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Lições Bíblicas ESTÁ PREPARADO PARA IR CONTIA A CO^ENTEZA? A história de Daniel foi permeada por uma extraordinária fé depositada em Deus. Acompanhado de três amigos, ele ascendeu de capturado por Nabucodonosor, imperador da Babilônia, a o mais alto nível da administração pública. Eles não se limitaram a manter a devoção a Deus no âmbito particular. Em uma sociedade pluralista e antagônica á sua fé, se posicionaram contra a opinião geral e deram um testemunho público de grande destaque. Vivemos hoje em uma sociedade parecida que tolera a pratica do cristianismo no nível pessoal e nas atividades religiosas na igreja, mas deprecia cada vez mais o testemunho público. E por isso que essa história tem uma mensagem tão forte para nós. Se Daniel e seus companheiros estivessem conosco hoje, estariam na vanguarda do debate público. N ã o se importariam em ir contra a cultura do politicamente correto para elevar o nome de seu Deus. E v ocê? Esta preparado para ir contra a correnteza? CM D f i https: //vwvw. cpad.com. br CONHECENDO OS PROFETAS MAIORES 10 “ DEUS CONTAVA COM ISAÍAS 15 “ JEREM IA S-O N D E BUSCAR CORAGEM? TEMA DO TRIMESTRE: CONHECENDO OS LIVROS DOS PROFETAS Q ALUNO 2 Q EZEQUIEL - UM JOVEM COM VISÕES DANIEL - DEUS CONTROLANDO TUDO CONHECENDO OS PROFETAS MENORES 3 5 E B “ OSEIAS E JOEL ^ 0 r c n AMÓS E OBADIAS 4 4 JONAS E MIQUEIAS 8̂ NAUME HABACUQUE SOFONIAS E AGEU 56 ZACARIAS E MALAQUIAS 0 0 E E E H A PROFECIA NA ATUALIDADE CASA PUBLICADORA DAS C B © A SSEM BLÉIA S DE DEUS Presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil José Wellington Costa Junior Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Bezerra da Costa Diretor Executivo RonaLdo Rodrigues de Souza Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho Gerente Financeiro Josafá Franklin Santos Bomfim Gerente de Produção Jarbas Ramires Silva Gerente Comercial Cícero da Silva Gerente da Rede de Lojas João Batista Guilherme da Silva Gerente de TI Rodrigo Sobral Fernandes Gerente de Comunicação Leandro Souza da Silva Chefe do Setor de Educação Cristã Marcelo Oliveira Chefe do Setor de Arte & Design Wagner de Almeida Comentarista Thiago Santos Editora Paula Renata Santos Projeto Gráfico, Designer e Capa Suzane Barboza Fotos shutterstock.com RIO DE JANEIRO - CPAD MATRIZ Av. BrasiL, 34.401 - Bangu - CEP21852-002 Rio de Janeiro - RJ CENTRAL DE ATENDIMENTO: 0800-021-7373 Segunda a sexta 8h às l8h L iv r a r ia V ir t u a l www.cpad.com.br E-maiL: comercial@cpad.com.br FaLe com a editora da revista: CONHECENDO OS LIVROS DOS PROFETAS Prezado(a)juvenil, a paz do Senhor! Estamos iniciando um novo trimestre de estudos da Palavra d e Deus. I Nesta rica oportunidade, e s tu d a re m o s so b re o m i nistério profético no Antigo T e sta m e n to . A m e n sa g e m anunciada pelos profetas ti nha a pretensão d e orientar o povo de Deus concernente à vontade divina, bem com o adverti-lo a respeito das prá ticas que contrariavam a Lei. A resposta de cada profeta ao cham ado divino serve de encorajamento para que você, juvenil, não recue ou sinta-se incapaz de cumprir o ministério para o qual foi cham ado pelo Senhor. Saiba que e sses ho mens de Deus também tinham suas fraquezas, lim itações e frag ilid ad es. M esm o assim , eles tiveram experiências ma ravilhosas com Deus. Esteja à disposição do Se nhor. Diga "Eis-me aqui, envia- -m e a mim". Deus, certamente, o(a) enviará a Lugares que você nunca imaginou para usá-Lo(a) com poder e autoridade em seu Reino. Tenha um ótimo trimestre! http://www.cpad.com.br mailto:comercial@cpad.com.br CONHECENDO OS PROFETAS MAIORES Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros: crede nos seus profetas e prosperareis ” (2 Crônicas 20.20) * * * * * Is 6.1 ★ Eu vi o Senhor Jr 1 .1 1 ,1 2 O Senhor vela pela sua palavra para a cum prir Ez 2.3 Uma m ensagem para as nações rebeldes Mt 4.14-16 ★ O cum prim ento da profecia de Isaías Dn 10.1 Um a palavra foi revelada ao profeta Daniel Jo 12.38 Quem creu na nossa pregação? LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 2 Reis 17.13-19, 23 13 E o SENHOR protestou a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a Lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas. 14 Porém não deram ouvidos: antes, endureceram a sua cerviz, como a cerviz de seus pais, que não creram no SENHOR, seu Deus. 15 E rejeitaram os estatutos e o concerto que fizera com seus pais, como também os testemunhos com que protestara contra eles: e andaram após a vaidade e ficaram vãos, como também após as nações que estavam em roda deles, das quais o SENHOR lhes tinha dito que não fizessem como elas. 16 E deixaram todos os mandamentos do SENHO R, seu Deus, e fizeram imagens de fundição, dois bezerros: e fizeram um ídolo do bosque, e se prostraram perante todo o exército do céu, e serviram a Baal. 17 Também fizeram passar pelo fogo a seus filhos e suas filhas, e deram-se a adivinhações, e criam em agouros: e venderam-se para fazer o que era m al aos olhos do SENHOR, para o provocarem à ira. 18 Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e os tirou de diante da sua face: nada mais ficou, senão a tribo de Judá. 19 Até Judá não guardou os m anda mentos do SENHOR, seu Deus: antes, andaram nos estatutos que Israel fizera. 23 Até que o SENHOR tirou a Israel de diante da sua presença, como falara pelo m inistério de todos os seus servos, os profetas: assim, foi Israel transportado da sua terra à Assíria, onde permanece até ao dia de hoje. C . M O * • • ® CONECTADO COM DEUS ••• Ao longo da história bíblica, vimos que o m inistério profético surgiu como uma forma de oferecer ao povo de Deus orientação acerca da von tade divina, bem como adverti-lo contra as práticas que contrariavam a sua Lei. Nesse sentido, o chamado profético, a natureza da mensagem e o caráter desses homens são visivelm ente encontrados em seus escritos. A partir deles, os crentes dos dias atuais podem extrair preciosas lições no que diz respeito ao relacionam ento com Deus, bem como à fidelidade no exercício m inisterial e adm inistração dos dons espirituais. 'smmÊnmmmL mi © l. A IMPORTÂNCIA DOS PRO FETAS MAIORES 1.1. A profecia era indispensável. Deus Levantou profetas em momen tos de sum a importância, haja vista o cenário de degradação moraLe espiritual em que se encontravam tanto a nação de Israel, o Reino do Norte, quanto Judá, o Reino do Sul. Após a cisão entre as tribos, os governantes que sucederam os tronos de am bos os reinos não cui daram de guardar a Lei de D eus e o com prom isso com a religião mosaica. Com o passar dos anos, a m aldade, a idolatria e as injustiças sociais tomaram o coração e o governo dos reis, Levando ao desvio do povo. 1.2. Quem eram os p rofetas? Diante d e c ircu n stâ n cia s m orais caóticas, Deus escolhe, separa e inspira homens para trazerem uma mensagem d e advertência aos governantes e a toda a nação. Eles receberam a missão d e conscientizar o povo a respeito da necessidade de arrependimento. Para que o desvio das Leis de Deus não le v a sse à d e stru içã o d e toda a nação, a verdadeira religião deveria ser restaurada, a santidade restabelecida, e a a lia n ça com D eus renovada. No entanto, não poucas vezes, m esm o o Senhor enviando os seus profetas para protestarem contra o pecado, mais dis tante o seu povo se colocava, chegando ao ponto de perseguirem e até matarem os mensageiros de Deus. A corrupção se mostrou tão intensa que, em algum as ocasiões, até mesmo os próprios filhos eram oferecidos a Moloque, uma divindade que recebia sacrifício de crianças. Deus se indignou de tal maneira comas práticas pecaminosas do seu povo que não restou alternativa a não ser enviar nações mais poderosas do que Israel e Judá para dom iná-los e subjugá-los em cativeiro (2 Rs 17; 24—25). 1.3. O Julgam ento de Deus. No ano 722 a.C„ Israel foi invadido peLa Assíria, que os dominou por com pleto, desfazendo para sempre a nação, capturando suas terras e trazendo outros povos para ocupá-las, de modo que o Reino do Norte perdeu a sua pureza étnica e, sobretudo, o título d e nação separada por Deus (2 Rs 17.6, 24; 18.11). Semelhantemente, Judá, embora tenha sido preservada com o a lâm pada de Davi que permaneceu acesa peLa mão de Deus, também sofreu o castigo por sua rebelião (2 Rs 25.1-11). Após o Senhor enviar seus servos, os profetas, para adverti-Los por perma necerem em iniquidade, Deus usou os babilônios, liderados pelo rei N abuco- donosor, que devastou a terra de Judá, colocou seu trono em Jerusalém e Levou o sju d e u s para o cativeiro na Babilônia (605-586 a.C.) (2 Rs 24.8-17; 2 Cr 36.5-10). Mesmo assim, o Senhor continuou a levantar se u s servos, os profetas, agora com a promessa de restauração espiritual e territorial, à m edida que o povo rem anescente se arrependesse e d e cid isse renovar sua aliança com Deus (Jr 25.11; 29.10-19). 2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROFETAS MAIORES 2.1. O exercício do m inistério p ro fético. Na Bíblia, o exercício do ministério profético ocorreu ao m enos d e duas maneiras. Em primeiro Lugar, os profetas que exerceram seus ministérios quan do foram cham ado s exclusivam ente por Deus para protestarem contra as JUVENIS 7 desobediências e maLdades praticadas peLos reis. Dentre esses, podemos citar ELias e ELiseu. Há também aqueles que exerceram o seu ministério registrando os eventos que ocorreram, assim como as m ensagens proclam adas em suas respectivas épocas, os quais recebem o nome de "profetas Literários ou escritores". Na organização do cânon bíblico, os Livros dos profetas foram ordenados Levando-se em conta o período e o estilo Literário apresentado por seu s escritos. O título “profetas maiores", por exem plo, nada tem a ver com a relevância ministerial em relação aos demais profetas, e sim pelo fato de seus escritos comportarem maior quantidade de textos (capítulos e versículos). Essa seção da Bíblia é composta por 5 Livros que Levam o nome dos seus respectivos escritores, a saber: Isaías, Jerem ias, Lam entações, Ezequiel e Daniel. 2.2 .0 período do ministério profético em Isra el eJu d á. 0 período de atuação dos profetas ocorreu em dois cenários dem arcados por um evento que mudou com pleta mente a realidade da nação. Estamos falando do cativeiro babilônico, que durou 70 anos, conform e a profecia d e Daniel, e teve seu término após o retorno dos ju d e u s para Jerusalém . Nesse sentido, encontramos na história bíblica os profetas pré-exílio babilônico e os profetas pós-exílio babilônico. No caso dos profetas maiores, o exercício de seus ministérios se deu no período pré-exílio ou mesmo durante o cativeiro com o é o caso d e Ezequiel e Daniel. Am bos foram trans portados para o cativeiro na Babilônia. (Ez 1.1-3: Dn 1.1-6). Os profetas anunciaram a mensagem bíblica com o propósito de advertir, com plementar o ensino, encorajar, consolar, denunciar a injustiça e anunciar ojuízo. Com o m encionam os anteriorm ente, a triste condição espiritual na qual se encontrava o povo de Deus exigiu de seus profetas a consistência necessária para anunciar com firmeza a mensagem divina. Por isso, não retrocediam, mesmo sofrendo prisões, agressões, traições e, por fim, até m esm o a morte por serem fiéis ao Senhor (Jr 2 54 :4 4 4 ,5 : Lc 13.34). 3. A ESTRUTURA DOS LIVROS Na biblioteca dos profetas maiores, os três primeiros Livros constituem em si a maior porção dos escritos proféticos, inclusive, maior até mesmo do que todos os 12 Livros dos profetas menores, con siderando a extensão dos textos juntos. V e ja m o s com o os profetas m aiores estão estruturados: Isaías — este é o primeiro Livro desta divisão bíblica. Trata -se de um a obra rica em profecias m essiânicas. Se u s escritos constituem a maior parcela de profecias que se cumprem ao Longo do ministério de Jesu s e, por essa razão, Isa ías é co n h e c id o co m o o profeta messiânico. O Livro traz tam bém uma série de mensagens com advertências, conforto e esperança, assim como enfa tiza o caráter de Deus e o seu propósito revelado no Antigo Testam ento. Isaías é o mais Longo dos Livros proféticos e o mais citado no Novo Testamento. Sua Lingua gem sugere um a profunda intim idade do profeta com Deus (Is 1.1, 2: 2.1-5: 6). Jerem ias — O profeta Jere mias profetizou durante os últimos 8 JUVENIS quarenta anos da história de Judá, Reino do SuL, antes do Cativeiro BabiLônico. Ele Lamentou com tristeza a condição em que se encontrava o Reino do SuL, mesmo após sucessivas admoestações. Este profeta advertiu a nação de Judá acerca do desastre iminente que viria do Norte (cativeiro babiLônico), em razão do abandono à verdadeira religião e da negligência quanto às injustiças sociais dominantes. 0 tema centraLdeseu Livro é obstinação, cativeiro e restauração dos jud eus (Jr 1.1-3,13-19). Lam entações — Este Livro consiste em uma série de cLamores de Jeremias em favor dos ju d eu s e uma descrição das aflições sofridas peLo povo nos tem pos em que a cidade de Jerusalém foi invadida pelos babilônios. O Livro termina com um último clam or para que Deus possa se Lembrar do remanescente de Israel e restaurá-Lo (Lm 5.18-22). Ezequiel — O Livro de Ezequielé uma m ensagem ao sju d eu s que se encon travam no exílio babiLônico, assim como ao remanescente que permaneceu em Jerusalém . Em seus escritos, o profeta denuncia o fracasso da vida m oral e espiritual do povo eleito. Entretanto, an u n cia tam bém a sua restauração, personificada no vale de ossos secos. Da mesma maneira que os ossos reviveram, Deus prometeu restaurar espiritualmente a Casa de Israel (Ez 37.1-14). D aniel — Neste Livro, o profeta que foi Levado aindajovem para a Babilônia jun ta m e n te com se u s conterrâneos Ananias, M isael e Azarias, é instituído com o autoridade d e alta patente no Império BabiLônico e recebe da parte d e Deus profundas revelações sobre o futuro d e Israel e das nações (Dn 1; 2.46-49). • PARA CONCLUIR De modo geral, a m en sagem revelada aos profetas tinha com o pretensão a restauração da comunhão com Deus. O povo que foi escolhido e separado para viver os propósitos divinos deveria permanecer na aliança abraâmica, guardando os ensinamen tos da Lei Mosaica. Semelhantemente, nos dias atuais, Deus espera que os seus servos apresentem um estilo de vida que sirva à sociedade atual com o m odelo de relacionam ento com Deus (Fp 2.14—16; 1 Pe 2.9,10). < C ^ H O R A DA REVISÃO 1. Q ual era a m issão dos profetas no Antigo Testam ento? 2. Qualfoi o principalcastigoenviado por Deus sobre os reinos d e Israel e Jud á? 3. A respeito do cânon b íb lico dos Livros d o s profetas, q u ais foram os critérios que definiram a forma com o os Livros foram organizados? 4. Com o o profeta Isaias é conhecido na Bíblia e por q ual razão? + 5. Q u a l o tem a ce n tra l do Livro d e Jerem ias? ■ ▲ t DEUS CONTAVA COM ISAÍAS “Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-m e aqui. envia-m e a mim," (Isaias 6.8) Is 25.8 A morte será aniquilada Is 53.4 ,5 Ele tomou sobre si as nossas dores Mc 1.2 Deus cumpre a mensagem de Isaias Jo 12.9 < O Messias estava ali Rm 10,16 Senhor, quem creu na nossa pregação? At 28,24-26 ; 0 Espírito Santo falou aos nossos pais 10 | 4 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Isaías 6.1-11 1 No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono; e o seu séquito enchia o templo.2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam. 3 E clamavam uns para os outros, dizen do: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4 E os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado. 8 Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. g Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e ve des, em verdade, mas não percebeis. 10 Engorda o coração deste povo, e en durece-lhe os ouvidos, e fecha-lhe os olhos; não venha ele a ver com os seus olhos, e a ouvir com os seus ouvidos, e a entender com o seu coração, e a converter-se, e a ser sarado. 11 Então, disse eu: até quando, Senhor? E respondeu: Até que se assolem as cidades, e fiquem sem habitantes, e nas casas não fique morador, e a terra seja assolada de todo. _______ d y Q * •• ® CONECTADO COM DEUS ••• 0 ministério profético está presente em toda a Escritura Sagrada como voz de Deus para orientar o seu povo. Quando os reis precisavam tomar decisões importantes, consultavam os profetas em busca de uma palavra da parte de Deus. 0 profeta Isaías, por exemplo, exerceu o ministério profético nos dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias (Is l.l). No entanto, no ano em que o rei Uzias morreu, ele teve um encontro diferente com Deus que mudou completamente a sua vida e ministério (Is 6.1). Você gostaria de viver uma experiência similar a de Isaías? Gostaria de ser portador da mensagem do Altíssimo para esta geração? Que tal orar a respeito disso?! r '-“ 1. O PROFETA MESSIÂNICO 1.1. Origem O profeta Isaías é co n h e cid o na Bíblia como o filho de Amoz. Segundo a tradição, Isaías era oriundo de uma família influente em Jerusalém. Por essa razão, ele tinha fácil acesso ao palácio do rei, bem com o proximidade com o sumo sacerdote. Ainda de acordo com alguns historiadores, Isaías era primo do rei Uzias e, por isso, estaria fam i liarizado com a cidade de Jerusalém. Isaías c a so u -se com um a profetisa e teve dois filhos a quem deu os nomes d e S e a r-Ja su b e , q u e s ig n if ica “um rem anescente deve retornar” (Is 7 3 ). e M a h e r-sh a la l-h a sh -b a z , que quer dizer “apressando-se sobre a presa” (Is 8.1-3). Os nomes eram prenúncios de eventos que ocorreríam naqueles dias. 1.2. Contexto so cial Isaías profetizou durante o reinado de quatro reis que governaram Judá: Uzias, Jotão, A caz e Ezequias (Is 1.1). Q uando Isaías ainda era jovem , pre- Í T Quer compreender melhor a natureza desse livro profético? Leia a obra “Isaías, 0 Profeta Messiânico”, de Stanley M. Horton. senciou um período de prosperidade e poder de Judá sob o reinado de Uzias. Entretanto, durante o reinado de Jotão, iniciou-se um cerco assírio nas cidades circunvizinhas a Judá. Foi então que, durante o reinado de Acaz, que Re- zim, rei da Síria, fez aliança com Peca, rei de Israel, para resistir à opressão da Assíria. Para tanto, e le s tentaram obrigar a Judá que se unisse a eles. Acaz recusou participar da coalisão e enfrentou um a grande batalha contra esses dois reinos (2 Rs 16.5; Is 75). Depois disso, foi no reinado de seu filho Ezequias que a história de Judá tomou um novo rumo. Ezequias iniciou um processo de reforma espiritual e rem oveu os lugares altos com seus altares de sacrifício aos ídolos (2 Rs 184,22). Foi nesse tempo que o profeta Isaías profetizou acerca da morte de Ezequias. Este, porém, clam ou muito ao Senhor e humilhou-se de modo que Deus acrescentou-lhe mais quinze anos de vida (Is 38), 1.3. M ensagens de ju lg am en to s e prom essas Um episódio que marcou o m inis tério de Isaías foi a mensagem da parte de Deus a respeito da afronta sofrida por meio das cartas do rei Senaqueribe, da Assíria, enviad as a Judá (Is 36). O Senhor prometeu ferir o exército assírio, e nenhuma flecha seria atirada contra a cidade. Assim aconteceu, pois o Anjo do SENHO R feriu os 185 m il soldados assírio s, d e m odo q ue fez ce ssa r a tentativa de invasão a Jerusalém. O rei assírio, então, voltou para sua terra e, posteriormente, foi morto pelos próprios filhos (2 Rs 19.35). Após a morte de Ezequias, seu filho M anassés assum iu o trono e desfez 12 JUVENIS todas as reformas que o seu pai havia feito. S e u s 55 anos de governo são considerados petos estudiosos o pior período de apostasia do povo de Deus. Em consequência disso, Isaías lhe fez forte oposição. O livro do profeta Isaías é m arca do ainda por muitas outras profecias importantes que já se cumpriram, in clusive, aquelas que tratam a respeito do Messias. Outras ainda estão por se cumprir na dispensação dos tempos. 2. O EN CO N TRO COM DEUS 2.1. A visão no Templo No ano em que morreu o rei Uzias (740 a.C.), o profeta Isaías teve um a v isão g lo rio sa no Tem plo. E le viu o Senhor, o grande Rei, assentado sobre um alto e su b lim e trono (Is 6.1). Os serafins voavam ao redor do trono e declaravam : "Santo, Santo, Santo é o SEN H O R dos Exércitos; toda a terra está ch e ia d a su a g ló ria ” (Is 6.3). A visão trouxe ao coração do profeta o sentimento de indignidade diante da santidade divina. Prontamente, Isaías reconheceu ser um homem de lábios im p u ro s q u e h ab itava no m eio d e um povo tam bém de impuros lábios. Observe que o profeta confessa a sua condição inapropriada para estar na presença de Deus e conclui, dizendo: “Ai de m im ” (v. 5). O lam ento do pro feta por sua triste condição espiritual expressa a com pleta necessidade da misericórdia divina. Quantas vezes não som os surpreendidos pela presença gloriosa de Deus e nos sentim os in cap azes de d esfrutá-la? No entanto, a Palavra d e D eus nos garante que aquele que confessa o seu pecado e o deixa alcança a misericórdia (Pv 28.13). 2.2. A purificação do profeta A visão fez com que Isaías perce besse que a sua condição espirituaL não era apropriada para o cham ado ministerial profético. Contudo, após se reconhecer com o pecador indigno, o profeta levantou os olhos e teve uma nova experiência. Um serafim de Deus se aproximou trazendo uma brasa viva tirada do altar com um a tenaz - uma espécie de ferramenta com duas hastes, sem elhante a uma pinça. Quando tal brasa tocou os lábios do profeta, ele foi purificado da sua im piedade (Is 6 .6 , 7). A provisão de Deus ao purificá-lo aponta para o quanto som os d epen dentes da graça divina. Não há nada que 0 homem possa fazer para livrar-se da condenação do pecado. Somente o sangue de Jesus pode purificá-lo de todo pecado (1 Jo 1.7). 2.3. O cham ado Após a purificação divina, o profeta tornou-se idôneo para cumprir o cha mado de Deus. O exemplo do profeta Isaías nos mostra que o cham ado m i nisterial deve andar lado a lado com a santidade, Ser instrumento de Deus para levar as pessoas a se aproxima rem d Ele é um privilégio. Entretanto, cum p rir e sse cham ado sem a d e v i da fidelidade às Sagradas Escrituras é incoerente. Esse com portam ento expressa a com preensão errônea da graça e do caráterjusto e santo de Deus. Por esse motivo, até m esm o aqueles que, a partir da era neotestamentária, exercem ministérios ou adm inistram dons espirituais sem reverenciarem o Espírito da graça, correm o risco de um dia ouvirem do Senhor: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vósque praticais a iniquidade” (Mt 723). JUVENIS 13 PARA CONCLUIR3. UM ARAU TO COM O S A VISO S FINAIS A natureza da mensagem pregada por Isaías ao orgulhoso reino de Judá consistia em denunciar o formalismo religioso e as injustiças da liderança de seu tempo, os quais contaminavam toda a nação. Em bora seguissem os ritos sagrados, era um povo que se aproxim ava d e D eu s para ho n rá -lo apenas com os lábios, mas com o seu coração distante da retidão (Is 29.13). Por essa razão, a vida religiosa da nação encontrava-se vazia de Deus e cheia de pecados. A m ente dos ju d e u s estava cauterizada e certa da impunidade. A mensagem de Isaias vinha de encontro a esse destemor ao Senhor, que sonda profundamente não só as atitudes, mas, sobretudo, as motivações dos corações. 4. A SALVAÇÃO DO M ESSIAS Finalm ente, a m aior d e todas as m e n sa g e n s a b o rd ad as no livro de Isaías é aq u ela q ue diz respeito ao Messias prometido. Cham a a atenção o grande número de profecias acerca do Senhor Jesus, sua hum ilhação e, posteriormente, sua glorificação. Em razão disso, o profeta Isaías é conhe cido pelos estudiosos como o “profeta messiânico”. Em seu livro, encontramos profecias a respeito de nosso Senhor quanto: 1. Ao seu nascim ento (Is 714: 9.6): 2. Vida e ministério: (Is 8.14: 22.22: 35.5,6:61.1-3): 3. Sofrimento: (Is 50.4-11: 52,13—53); 4. Morte e ressurreição: (Is 25.8; 26.19). Ele é anunciado como a Luz para os gentios (Is 49 6). E, por fim, Isaías relata a forma com o o M essias seria ferido e, com o um cordeiro, levado ao matadouro (Is 53.4-7). Ele é aquEle que vi ria a ser a razão da nossa salvação. O A mensagem do profeta Isaías re vela ojuízo de Deus sobre a certeza da impunidade que o povo de Judá trazia em seu coração. Deus não se deixa escarnecer, E le requererá a prestação de contas d e cada ação, Isa ías, d e p e ca d o r d e lá b io s impuros, tornou-se um dos profetas mais precisos quanto ao surgimento, vida, ministério e morte do Messias. Seu exemplo nos revela que, quando 0 chamado de Deus é levado a sério, mudanças significativas acontecem. < Q ^H O RA DA REVISÃO 1. Segundo a tradição, q ual a razão do fácil acesso do profeta Isaías à liderança política e religiosa de Judá? 2. Onde e com o foi a visão dada por Deus a Isaías, no ano em que morreu o rei Uzias (740 a.C.)? 3. O que aconteceu a Isaías, quando 0 serafim de Deus trouxe uma brasa viva, tirada do altar? 4. No q ue co n sistia a natureza da m ensagem pregada por Isaías ao ► orgulhoso Reino de Judá? + 5. Sobre o que diz respeito a maior de todas as m ensagens de Isaías e o 4. que cham a atenção no livro? JEREMIAS - ONDE BUSCAR CORAGEM? “Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança: porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás." (Jeremias 1.7) V V V V V * 2 Co 12.9 A graça do Senhor é suficiente 2 Cr 714 Arrependimento e busca sincera atraem a resposta divina Jr 7.1-4 Melhorai os vossos cam inhos e as vossas obras Jr 15 .19 -2 1 Aparte o precioso do vil 1 Jo 1.9 O Senhor é fiel e justo para perdoar At 3.19 O arrependimento traz refrigério 15 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. Jeremias 1.4-14,17-19 ; 4 Assim veio a mim a palavra do SE NHOR, dizendo: 5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta. 6 Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança. ! 7 Mas o SENHOR medisse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás. 8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR. 9 E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca. 10 Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arran cares, e para derribares, e para des truíres, e para arruinares; e também para edificares e para plantares. 11 Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, 12 E d isse-m e o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir. 13 E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte. 14 E d isse -m e o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da terra. 17 Tu, pois, cinge os teus lombos, e le vanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua presença, 18 Porque eis que te ponho hoje por ci dade forte, e por coluna de ferro, e por muros de bronze, contra toda a terra, e contra os reis de Judá, e contra os seus príncipes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra. 19 E pelejarão contra ti, mas não pre valecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar. K H M M M M M M M M M M B M H M H m R C L ! ' C , | [ — • • ® CONECTADO COM DEUS ••• 0 chamado de Jeremias ocorreu em um contexto político-religioso complicado para a nação de Judá. Seu ministério abrangeu os últimos anos que antecederam a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico. Foi para esse tempo difícil que Deus escolheu Jeremias, um homem sensível que sofria ao ver seu povo padecer as consequências de suas escolhas erradas. Embora sofresse grande perseguição, o profeta não deixou de Levar a mensagem de arrependimento a um povo teimoso e rebelde. A história desse profeta tem muito a nos ensinar no tocante aos tempos trabalhosos em que estamos vivendo. Em alguns mo mentos, pode parecer que você não conseguirá vencer os desafios para cumprir o chamado de Deus, mas saiba que é Ele quem sustenta e capacita você. 1. A VIDA DO PROFETA ÍQ s 1.1. Quem era Jerem ias? Jerem ias era natural de A na- tote, um a vila localizada ao nordeste de Jerusalém , dentro do território da tribo de Benjam im , O nom e do seu pai era Hilquias, e muitos estudiosos o consideram como o sacerdote de Ana- tote. O que reforça o fato de Jerem ias pertencer a uma família de sacerdotes é o local de seu nascimento, visto que Anatote é apontada como uma cidade sacerdotal desde os tempos de Josué (Js 21.18), Não se sa b e ao certo se Jerem ias chegou a exercer o ofício sacerdotal, O fato é que ele foi cham a do pelo Senhor para ser profeta muito jovem e, por esse motivo, dedicou sua vida ao exercício do ministério profético. 1.2. Contexto so cia l da época O profeta Je re m ia s co m e ço u a exercer o seu cham ado cerca de 40 anos antes do cativeiro judaico. Esse período abrangeu os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim , Joaquim e Z e d e - quias. Um período conturbado que foi primeiramente marcado pela renovação espiritual promovida por Josias, mas que logo se dissipou em razão da falta de arrependimento sincero e constância na obediência à Lei por parte dos judeus. O povo havia passado um bom tempo mergulhado na idolatria e subjugado p e las forças p o lítica s que havia ao seu redor, a saber, os assírios que, dom inavam a Ásia e o Oriente até então; e, a seguir, os ba bilônios, que se tornaram a maior potência m undial da ép oca em poucos anos. É nesse cenário de precarieda de espi ritual e desorganização política que Jeremias exerceu o seu ministério profético. 1.3. Um profeta sensível à voz de Deus Jeremias não apenas era inconfor mado com o pecado da nação, como tam b ém lutou com to d as as su a s forças para ch a m á -la ao arrependi mento. Intercedeu com lág rim as e lamento com tamanha compaixão por seus compatriotas, que o respondiam com ódio e am eaças. Ao que ouviu do próprio Senhor: “Tu, pois, não ores por este povo, nem Levantes por ele clam or ou oração, nem m e importu nes, porque eu não te ouvirei” (Jr 7.16). Embora Jerem ias insistisse, não havia outro remédio para conduziraalma da nação ao arrependimento a não ser o cativeiro babilônico. A in d a q ue tal q ueb rantam ento em ocional de Jerem ias pudesse ser visto a princíp io com o um sin a l de fraqueza, ele foi um dos profetas mais corajosos e perseverantes da história, em bora solitário e rejeitado durante toda sua vida (Jr 15.15-18). As próprias experiências do profeta foram tão in tensas que Deus as usa até hoje para nos ensinar preciosas lições. 1.4. Púb lico-alvo da profecia Quando Jeremias foi chamado pelo Senhor, a sua missão era convocar Judá a um arrependimento sincero para com Deus, No entanto, no momento inicial do seu chamado, o Senhor havia dito que ele seria um profeta para as na ções. De imediato, o propósito divino era derrubar a soberba do seu povo e anunciar 0 domínio das nações gentílicas, a saber, a Babilônia. Todavia, o juízo do Senhor tam bém viria sobre os caldeus, bem como sobre os povos que desdenhavam da nação eleita em razão da sua dor (46—51). Ao final, o reinado davídico JUVENIS 17 sobrevivería ao exílio, e um remanes cente seria preservado para cumprir os propósitos de Deus para o seu povo. O Senhor não perde o controle da história, inclusive, da vida daqueles que o servem com obediência. 2. A CHAM ADA E O ENVIO 2.1. D e scu lp a s p ara não atender ao cham ado Jerem ias ainda era muito jo vem quando foi cham ado para ser profeta. Prontamente, o Senhor lhe d isse que o havia escolhido d esd e o ventre da su a m ãe para exercer o m inistério. De im ediato, Jerem ias dem onstrou se n tir-se incap az de tão grand iosa m issão, a le g a n d o ser ap e n a s um a criança, sem condições de ser porta- -voz de Deus (Jr 1.5, 6). Entretanto, o Senhor 0 garantiu que Ele m esm o o enviava e, portanto, o livraria de todos os seus opositores (vv. 7,8). Da mesma forma, atualmente, o Senhor continua a cham ar jo vens para o exercício do ministério. Não importa o quanto você se sinta inadequado, Deus quer usar a sua vida com poder e autoridade! A b a se do êxito d e Je re m ia s foi a o b e d iên cia . Da m esm a form a, se ja obediente, e você também alcançará sucesso em seu cham ado ministerial. 2.2. Encorajam ento e envio A pesar das lim itações hum anas de Jerem ias, o Senhor o encorajou a cumprir o seu chamado. Afinal, a capa citação para tão grande obra viria do Deus Todo-Poderoso, que faria dele um instrumento para arrancar e para derrubar; para destruir e para arruinar; para edificar e para plantar (v. 9,10). A m ensagem de Jeremias, muitas vezes severa, era poderosa e co n s tituída de toda a autoridade divina. Num primeiro momento, 0 Senhor lhe perguntou o que via, ao que o profeta respondeu: “vejo uma vara de am en doeira". A seguir, o Senhor lhe disse: “viste bem ; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir" (v. 12). E, na segunda vez, Deus lhe perguntou o que via. Ao que Jerem ias respondeu que via uma panela a ferver com a sua face virada para 0 Norte. Logo, o Senhor lhe explicou que do Norte viria o m al sobre toda a terra (vv. 13, 14). Dessa forma, Deus o ordenou a não tem er diante deles, porque o estava tornando com o cidade forte, coluna de ferro e muros de bronze contra nações, reis e sacerdotes (v. 18). 3, AS CO N DIÇÕ ES DE JUDÁ 3.1. A idolatria e im oralidade Um dos motivos pelos quais o Se nhor prometeu enviar o cativeiro babi- tônico sobre Judá foi a sua decadência espiritual. Nos dias que antecederam o exílio, Judá se encontrava mergulhada na idolatria e imoralidade. Durante os governos dos reis Manassés e Amom (60 anos), os ju d eu s cometeram toda sorte de maldade, inclusive, aderindo às práticas pecam inosas e idólatras da Assíria e nações vizinhas. Dentre as abom inações praticadas, estavam a p ro fanação do T e m p lo e s a c r if í cios humanos oferecidos a Moloque, entidade Am onita (Jr 32.30 -35). Esse declínio espiritual alcanço u tal nível que o povo já não servia a Deus nem discernia tamanhas malignidades. Essa situação prorrogou-se até o tempo em que Josias assum iu o trono de Judá e iniciou o processo de restauração espiritual. 18 JUVENIS PARA CONCLUIR3.2. A mentira e o desprezo à Palavra de Deus Além dos desvios religiosos e a ini quidade dos reis, a maldade, falsidade e falta de temor a Deus eram acentuadas no comportamento de toda a Judá. Tanto que o Senhor revelou ao profeta que até m esm o os da sua própria casa se voltavam contra ele encobertamente. Os reis demonstravam aparentemente que buscariam o arrependimento, mas não p e rm a n eciam no co n se lh o do Senhor. Em nossos dias, muitas vezes nos deparamos com a mesma postura por parte de alguns ouvintes da Palavra. São pessoas que escutam com atenção a pregação, mas agem com desprezo e falta de temor a Deus. Esse tipo de com portam ento revela um coração teimoso e inclinado para o mal. A Pa lavra de Deus afirma: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). 3.3. Uma convocação ao arrepen dimento A mensagem profética de Jeremias tratava-se de uma convocação ao ar rependimento. Embora, inicialmente, a palavra do profeta fosse de condenação sobre as maldades praticadas pelo povo de Judá, bem como por seus vizinhos, a mensagem final era de restauração. As palavras de Jeremias soam como uma expressão da tristeza de Deus ao ver um povo que não soube aproveitar a oportu nidade como nação separada e escolhida. Deus está sempre disposto a nos perdoar porque nos ama. Nós também devemos ser ávidos pelo seu perdão, na mesma proporção que estam os dispostos a abandonar nossos pecados para servi-lo com genuíno amor. © Aprendemos nesta lição que a cora gem para exercer o ministério profético não vinha da capacidade de Jeremias. Se Deus olhasse para a sua condição humana, jam ais o separaria para tão grandiosa e difícil missão. Entretanto, é justamente por meio das fraquezas de seus servos que o Senhor se revela forte (1 Co 1.27-29). Que nós também possamos, pela graça de Deus, ser aperfeiçoados em nossas fraquezas, atuando na sua obra (2 Co 12.9). < HORA DA REVISÃO 1. O profeta Jerem ias era natural de qual cidade e qual era o nome do seu pai? 2. O ministério profético de Jerem ias abrangeu o reinado de quais reis? 3. Q ual foi a reação de Jerem ias ao ser cham ado por Deus? 4. Cite as abominações praticadas pela nação de Judá devido à mistura religiosa com os assírios: + 5. Qual era a natureza da mensagem profética de Jerem ias? . o © a A EZEQUIEL- UM 30VEM COM VISÕES “E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo." (Ezequiel 2.1). * V V V V V Ez 2.3 ★ As nações se rebelaram contra o Senhor Dt 18.21,22 p A palavra dos verdadeiros profetas se cumpre Ez 22,30 Deus procura alguém disposto a trabalhar em sua obra Ez 36.26 Deus prometeu um novo coração 1 Ts 5.20-22 ★ Não desprezemos as profecias Nm 12.6 Deus fala ao seu povo por meio dos profetas LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Ezequiel 2 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo. Então, entrou em mim o Espirito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava. E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia. E os filhos são de semblante duro e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ. 8 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta. E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque são casa rebelde. Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes. Mas tu, ó filho dohomem, ouve o que eu te digo, não sejas rebelde como a casa rebelde; abre a boca e come o que eu te dou. 9 Então, vi, e eis que uma mão se estendia para mim, e eis que nela estava um rolo de livro, 10 E estendeu-o diante de mim, e ele estava escrito por dentro e por fora; e nele se achavam escritas lamen tações, e suspiros, e ais. CL Q > , • m M c • • ® CONECTADO COM DEUS ••• 0 profeta EzequieL exerceu seu ministério em uma época muito impor tante da história do Reino do Sul. 0 Senhor o chamou para anunciar uma mensagem de repreensão para um povo rebelde e de dura cerviz, isto é, para pessoas orgulhosas que não reconheciam seus erros e desobediências à vontade divina. Em nossos dias, temos visto pessoas com esse mesmo comportamento. 0 livro de Ezequiel nos ensina preciosas lições acerca da forma com que temos de lidar com esse tipo de comportamento reprovado pela Palavra de Deus. ^ 1, A VIDA DO PROFETA 1.1. Quem era Ezequiel? A Bíblia relata Ezequiel com o um jovem de família sacerdotal (Ez 1.3). Ele passou os primeiros 25 anos da sua vida em Jerusalém, preparando-se para o exercício ministerial no Templo, quando foi levado prisioneiro para a Babilônia no ano 597 a.C. Ao atingir a idade de 30 anos, Ezequiel recebeu o chamado profético, período em que iniciou o trabalho em seu livro. Os últimos acontecimentos registrados pelo profeta datam que ele tinha aproximadamente 50 anos. Segundo a tradição, Ezequiel era casado, mas sua esposa veio a falecer. 1.2. Contexto social da época O cenário histórico do livro de Eze quiel é a Babilônia, mais precisamente os primeiros anos do cativeiro (593-571 a.C.). Quando Nabucodonosor transportou a segunda leva de prisioneiros para a Babi lônia (697 a.C.), Ezequiel ainda era jovem. Foi um período muito complicado para o povo judeu, que veio a testemunhar a destruição com pleta de Jerusalém a lguns anos depois (586 a.C.), Já no exílio, o profeta Ezequiel iniciou o seu ministério, tendo como contemporâneos os profetas Daniel, que, nesse tempo, já estava na Babilônia, e 0 profeta Jeremias, que havia ficado em Jerusalém. A última profecia de Ezequiel tem como data o mês de abril de 571 a.C. 1.3. Cham ado e responsabilidade O chamado de Ezequiel ocorreu em tempos tenebrosos. Após o povo de Deus ser várias vezes repreendido para se con verter das suas más obras, ao persistir no erro lhe sobreveio o cativeiro, conforme avisado pelo Senhor pela boca de seus legítimos profetas. Nesse tempo, muitos profetas anunciavam mentiras, segun do a vontade de seu coração (Ez 13). É nesse contexto que Ezequiel inicia o seu ministério com o propósito de anunciar a m ensagem de juízo divino ao povo apóstata de Judá e Jerusalém (1—24), bem como às sete nações estrangeiras que circundavam Judá. Além disso, Ezequiel entregou tam bém uma mensagem direcionada aos judeus que estavam no exílio, na intenção de encorajá-los a manterem a fé, pois, no futuro, Deus restauraria o seu povo conforme a aliança que havia feito com eles. O Senhor disse também que a res ponsabilidade era individual, que pecados dos antepassados não seriam trazidos sobre a descend ência (Ez 18). Assim sendo, cada geração deveria prestar contas das suas atitudes diante de Deus. 2. A VISÃO DO PROFETA 2.1. A visão da glória de Deus O livro de Ezequiel inicia com a descri ção da visão da glória de Deus revelada ao profeta. No dia em que o Senhor o chamou para exercer o chamado profé tico, Ezequiel teve visões da glória e da santidade de Deus (Ez 14,5). Tratava-se de um vento tempestuoso e uma grande nuvem com fogo que se aproximava. Do meio da tempestade, saíam quatro animais que tinham a semelhança de um homem, Cada criatura tinha quatro rostos: um rosto de homem, mostrando a im agem de vingadores humanos: um rosto de leão, indicando poder e terror: um rosto de boi, sugerindo sua força constante a serviço de Deus; e um rosto de águia, mostrando que serão velozes para elevar-se acima da oposição mais forte que Jerusalém pudesse apresentar (BEACON, 2005). Ezequiel viu tam bém rodas em volta dos animais em movimento constante. A linguagem figurada utilizada por Ezequiel representava a soberania de Deus acima de 22 JUVENIS todas as coisas e a sua presença em todas as esferas da criação. Esse mesmo Deus estava com Ezequiele com os exilados à margem do rio Quebar. 2.2. O juízo e a misericórdia divinos Osjuízos divinos revelados a Ezequiel apontavam à queda de Jerusalém, sua destruição final por meio de Nabuco- donosor, rei da Babilônia, o que ocorreu durante o reinado de Zedeq uias em Judá, no décim o primeiro ano de seu reinado. Ezeq uiel predisse tam bém juízos sobre sete povos pagãos: Amom (25.1-7), Moabe (25.8-11), Edom (25.12-14), Filístia (25.15-17), Tiro (26.1—28.19), Sidom (28.20-26) e Egito (29—32). Na última seção, os capítulos 33—48, contém profecias acerca da responsabilidade dos verdadeiros profetas, como atalaias de Deus: profecia contra os pastores infiéis de Israel, bem como acerca da restauração de Jerusalém e esperança sobre o futuro da nação eleita. Durante o tempo em que esteve na Babilônia, Ezequiel profetizou também acerca daqueles que se encontravam exilados, bem como contra os moradores de Jerusalém, antes da invasão final em 586 a.C. A quantidade de mensagens que apontavam o juízo divino a vários povos em diversas circunstâncias revela que o ministério profético de Ezequiel não foi nada fácil Ademais, ele teve a difícil missão de pregar para povos rebeldes e obstinados, a começar pelo seu. 2.3. Quando Deus retira a sua glória Por muito tempo, os m oradores de Jerusalém e Judá conservaram a sensação de que tudo estava fluindo muito bem. Não havia problema algum em manter as práticas pecaminosas — afinal de contas, servir a Deus ou não era uma questão de escolha, Acontece que Deus estava vendo todas as práticas pecaminosas dos judeus e fez cair sobre a cabeça deles as consequências de seus pecados (Ez 9.10). Na segund a visão revelada pelo Senhor ao profeta, ele avistou a glória de Deus saindo do Templo. Em seguida, os querubins conduziram a glória de Deus para fora da cidade de Jerusalém, em direção ao Monte das Oliveiras, em razão da condição de pecados e idolatria (Ez 10). A Palavra de Deus é categórica em afirmar que o Senhor é santo e requer santidade do seu povo. Sem santificação ninguém verá a Deus (Lv 19.2; 1 Pe 1.15). Não podemos permitir que o pecado nos faça perder a sensibilidade do Espírito Santo. Caso contrário, nós também per deremos a glória do Senhor que paira sobre nossa vida. 3.0 ATALAIA DE DEUS 3.1. A responsabilidade do vigia Quando o Senhor chamou Ezequiel para ser profeta, com parou-o a um “atalaia” (Ez 2—3). O atalaia é um tipo de servo que ficava à entrada da cida de, como uma sentinela, vigiando para anunciar caso qualquer perigo viesse ao encontro da cidade. Esse ofício se aplica às circunstâncias de Ezequiel, enquanto verdadeiro profeta em meio a muitos falsos, haja vista ser ele o canal de Deus para anunciar o mal que viria sobre Israel devido à sua desobediência (Ez 3.16-21). A responsabilidade do profeta era tanta que, caso ele não anunciasse a mensa gem para o arrependimento do pecador, Deus requerería o sangue dele das suas mãos, Mas, se avisasse o transgressor, e ele não se convertesse, este morrería na sua maldade. O mesmo fim se sucedería ao justo, caso desviado de sua justiça, ouvisse a mensagem e, mesmo assim, não se arrependesse (Ez 3.20). JUVENIS 23 Nestes últimos dias, Deus continua a nos chamar como “atalaias" para anun ciar a sua Palavra. Se não cumprirmos fielm ente o seu cham ado, serem os responsabilizados diante dEle. 3.2. Ouvir e advertir com o que ouviu A palavra anunciada a Ezequiel era clara: ele deveria ouvir e transmitir tudo quanto o Senhor ordenasse. Era preciso advertir os pecadores de que deveriam se converter de seus maus caminhose praticar a justiça. Após cumprir a sua missão como atalaia, a ordem de Deus era para que ele permanecesse em sua casa, calado, até que, no tempo oportuno, o Senhor tornasse a abrir sua boca para anunciar a Palavra à “casa rebelde". Deus cerrou os lábios do profeta durante sete anos, a fim de que não servisse de repreensão ao seu povo. O Senhor disse ao profeta: "Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir deixe: porque casa rebelde são eles" (Ez 3.27). Esse modo de tratar com o seu povo nos leva a crer que Deus conhece aqueles que certamente ouvirão ou não a sua mensagem. O nosso papel, enquanto m ensageiros de Deus, é pregar a sua Palavra “quer ouçam, quer deixem de ouvir". © póticiu^-% No site www.escoadominical.com. br, você encontra artigos e m atérias interessantes sobre o que acontece nas igrejas, sobretudo, na esfera da PARA CONCLUIR A experiência do profeta, no tocante às visões gloriosas, bem com o o seu chamado profético para anunciar uma dura m ensagem a um povo rebelde nos ensinam importantes lições para o tempo presente. Semelhante àqueles dias, a sociedade encontra-se cada vez mais distante dos valores e princípios da Palavra de Deus. Isso comprova as palavras do Senhor Jesus ao dizer que, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Que você, aluno(a) da classe Juvenis, se comprometa em ser um atalaia de Deus nestes últimos dias! < Q^HO RA DA REVISÃO WÊÈBÊB3SÈS£Sil&&SB8&BBSBg£8B8SBÊÉSfâ8&&&&BS^S8ÈÈBB8BSSB&SÈBBS9Ê&ÉÍÈ 1. Sendo de família sacerdotal (Ez 1.3), como teria sido a vida de Ezequiel, antes do cativeiro, em 597 a.C.? 2. Quem eram os profetas contempo râneos a Ezequiel? 3. Em seu sentido figurado, o que a primeira visão gloriosa de Ezequiel representava? 4. O que Ezequiel avistou na segunda visão gloriosa e por qual razão? 5. Como o ofício de atalaia se aplicava às circunstâncias de Ezequiel? W 1 i + + + O (S) ô ▲ .,4 http://www.escoadominical.com DANIEL — DEUS CONTROLANDO TUDO “Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos" (Danieí 1.17) ¥ * ¥ V V Dn 1.12 ★ O propósito dos jovens pela confiança em Deus Dn 7.9 ★ A visão gloriosa dos tronos e do Ancião 2 Ts 3,3 * Deus é fiel para nos guardar do Maligno Dn 4.37 ★ Deus abate os soberbos 1 Jo 1.9 * Se confessarmos os pecados, Ele é fiel para nos perdoar 2 Tm 2 .11-13 ★ Deus permanece fieL, pois não nega a si mesmo 25 m LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Daniel 1.1-7; 2.29,30 1 No ano terceiro do reinado de Jeo- aquim, rei de Judá, veio Nabucodo- nosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. 2 Eo SENHOR entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus. e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus. 3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres, 4 jovens em quem não houvesse de feito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para viver no palácio do rei, a fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus. 5 E o rei lhes determinou a ração de cada dia, da porção do manjar do rei e do vinho que ele bebia. e que assim fossem criados por três anos, para que no fim deles pudessem estar diante do rei. 6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, M isaele Azarias. 7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego. Daniel 2.29, 30 29 Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os segredos te fez saber o que há de ser. 30 E a mim me foi revelado este segredo, não porque haja em mim mais sabe doria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei e para que en tendesses os pensamentos do teu • • ® CONECTADO COM DEUS ••• 0 profeta Daniel ainda era jovem quando foi levado com seus amigos para o cativeiro na Babilônia. Ali, ele viveu experiências que jamais imaginava para sua vida. 0 rei havia ordenado a escolha de alguns jovens, pertencentes à li nhagem real judaica, formosos de aparência e habilitados para viver no palácio real. Dentre estes estava Daniel. À época, talvez ele mal pudesse imaginar o quanto aquelas tristes circunstâncias estavam diretamente ligadas ao bom propósito de Deus para sua vida. Muitas vezes, somos submetidos a situações assim, as quais pensamos que tudo deu errado. Mas a história de Daniel vai nos mostrar que Deus sempre tem 0 controle sobre todas as coisas e as faz cooperar para o bem daqueles que são chamados segundo 0 seu propósito! ui T © l. QUEM ERA DANIEL? 1.1. Cativeiro em Babilônia Nos dias do rei Jeoaquim, por voLta do ano 605 a.C„ Deus permitiu que Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadisse Judá e cercasse Jerusalém, O cativeiro babilônio tornou-se inevitável diante da im p enitência do povo de Judá, que por várias vezes rejeitou a convocação ao arrependimento feita pelos profetas enviados por Deus. A deportação dos judeus para a Babilô nia ocorreu em três etapas: o primeiro grupo foi levado em 605 a.C.; o segundo grupo foi deportado em 595 a.C.; e, por fim, o terceiro grupo foi conduzido para a Babilônia em 587 a.C. Daniel e seus amigos foram levados durante a primeira investida, sob o governo de Jeoaquim, rei de Judá (Dn 1.1). 1.2. Da Linhagem real Aspenaz, chefe dos eunucos, trouxe alguns jovens que pertenciam à linha gem real de Israel para participarem de um programa de treinamento no palácio do rei, Esses jovens deveriam ser formosos de aparência, instruídos em toda a sabedoria, sábios em toda a ciência, entendidos no conhecimento e aptos para viver no palácio do rei. Dentre estes, estavam Daniel e seus am igo s Hananias, M isael e Azarias. Eles receberam novos nomes: Daniel passo u a se ch am a r B eltessazar; a Hananias, cham aram d e S a d ra - que; M isael, d e M esaque; e Azarias, de Abede-Nego (1.7). No palácio do rei, os jovens aprenderíam as letras e a cultura dos caldeus e teriam uma rotina e dieta reguLadas com o melhor que poderia ser oferecido no império. 1.3. Um profeta-estadista Durante os dias em que esteve no palácio do rei, Daniel e seus am igos desfrutaram do cuidado divino. Tanto é que estes jovens so b ressaíram -se em relação aos dem ais que haviam sido transportados para a Babilônia. As Escrituras nos garantem que Deus concedeu a Daniel, Hananias, Misael e Azarias a graça de terem o conhe cimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria, mas a Daniel o Senhor concedeu o entendimento em toda a visão e sonhos (Dn 1.17). Deus iria levan tar Daniel como uma liderança forte e significativa no Império Babilônio, a fim de livrar o povo de Israel da destruição e para profetizar sobre o futuro, 2, CORAGEM PARA SER FIEL 2.1. Sua convicção pura Daniel e seus amigos foram educados na Lei do Senhor desde a infância. Noto riamente, as práticas religiosas, a dieta, bem como os ensinamentos caldeus contrariavam os retos conselhos da Lei do Senhor, Contudo, o posicionamento de Daniel e seus amigos revela que eles não renunciariam às suas convicções, mesmo se tivessem que pagar com a própria vida para isso. O amor à Palavra de Deus e a fé que receberam de seus pais fizeram com que a dedicação no serviço e obediência a Deus fossem maiores do que as circunstâncias adversas com que e le s se deparavam . Que exemplo! Será que você também está disposto a rejeitar as iguarias que o “deus deste século” tem colocado diante de você ou não vê problema algum em assentar-se à mesa com osescarnecedores? Pense nisso! JUVENIS 27 2.2. Decidiu não se contam inar O conhecimento da Lei do Senhor levou Daniel e os seus am igos a d is cernirem que as iguarias oferecidas no palácio do rei eram oferendas dedica das a deuses pagãos. Logo, participar daquela dieta significaria renunciar aos ensinamentos sagrados. Deus honrou a atitude dos jovens, fazendo com que a dieta de legum es adotada por eles tornasse suas aparências mais saudáveis do que a daqueles que se alimentavam da porção do manjar reaKDn 1.13-16). O Senhor ainda os abençoou dando-lhes conhecimento, inteligência em todas as letras e sabedoria, mais do que todos os outros doutos do reino (1.17,20). Quando nos tornamos tolerantes com o pecado, nos alim entando das “iguarias" mundanas, a nossa comunhão com Deus é prejudicada. Portanto, faça como Daniele seus amigos: decida em seu coração não se contam inar com este mundo. Adquira mais conhecimento sobre 0 livro de Daniel e as verdades reveladas ao profeta por meio da obra “Daniel Versículo por Versículo”, do Pr. Severino Pedro. 2.3. Sua vida de oração Para manterem-se firmes na fé, ape nas a decisão de não se contaminar com a cultura babilônica não seria o suficiente para aqueles jovens. Eles precisariam prosseguir na busca e comunhão com Deus. Por esse motivo, Daniel é caracteri zado no livro como um homem de oração (Dn 6.10). Desenvolver o hábito de orar, mesmo que em espirito, como ensina o apóstolo Paulo, é fundamental para não perdera conexão com o Senhor. Daniel e seus am igos certamente contaram com a provisão divina quando fizeram o trato com Aspenaz a respeito da dieta de legumes. Semelhantemente, diante das tentações e pressões do mundo, a contínua oração é o sustento necessário para vencermos pela fé (1 Jo 54). 3. FESTA NA BABILÔNIA 3.1. O orgulho humano Nos dias de seu reinado, Nabucodo- nosor havia sonhado com uma grande estátua feita de vários materiais (Dn 2). Nessa ocasião, Daniel foi levado ao rei a fim de revelá-lo 0 sentido do sonho e apontou que ele era a cabeça de ouro da estátua. Isso significava que o Deus dos céus o havia entregado o domínio de toda a Terra. Por essa razão, o rei se orgulhou muito e procurava usar a religião para consolidar o seu domínio sobre todas as províncias conquistadas. O orgulho fez com que o rei ordenasse a construção de uma estátua e convocou uma grande festa para a consagração daquele monumento. Nesse ajuntamen to, todos os prefeitos, presidentes, juizes e autoridades deveríam se prostrar e reverenciar a imagem do rei (3.1-6). Esse é mais um exemplo do que o orgulho pode provocar no coração das pessoas. 28 JUVENIS 3.2. A estátua de ouro e a coragem dos jovens A estátua que o rei mandou construir tinha dois metros e sessenta de largura, 27 metros de altura e foi levantada em um lo cal cham ado “Cam po de Dura" (3,1), Essa obra colossal tornou-se um símbolo do governo de Nabucodonosor. Para cumprir esse propósito, o rei con vocou todas as autoridades do Império Babilônico e, como prova de lealdade, ordenou que, ao sinal combinado e ao som da orquestra, todos se prostrassem diante da estátua (3.5), Mesmo sabendo das consequências de não obedecerem à ordem do rei, Sadraque, Mesaque e Abede-N ego não se curvaram diante da estátua. Atualmente, o nosso inimi go espiritual nos tenta para pecarmos contra o Senhor e nos desviarm os da sua vontade (1 Pe 5.8, 9). Entretanto, a confiança em Deus nos trará livramento de qualquer cilada. 3.3. A fornalha ardente superaque- cida e o Quarto Homem. A postura dos jovens hebreus cha m ou a ate n ção d e certos caLdeus. Insatisfeitos, com unicaram ao rei que a desobediência vinha justamente dos judeus que ocupavam cargos no reino. Depois que ficou sabendo, Nabucodono sor resolveu dar mais uma oportunidade aos jovens para que se submetessem ao decreto. Em resposta, os jo ven s confiaram p lenam ente na provisão divina. Caso não houvesse livramento, estavam dispostos a morrer submissos à vontade de Deus. Entretanto, quando foram lançados na fornalha ardente, um quarto homem com aparência di ferente apareceu entre eles. Era o anjo do Senhor livrando-os da morte (3.25). O Senhor sabe livrar e honrar aqueles que são fiéis aos seus mandamentos. © PARA CONCLUIR A história de Daniel e seus amigos na Babilônia nos mostra que o Senhor não abandona os seus servos nos mo mentos mais difíceis. Eles enfrentaram grandes desafios que surgiram para desanimá-los ou tentá-los a abando narem a fé. A história deles nos revela que Deus é soberano e tem o controle sobre cada detalhe da vida de seus servos. Confie sua vida a Deus e seja fiel aos seus ensinamentos, Ele conhece o seu passado, presente e, com certeza, tem um futuro de bênçãos para você. < Q^HO RA DA REVISÃO MIWWMMIMMMMMMBMMII11 1111 il h i l MIIIHUhH IÍM4111 III liU WilHliH' n 'IHHi II1 1. Como deveriam ser os jovens esco lhidos para o treinamento no palácio do rei da Babilônia? 2. Com o Deus honrou Daniel e aos seus amigos por decidirem não se contaminar com as iguarias do rei? 3. Com o o profeta Daniel é caracte rizado no livro bíblico? 4. O que o orgulho no co ração de Nabucodonosor o levou a fazer? 5. O que aconteceu quando Sadraque, + M esaq ue e A b e d e -N e g o foram lançados na fornalha ardente? 4. 9 ® a ▲ 4 CONHECENDO OS PROFETAS MENORES “E falarei aos profetas e multiplicarei a visão; e. pelo ministério ________ dos profetas, proporei símiles." (Oseias 12.10).________ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ ¥ J l 2.2 O Dia do Senhor está perto Am 3.6,7 O Senhor revela os seus desígnios aos profetas Jn 1 .1 ,2 * O cham ado do profeta Mq 1 .1 -7 ' A Palavra do Senhor contra Israel e Judá Hc 3 .1 ,2 A oração do profeta Zc 1.1-4 * Exortação ao arrependimento ■amaammmsmmnmmm mmsmmmmmmmmB LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Amós 3.1-7 1 Ouvi esta palavra que o SENHOR fala contra vós, filhos de Israel contra toda a geração que fiz subir da terra do Egito, dizendo: 2 De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós. 3 Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo? 4 Bramirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no covil a sua voz, se nada tiver apanhado? 5 Cairá a ave no laço em terra, se não houver laço para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma coisa? 6 Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e o SENHOR não o terá feito? 7 Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Zacarias 1.1-6 1 No oitavo mês do segundo ano de Dario, veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Baraquias, filho de Ido, dizendo: O SENHOR tem estado em extremo desgostoso com vossos pais. Portanto, dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Tornai para mim, diz o SENHOR dos Exércitos, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos. E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Convertei-vos. agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras. Mas não ouviram, nem me escutaram, diz o SENHOR. Vossos pais, onde estão eles? E os profetas, viverão eles para sempre? Contudo, as minhas palavras e os meus estatutos, que eu mandei pelos profetas, meus servos, não alcança ram a vossos pais? E eles tornaram e disseram: Assim como o SENHOR dos Exércitos fez tenção de nos tra tar, segundo os nossos caminhos e segundo as nossas obras, assim ele nos tratou. mmmmmmmnni, % • w • • v CO N ECTAD O COM DEUS ••• Deus levantou profetas que anunciaram a mensagem de arrependimento antes que viesse o cativeiro babilônico, mas também levantou profetas que anunciaram a mensagem de redenção durante e no pós-cativeiro. Em nossos dias, a mensagem profética não cessou. 0 Senhor continuaa falar, desde então, por meio da sua Igreja, A mensagem permanece a mesma: a chamada ao arrependimento e conversão dos maus caminhos, pois o grande Dia da redenção se aproxima, quando o Senhor voltará para buscar os seus santos. Ao som da trombeta, num abrir e fechar de olhos, a Igreja será arrebatada. 0 exemplo dos profetas menores tem muito a nos ensinar. -f- lw vW' u Q j ^ p * © l. A IMPORTÂNCIA DOS PRO FETAS MENORES. 1.1. Quem eram os profetas menores? Na primeira lição deste trimestre, vimos que a organização do texto bíblico classifica os livros por estilo literário. Nesse sentido, encontramos na Bíblia os livros que pertencem aos seguintes grupos: históricos, poéticos e proféticos. Co ncernentes aos livros proféticos, temos aqueles que são cham ados de "profetas maiores", em razão de seus escritos comportarem maior quantidade de textos (capítulos e versículos). E temos os "profetas menores", que constituem o grupo de livros proféticos que apresen tam menor quantidade de texto, porém, não menos importantes. Essa seção da Bíblia, que estudaremos nesta lição, é com posta por 12 livros que levam os nomes de seus respectivos escritores, a saber: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias. 1.2. Qual era a m issão? Os profetas menores tinham como missão confrontar a liderança política e espiritual, bem como o povo de Israel e Judá a respeito dos seu s pecados de idolatria, injustiças sociais e demais desobediências à Lei de Deus. Muitas vezes, a m ensagem anunciada petos profetas era representada por eventos que ocorriam nas suas próprias vidas, como, por exemplo, o casam ento de O seias com um a m ulher advinda da prostituição. O próprio Deus ordenou o profeta a agir dessa forma, o que cer tamente escandalizava os religiosos da época, Porém, servia de exemplo para lhes mostrar que, do mesmo modo, o Senhor caso u -se com um povo infiel que praticava a prostituição espiritual, isto é, a idolatria, dístanciando-se cada vez mais dos seus caminhos (Os 1,2). 2. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS PROFETAS MENORES 2.1. Por que m enores? Como mencionamos anteriormente, a nomenclatura “Menores" d eve-se ao fato de os escritos desses profetas com portarem menor quantidade de texto em relação aos profetas Isaías, Jeremias, Ezequiele Daniel. Isso não significa que as suas profecias ou ministérios tenham menos importância doutrinária. Outros aspectos que diferenciam os profetas menores são a datação em que foram escritos, as diferenças de estilo literário e a brevidade no relato dos fatos. Dentre os profetas menores, há onze livros cuja mensagem aborda probLemas relacio nados à arrogância dos reis e ao destino de povos ímpios. Em contrapartida, o livro de Jonas trata da sua experiência no tocante ao chamado para pregar uma mensagem de juízo e arrependimento a um povo ímpio e cruel. 2.2. Qual o período de atuação dos profetas? Os profetas considerados “menores" atuaram no período entre os séculos VIII e V. a.C. as datas não são precisas, porém, de acordo com os elementos históricos registrados em cada livro, é possível atri buir as seguintes datas aos respectivos livros proféticos: século VIII a.C,: livros: Oseias, Amós e Miqueias: século VII a.C.: livros: Naum, Habacuque e Sofonias; séculos V l-V a.C.: livros: Joel, Obadias, Ageu, Zacarias e Malaquias; data incerta: livro de Jonas. Obviamente, os livros que fazem parte do grupo dos “profetas menores" não estão necessariamente em ordem cronológica. Muitos desses 32 JUVENIS profetas anunciavam a mensagem do Senhor concomitantemente aos pro fetas maiores. Os grandes diferenciais são as temáticas e abordagens desses profetas aos destinatários da mensagem. O maior divisor de águas para situar os anos em que esses homens exerceram seus respectivos ministérios é o evento do cativeiro babilônico. Ele serve de referência para dem arcar os tempos de atuação de cada profeta. 3 . A ESTRUTURA DOS LIVROS 3.1. Visão panorâm ica Do ponto de vista panorâmico, os livros dos profetas menores estão or ganizados da seguinte forma: profetas que profetizaram antes do Cativeiro Babilônico: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque e Sofonias; e profetas que profetizaram após o Cativeiro Babilônico: Ageu, Za carias e Malaquias. Os autores desses livros foram ins trumentos de Deus para proclamar uma mensagem de repreensão à liderança poLítica e espiritual que governava Is rael e Judá, apontando os problemas políticos, sociais e espirituais. Mas não apenas a liderança, pois eles denuncia vam o pecado, a injustiça e a apostasia do povo concernente à adoração ao único Deus e à obediência à sua Lei. A natureza da mensagem profética consistia na cham ada ao arrependi mento e à fidelid ad e a Deus. N esse contexto, muitos profetas anunciaram a vinda do M essias e a prom essa da restauração do Reino davidico, 3.2. Mensagem e propósito A m en sagem dos profetas é um alerta de Deus quanto à negligência da adoração, ao cuidado para com os necessitados e uma repreensão quanto à falta de zelo com 0 Templo. Vamos ver a mensagem de cada profeta: Oseias — O livro de Oseias é o pri meiro dos 12 profetas m enores. Ele apresenta Deus como o amante divino. Assim, a pecam inosidade de Israel é representada em termos de infidelidade conjugal e injustiça. 0 próprio casamento do profeta se torna a m ensagem que ele prega: Deus, motivado pelo amor, restaurará Israel da m esm a maneira com o O seias recebeu de volta a sua esposa infiel (Os 1.2). Joel — O Dia do Senhor é revelado ao profeta Joel por meio da im agem amedrontadora da praga de locustas. Joel chama a nação ao arrependimento. Quando a nação realmente se arrepen de dos seus pecados, o Senhor ju lg a os povos que a oprimiram. O profeta anuncia também o derramamento do Espírito e a restauração de tudo o que o povo havia perdido (Jt 2.28, 29). Amós — Amós profetizou para o Rei no do Norte e protestou contra o estilo de vida luxuoso da classe governante que resultou em apatia moral e espiritual. O exílio era o julgamento de Deus sobre essas más obras (Am 5.12-16). Obadias — A mensagem de Obadias era uma condenação sobre Edom. Os edomitas traíram Judá e degolaram os seus refugiados. Mas havia uma promessa de restauração para Judá, enquanto os edomitas seriam devastados (Ob 12-15). Jonas — O livro de Jonas relata a his tória do profeta. Após receber a comissão, ele decide fugir e sofre as consequências dessa escolha. No ventre do grande peixe, contudo, Jonas recebe uma nova chance para cumprir a missão, e o povo de Nínive se arrepende Un 1.2,17), JUVENIS 33 PARA CONCLUIRMiqueias — O profeta Miqueias pro testa contra as injustiças da sociedade, bem com o contra a falsa religião. Por fim, o Senhor pronuncia um julgamento contra o seu povo, seguido de um a futura restauração (Mq 2.1-3). Naum — Naum anuncia a destruição da Assiria, assim com o de sua capital, Ninive. Com isso, o povo de Judá seria aliviado de muitas tensões (Na 2). Habacuque — O profeta questiona a Deus sobre as .injustiças e corrupções da sociedade. Finalmente, o livro termina com a com preensão de H abacuque acerca dos propósitos divinos e sua expressão de fé, louvor e esperança, mesmo diante de circunstâncias d es favoráveis (Hb 1.2; 3.17,18). Sofonias — O livro de Sofonias trata de uma condenação direta sobre a con dição espiritual de Judá e Jerusalém. O profeta anuncia também o Dia do Senhor com o um dia de julgam ento, porém, o remanescente será salvo (Sf 3.8,9), Ageu — A m ensagem de A geu é um despertam ento aos exilados que retornaram do cativeiro. Eles estavam empenhados em seus próprios interes ses, enquanto a Casa de Deus estava em ruínas (Ag 1.9,10). Zacaria s — Deus revela ao profeta Zacarias o futuro de Jerusalém após o retorno dos exilados. Ele viu o Templo reconstruído e osacerdócio restabe lecido, além da bênção de Deus sobre a cidade ao ponto de nações serem atraídas a ela (Zc 8), M alaquias — Malaquias denuncia o comportamento da nação pós-exílica. O povo não estava servindo ao Senhor devidamente. O profeta predisse tam bém a vinda de um m ensageiro que restauraria a religião (Ml 4 5. 6).O Deus levantou cada um dos cha mados “profetas menores" a fim de trazer uma mensagem de arrepen dimento, juízo e renovação espiritual ao seu povo. Esse mesmo propósito perm anece atualm ente a partir da igreja. Enquanto não chega o grande Dia da Volta de nosso Senhor, deve mos anunciar que o julgamento divino virá. Que Deus nos faça canais do seu Espirito Santo para esta geração! < Q HORA DA REVISÃO l, Por que os últimos 12 livros proféti cos recebem o nome de “profetas menores"? 2. Qual era a missão dos profetas m e nores? 3. Qual foi o período de atuação dos profetas menores? 4. Quais dos profetas menores exerce ram seu ministério antes do Cativeiro Babilônico? ► ------- -------------------- ^ 5. Dentre os profetas menores, quem ^ profetizou após o Cativeiro Babilônico? ^ “Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ete despedaçou ______ e nos sarará, fez a ferida e a ligará." (Oseias 6.1) V V Os 1.10 Vós sois filhos do Deus vivo Os 3.1 * O Senhor am a os filhos de Israel Os 6,3 - Prossigamos em conhecer o Senhor J l 1 .14 ,15 ★ O Dia do Senhor está perto J l 2 ,12 -17 Convertei-vos de todo o vosso coração J l 3 .11-16 ★ O Senhor julgará as nações 35 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Oseias 6.1-8; 1 Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele despedaçou e nos sarará, fez a ferida e a ligará. 2 Depois de dois dias, nos dará a vida; ao terceiro dia, nos ressuscitará, e viveremos diante dele. 3 Conheçamos e prossigamos em co nhecer o SENHOR: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra. • 4 Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque a vossa beneficência é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa. 5 Por isso, os abati pelos profetas; pela palavra da minha boca, os matei; e os teus juízos sairão como a luz. 6 Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. 7 Mas eles traspassaram o concerto, como Adão; eles se portaram aleivo- samente contra mim. 8 Gileade é a cidade dos que praticam a iniquidade, calcada de sangue. Joel 2.28-32 28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetiza rão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. 29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. 30 E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça. 31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. 32 E há de ser que todo aquele que in vocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como o SE NHOR tem dito, e nos restantes que o SENHOR chamar. C l • •(•) CONECTADO COM DEUS ••• Nesta aula, veremos as histórias dos profetas Oseias e Joel. A partir de suas profecias, vamos extrair preciosas lições espirituais, sobretudo, para viver estes últimos dias da Igreja sobre a Terra. Ambos os profetas tinham a importante missão de anunciar que 0 julgamento divino se aproxima. Porém, antes do Dia do Juízo, Deus estabeleceu um tempo para tratar com 0 seu povo sobre arrependimento a fim de trazer restauração, paz e prosperidade. Esse arrependimento, contudo, deveria ser sincero, não apenas de aparência ou palavras. Lembre-se de que Deus sonda os corações e é impossível se deixar enganar (Jl 2.13). Que 0 Senhor abençoe a sua vida por meio do estudo desta lição! + ► g S j 1 .0 JULGAMENTO DIVINO E O ^ AMOR DE DEUS. 1.1. O tema central da profecia de Oseias. A profecia de Oseias tratava-se de mais uma tentativa do Senhor em cha mar a nação de Israel ao arrependimento antes que v ie sse o seu julgam ento. Em bora o Senhor co ndenasse o pe cado da nação, ainda assim a amava e desejava manter o concerto que havia feito com ela, antes que adentrasse à Terra Prometida. A mensagem do profeta Oseias foi transm itida d e forma alegórica, isto é, o casam ento do profeta com uma m ulher vinda de prostituições serviu para ilustrar o tipo de fidelidade que o Reino do Norte tinha com o Senhor (Os í), Era uma nação que havia se desviado da Aliança com o seu Deus para se en tregar à idolatria. Nesse sentido, Deus é ilustrado como um marido que havia concedido todas as honras matrimoniais para uma nação que havia se tornado ímpia. Esse exemplo nos mostra que o amor de Deus, apesar de incondicional, não tolera o pecado. Tudo o que desvia a nossa vida da plena comunhão com Deus é considerado, espiritualmente, prostituição. Portanto, Deus abomina a atitude daqueles que vivem impiamente. 1.2. Exortação ao arrependimento A profecia de Oseias inicia-se com uma crítica contundente contra a infi delidade da nação em relação a Deus. Por conta de suas práticas pecaminosas, o Senhor entrou em contenda com o seu povo. O seias foi cham ado pelo Senhor para denunciar abertam ente os p e ca d o s dos ju d e u s. Não havia benignidade, nem conhecim ento de Deus na terra. Só prevalecia o perjurar, mentir, matar, furtar, adulterar, além de haver homicídios sobre homicídios por toda parte (Os 4.1,2). Nesse período, Deus usou o profeta para exortar a nação a arrepender-se, com eçando pela liderança política e espiritual. Após denunciar os pecados do povo e a negligência dos líderes, o que se viu foi o arrependimento superficial. O amor deles pelo Senhor era como o orvalho da manhã, que desaparecia rapidamente com o calor do dia (Os 6.4). Note que o arrependimento que Deus espera de seu povo deve ser sincero, profundo e refletido em ações. Não adianta oferecer sacrifícios, cum prir dogm as externos apenas na tentativa de manter a aparência religiosa, pois como disse o Senhor por meio do pro feta Oseias: “misericórdia quero e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos" (Os 6.6). 1.3. Prom essas de bênçãos abun dantes Deus tinha promessas verdadeiras para o seu povo, Um tempo de paz, bên çãos e prosperidade. O Senhor promete, por seus próprios meios, sarara perversão # Adquira mais conhecimento lendo a “Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica”, de Tim Lahaye e Ed Hindson. JUVENIS 37 do seu povo e voluntariamente o amar e apartar a sua ira dele (Os 144). Essa predis posição do próprio Deus em restaurar o seu povo coaduna com o seu ato voluntá rio de entregar o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,16). Tudo o que Deus esperava de seu povo era um arrependimento sincero, A promessa da restauração de Israel serve de exemplo para os dias atuais, pois o Senhor continua a curar, salvar, batizar no Espírito Santo e a levar o homem para o Céu. 2. O LIVRO D EJO EL 2.1.0 tema central da profecia deJoel Assim como o casamento de Oseias prefigura o relacionamento infiel do povo para com Deus, Joel utiliza os fenôme nos da natureza, a saber, a assustadora praga da locusta, bem com o de uma seca severa para descrever o cenário atual de Judá e anunciar a mensagem de que algo pior ainda estava porvir, isto é, o grande Dia do Senhor (Jl 1,15). Esse dia seria marcado pela iminente invasão militar estrangeira por parte de um povo que vinha do Norte, Diante da calam id ad e atual e do respectivo juízo divino, restava à nação buscar 0 arrependimento. Nesse sentido, a mensagem de Joel tinha o tríplice pro pósito: 1) juntar o povo diante do Senhor em uma grande reunião solene (Jl 1.13, 14); 2) exortar o povo ao arrependimento por meio do choro, do jejum e do clamor sinceros (2.12-17):
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