Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Amostras biológicas - Urina fezes e sangue (total, soro e plasma) - Líquidos corporais (pleural, amniótico, etc.) - Tecidos (biópsia, raspagens, etc.) - Secreções corporais (escarro, esperma, etc.) Dependendo do exame escolhido para a análise, a amostra a ser coletada pode ser o sangue total, o plasma ou o soro - O sangue total é a amostra de sangue contendo as células sanguíneas (hemácias, leucócitos e plaquetas) e o plasma. - O plasma é a porção líquida do sangue em que são encontrados: água, sais, hormônios, nutrientes e proteínas, como albumina, globulinas e fibrinogênio. - O soro é a porção líquida resultante da coagulação do sangue ou do plasma e que não apresenta fibrinogênio. É no soro que os anticorpos são encontrados. Portanto, a partir do sangue podemos obter o sangue total, o plasma e o soro como amostras biológicas. A escolha de cada tipo de amostra vai depender do exame que se pretende realizar. Lipemia: presença de lipídios ou gordura em grande quantidade no sangue. Pode ser transitória, quando há ingestão de alimentos gordurosos, ou permanente como em pessoas infectadas pelo HIV que fazem tratamento com antirretrovirais. Hemólise: é a modificação ou desintegração das hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue, de modo que a hemoglobina dessas células é liberada. Hiperbilirrubinemia: ocorre quando há uma concentração elevada de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é um pigmento amarelo proveniente da transformação da hemoglobina após destruição de hemácias. Diluições em série com razão 2 a. Organizar uma série de tubos contendo, cada um, 1 ml de diluente. b. Adicionar 1 ml do material ao tubo 1 da série. c. Transferir 1 ml do tubo 1 para o tubo 2 d. Transferir 1 ml do tubo 2 para o tubo 3 e. Continuar com o procedimento até o último tubo da série No fim serão obtidas as seguintes diluições: 1:2; 1:4; 1:8; 1:16; 1:32; 1:64. Além da especificidade antígeno-anticorpo, há outros fatores que contribuem para a eficiência dos imunodiagnósticos. A seguir, conheça os principais deles. - Antigenicidade: quanto maior a capacidade de o antígeno desencadear respostas imunológicas, maior a intensidade do envolvimento dos componentes do sistema imune. - Avivez: a interação entre antígenos e anticorpos multivalentes (aqueles que apresentam vários sítios de ligação) tem mais estabilidade do que entre anticorpos ou antígenos monovalentes (um só sítio de ligação) já que é considerada a força total resultante da ligação de todos os sítios. - Relação entre antígeno e anticorpo: esse fator interfere na sensibilidade do exame porque a formação de complexos antígeno-anticorpo depende de concentração de cada um deles. - Estrutura do antígeno: o antígeno pode estar na forma solúvel ou particulada, e essas variações determinam a Proteína C Reativa e VHS detecção do antígeno. Se o antígeno estiver na forma solúvel, sua detecção é feita com base na formação de complexos antígeno-anticorpo insolúveis, mas, se o antígeno estiver na forma particulada, pode ser detectado por aglutinação após se ligar com o anticorpo. - Afinidade: a afinidade entre o antígeno e anticorpo é a soma das forças das ligações químicas que os unem em um sítio de ligação, tornando a interação entre eles mais estáveis e sua detecção em exames mais fácil. - As técnicas laboratoriais imunológicas se baseiam nos princípios e nos mecanismos da Imunologia, o que torna possível a detecção de antígenos, anticorpos e células do sistema imune, como os linfócitos. Dessa forma, essas técnicas possibilitam diagnosticar infecções por agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos, protozoários ou outros parasitas), doenças autoimunes, neoplasias, alergias, entre outras enfermidades. - Por meio dessas reações, é possível verificar também a presença de outros elementos, que venham a ser reconhecidos como antígenos, como é o caso de hormônios, medicamentos, ácidos nucleicos e outras moléculas. Mais especificamente, os imunodiagnósticos permitem a detecção, a mensuração e a identificação de anticorpos, células ou moléculas do sistema imune. Testes sorológicos ✓Definição da suspeita clínica – Diagnóstico ✓Diferenciação de fases da doença ✓Diagnóstico de doenças congênitas ✓Triagem sorológica em Banco de Sangue ✓Seleção de doadores e receptores de órgãos ✓Prognóstico da doença ✓Critérios de cura – Tratamento ✓Avaliação e monitoramento da terapêutica ✓Estabelecimento da prevalência da doença ✓Verificação da erradicação da doença ✓Verificação de reintrodução de novos casos em áreas consolidadas ✓Diferenciação da imunidade naturalmente adquirida ou artificialmente induzida. Teste sorológico 1. Qualitativo: se os resultados informam apenas se houve ou não reação/detecção (positivo ou negativo). Teste: detecção por ELISA de IgM contra rubéola Resultado: positivo 2. Semi-quantitativo: se a amostra testada foi diluída – a maior diluição a apresentar reação é o seu título. Teste: detecção por imunofluorescência de IgG contra T. cruzi Resultado: positivo até a diluição de 1:320 3. 3. Quantitativo: se é capaz de informar a quantidade absoluta do material detectado. Teste: detecção por ELISA de IgM contra T. gondii Resultado: 63 UI/ml Técnicas imunológicas ▪ Reações de Precipitação - Imunodifusão dupla - Imunodifusão radial - Imunoeletroforese ▪ Imunoensaios - ELISA - Citometria de Fluxo - Imunofluorescência - Radioimunoensaio ▪ Reações de Aglutinação - Aglutinação direta - Aglutinação indireta - Inibição da aglutinação - Teste de Coombs ▪ Biotecnologia - PCR e RT-PCR - Microarray - SNP array - NGS Reações de aglutinação Assim como nas reações de precipitação, a reação de aglutinação é baseada no princípio imunológico de formação de complexos imunes: a ligação entre os antígenos e seus anticorpos específicos. Mas, enquanto na precipitação o antígeno é solúvel, na aglutinação, o antígeno é particulado, ou seja, é fixo a uma partícula, que pode ser bactéria, fungo, protozoário, hemácia, látex, entre outros. A aglutinação é caracterizada pela aglomeração de partículas reconhecidas como antígenos pelos anticorpos formando complexos antígeno-anticorpo que se aglutinam. Essa aglutinação pode ser observada a olho nu, como no caso da ligação com hemácias, ou com o auxílio de microscópio óptico, no caso de antígenos particulados menores. Proteínas de fase aguda (PFAs) - Proteínas de fase aguda são aquelas cuja concentração sérica aumenta ou diminui pelo menos 25% durante estados inflamatórios. - No entanto, apesar do nome, elas também podem sofrer alterações durante processos inflamatórios crônicos. Entretanto, os testes baseados em dosagens de PFAs mais utilizados atualmente são apenas dois: velocidade de hemossedimentação (VHS) e PCR. - Muitas vezes a PCR e a VHS são usadas para estabelecer “linhas de base” e posteriormente monitorar a evolução de doenças infecciosas, autoimunes e outras. PCR látex - A secreção de PCR é predominantemente hepática e começa 4 a 6 horas após o estímulo; duplica a cada 8 horas e atinge o pico entre 36 e 50 horas, com meia vida plasmática de 19horas. - Atualmente existe um método ultrassensível (US) para a dosagem de PCR. Ele mede exatamente a mesma PCR que o exame convencional, mas é capaz de detectar concentrações muito menores da PCR. - A dosagem da PCR pode ser útil ao clínico quando solicitada de forma criteriosa e que é fundamental para a interpretação de seus resultados o conhecimento de sua dinâmica, assim como o de suas limitações. O teste baseia-se na aglutinação das partículas de látex sensibilizadas com anticorpos anti-PCR humana (antígeno), quando misturadas com soro de pacientes contendo uma concentração de Proteína C Reativa (PCR) igual ou superior a 6 mg/L. VHS- A velocidade de sedimentação das hemácias é influenciada pelos níveis séricos de fibrinogênio, de imunoglobulinas e de outras proteínas de fase aguda, além de eventual anemia. Fatores inespecíficos como a idade, o sexo, a cor e o eventual uso de contraceptivos orais, penicilina e outras drogas, também podem influenciar no resultado do exame. - O VHS deve ser usado apenas como auxiliar no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de diversas condições clínicas. Sendo um exame inespecífico, não deve ser usado como índice geral de saúde nem como método de screening em pacientes assintomáticos ou com queixas vagas.
Compartilhar