-se uma relação 
de mordida de topo bilateral que denuncia um estreitamento 
simétrico do arco superior. Com essa oclusão instável, a criança 
desvia a mandíbula para um dos lados, no intento de aumentar o 
número de contatos oclusais e o conforto mastigatório. Por 
consequência, observa-se um desvio da linha média inferior para 
o lado da mordida cruzada posterior. Esse tipo de mordida 
cruzada é denominada mordida cruzada posterior unilateral 
funcional. 
 
 
Desvio funcional da mandíbula para a esquerda na máxima intercuspidação habitual 
 
A mordida cruzada unilateral verdadeira ocorre mais raramente, 
determinada por atresia assimétrica do arco dentário superior.  
nesses casos, a MIH coincide com a relação cêntrica, e as linhas 
médias superior e inferior são coincidentes. 
 
 origem: dentoalveolar (alteração na inclinação ou da posição 
vestibulolingual dos dentes posteriores, em que um ou mais 
dentes irrompem em uma posição cruzada; provavelmente 
unilateral.) ou esquelética (atresia óssea maxilar; 
provavelmente bilateral) 
 
Quanto mais triangular/atrésico for o formato do arco dentário 
superior e maior a gravidade, maior o envolvimento esquelético 
na origem da mordida cruzada. 
 
Livro do Proffit: A largura da base esquelética maxilar pode 
ser vista nos modelos pela largura da abóbada palatina. Se a base 
da abóbada palatina for larga, mas o processo dentoalveolar se 
curvar para dentro, a mordida cruzada é dentária. Se a abóbada 
 
Mordidas cruzadas anterior e posterior 
 
palatina for estreita e os dentes maxilares se curvarem para fora, 
mas sem que configurem uma mordida cruzada, o problema é 
esquelético, no sentido em que resulta basicamente da largura 
estreita da maxila. Do mesmo modo que ocorrem 
compensações dentárias para superar uma deformidade 
esquelética nos planos anteroposteriores e verticais do espaço, 
os dentes conseguem compensar os problemas esqueléticos 
transversais, se inclinando vestibularmente ou lingualmente caso a 
base esquelética seja estreita ou larga, respectivamente. 
 
Tratamento 
 assim que for diagnosticada, a partir dos 5 anos  antes 
dessa idade, a criança em geral não possui maturidade 
psicológica para receber o tratamento. 
 atuar na origem do problema  normalização da atresia 
do arco dentário superior. 
 geralmente trata pelo aumento das dimensões transversais 
do arco dentário superior mediante a expansão maxilar. 
 expansor removível só inclina o alvéolo  os disjuntos 
(fixos) tem mais importância para respiração 
 na dentadura decídua, mista e permanente 
 
 MCP dentoalveolar: normalizar a inclinação vestibulolingual 
dos dentes superiores. 
 inclina os dentes posteriores para vestibular. 
 produz efeitos predominantemente dentoalveolares. 
 
TIPOS DE APARELHOS 
 removíveis: placa removível com parafuso expansor (¼ de 
volta por semana); placa expansora removível (2/4 de volta 
por semana com o intuito de vestibularizar os dentes 
superiores.) 
 
 
 
 fixos: arcos palatinos, como o quadri-hélice, o bi-hélice e o 
arco em W  os fixos geralmente apresentam helicoides 
em sua confecção que são ativados com o auxílio de 
alicates ortodônticos e transferem as forças aos dentes; as 
ativações são feitas mensalmente e pela fixação, é sempre 
necessário remover o aparelho para ativar. 
 
 
A. Quadri-hélice. B. Bi-hélice com grade palatina. C. Aparelho de arco em W.. 
 
 corrigir a MCP por meio da expansão da base maxilar 
secundária à abertura da sutura palatina mediana. 
 nos casos de atresia esquelética da maxila 
 aparelhos devem ser fixos e com parafuso expansor. 
 chamados de disjuntores pois determinam a abertura da 
sutura palatina mediana; ativação baseada no giro do 
parafuso. 
 expansor tipo Haas (1/4, 2 ativações por dia), Hyrax e 
expansor colado com cobertura acrílica. 
 aparelho mantido em posição após descruzamento 
(parafuso fica estável) por 90-120 dias para contenção. 
 
 
A. Aparelho tipo Haas. B. Aparelho Hyrax. C. Expansor colado com cobertura acrílica. 
 
 
 inversão da relação horizontal normal entre os incisivos 
superiores e inferiores, com os incisivos superiores ocluindo 
atrás dos incisivos inferiores 
 trespasse horizontal negativo entre os incisivos. 
 4,55% das crianças na fase de dentadura mista. 
 
Deve-se fazer o diagnóstico diferencial entre a mordida cruzada 
anterior dentária e esquelética, pois essas irregularidades oclusais 
apresentam prognóstico e modo de tratamento distintos. 
 
Diagnóstico 
 MCA dentária: alteração na posição ou inclinação de um ou 
mais dentes, como o incisivo superior deslocado para 
palatino e/ou o incisivo inferior deslocado para vestibular. 
 não apresenta discrepância esquelética no sentido 
anteroposterior; agentes deletérios, retenção prolongada decíduo, 
interferência cúspide 
 
 
 
 MCA esquelética: discrepância esquelética entre a maxila e 
a mandíbula, envolvendo retrusão maxilar, protrusão 
mandibular ou a associação de ambas 
 
Na MCP dentária o padrão facial geralmente é de Classe I, com 
relação molar de Classe I. Na MCP esquelética o padrão facial é 
de Classe III comrelação molar de Classe III. 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
 esquelética: intervenção ortopédica para interceptação das 
discrepâncias esqueléticas; em pacientes a partir dos 5 
anos. 
 dentária: aparelhos ortodônticos. 
 
 Objetiva corrigir o posicionamento vestibulolingual dos 
incisivos superiores. 
 levantamento de mordida pode ser indicado para facilitar o 
descruzamento dentário. 
 
MOLAS DIGITAIS: 
 podem ser usadas na dentadura mista 
 em placa de acrílico ou fixados (soldadas no arco palatino) 
 aplicam uma força em sentido vestibular nos incisivos 
superiores, inclinando-os para vestibular. 
 ativação da mola deve ser realizada mensalmente até a 
correção da MCA 
 
 
 
APARELHO MOLA HELICOIDAL/DIGITAL: 
 alivio da sobremordida, grampo de retenção, movimento de 
inclinação 
 ativação: com o alicate 139, 1-2mm/mês, quantidade equivale 
à largura vestibulolingual do incisivo 
 remover somente após alimentação 
 
 antes de iniciar o descruzamento, o profissional deve verificar 
as condições de espaço para a realização do movimento 
vestibular. 
 
Mordida cruzada anterior simples 
 em apenas um ICS que está causando retração gengival e 
vestibularização do ICI. 
 tratamento: plano inclinado metálico no ICS  há um 
levante oclusal temporário, enquanto ele age em cima 
como plano inclinado, ele leva o incisivo inferior para 
posterior. 
 em 2 sessões entre 21 dias o problema estará resolvido. 
 entretanto em casos que não há espaço, deve-se fazer 
uma supervisão e uma das alternativas é desgastar o dente 
decíduo para posicionar corretamente o dente. 
 
Mordida Cruzada Anterior Total Complexa 
(MCT) 
 pode ser classe III (componente esquelético, geralmente 
ortognática) ou pseudo Classe III (manipulação da mandíbula 
ai, consegue reverter) 
 há uma atresia severa de maxila, sem nem espaço para os 
caninos. 
 é uma mordida cruzada total esquelética. 
 paciente também apresenta perdas dentárias. 
 prognóstico melhor 
 retrognatico maxilar 
 deslocamento anterior mandíbula 
 perfil côncavo: mandíbula para frente 
 perfil convexo (vertical): mandíbula para trás, baixo 
 sempre avaliar o paciente em RC; pois o côndilo ainda não 
calcificou, então pode-se fazer o paciente morder mais 
para trás (RC) que depois fica essa norma em MIH.  
depois de adulto não vai ter crescido o côndilo, assim não 
consegue mais reabilitar, só cirurgia. 
 
 disjunção 
 abre-se rapidamente a sutura palatina mediana, ganhando 
espaço em perímetro. 
 tracionamento os dentes também para frente para 
correção da mordida. 
 casos de deficiência de crescimento maxilar: máscara facial 
de Petiti  força ortopédica; sempre tracionar a maxila 
para frente. 
 
 
 
JANSON, Guilherme; GARIB, Daniela G.; PINZAN, Arnaldo; et al. 
Introdução à Ortodontia. Grupo A, 2013. Capítulo 6 
 
Proffit, William R. Ortodontia Contemporânea. Disponível em: 
Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo GEN, 2021.

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