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Fitossociologiadeplantas_Costa_2023

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS EM CULTIVO DE BETERRABA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDIVAN BEZERRA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA – RN 
JULHO/2023 
 
 
 
FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS EM CULTIVO DE BETERRABA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDIVAN BEZERRA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão apresentado ao Curso 
de Graduação em Engenharia Agronômica da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
como requisito parcial para a obtenção do 
título de Engenheiro Agrônomo. 
 
Orientadora: Profª. Drª. Damiana Cleuma de 
Medeiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAÍBA – RN 
JULHO/2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 
Sistema de Bibliotecas - SISBI 
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski – 
Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ – Macaiba 
 
Costa, Edivan Bezerra. 
 Fitossociologia de plantas daninhas em cultivo de beterraba / 
Edivan Bezerra Costa. - Macaíba, 2023. 
 31f.: il. 
 
 Monografia (Bacharel) Universidade Federal do Rio Grande do 
Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, 
Curso de Graduação em Engenharia Agronômica. 
 Orientador: Profª. Drª. Damiana Cleuma de Medeiros. 
 
 
 1. Beta vulgaris L - Monografia. 2. Índice de Valor de 
Importância - Monografia. 3. Comunidade infestante. - 
Monografia. I. Medeiros, Damiana Cleuma de. II. Título. 
 
RN/UF/BSPRH CDU 635.11 
 
 
 
 Elaborado por Valéria Maria Lima da Silva - CRB-15/451 
 
 
 
 
 
EDIVAN BEZERRA COSTA 
 
 
 
 
FITOSSOCIOLOGIA DE PLANTAS DANINHAS EM CULTIVO DE BETERRABA 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: 03/07/2023 
 
Banca Examinadora: 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
 Profª. Drª. Damiana Cleuma de Medeiros 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN 
Professora orientadora 
 
 
_________________________________________________ 
Profª. Drª. Vanda Maria Lira 
Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte – UFRN 
Primeiro membro 
 
 
_________________________________________________ 
Engª Agrônoma M. Sc. Maiara Pinheiro da Silva Borges 
Segundo membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a todas as pessoas que 
assim como eu, acreditam em seus sonhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADESCIMENTOS 
 
À Deus em primeirissimo lugar, por sua bondade infinita, pelo dom da vida e por 
tantas coisas maravilhosas que ele já me permitiu vivenciar; 
A minha mãe, Geralda Bezerra Costa, que com muito sacrificio me criou e me 
incentivou sempre a estudar e seguir o caminho do bem; 
A minha esposa, Izonaide de Oliveira Costa, pelos anos de paciência, dedicação e 
incentivos, para que eu sempre seguisse em frente; 
Aos meus filhos, Bruno e Icaro, pelo incentivo e apoio e por serem a razão de 
minhas buscas; 
A todos os professores do curso de Engenharia Agronômica da Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte por terem contribuído diretamente na minha formação; 
A professora Damiana Cleuma de Medeiros, pela oportunidade e disponibilidade 
de orientação deste trabalho, pelas orientações enriquecedoras na construção do 
conhecimento. 
A professora Vanda Maria de Lira, pelo apoio e ajuda na realização deste trabalho 
e pelos tantos ensinamentos compartilhados; 
A Eng.ª Agronôma M.Sc. Maiara pinheiro da Silva Borges, pela valiosa 
contribuição neste trabalho e por aceitar a participar deste momento tão importante para 
mim. 
Aos amigos Mateus Ferreira e Mateus Carvalho, por terem me ajudado nas tantas 
vezes que os consultei, durante a realização do trabalho; 
Aos amigos que ao longo dessa jornada que se iniciou lá em 2016 e que por todos 
esses anos caminhamos juntos, uns um pouco mais na frente, outros ao lado e até alguns 
que por algum motivo tiveram que desistir e ficaram para trás, a todos eles, meu muito 
obrigado. 
E por fim, a todas as pessoas que de uma forma direta ou indireta, tenham 
contribuído para que eu chegasse até esse momento. 
A todos, o meu sincero OBRIGADO!
 
 
COSTA, E. B. Fitossociologia de plantas daninhas em cultivo de beterraba. 
Monografia (Graduação em Engenharia Agronômica). Unidade Acadêmica 
Especializada em Ciências Agrárias, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 31 
p. 2023. 
 
 
RESUMO 
 
A infestação das culturas agrícolas por plantas daninhas causa sérios prejuízos ao 
produtor e as culturas, uma vez que essas plantas concorrem com as culturas por água, 
luz, nutrientes e espaço físico, podendo desta forma ocorrer queda na produtividade e na 
qualidade. O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento fitossociológico de 
plantas daninhas em cultivo de beterraba, cultivada em sistema de semeadura direta na 
horta da Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba - RN, com fins de identificar e quantificar 
as espécies infestantes. No levantamento foi utilizado um quadrado metálico com 0,50 
m de lado e área de 0,25 m², lançado aleatoriamente na área do experimento, com dados 
coletados a cada sete dias, num período de 49 (quarenta e nove) dias e quatro repetições 
em cada coleta. O plantio da beterraba se deu por semeadura e o experimento se 
entendeu durante todo o período crítico da cultura, que é de aproximadamente seis 
semanas e com coleta de dados sendo realizadas a cada sete dias, ou seja, (7, 14, 21, 28, 
35, 42, 49), perfazendo um total de vinte e oito coletas em um período de 49 dias. 
Foram avaliadas as frequências, densidade e dominâncias; absolutas e relativas, e o 
índice de valor de importância (IVI), no qual expressou, numericamente, a importância 
das principais espécies na cultura, sendo determinado por meio da soma de valores de 
densidade, frequência e abundâncias, expressados em porcentagens. Foram identificadas 
11 espécies de plantas daninhas infestando a cultura da beterraba, distribuídas em 11 
gêneros e dez famílias. A família mais representativa de todo o levantamento 
fitossociológico, no que se refere a número de espécies, foi a Poaceae. O levantamento 
possibilitará o planejamento preventivo para o controle das plantas daninhas existentes 
na cultura da beterraba, ajudando o produtor a reduzir custos e os impactos ambientais. 
Palavras-chaves: Beta vulgaris L., Índice de Valor de Importância, Comunidade 
infestante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COSTA, E. B. Fitossociologia de plantas daninhas em cultivo de beterraba. 
Monografia (Graduação em Engenharia Agronômica). Unidade Acadêmica 
Especializada em Ciências Agrárias, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 31 
p. 2023. 
 
 
ABSTRACT 
 
The infestation of agricultural crops by weeds causes serious damage to the producer 
and the crops, since these plants compete with the crops for water, light, nutrients and 
physical space, which can lead to a drop in productivity and quality. The objective of 
this work was to carry out a phytosociological survey of weeds in beet cultivation, 
cultivated in a direct seeding system in the garden of the Agricultural School of Jundiaí, 
Macaíba - RN, in order to identify and quantify the weed species. In the survey, a metal 
square with a side of 0.50 m and an area of 0.25 m² was used, randomly placed in the 
experiment area, with data collected every seven days, over a period of 49 (forty-nine) 
days and four repetitions. in each collection. The beet planting was carried out by 
sowing and the experiment was understood throughout the critical period of the culture, 
which is approximately six weeks and with data collectionbeing carried out every seven 
days, that is, (7, 14, 21, 28 , 35, 42, 49), making a total of twenty-eight collections over 
a period of 49 days. Frequencies, density and dominance were evaluated; absolute and 
relative, and the importance value index (IVI), which numerically expressed the 
importance of the main species in the crop, being determined by means of the sum of 
density, frequency and abundance values, expressed in percentages. Eleven species of 
weeds infesting the sugar beet crop were identified, distributed in 11 genera and ten 
families. The most representative family of the entire phytosociological survey, with 
regard to the number of species, was Poaceae. The survey will enable preventive 
planning to control existing weeds in the beet crop, helping the producer to reduce costs 
and environmental impacts. 
Keywords: Beta vulgaris L., Importance Value Index, Weed community. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Vista aérea da EAJ (área experimental/horta) .............................................. 18 
Figura 2 - Implantação do experimento horta EAJ ...................................................... 19 
Figura 3 - Identificação de espécies no laboratório da EAJ ..........................................20 
Figura 4 - Índice de valor de importância das espécies de plantas daninhas na cultura da 
beterraba..........................................................................................................................23 
Figura 5 - Frequência das populações das principais plantas daninhas em cultura de 
beterraba em função do período crítico da cultura..........................................................24 
Figura 6 - Densidade das principais espécies daninhas presentes na cultura da beterraba 
em função do período crítico de convivência.................................................................25 
Figura 7 - Abundância das principais espécies identificadas em função do período 
crítico..............................................................................................................................26 
Figura 8 - Abundância relativa das principais espécies identificadas em função do 
período crítico.................................................................................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Relação de plantas daninhas, identificadas por nome comum, espécie e 
família ............................................................................................................................ 22 
Tabela 2 - Número de Indivíduos, Valores de Frequência, Densidade e Dominância 
Absolutas e Relativas, bem como Valor de IVI , para as Principais Espécies Levantadas, 
por Ordem de Importância ............................................................................................ 27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATUAS E SIGLAS 
 
A Abundância 
Ar Abundância relativa (%) 
As Clima de savana 
BSw Clima semiárido quente 
D Densidade (número de plantas por m²) 
DAP Dias após o plantio 
Dr Densidade relativa (%) 
EAJ Escola Agrícola de Jundiaí 
F Frequência 
Fr Frequência relativa (%) 
IVI Índice de valor de importância (%) 
NI Número de indivíduos 
NQ Número de quadrados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................10 
2. OBJETIVOS................................................................................................................13 
2.1 Geral......................................................................................................................13 
2.2 Específicos............................................................................................................13 
3. REVISÃO DE LITERATURA....................................................................................14 
 3.1. Importância do manejo de plantas daninhas........................................................14 
3.2. Importância do Levantamento fitossociológico de plantas daninhas...................16 
4. METODOLOGIA........................................................................................................18 
 4.1. Localização e caracterização da área....................................................................18 
 4.2. Preparo e implantação...........................................................................................18 
 4.3. Irrigação e adubação.............................................................................................19 
 4.4. Levantamento fitossociológico.............................................................................19 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................22 
6. CONCLUSÕES...........................................................................................................28 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................29 
10 
 
1. INTRODÃO 
 Conhecer as interferências das plantas infestantes nas culturas agrícolas é muito 
importante para tomadas de decisões, contudo, ainda é pouco frequente no Brasil, 
estudos em culturas de menor interesse econômico como é o caso da beterraba e de 
outras olerícolas. 
Devido à grande capacidade de adaptação a lugares diversos, com diferentes e 
variados tipos de limitações as plantas daninhas podem intervir de forma negativa na 
cultura principal, uma vez que a competição por recursos do meio como água, luz, 
nutrientes e espaço, afetam diretamente a produtividade vegetal ou animal, sendo capaz, 
ainda, de aumentar os custos de produção, com um maior consumo de água e uma 
menor qualidade dos produtos colhidos. Por serem espécies muito competitivas, as 
plantas daninhas asseguram sua multiplicação por meio da dormência e pela germinação 
das sementes de forma desigual, conferindo assim um difícil controle, mesmo quando 
em condições ideias, de temperatura, luz e umidade do meio em que se encontram. 
Outros aspectos negativos indiretos das plantas daninhas é que elas podem ser 
hospedeiras de pragas, doenças e nematoides, abrigo para animais peçonhentos, 
dificuldades de manejos, causando assim, dificuldades nos tratos culturais, o que 
aumenta os custos com o controle. Porém o objetivo não é a eliminação completa das 
plantas daninhas, mas sim, minimizar a competitividade com a cultura implantada e a 
manutenção do meio ambiente em que se encontra instalada a cultura. Por isso é 
importante o conhecimento das espécies existentes na área, sua incidência e 
comportamento, com o objetivo de se planejar melhor o manejo de controle das 
invasoras. 
Neste sentido, conhecer a comunidade infestante é o primeiro passo para se 
desenvolver um bom manejo. Atualmente podemos contar com o auxílio da tecnologia 
para fazer a identificação das plantas, seja por meio de catálogos eletrônicos ou 
aplicativos de celulares, onde a partir de uma foto tirada in loco é possível fazer a 
identificação e até mesmo a forma de controle. Segundo Sausen, et al., (2020), o 
levantamento permite a seleção, integração e implantação de técnicas de manejo, sem 
esquecer das consequências econômicas, sociais e ecológicas. 
Para o manejo adequado das plantas daninhas a identificação das espécies 
presentes na área é necessária, assim como o conhecimento daquelas que têm maior 
importância (Oliveira; Freitas, 2008). Tais informações podem ser conseguidas por meio 
11 
 
do levantamento fitossociológico (Ttuffi Santos et al., 2004). A partir deste 
levantamento é possível obter um embasamento técnico para, posteriormente, ser usado 
como base para a formulação de um eficiente controle das plantas daninhas,reduzindo 
custos de produção e impacto ambiental (Isaac; Guimarães, 2008). 
Por meio de estudos fitossociológicos, é possível revelar as inter-relações das 
espécies no espaço e no tempo, permitindo avaliar a composição da vegetação, obtendo 
dados de frequência, densidade, abundância e índice de importância relativa das 
espécies (Pinotti et al., 2010, Erasmo et al., 2004). As plantas daninhas produzem 
grandes números de sementes, que podem ser dispersas através das máquinas, chuva, 
vento ou até mesmo por pessoas que transitam nas lavouras. Com isso, torna-se cada 
vez mais difícil o controle das plantas invasoras. Outro fator que deve ser observado é 
que algumas plantas daninhas podem causar alelopatia, o que é também prejudicial as 
culturas agrícolas. 
No Brasil, em pequenas hortas, é comum utilizar a mão-de-obra com tarefas 
manuais, seja com o uso da enxada ou através do arranquio. A partir do levantamento 
fitossociológico, conhece-se as plantas que têm maior agressividade e com esses 
resultados, pode-se utilizar a melhor técnica e indicar um melhor manejo proativo para 
combater as espécies que se manifestam em qualqer olerículas, principalmente em 
pequenas hortas com culturas como as tuberosas, por exemplo: beterraba, cenoura, 
nabo, batata-doce e etc. 
A cultura da beterraba (Beta vulgaris L.) é considerada uma das mais 
importantes olerícolas e na qual sua produção é para três fins: produção para mesa, 
produção de açúcar, produção de forragem, sendo que no Brasil somente a beterraba 
hortícola é cultivada comercialmente (Filgueira, 2008). Para a cultura, existe pouco 
estudo sobre o manejo de plantas daninhas. Diante da importância dessa olerícola, é 
oportuno fazer um levantamento das plantas daninhas infestantes na cultura, 
identificando principalmente as mais agressivas, com objetivo de subsidiar importantes 
tomadas de decisões em relação ao seu manejo. 
Neste contexto, as olerícolas sofrem como qualquer outra cultura, efeitos de 
fatores ecológicos que podem de forma direta ou indiretamente interferir na 
produtividade e no desenvolvimento da cultura. Neste contexto, as daninhas afetam 
diretamente a cultura principal, com a interferência, seja por ação conjunta da 
competição ou da alelopatia, causando perda de rendimento, ou causando ainda efeitos 
12 
 
indiretos tais como, o aumento no custo da produção, queda da qualidade do produto 
colhido e atuando ainda como hospedeiros de doenças e pragas. 
Contudo, este trabalho buscou identificar e quantificar as principais espécies de 
plantas daninhas presentes em cultivo de beterraba, instalado na horta experimental de 
Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba-RN. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
2. OBJETIVOS 
2.1 Geral 
Identificar e quantificar espécies invasoras na cultura da beterraba. 
2.2 Específicos 
 Identificar e quantificar as espécies de plantas invasoras com maior incidência 
no cultivo da beterraba. 
Avaliar as frequências, densidade e abundância, absolutas e relativas, e o índice 
de valor de importância (IVI). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. REFERENCIAL TEÓRICO 
 3.1 Importância do manejo de plantas daninhas 
De uma maneira ampla, pode-se descrever plantas daninhas como sendo 
qualquer planta que interfere negativamente e de maneira indesejada em uma área de 
cultura implantada pelo homem. As plantas daninhas competem com as lavouras por 
espaço, luz, água e nutrientes. Com grande facilidade de brotação e elevados índices de 
crescimento, se não forem controladas, podem competir com as culturas reduzindo a 
produtividade. Qualquer técnica adotada para o controle destas plantas irá resultar em 
aumento de custo de produção (Aminu et al., 2014). 
Desta forma para um manejo apropriado das plantas daninhas, a identificação 
das espécies presentes na lavoura é necessária, bem como, o entendimento daquelas que 
têm maior relevância (Oliveira; Freitas, 2008). Tais informações podem ser conseguidas 
por meio do levantamento fitossociológico (Ttuffi Santos et al. 2004). Os Instrumentos 
de controle de plantas daninhas são em termos usuais divididas em manejo proativo, 
controle cultural, manejo físico, mecânico, químico e biológico. Contudo, o 
procedimento de controle a ser adotado deverá levar em conta o tipo de cultura agrícola 
implantada, as espécies daninhas existentes na propriedade, a topografia da área, a 
disponibilidade de mão de obra e disponibilidade de equipamentos locais, além de 
aspectos ambientais e econômicos (Silva, et al., 2018). 
Em culturas de pequeno porte e cultivadas em pequenas áreas o manejo 
preventivo tem se mostrado como sendo de grande eficiência uma vez que, o manejo 
proativo visa precaver a introdução, o estabelecimento e/ou a disseminação de 
determinadas espécies-problema em locais por elas ainda não infestadas (Silva et al., 
2007b). Neste contexto, ações como a limpeza adequada de maquinários e implementos 
agrícolas, a aquisição de sementes de qualidade e certificadas, bem como o controle de 
acesso de pessoas e animais às áreas com as culturas, são ações preventivas que 
contribuem na não proliferação de plantas daninhas, sem falar que os custos destas 
ações são bem menores que os custos com ações de controle, que são bem mais 
onerosos. 
Em algumas culturas de olerícolas e em especial na beterraba, por apresentarem 
porte baixo, favorecem o crescimento das plantas daninhas, que além de competir com a 
cultura pelas várias fontes de recursos naturais e por espaço, podem se estabelecer como 
15 
 
hospedeiras de pragas e doenças; por esse motivo é tão importante fazer o manejo 
adequado e eficiente de modo a minimizar os danos causados. Devido ao espaçamento 
estreito entre linhas, a capina pode provocar danos e comprometimento na qualidade e 
na produtividade, se não forem tomados cuidados especiais na operação (Stal; Dusky, 
2023). 
O manejo inadequado de plantas daninhas é um dos principais fatores que 
contribuem para a baixa produtividade das olerícolas, de modo que, a coexistência de 
plantas daninhas em áreas agrícolas ocasiona grande competição com a cultura por 
água, luz, nutrientes e espaço, podendo ainda dificultar o procedimento de colheita e 
prejudicar a qualidade final do produtor (Christoffoleti, 2016). O controle de plantas 
invasoras apesar de ser oneroso, pode, quando bem executado, obterem resultados 
positivos, mas deve-se sempre fazer o equilíbrio entre o custo de operação e o ganho 
com a produtividade em razão do controle utilizado. 
Dentre os vários manejos de plantas daninhas pode-se citar a cobertura morta, o 
controle físico, solarização, controle químico e o controle mecânico, devendo o produtor 
adotar sempre o que melhor se adequar a sua cultura. Porém, considerando a 
variabilidade de fatores que interferem sobre as plantas daninhas é recomendado que 
seja feito o levantamento fitossociológico, com o objetivo de conhecer qualitativamente 
e quantitativamente as espécies presentes em cada condição, proporcionando assim, um 
manejo racional (Deuber, 1997). Desta forma, o produtor poderá adotar medida tal 
como o preparo do solo na área de semeadura ou transplante com uma antecedência de 
15 a 20 dias, proporcionando deste modo que o banco de sementes local germine, 
fazendo com que o produtor tenha a oportunidade de controla-las através dos diferentes 
métodos. 
As perdas estimadas ocasionadas pelas plantas daninhas podem, em casos em 
que não é feito controle algum, chegar a mais de 90%, ficando estas perdas em média de 
13 a 15% na produção de grãos. (EMBRAPA, 2023). Além disso, a análise da 
constituição florística de uma área cultivada em um único período do ano não significa 
o potencial de infestação desta área, uma vez que o solo agricultável configura-se em 
um rico banco de sementes que germinam nas diversas épocas do ano, devendo ser 
realizado o levantamento em diferentes épocas do ano (Cruz et al., 2009).Os danos nas culturas em decorrência de infestações por plantas daninhas, não 
são apenas de natureza competitivas, uma vez que, vários fatores ambientais, entre eles 
16 
 
os de forma direta, onde as daninhas competem com a cultura por elementos vitais ou 
quando essas exercem inibição química sobre o desenvolvimento da cultura ou ainda 
indiretas, quando se tornam hospedeira de doenças e pragas, o que pode acontecer antes 
mesmo de assolarem a própria cultura. O efeito integrado desses fatores é chamado 
interferência, que pode ser definida como o efeito adverso que uma planta pode 
desempenhar sobre o crescimento e desenvolvimento de outras plantas próximas. No 
caso de plantas daninhas, essa interferência ocorre quando a presença dessas espécies 
junto à cultura afeta de alguma forma os interesses humanos (Hijano et al., 2021). Com 
relação às interferências diretas, as mais importantes são competição e alelopatia. No 
caso da competição, os recursos mais comumente sujeitos ao recrutamento pelas 
espécies são nutrientes, luz e água (Brighenti; Oliveira, 2011). 
O nível de interferência deve ser medido com base na produção e os efeitos 
percentuais de perdas causadas pela interferência das plantas daninhas em decorrência 
da convivência com a cultura. A forma mais eficiente de controlar os efeitos negativos 
da comunidade infestante está na própria cultura, com base neste preceito, o objetivo do 
cultivo eficiente é dar vantagens a cultura em relação a planta daninha e assim 
minimizar os danos econômicos do período de interferência (Horta, 2004). 
 3.2 Importância do levantamento fitossociológico de plantas daninhas 
A origem da palavra fitossociologia vem da união de dois termos: phytos, cujo 
significado é planta, e sociologia, que é o estudo de grupos ou agrupamentos. A 
definição de fitossociologia, de acordo com a sua utilização em estudos, foi modificada 
ao longo do tempo (Kuva; Salgado; Alves, 2021). 
No estudo fitossociológico são considerados três princípios: o analítico, o 
sintético e o sintaxonômico. O princípio analítico faz referência as dimensões da área de 
inventário, aos aspectos do local da coleta de amostras e de variáveis abundância, 
densidade, dominância, e à interação entre as espécies vegetais. O sintético descreve a 
frequência das espécies que fazem parte da comunidade vegetal, e o sintaxonômico 
estabelece a importância fitossociológica (Oosting, 1956; Roberts, 1981; Blasi; 
Frondoni, 2011; Concenço et al., 2017). 
O levantamento fitossociológico se estabelece como sendo o primeiro passo para 
um manejo adequado de plantas daninhas, pois somente com a identificação das 
espécies infestantes e as que apresentam uma maior importância é que se pode fazer um 
17 
 
manejo cultural adequado, com um custo mais reduzido e com uma menor interferência 
danosa ao meio ambiente. O conhecimento da dinâmica populacional e de como as 
condições ambientais e as interações entre as espécies vegetais influenciam os padrões 
de coexistência e abundância relativa de espécies é necessário para compreender a 
complexidade das comunidades de plantas (Concenço et al., 2017). Segundo Oliveira e 
Freitas (2008) somente após o conhecimento da composição florística da área pode-se 
decidir qual o melhor manejo a ser adotado, definindo-se o método de controle, seja ele 
cultural, mecânico, físico, biológico, químico ou integrado, como e quando será 
aplicado. Deve-se ainda levar em consideração os parâmetros de frequência, densidade 
e dominância. 
Os estudos fitossociológicos comparam as populações de plantas daninhas num 
determinado momento. Repetições programadas dos estudos fitossociológicos podem 
indicar tendências de variação da importância de uma ou mais populações, e essas 
variações podem estar associadas às práticas agrícolas adotadas. A análise estrutural ou 
levantamento fitossociológico de uma determinada lavoura é muito importante para que 
se possa ter parâmetros confiáveis acerca da florística das plantas daninhas de um 
determinado nicho (Oliveira, 2008). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
4. METODOLOGIA 
 4.1. Localização e caracterização da área 
 O estudo foi realizado no setor de horticultura da Escola Agrícola de Jundiaí 
(EAJ) – unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias (UAECIA) da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) campus de Macaíba-RN; 
(Figura 1), com localização geográfica na Latitude 05º53’00.2” S e Longitude 
35º21’48.5” W, e altitude em relação ao nível do mar de 15 metros. 
O Município de Macaíba/RN apresenta, segundo a classificação de Koppen, o 
clima caracterizado como de transição entre os tipos As e BSw, com estação chuvosa 
concentrada entre maio e julho e um período muito seco na estação da primavera, entre 
setembro e dezembro. A precipitação média anual é de aproximadamente 1.280 mm, e a 
temperatura média anual varia de 24 a 28 °C (Alvarez et al., 2014). 
Figura 1- Vista aérea da EAJ (área experimental horta) 
 
Fonte: Google Earth /2023 
 
 4.2. Preparo e implantação 
Foi realizado o preparo do solo na área a ser implantada a cultura da beterraba, 
olerícola escolhida como base para o estudo das plantas daninhas, sendo feito uma 
aração e duas gradagens, em seguida foram construídos quatro canteiros com 1,20 m de 
largura, 0,20 m de altura e 20,00 m de comprimento e espaçamento de 2,00 m entre eles 
(Figura 2). 
19 
 
 Figura 2- Implantação do experimento horta EAJ 
 
Fonte: Autor (2023) 
 
Para implantação da cultura, foi escolhida a cultivar Early Wonder (Horticeres 
Sementes), sendo semeada em cova de 1,0 cm de profundidade com 3 sementes, na qual 
após a emergência, foi realizado desbaste, deixando apenas uma. O espaçamento da 
cultivar adotada foi de 0,20 m entre fileiras e 0,10 m entre plantas. Os tratos culturais e 
tratamentos fitossanitários foram feitos de acordo com a necessidade, sem o uso de 
herbicidas no experimento. Foram realizadas capinas, de acordo com cada tratamento, 
mas sempre preservando o objeto de estudo. 
 4.3. Irrigação e adubação 
A irrigação foi localizada e o sistema utilizado foi de micro aspersão, com turno 
de rega de dois dias. A aplicação da adubação química seguiu as recomendações para a 
cultura da beterraba, tendo sido usado, ureia, cloreto de potássio, superfosfato simples 
de acordo com análise de solo. Foram utilizados adubação orgânica de origem animal a 
base de esterco na proporção de três carros-de-mão de areia para cada carro-de-mão de 
esterco bovino curtido (equivalente a 10 kg.m-2). 
 4.4. Levantamento fitossociológico 
O estudo fitossociológico das plantas daninhas teve duração de 49 semanas, 
dividido em sete parcelas e intervalos de: 0-7, 0-14, 0-21, 0-28, 0-35, 0-42 e 0-49, dias 
após emergência (DAE). Para cada tratamento foram feitas amostragens em quadrados 
20 
 
vazados de 0,50 m de lado e área igual a 0,25m². O quadrado foi lançado aleatoriamente 
uma vez em cada parcela experimental, onde as plantas daninhas eram coletadas ao 
nível do solo e em seguida levadas ao laboratório, separadas por espécie, contabilizadas 
e catalogadas quanto à família, ao gênero e à espécie (Figura 3). 
Figura 3: Identificação de espécies no laboratório da EAJ 
 
Fonte: Autor (2023) 
 
Após levantamento e com os dados foram determinados os parâmetros 
fitossociológicos, (Mueller-Dombois; Ellenberg, 1974): 
• Frequência das espécies (F) - distribuição das espécies pelas áreas dos 
tratamentos; 
𝐹 =
𝑛º 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
 
• Densidade (D) - quantidade de plantas por unidade de área em cada 
espécie; 
𝐷 =
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣í𝑑𝑢𝑜𝑠
á𝑟𝑒𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑎𝑑𝑎
 
• Abundância (A) - espécies cujas plantas ocorrem concentradas em 
determinados pontos; 
21 
 
𝐴 =
𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣í𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑝 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
𝑛º𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡é𝑚 𝑎 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
 
 
• Frequência relativa (Fr), - razão da F de determinada espécie pela 
somatória das frequências de todas as espécies. 
𝐹𝑟 =
𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒𝑠
 𝑥 100 
• Densidade relativa (Dr) - razão da D de determinada espécie pela 
somatória das DAs de todas as espécies (densidade total da área em 
questão). 
𝐷𝑟 =
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒𝑠
 𝑥 100 
• Abundância relativa (Ar) - informações de cada espécie, em relação a 
todas as outras encontradas em cada tratamento; e 
𝐴𝑟 =
𝑎𝑏𝑢𝑛𝑑𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒
𝑎𝑏𝑢𝑛𝑑𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑠𝑝é𝑐𝑖𝑒𝑠
 𝑥 100 
• Índice de valor de importância (IVI) - indica quais espécies são mais 
importantes dentro de cada tratamento estudado. 
IVI = Fr + Dr +Ar 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Após processo de separação e contagem, identificou-se 11 espécies de plantas 
daninhas infestando a cultura da beterraba, arranjadas em 11 gêneros e 10 famílias 
(Tabela 1). A família com maior representatividade em todo o levantamento 
fitossociológico, relativo a número de espécies, foi a Poaceae, com um total de 2, 
seguida por Cyperaceae (1), Amaranthaceae (1), Asteraceae (1), Portulaceae (1), 
Commelinaceae (1), Convolvulaceae (1) Cucurbitáceae (1), Euphorbiaceae (1), 
Phyllanthaceae (1). As famílias e espécies encontradas assemelham-se às identificadas 
por Silva, et al. (2017) em levantamento fitossociológico de plantas daninhas em cultivo 
de batata doce, onde a família Poaceae com 31,56 pl/m² e Asteraceae com 8,88 pl/m², se 
destacaram com maiores densidades. No entanto, os resultados encontrados neste 
experimento foram superiores aos encontrados por Silva et al (2017). 
Tabela 1- Relação de plantas daninhas, identificadas por nome comum, espécie e família 
Fonte: autor (2023) 
 
As populações de plantas daninhas encontradas foram Spilanthes urens, Cyperus 
rotundus, Brachiaria spp., Eleusine indica, Commelina benghalensis, Portulaca 
oleracea L., Amaranthus viridis, Euphorbia heterophylla, Momordica charantia L., 
Ipomoea purpurea, Phyllanthus niruri, todas as espécies presentes podem ser 
consideradas ruderais de acordo com critérios de Grime (1979), pois apresentaram 
rápida germinação, curto ciclo de desenvolvimento, rápida produção de diásporos e 
elevada partição de recursos nas estruturas de reprodução. As áreas implantadas com 
hortaliças de maneira geral são bem suscetíveis as populações consideradas ruderais, 
Família Nome Científico Nome Comum 
Asteraceae Spilanthes urens cabeça de velho 
Cyperaceae Cyperus rotundus L. tiririca 
Poaceae Brachiaria spp capim 
Poaceae Eleusine indica capim-pé-de-galinha 
Commelinaceae Commelina benghalensis trapoeraba 
Portulaceae Portulaca oleracea L. beldroega 
Amaranthaceae Amaranthus viridis L. caruru 
Euphorbiaceae Euphorbia heterophylla L. leiteiro 
Cucurbitáceae Momordica charantia L. melão de são caetano 
Convolvulaceae Ipomoea purpurea L. corda de viola 
Phyllanthaceae Phyllanthus niruri quebra Pedra 
23 
 
pois apresentam grande disponibilidade de recursos no meio, da alta frequência dos 
distúrbios do solo e à grande desuniformidade espacial na ocupação da área (Pitelli, 
1985). 
Na análise dos dados, de modo geral, a espécie Spilanthes urens (cabeça de 
velho) apresentou o maior índice de valor de importância (105,68) em relação à 
comunidade infestante, seguidas pelas espécies Cyperus rotundus (tiririca) (58,97), 
Brachiaria spp, (capim) (56,66) e Eleusine indica (capim pé-de-galinha) (24,31). 
(Figura 4) 
Figura 4- Índice de valor de importância das espécies de plantas daninhas em cultivo de 
beterraba 
 
Fonte: Autor, 2023 
 
Dentre as principais famílias de plantas daninhas existentes no Brasil, as da 
família Poaceae e Asteraceae se destacam como sendo as principais, pois, estão 
presentes em diferentes sistemas de produção agrícola, tais como as encontradas em 
girassol (Adegas et al, 2010), mandioca (Cardoso et al, 2013; Soares et al, 2015) e feijão 
(Silva, et al, 2018). 
Ao realizar a análise de frequência (Figura 5) observa-se a presença maior das 
espécies, cabeça de velho, tiririca, capim brachiaria e caruru, com maiores índices. No 
entanto, o capim pé-de-galinha, merece destaque, mesmo aparecendo apenas no último 
intervalo do experimento, devido ser a quartas espécies com maior IVI. Essas espécies 
apresentaram alta frequência do plantio das sementes até o período crítico de 49 dias 
0 20 40 60 80 100 120
Spilanthes urens
Cyperus rotundus
brachiaria spp
Amaranthus viridis
Commelina benghalensis
Portulaca oleracea L.
Euphorbia heterophylla
Ipomoea purpurea
Eleusine indica
Momordica charantia L
Phyllanthus niruri
IVI
E
sp
éc
ie
s
ÍNDICE DE VALOR DE IMPORTÂNCIA
FR% Dr% Ar%
24 
 
após o plantio (DAP). Esse tipo de comportamento pode estar relacionado ao perfil de 
germinação e de emergência dessas plantas. Várias espécies da família Poaceae são 
perenes e produzem grande quantidade de sementes, aumentando seu poder de 
disseminação e colonização de diferentes ambientes (Maciel et al., 2010). 
Resultados semelhantes, foram encontrados por Rodrigues et al. (2016), em um 
levantamento fitossociológico em monocultivo de cenouras consorciada com rabanetes, 
e encontraram como sendo a família Poaceae, a que apresentou o maior número de 
espécies, com 31,6% dos indivíduos identificados e em seguida a família 
Amaranthaceae com 5,26%. Neste trabalho o percentual de plantas da família Poaceae 
foi de 18,2%, enquanto o percentual de plantas da família Amaranthaceae foi de 9,09%. 
Figura 5- Frequência das populações das principais plantas daninhas em cultura de 
beterraba em função do período crítico da cultura. 
 
Fonte: Autor (2023) 
 
 Com relação a densidade, a análises dos dados mostra o surgimento das espécies 
cabeça de velho e da tiririca logo no primeiro intervalo 0-7, e que as mesmas continuam 
se proliferando com intensidade até o intervalo de 0-21. A partir deste período estas 
espécies demonstraram um recuo de infestação, principalmente a espécie cabeça de 
velho, que passa de uma densidade de 1.062 no intervalo 0-21 para uma densidade de 
48 no intervalo 0-49. A espécie brachiaria se manifesta no intervalo 0-21 e se mantém 
com pequenas variações de densidade até o último intervalo, onde apresenta redução na 
população. Esse comportamento é também observado nas espécies tiririca e capim, já a 
espécie pé de galinha que não aparece nos primeiros dias da cultura, mas se manifesta 
0
20
40
60
80
100
120
0-7 0-15 0-21 0-28 0-35 0-42 0-49
%
 D
E
 F
R
E
Q
U
Ê
N
C
IA
INTERVALO DE DIAS
FREQUÊNCIA
Spilanthes urens Cyperus rotundus Brachiaria spp
Eleusine indica Amaranthus viridis
25 
 
de forma expressiva no período 0-49, juntamente com a tiririca. Enquanto que, a 
daninha cabeça de velho e brachiaria sofreram redução na infestação. (Figura 6) 
Figura 6 - Densidade das principais espécies daninhas presentes na cultura da beterraba 
em função do período crítico de convivência. 
 
Fonte: Autor (2023) 
 
 Na análise de abundância (Figura 7) percebe-se que os maiores índices 
ocorreram entre os períodos 0-21 até o 0-35. No entanto, mesmo apresentando uma 
queda, os índices de abundância ainda podem ser considerados altos para algumas 
espécies, tais como a Brachiaria spp (capim) e a Cyperus rotundus (tiririca) no período 
0-49. A espécie Eleusine indica (pé-de-galinha), se manifesta apenas no intervalo 0-49. 
A abundância relativa, mostra a relação entre a abundância da espécie com a 
abundância total das espécies na comunidade, pode-se observar (Figura 8) em ordem 
crescente, a abundância relativa das espécies catalogadas no estudo, se destacando a 
família das Poaceaes com duas espécies,capim Brachiaria e o Capim Pé-de-galinha, 
seguida da família, Asteraceae com o maior índice na espécie Cabeça de velho e a 
família Cyperaceae com a espécie Tiririca. 
 
 
 
 
0
200
400
600
800
1000
1200
0-7 0-15 0-21 0-28 0-35 0-42 0-49
Intervalo em dias
DENSIDADE
Spilanthes urens Cyperus rotundus
Brachiaria spp Eleusine indica
26 
 
Figura 7-Abundância das principais espécies identificadas em função do período crítico 
 
Fonte: Autor (2023) 
 
Figura 8- Abundância Relativa das principais espécies identificadas em função do 
período crítico 
 
Fonte: Autor (2023) 
Na tabela 2 são apresentados os principais dados fitossociológicos de plantas 
daninhas no cultivo da beterraba, implantada na horta da Escola Agrícola de Jundiaí. 
Na tabela são apresentadas as 11 espécies identificadas e catalogadas durante o 
experimento. 
 
0
50
100
150
200
250
300
0-7 0-15 0-21 0-28 0-35 0-42 0-49
ABUNDÂNCIA
Spilanthes urens Cyperus rotundus
Brachiaria spp Eleusine indica
32,33
20,54
18,33
13,92
3,07
2,95
2,64
2,11
1,53
1,52
1,06
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00 30,00 35,00
Spilanthes urens
Brachiaria spp
Eleusine indica
Cyperus rotundus
Portulaca oleracea L.
Commelina benghalensis
Euphorbia heterophylla
Phyllanthus niruri
Momordica charantia L
Amaranthus viridis
Ipomoea purpurea
ABUNDÂNCIA RELATIVA EM %
E
S
P
É
C
IE
S
Ar%
27 
 
Tabela 2 - Número de Indivíduos, Valores de Frequência, Densidade e Dominância 
Absolutas e Relativas, bem como Valor de IVI, para as Principais Espécies 
Levantadas, por Ordem de Importância. 
 
Espécie NQ NI F FR% D Dr% A Ar% IVI 
Spilanthes urens 26 2385 0,93 23,64 340,71 49,72 91,73 53,54 126,90 
Cyperus rotundus 26 1027 0,93 23,64 146,71 21,41 39,50 23,06 68,10 
Brachiaria spp 17 991 0,61 15,45 141,57 20,66 58,29 34,03 70,14 
Eleusine indica 3 156 0,11 2,73 22,29 3,25 52,00 30,35 36,33 
Commelina benghalensis 8 67 0,29 7,27 9,57 1,40 8,38 4,89 13,56 
Portulaca oleracea L 7 61 0,25 6,36 8,71 1,27 8,71 5,09 12,72 
Amaranthus spp 10 43 0,36 9,09 6,14 0,90 4,30 2,51 12,50 
Euphorbia heterophylla 4 30 0,14 3,64 4,29 0,63 7,50 4,38 8,64 
Momordica charantia L 3 13 0,11 2,73 1,86 0,27 4,33 2,53 5,53 
Ipomoea purpurea 4 12 0,14 3,64 1,71 0,25 3,00 1,75 5,64 
Phyllanthus niruri 2 12 0,07 1,82 1,71 0,25 6,00 3,50 5,57 
TOTAL 28 4797 3,93 100,0 685,29 100,0 171,32 100,0 300,0 
Número de quadrados com presença da espécie (NQ), número de indivíduos (NI), frequência 
(F), frequência relativa (Fr), densidade (D), densidade relativa (Dr), abundância (A), abundância 
relativa (Ar) e índice de valor de importância (IVI) das espécies de plantas daninhas coletadas 
em experimento realizado na horta da Escola Agrícola de Jundiaí, 2023. 
Fonte: Autor (2023) 
 
28 
 
6. CONCLUSÕES 
Na área do experimento foram levantadas um total de 11 espécies, distribuídas 
em 10 famílias, destacando-se a família Poaceae com maior número de indivíduos. 
A espécie que apresentou maior importância foi a Spilanthes urens, destacando-
se em todas as variáveis (frequência, densidade, abundância e índice de valor de 
importância), seguida das espécies Cyperus rotundus, Brachiaria ssp. e Eleusine indica. 
Conhecer a população de plantas daninhas em um sistema agrícola, através do 
levantamento fitossociológico, possibilita ao produtor rural a redução dos custos de 
produção, assim como o impacto no meio ambiente, uma vez que é possível planejar 
estratégias preventivas para o controle sustentável de plantas daninhas existentes na área 
cultivada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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