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Caderno de Jurisprudencia 2

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CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
JULGADOS RELEVANTES 
 
 
RETA FINAL – DELEGADO PARANÁ 
 
TURMA 3 - SEMANA 01 
 
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SEMANA 02 
 
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COMO UTILIZAR O MATERIAL 
 
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que, por 
meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ. Em caso de 
dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site Dizer o Direito e 
estude o informativo na íntegra. 
 
Sumário 
Sumário ......................................................................................................................................... 3 
SEMANA 02 ................................................................................................................................... 4 
13. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL ........................................................................... 4 
14. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL ................................................................................... 4 
15. CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA ........................................................................................ 7 
16. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ............................................................................................... 8 
17. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................... 9 
17.1 Crimes Diversos ................................................................................................................................... 10 
17.2 Descaminho ......................................................................................................................................... 11 
17.3 Contrabando ........................................................................................................................................ 12 
17.4 Denunciação Caluniosa ....................................................................................................................... 12 
17.5 Corrupção ............................................................................................................................................ 12 
17.6 Peculato ............................................................................................................................................... 13 
17.7 Conceito de Funcionário Público e Causa de Aumento do Art. 327, §2º do CP ............................. 14 
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS ............................ 14 
19. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI Nº 7.492/86) ............................. 16 
20. LEI DO CRIME RACIAL ............................................................................................................ 17 
21. CRIMES NO ECA ..................................................................................................................... 18 
22. CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90) ................................................................................. 20 
23. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI Nº 8.137/90) .................................................. 20 
24. CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI Nº 8.666/93) .......................................... 22 
25. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI Nº 9.503/97) .......................................................... 23 
26. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9.605/98) ..................................................................... 24 
 
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SEMANA 02 
 
13. CRIME DE VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se TÍPICA, em relação ao crime previsto no artigo 184, 
parágrafo 2º, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. 
• Súmula nº 502, STJ. Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto 
no artigo 184, parágrafo 2º, do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1.193.196. Súmula 502-STJ 
 
 
14. CRIME CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos casos de estupro de vulnerável praticado em continuidade delitiva em que não é possível precisar o 
número de infrações cometidas, tendo os crimes ocorrido durante longo período de tempo, deve-se aplicar 
a causa de aumento de pena no patamar máximo de 2/3. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Sexta Turma, por unanimidade, julgado 
em 8/8/2023. (Info 782) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos casos de estupro de vulnerável praticado em continuidade delitiva, a aplicação das agravantes e 
majorante específicas em situações distintas não configura bis in idem, e, na dosimetria da pena, deve-se 
considerar o aumento de pena no patamar máximo de 2/3, levando-se em conta os inúmeros abusos 
sofridos pela vítima. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 23/5/2023, DJe 
26/5/2023. (Ed. Extra n. 13). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Admite-se o distinguishing quanto ao Tema 918/STJ (REsp 1.480.881/PI), na hipótese em que a diferença 
de idade entre o acusado e a vítima não se mostrou tão distante quanto do acórdão paradigma (o réu 
possuía 19 anos de idade, ao passo que a vítima contava com 12 anos de idade), bem como há concordância 
dos pais da menor somado a vontade da vítima de conviver com o réu e o nascimento do filho do casal, o 
qual foi registrado pelo genitor. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF1), Rel. para acórdão Ministro Sebastião 
Reis Júnior, Sexta Turma, por maioria, julgado em 16/5/2023, DJe 25/5/2023. (Info 777) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O delito de registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B do CP) possui a natureza de ação penal 
pública incondicionada. 
Nota: inexistindo menção expressa (seja no capítulo I-A, seja no art. 216-B) de que se trata de ação privada 
ou pública condicionada, aplica-se a regra geral do Código Penal: no silêncio da lei, deve-se considerar a ação 
penal como pública incondicionada. No mesmo sentido, referencia-se o entendimento do Tribunal de origem 
no sentido de que "A interpretação deve ser, em tais hipóteses, necessariamente restritiva, pelo que é 
forçoso reconhecer não estar referido "Capítulo I-A" abrangido na previsão expressa de mencionado art. 225 
do CP. Não se pode, contudo, perder de vista que a regra geral da legislação criminal é a ação penal pública 
ser incondicionada, sendo pública condicionada, ou privada, apenas se houver previsão expressa nesse 
sentido pelo legislador”. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 25/4/2023. (Info 772) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não se admite o distinguishing realizado no julgamento do AgRg no REsp 1.919.722/SP - caso de dois jovens 
namorados, cujo relacionamento foi aprovado pelos pais da vítima, sobrevindo um filho e a efetiva 
constituição de núcleo familiar - nas hipóteses em que não há consentimento dos responsáveis legais 
somado ao fato do acusado possuir gritante diferença de idade da vítima - o que invalida qualquer 
relativização da presunção de vulnerabilidade do menor de 14 anos no crime de estupro de vulnerável. 
Nota: São casos diferentes e, neste então, plenamente válidas a Súmula n. 593 do Superior Tribunal de Justiça 
e a tesedo REsp repetitivo 1.480.881/PI (Tema 1121) sobre a impossibilidade de relativização da presunção 
de vulnerabilidade da vítima. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/3/2023, DJe 
17/3/2023. (Info 769) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Presente o dolo específico de satisfazer à lascívia, própria ou de terceiro, a prática de ato libidinoso com 
menor de 14 anos configura o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), independentemente da 
ligeireza ou da superficialidade da conduta, não sendo possível a desclassificação para o delito de 
importunação sexual (art. 215-A do CP). 
Nota: Desclassificar a prática de ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos para o delito do art. 215-A do 
CP, crime de médio potencial ofensivo que admite a suspensão condicional do processo, desrespeitaria ao 
mandamento constitucional de criminalização do art. 227, §4º, da CRFB, que determina a punição severa do 
abuso ou exploração sexual de crianças e adolescentes. Haveria também descumprimento a tratados 
internacionais. O art. 19 da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança é peremptório ao impor 
aos Estados a adoção de medidas legislativas, administrativas, sociais e educacionais apropriadas para 
proteger a criança contra "todas" as formas de abuso. 
STJ. REsp 1.959.697-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 08/06/2022. (Tema 1121) 
(Info 740). 
Mesmo sentido: STJ. 3ª Seção. AgRg na RvCr 4.969/DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 26/06/2019. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A simulação de arma de fogo pode sim configurar a “grave ameaça”, para os fins do tipo do art. 213 do 
Código Penal. 
Nota: Isso porque a “grave ameaça” deve ser analisada com base no sentimento unilateral que é provocado 
no espírito da vítima subjugada. A existência de grave ameaça não depende do risco objetivo e concreto a 
que a vítima foi efetivamente submetida. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.916.611-RJ, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), julgado em 21/09/2021. (Info 711) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O “cliente” da exploração sexual (art. 218-B do CP) pode ser punido sozinho, ou seja, mesmo que não haja 
um proxeneta. 
Nota: O delito previsto no art. 218-B, § 2º, inciso I, do Código Penal, na situação de exploração sexual, não 
exige a figura do terceiro intermediador. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.530.637/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021. (Info 690) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para que se configure ato libidinoso, não se exige contato físico entre ofensor e vítima. Assim, doutrina e 
jurisprudência sustentam a prescindibilidade do contato físico direto do réu com a vítima, a fim de priorizar 
o nexo causal entre o ato praticado pelo acusado, destinado à satisfação da sua lascívia, e o efetivo dano 
à dignidade sexual sofrido pela ofendida. 
Nota: 
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• Segundo a posição majoritária na doutrina (ex. Cleber Masson e Rogério Sanches, por exemplos), a simples 
contemplação lasciva já configura o “ato libidinoso” descrito nos arts. 213 e 217-A do Código Penal, sendo 
irrelevante, para a consumação dos delitos, que haja contato físico entre ofensor e ofendido. É o mesmo 
entendimento do STJ. 5ª Turma. RHC 70976-MS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 2/8/2016 (Info 587). 
• Assim, a 6ª Turma do STJ no informativo (685) decidiu assim como a doutrina e jurisprudência que 
sustentam a PRESCINDIBILIDADE DO CONTATO FÍSICO DIRETO DO RÉU COM A VÍTIMA, A FIM DE PRIORIZAR 
O NEXO CAUSAL ENTRE O ATO PRATICADO PELO ACUSADO, DESTINADO À SATISFAÇÃO DA SUA LASCÍVIA, E 
O EFETIVO DANO À DIGNIDADE SEXUAL SOFRIDO PELA OFENDIDA. 
Veja ainda: Em situações excepcionais, tem-se que o crime de estupro pode se caracterizar, inclusive, em 
situações nas quais não há contato físico entre o agente e a vítima. 
STJ. 5ª Turma. HC 611.511/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, DJe 15/10/2020. 
STJ. 6ª Turma. HC 478.310, Rel. Min. Rogério Schietti, julgado em 09/02/2021. (Info 685) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A irmã de vítima do crime de estupro de vulnerável responde por conduta omissiva imprópria se assume 
o papel de garantidora. 
Nota: Para que uma pessoa responda por um crime omissivo impróprio é preciso que, na situação concreta, 
ela tivesse o dever legal de agir e, mesmo assim, deixou de atuar, o que acabou auxiliando na produção do 
resultado delituoso e há três hipóteses legais acerca do dever de agir: art. 13, §2º, do CP: 
“A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever 
de agir incumbe a quem: 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado.” 
No caso concreto, a irmã assumiu a responsabilidade ao levar a criança para a sua casa sem a companhia da 
genitora e criou risco da ocorrência do resultado ao não denunciar o agressor, mesmo ciente de suas 
condutas, bem como ao continuar deixando a menina sozinha em casa. 
STJ. 5ª Turma. HC 603.195-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 06/10/2020. (Info 681) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não há nenhuma nulidade quando o Juiz refuta o exame pericial não esclarecedor nos crimes de estupro 
de vulnerável sem conjunção carnal, para, acolhendo as demais provas, principalmente o depoimento da 
vítima e das testemunhas, concluir pela condenação do réu, porque no sistema jurídico penal brasileiro 
vigora o princípio do “livre convencimento motivado” do julgador. 
STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no RHC 127.089/MG, Rel. Ministro Nefi Cordeiro, julgado em 24/11/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No crime sexual cometido durante vulnerabilidade temporária da vítima, sob a égide do art. 225 do Código 
Penal com a redação dada pela Lei n. 12.015/2009, a ação penal pública é condicionada à representação. 
Nota: 
⚠ DIVERGÊNCIA 
Em casos de vulnerabilidade da ofendida, a ação penal é pública incondicionada, nos moldes do parágrafo 
único do art. 225 do CP. Esse dispositivo não fez qualquer distinção entre a vulnerabilidade temporária ou 
permanente, haja vista que a condição de vulnerável é aferível no momento do cometimento do crime, 
ocasião em que há a prática dos atos executórios com vistas à consumação do delito. Em outras palavras, 
seja a vulnerabilidade permanente ou temporária, no caso de estupro de vulnerável a ação penal é sempre 
incondicionada. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1103678/PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 26/02/2019. 
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⚠ ATENÇÃO: A discussão acima exposta existia antes da Lei nº 13.718/2018, sendo certo que atualmente 
não importa diante da atual redação do art. 225 do CP que passou a prever que TODOS os crimes contra a 
dignidade sexual são de ação pública INCONDICIONADA. 
REsp 1.814.770-SP, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 05/05/2020, DJe 01/07/2020. (Info 675 STJ) 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. RHC 148.695/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonsenca, julgado em 17/08/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A conduta caracterizada como “beijo lascivo”, contra criança de 05 (cinco) anos de idade, se subsome a 
prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A do Código Penal. Não é possível 
desclassificar essa conduta para a contravenção penal de molestamento (art. 65 do Decreto-Lei nº 
3.668/41). 
STF. 1ª Turma. HC 134591/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 1/10/2019. (Info 954) 
 
No Concurso Será CobradoDa Seguinte Forma: 
O crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) é geralmente associado à superioridade hierárquica em 
relações de emprego, no entanto pode também ser caracterizado no caso de constrangimento cometido 
por professores contra alunos. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1759135/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. p/ Acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 13/08/2019. (Info 658) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime previsto no inciso I do § 2º do artigo 218-B do Código Penal se consuma independentemente da 
manutenção de relacionamento sexual habitual entre o ofendido e o agente. 
Nota: basta um único contato para configuração do crime. Além disso, o cliente pode ser punido sozinho, 
ainda que não exista um proxeneta. 
STJ. HC 371.633/SP, Rel. Min. Jorge Mussi, por unanimidade, julgado em 19/03/2019, DJe 26/03/2019. (Info 645) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No artigo 218-B do Código Penal não basta aferir a idade da vítima, devendo-se averiguar se o menor de 
18 (dezoito) anos ou a pessoa enferma ou doente mental, não tem o necessário discernimento para a 
prática do ato, ou por outra causa não pode oferecer resistência. 
Nota: imaturidade associada à má situação financeira o torna vulnerável. 
STJ. HC 371.633-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, por unanimidade, julgado em 19/03/2019, DJe 26/03/2019. (Info 645) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A conduta consistente em manter casa para fins libidinosos, por si só, não mais caracteriza crime, sendo 
necessário, para a configuração do delito, que HAJA EXPLORAÇÃO SEXUAL, assim entendida como a 
violação à liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia carnal. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.683.375-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 14/08/2018. (Info 631) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A Súmula 608 do STF permanece válida mesmo após o advento da Lei nº 12.015/2009. Assim, em caso de 
estupro praticado mediante violência real, a ação penal é pública INCONDICIONADA mesmo após a Lei nº 
12.015/2009. 
STF. 1ª Turma. HC 125360/RJ, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 27/2/2018. (Info 892) 
 
 
15. CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
NÃO será possível aplicar para o réu que praticou o art. 273, § 1º-B do CP a causa de diminuição prevista 
no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, por ausência de previsão legal. 
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Nota: 
⚠ Divergências 
• Para a 5ª Turma: SIM, é possível. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1810273/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado 
em 01/10/2019. 
O § 1º-B foi inserido no art. 273 do CP por força da Lei 9.677/98. O objetivo do legislador foi o de punir 
pessoas que vendem determinados “produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais” e que, embora 
não se possa dizer que sejam falsificados, estão em determinadas condições que fazem com que seu uso seja 
potencialmente perigoso para a população. 
A pena prevista pelo legislador para o § 1º-B foi de 10 a 15 anos de reclusão. Ocorre que essa pena é muito 
alta e, por conta disso, começou a surgir entre os advogados que militam na área a constante alegação de 
que essa reprimenda seria inconstitucional por violar o princípio da proporcionalidade. 
⇾ A tese foi acolhida pelo STJ? SIM. 
O STJ decidiu que o preceito secundário do art. 273, § 1º-B, inciso V, do CP é inconstitucional por ofensa aos 
princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1740663/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado 
em 11/06/2019. 
⇾ O que o STF entende a respeito? O Plenário do STF decidiu que “É inconstitucional a aplicação do preceito 
secundário do art. 273 do Código Penal, com redação dada pela Lei nº 9.677/98 (reclusão, de 10 a 15 anos, 
e multa), à hipótese prevista no seu § 1ºB, I, que versa sobre a importação de medicamento sem registro 
no órgão de vigilância sanitária.” STF. Plenário. RE 979962/RS, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/3/2021 (Repercussão Geral 
– Tema 1003). (Info 1011) 
 
16. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A depender da gravidade da circunstância judicial, a incidência de uma única delas (art. 59, Código Penal) 
é suficiente para a fixação da pena-base no máximo legal. 
STJ. AgRg nos EDcl no AREsp 2.172.438-SP, Rel. Ministro João Batista Moreira (Desembargador convocado do TRF1), Quinta Turma, por 
unanimidade, julgado em 11/4/2023, DJe 14/4/2023. (Ed. Extra n. 13). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime de falsificação de documento público, consistente na 
falsificação de identidades funcionais do Poder Judiciário da União. 
Nota: a falsificação de identidades funcionais do Poder Judiciário da União atinge direta e essencialmente a 
fé pública e a presunção de veracidade de documento, cuja expedição atribui-se à Administração Pública 
Federal, à qual o resguardo compete constitucionalmente à Justiça Comum Federal (art. 109, inciso IV, da 
Constituição Federal). 
STJ. CC 192.033-SP, Rel. Ministra Laurita Vaz, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 14/12/2022, DJe 19/12/2022. (Info 763). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A empresa ostensiva, ou seja, a importadora aparente, que não indica o verdadeiro importador das 
mercadorias pratica o delito tipificado no art. 299 do Código Penal (falsidade ideológica). 
Nota: demais, considera-se como local da infração a sede fiscal da pessoa jurídica responsável pela inserção, 
na Declaração de Importação, de seu nome como importadora ostensiva, sabedora de que o real importador 
é outro. 
STJ. 3ª Seção. AgRg no CC 175.542/PR, Rel. Joel Ilan Paciornik, julgado em 24/02/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Na falsidade ideológica, o termo inicial da contagem do prazo da prescrição da pretensão punitiva é o 
momento da consumação do delito (e não o momento da eventual reiteração de seus efeitos). 
Nota: A falsidade ideológica é crime formal e instantâneo, cujos efeitos podem se protrair no tempo. 
STJ. 3ª Seção. RvCr 5233-DF, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 13/05/2020. (Info 672) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Adulterar placa de veículo reboque ou semirreboque NÃO configura o crime do art. 311 do CP. 
STJ. 6ª Turma. RHC 98058-MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 24/09/2019 (Info 657). 
⇾ CONTUDO, A LEI Nº 14.562/2023 ALTEROU O ART. 311 DO CÓDIGO PENAL, PARA CRIMINALIZAR A CONDUTA DE 
QUEM ADULTERA SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO NÃO CATEGORIZADO COMO AUTOMOTOR. A NOVA REDAÇÃO 
DO ART. 311 FALA AGORA EXPRESSAMENTE EM “REBOQUE” E “SEMIRREBOQUE”. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para tipificar o crime do art. 291 do CP, basta que o agente detenha a posse de petrechos destinados à 
falsificação de moeda, sendo prescindível que o maquinário seja de uso exclusivo para esse fim. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.758.958-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 11/09/2018. (Info 633) 
 
 
17. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A conduta de ingressar em estabelecimento prisional com chip de celular NÃO se subsome ao tipo penal 
previsto no art. 349-A do Código Penal. 
Nota: 
⇾ Cuidado para não confundir - A posse de chip de telefone celular pelo preso, dentro de estabelecimento 
prisional, configura falta disciplinar de natureza grave, ainda que ele não esteja portando o aparelho (STJ. 5ª 
Turma. HC 260122-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 21/3/2013). 
STJ. 5ª Turma. HC 619776/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 20/04/2021. (Info 693) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime de exercício arbitrário das próprias razões é formal e consuma-se com o emprego do meio 
arbitrário,ainda que o agente não consiga satisfazer a sua pretensão. 
⚠ Nota: Na doutrina, há posição de que o crime é material (Nelson Hungria e Mirabete, por exemplos): Se o 
agente não conseguiu o resultado pretendido, ele não fez justiça pelas próprias mãos. Logo, o delito não se 
consumou. 
Entretanto, para o STJ, o tipo penal afirma que o sujeito age “para satisfazer” a sua pretensão sendo, então, 
suficiente, para a consumação do delito, que o agente tenha praticado atos para fazer justiça com as próprias 
mãos, ainda que não tenha conseguido. 
⚠ FRISA-SE QUE NÃO É NECESSÁRIO QUE O AGENTE TENHA ATINGIDO EFETIVAMENTE O SEU OBJETIVO. E, 
POR FIM, RESSALTA-SE QUE A SATISFAÇÃO, SE OCORRER, CONSTITUI MERO EXAURIMENTO DA CONDUTA. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.860.791, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/02/2021. (Info 685) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Aquele que compra o prestígio de alguém que alegava ter influência junto a órgão público para impedir 
um ato de fiscalização, apesar de praticar ato antiético e imoral, não comete nenhum ilícito se, ao fim e ao 
cabo, é enganado e não obtém o resultado esperado. 
STJ. 5ª Turma. RHC 122.913, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 15/12/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime do art. 359-C do CP é próprio considerando que somente pode ser sujeito ativo do delito o agente 
público que tenha poderes para contrair obrigação em nome do ente que representa. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1.415.425-AP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 19/09/2019. (Info 657) 
 
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17.1 Crimes Diversos 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
São atípicas as condutas de submeter-se à vacinação contra covid-19 em local diverso do agendado e/ou 
com aplicação de imunizante diverso do reservado e/ou de submeter-se à vacinação sem a realização de 
agendamento. 
Nota: No caso, o Tribunal de origem considerou que as condutas de submeter-se à vacinação contra covid-
19 em local diverso do agendado, com aplicação de imunizante diverso do reservado e sem a realização de 
agendamento subsumir-se-iam, em tese, aos tipos penais previstos nos arts. 312 e 317, § 2º, do Código Penal. 
STJ. AgRg no RHC 160.947-CE, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/09/2022, DJe 30/09/2022. (Info 
752) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é típico o ato do servidor que se apropria de valores que já lhe pertenceriam, em razão do cargo por 
ele ocupado. 
Nota: Nos termos da jurisprudência deste STJ, não é típico o ato do servidor que se apropria de valores que 
já lhe pertenceriam, em razão do cargo por ele ocupado. Assim, a conduta da funcionária poderia ter 
repercussões disciplinares ou mesmo no âmbito da improbidade administrativa, mas não se ajusta ao delito 
de peculato, porque seus vencimentos efetivamente lhe pertenciam. Se o servidor merecia perceber a 
remuneração, à luz da ausência da contraprestação respectiva, é questão a ser discutida na esfera 
administrativo-sancionadora, mas não na instância penal, por falta de tipicidade. 
STJ. 5a Turma. AgRg no AREsp 2.073.825-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 16/08/2022, DJe 22/08/2022. 
(Info 746). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A desobediência à ordem legal de parada, emanada por agentes públicos em contexto de policiamento 
ostensivo, para a prevenção e repressão de crimes, constitui conduta penalmente típica, prevista no art. 
330 do Código Penal Brasileiro. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1859933-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 09/03/2022 (Recurso Repetitivo – Tema 1060) (Info 732). 
⇾ No entanto, o Superior Tribunal de Justiça possui julgados sobre situação semelhante envolvendo 
abordagem por agentes de trânsito ou policiais militares no exercício de atividade fiscalizatória das normas 
de trânsito. Para esses casos, o STJ tem o posicionamento de que a negativa à ordem de parada configura, 
exclusivamente, infração administrativa prevista no art. 195 do CTB. 
EM ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO DE 
TRÂNSITO, SE FOR AGENTE DE TRÂNSITO OU 
POLICIAL MILITAR 
EM ATIVIDADE OSTENSIVA, DE PREVENÇÃO 
OU REPRESSÃO A CRIMES E BUSCA POR 
CRIMINOSOS 
⚠ o descumprimento da ordem de parada é um 
atípico penal, configurando, exclusivamente, 
infração administrativa prevista no art. 195 do 
CTB. Fundamentos: na previsão de sanção 
administrativa do art. 195, CTB não há ressalva 
que possibilite a cominação concomitante com 
sanção de natureza penal. Além disso, o Direito 
Penal segue o princípio da subsidiariedade. 
⚠ a negativa à ordem de parada emitida por 
policiais constitui crime de desobediência do art. 
330 do CP, não havendo que se falar em 
incidência da regra do art. 195 do CTB, que se 
aplica para situação fática diversa, qual seja, 
fiscalização de trânsito. 
STJ HC 369.082/SC, 5ª Turma. 
 
STJ HC 369.082/SC, 5ª Turma. 
 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A mera interpretação equivocada da norma tributária não configura o crime de excesso de exação. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1943262-SC, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 05/10/2021. (Info 712) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Comete crime de DESOBEDIÊNCIA (art. 330 do CP) o indivíduo que não atende a ordem dada pelo oficial 
de justiça na ocasião do cumprimento de mandado de entrega de veículo, expedido no juízo cível. 
STF. 1ª Turma. HC 169417/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 28/4/2020. (Info 975) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A norma do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de desacato, foi recepcionada pela Constituição 
de 1988. 
Nota: De acordo com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do Supremo Tribunal 
Federal, a liberdade de expressão não é um direito absoluto e, em casos de grave abuso, é legítima a 
utilização do direito penal para a proteção de outros interesses e direitos relevantes. 
STF. Plenário. ADPF 496, Rel. Roberto Barroso, julgado em 22/06/2020. (Info 992) 
Mesmo sentido: STF. 2ª Turma. HC 141949/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 13/03/2018. (Info 894) 
17.2 Descaminho 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A apreensão de mercadorias antes da entrada no recinto da aduana não configura o crime de descaminho. 
STJ. RHC 179.244-SC, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 6/6/2023, DJe 12/6/2023. (Ed. Extra n. 13). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Incide a causa especial de aumento de pena prevista no § 3º do art. 334 do Código Penal quando se tratar 
de descaminho praticado em transporte aéreo, não sendo relevante o fato de o voo ser regular ou 
clandestino. 
STJ. AgRg no AREsp 2.197.959-SP, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por maioria, julgado em 28/2/2023. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para aplicação da majorante prevista no art. 334, § 3º, do Código Penal, é necessária a condição de 
clandestinidade. 
⚠ Nota: A majorante somente pode ser aplicada quando houver uma maior reprovabilidade da conduta, 
caracterizada pela atuação do imputado no sentido de dificultar a fiscalização estatal, por meio da 
clandestinidade. 
• Em sentido contrário: STJ e 1ª Turma do STF: NÃO. 
O art. 334, § 3º, do Código Penal prevê a aplicação da pena em dobro se “o crime de contrabando ou 
descaminho é praticado em transporte aéreo”. 
• Se a lei não faz restrições quanto à espécie de voo que enseja a aplicação da majorante, não cabe ao 
intérprete restringir a aplicação do dispositivo legal, sendo irrelevante que o transporte seja clandestino ou 
regular. 
STJ. 5ª Turma. HC 390.899/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 23/11/2017. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1850255/SP,Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/05/2020. 
• O art. 334, § 3º, do CP, ao versar sobre o aumento da sanção nos casos de descaminho praticado em 
transporte aéreo, não distingue os casos de voos clandestinos ou regulares. 
STF. 1ª Turma. HC 169846, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/11/2019. 
STF. Plenário. HC 162553 AgR/CE, relator Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/9/2021. (Info 1030) 
Em sentido contrário: STJ e 1ª Turma do STF 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
 
Compete à JUSTIÇA FEDERAL o julgamento dos crimes de CONTRABANDO e de DESCAMINHO, ainda que 
inexistentes indícios de transnacionalidade na conduta. 
STJ. 3ª Seção. CC 160.748-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 26/09/2018. (Info 635) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É dispensada a existência de procedimento administrativo fiscal com a posterior constituição do crédito 
tributário para a configuração do crime de descaminho (art. 334 do CP), tendo em conta sua natureza 
formal. 
STF. 1ª Turma. HC 121798/BA, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2018. (Info 904) 
 
17.3 Contrabando 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Configura CONTRABANDO (e não descaminho) a conduta de importar, à margem da disciplina legal, arma 
de pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola. 
Não é possível aplicar o princípio da insignificância mesmo que a arma de ar comprimido importada seja 
de calibre inferior a 6 mm, já que este postulado é incabível para contrabando. 
STF. 2ª Turma. HC 131943/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 7/5/2019. (Info 939) 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. REsp 1428628/RS, julgado em 28/04/2015/STJ. 6ª Turma. REsp 1.427.726-RS, julgado em 14/10/2014. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete à JUSTIÇA FEDERAL a condução do inquérito que investiga o cometimento do delito previsto no 
art. 334, § 1º, IV, do Código Penal, na hipótese de venda de mercadoria estrangeira, permitida pela ANVISA, 
desacompanhada de nota fiscal e sem comprovação de pagamento de imposto de importação. 
STJ. CC 159.680-MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, por unanimidade, julgado em 08/08/2018, DJe 20/08/2018. 
 
17.4 Denunciação Caluniosa 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se, em razão da comunicação falsa de crime, houve a instauração de inquérito policial, sendo a falsidade 
descoberta durante os atos investigatórios nele realizados, o delito cometido é o de DENUNCIAÇÃO 
CALUNIOSA, previsto no art. 339 do CP. O fato de o indivíduo apontado falsamente como autor do delito 
inexistente não ter sido indiciado no curso da investigação não é motivo suficiente para desclassificar a 
conduta para o crime do art. 340. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1482925-MG, Rel. Min. Sebastião Reis, julgado em 6/10/2016. (Info 592) 
 
17.5 Corrupção 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Configura o crime de CORRUPÇÃO ATIVA o oferecimento de vantagem indevida a funcionário público para 
determiná-lo a omitir ou retardar ato de ofício relacionado com o cometimento do crime de posse de 
drogas para uso próprio. 
Nota: O artigo 28 da Lei de Drogas, ainda que não preveja pena privativa de liberdade, permanece como 
crime. Não houve descriminalização da conduta, mas tão somente sua despenalização, vez que a norma 
especial conferiu tratamento penal mais brando aos usuários de drogas. Em casos dessa natureza, muito 
embora não se imponha a prisão em flagrante, é obrigação do policial conduzir o autor do fato diretamente 
ao juízo competente ou, na falta deste, à delegacia, lavrando-se, neste caso, o respectivo termo 
circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e perícias necessários, nos termos do artigo 
48, §§ 2º e 3º, da Lei n. 11.343/2006. 
Cumpre ressaltar, ainda, que para a configuração do delito de corrupção ativa, a norma penal sequer exige 
que o ato de ofício tenha sido efetivamente praticado, até porque, em se constatando que o funcionário 
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retardou ou omitiu ato de ofício, ou o praticou infringindo dever funcional, incidirá a causa de aumento de 
pena prevista no parágrafo único do artigo 333 do Código Penal. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 2.007.599-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
03/05/2022. (Info 735). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para tipificação do art. 317 do Código Penal - CORRUPÇÃO PASSIVA -, deve ser demonstrada a solicitação 
ou recebimento de vantagem indevida pelo agente público, não configurada quando há mero 
ressarcimento ou reembolso de despesa. 
Nota: Não comete crime o médico do SUS que cobra do paciente um valor pelo fato de utilizar, na cirurgia, a 
sua máquina particular de videolaparoscopia (que não é oferecida na rede pública). 
STJ. 5ª Turma. HC 541.447-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021. (Info 709) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Pratica corrupção passiva o Deputado Federal que recebe vantagem indevida para interceder junto a 
diretor da Petrobrás com o intuito de que fazer com que a empresa faça acordo com empresa privada e 
pague a ela determinadas quantias em atraso. 
Nota: o julgado trouxe novo entendimento indo ao encontro do julgado STJ 6ª Turma no Resp 1745410, de 02/10/2018 
(Informativo 635). 
STF. 2ª Turma. AP 1002/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 9/6/2020. (Info 981) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime de corrupção passiva consuma-se ainda que a solicitação ou recebimento de vantagem indevida, 
ou a aceitação da promessa de tal vantagem, esteja relacionada com atos que formalmente não se inserem 
nas atribuições do funcionário público, mas que, em razão da função pública, materialmente implicam 
alguma forma de facilitação da prática da conduta almejada. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1745410-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, julgado em 02/10/2018. (Info 635) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Pratica corrupção passiva o Deputado que concede apoio político à permanência de Diretor da Petrobrás 
em troca do recebimento de propina. 
STF. 2ª Turma. AP 996/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 29/5/2018. (Info 904) 
 
17.6 Peculato 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O mero proveito econômico não é suficiente para tipificar o crime de peculato-desvio, é necessário que o 
agente pratique alguma conduta voltada ao desvio de verbas públicas. 
STJ. AgRg no RHC 144.053-RJ, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado Do TJDFT), Rel. Acd. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por 
maioria, julgado em 19/10/2021, DJe 03/11/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Configura o crime de PECULATO-DESVIO o fomento econômico de candidatura à reeleição por Governador 
de Estado com o patrimônio de empresas estatais. 
STJ. REsp 1.776.680-MG, Rel. Min. Jorge Mussi, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 11/02/2020, DJe 21/02/2020. (Info 666) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O administrador que desconta valores da folha de pagamento dos servidores públicos para quitação de 
empréstimo consignado e não os repassa a instituição financeira pratica PECULATO-DESVIO, sendo 
desnecessária a demonstração de obtenção de proveito próprio ou alheio, bastando a mera vontade de 
realizar o núcleo do tipo. 
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STJ. APn 814-DF, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, por maioria, julgado em 06/11/2019, 
DJe 04/02/2020. (Info 664) 
 
17.7 Conceito de Funcionário Público e Causa de Aumento do Art. 327, §2º do CP 
 
No Concurso Será Cobrado Da SeguinteForma: 
É incabível a causa de aumento do art. 327, § 2º, do CP pelo mero exercício do cargo, sendo necessária a 
demonstração de uma imposição hierárquica ou de direção. 
Nota: A mera afirmação de que o denunciado ocupa o cargo de desembargador é insuficiente para a 
incidência da causa de aumento de pena prevista no art. 327, § 2º, do Código Penal. 
STJ. Corte Especial. AgRg na APn 970-DF, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 04/05/2022 (Info 736). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O Capítulo I do Título XI do Código Penal, que tipifica os crimes praticados por funcionários contra a 
administração em geral, não se aplica aos dirigentes do "Sistema S". 
STJ. RHC 163.470-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 27/06/2022. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A causa de aumento do art. 327, § 2º, do CP não se aplica para autarquias. 
Nota: Isso porque o dispositivo legal menciona apenas órgãos, sociedade de economia mista, empresas 
públicas e fundações. 
STF. 2ª Turma. AO 2093/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/9/2019. (Info 950) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O diretor de organização social pode ser considerado funcionário público por equiparação para fins penais 
(art. 327, § 1º do CP). Isso porque as organizações sociais que celebram contratos de gestão com o Poder 
Público devem ser consideradas “entidades paraestatais”, nos termos do art. 327, § 1º do CP. 
Nota: 
⇾ São considerados funcionários públicos para fins penais: 
• Diretor de organização social STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018 (Info 915). 
• Administrador de Loteria STJ. 5ª Turma. AREsp 679.651/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 11/09/2018. 
• Advogados dativos STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579). 
• Médico de hospital particular credenciado/conveniado ao SUS (após a Lei 9.983/2000) STJ. 5ª Turma. AgRg no 
REsp 1101423/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 06/11/2012. 
• Estagiário de órgão ou entidade públicos STJ. 6ª Turma. REsp 1303748/AC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 
25/06/2012. 
STF. 1ª Turma. HC 138484/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/09/2018. (Info 915) 
 
18. OUTROS CRIMES DO CÓDIGO PENAL E LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Médico não pode acionar a polícia para investigar paciente que procurou atendimento médico-hospitalar 
por ter praticado manobras abortivas, uma vez que se mostra como confidente necessário, estando 
proibido de revelar segredo do qual tem conhecimento, bem como de depor a respeito do fato como 
testemunha. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 14/3/2023. (Info 767) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A condenação pelo art. 359-C do Código Penal deve especificar despesas contraídas nos dois últimos 
quadrimestres do mandato, que não puderam ser pagas no mesmo exercício financeiro ou no exercício 
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seguinte. Essa análise não pode ser global, considerando a iliquidez total do caixa, sob pena de prejudicar 
a ampla defesa. 
STJ. HC 723.644-SP, Rel. Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 7/3/2023, DJe 9/3/2023. (Info 766) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O art. 268 do Código Penal veicula norma penal em branco que pode ser complementada por atos 
normativos infralegais editados pelos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), 
respeitadas as respectivas esferas de atuação, sem que isso implique ofensa à competência privativa da 
União para legislar sobre direito penal (CF, art. 22, I). 
Nota: A complementação de norma penal em branco por ato normativo estadual, distrital ou municipal, para 
aplicação do tipo de infração de medida sanitária preventiva (Código Penal, art. 268), não viola a competência 
privativa da União para legislar sobre direito penal (CF/1988, art. 22, I). 
STF. RE 887.671/CE, relator Ministro Marco Aurélio, redator do acórdão Ministro Ricardo Lewandowski, julgamento finalizado em 8.3.2023. (Info 
1088) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O inadimplemento de pensão alimentícia apenas configura crime de abandono material quando o agente 
possui recursos para prover o pagamento e deixa de fazê-lo propositadamente. 
Nota: É dizer, o inadimplemento da pensão alimentícia apenas configura crime quando o agente possui 
recursos para prover o pagamento e deixa de fazê-lo propositadamente. É insuficiente, portanto, a mera 
afirmativa genérica de que o inadimplemento dos alimentos ocorreu sem justa causa. Tal assertiva deve estar 
comprovada com elementos concretos dos autos, pois, ao revés, toda e qualquer insolvência seria crime. 
STJ. Processo sob segredo judicial, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 04/10/2022, DJe 17/10/2022. (Info 
758) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a caracterização do delito de associação criminosa inserido em contexto societário, é imprescindível 
que a denúncia contenha a descrição da predisposição comum de meios para a prática de uma série 
indeterminada de delitos e uma contínua vinculação entre os associados com essa finalidade, não 
bastando a menção da posição/cargo ocupado pela pessoa física na empresa. 
STJ. 6ª Turma. RHC 139465-PA, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/08/2022. (Info 748) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A desobediência à ordem legal de parada, emanada por agentes públicos em contexto de policiamento 
ostensivo, para a prevenção e repressão de crimes, constitui conduta penalmente típica, prevista no art. 
330 do Código Penal Brasileiro. 
Nota: 
EM ATIVIDADE DE FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO, 
se for agente de trânsito ou policial militar, o 
descumprimento da ordem de parada é um 
atípico penal, configurando, exclusivamente, 
infração administrativa prevista no art. 195 do 
CTB. Fundamentos: na previsão de sanção 
administrativa do art. 195, CTB não há ressalva 
que possibilite a cominação concomitante com 
sanção de natureza penal. Além disso, o Direito 
Penal segue o princípio da subsidiariedade. 
Nesse sentido, vide STJ HC 369.082/SC, 5ª 
Turma. 
EM ATIVIDADE OSTENSIVA, de prevenção ou 
repressão a crimes e busca por criminosos, a 
negativa à ordem de parada emitida por policiais 
constitui crime de desobediência do art. 330 do 
CP, não havendo que se falar em incidência da 
regra do art. 195 do CTB, que se aplica para 
situação fática diversa, qual seja, fiscalização de 
trânsito. Nesse sentido, vide STJ, HC 563570/ 
MS, 5ª Turma. 
 
STJ. REsp 1.859.933-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Terceira Seção, por maioria, julgado em 09/03/2022, DJe 01/04/2022. (Tema 1060) 
– (Info 732) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A contratação de detetive particular não é suficiente para justificar ação penal por perturbação da 
tranquilidade. 
STJ. 5ª Turma. RHC 140114/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Comete crime de desobediência o indivíduo que não atende a ordem dada pelo oficial de justiça na ocasião 
do cumprimento de mandado de entrega de veículo. 
Nota: a Lei afirma expressamente que a aplicação da multa ocorre sem prejuízo de responsabilização na 
esfera penal. 
STF. 1ª Turma. HC 169417/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 28/4/2020. (Info 975) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O porte de arma branca é conduta que permanece típica na Lei das Contravenções Penais, art. 19, não 
havendo que se falar em violação ao princípioda intervenção mínima ou da legalidade. 
STJ. RHC 56.128-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 10/03/2020, DJe 26/03/2020. (Info 668) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A materialidade do delito de incêndio deve ser comprovada, em regra, mediante exame de corpo de delito, 
podendo ser suprida por outros meios caso haja uma justificativa para a não realização do laudo pericial. 
Nota: conforma autoriza o art. 167 do CPP. 
STF. HC 136964/RS, rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 18.2.2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Mero fato de o Ministro ter pedido vista do processo sem saber que estava impedido, devolvendo na 
sessão seguinte e declarando seu impedimento, não configura indício de que ele tenha praticado tráfico 
de influência (art. 332, caput, do Código Penal). 
STF. 1ª Turma. Inq 4075/DF, rel orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/9/2019. (Info 951) 
 
 
19. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (LEI Nº 7.492/86) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O crime de "obter, mediante fraude, financiamento em instituição financeira" se consuma no momento 
em que assinado o contrato de obtenção de financiamento mediante fraude. 
STJ. AgRg no REsp 2.002.450-SE, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 17/4/2023, DJe 19/4/2023. (Info 
771) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O delito do art. 19 da lei 7.492/86, "obter mediante fraude financiamento em instituição financeira não 
exige, para a sua configuração, efetivo ou potencial abalo ao Sistema Financeiro Nacional. 
STJ. 5ª Turma. gRg no AgRg no AREsp 1642491/SP, Rel Min. Joel Ilan, julgado em 19/05/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 3ª Seção. CC 161707/MA, Rel Min. Joel Ilan, julgado em 12/12/2018. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Compete à JUSTIÇA FEDERAL julgar a conduta de réu que faz oferta pública de contrato de investimento 
coletivo em criptomoedas sem prévia autorização da CVM. 
Nota: Se a denúncia imputa a oferta pública de contrato de investimento coletivo (sem prévio registro), não 
há dúvida de que incide as disposições contidas na Lei nº 7.492/86 (Lei de Crimes contra o Sistema 
Financeiro), especialmente porque essa espécie de contrato caracteriza valor mobiliário, nos termos do art. 
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2º, IX, da Lei nº 6.385/76. Logo, compete à Justiça Federal apurar os crimes relacionados com essa conduta. 
Compete à Justiça Federal julgar crimes relacionados à oferta pública de contrato de investimento coletivo 
em criptomoedas. 
STJ. 6ª Turma. HC 530563-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 05/03/2020. (Info 667) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A aplicação financeira realizada por meio da aquisição de cotas de fundo de investimento no exterior sem 
que isso seja declarado ao BACEN configura o crime do art. 22, parágrafo único, parte final, da Lei nº 
7.492/86 
STJ. 5ª Turma. AREsp 774.523-SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/05/2019. (Info 648) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A simulação de consórcio por meio de venda premiada, operada sem autorização do Banco Central do 
Brasil, configura crime contra o sistema financeiro, tipificado pelo art. 16 da Lei nº 7.492/86, o que atrai a 
competência da JUSTIÇA FEDERAL. 
STJ. 3ª Seção. CC 160.077-PA, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 10/10/2018. (Info 637) 
 
 
20. LEI DO CRIME RACIAL 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A lei nº 7.716/89 pode ser aplicada para punir as condutas homofóbicas e transfóbicas. 
Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de 
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas 
homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à 
identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua 
dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários 
de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio 
doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”). 
Nota: o conceito de racismo é construção social. Julgado muito importante. Recomenda-se a leitura 
completa. 
STF. Plenário. ADO 26/DF, Rel. Min. Celso de Mello; MI 4733/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgados em 13/6/2019. (Info 944) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Palestra proferida por Bolsonaro com críticas aos quilombolas e estrangeiros não configurou racismo. 
Nota: O então Deputado Federal Jair Bolsonaro proferiu palestra no auditório de determinado clube e ali fez 
críticas e comentários negativos a respeito dos quilombolas e também de povos estrangeiros. No trecho mais 
questionado de sua palestra, ele afirmou: “Eu fui em um quilombola em El Dourado Paulista. Olha, o 
afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador eles 
servem mais. Mais de um bilhão de reais por ano gastado com eles. Recebem cesta básica e mais material 
em implementos agrícolas. Você vai em El Dourado Paulista, você compra arame farpado, você compra 
enxada, pá, picareta por metade do preço vendido em outra cidade vizinha. Por que? Porque eles revendem 
tudo baratinho lá. Não querem nada com nada.” 
O STF entendeu que a conduta de Bolsonaro não configurou o crime de racismo (art. 20 da Lei nº 7.716/89). 
As palavras por ele proferidas estão dentro da liberdade de expressão prevista no art. 5º, IV, da CF/88, além 
de também estarem cobertas pela imunidade parlamentar (art. 53 da CF/88). O objetivo de seu discurso não 
foi o de repressão, dominação, supressão ou eliminação dos quilombolas ou dos estrangeiros. 
O pronunciamento do parlamentar estava vinculado ao contexto de demarcação e proveito econômico das 
terras e configuram manifestação política que não extrapola os limites da liberdade de expressão. Além disso, 
as manifestações de Bolsonaro estavam relacionadas com a sua função de parlamentar. Inclusive, o convite 
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para a palestra se deu em razão do exercício do cargo de Deputado Federal a fim de dar a sua visão 
geopolítica e econômica do País. Assim, havia uma vinculação das manifestações apresentadas na palestra 
com os pronunciamentos do parlamentar na Câmara dos Deputados, de sorte que incide a imunidade 
parlamentar. 
STF. 1ª Turma. Inq 4694/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/9/2018. (Info 915) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A incitação ao ódio público contra quaisquer denominações religiosas e seus seguidores não está protegida 
pela cláusula constitucional que assegura a liberdade de expressão. Assim, é possível, a depender do caso 
concreto, que um líder religioso seja condenado pelo crime de racismo (art. 20, §2º, da Lei nº 7.716/89) 
por ter proferido discursos de ódio público contra outras denominações religiosas e seus seguidores. 
STF. 2ª Turma. RHC 146303/RJ, rel. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 6/3/2018. (Info 893) 
 
21. CRIMES NO ECA 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Os tipos penais trazidos nos arts. 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente são autônomos, 
com verbos e condutas distintas, sendo que o crime do art. 241-B não configura fase normal, tampouco 
meio de execução para o crime do art. 241-A, o que possibilita o reconhecimento de concurso material de 
crimes. 
STJ. REsp 1.976.855-MS, Rel. Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, Terceira Seção, por maioria, julgado em 3/8/2023, DJe 8/8/2023. (Info 782). 
Mesmo sentido: STJ. ProAfR no REsp 1.970.216-SP, Rel.Min. Reynaldo Soares Da Fonseca, Terceira Seção, por unanimidade, julgado em 23/08/2022, 
DJe 06/10/2022. (Tema 1168). (Info 755). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O delito de favorecimento à exploração sexual de adolescente NÃO exige HABITUALIDADE. 
Nota: Trata-se de crime instantâneo, que se consuma no momento em que o agente obtém a anuência para 
práticas sexuais com a vítima menor de idade, mediante artifícios como a oferta de dinheiro ou outra 
vantagem, ainda que o ato libidinoso não seja efetivamente praticado. Esta interpretação da norma do art. 
218-B, caput, do Código Penal é a única capaz de cumprir com a exigência de proteção integral da pessoa em 
desenvolvimento contra todas as formas de exploração sexual. 
STJ. Processo sob segredo de justiça, Rel. Min. Laurita Vaz, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 20/09/2022, DJe 29/09/2022. (Info 754) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Mesmo que a genitália da criança ou adolescente não esteja desnuda, é possível enquadrar a imagem 
como ‘cena de sexo explícito ou pornográfica’ para os fins do art. 241-E do ECA. 
Nota: O STJ já havia decidido no mesmo sentido - Fotografar cena e armazenar fotografia de criança ou 
adolescente em poses nitidamente sensuais, com enfoque em seus órgãos genitais, ainda que cobertos por 
peças de roupas, e incontroversa finalidade sexual e libidinosa, adéquam, respectivamente, aos tipos do art. 
240 e 241-B do ECA. Portanto, configuram os crimes dos arts. 240 e 241-B do ECA quando fica clara a 
finalidade sexual e libidinosa de fotografias produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos 
genitais de adolescente — ainda que cobertos por peças de roupas —, e de poses nitidamente sensuais, em 
que explorada sua sexualidade com conotação obscena e pornográfica. STJ. 6ª Turma. REsp 1543267-SC, Rel. Min. Maria 
Thereza de Assis Moura, julgado em 3/12/2015 (Info 577). 
STJ. 6ª Turma. REsp 1.899.266/SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 15/03/2022. (Info 729) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O elevadíssimo número de material compartilhado, seu conteúdo repugnante, o modus operandi 
revelador do profissionalismo do agente e a revitimização de milhares de crianças constituem elementos 
que extrapolam em muito o tipo penal do art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente e autorizam 
o aumento da pena basilar. 
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STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1.636.214/BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 26/05/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Em regra, não há automática consunção quando ocorrem armazenamento e compartilhamento de 
material pornográfico infanto-juvenil. 
Nota: Isso porque o cometimento de um dos crimes não perpassa, necessariamente, pela prática do outro. 
No entanto, é possível a absorção a depender das peculiaridades de cada caso, quando as duas condutas 
guardem, entre si, uma relação de meio e fim estreitamente vinculadas. O princípio da consunção exige um 
nexo de dependência entre a sucessão de fatos. Se evidenciado pelo caderno probatório que um dos crimes 
é absolutamente autônomo, sem relação de subordinação com o outro, o réu deverá responder por ambos, 
em concurso material. A distinção se dá em cada caso, de acordo com suas especificidades. 
STJ. 6ª Turma. REsp 1579578-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 04/02/2020 (Info 666). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O grande interesse por material que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança 
ou adolescente é ínsito ao crime descrito no art. 241-A da Lei n. 8.069/1990, não sendo justificável a 
exasperação da pena-base a título de conduta social ou personalidade. 
⚠ Não confunda: O elevadíssimo número de material compartilhado, seu conteúdo repugnante, o modus 
operandi revelador do profissionalismo do agente e a revitimização de milhares de crianças constituem 
elementos que extrapolam em muito o tipo penal do art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente e 
autorizam o aumento da pena basilar. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 1.636.214/BA, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
26/05/2020. 
STJ. REsp 1.579.578-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, Sexta Turma, por maioria, julgado em 04/02/2020, DJe 17/02/2020. (Info 666) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O delito do art. 240 do ECA é classificado como crime formal (consumação antecipada), comum, de 
subjetividade passiva própria (criança ou adolescente), consistente em tipo misto alternativo. 
Obs.: Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente. 
STJ. 5ª Turma. PExt no HC 438.080-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/08/2019. (Info 655) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É válida a extinção de medida socioeducativa de internação quando o juízo da execução, ante a 
superveniência de processo-crime após a maioridade penal, entende que não restam objetivos 
pedagógicos em sua execução. 
STJ. HC 551.319-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 18/05/2020. (Info 672) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Tratando-se de medida socioeducativa aplicada sem termo, o prazo prescricional deve ter como parâmetro 
a duração máxima da internação (3 anos), e não o tempo da medida, que poderá efetivamente ser 
cumprida até que o socioeducando complete 21 anos de idade. 
STJ. AgRg no REsp 1.856.028-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 12/05/2020, DJe 19/05/2020. 
(Info 672) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A superveniência da maioridade penal não interfere na apuração de ato infracional nem na aplicabilidade 
de medida socioeducativa em curso, inclusive na liberdade assistida, enquanto não atingida a idade de 21 
anos. 
Terceira Seção, aprovada em 14/03/2018, DJe 19/03/2018. (Info 620) 
STJ. SÚMULA N. 605 
 
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22. CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 8.072/90) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A semi-imputabilidade, por si só, não afasta o tráfico de drogas e o seu caráter hediondo, tal como a forma 
privilegiada. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 716.210-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 10/05/2022, DJe 13/05/2022. 
(Info 737) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Com a revogação do art. 224 do CP pela Lei 12.015/2009, há de ser redimensionada a pena aplicada ao 
condenado, subtraindo-lhe o acréscimo sofrido em razão do aumento da pena previsto no art. 9º da Lei nº 
8.072/90, que foi tacitamente revogado. 
STF. Plenário. HC 100181/RS, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 15/8/2019. (Info 947) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Não é obrigatório que o condenado por crime de tortura inicie o cumprimento da pena no regime prisional 
fechado. 
Nota: 
Obs.: existe um julgado da 1ª Turma do STF afirmando que o regime inicial no caso de tortura deveria ser 
obrigatoriamente o fechado: HC 123316/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/6/2015. 
STJ. 5ª Turma. HC 383090/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 21/03/2017. STJ. 6ª Turma. RHC 76642/RN, Rel. Min. Maria Thereza de Assis 
Moura, julgado em 11/10/2016. 
 
 
23. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA (LEI Nº 8.137/90) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O fato de a referida dívida ativa estar garantida por contrato de seguro no bojo de execução fiscal movida 
contra o contribuinte não descaracteriza a materialidade dos crimes fiscais. 
STJ. Processo em segredo de justiça, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 14/2/2023. (Info 764) 
 
No Concurso Será CobradoDa Seguinte Forma: 
O dolo de não recolher o tributo, de maneira genérica, não é suficiente para preencher o tipo subjetivo do 
crime de sonegação fiscal (art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990). 
STJ. HC 569.856-SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 11/10/2022, DJe 14/10/2022. (Info 753). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para fins do disposto no art. 2º, II, da Lei n. 8.137/1990, a menção a inúmeros inadimplementos (inscritos 
em dívida ativa) gera a presunção relativa da ausência de tentativa de regularização. 
STJ. 6a Turma. AgRg no HC 728.271-SC, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 21/06/2022, DJe 
24/06/2022. (Info 742) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A representação fiscal para fins penais relativa aos crimes de apropriação indébita previdenciária e de 
sonegação de contribuição previdenciária será encaminhada ao Ministério Público depois de proferida a 
decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. 
Nota: É constitucional o art. 83 da Lei nº 9.430/96. 
STF. Plenário. ADI 4980/DF, Rel. Min. Nunes Marques, julgado em 10/3/2022 (Info 1047). 
 
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Para a configuração do delito previsto no art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90, deve ser comprovado o DOLO 
ESPECÍFICO. 
Nota: A orientação do STJ era no sentido de que para o delito previsto no inciso II do art. 2º da Lei nº 8.137/90, 
não havia exigência de dolo específico, mas apenas de dolo genérico. Agora, e entendimento que segue a 
posição do STF que exige dolo de apropriação: O contribuinte que deixa de recolher, de forma contumaz e 
com dolo de apropriação, o ICMS cobrado do adquirente da mercadoria ou serviço incide no tipo penal do 
art. 2º, II, da Lei nº 8.137/90 (STF. Plenário. RHC 163334, Rel. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2019). 
STJ. 6ª Turma. HC 675.289-SC, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), julgado em 16/11/2021. (Info 718) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A jurisprudência desta Corte Superior é firme no sentido de que se admite a mitigação da Súmula 
Vinculante n. 24/STF nos casos em que houver embaraço à fiscalização tributária ou diante de indícios da 
prática de outras infrações de natureza não tributária. 
Nota: Os crimes contra a ordem tributária pressupõem a prévia constituição definitiva do crédito na via 
administrativa para fins de tipificação da conduta. Existe um enunciado que trata sobre o assunto: Súmula 
Vinculante 24: “Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no artigo 1º, incisos I a IV, 
da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo”. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 551422/PI, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 09/06/2020. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A configuração do crime de apropriação indébita tributária não pressupõe a clandestinidade. 
Nota: Para a configuração da apropriação indébita tributária, o fato de o agente registrar, apurar e declarar 
em guia própria ou em livros fiscais o imposto devido não tem o condão de elidir (fazer desaparecer) ou 
exercer nenhuma influência na prática do delito, visto que este não pressupõe a clandestinidade (não se 
exige que seja feito às escondidas). Ademais, o crime previsto no art. 2º, II, da Lei 8.137/90 não exige para 
sua configuração a existência de ardil, fraude ou falsidade. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 609.039/SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/11/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 476.704/SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 06/09/2019. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O contribuinte que, de forma contumaz e com dolo de apropriação, deixa de recolher o ICMS cobrado do 
adquirente da mercadoria ou serviço, incide no tipo penal do art. 2º, II, da Lei 8.137/90. 
STF. Plenário. RHC 163334/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2019. (Info 964) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A Súmula Vinculante 24 tem aplicação aos fatos ocorridos anteriormente à sua edição. Como a SV 24 
representa a mera consolidação da interpretação judicial que já era adotada pelo STF e pelo STJ mesmo 
antes da sua edição, entende-se que é possível a aplicação do enunciado para fatos ocorridos 
anteriormente à sua publicação. 
STF. 1ª Turma. RHC 122774/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/5/2015 (Info 786). STJ. 3ª Seção. EREsp 1318662-PR, Rel. Min. Felix Fischer, 
julgado em 28/11/2018. (Info 639) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Nos crimes contra a ordem tributária, quando o agente ingressa no regime de parcelamento dos débitos 
tributários, fica suspensa a pretensão punitiva penal do Estado (o processo criminal fica suspenso). 
Nota: 
Durante o parcelamento o que ocorre com o prazo prescricional? 
Também fica suspenso. O prazo prescricional não corre enquanto estiverem sendo cumpridas as condições 
do parcelamento do débito fiscal. É o que prevê o art. 9º, § 1º da Lei nº 10.684/2003. Se, ao final, o réu pagar 
integralmente os débitos, haverá a extinção da punibilidade. 
STF. 2ª Turma. ARE 1037087 AgR/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/08/2018. (Info 911) 
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No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para o início da ação penal, basta a prova da constituição definitiva do crédito tributário (Súmula 
Vinculante 24), sendo desnecessária a juntada integral do Procedimento Administrativo Fiscal 
correspondente. 
STJ. 5ª Turma. RHC 94.288-RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/05/2018. (Info 627) 
 
 
24. CRIMES NA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS (LEI Nº 8.666/93) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Se o delito previsto no art. 96, inciso II, da Lei n. 8.666/1993 (revogado pela Lei n. 14.133/2021, atual art. 
337-L, inciso II, do CP) prevê que configura crime o ato de fraudar, em prejuízo da Administração Pública, 
licitação ou contrato dela decorrente, mediante fornecimento, como verdadeira, de mercadoria 
falsificada, e, se, ao final da instrução penal, se constata não ter havido o prejuízo, em razão de 
circunstâncias alheias à vontade do agente, tem-se como caracterizada a tentativa. 
STJ. AgRg no REsp 1.935.671-RS, Rel. Ministro Messod Azulay Neto, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 27/6/2023, DJe 3/7/2023 (Ed. 
Extra n. 13). 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Os crimes de formação de cartel e de fraude a licitação constituem infrações penais de natureza formal, 
bastando para se consumar a demonstração de que a competição foi frustrada, independentemente de 
demonstração de recebimento de vantagem indevida pelo agente e comprovação de dano ao erário. 
STJ. AgRg no REsp 1.774.165-PR, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador convocado do TJDFT), Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 
19/04/2022, DJe 10/05/2022. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
A consumação do crime descrito no art. 89 da Lei nº 8.666/93, agora disposto no art. 337-E do CP (Lei nº 
14.133/2021), exige a demonstração do DOLO ESPECÍFICO de causar dano ao erário, bem como efetivo 
prejuízo aos cofres públicos. 
Nota: O crime previsto no art. 89 da Lei nº 8.666/93 é norma penal em branco, cujo preceito primário 
depende da complementação e integração das normas que dispõem sobre hipóteses de dispensa e 
inexigibilidade de licitações, agora previstas na nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021). Dado o princípio 
da tipicidade estrita, se o objeto a ser contratado estiver entre as hipóteses de dispensa ou de inexigibilidade 
de licitação, não há falar em crime, por atipicidade da conduta. Conforme disposto no art. 74, III, da Lei n. 
14.133/2021 e no art. 3º-A do Estatuto da Advocacia, o requisito da singularidadedo serviço advocatício foi 
suprimido pelo legislador, devendo ser demonstrada a notória especialização do agente contratado e a 
natureza intelectual do trabalho a ser prestado. A mera existência de corpo jurídico próprio, por si só, não 
inviabiliza a contratação de advogado externo para a prestação de serviço específico para o ente público. Se 
estão ausentes o dolo específico e o efetivo prejuízo aos cofres públicos, impõe-se a absolvição do réu da 
prática prevista no art. 89 da Lei nº 8.666/93. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 669.347-SP, Rel. Min. Jesuíno Rissato (Desembargador Convocado do TJDFT), Rel. Acd. Min. João Otávio de Noronha, 
julgado em 13/12/2021. (Info 723) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As sucessivas revisões dos quantitativos máximos de receita bruta para enquadramento como ME ou EPP, 
da LC 123/2006, para fazer frente à inflação, não descaracterizam crimes de inserção de informação falsa 
em documento público, para fins de participação em procedimento licitatório, cometidos anteriormente. 
STJ. 5ª Turma. AREsp 1526095-RJ, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 08/06/2021. (Info 700) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
37087
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RETA FINAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 02/12 
 
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O crime de fraude à licitação é formal e sua consumação prescinde da comprovação do prejuízo ou da 
obtenção de vantagem. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 10/02/2021. Súmula 645 STJ 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
No processo licitatório, não compete à assessoria jurídica averiguar se está presente a causa de 
emergencialidade, mas apenas se há, nos autos, decreto que a reconheça. 
Nota: sua função é zelar pela lisura sob aspecto formal do processo. 
STF. 2ª Turma. HC 171576/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/9/2019. (Info 952) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a configuração da tipicidade subjetiva do crime previsto no art. 89 da Lei 8.666/93, exige-se o especial 
fim de agir, consistente na intenção específica de lesar o erário ou obter vantagem indevida. 
Nota: O tipo penal previsto no art. 89 não criminaliza o mero fato de o administrador público ter descumprido 
formalidades. Para que haja o crime, é necessário que, além do descumprimento das formalidades, também 
se verifique que ocorreu, no caso concreto, a violação de princípios cardeais (fundamentais) da 
Administração Pública. Se houve apenas irregularidades pontuais relacionadas com a burocracia estatal, isso 
não deve, por si só, gerar a criminalização da conduta. 
Assim, para que ocorra o crime, é necessária uma ofensa ao bem jurídico tutelado, que é o procedimento 
licitatório. Sem isso, não há tipicidade material. 
Não haverá crime se a decisão do administrador de deixar de instaurar licitação para a contratação de 
determinado serviço foi amparada por argumentos previstos em pareceres (técnicos e jurídicos) que 
atenderam aos requisitos legais, fornecendo justificativas plausíveis sobre a escolha do executante e do 
preço cobrado e não houver indícios de conluio entre o gestor e os pareceristas com o objetivo de fraudar o 
procedimento de contratação direta. 
ATUALIZAÇÃO: O art. 89 da Lei nº 8.666/93 foi revogado pela nova Lei de Licitações (Lei 14.133/2021), que 
previu um novo crime para essa mesma conduta, no entanto, com diferente redação. Confira: Art. 337-E. 
Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora das hipóteses previstas em lei: Pena – reclusão, 
de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
STF. 1ª Turma. Inq 3962/DF, Rel. Min Rosa Weber, julgado em 20/02/2018. (Info 891) 
 
 
25. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (LEI Nº 9.503/97) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Para a observância da causa de aumento da pena prevista no artigo 302, § 1º, inciso III, da Lei nº 
9.503/1997, revela-se desinfluente a circunstância de a morte haver sido instantânea, não cabendo ao 
agente presumir o estado de saúde da vítima e avaliar a conveniência de socorrê-la. 
STF. 1ª turma. HC 195.497/SP AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 23/03/2021. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É constitucional o tipo penal que prevê o crime de fuga do local do acidente (art. 305 do CTB). 
Nota: A regra que prevê o crime do art. 305 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é constitucional, posto 
não infirmar o princípio da não incriminação, garantido o direito ao silêncio e ressalvadas as hipóteses de 
exclusão da tipicidade e da antijuridicidade. 
Art. 305 do CTB: “Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída:” 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. 
STF. Plenário. ADC 35/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 9/10/2020. (Info 994) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
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RETA FINAL 
DELEGADO SÃO PAULO 
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA 
SEMANA 02/12 
 
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A causa de aumento prevista no art. 302, § 1º, II, do Código de Trânsito Brasileiro não exige que o agente 
esteja trafegando na calçada, sendo suficiente que o ilícito ocorra nesse local. 
Nota: ex. quando o agente estiver conduzindo o seu veículo pela via pública e perder o controle vindo a 
adentrar na calçada e atingir a vítima. 
STJ. AgRg nos EDcl no REsp 1.499.912-SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 05/03/2020, DJe 23/03/2020. 
(Info 668) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É constitucional a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor ao 
motorista profissional condenado por homicídio culposo no trânsito. 
Nota: não viola o direito ao exercício da atividade profissional, pois este não é absoluto. 
STF. Plenário. RE 607107/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 12/2/2020. (repercussão geral – Tema 486) (Info 966) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de se obter a permissão 
ou a habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição administrativa. 
Nota: A conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a habilitação para dirigir veículo automotor 
não configura o crime do art. 307, caput, do CTB, embora possa constituir outra espécie de infração 
administrativa, a depender do caso concreto. 
STJ. 6ª Turma. HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/08/2018. (Info 641) 
 
 
26. LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (LEI Nº 9.605/98) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
O princípio da intranscendência da pena também se aplica para pessoas jurídicas; assim, se uma empresa 
que está respondendo processo por crime ambiental for incorporada, sem nenhum indício de fraude, 
haverá extinção da punibilidade. 
STJ. 3ª Seção. REsp 1977172-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/08/2022. (Info 746) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
Construir uma casa em uma unidade de conservação configura o crime do art. 64 da Lei 9.605/98 e absorve 
os delitos dos arts. 40 e 48 da mesma lei. 
STJ. 5ª Turma. REsp 1.925.717-SC, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 25/05/2021. (Info 698) 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
É possível o concurso formal entre o crime do art. 2º da Lei nº 8.176/91 (que tutela o patrimônio da União, 
proibindo a usurpação de suas matérias-primas), e o crime do art. 55 da Lei nº 9.605/98 (que protege o 
meio ambiente, proibindo a extração de recursos minerais), não havendo conflito aparente de normas já 
que protegem bens jurídicos distintos. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1856109/RS, Rel. Min. Rogerio Schietti, julgado em 16/06/2020. 
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1678419/SE, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 20/09/2018. 
 
No Concurso Será Cobrado Da Seguinte Forma: 
As condutas delituosas previstas nos artigos 54, § 1º, I, II, III e IV e § 3º e 56, § 1º, I e II, c/c 58, I, da Lei n. 
9.605/1998, que se resumem

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