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Anti-Inflamatórios Esteroidais

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1 Anti-Inflamatórios Esteroidais Gabriella Almeida XXIV 
Anti-inflamatórios Esteroidais 
 
1. REVISAR OS ASPECTOS MORFOFUNCIONAL DA 
GLÂNDULA ADRENAL 
 
 São bilaterais; 
 Localizam-se sobre os rins; 
 Endócrinas; 
 Pequenas; 
 Peso de 3 a 6 gramas; 
 Possuem duas porções: 
o Cortical adrenal 
o Medular adrenal 
 Tem um papel importante no metabolismo 
glicídico e lipídico, na resposta ao stress e na 
modulação da reação inflamatória. 
 
 
 
CORTISOL: 
 Essencial para o metabolismo e funções 
imunológicas; 
 Elevado nos casos de Síndrome de Cushing e no 
estresse; 
 Reduzido na Doença de Addison e 
hipopituitarismo; 
 Testes de estímulo são utilizados para 
insuficiência adrenal. 
 
DOENÇA DE ADDISON: 
 Insuficiência da porção cortical das glândulas 
adrenais. 
 Quadro sintomatológico: 
o Perda de sal e água; 
o Manchas bronzeadas na pele e mucosas; 
o Astenia; 
o Lombalgia; 
o Hipotensão; 
o Vômitos e perda de peso; 
o Diminuição do fluxo urinário. 
 
2. DESCREVER O METABOLISMO DO CORTISOL BEM 
COMO SUAS TAXAS DE SECREÇÃO E EXCREÇÃO 
DIÁRIAS 
 Os corticoides são sintetizados a partir do 
colesterol. 
 A partir do colesterol são sintetizados, por 
exemplo, a testosterona. 
 
 
2 Anti-Inflamatórios Esteroidais Gabriella Almeida XXIV 
Metabolismo do Cortisol: 
 Em um adulto normal, a taxa de secreção diária 
do cortisol em adultos normais: 
o 10 ± 2,7 mg/24h (4,5 – 15,5 mg/24h) 
 Taxa de excreção diária do cortisol livre urinário 
(não metabolizado): 
o 26 ± 7,1 µg/24h (12 – 40 µg/24h) 
 
 
3. DISCUTIR O EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO 
EXÓGENA DE ESTERÓIDES SOBRE A GLÂNDULA 
ADRENAL BEM COMO AS IMPLICAÇÕES DO SEU 
USO POR UM PERÍODO PROLONGADO: 
 
 
 
 
➢ Uso tópico + curto período: bem tolerado. 
➢ Uso sistêmico agudo (duração inferior a 7 dias), 
qualquer representante pode ser administrado, 
por não se observam efeitos indesejáveis ou 
supressão do eixo hipotalâmico-hipófise-adrenal, 
mesmo com doses de 40 mg/dia de prednisona. 
➢ Uso crônico: supressão do eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal. 
➢ O principal efeito do uso prolongado é a atrofia 
adrenal. 
➢ Os corticosteroides que têm estrutura similar aos 
esteroides reprodutivos podem causar 
retroalimentação na produção desses esteroides e 
resultar na diminuição da maturação do esperma e 
infertilidade. 
 
4. DISCUTIR O MECANISMO GERAL DE AÇÃO DOS 
AIES 
 
Mecanismo da Ação Anti-inflamatória: 
 Supressão dos sinais flogísticos: dor, calor, rubor, 
edema e perda de função. 
 Bloqueio da via de metabolismo do ácido 
araquidônico, por inibição específica da 
fosfolipase A2, pela ação da lipocortina (passo 
inicial da cadeia). 
 Inibição da liberação da inflamação e resposta 
imune: químicos da inflamação e resposta imune: 
leucotrieno e endoperóxidos (prostaglandinas, 
prostaciclinas e tromboxanos). 
 AINEs, em contraste, inibem a COX – 
cicloxigenase (bloqueio de passos finais da 
cadeia). 
 
 
 
 
 Esteroides podem passar tranquilamente pela 
membrana plasmática devido à sua similaridade 
com o colesterol. 
 
3 Anti-Inflamatórios Esteroidais Gabriella Almeida XXIV 
 O complexo SR ativado regula a expressão de 
proteínas anti-inflamatórias no núcleo ou 
reprime a expressão de proteínas pró-
inflamatórias no citosol (impedindo a 
translocação de outros fatores de transcrição a 
partir do citosol para o núcleo). 
 O receptor de glicocorticoide (GR, ou GCR), 
também conhecido como NR3C1 (receptor 
nuclear da subfamília 3, grupo C, membro 1) é o 
receptor para o cortisol e outros glicocorticoides. 
 
 
 
5. EXPLICAR A AÇÃO DOS AIEs SOBRE OS 
LISOSSOMOS, SOBRE A FUNÇÃO LEUCOCITÁRIA, 
SOBRE OS NÍVEIS DE HISTAMINA E SOBRE O SI 
 Estabilizam as membranas lisossômicas, 
resultando em inibição da ação lisossômica e, 
assim, na inibição da atividade fagocítica. 
 Inibem a liberação das hidrolases ácidas dos 
leucócitos e a aderência aos leucócitos ao 
endotélio vascular. 
 Estabilizam a membrana celular do mastócito e 
evitam a liberação de histamina. 
 Estabilizam as membranas linfocíticas, reduzindo 
a produção de imunoglobulinas e seu 
complemente. A produção linfocitária é também 
inibida, produzindo linfocitopenia. 
 
6. DISCUTIR OS EFEITOS TERAPÊUTICOS IDEAIS DE 
UM AIE 
 São medicamentos sintomáticos não alternando 
a história natural da doença. 
 São usados com o objetivo de controle da dor e 
outras manifestações clínicas da inflamação 
quando são demasiado intensas e não 
responsivas aos AINEs. 
 São os anti-inflamatórios mais eficazes 
disponíveis, suplantando os AINEs quanto ao 
bloqueio do edema. 
 Efeito terapêutico ideal de um AIE 
o Máxima atividade anti-inflamatória, 
antialérgica e imunossupressora. 
o Mínima atividade retentora de sódio e fluídos. 
 
7. COMPARAR OS MECANISMOS DE AÇÃO E OS 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS DOS AIEs E AINEs 
 
 
8. DISCUTIR OS OBJETIVOS DOS TRATAMENTOS 
COM AIEs 
 Doenças Endócrinas – reposição hormonal. 
 Doenças Inflamatórias – Controle da dor e outras 
manifestações clínicas da inflamação quando são 
demasiado intensas e não responsivas aos AINEs. 
 Transplante de órgãos ou tecidos – 
Imunossupressão. 
 Manifestações alérgicas graves – Antialérgico. 
 
9. COMPARAR A POTÊNCIA E A DURAÇÃO DA AÇÃO 
DOS PRINCIPAIS AIEs. 
 
 
 
 
 
4 Anti-Inflamatórios Esteroidais Gabriella Almeida XXIV 
 
 
 
 
10. DISCUTIR AS INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DOS 
AIEs EM DOENÇAS ENDÓCRINAS E NÃO 
ENDÓCRINAS 
➢ Uso de GCs em Doenças Endócrinas: 
Reposição hormonal: 
• Insuficiência adrenocortical primária crônica 
(Doença de Addison) 
• Pan-hipopituitarismo (Insuficiência adrenal 
secundária) 
• Hiperplasia adrenal congênita (Deficiência da 
21-hidroxilase) 
• Status pós-adrenalectomia bilateral 
 
➢ Doses Farmacológicas/Terapêuticas: 
• Insuficiência adrenal aguda (Crise adrenal) 
• Crise tireotóxica 
• Tiroidite subaguda (de Quervain) 
• Exoftalmo maligno 
• Hipercalcemia 
 
➢ Uso de GCs em Doenças Não Endócrinas: 
• Gastrintestinais 
• Neurológicas 
• Colagenosas 
• Dermatológicas 
• Infecciosas 
• Respiratórias 
• Autoimunes 
• Renais 
• Oftalmológicas 
• Neoplasias 
• Alergias 
 
11. DESCREVER OS PRINCIPAIS EFEITOS ADVERSOS 
DOS AIEs 
 Supressão do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal 
 Atrofia suprarrenal 
 Osteoporose 
 Pancreatite 
 Diabetes melito induzido por esteroides 
 Catarata e glaucoma 
 Psicose 
 Candidíase oral e infecções oportunas 
 Imunossupressão 
 Infertilidade 
 Aumento de peso e atrofia cutânea 
 Um edema grave também pode ser produzido, 
particularmente na face, dependendo do grau de 
atividade mineralocorticoide. 
 
Efeitos adversos dos AIEs – Síndrome de Cushing 
 Mnemônico: Principais sintomas: 
o Cicatrizes roxas na face ou abdômen, 
Colágeno frágil e Crescimento desacelerado; 
o Urina com cortisol livre e com muita glicose; 
o Sensibilidade da pele e ossos, frágil e com 
cicatrização lenta; 
o Hipertensão, Hiperglicemia e 
Hipercortisolismo; 
o Imunidade inibida, Irregularidade no ciclo 
menstrual (mulheres) ou Impotência 
(homens); 
o Neuroses (depressão e ansiedade) e 
Neoplasias (se for endógeno); 
o Gordura excessiva na face, pescoço, barriga e 
costas. 
 
12. DISCUTIR AS RECOMENDAÇÕES GERAIS SOBRE O 
USO DOS AIEs 
 Só devem ser indicados em doenças ou 
manifestações definitivamente responsivas a 
eles; 
 Só devem ser utilizados após tentativas com 
medicamentos de menor risco; 
 Emprega-se as menores doses eficazes, pelo 
menor tempo possível; 
 O objetivo terapêutico deve ser melhora 
sintomática e não remissão completa da doença; 
 Descontinuação de tratamento prolongado deve 
ser lenta e gradual, a fim de permitir a reativação 
funcional progressiva do eixo hipotálamo-
hipófise-adrenal.

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