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Técnica Cirúrgica (Sutura)

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Licenciado para - Rogério Macedo Araújo - Protegido por Eduzz.com
Clínica Odontológica I (Cirurgia I) – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Técnica Cirúrgica (Sutura) - 
@resumodontologia Página 1 
 
Clínica Odontológica 1 (Cirurgia) – 4º Semestre – 1ª 
Unidade – Aula 4 – Técnica Cirúrgica (Sutura) 
 Tempos fundamentais: 
 Diérese (Primeira Etapa): 
 Incisão do tecido e momento que está 
abrindo o tecido; 
 Exérese (Segunda Etapa): 
 Momento que está fazendo o 
procedimento cirúrgico: 
 Ex.: Raspando, fazendo uma biópsia, 
extraindo o dente. 
 Hemostasia (Terceira Etapa) + Síntese 
(Terceira Etapa). 
 
 A primeira etapa de uma cirurgia é abrir o tecido, 
no caso da odontologia é a extração. Então a 
primeira etapa seria a incisão; 
 
 A hemostasia e síntese são uma coisa só. No 
momento que se faz a sutura é o momento em 
que se está finalizando o procedimento 
operatório, e o objetivo da sutura é a hemostasia, 
mas não é sempre hemostasia o objetivo, pode 
ter uma função estética, a depender do local da 
sutura: 
 A hemostasia é a manutenção de hemácias 
dentro do leito vascular. 
 Outras formas para se dar a hemostasia, pois 
está com uma hemorragia é a utilização de: 
cera para osso, gelfoam (gelatina, é um tipo 
de colágeno), hemospon (coloca dentro do 
alveolo e sutura), vitamina K é intravenoso. 
 Diérese: 
 Rompimento da integridade do tecido, com 
penetração no interior dos tecidos e atingindo 
áreas anatômicas do interesse do cirurgião. 
 
 
 
 Síntese: 
 Síntese ou sutura é o conjunto de manobras 
que visam aprimorar os tecidos divididos ou 
separados durante os atos cirúrgicos de incisão 
ou divulsão. É importante a correta relação dos 
tecidos durante e após a sutura, pois facilita a 
reparação tecidual, auxilia a homeostasia e 
diminui os espaços mortos; 
 OBS.: O espaço morto é o local onde não tem coágulo 
algum, e está aberto. 
 Sutura é manobra, e serve para a manutenção 
do coágulo e este coagulo é responsável pela 
cicatrização após a extração. O coágulo é 
vetor da reparação óssea; 
 A função da sutura não é só aproximar tecido, 
também tem a função da manutenção do 
coágulo local; 
 NÃO se remove a sutura, e sim, se remove os 
pontos. 
 
 
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Clínica Odontológica I (Cirurgia I) – 4º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Técnica Cirúrgica (Sutura) - 
@resumodontologia Página 2 
 
 Reparação: 
 É o fenômeno de reposição tecidual que ocorre 
sempre que um tecido for seccionado; 
 Ocorre através da proliferação celular ou da 
adaptação das células à nova situação; 
 Na restituição tecidual podem ser observados: 
 Contração, que é a readaptação mecânica 
das células à nova situação tecidual; 
 A sutura não pode está muito 
apertada, mas também não pode 
ficar muito folgada, tem que ser algo 
meio termo, por conta da contração 
tecidual, que é um processo de 
reparação. 
 Regeneração que se trata da substituição 
do tecido perdido através da proliferação 
de tecido semelhante; 
 Cicatrização é a substituição por tecido 
conjuntivo; 
 
 Cicatrização - tem dois tipos de cicatrização: 
 Cicatrização por primeira intenção: 
 Ocorre quando as bordas do tecido foram 
bem aproximadas no ato da sutura; 
 Demora de 5 a 7 dias. 
 Cicatrização por segunda intenção: 
 Ocorre quando as bordas do tecido não 
foram bem aproximadas no ato da sutura; 
 Lesões com perda tecidual, ou, 
quando as bordas do tecido 
mantiveram-se afastadas na sutura. 
 Ex.: Sutura de molar inferior não tem 
como fechar as bordas. 
 Leva mais tempo para ser concluída, em 
torno de duas semanas (14 dias). 
OBS.: A cicatrização óssea, a reparação demora em 
médias 3 meses. 
 Objetivos da Síntese: 
 Hemostasia; 
 Evitar a exposição óssea e do implante, 
reduzindo a instalação de restos alimentares, 
exsudato purulento e sequelas infecciosas; 
 Unir ou aproximar os bordos da ferida 
cirúrgica. 
 
 Sutura: 
 Instrumental utilizado: 
 Porta agulha; 
 Pinça cirúrgica; 
 Tesoura cirúrgica - para sutura; 
 Fio de sutura; 
 
 Agulha de sutura: 
 As agulhas de sutura são constituídas de aço 
inox e compostas de corpo, ponta ativa e uma 
parte terminal que se une ao fio de sutura; 
 Quanto ao trauma: Traumática ou Atraumática 
 A agulha utilizada pelo cirurgião-dentista é 
dita como atraumática, pois ela é triangular 
e não tem corte na base, na parte interna, a 
agulha tem corte na área externa e na 
ponta; 
 
 Quanto à curvatura: Reta ou Curva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Os três componentes básicos de uma agulha 
cirúrgica: 
 Atualmente, toda agulha cirúrgica tem três 
componentes básicos: a terminação de 
fixação (serrilhada), o corpo que é do 
tamanho do círculo e a ponta da agulha 
(padrão ou mais afilada e deliciada). 
 
 Fio de sutura: 
 Classificação: 
 Origem; 
 Absorvíveis e Não-absorvíveis; 
 Pelo número de filamentos; 
 Diâmetro; 
 Resistência à tração; 
 Plasticidade. 
 
1) Origem: 
 Mineral: 
 Ex.: Fio de Aço; 
 Geralmente quem trabalha com cirurgia 
ortognática, usa fio de aço. 
 Animal: 
 Ex.: seda e algodão; 
 Sintético: 
 Ex.: Nylon; 
 Misto: 
 Mistura de dois tipos de fio. 
 
2) Absorvíveis e Não-Absorvíveis: 
2.1) Absorvíveis 
 Mais utilizados em suturas internas; 
 Categute simples e categute cromado: 
 Intestino de boi; 
 Sofre digestão por enzimas; 
 O categute cromado vem com uma película 
de cromo por cima, para que a reabsorção 
seja mais lenta; 
 Tem-se uma resposta tissular: 
 Inflamação local; 
 O fio de sutura abaixo é melhor do que 
esses dois acima; 
 Ácido Poliglicólico e Poligalactina 910 
 Sobre o fio absorvível, coloca-se uma 
camada dessas duas substâncias, e faz com 
que o fio reabsorva de forma bem lenta 
(média de 15 dias). 
 Hidrólise lenta e são posteriormente 
absorvidos por macrófagos; 
 Sofrem grande reação tissular 
(inflamação local), portanto não 
indicado em suturas de pele; 
 2.2) Não Absorvíveis: 
 Naturais: 
 Seda: 
 Tem uma boa memória elástica; 
 É multifilamentado; 
 É ruim quando se refere a odor e 
bactérias. 
 Linho; 
 Algodão; 
 Sintéticos: 
 Nylon: 
 Tem memória elástica baixa; 
 Monofilamento; 
 Consegue-se uma estética melhor; 
 Em boca pode cortar. 
 Poliéster 
 Polipropileno 
 
3) Número de filamentos: 
 Monofilamento: 
 Ex.: Nylon; 
 Multifilamentos: 
 EX.: Algodão, seda, categute; 
 
4) Diâmetro de Fio de Sutura: 
 São classificados por numeração; 
 Segue a seguinte sequência, do mais fino para 
o mais grosso: 12.0 – 6.0 – 5.0 – 4.0 – 3.0 – 2.0 
– 1.0 – 1 – 2 – 3; 
 Em cirurgias bucais são mais indicados os fios 
5.0 – 4.0 – 3.0. 
 
5) Características Ideias de um Fio de Sutura: 
 Ser biocompatível; 
 Mantém a força tênsil até que a cicatriz 
adquira sua própria resistência; 
 Ter plasticidade; 
 Ter resistência à tração e torção; 
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@resumodontologia Página 4 
 
 Reter o mínimo possível de placa; 
 Não ser incômodo ao paciente; 
 Não provocar reações alérgicas teciduais; 
 Passível de esterilização eficiente; 
 Baixo custo. 
 
 Tipos de Sutura: 
 Pontos interrompidos – Em áreas menores 
 Simples; 
 Em “U”; 
 Em “x”; 
 Pontos contínuos – Para áreas grandes 
 Continuo Simples; 
 Contínuo Festonado; 
 Observação: 
 Só tem dois pontos, um no início e outro 
no fim, se romper um ponto perde tudo, 
pois abre a estrutura inteira; 
Observação  O ponto sempre começapela 
vestibular e pela mesial. 
1. Pontos Interrompidos: 
 Mais utilizados em exodontia de poucos 
elementos: 
 Vantagens: 
 Ideal para quem ainda não tem habilidade; 
 Desvantagens: 
 Técnica relativamente demorada de ser 
realizada. 
 
 Ponto Simples: 
1. Técnica de sutura interrompida com laçada 
simples – penetração inicial da agulha no 
retalho vestibular na base da papila; 
2. Passagem da agulha sob o ponto de 
contato; 
3. Passagem da agulha pela superfície interna 
do retalho lingual; 
4. O tipo de laçada simples da técnica de 
sutura interrompida somente é usado para 
aproximação/coaptação dos retalhos 
cirúrgicos, e não para resistir a qualquer 
tipo de tensão do retalho; 
Amarrando o nó de sutura no retalho 
vestibular 
 
 
 
 
 PONTO EM “U” 
 
 Ponto em “X” 
 
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2. Pontos Contínuos: 
 Mais indicado em grandes retalhos e exodontia 
múltiplas na mesma arcada; 
 Vantagens: 
 Técnica rápida de ser realizada; 
 Desvantagem: 
 Necessita habilidade; 
 Se a sutura se rompe o retalho pode ficar 
solto. 
 
 Ponto Contínuo Simples: 
 
 Ponto Contínuo Festonado: 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MALAMED, Stanley L. Manual de anestesia local. 4 ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 
PETERSON, L. J. Cirurgia oral e maxilofacial 
contemporânea. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2000. 
HUPP, JAMES R; ELLIS III, EDWARD; TUCKER, MYRON 
R. Cirurgia oral e maxilofacial: contemporânea. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 704 p. 
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Clínica Integrada 2 (Cirurgia 2) – 6º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Noções de Traumatologia 
Bucomaxilofacial - @Resumodontologia Página 1 
 
Clínica Integrada 2 (Cirurgia 2) – 6º Semestre – 
3ª Unidade – Aula 3 – Noções de Traumatologia 
Bucomaxilofacial 
 Está mais relacionado ao dia a dia do Cirurgião-
Dentista Bucomaxilofacial; 
 O traumatismo à região facial frequentemente 
resulta em lesões do tecido mole, dos dentes e 
dos principais componentes do esqueleto da face, 
incluindo mandíbula, maxila, zigoma, complexo 
naso-órbito-etmoidal (NOE) e estruturas 
supraorbitárias; 
 Além disso, essas lesões geralmente estão 
associadas a lesões em outras partes do corpo. A 
participação no tratamento e a reabilitação do 
paciente com traumatismo facial envolvem uma 
compreensão detalhada dos tipos, princípios de 
avaliação e do tratamento cirúrgico das lesões 
faciais. 
 Traumatologia: 
 “É a ciência que estuda trauma”; 
 Trauma: 
 “É a ação de um agente dotado de direção, 
força e formas, cuja a ação determinará 
lesões em tecidos moles e/ou tecidos 
duros”. 
 Tratamento multidisciplinar: 
 O bucomaxilofacial não trabalha sozinho, 
ele vai trabalhar junto com o ortodontista, 
dentística, junto com o médico de cabeça e 
pescoço; 
 Restaurar todas as funções normais, logo tem 
a função de devolver a função ao paciente; 
 Reduzir sequelas; 
 Restabelecer função. 
 Os princípios básicos, atuais, que regem a 
traumatologia são: 
 Redução da fratura: 
 Reposição dos segmentos ósseos em suas 
corretas localizações anatômicas e fixação 
dos segmentos ósseos para imobilizar os 
segmentos no local da fratura. Além disso, a 
oclusão original deve ser restaurada e 
qualquer infecção na área da fratura deve 
ser erradicada ou prevenida. 
 
 Contenção: 
 Quando reduziu a fratura tendo uma 
estabilização, houve então uma contenção 
óssea; 
 Imobilização: 
 Ao colocar alguma placa e parafuso, sendo 
um equipamento colocado em dois 
fragmentos ósseos para imobilizar aquele 
fragmento ósseo e ocorrer a neoformação 
óssea; 
 Etiologia: 
 Fratura; 
 Acidente automobilístico; 
 Violência Doméstica. 
 
 Avaliação dos pacientes com traumatismo facial: 
 Avaliação clínica; 
 História e exame clínico; 
 Avaliação radiográfica 
 
1. Avaliação Clínica: 
 Lesões dos Tecidos Moles: 
o Abrasão; 
o Contusão; 
o Laceração. 
 Nas descrições de feridas que se seguem e 
que o dentista pode encontrar na prática, 
deve-se lembrar de que os pacientes 
podem apresentar-se com combinações 
dessas lesões, sendo, portanto, o 
tratamento mais complicado. 
 
1.1. Abrasão: 
 Conceito: 
 Ferida causada pela fricção 
entre o objeto e a superfície 
de tecido mole (epiderme); 
 É normalmente superficial, 
desnuda o epitélio e, 
ocasionalmente, envolve as 
camadas mais profundas; 
 Visto que as abrasões atingem as 
terminações de muitas fibras nervosas, 
elas são bastante dolorosas; 
 O sangramento geralmente é mínimo, 
porque é de natureza capilar e responde 
bem à aplicação de suave pressão; 
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Clínica Integrada 2 (Cirurgia 2) – 6º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Noções de Traumatologia 
Bucomaxilofacial - @Resumodontologia Página 2 
 
 O tipo de abrasão mais comumente visto 
são as escoriações que as crianças 
apresentam nos cotovelos e joelhos 
devido a brincadeiras; 
 Se a abrasão não é especialmente 
profunda, a reepitelização ocorre sem a 
formação de cicatriz. Quando a abrasão 
estende-se abaixo das camadas mais 
profundas da derme, a cicatrização dos 
tecidos mais profundos ocorre com a 
formação de tecido cicatricial, podendo 
ser esperada alguma deformidade 
permanente; 
 O dentista pode encontrar abrasões na 
ponta de nariz, lábios, bochechas e 
mento em pacientes que sofreram 
traumatismo dentoalveolar; 
 
 Tratamento: 
 Limpeza  As áreas abrasionadas 
devem ser totalmente limpas a fim de 
remover todo corpo estranho. 
 Proteção da ferida; 
 Substâncias degermantes usadas na 
lavagem das mãos e irrigação salina 
copiosa devem ser utilizadas com esse 
propósito. Todas as partículas de 
material estranho devem ser removidas. 
Se essas partículas permanecerem no 
tecido, resultarão em uma “tatuagem” 
permanente e difícil de ser tratada. Em 
abrasões profundas e contaminadas com 
sujeira ou outro material, pode ser 
necessário anestesiar a área e usar uma 
escova cirúrgica (ou escova de dente) 
para remover completamente os 
detritos. 
 Uma vez que a ferida esteja livre de 
detritos, a aplicação tópica de uma 
pomada antibiótica é o tratamento 
adequado. Um curativo não-
compressivo pode ser utilizado se a 
abrasão é profunda, mas é 
desnecessário em abrasões superficiais. 
Antibióticos sistêmicos não são 
normalmente indicados. Durante a 
semana seguinte, ocorrerá 
reepitelização da ferida, que é uma 
crosta de sangue e plasma ressecados 
que se desenvolve após uma lesão de 
tecido mole (p. ex., uma crosta). A crosta 
cairá, então. 
 Se uma abrasão profunda na superfície 
cutânea é descoberta após a limpeza da 
ferida, a consulta com um cirurgião 
bucomaxilofacial é indicada, pois podem 
ser necessários enxertos de pele para 
prevenir quantidades excessivas de 
formação de tecido cicatricial; 
 O dentista pode criar abrasões 
iatrogenicamente, como as que ocorrem 
quando a haste de uma broca em 
movimento atinge a mucosa oral ou 
quando uma compressa de gaze ou 
outro tecido (p. ex., blocos triangulares 
absorventes) abrasiona a mucosa 
durante sua remoção da boca. 
Felizmente, o epitélio oral regenera-se 
rapidamente e nenhum tratamento, a 
não ser a higiene oral de rotina, é 
indicado. 
 
1.2. Contusão ou Equimose: 
 Conceito: 
 É um rompimento tecidual 
interno resultando em 
hemorragia subcutânea ou 
submucosa sem 
descontinuidade na 
superfície dos tecidos 
moles; 
 O tecido externamente se 
apresenta íntegro, mas há o 
rompimento de vaso sanguíneo; 
 As contusõessão normalmente 
causadas por traumatismo infligido por 
um objeto rombo, mas também são 
frequentemente encontradas 
concomitantemente às lesões 
dentoalveolares ou fraturas dos ossos 
faciais. 
 Nesses casos, o traumatismo aos tecidos 
mais profundos (p. ex., assoalho de 
boca, vestíbulo labial) aconteceu como 
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Clínica Integrada 2 (Cirurgia 2) – 6º Semestre – 3ª Unidade – Aula 3 – Noções de Traumatologia 
Bucomaxilofacial - @Resumodontologia Página 3 
 
efeito secundário dos ossos fraturados. 
A importância das contusões, do ponto 
de vista diagnóstico, é que, quando elas 
são observadas, deve-se investigar se há 
fraturas ósseas; 
 Quando a pressão hidrostática dentro 
dos tecidos moles se iguala à pressão 
dentro dos vasos sanguíneos 
(normalmente capilares), o sangramento 
cessa. Se uma contusão é vista 
precocemente, a aplicação de gelo ou 
curativos compressivos pode ajudar na 
vasoconstrição e, portanto, diminuir a 
formação de hematoma. Se uma 
contusão não para de se expandir, é 
provável que haja uma artéria 
hemorrágica dentro da ferida. O 
hematoma pode necessitar de 
exploração cirúrgica e ligadura do vaso; 
 Como não houve nenhuma ruptura da 
superfície dos tecidos moles, a 
hemorragia formada dentro de uma 
contusão será reabsorvida com o tempo 
e será reestabelecido o contorno 
normal. Porém, nos dias seguintes ao 
traumatismo, o paciente pode esperar 
áreas de equimose (coloração violácea 
causada por extravasamento de sangue 
na pele ou mucosa; “marca negro-
azulada”), que passarão por uma 
variedade de cores (azul, verde, 
amarelo) antes de desaparecerem. Essas 
áreas podem estender-se abaixo das 
clavículas e alarmar o paciente, mas são 
inócuas; 
 Quando não há nenhuma ruptura na 
superfície dos tecidos moles, a infecção 
é improvável, não sendo indicado o uso 
de antibióticos sistêmicos. Se, contudo, 
a contusão é secundária a um 
traumatismo dentoalveolar, é provável 
que exista uma comunicação entre a 
cavidade oral e o hematoma 
submucoso. Nesses casos, antibióticos 
sistêmicos são recomendados, porque o 
coágulo sanguíneo representa um meio 
ideal de cultura. 
 Tratamento: 
 Aplicação de gelo; 
 Não pode se expor ao sol  Se não 
mancha; 
 A contusão geralmente não requer 
tratamento cirúrgico; 
 
1.3. Laceração: 
 Conceito: 
 É uma solução 
de 
continuidade 
nos tecidos 
epiteliais e 
subepiteliais; 
 Ocorre um 
rompimento tecidual; 
 Talvez seja o tipo mais frequente de 
ferida de tecidos moles, causada 
comumente por um objeto afiado, como 
uma faca ou um pedaço de vidro. Se o 
objeto não é afiado, as lacerações 
criadas podem ser denteadas, porque o 
tecido é literalmente rasgado pela força 
do impacto; 
 A profundidade da laceração pode 
variar. Algumas lacerações só envolvem 
a superfície externa, mas outras se 
estendem profundamente dentro do 
tecido, rompendo nervos, vasos 
sanguíneos, músculos e outras cavidades 
anatômicas e estruturas importantes; 
 O dentista frequentemente encontra 
lacerações nos lábios, assoalho da boca, 
língua, mucosa labial, vestíbulo 
bucolabial e gengiva, causadas pelo 
traumatismo. O dentista deve explorar a 
cavidade oral completamente no intuito 
de identificar aquelas que não estejam 
abertas. 
 Tratamento: 
 As feridas de tecidos moles associadas 
ao traumatismo dentoalveolar sempre 
são tratadas depois do tratamento das 
lesões nos tecidos duros. Se os tecidos 
moles são suturados primeiro, tempo é 
perdido porque as suturas serão 
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provavelmente esgarçadas e arrancadas 
do tecido durante a manipulação 
intraoral necessária para reimplantar um 
dente avulsionado ou tratar uma fratura 
dentoalveolar. Além disso, se as suturas 
forem arrancadas dos tecidos, estes 
serão mais difíceis de serem fechados na 
segunda tentativa. 
 Depois de realizada a anestesia adequada, o 
tratamento cirúrgico das lacerações 
envolve quatro etapas principais: 
 Limpeza da ferida: 
- A limpeza mecânica da ferida é 
necessária para impedir a permanência 
de detritos. Ela pode ser realizada com 
sabão degermante cirúrgico e pode 
necessitar do uso de escova. Um 
anestésico é normalmente necessário. 
Irrigação salina copiosa é, então, usada 
para remover todo material 
hidrossolúvel. A irrigação em jatos 
mostrou ser mais efetiva do que a de 
fluxo constante na remoção dos 
detritos. 
 Debridamento da ferida: 
- Desbridamento ou debridamento 
refere-se à REMOÇÃO de todo o tecido 
lacerado e desvitalizado da ferida e a 
remoção de todos os pedaços de tecido 
fragmentados da superfície tecidual, 
permitindo o fechamento da mesma. Na 
região maxilofacial, que possui um rico 
suprimento sanguíneo, a quantidade de 
desbridamento deve ser mínima. 
Somente deve ser removido o tecido 
obviamente não-vital. Para a maioria das 
lacerações encontradas pelos dentistas, 
não há necessidade de desbridamento, 
exceto o tecido de glândulas salivares 
menores. 
 Hemostasia da ferida: 
- A hemostasia deve ser realizada antes 
do fechamento. Um sangramento 
contínuo pode comprometer o reparo 
devido à formação de um hematoma 
intratecidual que, por pressão, pode 
abrir os tecidos já suturados e 
aproximados. Se algum vaso sangrante é 
identificado, ele deve ser pinçado e 
realiza-se a hemostasia por ligadura ou 
por cauterização com uma unidade de 
eletrocoagulação. O maior vaso que o 
dentista provavelmente encontrará é a 
artéria labial, que passa horizontalmente 
pelo lábio abaixo da mucosa labial. 
Devido à sua posição, a artéria labial é 
frequentemente envolvida em 
lacerações verticais do lábio. Ela tem 
cerca de 1 mm de diâmetro e 
normalmente pode ser pinçada e ligada 
ou pinçada e cauterizada. 
 Fechamento da ferida: 
- Uma vez que a ferida esteja limpa, 
desbridada e a hemostasia é conseguida, 
a laceração está pronta para ser fechada 
com suturas. Contudo, nem toda 
laceração na cavidade oral precisa ser 
fechada com suturas. Por exemplo, uma 
pequena laceração na mucosa palatina 
causada por uma queda sobre um 
objeto não necessita ser fechada. Da 
mesma forma, uma laceração pequena 
na face interna do lábio ou língua, 
causada pelo aprisionamento entre os 
dentes durante uma queda, 
normalmente não requer fechamento. 
Essas feridas pequenas cicatrizam bem 
por segunda intenção e são mais bem 
tratadas se deixadas cicatrizar dessa 
maneira. Se o fechamento de uma 
laceração é considerado apropriado, o 
objetivo deste é o correto 
reposicionamento de todas as camadas 
de tecido. A maneira pela qual se 
precede o fechamento depende 
exclusivamente da localização e 
profundidade da laceração. 
 
 
 
 
 
 
 
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2. História e Exame Clínico: 
 Dentro do exame clínico é feita: 
o Palpação dos ossos do nariz; 
o Palpação do Assoalho da Órbita; 
o Palpação da Maxila; 
o Palpação Frontal; 
o Palpação do Zigomático; 
o Palpação do Assoalho e da Base da 
Mandíbula; 
o Posição dos Polegares Sobre os Molares 
Inferiores  Fazer movimentação para 
saber se houve báscula. Se fizer houve 
fratura mandibular ou de maxila; 
o Maxila: faz o movimento para saber se 
há alguma má oclusão; 
- SINAIS E SINTOMAS EM PACIENTES 
POLIMATRUMATIZADOS - 
 Abertura bucal: 
o Outra maneira de identificar fratura 
mandibular e de côndilo é a dificuldade 
de abertura de boca do paciente 
(trismo); 
 Avaliar maloclusão: 
o Mordida cruzada, indicação de fratura 
demaxila/mandíbula; 
 Avaliar perda de projeção facial; 
 Avaliar se houve lesão do nervo facial; 
 
3. Avaliação radiográfica das fraturas: 
 Requisitos para interpretação: 
o Conhecimento da anatomia radiográfica 
(radiopaco|radiolúcido); 
o Conhecimento da arquitetura facial e do 
trajeto das fraturas faciais; 
o Informação sobre a ocorrência do dano; 
o Exame clínico sucinto. 
 O que pode ser encontrado: 
o Linha radiolúcida; 
o Faixa radiolúcida; 
o Área radiolúcida; 
o Faixa ou área radiopaca; 
o Perda do contorno anatômico; 
o Pode não aparecer o traço de fratura. 
 
 Tomografia Computadorizada: 
o Terço médio: 
 PA de Waters; 
 Hirtz para arco zigomático; 
 Perfil da face; 
o Mandíbula: 
 AP de Towne para côndilos; 
 Lateral oblíqua D e E; 
 Panorâmica; 
 PA de mandíbula; 
o Nariz: 
 Perfil de OPN (Ossos Próprio do 
Nariz); 
 PA de Waters. 
 
 Fratura: 
 É uma solução de continuidade nos tecidos 
duros; 
 Classificação das fraturas: 
 Quanto ao traço de fratura  Estas 
categorias descrevem a condição dos 
fragmentos ósseos na região fraturada e a 
possível comunicação com o meio 
externo: 
o Galho verde: 
 São aquelas 
envolvendo 
fraturas 
incompletas com 
flexibilidade do 
osso. Essas fraturas geralmente 
exibem mobilidade mínima quando 
palpadas e são incompletas. 
 
o Simples: 
 Completa 
transecção do 
osso com 
mínima 
fragmentação na região da fratura; 
 Houve uma fratura sem 
rompimento do tecido, não rompeu 
para uma área externa. 
 
 
 
 
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Do teto ao 
Assoalho 
 
o Composta: 
 Exposta; 
 Resulta da 
comunicaçã
o da 
margem do osso fraturado com o 
meio externo; 
 Tem-se uma fratura e o osso fica 
exposto, logo é uma fratura 
aberta. 
o Cominutiva: 
 O osso é 
fraturado 
em 
diversos 
segmentos, logo há vários 
fragmentos ósseos, pedaços de 
ossos; 
 Ferimentos por arma de fogo, 
objetos penetrantes ou outros 
traumatismos de alto impacto na 
mandíbula resultam, com 
frequência, em fraturas 
cominutivas; 
 É a mais difícil de reconstruir. 
 Quanto ao tipo: 
o Completa: 
 É quando fratura assoalho da 
mandíbula com a crista óssea, ou 
seja, as duas corticais foram 
rompidas; 
 
o Incompleta: 
 Quando fratura, por exemplo, 
somente metade da mandíbula; 
 Não tem deslocamento; 
 Não tem fratura total, é como se 
fosse uma trinca; 
 
 Quanto ao deslocamento (relacionado à 
mandíbula) 
o Vai ter relação somente com a 
mandíbula, pois a mandíbula tem ação 
muscular para a movimentação; 
o Sem deslocamento: 
 Adequado para fazer o 
reestabelecimento da fratura 
 
o Com deslocamento: 
 Favorável  Bloco ósseo parte, mas 
não se movimenta, fora do sentido 
da fratura, logo a linha da fratura 
impede a movimentação do bloco 
ósseo. 
 Desfavorável  Bloco ósseo parte, 
e se movimenta, fora do sentido da 
fratura; 
 
 
 
 
 
 Ambas tem DESLOCAMENTO, e 
somente a desfavorável tem 
movimento “sozinha” 
 
 
 
 
 
 
DESFAVORÁVEL 
Houve ação 
MUSCULAR 
FAVORÁVEL 
Não houve 
ação 
MUSCULAR 
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 Quanto à localização: 
o Mandíbula; 
o Maxila; 
o Nariz; 
o Complexo 
Zigomático; 
o Frontal 
- Para todas as fraturas tem-se 
classificações: 
 
 
 
 
 
 Fratura do terço médio da face: 
 Pilares de Força Faciais: 
 Pilares de resistência de força da maxila e 
da mandíbula; 
 Tem-se os pilares verticais (primeira 
imagem) e os pilares horizontais (segunda 
imagem); 
 
 
 
 Le Fort: 
 O que significa dividir esses tipos de fraturas, 
em três tipos? R: Significa determinar o risco 
do paciente à vida, a forma como vai tratar 
aquele paciente, o tempo de cirurgia; 
 I: Fratura Le Fort I separando a porção inferior 
da maxila de forma horizontal, desde a 
abertura piriforme até a área da sutura 
pterigomaxilar; 
- Resulta frequentemente da aplicação de 
força horizontal na maxila, fraturando-a 
através do seio maxilar e ao longo do assoalho 
da fossa nasal. Ela separa a maxila das lâminas 
pterigoides e das estruturas nasal e zigomática; 
- Esse tipo de traumatismo pode separar a 
maxila, em um único pedaço, das outras 
estruturas, dividir o palato ou fragmentar a 
maxila; 
- Fratura que vai da sutura pterigomaxilar 
bilateral passando pela abertura piriforme; 
- Essa fratura solta a maxila do crânio; 
- É a fratura feita pelo bucomaxilo para fazer 
avanço de maxila; 
- Mal oclusão (diagnóstico, pois a maxila sai do 
local). 
 II: Fratura Le Fort II envolvendo a separação da 
maxila e do complexo nasal da base do crânio, 
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da área de rebordo zigomático-orbital e da 
área da sutura pterigomaxilar; 
- Forças aplicadas em uma direção mais 
superior causam, com frequência, fraturas Le 
Fort II, que é a separação da maxila e 
complexo nasal aderido, das estruturas 
zigomáticas e nasais; 
- Afeta a sutura intermaxilar bilateral 
atingindo a região anterior dos ossos do nariz; 
- É a fratura piramidal; 
- Paciente às vezes tem sangramento nasal 
(sintoma). 
 III: Fratura Le Fort III (disjunção craniofacial) é 
a completa separação do terço médio da face 
ao nível do complexo naso-órbito-etmoidal e 
da sutura zigomático-frontal. A fratura 
também se estende bilateralmente através da 
órbita; 
- Fratura Le Fort III resulta da aplicação de 
forças horizontais em um nível sufi 
cientemente alto para separar o complexo 
naso-órbito-etmoidal, os zigomas e a maxila, 
da base do crânio, o que resulta na chamada 
disjunção craniofacial; 
- Fratura de sutura fronto-zigomática-bilateral, 
e mais os ossos da órbita; 
- Paciente tem hematoma peri-orbital (fica 
roxo); 
- Aspecto de “máscara da morte”; 
- Diplopia  modifica a posição do globo 
ocular. Visão dupla. 
- Possui maior risco. 
 
 Fratura Lannelongue (Sagital da maxila): 
 Ocorre no sentido ântero-posterior; 
 Paralelo à sutura 
palatina mediana; 
 Pode causar mordida 
cruzada posterior 
bilateral; 
 É uma fratura que 
envolve a região do 
palato; fratura chamada de para-sagital-
mediano; 
 Maior prevalência em combinação com outras 
fraturas. 
 
 Fratura de órbita: 
 Paciente com ASSIMETRIA; 
 Ocorre DIPLOPIA (visão dupla | modifica a 
posição do globo ocular); 
 As fraturas de órbita podem ser do tipo “blow-
out” ou “blow-in”, que significam a explosão 
do assoalho para o interior do seio maxilar ou 
para dentro da própria cavidade orbital; 
 Este tipo de fratura não é das mais frequentes, 
porém de importante diagnóstico e 
tratamento pela sua relação com o globo 
ocular. Podendo ocorrer epistaxe ipsilateral. O 
paciente pode vir a apresentar eno ou 
exoftalmia, diplopia, distúrbios sensoriais, até 
cegueira por lesão traumática (amaurose), em 
virtude de trauma sobre o nervo óptico ou 
canal óptico. 
 Blow-out: 
- Para fora da órbita, 
para dentro do seio; 
- Quando se tem uma 
pancada frontal no globo 
ocular e o assoalho da 
órbita “explode” o osso 
para dentro do seio; 
- Fratura de assoalho de órbita, com os 
segmentos ósseos e o conteúdo da órbita 
deslocados para o interior do seio maxilar; 
- Os fragmentos ósseos e tecidos moles 
invaginam-se para o seio maxilar, ficando 
suspensos pela mucosa sinusal ou pelo 
próprio periósteo, de uma forma 
desordenada. 
 
 Blow-in: 
- Dentro da própria órbita;- São fraturas pouco comuns 
e surgem basicamente após 
grandes impactos sobre o 
zigomático no sentido caudo-
cranial ou de verdadeiras 
implosões sinusais (ex: um 
pneu que estoura próximo à face, onde o ar 
vai penetrar sobre pressão os seios 
maxilares, através das narinas). 
 
 
Sustentação do Globo Ocular. Membrana de Titânio 
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 Fratura do complexo zigomático: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nas fraturas de zigoma, fraturas isoladas do 
arco zigomático e as do complexo naso-órbito-
etmoidal, o tratamento visa, basicamente, à 
restauração das funções ocular, nasal e 
mastigatória e a estética facial. Em uma fratura 
isolada de zigoma (a fratura mais comum de 
terço médio da face), a redução aberta 
geralmente é realizada por meio de uma 
combinação de acessos intraoral, na região 
lateral da sobrancelha e na região 
infraorbitária. Utiliza-se um instrumento para 
elevar e posicionar o zigoma na sua posição 
correta. Caso uma adequada estabilização não 
seja possível pela simples redução manual, 
pode ser necessário o uso de placas ósseas na 
crista zigomático-maxilar, na área 
zigomáticofrontal e no rebordo infraorbitário; 
 
 Na fratura de arco zigomático, as abordagens 
intra e extraorais podem ser usadas para 
elevar o arco zigomático e trazê-lo de volta à 
sua configuração normal. Além de restaurar o 
contorno facial, esta abordagem elimina a 
obstrução mecânica sobre o processo 
coronóide da mandíbula e a subsequente 
limitação de abertura de boca. A elevação e a 
redução do arco zigomático devem ser 
realizadas dentro de poucos dias após a lesão. 
Longas esperas fazem com que o arco seja 
mantido em uma difícil configuração suportada 
e estável, e ele tende a colapsar ou ser deixado 
nesta posição. 
 
 Métodos de fixação: 
 Estabilização de fragmentos ósseos para que 
ocorra uma formação óssea na região, tendo 
a possibilidade de redução da imobilização; 
 Osteossíntese; 
 Meio de fixação: 
 Fio de aço; 
 Mini-placas compressivas; 
 Mini-placas sem compressão. 
 
 Fixação interna semi-
rígida: 
 
 
 
 Fixação interna rígida: 
 
 
 
 Amarrias e Bloqueio maxilomandibular: 
 Barra de Erich: 
- A Barra de Erich trata-se de um 
dispositivo médico 
indicada para fixação 
da maxila e da 
mandíbula durante a 
realização de cirurgias 
utilizando placas e 
parafusos 
bucomaxilofaciais; 
- Utiliza por 4 meses; 
- Metal intermaxilar. 
Depois metal de fora a fora. 
 
 
 
Sustentação do Globo Ocular. Membrana de Titânio 
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 Odontossíntese de Ivy; 
- É mais simples 
e é utilizada 
apenas para 
imobilização 
temporária. Esse 
tipo de 
odontossíntese 
é muito indicada 
para as fraturas de côndilo que serão 
submetidas ao tratamento fechado não 
cirúrgico pois ela é uma odontossíntese 
pequena, rápida de ser feita, menos 
incômoda do ponto de vista periodontal e 
que mantém a estabilização adequada do 
complexo maxilo-mandibular. Para casos 
em que é necessário uma estabilização 
maior da mandíbula ela não está indicada; 
- Passa entre os pré-molares; 
- Todas as amarrias tem que ficar bem 
justas e próximas à cervical do dente para 
facilitar a higiene; 
- Observar se o fio de aço não está 
comprimindo ou machucando nenhuma 
gengiva marginal; 
 
 Odontossíntese laçada contínua; 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
HUPP, James R.; TUCKER, Myron R.; ELLIS, 
Edward.Cirurgia oral e maxilofacial 
contemporânea. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2015. 692 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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