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Aula 5 - Dos crimes contra a honra

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DIREITO PENAL III
Maytê Ribeiro Tamura Meleto Barboza
Dos crimes contra a honra
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Distinguir calúnia de injúria e difamação.
  Explicar o que é exceção da verdade.
  Analisar os casos de exclusão do crime e o instituto da retratação.
Introdução
A honra é um atributo muito importante para uma pessoa, à qual a 
sociedade confere grande valor. Uma pessoa honrada é uma pessoa 
que goza de prestígio perante os demais, uma pessoa digna de respeito 
e, até mesmo, de admiração. Com base nisso, o Código Penal objetivou 
conferir proteção a tal objeto jurídico, criando figuras típicas capazes de 
punir ofensas à honra das pessoas. São os delitos dispostos a partir do 
art. 138 do Código Penal, chamados de crimes contra a honra.
Neste capítulo, você vai ler sobre os crimes que atentam contra a 
honra de um indivíduo, dispostos no Título I do Código Penal — Dos 
Crimes Contra a Pessoa, Capítulo V — Dos Crimes Contra a Honra. Em um 
primeiro momento, serão diferenciados os crimes de calúnia, difamação 
e injúria, bem como verificado em que consiste a exceção da verdade 
e em quais casos aplica-se tal instituto. Por fim, você verá as formas de 
exclusão dos crimes e conhecerá o instituto da retratação.
Diferenciação entre calúnia, difamação e injúria
De acordo com o dicionário Michaelis (HONRA, [2019]), a honra é “[...] 
princípio moral e ético que norteia alguém a procurar merecer e manter a 
consideração dos demais na sociedade”. Por essa razão, a honra é tida como 
algo muito importante para o ser humano; afi nal, uma pessoa desonrada 
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seria aquela que não tem o respeito e a consideração dos demais. A honra 
é, portanto, um atributo ao qual se dá extremo valor. Muitos são capazes de 
defendê-la com a própria vida. 
Justamente por representar algo tão significativo, o Código Penal tratou 
de defender a honra das pessoas no Capítulo V — Dos Crimes Contra a 
Honra, localizado no Título I — Dos Crimes Contra a Pessoa. Os dispositivos 
referentes aos crimes contra a honra estão localizados do art. 138 ao 145 do 
Código Penal brasileiro e serão estudados a partir de agora.
Segundo Cunha (2016), a honra divide-se em objetiva e subjetiva. A honra 
objetiva está relacionada à reputação e à boa fama que a pessoa possui perante 
a sociedade na qual está inserida. Por sua vez, a honra subjetiva se refere à 
dignidade e ao decoro pessoal do sujeito passivo; ou seja, trata-se da imagem 
que a própria pessoa tem de si, a sua autoestima. O autor ensina que, nos cri-
mes de calúnia e difamação, o que se ofende é a honra objetiva do indivíduo, 
enquanto, no crime de injúria, a ofensa é a sua honra subjetiva. 
Na calúnia e na difamação, imputa-se à vítima um fato concreto, sendo que, na calúnia, 
tal fato deve ser falso e definido como crime. A injúria, por sua vez, trata-se de uma 
acusação genérica, um xingamento, um atributo ou característica negativa, que seja 
capaz de ferir a autoestima. Na calúnia e difamação, a ofensa ou o fato desonroso deve 
chegar ao conhecimento de terceiros para que sejam consumados. Já na injúria, não há 
necessidade de que terceiros tomem conhecimento do fato. Independentemente do 
crime, haverá sempre a intenção de prejudicar a vítima, seja em sua fama, sua honra, 
entre outros aspectos.
Segundo o art. 138 do Código Penal (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 138 Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena — detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou 
divulga.
§ 2º É punível a calúnia contra os mortos.
3Dos crimes contra a honra
De acordo com o art. 138 do Código Penal, portanto, caluniar é imputar 
a outrem fato definido como crime. Esse fato deve ser concreto, isto é, narrar 
um acontecimento. Se for apenas um atributo, ainda que se relacione com 
alguma conduta criminosa, por exemplo, chamar alguém de ladrão, isto não 
caracteriza a calúnia. Nesse caso, quando se trata apenas de uma palavra, de um 
xingamento ou uma característica negativa, trata-se de injúria (BRASIL, 1940). 
O § 1º do art. 138 do Código Penal afirma que, na mesma pena, incorre 
a pessoa que, mesmo sabendo ser falsa tal imputação, a propala ou divulga. 
Por fim, o § 2º diz ser punível a calúnia contra os mortos. Conforme visto, na 
calúnia, o que se atinge é a honra objetiva do ser humano, isto é, a concepção 
que terceiros têm a seu respeito (BRASIL, 1940).
Nesse sentido, Cunha (2016) diz que a honra é um atributo dos vivos, então 
são os parentes do ofendido que figurarão como sujeitos passivos, uma vez 
que têm interesse na preservação de sua memória. A queixa pode ser movida 
pelo cônjuge ou companheiro, ascendente, descendente ou irmão, de acordo 
com os arts. 30 e 31 do Código de Processo Penal (BRASIL, 1940).
Nos crimes de calúnia, admite-se a exceção da verdade, conforme será 
visto em tópico específico.
O art. 139 trata do crime de difamação (BRASIL, 1940): “Art. 139 Difa-
mar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena — detenção, 
de três meses a um ano, e multa”. O crime de difamação, então, consiste em 
imputar a alguém um fato ofensivo à sua reputação. Do mesmo modo como na 
calúnia, deve haver a imputação de um fato específico, a imputação de alguma 
conduta praticada pela vítima. Nesse caso, não se verifica a necessidade de 
que tal fato seja criminoso, como no art. 138; apesar de que, aqui também, o 
que se visa proteger é a honra objetiva do indivíduo, isto é, a sua reputação 
perante terceiros. Assim como na calúnia, na difamação, admite-se a exceção 
da verdade, como veremos mais adiante.
Cunha (2016, p. 185) atenta também para a exceção de notoriedade ao 
dizer que “[...] parcela da doutrina tem sustentado que não se justifica punir 
alguém porque repetiu o que todo mundo sabe e todo mundo diz, ou seja, fato 
de amplo domínio público”.
O art. 140 do Código Penal diz respeito ao crime de injúria (BRASIL, 
1940, documento on-line):
Art. 140 Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena — detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I — quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
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II — no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza 
ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena — detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspon-
dente à violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena — reclusão de um a três anos e multa.
Injuriar alguém, de acordo com o art. 140 do Código Penal, é ofender a 
dignidade ou o decoro dessa pessoa. Diferentemente do que acontece nos 
artigos anteriores, em que se ofende a honra objetiva do indivíduo, aqui o 
objeto jurídico é a honra subjetiva; ou seja, a visão que a própria pessoa tem 
de si mesma, seu amor-próprio, sua autoestima. Cunha (2016) leciona que, 
como na injúria, não há imputação de fato, mas sim opinião que o agente emite 
a respeito do indivíduo ofendido, não se admitindo a exceção da verdade, em 
hipótese alguma.
O § 1º do art. 140 do Código Penal trata do perdão judicial, isto é, aquelas 
hipóteses em que o juiz pode deixar de aplicar a pena. Isso se dá “[...] quando o 
ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; ou no caso de 
retorsão imediata, que consista em outra injúria” (BRASIL, 1940, documento 
on-line). Afinal, se foi o próprio sujeito passivo quem, de forma reprovável, 
provocou aquela injúria, não faz sentido que o sujeito ativo sofra tal punição. 
Ou então, quando há uma retorsão imediata, ou seja, logo após ser ofendido 
pelo agente, a vítima já o responde na mesma altura, consistindo em outra 
injúria.Nesse caso, pode o juiz deixar de aplicar a pena também.
O § 2º do art. 140 do Código Penal trata a respeito da injúria real (CUNHA, 
2016, p. 189), que se caracteriza “[...] se a injúria consiste em violência ou vias de 
fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes” 
(art. 140, § 2º, do Código Penal). Cunha (2016) cita os seguintes exemplos: 
  puxão de orelha; 
  puxão de cabelo; 
  cuspir em direção a uma pessoa. 
Aviltante, de acordo com o dicionário Michaelis (HONRA, [2019]), é algo 
que degrada. Ou seja, pode ser considerada uma conduta que visa humilhar 
a vítima e degradá-la.
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O § 3º do art. 140 do Código Penal, por fim, trata da injúria qualificada 
pelo preconceito: “Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes 
a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora 
de deficiência” (BRASIL, 1940, documento on-line). Enquanto os crimes 
analisados anteriormente são todos de menor potencial ofensivo, posto que 
não ultrapassam a pena máxima de 2 anos (de acordo com a Lei nº. 9.099, de 
26 de setembro de 1995), o disposto no § 3º do art. 140 do Código Penal é uma 
exceção à regra, uma vez que sua pena é a de reclusão de 1 a 3 anos e multa. 
O crime disposto no § 3º do art. 140 do Código Penal não se confunde com o de 
racismo, constante na Lei nº. 7.716, de 5 de janeiro de 1989, que, de acordo com Cunha 
(2016), consiste em segregar em virtude da raça ou cor.
Essas são, portanto, as principais diferenças existentes entre os crimes de 
calúnia, difamação e injúria, que fazem parte dos crimes contra a honra. Em 
seguida, será analisado o instituto da exceção da verdade, bem como os casos 
de exclusão dos crimes e o instituto da retratação.
Exceção da verdade
A exceção da verdade pode ser compreendida como uma possibilidade de o 
sujeito ativo do crime de calúnia provar que o fato por ele alegado é verdadeiro. 
Trata da possibilidade de o agente provar que o fato é verdadeiro, caso em que 
não haverá o delito de calúnia por ausência da elementar “falsamente”. Será 
uma hipótese de atipicidade. A exceptio veritatis é (SALIM; AZEVEDO, 2017): 
  um incidente processual e prejudicial, devendo ser decidido antes da 
ação penal atinente ao crime contra a honra; 
  um meio facultativo de defesa indireta, já que o sujeito ativo da calúnia 
pode, se assim preferir, optar apenas pela defesa direta (com a negativa 
da autoria, por exemplo).
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Trata-se de uma hipótese de atipicidade porque a elementar do crime de 
calúnia é imputar a determinada pessoa um fato falso definido como crime. 
Se o fato for verdadeiro, porém, a conduta será atípica. Vejamos o que diz o § 
3º do art. 138 do Código Penal, que se refere à exceção da verdade:
Art. 138 [...]
§ 3º Admite-se a prova da verdade, salvo:
I — se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não
foi condenado por sentença irrecorrível;
II — se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº. I do art. 141;
III — se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido 
por sentença irrecorrível (BRASIL, 1940, documento on-line).
Isso significa que, em regra, no crime de calúnia, admite-se a prova da 
verdade, exceto quando verificada alguma das situações elencadas nos dis-
positivos I a III. O inciso I refere-se à hipótese de que o crime imputado à 
vítima seja de ação privada e que o ofendido ainda não tenha sido condenado 
por sentença irrecorrível.
O inciso II, por sua vez, diz que, se o fato for imputado a quaisquer das 
pessoas indicadas no inciso I do art. 141 do Código Penal, também não será 
possível que se faça prova da verdade. Essas pessoas são as seguintes: o 
Presidente da República ou o chefe de governo estrangeiro (art. 141, I, do 
Código Penal). Por fim, o inciso III do § 3º do art. 138 do Código Penal diz 
que se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido 
por sentença irrecorrível, também não será admitida a exceção da verdade.
No que se refere ao crime de difamação (art. 139 do Código Penal), a 
consumação se dá independentemente da veracidade do fato imputado, isto 
é, em regra, não é cabível a exceção da verdade. Entretanto, se o ofendido for 
funcionário público e a ofensa for relacionada ao exercício de suas funções, 
a exceção da verdade será admitida.
Por fim, insta salientar que, no crime de injúria (art. 140 do Código Penal), 
a exceção da verdade é inadmissível. Como não se atribui fato criminoso ou 
ofensivo à reputação de alguém (honra objetiva) e sim uma qualidade negativa 
(que ofende a honra subjetiva), não se pode permitir que o sujeito ativo prove 
que realmente a vítima possui tal característica. 
7Dos crimes contra a honra
Se o sujeito ativo chama a vítima de feia, isso, por si só, provavelmente, já foi suficiente 
para abalar a sua autoestima. Não se pode admitir que ele prove que a pessoa é 
realmente feia (SALIM; AZEVEDO, 2017).
A exceção da verdade é um instituto que se aplica ao crime de calúnia, em 
regra, e excepcionalmente no de difamação, caso a vítima seja funcionário 
público, e a ofensa se dê em razão do exercício de suas funções. Mas não se 
admite, em hipótese alguma, no crime de injúria.
Exclusão do crime e retratação
O art. 142 do Código Penal prevê excludentes para os crimes de injúria e 
difamação (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 142 Não constituem injúria ou difamação punível:
I — a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu 
procurador;
II — a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo 
quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III — o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação 
ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único. Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difa-
mação quem lhe dá publicidade.
De acordo com Salim e Azevedo (2017, p. 203), o art. 142 do Código Penal 
não se aplica ao crime de calúnia, pelas seguintes razões: “[...] uma, porque 
não há previsão legal; duas, porque há interesse público — do Estado e da 
sociedade em geral — em ver apurado esse delito, com a consequente punição 
dos responsáveis”. 
O inciso I trata-se da imunidade judiciária e possui três requisitos: 
  que tal ofensa seja cometida em juízo; 
  que esteja vinculada à causa discutida;
  que seja praticada pela parte ou seu procurador. 
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O inciso II é o que podemos chamar de risco profissional, uma vez que 
todo aquele que publica uma obra se sujeita a críticas. Aqui, porém, há uma 
ressalva: se a crítica tiver a nítida intenção de injuriar ou difamar o sujeito 
passivo, não estará acobertada por essa excludente, consubstanciando-se 
em crime. Por fim, o inciso III refere-se à opinião desfavorável emitida por 
funcionário público no dever de seu ofício.
O art. 143 do Código Penal, por sua vez, trata a respeito do instituto da 
retratação (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 143 O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia 
ou da difamação, fica isento de pena.
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou 
a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se 
assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.
Nas palavras de Salim e Azevedo (2017, p. 207), “[...] retratar-se é desdizer-
-se, retirar o que foi dito, admitir o equívoco anterior. A retratação em regra 
funciona como circunstância judicial quando do enfrentamento da pena-base 
(art. 59, caput, do Código Penal), podendo, excepcionalmente, ser tomada 
como causa extintiva de punibilidade”. Aqui, do mesmo modo, só é possível 
retratar-se nos crimes de calúnia e difamação, pois, na injúria, essa retratação 
poderia ofender ainda mais a vítima, em sua honra subjetiva. 
O parágrafo único do art. 143, a seu turno, diz que, nos casos em que 
o quereladotenha praticado um desses crimes utilizando-se dos meios de 
comunicação, pode a retratação se dar pelos mesmos meios em que a ofensa 
foi praticada, se a vítima assim desejar.
O art. 144 do Código Penal refere-se ao caso de ofensas equívocas, vagas ou 
de duplo sentido (CUNHA, 2016). Tal dispositivo traz a faculdade de o ofendido 
solicitar explicações, em juízo, sobre algo que não tenha ficado esclarecido: 
“Art. 144 Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação 
ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele 
que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde 
pela ofensa” (BRASIL, 1940, documento on-line).
9Dos crimes contra a honra
O art. 145 diz respeito à ação penal (BRASIL, 1940, documento on-line):
Art. 145 Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante 
queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão 
corporal.
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no 
caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação 
do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 
3º do art. 140 deste Código.
A ação penal privada é a regra, mas poderá ser condicionada à requisição 
do Ministro da Justiça, caso a vítima seja o Presidente da República ou chefe de 
governo estrangeiro, e à representação, se a ofensa resultar em lesão corporal 
leve, se for dirigida a funcionário público no exercício de suas funções e se 
for caso de injúria qualificada pelo preconceito (CUNHA, 2016).
BRASIL. Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Diário Oficial 
da União, Brasília, DF, 31 dez. 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto-lei/del2848compilado.htm. Acesso em: 14 jun. 2019.
BRASIL. Lei nº. 7.716, de 5 de janeiro de 1989. Define os crimes resultantes de preconceito 
de raça ou de cor. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 jan. 1989. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7716.htm. Acesso em: 14 jun. 2019.
CUNHA, R. S. Manual de Direito Penal: parte especial (arts. 121 ao 361). 8. ed. Salvador: 
JusPodivm, 2016.
HONRA. Michaelis, [s. l.], [2019]. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0
&f=0&t=0&palavra=honra. Acesso em: 14 jun. 2019.
SALIM, A.; AZEVEDO, M. A. Direito Penal parte especial: dos crimes contra a pessoa aos 
crimes contra a família. 6. ed. Salvador: JusPodivm, 2017.
Leitura recomendada
CUNHA, R. S. Código Penal para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de 
concursos. 9. ed. Salvador: JusPodivm, 2016.

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