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Perfil protéico APRESENTAÇÃO Nesta Unidade de Aprendizagem vamos aprender as principais proteínas séricas e suas funções. Você verá a importância que as proteínas séricas têm na homeostasia no nosso organismo. Além disso, vamos conhecer um pouco mais sobre a albumina e as globulinas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Diferenciar os dois maiores grupos de proteínas sérias: albumina e globulinas.• Reconhecer as funções das proteínas séricas no organismo e os métodos de identificação.• Relacionar os valores de referência das principais proteínas e algumas doenças.• INFOGRÁFICO Na ilustração está representada a classificação das proteínas séricas: albuminas e globulinas. Além disso, está citado algumas características importantes dessas proteínas. CONTEÚDO DO LIVRO O organismo humano é constituído por uma série de proteínas com funções importantes no organismo, como transporte e armazenamento de moléculas. As proteínas séricas se dividem basicamente em albumina e globulinas, e podem ser dosadas em laboratório principalmente por métodos colorimétricos. Quando os valores se encontram aumentados ou reduzidos pode ser indicativo de alguma patologia. No capítulo Perfil Proteico, da Obra Bioquímica clínica e líquidos corporais, você vai aprender a diferenciar as proteínas séricas, a conhecer a função das principais delas, os métodos de identificação e os valores de referências, relacionando as alterações (aumento ou diminuição) com doenças. Boa leitura! BIOQUÍMICA CLÍNICA Adriana Dalpicolli Rodrigues Perfil proteico OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM > Diferenciar os dois maiores grupos de proteínas séricas: albumina e glo- bulinas. > Reconhecer as funções das proteínas séricas no organismo e os métodos de identificação. > Relacionar os valores de referência das principais proteínas com outras doenças. Introdução As proteínas são formadas por aminoácidos unidos por ligações peptídicas e apresentam diversas funções importantes para o organismo, como transporte e armazenamento de substâncias, atividade catalítica, estrutura, contração, moti- lidade, defesa contra patógenos, coagulação sanguínea, etc. Os maiores grupos de proteínas encontrados a nível sérico são a albumina e as globulinas, as quais compreendem o perfil proteico, geralmente dosado, na rotina laboratorial, por métodos colorimétricos. Os resultados encontrados devem ser avaliados de acordo com valores de referência (faixa de normalidade) previamente definidos para a população na qual o paciente está inserido. Quando se encontram inferiores ou superiores à normalidade, podem ser indicativos de alguma situação fisiológica ou de uma patologia. Neste capítulo, você vai aprender a diferenciar os maiores grupos de proteínas séricas, a albumina e as globulinas, além de conhecer a função, os métodos de identificação e os valores de referência das principais proteínas séricas, relacio- nando com doenças de maior ocorrência. Proteínas séricas: albumina e globulinas Proteínas são macromoléculas formadas por uma cadeia contínua de átomos de carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio unidos por ligações peptídicas entre aminoácidos, sendo que são necessários 100 ou mais aminoácidos essenciais para ser constituída uma proteína. Há muitas proteínas diferentes no organismo humano, e as proteínas séricas correspondem a cerca de 7% e podem ser classificadas em albumina e globulinas. A albumina é a proteína sérica mais abundante, representando entre 55 e 65% do total. Essa proteína é produzida quase exclusivamente pelo fígado (em torno de 100 a 200 mg/kg/dia). A produção vai depender da ingestão proteica a partir da alimentação e é regulada por retroalimentação da concentração de albumina disponível na circulação; ou seja, quando o conteúdo de albumina é suficiente, sua produção é inibida. Apresenta meia-vida média de três semanas em um adulto saudável. A concentração sérica de albumina está relacionada ao quanto é sintetizado, degradado e distribuído no organismo. Desse modo, de acordo com Motta (2009), McPherson e Pincus (2012) e Xavier, Dora e Barros (2016), a albumina é utilizada como marcador de distúrbios do metabolismo proteico, pois pode indicar desordem nutricional, problemas de diminuição na síntese proteica e de eliminação/perda aumentada. Por sua vez, as globulinas podem ser classificadas em frações alfa (α1 e α2), beta (β1 e β2) e gama (γ), de acordo com picos apresentados na técnica de eletroforese. Fazem parte da fração α1, principalmente, as seguintes proteínas: alfa-1-antitripsina (corresponde a cerca de 90% do pico normal), alfa-1-glicoproteína ácida e alfa-fetoproteína. A fração α2 é constituída por proteínas como: haptoglobina, alfa-2-macroglobulina e ceruloplasmina, sendo a alfa-2-macroglobulina e a haptoglobina as maiores frações desse grupo. Por sua vez, a maior parte da fração β1 é composta por: transferrina (possui o mais rápido padrão eletroforético das betaglobulinas), beta-lipoproteínas, componente fração C4 e hemopexina. Fazem parte da fração β2 as seguintes proteínas: fibrinogênio, complemento fração C3 e beta-2-microglobulina. Já a região γ é composta por proteína C reativa (PCR), imunoglobulinas que são os anticorpos humorais do sistema de defesa do organismo produzidos pelos plasmócitos (linfócitos B), quando estimulados por antígenos ou de- vido à desordem clonal maligna. As imunoglobulinas podem ser formadas por duas cadeias pesadas (G, A, M, D e E) e duas cadeias leves (kappa ou lambda). A imunoglobulina G (IgG) corresponde, aproximadamente, a 85% das imunoglobulinas totais. Perfil proteico2 Na Figura 1, são apresentadas as principais proteínas séricas e como se distribuem no organismo (SILVA; LOPES; FARIA, 2008; MOTTA, 2009; MCPHER- SON; PINCUS, 2012). Funções e métodos de identificação das proteínas séricas As proteínas séricas apresentam funções de grande importância para o fun- cionamento do organismo, como transporte de moléculas, manutenção da pressão oncótica e do pH, imunidade humoral (anticorpos), atividade catalítica (enzimas), cascata da coagulação e resposta inflamatória. As proteínas totais ou específicas podem ser dosadas laboratorialmente em diferentes amostras biológicas como líquido cefalorraquidiano (líquor), líquidos serosos, líquido sinovial, líquido amniótico, urina (de amostra aleatória, de 12 ou de 24h), etc. Para a determinação das proteínas séricas totais e específicas o paciente não precisa estar em jejum e é realizada uma coleta de sangue venoso. A amostra de escolha é o soro coletado em tubo sem aditivo e/ou com ativador Figura 1. Picos e distribuição gráfica das principais proteínas encontradas em eletroforese. Fonte: Silva, Lopes e Faria (2008, documento on-line). Perfil proteico 3 de coágulo (tampa vermelha ou amarela). Para as proteínas séricas totais, o soro deve estar livre de hemólise e de lipemia, podendo a amostra ser armazenada refrigerada por até uma semana para a realização da dosagem. Os interferentes que causam resultados falsamente elevados são bromossul- faleína, clofibrato, contrastes radiológicos, corticosteroides, corticotropina, dextrano, heparina, insulina, somatropina, tireotropina e tolbutamina. Já os interferentes que causam resultados falsamente reduzidos são anticoncepcio- nais, dextrano, íons amônio, glicose, pirazinamida e salicilatos (MOTTA, 2009; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL, 2014). Uma metodologia utilizada como referência de dosagem de compostos nitrogenados (proteínas totais e albumina) é o método de Kjeldahl, que utiliza o sulfato de sódio; porém, é um método complexo, que exige uma grande quantidade de proteínas, de forma que acabou caindo em desuso na rotina laboratorial. Há, ainda, métodos que avaliam a medida de índice de refração (refrac- tometria) dos sólidos totais em líquidos (soro, líquor e urina) antes e depois da remoçãodas proteínas, e o método de biureto, que pode ser realizado de forma manual ou em equipamentos semiautomatizados ou automatizados. Trata-se de um método preciso e exato, sendo, atualmente, o mais encontrado nos laboratórios. Biureto é o produto de decomposição da ureia pelo calor, formando um complexo colorido violeta com íons cúpricos e ligações peptídi- cas que pode ser dosado, e a intensidade da cor corresponde ao conteúdo de proteínas. Por fim, o método de Lowry é utilizado para determinar o conteúdo de proteínas em amostras que apresentam baixa concentração proteica. Esse método utiliza o reagente Folin, em condições alcalinas, formando um complexo de cor azul. Na urina, as proteínas totais podem ser dosadas principalmente por (MOTTA, 2009; MCPHERSON; PINCUS, 2012): � turbidimetria, uma técnica simples, rápida e com boa exatidão, que pode ser realizada com os reagentes ácido tricloroacético, ácido sul- fossalicílico ou cloreto de benzetônio (mais utilizado); � corantes, que se baseia no desvio da absorbância máxima do corante azul brilhante de Comassie, ligado aos resíduos NH3 das proteínas, e no molibdato vermelho de pirogalol, que reage com grupos amino básicos para formar um complexo azul. Perfil proteico4 Albumina As principais funções da albumina são as seguintes (MOTTA, 2009; MCPHERSON; PINCUS, 2012; XAVIER; DORA; BARROS, 2016). � Regulação da pressão osmótica (oncótica): a albumina contribui com cerca de 75–80% da regulação da distribuição equilibrada de água entre os espaços celulares (intra e extracelulares). � Transporte e armazenamento: como a albumina é uma proteína alta- mente polar, ela consegue se ligar a muitas substâncias não solúveis em água para realizar seu armazenamento e/ou transporte pelo organismo. Exemplos dessas substâncias incluem ácidos graxos de cadeia longa e esteroides (transportam bilirrubina, indireta ou não conjugada, do sistema reticuloendotelial para o fígado, fazendo a bilirrubina se tornar hidrossolúvel e não tóxica) e medicamentos (salicilatos, barbitúricos, dicumarol, clobibrato, sulfonamidas, penicilina e warfarina). Para a realização da dosagem de albumina sérica, o paciente não precisa estar em jejum; é realizada uma coleta de sangue venoso, evitando a estase prolongada para prevenir hemoconcentração. Pacientes hospitalizados, por estarem deitados, apresentam, geralmente, uma concentração sérica menor (em torno de 0,3 g/dL) que pacientes ambulatoriais (coleta sentado); logo, a postura do paciente deve ser levada em consideração. A amostra de soro para esse analito apresenta estabilidade de uma semana, em temperatura ambiente, ou de um mês, se refrigerada (MOTTA, 2009; MCPHERSON; PINCUS, 2012; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL, 2014). A dosagem de albumina é realizada por métodos colorimétricos. Os méto- dos primários de determinação da albumina consistiam na separação dessa proteína das globulinas por fracionamento salino. Como comentamos ante- riormente, o método de Kjeldahl também foi, por muito tempo, empregado. O método de verde de bromocresol (ou ainda azul de bromofenol ou púrpura de bromocresol) é um dos mais utilizados na prática clínica. É baseado na capacidade da albumina em se ligar seletivamente a vários ânions orgânicos, entre eles o corante de verde de bromocresol (a quantidade de albumina fixada ao corante é proporcional a concentração de albumina na amostra em absor- bância de 600-640 nm). A albumina pode ser determinada por eletroforese quando há solicitação de determinação também das globulinas específicas. De acordo com Motta (2009) e McPherson e Pincus (2012), outras metodologias que podem ser citadas são: eletroimunoensaio, imunoquímico, turbidimetria, Perfil proteico 5 radioimunoensaio e enzimaimunoensaio, escolhidas de acordo com número de exames realizados em relação a custo/benefício para o laboratório. A albuminúria (presença de albumina na urina) é indicativo de aumento na permeabilidade glomerular, sendo observada uma concentração superior a 300 mg/dia (é normal a excreção inferior a 30 mg/dia de albumina na urina), muitas vezes detectadas em rotinas por tiras reagentes utilizadas para a realização do exame qualitativo de urina. Segundo Motta (2009) e McPherson e Pincus (2012), quando a albumina é liberada em pequenas quantidades, entre 30 e 300 mg/dL, usa-se o termo microalbuminúria. A metodologia mais utilizada é a turbidimetria. Quando o profissional da saúde solicita proteínas séricas totais e frações, são dosadas, no laboratório, proteínas totais e albumina (que corresponde à maior parcela das proteínas totais). As globulinas são calculadas pela fórmula: proteínas totais = albumina + globulinas (ou seja, globulinas = proteínas totais – albumina). Também pode ser liberada, no laudo, a relação albumina/globulinas. Já quando a solicitação é de perfil proteico, proteinograma ou eletroforese de proteínas, o resultado normalmente será apresentado em cinco bandas do perfil eletroforético: proteínas totais, albumina, alfa1, alfa2, beta e gama. Alguns laboratórios também liberam resultado de proteínas monoclonais. Na imunoeletroforese de proteínas, podem ser realizados os métodos de separação eletroforética, imunofixação e imunoturbidimetria; os resultados são ainda mais específicos, sendo liberados geralmente os seguintes parâme- tros: pré-albumina, albumina, alfa-1-antitripsina, alfa-1-glicoproteína ácida, alfa-2-haptoglobulina, alfa-2-ceruloplasmina, alfa-2-macroglobulina, beta transferrina, beta hemopexina, beta C3 complemento, IgG, IgM, IgA, Kappa e Lambda. A amostra utilizada para essas análises é soro, embora as dosagens também possam ser realizadas em amostras de urina (MCPHERSON; PINCUS, 2012; XAVIER; DORA; BARROS, 2016). O método de eletroforese consiste na separação de substâncias de acordo com sua carga elétrica em um campo elétrico. Quando se aplica uma corrente elétrica à uma solução iônica contendo as substâncias de análise, há a geração de um fluxo de íons: cátions (+) migram para o polo negativo (cátodo) e ânions (-) migram para o polo positivo (ânodo). Assim, há a possibilidade de separação das substâncias, conforme a carga e o tamanho, em bandas que podem ser coradas e quantificadas. Segundo Xavier, Dora e Barros (2016), a imunoeletroforese, em geral, consiste na quantificação de precipitados produzidos pela reação de anticorpos com antígenos solúveis, gerando imunocomplexo insolúvel. Perfil proteico6 Globulinas Com relação à função das globulinas, são bastante diversificadas e impor- tantes no organismo. Cada uma delas pode ser dosada separadamente, além dos métodos de eletroforese. A seguir, serão apresentadas as funções mais importantes das principais globulinas e os métodos específicos para sua determinação (MOTTA, 2009). � Alfa-1-antitripsina: atua como inibidor de proteases provenientes dos neutrófilos como: tripsina, elastase, proteinase 3 e catepsina G. Essa proteína contribui com cerca de 95% das atividades antiprotease nos alvéolos do pulmão. Pode ser dosada por turbidimetria em amostras de soro. � Alfa-1-glicoproteína ácida: é responsável por inativar o hormônio pro- gesterona e, ligar e afetar a farmacocinética de alguns fármacos. Pode ser dosada por turbidimetria em amostras de soro. � Alfa-1-fetoproteína: proteína importante no desenvolvimento fetal. Pode ser dosada por quimiluminescência em amostras de soro. � Alfa-2-haptoglobulina: destinada ao transporte da hemoglobina livre no plasma para o sistema retículo endotelial, onde ocorre a degradação da hemoglobina. Pode ser dosada por turbidimetria em amostras de soro. � Alfa-2-macroglobulina: atua como inibidora de protease (tripsina, quimiotripsina, trombina, elastase, calicreína e plasmina). Pode ser dosada por nefelometria em amostras de soro. � Alfa-2-ceruloplasmina: responsável pelo transporte sérico de cobre (em torno de 90%). Pode ser dosada por nefelometria em amostras de soro.� Beta-1-transferrina: principal responsável pelo transporte sérico de ferro. Pode ser dosada por turbidimetria em amostras de soro. � Beta-1-lipoproteínas: transportadora de lipídeos. Pode ser dosada por nefelometria em amostras de soro. � Complemento fração C4: participa da via clássica de ativação do sistema complemento (defesa do organismo) e atua na resposta imunológica humoral. Pode ser dosado por turbidimetria em amostras de soro. � Beta-1-hemopexina: atua no transporte do grupo heme livre após a degradação da hemoglobina. Essa fração raramente é determinada em laboratório. Perfil proteico 7 � Fibrinogênio (beta 2): atua como substrato para a trombina no processo de coagulação sanguínea. Pode ser determinado por método coagu- lométrico manual ou automatizado em amostra de plasma citratado. � Complemento fração C3: é componente do sistema complemento total para as defesas do organismo e atua na resposta imunológica humoral. Pode ser dosado por turbidimetria em amostras de soro. � Beta-2-microglobulina: é uma proteína de membrana e ainda não se conhece sua função específica. Pode ser dosada por quimiolumines- cência em amostras de soro. � PCR (fração gama): apresenta envolvimento com o sistema autoimune, atuando na ativação do complemento, na fagocitose e na liberação das linfocinas. Pode ser dosada por métodos quantitativos como turbidime- tria e nefelometria, ou mais frequentemente pelo método qualitativo, pela técnica de aglutinação em látex. � Imunoglobulinas (Ig): são sintetizadas pelo sistema imune em resposta a um imunógeno (partícula estranha ao organismo ou microrganismo). Apresentam a capacidade de reconhecer, reagir ou neutralizar um invasor. As IgG são anticorpos de memória que, na maioria dos casos, impedem a ocorrência de uma reinfecção. As IgM e IgA em geral são produzidas e atuam na fase aguda de uma infecção. IgE apresenta atuação especialmente em casos de alergias e infecções parasitárias. Um dos métodos mais utilizados para dosagem de cada imunoglobulina é a turbidimetria. Valores de referência das principais proteínas e associação de alterações com doenças Os valores de referência normalmente utilizados para o perfil proteico variam de acordo com a metodologia escolhida e o equipamento utilizado, e costumam considerar os valores da literatura (raramente os laboratórios determinam valores próprios com base na população investigada). No Quadro 1, são apresentados os valores de referência descritos na literatura e a associação de alterações com doenças. Perfil proteico8 Quadro 1. Valores de referência e principais alterações observadas no perfil proteico Proteína Valor de referência Alterações clínicas/doenças Al bu m in a < 5 dias: 2,6 a 3,6 g/dL 1 a 3 anos: 3,4 a 4,2 g/dL 4 a 6 anos: 3,5 a 5,2 g/dL 7 a 9 anos: 3,7 a 5,6 g/dL 10 a 19 anos: 3,7 a 5,6 g/dL > 19 anos: 3,5 a 5,0 g/dL Valores diminuídos (hipoalbuminemia): podem ser encontrados em situações em que possam ter ocorrido problemas com a síntese hepática de albumina (logo, a albumina é usada como marcador de função hepática) ou ingestão inadequada e redução na absorção, como em casos de doenças hepáticas agudas ou crônicas (cirrose), desnutrição, síndromes de má absorção, gravidez, neoplasias, infecções, trauma, doenças crônicas, ascite, queimaduras, hemorragias, doenças renais com proteinúria (síndrome nefrótica) e enteropatia perdedora de proteína. Quando os valores encontrados são inferiores a 2 g/dL, pode ser observado edema por diminuição da pressão oncótica. Valores aumentados: raramente é encontrada hiperalbuminemia; quando ocorre, é por desidratação ou infusão de albumina. Al fa -1 -a nt it ri ps in a Até 1 mês: 124 a 348 mg/dL De 2 a 6 meses: 111 a 297 mg/dL De 7 meses a 2 anos: 95 a 251 mg/dL De 3 a 19 anos: 110 a 279 mg/dL Adultos: 78 a 220 mg/dL Valores diminuídos: são observados em casos de deficiência congênita dessa proteína e em perdas severas de proteína. Valores aumentados: inflamação aguda (não específica), doença pulmonar crônica, doenças do fígado, diabetes melito, doenças reumáticas, doenças gástricas, doenças renais, pancreatite, carcinoma, edema angioneurótico, cirrose, hepatoma, gravidez, terapia com estrogênio e esteroides. (Continua) Perfil proteico 9 Proteína Valor de referência Alterações clínicas/doenças Al fa -1 -g lic op ro te ín a ác id a 50-150 mg/dL Valores diminuídos: má nutrição, enfermidade hepática severa, síndrome nefrótica, anticoncepcionais orais e gastroenterites. Valores aumentados: por ser uma importante proteína de fase aguda, encontra-se aumentada em processos inflamatórios, como em casos de artrite reumatoide, lúpus eritromatoso sistêmico, neoplasma maligno, queimaduras e infarto agudo do miocárdio. Al fa -1 -f et op ro te ín a Líquido amniótico (20ª semana): 5 a 25 mg/dL Soro materno (20ª semana): 20 a 100 µg/L Recém-nascidos: 5 mg/dL No líquido amniótico ou soro materno, é dosada para a avaliação de defeito no tubo neural (anencefalia, espinha bífida) do feto ou de risco para o diagnóstico da síndrome de Down; os valores, normalmente, apresentam-se superiores ao período gestacional nesses casos. Essa proteína está presente em 15 a 75% das hepatopatias benignas (cirrose, hepatite alcoólica, hepatite crônica ativa), das doenças inflamatórias intestinais e dos casos de colite ulcerativa. É considerada um marcador tumoral para carcinoma hepatocelular e de células germinativas. Al fa -2 -h ap to gl ob ul in a Neonatos: níveis baixos Crianças e adultos jovens: 22 a 164 mg/dL Adultos: 30 a 220 mg/dL Valores diminuídos: em casos de hemólise, em uso de fármacos que causam anemia hemolítica, e de hemólise extravascular, doenças hepáticas severas, estrogênios, anemia megaloblástica, hematomas, gravidez, mononucleose infecciosa, reações de transfusão e malária. Valores aumentados: inflamações agudas, infecções, anemia aplásica, diabetes, tabagismo, síndrome nefrótica, queimaduras, estresse, necrose, terapia com corticoides, androgênios, doença do colágeno e neoplasias. (Continuação) (Continua) Perfil proteico10 Proteína Valor de referência Alterações clínicas/doenças Al fa -2 -m ac ro gl ob ul in a Homens: 150 a 350 mg/dL Mulheres: 175 a 420 mg/dL Valores diminuídos: artrite reumatoide, pancreatite aguda grave, úlcera péptica, mieloma múltiplo e pacientes submetidos a tratamento com estreptoquinase. Valores aumentados: em terapia com estrogênio, algumas doenças hepáticas, diabetes melito, hemólise, infância, inflamações principalmente de fase aguda, neoplasias e gravidez. É um importante marcador de síndrome nefrótica, que pode aumentar o valor 10 vezes ou mais em relação ao valor de normalidade. Ce ru lo pl as m in a 1 a 2 meses: 5 a 18 mg/dL 6 a 12 meses: 33 a 43 mg/dL 13 a 36 meses: 26 a 55 mg/dL 4 a 5 anos: 27 a 55 mg/dL 6 a 7 anos: 24 a 54 mg/dL Acima de 7 anos: 20 a 54 mg/dL Adultos: 18 a 45 mg/dL Valores diminuídos: má nutrição, má absorção, doença de Wilson, perda de proteínas, síndrome nefrótica e enfermidade hepática severa (cirrose biliar primária). Valores aumentados: artrite, doença de Hodgkin, estados neoplásicos e inflamatórios, gravidez, estrogênios, antiepilépticos e contraceptivos orais. Tr an sf er ri na Neonatais: 130-275 mg/dL Adultos: 220-400 mg/dL Valores diminuídos: inflamação, doença maligna, doença hepática, má nutrição, síndrome nefrótica, neoplasias, hemólise, enteropatias. Valores aumentados: anemia ferropriva, gravidez, estrogênio. Fi br in og ên io 200 a 450 mg/dL Valores diminuídos: coagulação intravascular aguda ou descompensada, doença hepática avançada, terapia com agentes fibrinolíticos. Valores aumentados: doença inflamatória, síndrome nefrótica, doença hepática, gravidez, estrogênio, terapia e coagulação vascular compensada. (Continua) (Continuação) Perfil proteico 11 Proteína Valor dereferência Alterações clínicas/doenças Be ta -2 - m ic ro gl ob ul in a 0,10 a 0,26 mg/dL Níveis elevados são encontrados em casos de insuficiência renal, inflamação e neoplasia. PC R 80-800 µg/dL Marcador inespecífico de resposta de fase aguda quando há estímulo de lesão tecidual, infecção e necrose celular (infarto ou malignidade). Im un og lo bu lin as 0,59 a 2,35 g/dL Hipogamaglobulinemia: encontrada em situações de imunodeficiência ou em recém-nascidos. Hipergamaglobulinemia: (1) Gamopatias policlonais, uma infecção crônica como brucelose, tuberculose, malária, hanseníase, cirrose, hepatite; e processo autoimune como artrite e lúpus. (2) Gamopatias monoclonais: mieloma múltiplo, macroglobulinemia, tumores linfoides. Fonte: Adaptado de Xavier, Dora e Barros (2016) e Motta (2009). Um indicador adicional do estado nutricional, além da albumina e da transferrina, é a pré-albumina (ou seja, encontra-se reduzida em desnutrição). Valores aumentados podem ser observados na doença de Hodgkin. Essa proteína migra à frente da albumina na eletroforese, mas não é possível visualizá-la em amostras de soro, apenas de líquor e urina. Para ser detec- tada em soro, deve ser aplicada a técnica de nefelometria (MOTTA, 2009; MCPHERSON; PINCUS, 2012). Para saber mais sobre a eletroforese de proteínas, digite “Eletrofo- rese de proteínas séricas: interpretação e correlação clínica” em seu motor de busca preferido para ter acesso a artigo de mesmo nome, publicado na Revista Médica de Minas Gerais. Observe, principalmente, os gráficos e as patologias associadas às alterações. (Continuação) Perfil proteico12 A eletroforese ainda pode apresentar valores de referência por bandas como: alfa-1, normal de 0,10 a 0,40 g/dL; alfa-2, normal de 0,50 a 1,00 g/ dL; beta-1, normal de 0,32 a 0,66 g/dL; beta-2, normal de 0,27 a 0,55 g/dL; e gama, normal de 0,59 a 2,35 g/dL. Quando se observa alteração em uma banda específica, deve-se relacionar com a clínica do paciente ou investigar proteínas específicas daquela banda. No caso clínico a seguir, pode ser observado um quadro bem comum, em que a determinação de proteínas auxilia no diagnóstico. Caso clínico 1: Paciente feminina, 43 anos, diabética, foi hospitalizada para in- vestigar edemas nas pernas e nos pés. Ao exame clínico, ela se apresentou normotensa, mas seu rosto estava pálido e inchado. Relatou estar seguidamente com algum tipo de infecção ou inflamação, inclusive, há poucos dias, havia tido um episódio agudo de glomerulonefrite. Os exames laboratoriais mostraram: albumina sérica de 2,1 mg/dL, albuminúria de 320 mg/dL e eletroforese de proteínas com pico acentuado na banda alfa. Foi solicitado exame adicional de alfa-2-macroglobulina, que apresentou resultado de 530 mg/dL (valor de referência: 175 a 420 mg/dL). Concluiu-se, então, que a paciente estava com dano renal importante, havendo perda de albumina na urina, mostrado pelo valor aumentado de al- buminúria e diminuído de albumina sérica (a qual também justifica o edema). O dano foi confirmado pelo valor aumentado de alfa-2-macroglobulina, que, por ser uma molécula relativamente grande, é dificilmente eliminada na urina, sendo, assim, usada como marcador de síndrome nefrótica. Microrganismos (vírus, bactérias, parasitas), traumas e destruições celula- res neoplásicas, etc., são considerados estímulos inflamatórios responsáveis pelo surgimento local ou sistêmico de uma resposta de fase aguda (resposta imediata), que consiste em uma reação inflamatória inespecífica do sistema imune inato, cuja função é a defesa do organismo contra invasores ou da- nos. No processo inflamatório, os leucócitos (células de defesa) promovem a liberação de proteínas proteolíticas nos tecidos, as quais precisam ser neutralizadas por inibidores enzimáticos para limitar a destruição tecidual. Proteínas como a PCR e a haptoglobina (conhecidas como “sequestradoras de detritos”) coletam e transportam os resíduos para as células fagocíticas. Para que ocorra a cicatrização do tecido lesado, é necessária a participação do fibrinogênio. Desse modo, a função da resposta de fase aguda é enfrentar agressões extensas assim que elas ocorrem, para evitar maiores danos. Perfil proteico 13 Algumas proteínas de fase aguda se elevam (em torno de 25%) provavel- mente em resposta a diversos reativos, como fatores tumorais necrosantes, interleucinas, seletinas, etc. O paciente apresenta os seguintes sintomas e alterações gerais no organismo: febre, calor, inchaço, vermelhidão local, alteração no número de células sanguíneas de defesa (granulocitose), alte- rações hormonais e desequilíbrio eletrolítico. As proteínas de fase aguda que se elevam (consideradas positivas) em pouco tempo (questão de horas) após a ocorrência do estímulo, são PCR (pode apresentar aumento de até 1.000 vezes o valor de referência), alfa-1-antitripsina, alfa-1-glicoproteína ácida (eleva-se rapidamente, muitas vezes antes de aparecerem os sinto- mas), alfa-2-glicoproteína, alfa-2-macroglobulina, haptoglobina, fatores do complemento e fibrinogênio. Também há as proteínas de fase aguda negativas (não se elevam): pré- -albumina, albumina e transferrina, as quais podem apresentar concentração diminuída em uma resposta inflamatória imediata. O exame de velocidade de sedimentação glomerular (VSG) é muito utilizado para avaliação desse processo, pois processos inflamatórios podem provocar alteração (elevação) no resultado. Isso ocorre porque a sedimentação dos eritrócitos é favorecida pela presença de proteínas como o fibrinogênio, que acaba neutralizando as cargas negativas nas superfícies dos eritrócitos, provocando sua agre- gação (empilhamento). De acordo com Motta (2009), eritrócitos agregados sedimentam mais rapidamente que os individuais. Dosagem de citocinas também pode ser útil no diagnóstico. Entre as patologias relacionadas às imunoglobulinas, duas merecem des- taque: o mieloma múltiplo e doença de Franklin. O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação clonal de plasmócitos malignos na medula óssea, provocando a ocorrência de proteína monoclonal sérica e/ou urinária (gamopatia monoclonal) e disfunção de órgãos-alvo. Geralmente, há uma grande produção de IgA ou IgG (principalmente), sendo a quantidade proporcional ao tamanho do tumor. Dímeros de cadeia leve são encontrados com frequência na urina, sendo denominados proteínas de Bence Jones (uma das técnicas utilizadas para a detecção dessas proteínas na urina é a imunoeletroforese). Já a doença de Franklin é uma patologia rara da cadeia pesada gama, em que essa porção das imunoglobulinas é excretada na urina (MCPHERSON; PINCUS, 2012). Essa doença se manifesta como linfoma linfoplasmocitário agressivo, caracterizando-se por adenopatias, febre, anemia, mal-estar, hepatoesplenomegália e fraqueza, e muitas vezes está associada a outra Perfil proteico14 doença inflamatória e/ou autoimune. Geralmente, o paciente apresenta deterioração progressiva e curta sobrevida (tempo médio de 12 meses). A seguir, são apresentados dois casos clínicos associados a essas patologias. Caso clínico 2: Paciente masculino, 60 anos, consultou na unidade básica de saúde de seu bairro devido a dor óssea, fadiga e perda de peso significativa nos últimos meses. Os exames laboratoriais iniciais mostraram anemia com presença de roleaux (empilhamento de hemácias), diminuição no número de leucócitos e plaquetas, em VSG muito alto. Após esses resultados, foi solicitada eletroforese de proteínas séricas e urinárias, por meio da qual se constatou elevação na banda gama, ou seja, conteúdo significativo de paraproteínas em ambas as amostras, com positividade para proteínas de Bence Jones na urina. Concluiu-se, então, que o paciente era um caso típico de mieloma múltiplo. Caso clínico 3: Paciente masculino, 62 anos, com sinais clínicos de astenia, fadiga, febre, ane- mia, hepatoesplenomegalia e linfadenomegaliafoi internado em um hospital universitário. O paciente apresentava diagnóstico prévio de artrite reumatoide. Na eletroforese de proteínas séricas, foi identificada a presença de banda larga, aparentemente policlonal, na região de gama (15 mg/dL), indicando presença de cadeia pesada. Após essa avaliação, foi realizada imunofixação (método que combina eletroforese e imunoprecipitação, sendo mais rápida e sensível que a eletroforese convencional para tipificação de imunoglobulinas), que confirmou a natureza monoclonal da condição. O paciente evoluiu para óbito após 10 meses de internação. Referências MCPHERSON, R. A.; PINCUS, R. M. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais de Henry. 21. ed. São Paulo: Manole, 2012. MOTTA, V. T. Bioquímica clínica para o laboratório. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2009. SILVA, R. O. de P.; LOPES, A. de F.; FARIA, R. M. D. de. Eletroforese de proteínas séricas: interpretação e correlação clínica. Revista Médica de Minas Gerais, v. 18, nº. 2, p. 116–122, 2008. Disponível em: http://rmmg.org/exportar-pdf/520/v18n2a08.pdf. Acesso em: 7 set. 2020. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA/MEDICINA LABORATORIAL. Recomenda- ções da Sociedade Brasileira de Patologia e Medicina Laboratorial (SBPC/ML): coleta e preparo da amostra biológica. São Paulo: Manole, 2014. (E-book). XAVIER, R. M.; DORA, J. M.; BARROS, E. (org.). Laboratório na Prática Clínica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. (Série Consulta Rápida) Perfil proteico 15 Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. Perfil proteico16 DICA DO PROFESSOR O vídeo que você irá assistir cita os principais grupos de proteínas séricas e suas funções. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Em relação a metodologia de determinação das proteínas totais, quais dos seguintes métodos não são utilizados para essa finalidade? A) a) Método de Lowry. B) b) Método de Biureto. C) c) Metodologia de Kjeldahl. D) d) Métodos turbidimétricos e nefelométricos. E) e) Reação de Benedict. 2) A relação albumina-globulina pode ser calculada e informada no laudo. Assinale a alternativa que aponta os testes necessários e a fórmula para determinar o nível de globulina. A) a) Proteína total + albumina. B) b) Globulinas + albumina. C) c) Proteína total - albumina. D) d) Albumina x proteína total. E) e) Proteína total/globulina. 3) As gamas-globulinas podem ser separadas e identificadas através do perfil eletroforético. Assinale a alternativa que demonstra os cinco tipos dessa classe de proteínas. A) a) Alfa-1, alfa-2, IgA, macroglobulina e haptoglobina. B) b) Ceruloplasmina, alfa-1 antitripsina, transferrina e macroglobulina. C) c) Beta-lipoproteína (LDL), alfa-1 lipoproteína (HDL), alfa-2, alfa-3 e haptoglobina. D) d) Transferrina, albumina, IgA, IgE e IgG. E) e) IgA, IgM, IgG, IgD e IgE. 4) Assinale a alternativa que demonstra a proteína mais sensível à ingestão de nutrição adequada. A) a) Albumina. B) b) Pré-albumina. C) c) Alfa-1 antitripsina. D) d) Ceruplasmina. E) e) Alfa-2 haptoglobina. 5) A alfa-1 antitripsina é uma proteína de fase aguda que está aumentada em estados inflamatórios. Assinale a alternativa correta sobre a função dessa proteína. A) a) Transporte de hormônios. B) b) Combater infecções. C) c) Papel antioxidante. D) d) Atividade de inibir proteases. E) e) Transporte de ácidos graxos. NA PRÁTICA Acompanhe um exemplo de uma proteína sérica que pode ser útil no diagnóstico e prognóstico de muitas doenças que afetam os humanos. A PCR está presente no soro da fase aguda e tem como função fisiológica reconhecer substâncias estranhas removendo ou destoxificando. Além disso, a proteína eleva-se após o infarto agudo do miocárdio, trauma, infecções e processos inflamatórios e pode estar alterada em diversas patologias, não podendo ser interpretada de forma isolada. A PCR vem surgindo como importante parâmetro para indivíduos com baixo ou moderado risco cardiovascular. Por outro lado, a sensibilidade da PCR como marcador inflamatório é baixa e não deve ser a única ferramenta diagnóstica para doenças infecciosas. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: NELSON DAVID L, COX MICHAEL M. Princípios de Bioquímica de LEHNINGER. 6. ed. Porto Alegre: Grupo A, 2014. Eletroforese - Princípios Fundamentais Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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