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T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 1 RESUMO DE TRAUMATOLOGIA P2 INTRODUÇÃO: - a entrada de um paciente em um setor de emergência deve desencadear por parte da equipe de saúde responsável pelo seu atendimento, um trabalho ordenado, rápido e eficaz, dentro do espírito de tranquilidade que a situação exige ABORDAGEM PRIMÁRIA: → objetivos: identificar e tratar problemas que comprometam a vida do paciente (paciente vai chegar com fratura MAS não necessariamente você vai precisar resolver tudo...) - A) Airway obstruction – desobstrução das vias áreas - B) Breathing – avaliação e manutenção do sistema cardio-pulmonar - C) Circulation – controle da hemorragia OBSTRUÇÃO RESPIRATÓRIA: * presença de sangue, saliva, mucosa ou dentes * fraturas bilaterais da mandíbula (é um caso de diminuição de espaço áereo) * próteses totais e/ou parciais * traqueostomia de urgência ABORDAGEM SECUNDÁRIA: - fatores emergenciais que vc vai entrar dentro dos seus conhecimentos - por onde começar?? * estado geral do paciente * histórico (distúrbios cardíacos, diabetes, avc, epilepsia) * circunstancias do acidente (como, onde) * localização das partes lesadas (o que passa dentro da mandíbula? N.a.i. Faz exame, paciente relata falta de sensibilidade no lábio inferior. O que pode ter acontecido? Lesado esse nervo. Se não tiver escoiração e laceração de tecido na região de mentoniano, pode ser fratura mandibular..) * limitação de abertura bucal (fratura de côndilo, fratura de zigomo – feixe temporal passa dentro do arco e insere no coronóide, dessa inserção você tem uma fratura de arco e limitação dessa musculatura) * parestesia * edemas * hematomas (periorbital, sublingual e subconjuntival) * pinçagem (pequenos vasos) – evitar pinçagem em série * grandes vasos (pinçamento e ligadura) * compressão local * elevação da cabeça (diminui pressão sanguínea na parte superior) * transfusão (grandes perdas) – médico que vai definir de acordo com hemograma ou não HIGIENIZAÇÃO DO PACIENTE: - sabão detergente, soro fisiológico, povedine tópico/degermante, clorexidina 0,5%, prevenção do clostridium tetani, ferimentos em condição de exame e sutura SUTURA DOS FERIMENTOS DE TECIDOS MOLES: - evitar traumatismo excessivos, evitar tração dos tecidos, instrumental e agulha atraumática, higienização e remoção de corpos estranhos T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 2 SUTURA SIMPLES: - caso clinico – criança caiu, mordeu a língua. Não deixava atender com anestesia local, teve que ir pro centro cirúrgico – anestesia geral. Pinçou, localizou e suturou essa laceração. SUTURA DE LÁBIO: - lábio dilacerado, higieniza, tira todo coágulo, sutura interna, reposiciona os músculos e depois o tecido SUTURAS FACIAIS: - escoriações faciais... - não tem indicação com anestesia geral... apenas local, higieniza bem antes. Quanto mais tecido perde, mais difícil é reposicionar. - outro caso = paciente chega com muito sangue coagulado... fratura de sutura frontozigomática. - é fratura emergencial? Precisa operar agora? Ve primeiro o quadro de saúde da paciente, faz sutura de tecidos moles e programa a cirurgia pra corrigir essa fratura - outro caso = faquinha de serra entrou no assoalho de órbita, não perdeu visão, mas entrou dentro do seio... aqui ja faz anestesia geral. - foi colocado uma tela para dar suporte para o olho. Tem um osso dividindo orbita e seio, se perde esse olho, perde suporte, paciente começa a ter visão dupla. SUTURAS COMPLEXAS DA FACE: - avaliação tomográfica - paciente já chegou entubado, foi direto pro centro cirúrgico... higienização, reposicionando tecidos, pra depois ver o que foi fraturado... - primeiro o paciente fica entubado, melhora, ai depois faz as correções necessárias... EXAME RADIOGRÁFICO: - incidências especificas sempre que possível - esclarecimento do diagnostico clinico IMOBILIZAÇÃO PROVISÓRIA: você estabilizar o quadro até o paciente for retratar, oferecer conforto para chegar a uma possível localização do tratamento - bandagem de Barton – duas ataduras em torno de 10 a 15cm na região do mento e superior da cabeça, de boca fechada → cuidado para não pegar a região que vai comprimir espaço aéreo, e na região posterior da cabeça → imagina uma fratura mandibular, o paciente anda e a fratura vai movimentar, vai sentir dor, lacerar tecido... então você oferece essa bandagem para conforto até o tratamento provisório/definitivo - odontossíntese: mobilização provisória. → paciente caiu, separou um dente do outro... você coloca os dedos nos dentes e eles vao se mover. Então, a odontossíntese é unir os dois dentes na cervical, levar em posição. - barra de erich: passa na cervical dos dentes, esse fio é passado no ponto de contato de cada dente e fixado nessa barra. → facilita bloqueio maxilomandibular. Ela contorna bem o dente e estabiliza bem. → antigamente tratava com a barra de erich, leva em oclusão e bloqueia. Paciente não abre a boca por 60 dias. DIMINUIÇÃO DA DOR: - entra com analgésicos e/ou antiinflamatórios, infiltração anestésica... PROFILAXIA DAS INFECÇÕES: - observar: natureza da ferida, corpos estranhos, estado geral do paciente - evitar: manipulação violenta, uso indiscriminado de antibióticos. DIETA ALIMENTAR: - líquida, depois pastosa, rica em proteínas, canudinho... - pode ser necessária avaliação nutricional p/ esse paciente - professor prefere que o paciente se alimente com o copinho de café, pois não vai precisar fazer sucção... LIVRO do HUPP Avaliação Imediata → Antes de obter uma história detalhada e proceder a uma avaliação física completa da área facial, deve-se cuidar das lesões severas que causam risco de morte. → O primeiro passo na avaliação do paciente traumatizado é o exame da estabilidade cardiopulmonar, garantindo que ele esteja com as vias aéreas e os pulmões adequadamente ventilados. T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 3 → Sinais vitais, incluindo a frequência respiratória, o pulso e a pressão arterial. →Sangramento excessivo – medidas imediatas como: aplicação de ataduras, curativos compressivos e o pinçamento de vasos com sangramentos profusos, devem ser realizadas o mais rápido possível. → Avaliação do estado neurológico →Pescoço deve ser imobilizado. Anamnese e Exame Físico Anamnese deve ser o mais completa possível. PREFERENCIALMENTE obtida do paciente, porém ele pode estar com perda de consciência ou alteração neurológica, ai obtemos da testemunha. Cinco importantes perguntas devem ser realizadas: (1) Como aconteceu o acidente? (2) Quando aconteceu o acidente? (3) Quais as características da lesão, incluindo o tipo de objeto causador, a direção de onde veio o impacto e outras considerações logísticas similares? (4) Houve perda de consciência? (5) Que sintomas o paciente apresenta no momento, incluindo dor, alterações de sentidos, alterações visuais e má oclusão? → Saber de tudo – alergias, medicamentos, condições clinicas etc. →Funções neurológicas, outras áreas de traumatismo – tórax, abdome e áreas pélvicas. →Avaliar estruturas faciais após tudo isso acima. → É multidisciplinar – oftalmos, otorrinos, buco, cirurgião plástico, urologista. →Avaliação facial – feita de forma organizada e sequencial. →Cranio e face cuidadosamente inspecionados – procurar lacerações, abrasões, contusões, áreas de edema ou formação de hematoma, ou possíveis alterações de contorno. → As áreas de equimose devem ser cuidadosamente avaliadas. → Equimose periorbitária, especialmente associada à hemorragia subconjuntival, geralmente é indicativa de fratura orbitária ou do complexo zigomático. → Equimoses localizadas atrás da orelha,ou sinal de Battle, sugerem fratura de base de crânio. → Equimoses no assoalho da boca geralmente indicam fratura na região anterior da mandíbula. →Exame para avaliação dos nervos cranianos. →Alterações pupilares ou da acuidade visual podem sugerir traumatismo intracraniano (disfunção dos nervos cranianos II ou III) ou traumatismo direto à órbita. →Pupilas desiguais (anisocoria) em um paciente letárgico sugerem uma lesão ou hemorragia intracraniana (hematoma subdural ou epidural ou hemorragia intraparenquimatosa). →Uma pupila assimétrica ou irregular (não arredondada) é mais comumente causada por uma perfuração do globo (globo ocular). →Função motora dos músculos faciais - (nervo craniano VII) e dos músculos da mastigação (nervo craniano V) e a sensibilidade da área facial (nervo craniano V) devem ser avaliadas. →A mandíbula deve ser cuidadosamente avaliada por meio da palpação externa de todas as áreas das bordas inferior e lateral e da articulação temporomandibular, prestando-se atenção especial às áreas sensíveis. → A oclusão deve ser examinada à procura de desnivelamento ao longo do plano oclusal e de lacerações das áreas gengivais. Avaliação Radiográfica → Após cuidadosa avaliação da área facial, radiografias devem ser feitas, a fim de se obter informação adicional sobre as lesões faciais. → O exame radiográfico da face dependerá, até certo ponto, dos achados clínicos e da lesão suspeitada. → No paciente com traumatismo de face, o objetivo das radiografias deve ser o de confirmar a suspeita do diagnóstico clínico, obter informações que podem não estar claras no exame clínico e determinar com maior precisão a extensão da lesão. →O exame radiográfico deve, também, documentar as fraturas por ângulos ou perspectivas diferentes. → A avaliação das fraturas do terço médio da face é geralmente complementada com outras incidências radiográficas, incluindo a de Waters, lateral e póstero- anterior de crânio, e a do vértice submental. TECIDOS MOLES Abrasão →Ferida causada pela fricção entre um objeto e uma superfície de tecido mole. →Superficial, desnuda o epitélio e as vezes camadas mais profundas. →São dolorosas – atingem terminações de fibras nervosas. →Sangramento mínimo – capilar. Contusão →Chamada de equimose – indica que ocorreu rompimento no interior dos tecidos resultando em hemorragia subcutânea ou submucosa. →Geralmente causadas por objetos rombos. T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 4 →Podem ser encontradas concomitantemente às lesões dentoalveolares ou fraturas dos ossos faciais– traumatismo nos tecidos mais profundos: assoalho de boca, vestíbulo labial. →A importância das contusões, do ponto de vista diagnóstico, é que, quando elas são observadas, deve- se investigar se há fraturas ósseas. →A contusão geralmente não requer tratamento cirúrgico Laceração →A laceração é uma solução de continuidade nos tecidos epiteliais e subepiteliais. →Tipo mais frequente de ferida de tecidos moles. →Objetos afiados como faca ou pedaço de vidro. →Se não for afiado, lacerações podem ser denteadas. →O dentista frequentemente encontra lacerações nos lábios, assoalho da boca, língua, mucosa labial, vestíbulo bucolabial e gengiva. →Depois de realizada a anestesia adequada, o tratamento cirúrgico das lacerações envolve quatro etapas principais: (1) limpeza, (2) desbridamento, (3) hemostasia e (4) fechamento. Estas etapas se aplicam a lacerações em qualquer parte do corpo, inclusive a cavidade oral e áreas periorais. Limpeza da Ferida →Impedir a permanência de detritos. →Pode ser com sabão degermante cirúrgico e pode precisar usar uma escova. →Um anestésico é normalmente necessário. →Irrigação salina copiosa é, então, usada para remover todo material hidrossolúvel. →Irrigação em jatos Desbridamento da Ferida →Remoção de todo o tecido lacerado e desvitalizado da ferida →Remoção de todos os pedaços fragmentados da superfície tecidual →Desbridamento deve ser mínimo – por ter muito sangue. →Somente deve ser removido o tecido obviamente não-vital. →Para a maioria das lacerações encontradas pelos dentistas, não há necessidade de desbridamento, exceto o tecido de glândulas salivares menores Hemostasia da Ferida →Antes do fechamento. →Um sangramento contínuo pode comprometer o reparo devido à formação de um hematoma intratecidual que, por pressão, pode abrir os tecidos já suturados e aproximados. →Se algum vaso sangrante é identifi cado, ele deve ser pinçado e realiza-se a hemostasia por ligadura ou por cauterização com uma unidade de eletrocoagulação. Fechamento da Ferida →Depois de limpa, desbridada e feita a hemostasia, está pronta para fechar. →PORÉM, nem toda laceração na cavidade oral precisa ser fechada – cicatrizam por segunda intenção. →A maneira pela qual se precede o fechamento depende exclusivamente da localização e profundidade da laceração. →Quando são observadas lacerações de gengiva e mucosa alveolar (ou assoalho da boca), elas são fechadas em um único plano. →Se um paciente apresenta laceração de língua ou lábio envolvendo músculo, devem ser usadas suturas reabsorvíveis para fechar as camadas musculares, seguidas da sutura da mucosa. →Tecidos de glândula salivar menor que se projeta dentro de uma ferida deve ser cuidadosamente removido para permitir um fechamento mais favorável. →Em lacerações que se estendem pela espessura total do lábio, torna-se necessário um fechamento em três camadas. →Se a laceração envolve o vermelhão do lábio, a primeira sutura deve ser colocada na junção mucocutânea. →Uma vez fechada a laceração, o clínico deve considerar que uma terapia de suporte deve ser instituída para promover uma cicatrização sem complicações. →Antibióticos sistêmicos (p. ex., penicilina) devem ser considerados sempre que uma laceração se estende pela espessura total do lábio. →Em lacerações superficiais, os antibióticos não são indicados. FRATURAS FACIAIS: - em alguns casos, os ossos faciais podem ser considerados como “parachoques”, pois os impactos T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 5 sobre as estruturas faciais são dissipados por elas, prevenindo danos mais sérios às estruturas intracranianas. - estruturas da face são mais frágeis INJÚRIAS TRAUMÁTICAS: → causas: construção civil, trânsito (50% associado ao álcool), agressões (adolescentes – 80% / 25 a 34 anos – 62%), 50% dos traumas em cabeça, face e pescoço LESÕES ASSOCIADAS: - 51% neurológicas - 36% outras lesões esqueléticas - 12% torácicas - 5% abdominais - desenho esquemático mostrando os acidentes relacionados a trauma e suas porcentagens FRATURAS FACIAIS: Exame e Diagnóstico: → avaliação sistêmica → anamnese → avaliação clínica → avaliação radiográfica → exames laboratoriais MANDÍBULA → ele deu exemplo de acidente de moto com aquele capacete aberto no queixo Anatomia: → mais forte e mais pesado dentre os ossos faciais → osso denso, móvel em forma de U → porção horizontal: corpo → duas porções verticais: ramos → articulação com o crânio: ATM → articulação com a maxila: oclusão dentária → ligação com outros ossos faciais: feita através de ligamentos e músculos Musculatura e Movimentos: → depressores – retratores: parte posterior do m. temporal e parte profunda do masseter * geniohiodeo e digástrico → protrusor: * pterigoideo lateral → elevadores: * masseter * m. pterigoideo medial * parte anterior do m. temporal FRATURAS MANDIBULARES: Etiologia: a importância de sabermos a anatomia em relação a direção da musculatura e as forças? Previne a circunstancia do trauma e a direção que essa fratura ocorreu. Como são causadas?? → trauma – violência externa (força direta ou indireta) → contrações musculares severas (eletrochoque) → osso enfraquecido por condiçõespatológicas → anatomia – regiões desdentadas (pontos de fragilidade) // paciente tá lá mastigando e fratura... acontece por condições patológicas, não tem estrutura ali. Classificação: → conforme a localização: * sínfise e parasínfise (14%) * corpo (21%) * ângulo (20%) * ramo (3%) * coronóide (2%) * côndilo (36%) * processo alveolar (3%) → conforme a severidade: * simples – tecidos moles podem estar afetados, mas sem ferida aberta, não tem deslocamento da fratura e nem exposição... * composta – ruptura nas estruturas adjacentes (pele ou mucosa) com comunicação direta ao meio externo – teve fratura, o osso você consegue visualizar na cavidade oral ou externa - na composta já tem maior deslocamento, já tem exposição intrabucal, o osso expõe dentro da boca, um lugar contaminado. Então trata como fratura exposta. * complexa – ocorre em várias direções, causando lesão severa dos tecidos circundantes - vai fazer vários fragmentos, desses vários fragmentos você tem uma lesão externa muito grande. → conforme a direção e o prognóstico: * horizontal – favorável e não favorável * vertical – favorável e não favorável - é basicamente a direção da fratura. O que acontece? Quando o masseter faz força, vai levar um segmento contra o outro (favorável). Na desfavorável muda a direção, o masseter vai separar um fragmento do outro, eles se afastam... um vai pra um lado e outro pro outro lado. → conforme o tipo: * impactada – os fragmentos são fortemente impelidos um contra o outro * cominutiva – presença de muitos fragmentos * em galho verde – descontinuidade incompleta do osso – igual galho verde mesmo, você quebra mas ele continua unido. Voce ve a linha de fratura, uma certa movimentação, mas ele ta continuo ali... T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 6 * com afundamento – apresentam afundamento e deslocamento dos segmentos fraturados – deslocamento de segmento, separam bem um do outro. - dessas, temos a galho verde, a simples (fratura de corpo de mandíbula simples), cominutiva e a composta (vários segmentos). → conforme a presença ou ausência de dentes: * com dentes * parcialmente dentada * sem dentes - pq é importante saber? O dente dá oclusão, dá um ponto de ancoragem. Oferece uma fixação de alguma forma para a estrutura óssea. Quando tem uma região parcialmente dentada, tem até uma posição de oclusão, mas tem a oposição que você tem que reduzir, pois não tem dentes. Quando tem fratura, primeira coisa que faz antes de incisar = bloqueio maxilomandibular e levando em oclusão mais adequada possível (por isso tem que ter conhecimento de oclusao), com isso você já está posicionando os segmentos. PRIMEIRO ESTABELECE OCLUSAO DEPOIS FIXA. Se fixa primeiro, pode ficar diferente e o dente não entra em oclusao. 0,5mm, 1mm já tem diferença. Quando tem parcialmente, vai levar em oclusao os dentes que tem e depois na região faz uma fixação buscando a redução anatômica. FRATURAS DE CÔNDILO: então você caiu da própria altura, teve acidente automobilístico, uma quede que fez com que você tivesse um trauma bem na região de sínfise, então a carga vai toda pro côndilo Classificação: → segundo Luds (1974): * tipo I: fratura com ou sem deslocamento da cabeça do côndilo, porem numa angulação <60º * tipo II: deslocamento da cabeça do côndilo >= a 90º * subtipo a: fratura alta envolvendo a cabeça ou colo do côndilo * subtipo b: fratura baixa envolvendo a base do processo condilar → Quando tenho fratura alta de condilo? Bloqueia o paciente por uma semana ou 15 dias, depois tiro esse bloqueio e o paciente faz terapia com elástico, pra tracionar a mandíbula do lado fraturado pra frente. Bloqueia os dentes em oclusao, o côndilo não tem carga... o condilo não vai estar abrindo a boca e forçando. Esse fragmento a musculatura puxar ele em posição e ele iniciar uma consolidação. → Quando tenho fratura baixa, acesso, incisão na frente da orelha, entro dentro da capsula e faço uma fixação. pq não fixo a fratura alta de condilo? Pq é um fragmento que vai funcionar igual um enxerto ali, onde vai vascularizar? Só por uma parte do condilo “pescocinho”.. então a chance de reabsorver é grande. E se eu acessar ele e colocar uma placa de fixação e ele reabsorver, o que acontece?? Não entendi nada daqui pra frente kkkk → segundo Lindhal (1977): * fratura sem deslocamento * fratura com deslocamento interno: ocorre um aumento do espaço entre o côndilo e a fossa, mas o côndilo permanece dentro da cavidade * fratura com deslocamento externo: o côndilo é deslocado para fora da cavidade FRATURAS MANDIBULARES: Diagnóstico: → avaliação sistêmica → histórico detalhado → exame clínico – sinais e sintomas * mobilidade – crepitação (paciente vai abrir e fechar a boca, e ai você vai estar perguntando pra ele se está sentindo algo, normalmente se tiver fratura ele vai sentir um click, parece que tem areia) * maloclusão (se tem fratura do condilo, hora que abre a boca, vai desviar pro lado fraturado em vez de abrir reto) * entumescimento no local da fratura (principalmente quando sai da cápsula???) * hematoma * hálito fétido (uma região com tecido ósseo exposto com mobilidade, então tem um processo inflamatório ali, iniciando um infeccioso com sangramento, então gera um hálito fétido) * salivação * trismo (o organismo faz isso pra se proteger, limita abertura bucal) * parestesia (fratura de corpo de mandíbula) * hemorragia (desse canal mandibular) * dificuldade de abertura bucal * desvio da abertura bucal * assimetria facial * dor * sensibilidade à palpação - avaliação, onde você vai localizar a região de fratura. Como faz? Segura em um dente e no outro do lado e fazer força pros dois lados pra ver se tem T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 7 movimentação, se teve separação de segmento. - Apalpar em ambos os lados pra ver se tem degrau ou não... avaliação da ATM (palpação) e abertura bucal. Dai olha lá, linha média, paciente abre a boca e fecha, olha onde vai a mandíbula, linha média desviou. → exame radiográfico * radiografia panorâmica * póstero-anterior de mandíbula – paciente encosta a fronte, de boca aberta com a película. * lateral oblíqua de mandíbula – paciente encosta lateralmente ao filme. Se você suspeita do lado direito, pede do lado direito e vice-versa. Consegue ver processo condilar, coronóide, ramo e parte do corpo. Não consegue ver condilo. * oclusais e periapicais * panorâmicas * tomografia computadorizada (facilita muito o diagnóstico hoje) * posição de towne modificada – para ver condilo. - NESSA PRIMEIRA IMAGEM abaixo está mostrando uma fratura de côndilo. - nas duas do lado, mostra que foram feitas duas tomadas radiográficas pra observar onde estava a lesão. Isso quanto as oclusais e periapicais, por isso é bom pedir logo a tomo que você já olha certinho. → EXEMPLO: professor disse que isso acontece muito... uma vez um ex aluno ligou relatando que paciente tinha chegado com dor de dente, foi tirar periapical e não viu nenhuma fratura dentária. Então deve observar se tem fratura óssea... → CASOS: 1) quando tem uma fratura ali perto do dente, você não tira o dente pq ele dá suporte. Depois de arrumar a fratura você extrai. 2) odontosíntese, passou o fio de aço, estabilizou, fez aquela bandagem de Barton e encaminhou. 3) fratura de ramo de mandíbula – anestesia geral, intubação nasal, bloqueio do paciente, leva em oclusao, tirou a removível, já da uma alinhada e depois fixa. 4) deslocamento pra um lado, os dentes não estão se encaixando. Faz radiografia. Odontosíntese, fio de aço, posicionou, bloquear e encaminhar. 5) essa redução pode ser com fio de aço ou com barra de erich, como na foto. O periodontista odeia. - passa entre os dentese vai fazendo as amarrações, é larga e chata, contornando a cervical dos dentes, estabilizando a fratura. - estabilizou = amarra maxilomandibular. Quando aperta o fio, ele vai tracionando os dentes de cima pra baixo e os de baixo pra cima, fazendo a melhor oclusao possível. - se ele for pra cirurgia, solta o bloqueio, anestesia, bloqueia novamente e fixa. O que geralmente acontece? Bloqueia o paciente, dai ele entra em uma fila e demora muito, 2 meses já consolidou tudo... Antigamente se tratava assim. O que é ruim nisso? Paciente fica bloqueado esse tempo todo. TIPOS DE TRATAMENTO: → redução incruenta: fixação indireta (barra de erich ou odontosíntese) * odontosíntese – fio de aço, une os dentes próximo a fratura. Só faz quando tem dente. * bloqueio maxilo-mandibular – barra de erich sup e inferior e faz o bloqueio, amarra maxila contra mandíbula. - existem procedimentos mais modernos, como parafusos. - vantagens: oclusão restabelecida ao final do tratamento; imobilidade fragmentos ósseos - desvantagens: dificuldade de higienização e alimentação; permanência por longo período → redução cruenta: fixação direta (esquelética) * amarria óssea (osteosíntese) – quando não tinha placa parafuso, usava fio de aço, fazia um furo no osso de um lado e do outro, passava o fio, amarrava, fixava um contra o outro e torcia deixando justo. * fixação interna (mini-placas e parafusos e titânio) – o que usamos hoje - Champy: linha de compressão natural ao longo da margem inferior da mandíbula; acesso intra-bucal; sem necessidade de BMM (bloqueio maxilo- mandibular) - essas são as mini placas de fixação, temos de 1,5, 1,6, 1,0... as placas de reconstrução são mais grossas, 2,5, 2,4... - reduz ou evita o bloqueio maxilo-mandibular: melhora vias áereas; reduz possibilidade de aspiração (paciente com BMM se ele tiver ânsia, ele pode aspirar o vomito já que não consegue abrir a boca, ai vai pro pulmão e dá infecção); funcionabilidade precoce; alimentação normal. - dor pós operatória reduzida ou ausente - menor incidência de infecções – pq não vai ter mobilidade entre as partes * pinos intra-medulares T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 8 TRATAMENTO DAS FRATURAS DE MANDÍBULA – ACESSO EXTRA- ORAL: → requer tempo maior de abertura → risco de dano ao nervo facial (na região parotídea temos os nervos faciais que passam abaixo do glóbulo da orelha e fazem as ramificações...) → pode ocorrer formação de cicatriz fibrosa - sempre avaliando a linha da pele pra fazer a incisão; sempre que trabalha na região de corpo ou ramo, faz incisão abaixo da borda pra cicatriz ficar ali embaixo da dobra do pescoço. Divulsiona para proteger nervos e vasos, até chegar no periósteo, chegou no periósteo, incisa e descola, nos dando a exposição da fratura. Se for recente, conseguimos um perfeito encaixe. Se for tardia, fica mais difícil estabilizar. Pode entortar a placa com dois alicates, sendo adaptada passivelmente ao tecido ósseo. Fixação dos dois parafusos, placa de 4 furos, 2 para cada lado da fratura. Sutura periósteo, sutura musculatura, até suturar a pele. - a placa é de titânio, você entorta para ela se tornar o mais passível possível, se você fixar ela meio torta ela vai forçar esse osso a sair de posição. TRATAMENTO DAS FRATURAS DE MANDÍBULA – ACESSO INTRA-ORAL: → abordagem direta ao traço de fratura → edema mínimo → há ausência de cicatrizes extra-orais → danos mínimos aos tecidos circundantes → minimiza os riscos de infecção Técnica cirúrgica – região sínfise - incisa com cuidado por causa do nervo mentoniano, depois o fechamento por planos, periósteo, musculatura e mucosa. - paciente com fratura de parassínfise, barra de erich, BMM, acesso a fratura, exposição da fratura... - o dente ta encaixando, então sei que tá estabilizado... e o que faz ali? Se a fratura for tardia, vou ter que tirar todo o tecido que formou no meio pra não formar pseudoartrose, posicionar e depois fixar com duas placas. - dois autores que ele citou = dizem que é padrão fazer duas fixações, com uma placa de 6 parafusos como base, uma de 4 mais alta e a barra de erich ali em cima. - radiografia final - região de ângulo, fratura comum na região de 3º molar – usa técnica de radiografia póstero-anterior, paciente bloqueado em oclusao, expõe linha obliqua externa e faz fixação na linha obliqua externa, uma fixação só pq é favorável. - manteve 3º como suporte, fixou fratura. Em um segundo tempo, consolidou a fratura tenho que tirar o dente, tira a placa, o dente e remove tudo. LIVRO DO HUPP Fraturas Mandibulares Dependendo do tipo de lesão, da direção e da força do impacto, as fraturas de mandíbula geralmente ocorrem em diversas localizações. → Uma das classificações de fraturas descreve as fraturas de mandíbula de acordo com sua localização anatômica. →As fraturas são designadas como condilares, de ramo, de ângulo, de corpo, sinfisiais, alveolares e de processo coronoide (mais rara). →Outro sistema de classifi cação das fraturas mandibulares as categoriza em fraturas do tipo galho verde, simples, cominutivas e compostas. →Estas categorias descrevem a condição dos fragmentos ósseos na região fraturada e a possível comunicação com o meio externo. →galho verde são aquelas envolvendo fraturas incompletas com flexibilidade do osso. Essas fraturas geralmente exibem mobilidade mínima quando palpadas e são incompletas. →simples é uma completa transecção do osso com mínima fragmentação na região da fratura. →cominutiva o osso é fraturado em diversos segmentos. Ferimentos por arma de fogo, objetos T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 9 penetrantes ou outros traumatismos de alto impacto na mandíbula resultam, com frequência, em fraturas cominutivas. →composta resulta da comunicação da margem do osso fraturado com o meio externo. →As fraturas de mandíbula são referidas como favoráveis ou desfavoráveis, dependendo da angulação da fratura e da força de tração muscular proximal e distal à fratura. →Em uma fratura favorável, a linha de fratura e a força de tração muscular resistem ao deslocamento da fratura →Em uma fratura desfavorável, a tração muscular resultará em deslocamento dos segmentos fraturados. - Maxila, maior parte do terço médio, formação da aorta, cavidades nasais, palato duro e a formação do seio maxilar direito e esquerdo. Nervos: palatinos maiores bilateral, infraorbitário e nasopalatina É estrutura por 3 pilares: Pilares de força: canino, zigomático e pterigóide Fratura de Maxila: Classificação: *Transversa – Le Fort I *Piramidal – Le Fort II *Disjunção Craniofacial – Le Fort III (a fratura disjunciona a maxila com a base do crânio) *Alveolar *Vertical Le fort I → Ocorre transversalmente acima do nível dos dentes → o segmento fraturado contém uma fratura horizontal → contém um rebordo alveolar → partes das paredes dos seios maxilares → palato → parte inferior da fossa pterigoide do osso esfenoide. → Então vamos pensar assim no processo alveolar (onde estão os dentes e assoalho dos seios) vai separar aquilo ali da parte media da face. → Essa fratura pode ocorrer acidentalmente por trauma, ela pode ser uma fratura induzida para a correção de algumas deformidades de face (pacientes com excesso ou deficiência maxilar, excesso anterior ou vertical) induzimos a fratura, reduzindo em corte para que ela fique na posição mais ideal possível. → Então em um corte sagital nós vamos observar o que vai ficar separado nessa fratura, os dentes, o palato, ela vai deslocar da face, não vai sair, vai estar fraturada e presa com todos os tecidos. Le fort II → são fraturas dos ossos nasais e apófise frontal emaxilar → então ela passa lateralmente ao osso lacrimal, rebordo infraorbitário inferior, assoalho de orbita e próximo a sutura zigomática facial e continua para traz ao longo da parede lateral da maxila, então clinicamente para reduzir tudo isso ai → é uma fratura piramidal, então ela separa da base do crânio a maxila e esses ossos nasais da parede anterior da maxila. T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 10 → Então essa fratura separa o osso nasal e ela ocorre um pouco mais alta que o processo maxilar, então a face fica deslocada e com mobilidade nesse terço médio da face. Le fort III → é a separação completa dos ossos faciais com o crânio as fraturas ocorre pelas suturas zigomáticas e frontal, maxilofrontal e nasofrontal pelos assoalhos das orbitas, então essa fratura separa o osso do arco zigomático e o processo pterigoide, então todo esse osso toda a maxila → a região dos ossos nasais ficam separadas da base do crânio, é uma disjunção craniofacial → a maxila fica separada do crânio e são classificadas conforme a sua abrangência de fratura. Alveolares → são fraturas do rebordo alveolar, com deslocamento lateral → então você tem uma fratura normalmente causada por um trauma e essa fratura ela é deslocada lateralmente ou parede anterior do assoalho nasal, osso palatino é deslocada das outras estruturas. → O professor mostrou um tratamento dessas fraturas e disse o seguinte: - tratamento com barra de Erich, colocou a barra, reposicionou esse osso fraturado, levou em oclusão e fez o bloqueio. E isso hoje em dia usamos como um preparatório para o tratamento, bloqueia leva em posição depois faz a intervenção cirúrgica com placa e parafuso e remove a barra e o paciente fica abrindo e fechando a boca, com uma dieta restrita. Vertical → Separação das duas metades da maxila → O paciente no caso em sala teve uma fratura vertical, então fraturou na linha media e separou a sutura palatina. **Aparelhos HASS, HYRAX.. fazem uma disjunção da sutura média do palato para aumentar o espaço. Quando o paciente ainda está crescendo, pode fazer a expansão por meio de aparelho. O aparelho faz com que separa as maxilas e essa fratura ocorre na sutura palatina media. Então, expande 2/4 de volta de manhã e 1/4 de volta a tarde. Vc ganha perimetro de arco e espaço aeronasal, pq ela separa a maxila e ganha espaço aereo, aumentando a largura dele. Até quando faz isso? Até o final do crescimento. Quando termina o crescimento e essa sutura consolida para fazer a expansão tem que ser por cirurgia ortognatica, separando a maxila que chama: expansão rápida de maxila assistida cirurgicamente. Hoje diminui muito esse tipo de cirurgia por conta do diagnostico precoce. -É uma mecanica ortopedica que vai ganhar uma estrutura ossea para ter uma melhor arcabouço para movimentar os dentes. -Paciente que sorri e tem uma maxila fininha que a ter uma estetica funcional a dá para enxergar até o ultimo molar. Quando expande a maxila atresica, voce consegue melhorar o corredor bucal. O bom diagnostico ortodontico leva longo prazo muito bom. -Faz odontosintese, molda, faz um guia cirurgico e fixa nos dentes, dando estabilidade OU paciente cirurgicamente fixa nos dentes e dependendo do tamanho da fratura, coloca uma placa para fixação DIAGNÓSTICO EXAME CLÍNICO: SINAIS E SINTOMAS: *Lesões graves dos tecidos moles adjacentes *Rinorragia (sangramento nasal) *Equimose ou edema na conjuntiva e esclerótica *Hematoma subcutâneo *Face côncava *Terço médio com aparência alongada *Mandíbula intacta *Mobilidade de maxila Deve observar a lesão, perguntar onde está sentindo o deslocamento, a dor.., se tá sentindo parestesia ou não. -Sempre nos exames clínicos é feito a palpação bilateral e acompanhando a anatomia bilateral: afastando os lábios, segurando a maxila, fazendo a movimento para ver se tem estabilidade -Se sentir edema, as vezes a gente entra por dentro da lábio e apoia na parede anterior do seio e movimenta a maxila -Observar se tá em oclusao. Perguntar p pact: é assim que encaixa os seus dentes? Exames radiográficos: →A projeção de watters você observa assoalho infra- orbitario, paredes anteriores do seio, processo maxilar. →A p.a de face você observa osso zigomático, frontal, osso maxilar, maxila, assoalho nasal, assoalho de seio, assoalho de orbita, rebordo supraorbitario, infraorbitário. T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 11 →As teleradiografias de perfil absoluto para observar as paredes anteriores do seio maxilar, assoalho de orbita, processo maxilar. →As radiografias periapicais, oclusais quando você tem fraturas verticais e as tomografias, e o que facilita bastante hoje são as montagens em 3D, e os cortes coronal, sagital para avaliar milímetro a milímetro se houve algum deslocamento. → Observar no paciente: *Avaliação clinica *Avaliação oclusal *No espaço maxilar entre os dentes *Devemos apoiar o paciente ver se tem mobilidade daquela região, solicitar exames, *Avaliação radiográfica, tomográfica. *Qual que é a historia desse paciente? (se a fratura ocorreu por impacto, arma de fogo) →Então em causa de trauma só na avaliação clinica você já observa o deslocamento, no primeiro atendimento você já faz a estabilização com barra de Erich, bloqueio maxilomandibular, avaliação das radiografias. OSSO ZIGOMATICO ANATOMIA *Osso malar (dá a projeção da maça do rosto) *Forma quadrilátero *Face externa irregular e convexa – bochecha *Face interna côncava – fossa temporal Fratura de orbita envolve complexo zigomático maxilar, ou seja, a base do zigomático, a lateral do zigomático, onde forma a cavidade orbitaria. Fratura dos ossos zigomáticos: classificação Temos que avaliar em relação às fraturas dos ossos zigomáticos a sua classificação de acordo com a característica, primeiro se ela é aberta ou fechada e a qual a sua gravidade, se é simples, cominutiva e complexa, entra junto com aquele diagnostico de fratura de mandíbula mas relacionadas com o osso zigomático. → Fraturas complexas: expõem a face e perde o segmento, fraturas expostas com exposição de tecido ósseo e nos classificamos as fraturas de acordo com o grau. → Grupo I: sem deslocamento significante (se não tiver alteração estética e funcional, optamos por um tratamento conservador, limita apoio, estabilização). →Grupo II: fratura só do arco zigomático (se ele tem grande deslocamento, clinicamente ele vai aparecer um afundamento, vai limitar a abertura bucal com dor, porque aquela inserção muscular do osso temporal passa dentro do arco zigomático e se insere no processo coronoide. Se essa fratura impede a movimentação desse musculo, então esse tipo de fratura nos temos que reposicionar, existe fratura em galho verde que a gente reposiciona sem fixação, e existem fraturas que possuem grandes deslocamentos ou mais cominutvas e complexas que você tem que fazer a fixação com placa e parafuso.) →Grupo III: corpo sem rotação ( fraturou mas ele não tem deslocamento, imaginem que nos temos o corpo zigomático e ele fraturou, é comum ele fraturar e rodar então, ele desloca assoalho, rebordo infraorbitário, alteração maxilar e se ele não tem rotação e não tem alteração estética e não tem alteração funcional, faz um tratamento conservador. Se ele tem deslocamento degrau e fratura, ai sim você vai fazer o reposicionamento e fixação com mini placa e parafuso.) →Grupo IV: corpo com rotação medial (nos separamos anatomicamente o osso zigomático, assoalho de orbita a sutura fronto zigomática o arco zigomático e o processo maxilar, então todo esse osso com a fratura ele pode deslocar para medial ou para lateral). →Grupo V: corpocom rotação lateral →Grupo VI: fraturas complexas (que envolvem grandes deslocamentos e fraturas desse osso, até as fraturas da parede anterior do seio maxilar e assoalho de orbita.) Exame clinico: sinais e sintomas *Edema sub – palpebral *Inchaço *Hematomas (Se tiver um edema, hematoma de um lado, supeita que um lado está fraturado e o outro não. Mas sempre tem que apalpar os dois lados e acompanhar a anatomia o que tá certo e errado.) *Globo ocular em níveis mais baixos, *Diplopia (O que separa o seio da orbita? o assoalho da orbita ou o teto do seio, tem osso ali. Se fraturar o que acontece? Cerveró! Tem um olho mais baixo que o outro. E o que acontece quando o pct tira esse posicionamento? O pct tem visão dupla. Então, se não corrigir o assoalho da orbita que fragmentou p dentro do seio, se não corrigir a posição do seio da orbita o que vai acontecer? O pct vai ter visão dupla, que é a diplopia.) T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 12 * Inconsistência na região malar (Osso fino em cima de uma região oca. Entao, voce apalpa e provavelmente cai em uma região que não tem sustentação) *Parestesia (Labio superior, asa do nariz, dentes) (O nervo infra-orbitario faz a inervação dessa região. Sai do forame infra-orbitario e vai inervar a asa do nariz, labio superior do seu respectivo lado e dentes anteriores. Se tem uma parestesia, o paciente não sente nada. Então, tem suspeita de que a fratura ocorreu ali, proximo ao forame ou no forame e machuchou o nervo, dando parestesia) *Perda de continuidade ossea ou degrau *Trismo (Sempre que for avaliar o osso zigomatico bilateral, muitas vezes entra com o indicador na parede anterior por dentro da boca, apalpa toda essa parede até na região posterior do tuber, observar a abertura de boca, se tem limitação ou não). Tratamento É um pouco diferente do da mandíbula, lembrando que na mandíbula tem as fraturas favoráveis e desfavoráveis, que nos dependemos da ação muscular, a maxila não depende de ação muscular. Os fragmentos eles tem pouca mobilidade. Tratamento le fort I: é feito bloqueio maxilomandibular com suspenção em cavidade periforme, rebordo infra orbitário, arco zigomático. Esse tipo de tratamento é a suspenção isso aqui é da época ou da condição que você não tem condição de fixação interna rígida, porque com o fio de aço você vai fazer o bloqueio maxilomandibular e depois você vai usar a miniplaca para fixar onde foi fraturado. Lembrar sempre bloqueio maxilomandibular, porque a maioria das fraturas da face você tem junto os dentes, se houver deslocamento dentário e você for la e corrigir anatomicamente essa fratura, quando esse reposicionamento dessa fratura ele é imediato você tem uma maior facilidade de reposicionar anatomicamente, quando essa fratura se torna mais tardia (onde já aconteceu uma reabsorção, remodelação, uma formação de tecido fibroso) por isso você tem uma dificuldade maior de reposicionar, e sempre nos vamos fazer o bloqueio, leva o paciente em oclusão para depois fixar a fratura, então a posição dentaria do paciente vai ajudar melhor a posicionar esse fragmento. Se você corrige só a fratura sem corrigir a oclusão, esse paciente vai estar mordendo em cima daquele fragmento e não vai ter integração óssea. Quando você faz o BMM (bloqueio maxilo mandibular), você leva tudo em oclusão e depois você fixa e a oclusão é restabelecida Tratamento tipo le fort II: BMM com suspensão em apófise zigomática do osso frontal e arco zigomático, como fica uma fratura piramidal você faz uma perfuração nesse rebordo aqui e transfixa o fio, passando pelo arco zigomático e na maxila, então você vai estabilizar isso aqui só com fio de aço e dai o paciente fica com bloqueio maxilomandibular por 60 dias e essas fixações. Ou você faz BMM e fixação com mini placas e parafusos e depois remove o BMM após a cirurgia. Tratamento tipo le fort III: que é quando ocorre a disjunção completa da maxila da base do crânio, faz se o BMM com suspensão no processo zigomático do osso frontal ou tratamento com mini placas, então você vai fixar na sutura fronto zigomática e naso frontal e vai fazer essas duas fixações. Como toda essa base deslocou o interessante é você fazer o BMM fixar e manter esse paciente pelo menos com elástico para manter em oclusão, porque tem muito pouco fixação para segurar todas essa estrutura. Tratamento para fraturas alveolares: você faz a reposição digital, barra de erich e BMM. Tratamento para as fraturas verticais: BMM, fixação rígida e semirrígida em pilares zigomático e canino ou splint oclusal (é semelhante a uma placa miorrelaxante, só que com resina rígida) então você vai moldar esse paciente, essa fratura vertical você vai reposicionar no modelo e vai manter o splint ou se só houve a fratura vertical e você reposicionou (uma odontossintese com fio de aço) depois você molda, faz o spint oclusal e mantem aquele splint encaixado ali por 30 dias para ter a união . Tratamento das fraturas do osso zigomático: ela é bastante conservadora na intervenção, esse osso como ele não sofre ação muscular, então o paciente teve a fratura e deslocou e quando a fratura é recente você consegue reposicionar ele, você tem dois tipos de instrumentais que podemos usar para reposicionar esse corpo do osso zigomático, que é um gancho que você entra dentro do arco zigomático e traciona ele para anterior ou também tem um instrumento que ele é igual a um saca-rolha, você fixa ele na parede anterior do seio e dai você traciona, com acesso é extra oral com uma incisão bem pequena. →O osso de assoalho de orbita ou teto do seio maxilar, ele só desloca e você reposiciona, quando ele fratura colocamos uma telinha ali. Essa telinha corrige T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 13 o assoalho de orbita para dar sustentação para o globo ocular voltar em posição →Nesses casos de fartura do arco zigomático também podemos fazer o acesso por dentro da boca, entrar com o instrumental por baixo do arco, deslocar ele para anterior e reposicionar ele. →Sempre fazemos um curativo nessa região, não para proteger, mas para o paciente não apoiar, e fazemos esse curativo com um copinho de café, abrindo as laterais do copinho e colocando nessa região e se ele apoiar nessa região vai fazer aquele barulhinho e não vai mais apoiar. →Estruturas que merecem atenção: globo ocular, nervo optico e músculos extrínsecos. LIVRO DO HUPP Fraturas do Terço Médio da Face → As fraturas do terço médio da face incluem aquelas que afetam a maxila, o zigoma e o complexo naso- órbito-etmoidal (NOE). →Essas fraturas podem ser classifi cadas em fraturas Le Fort I, II ou III, fraturas do complexo zigomático- maxilar, fraturas de arco zigomático ou fraturas naso- órbito-etmoidais. →Tais fraturas podem ocorrer isoladamente ou combinadas. →A fratura Le Fort I resulta frequentemente da aplicação de força horizontal na maxila, fraturando-a através do seio maxilar e ao longo do assoalho da fossa nasal. Ela separa a maxila das lâminas pterigoides e das estruturas nasal e zigomática. Esse tipo de traumatismo pode separar a maxila, em um único pedaço, das outras estruturas, dividir o palato ou fragmentar a maxila. →Forças aplicadas em uma direção mais superior causam, com frequência, fraturas Le Fort II, que é a separação da maxila e complexo nasal aderido, das estruturas zigomáticas e nasais. →A fratura Le Fort III resulta da aplicação de forças horizontais em um nível sufi cientemente alto para separar o complexo naso-órbito-etmoidal, os zigomas e a maxila, da base do crânio, o que resulta na chamada disjunção craniofacial. →Invariavelmente, as fraturas do terço médio da face são híbridas ou combinaçõesdesses tipos de lesões previamente mencionadas. → O tipo mais comum das fraturas do terço médio de face na sala operatória é a fratura do complexo zigomático → Este tipo de fratura resulta do impacto de objetos, como uma bola de beisebol ou o punho, sobre a parte lateral da bochecha. →Traumatismos semelhantes também podem resultar em fraturas isoladas dos ossos nasais, do rebordo orbitário ou de áreas do assoalho da órbita. →O traumatismo contuso ao olho pode resultar em compressão do globo e subsequente fratura blow- out do assoalho orbitário. →O arco zigomático também pode ser afetado, isoladamente ou em combinação com outros tipos de fraturas. Já vimos na orto, mas vamos ver de novo pq sim. →É um problema de desenvolvimento, ocasionalmente ela é consequência de uma causa T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 14 especifica, tem algumas probabilidades genéticas, ambientais e na maioria das vezes é resultado de uma complexa interação entre diversos fatores que é o crescimento e desenvolvimento. → Muitas vezes o paciente tem um problema genético e isso aí vai influenciando com os problemas ambientais. Fatores da DDF: *Causas especificas; *Fatores hereditários; *Influencias ambientais; →Causas especificas são de 5%, →desarmonias dento-faciais 5%, →oclusão normal 30% →mal oclusão de causa desconhecida 60% *As causas especificas são as síndromes faciais e anomalias congênitas ou algum distúrbio pós natal de origem conhecida. *Síndrome de apert que causa deformidade das extremidades, deficiência no terço médio da face algumas acompanhadas de fissuras lábio palatal. *Síndrome de Teacher Collins é popularmente chamada de face de pássaro acompanha ausência de conduto auditivo, má formação de côndilo, ramo da mandíbula reduzido, fissura palatina. *Microssomia hemifacial existe uma ausência de crescimento do ramo e côndilo de um lado, entortando dessa forma o rosto todo para um lado, levando a maxila ter um deformidade também. *Distúrbio pós–natal de origem conhecida, por exemplo parto natural com utilização de fórceps (excesso de força causando fratura de côndilo no feto, levando uma anquilose da ATM, redução da mandíbula, espaço aéreo inferior reduzido, paciente com dificuldade respiratória muitas vezes faz se uma traqueostomia e uma correção mais tardia). *Fatores hereditários, padrão III (uma classe III) um excesso mandibular ou uma deficiência maxilar. Mordida aberta anterior (quando o paciente chupa chupeta, dedo etc.). CLASSE I CLASSE II CLASSE III Capelozza chamou o que era esquelética em padrão, então quando você fala de classe dentaria é classe I, II, III e quando você vai falar em padrão ele dividiu em padrão I, II, III, face longa e face curta. O individuo padrão I é um indivíduo normal com má oclusão (ele pode ter ou não essa má oclusão), mas ele tem um crescimento maxilomandibular equivalente, tem uma relação esquelética normal e equilibrada. O padrão II são indivíduos portadores de má oclusão, resultante de um degrau sagital aumentado entre maxila e mandíbula. Protrusão maxilar, deficiência mandibular ou ambos, então você tem uma face convexa. O padrão III indivíduos portadores de má oclusão resultante de degrau sagital diminuído entre maxila e mandíbula, ele tem uma retração maxilar ou prognatismo mandibular ou ambos, você observa uma deficiência maxilar às vezes a mordida de classe III. Ele dividiu em padrão, pois o padrão é a doença do individuo que resulta em má oclusão e precisamos saber disso para podermos tratar a causa que é o problema esquelético e vai também tratar o resultado que é a má oclusão. O face longa são aqueles indivíduos que tem o terço inferior da face aumentada, tornando o selamento labial ou a relação labial normal impossível, é um crescimento vertical da maxila, a maxila cresce vertical e a mandíbula roda e esse terço fica aumentado e o paciente com lábio em repouso mostra aquele monte de dentes. O face curta tem uma deficiência vertical ao contrário do face longa a maxila dele cresceu menos, então ele tem o terço inferior da face encurtada, esse paciente T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 15 antigamente era chamado de boca de velho, que tem a conversão de lábio e a falta de tecido ósseo e fica com a boca murcha. É muito comum esse paciente ter queilite angular, musculatura muito forte, cuidar com tipo de material restaurador, pode ter bruxismo, então esse paciente tem uma força oclusal muito grande. Desses 5 padrões vocês vão ter 5 doenças esqueléticas, dessas doenças quando você olha um paciente padrão III você imagina como esta a posição dos dentes, ele pode ter até um padrão de classe dentaria de I, só que você vai olhar os dentes de cima estão compensado para frente e os de baixo compensados para trás, então ele tem um padrão de classe III com uma má oclusão em classe I. A má oclusão é reflexo da relação esquelética, se vocês pensarem desde o começo assim fica mais fácil de fazer o diagnóstico desse paciente. Análise facial: A gente sempre faz análise de frente e de perfil, essa análise ela é em pé, posição natural de cabeça (todo indivíduo e tem uma posição mais confortável, ele faz máxima extensão e máxima flexão de cabeça ate ele parar em uma posição, olhando para o horizonte, que esse ângulo em relação a coluna e a cabeça ela é reprodutível, se você fizer isso daqui 10 anos você vai posicionar na mesma posição). *Quando o paciente tem uma deficiência mandibular ele levanta a cabeça. ➢ Oclusão em relação central, e lábios em repouso. É comum do paciente classe III esconder a mandíbula, e o paciente de classe II projetar a cabeça. ➢ Então a avaliação do paciente de perfil é diferente quando o paciente tem alteração de ângulo de cabeça, então por isso sempre avaliar essa posição. ➢ E lábios em repouso para saber o quanto o paciente tem de exposição de incisivos e o que podemos melhorar de suporte labial. ***A gente avalia os comprimentos dos terços faciais, então terço superior médio e inferior. A mais adequada de proporções 1/3 para 2/3 em relação a base nasal da base do mento. Então vocês vão observar as diferenças do padrão de face curta, face longa e padrão III e depois que você corrige cirurgicamente a avaliação frontal, a face curta aumentado o terço médio, a face longa fazendo selamento labial e a classe III dando uma projeção melhor da maxila. ***Distancia bizigomatico: então existe uma proporção para o sexo masculino e sexo feminino. É 1.3 a parte vertical da distancia bizigomatica, são varias medidas que nós vamos encaixar no nosso diagnostico. ***Exposição de incisivos superiores: adultos jovens que nem vocês mulher em torno de 3 a 5 mm, homem 2 a 3 mm. Então no padrão I os lábios estão em repouso e tem selamento labial sem expor, quando você relaxa vai ter um pouquinho e isso é normal. E um paciente com deficiência de crescimento vertical (padrão III) quando relaxou o lábio mesmo assim ele fechou o lábio porque está sobrando tecido. E um face longa grande exposição e dificuldade de selamento labial. ***Comprimento do lábio superior: mulheres em torno de 20 mm o homem de 22 mm para sabermos, por exemplo “ta expondo muito“ então a maxila é longa, então vamos ver o tamanho do lábio para sabermos se ele tem um lábio condizente, para saber se o problema é em tecido ou ósseo. ***Linha media: nós avaliamos duas linhas, a linha média facial e a linha média dentaria. Então primeiro no centro do mento agente isola o resto da face e vai lá põem o fio dental no meio do mento do paciente, o paciente deve estar em pé na sua frente e avalio o que é linha média. *Então a linha media no centro do mento você vai avaliar se alinha media dentaria dele está condizente com a linha media da face. ***Base alar: que é a distancia intercantal que são basicamente equivalentes, então por isso vai ter alguma divergência, no negro, no japonês, no indião então vai ter algumas diferenças com a base alar, isso ai é característico de raça. Então você tem que saber qual é a queixa do paciente para você fechar ou não essa base alar de acordo com a estética da raça desse paciente. E quando você reconstitui a base alar, toda vez que você descola a parede anterior do seio maxilar, você descola toda a base onde é a inserção do musculo que segura a base alar, então todas as vezes que você faz um acesso ali, tem que reconstituir com uma sutura. Essa reconstituição você pode diminuir, aumentar mas você que vai definir. 1. Distancia intercomissura e a ao centro da pupila, 2. Plano oclusal transverso (onde o paciente vai morder uma espátula para saber se esse plano está adequado ou não) * quanto mais simetria a pessoa tem, esteticamente mais aceitável ela é, pelos padrões impostos pela sociedade * A função da cirurgia ortognatica é correção oclusal, melhora do espaço aéreo nasal superior e inferior e T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 16 melhora do espaço intrabucal também, acompanhando dessa forma a estética também. ➢ Comprimentos dos 1/3 da face: ➢ Projeção do lábio: segundo o autor ayala, devemos passar uma linha bem na sub nasal, a linha vertical verdadeira é um pendulo, e essa linha você posicionando ela pela sub nasal você vai avaliar a projeção do lábio superior, inferior e do mento em relação a essa linha o que é mais aceitável, esses autores avaliavam isso em pacientes de faces mais agradáveis (pacientes bonitas), e comparavam as medidas quais eram mais compatíveis com esse padrão de beleza. ➢ Projeção do nariz: o ideal é da sub nasal do nariz até a ponta ter em torno de 16 a 20 mm, e a outra avaliação é que a inserção do nariz a base nasal da sub nasal para traz ter uma proporção de 1 para 2 da sub nasal até a ponta do nariz. A gente avalia da seguinte forma 1 para 2 paciente tem deficiência maxilar (parece que ele tem o nariz grande porque a maxila esta para traz, você observa ate o dorso do nariz caído). ➢ Convexidade zigomática: quando você tem uma boa projeção da maçã do rosto. ➢ Depressão infra orbitaria: o paciente que não tem essa depressão fica claro e aparece que não tem zigoma. ➢ Contorno da mandíbula a altura dentaria anterior eu falei para vocês no sexo feminino 40 + - dois e no sexo masculino de 44 que é a altura da incisal a base do mento. ➢ Então a avaliação a vertical verdadeira, nos fazemos um pendulo com uma linha pendurado na parede e não encostado para fazer a foto do paciente, posicione ele e isso serve para não entortamos a maquina, você entortando altera essa medida. ➢ Projeção do mento (que não vai mudar oclusão e nem espaço aéreo superior) e vai mudar espaço aéreo inferior, essa projeção toda essa musculatura do espaço aéreo inferior ela é inserida atrás do mento, então a hora que você deixa ele em uma posição adequada você vai posicionar e deixar esse espaço aéreo inferior mais adequado. ➢ Essa avaliação do mento em relação a linha sub nasal verdadeira que nos utilizamos bastante que é 2 a 5 mm a frente da linha vertical verdadeira e de 0 a 3 mm e de - 4 a 0 mm, só que essa avaliação foi tirada de medidas dos norte americanos e você observa que o padrão de beleza deles é um mento mais forte, a ponta do mento é mais próxima a vertical linha sub nasal verdadeira, nós da américa latina temos o mento um pouco mais delicado. Análise facial →É chave do diagnóstico soberana sobre a analise radiográfica. →A análise facial propicia a interação do paciente e profissional, dando oportunidade de estabelecer anseios do paciente e a possibilidade do tratamento. O mais importante é a conversa entre paciente o profissional para que este saiba dos problemas do paciente e onde que vai ser corrigido. E tem coisas que você vai ter que corrigir e mostrar para esse paciente. →A avaliação dinâmica desse perfil e principalmente frontal, forma que o individuo se apresenta em sociedade e realiza uma auto avaliação. E avaliação radiográfica ela é estática e apenas através de uma radiografia de perfil não variando assim a apresentação da pessoa de frente. Mostrando que avaliação facial ela é soberana nas avaliações estáticas de foto e de perfil. →O padrão é a manutenção da configuração da face através do tempo, se o paciente nasce padrão I ele vai crescer e morrer padrão I, o paciente padrão III face longa se ele não operar ela vai morre do mesmo jeito, alguns pacientes nos vamos observar que o paciente face longo ele perde os dentes e perde osso e ele fica com uma estrutura óssea boa, dando a aparência de uma face muito melhor que antes. A norma de diagnóstico é: →Análise de face →Cefalométrica →Análise de modelos E quando nós indicamos um paciente para cirurgia? O grupo I para a gente avaliar esse paciente, caso ortodôntico de rotina. O grupo II: casos ortodônticos complexos, discrepância esqueletais leves a moderadas. Pode ser tratado com compensação dentaria ou manipulação de crescimento (na fase de crescimento, depois de adulto não consegue). Casos de má oclusões e desequilíbrios faciais moderados e graves são tratados com ortodontia + cirurgia ortognatica. Devemos indicar quando tem discrepâncias esqueléticas severas, estética facial desagradável. Indicações: → Face equilibrada e mal oclusão = ortodontia T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 17 → Face desequilibrada (quando se tem uma deficiência mandibular ou maxilar ou ambos) não tão discrepantes e mal oclusão suave ou moderada = vai conversar com o paciente e vai avaliar a expectativa do paciente, se ele tem queixa daquela estrutura de face, e mostrar para ele que existe dois tipos de correções (então a classe III aceita jogar os dentes de baixo para trás e o de cima para frente, uma compensação, isso se ele não tiver queixa estética de sua face. Se ele tiver queixa estética vamos pensar em uma correção orto – cirúrgica). →Face totalmente desequilibrada e severa = orto + cirurgia ortognática. ***Para um paciente ser avaliado para ortodontia ele vai fazer o diagnostico, junto com esse diagnostico vai ser feito junto com a cirurgia bucomaxilofacial para determinar a onde que tem a necessidade de posicionamento de dente para a gente fazer a cirurgia e ter um bom resultado. **Avaliação inicial com o ortodontista planejamento é feito junto com o orto + cirurgia e antes fazer uma avaliação cirúrgica para ver se esta pronto para operar, sempre sentar e conversar com o ortodontista para ver se esta tudo em ordem, e correção cirúrgica e depois disso volta com o tratamento ortodôntico para finalizar. Engenharia reversa dos tecidos, como atuar em tecidos duros para a gente ter um resultado desejado nos tecidos moles Desarmonia dentofacil Ortodontia cirurgia <>ortognatica Avaliação inicial → planejamento ortodôntico, analise fácil, analise de modelos, analise radiográfica. Plano de tratamento ortodôntico pre-cirurgico *extração dos terceiros molares *bandagem e cimentação, 1 e 2 molares *analise de Bolton *Colagem direta superior e inferior *Alinhamento e nivelamento superior e inferior *Arco retangular superior e inferior *Reavaliação pre-cirurgica *Avaliação fonoaudiológica pre-cirurgica *Cirurgia ortognatica *contenção *Controle ortodôntico e cirúrgico Linha media *é importante, pois se a mandíbula é desviada, eu tenho que deixar a linha media dos dentes, no meio da linha media da mandíbula desviada. Para hora que corrigir a mandíbula os dentes acompanharem. Exo dos terceiros molares O terceiro molar vai dificultara fixação das placas, por isso sua extração e relevante, e pode ocorrer fratura indesejada, por isso os terceiros molares devem ser extraídos pelo menos 6 meses antes da cirurgia. Sem a exo do terceiro molar, até dá para operar, mas aumenta muito a dificuldade. Analise de modelo *Discrepância de Bolton- imaginem que a mandíbula e uma caixa e a mandíbula e a tampa, se você tem uma caixa e tampa de tamanho diferente, não vai encaixar, e essa discrepância e a soma da distância da distal dos dentes inferiores tem que ser menor que a dos superiores, tem que ser 1,3mm menor. *no próprio modelo *compasso *relação transversal Tomar cuidado hora que for desgastar dente inferior para fazer essa adaptação, pois os incisivos inferiores não podem ter estrutura dentaria, do ponto de contato mesio-distal menor que a cervical do dente, se não a coroa fica muito estreita, que acontece uma necrose de tecido ósseo. Analise divergente de raízes- não tem necessidade de fazer osteotomia na maxila. *Cuidado com a mecânica dos incisivos na sínfise, o incisivo tem que estar dentro da sínfise, pode estar um pouco inclinado ou não, mas tem que estar na sínfise, cuidado com paciente face longa e classe 3 que tem a sinfise estreita, para o aparelho não jogar o dente para fora da sinfise. O que é cefalometria? A cefalometria estuda o relacionamento dos dentes e estruturas ósseas da cabeça com o perfil tegumentar dos pacientes. – Ela auxilia no diagnóstico e plano de tratamento. T H A I N Á N O G U E I R A ; T H A I N A R A S T E F A N E L L I , 2 0 1 9 | 18 Cirurgias combinadas Reposicionamento de maxila e mandibula (vamos imaginar) Paciente com deficiência maxilar, avaliado em classe II, assimetria de face. Faz o posicionamento da maxila e fixação de maxila, 30 dias de pós operatório. (você corta e reposiciona o que precisa) *Diagnósticos *Radiografia *Avaliação clínica de modelos *planejamento – analise facial, tele radiografia *Técnica cirúrgica Osteotomia Sagital É uma osteotomia modificada. *Uma incisão sobre a linha obliqua externa, expos a linha, inicia osteotomia a cima do nervo mandibular, desce sobre a linha obliqua externa. Hoje usamos em vez de serra o piezo, para não machucar o nervo, desce a osteotomia até a região de terceiro molar. *Depois separa a mandíbula, entra com cinzel e alavancas, faz a fratura, separando o segmento proximal (côndilo) e o segmento distal (nervo mandibular e dentes), após isso posso avançar e reduzir como for necessário. *A fixação será com placas e parafusos. *Essa técnica também pode ser realizada na maxila. →Grupo 1 (pré-forame incisivo) – tem os tipos unilateral; bilateral e mediana. Podendo ser completas e incompletas. → grupo 2 (transforame incisivo) – unilateral; bileteral e mediana → grupo 3 (pós-forame incisivo) – incompleta e completa. → grupo 4 (fissuras raras da face) – fissuras desvinculadas do palato; envolvem tratamentos primarios e secundários. Os tratamentos dessas anomalias (protocolos de procedimentos do hrac-usp; onde o prof fez a espe/residência): 1. Com 3 meses é possível fazer o fechamento do lábio. 2. 1 ano já pode ser feito o fechamento do palato. 3. Feita essas correções já é possível partir para as cirurgias secundárias. 4. Começa o controle de direção da irrupção de dentes. 5. Correção da mordida cruzada 6. Se necessário o enxerto ósseo secundário ele deve ser feito dos 8 aos 11 anos. 7. Ortodontia seguida de cirurgia ortognática (se necessário). 8. Cirurgias secundárias (se necessário). Quanto mais tardia a intervenção mais dificulta a correção. O enxerto ósseo alveolar secundário é feito para estabilizar o arco dentário superior, proporcionando suporte para asa do nariz e possibilitando a reabilitação dentária. Diminui o insucesso da cirurgia de fechamento de fístula (fissuras). A avaliação radiográfica; confecção de modelos e guias cirúrgicos para um bom planejamento ortognático.
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