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Imunologia 
Clínica
Diagnóstico laboratorial em 
imunologia: PCR e VHS
Prof. Ms. Flávia Soares Lassie
 Determinar a velocidade de 
hemossedimentação (VHS);
 Determinar a Proteína C-
reativa, através da aglutinação 
de partículas de látex;
 Conhecer os critérios de 
biossegurança para o descarte. 
Determinação da 
Proteína C-Reativa
por Aglutinação 
em Látex
Proteína C reativa (PCR)
 É uma das proteínas de fase aguda (PFA);
 PFA: são aquelas cuja [ ] sérica aumenta ou diminui pelo menos 25% durante os processos 
inflamatórios;
 Os testes baseados em dosagens de PFA: VHS e PCR;
 VHS: velocidade com que os eritrócitos se sedimentam no plasma: depende da [fibrinogênio];
 Influenciada pela forma, tamanho e nº de eritrócitos, além da presença das imunoglobulinas;
 Descoberta em 1930: reagia com o polissacarídeo- C dos pneumococos na fase aguda da infecção;
 Dosagem de PCR: medida direta de PFA – inflamação [ ] séricas 
alteram-se rapidamente;
 Variação mais ampla que o VHS;
 Casos de pós-operatórios tem maior 
sensibilidade do que: elevação do VHS, 
leucócitos, frequência cardíaca e febre;
 Utilizado para a pesquisa de inflamação sem 
distinguir com precisão a etiologia;
 Aumentam os níveis em casos: inflamação, 
infecção, inflamação sistêmica para AR, IAM, 
pancreatite necrotizante, politraumas, 
neoplasias, vasculite.
Proteína C reativa (PCR)
Não sofre interferência: anemia, 
hipergamaglobulinemia.
Monitoram a evolução das doenças 
infecciosas, autoimunes e outras.
Dinâmica da PCR
Secreção predominantemente hepática: 4 a 6 horas após o estímulo – Duplica a 
cada 8 horas e atinge o pico entre 36 e 50 horas.
½ vida plasmática: 19 horas
Leva alguns dias para atingir níveis 
basais: Dosagens seriadas ao longo 
de vários dias
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Indicações clínicas e limitações de uso da PCR
AGUIAR, J.B. et. al. Proteína C reativa: aplicações clínicas e 
propostas para utilização racional. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/ramb/v59n1/v59n1a16.pdf acesso 
fev. 2022
 Monitoramento de doenças reumatológicas;
 Não existe um único teste ideal para detectar inflamação: múltiplas 
dosagens de PCR e VHS.
Teste de aglutinação 
Reação de 
Aglutinação
Caracteriza-se pela formação de agregados visíveis como 
resultado da interação de anticorpos específicos e partículas 
insolúveis que contêm determinantes antigênicos em sua 
superfície.
Antígeno
Anticorpo 
(aglutinina)
Fonte: https://binged.it/3doJFlN acesso fev. 2022
AGLUTINAÇÃO INDIRETA  Antígeno solúvel associado a outras superfícies+ Anticorpo
específico
Partículas de látex ou superfície de hemácias
Fonte: http://bit.ly/3pvpPHQ
acesso fev. 2022
A- Teste de aglutinação 
positivo para anticorpos
B- Teste de aglutinação 
positivo para antígenos
PCR-Látex
 Finalidade: reagentes para a determinação 
qualitativa e semiquantitativa da PCR no soro;
 Princípio: aglutinação das partículas de látex 
sensibilizadas com anticorpos anti-PCR humana 
(antígeno) quando misturada com soro de 
pacientes contendo uma [PCR ] ≥ 6 mg/L;
 Amostra utilizada: soro (sem hemólise ou 
lipemia).
Método qualitativo
50 uL CN 50 uL CP 50 uL Amostra
50 uL Reagente do Látex PCR
Fonte: VEIGA, A.P.M. et. al. Utilização de 
técnica rápida de aglutinação em látex para 
determinação semiquantitativa dos níveis 
séricos de proteína C reativa em cães.
Disponível: Acta Scientiae Veterinariae acesso 
fev. 2022
Método semiquantitativo
maior diluição do 
soro que apresenta 
aglutinação visível. 
Portanto é a quantidade 
mínima de anticorpo 
necessário para formar os 
aglutinados
Fonte: https://binged.it/2N7buVe acesso fev. 2021
0,5 mL
0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL 0,5 mL Descarta 0,5 mL
1 mL
1 1/2 1/4 1/8 1/16 1/32 
Vf= 0,5 mL
por tubo
7 8
9 10
11 12
Método semiquantativo
50 uL CN 50 uL CP 50 uL de cada diluição da 
amostra PCR +
50 uL Reagente do Látex PCR
Fonte: VEIGA, A.P.M. et. al. Utilização de 
técnica rápida de aglutinação em látex para 
determinação semiquantitativa dos níveis 
séricos de proteína C reativa em cães.
Disponível: Acta Scientiae Veterinariae acesso 
fev. 2021
Método semiquantitativo
 Amostra não reagente: expressar o resultado 
como < 6 UI/mL;
 Amostra reagente: Expressar o resultado em 
UI/mL;
 UI/mL: sensibilidade do teste X título 
encontrado no método semiquantitativo –
Ex: Maior Título encontrado 1/16
UI/mL= 6 x 16= 96 mg/L
Valor de referência: 
PCR < 6 mg/L
Determinação de PCR
Velocidade de 
hemossedimentação 
(VHS)
Velocidade de hemossedimentação (VHS)
 Técnica de referência para determinação: Westergren;
 O exame consiste em colocar sangue humano em uma pipeta de 
Westergren fixada em um suporte próprio;
 Realiza a leitura passada 1 hora do início do teste para verificar a 
sedimentação eritrocitária.
Velocidade de hemossedimentação (VHS)
Sangue colhido com 
anticoagulante
Plasma se deposita 
na parte superior
Eritrócitos 
sedimentam
Eritrossedimentação VHS
 A amostra de sangue deve ser mantida na vertical e permaneça em repouso 
pelo menos durante 1 hora;
 Leitura: altura da coluna de plasma (mm/h).
Fonte: http://binged.it/2ZnASbz acesso fev. 2022
Fonte: http://binged.it/3qESDPu acesso fev. 2022
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VHS
VHS
Sua variação é, quase 
sempre, sinal de alteração 
orgânica ou de 
enfermidade
Amplamente empregado
Artrite 
reumatoide
Polimialgia
reumática
Linfomas
LES
Tuberculose
Processos inflamatórios, infecciosos e neoplásicos.
Eritrossedimentação- Mecanismo
Fonte: Atlas de hematologia 
UFG. Disponível em 
http://bit.ly/2NyVjQk acesso 
fev.2022
Hemácias em 
rouleaux
Acontece pela agregação de hemácias e consequente 
formação de rouleaux
A formação em rouleaux é limitada pela carga negativa dos 
eritrócitos, que se repelem e não se agregam
Essa força repulsiva eletrostática, chamada potencial 
zeta é produzido por uma intensa carga negativa em 
nível da superfície dos eritrócitos, em decorrência da 
sua riqueza em ácido siálicos, o que explica porque 
estas células se mantêm separadas.
VHS
 A velocidade com que as hemácias sedimentam no tubo 
depende do dos seguintes fatores:
1. Volume e forma dos eritrócitos e das proteínas do plasma;
2. Diferença de densidade entre os eritrócitos e o plasma;
3. Viscosidade do plasma influenciado por proteínas 
plasmáticas: fibrinogênio, β- globulina, α e γ- globulinas e 
albumina;
4. Temperatura.
VHS
 Fatores que reduzem a sedimentação: rigidez e alterações morfológicas 
celulares;
 Fatores que aumentam o VHS: hemodiluição, presença de proteínas 
plasmáticas assimétricas e de alto peso molecular reduz o potencial 
zeta e facilita a formação de rouleaux
VHS Potencial zeta
VHS Potencial zeta
Fibrinogênio> alfa 
globulina>gamaglobulina
Albumina > lecitina
VHS: valores e variação normal
 Fatores fisiológicos 
que podem 
aumentar VHS: 
menstruação, 
gravidez e 
envelhecimento
FAIXA ETÁRIA VALORES DE REFERÊNCIA (em 60 
min)
Criança DE 0 a 10 mm
Adulto até 50 anos HOMEM: DE 0 a 15 mm
MULHER: DE 0 a 20 mm
Adulto acima de 50 anos HOMEM: DE 0 a 20 mm
MULHER: DE 0 a 30 mm
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Indicações do VHS
 Processos infecciosos, inflamatórios ou 
neoplásicos;
 Inespecífico porém indispensável na 
investigação e acompanhamento de artrite ou 
de polimialgia reumática;
 Normalização do VHS: marcador de boa 
resposta ao tratamento de doenças subagudas 
e crônicas (tuberculose, endocardite, mieloma 
múltiplo, linfomas e doenças reumáticas, alguns 
tipos de neoplasias.
Fonte: autor
Aumento anormal do VHS
SANTOS, V.M. et. al. Velocidade de hemossedimentação. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/ramb/v46n3/3082.pdf acesso fev. 2021
 Reumatologia o VHS é útil: 
avaliação da presença de 
atividade e resposta 
terapêutica em pacientes com 
AR, LES, vasculites....
VHS
 Influenciada pelos níveis séricos de 
fibrinogênio, imunoglobulinas e de proteínas de 
fase aguda;
 Deve ser utilizado apenas como auxiliar no 
diagnóstico, tratamento e acompanhamento de 
diversascondições clínicas;
 Valores acima de 100 mm/h: indicam doença 
sistêmica grave – infecções crônicas, neoplasias, 
doenças autoimunes.
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