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queimaduras

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DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA UNIFESP/EPM
Titular: Profa.Dra. Lydia Masako Ferreira
PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO CIRURGIA PLÁSTICA
Coordenadora: Profa.Dra. Lydia Masako Ferreira
Curso Continuado de Cirurgia Geral do Capítulo de São Paulo do 
Colégio Brasileiro de Cirurgiões 
QUEIMADURAS
ALFREDO GRAGNANI 
 
EPIDEMIOLOGIA
Número/ano Hospitalização Óbito
� Brasil = 1.000.000 100.000 2.500
� EUA = 1.100.000 50.000 4.500
www.who.int/
EPIDEMIOLOGIA
� Crianças (30 a 50%)
� curiosidade (maus tratos)
� Casa – cozinha – Tipo de moradia – Vela - Álcool
� Idosos (10%)
� diminuição de reflexos
� Adultos
� Etilismo, tabagismo e drogas
www.who.int/mimipfiles/2014/Burns1.pdfpfiles/2014/Burns1.pdf
FISIOPATOLOGIA
� TEMPERATURA X TEMPO (44°C POR 6h)
� Depressão imediata das Imunoglobulinas
� Trombose dos vasos (3 a 4sem.)
� ↑↑↑↑ PERMEABILIDADE CAPILAR 
� Hemólise e ↓↓↓↓ 30% no tempo médio de vida
� 4 dias = perda plasmática é 2 x pool total
� COAGULAÇÃO, ESTASE E HIPEREMIA
� ↓↓↓↓ 30% D.C. > 50%SCQ, nl em 36 h 
� ↑↑↑↑ ventilação e de consumo de Oxigênio
� PERDA BARREIRA CUTÂNEA
� Hiperacidez e ↓↓↓↓ do muco gástrico
� ↑↑↑↑ Catabolismo de 2 a 3 X
HERNDON. Total Burn Care. 1996
MACIEL. Tratado de Queimaduras. 2003
SETTLE. Principles and practice of Burns management. 1996
PELE
� EPIDERME
� DERME
� PAPILAR
� RETICULAR
II grau
III grau
I grau Epiderme
Derme
Hipoderme
Superficial
Espes. Parcial
Superficial
Espessura 
Parcial 
Profunda
Espessura
Total
I . Profundidade
Ia. Queimadura de espessura 
superficial (I grau)
Ib1. Queimadura de espessura 
parcial superficial 
(II grau superficial)
I . Profundidade
Ib2. Queimadura de espessura 
parcial profunda
(II grau profundo)
MISTA
Ic. Queimadura de espessura
total (III grau)
II . Extensão
IIa. Pequena (<10%)
IIb. Média (10-25%)
IIc. Grande (>25%)
INDICAÇÕES DE REMOÇÃO P/ 
CENTRO ESPECIALIZADO
� Queimadura de II e III com 10%, <10a e >50a
� Queimadura de II e III com 20% qq idade
� Queimadura de face, mãos, pés, períneo, artic.
� Queimadura de III com 5%
� Trauma elétrico
� Queimadura Química
� Lesão Inalatória
� Queimadura Circunferencial do Tórax
� Patologias associadas (Diabetes, Cardiopatia, 
Renal)
ATENDIMENTO INICIAL ATENDIMENTO INICIAL –– ATLS/CNNAQATLS/CNNAQ
1.1. Vias AVias Aééreasreas
AspiraAspiraçção, O2, IOT, ão, O2, IOT, traqueostomiatraqueostomia, coluna cervical, coluna cervical
2.2. RespiraRespiraççãoão
L.I., trauma fechado tL.I., trauma fechado tóórax, restrirax, restriçção, ão, oximetriaoximetria, , gasogaso
3.3. CirculaCirculaççãoão
Hipotermia, acesso venoso, Hipotermia, acesso venoso, monitorizamonitorizaççãoão, exames, , exames, 
analgesia, analgesia, escarotomiaescarotomia, diurese, diurese
4.4. NeurolNeurolóógicogico
NNíível de consciência, resposta motora e verbal, vel de consciência, resposta motora e verbal, 
Hipoglicemia, TCE, CO, Hipoglicemia, TCE, CO, GlasgowGlasgow<8 = IOT<8 = IOT
5.5. ExposiExposiççãoão
Lesões associadas, peso, extensão, culturaLesões associadas, peso, extensão, cultura
S.C.Q. = Lund e 
BrowderCervical = 1
Tórax = 13
Braço = 2
Antebraço= 1,5
Mão = 1,25
Períneo = 1
Nádega = 2,5
Pé = 1,75
Área/Idade 0 1 5 10 15 Adulto 
A 9 ½ 8 ½ 6 ½ 5 ½ 4 ½ 3 ½ 
B 2 ¾ 3 ¼ 4 4 ½ 4 ½ 4 ¾ 
C 2 ½ 2 ½ 2 ¾ 3 3 ¼ 3 ½ 
TRATAMENTO CLÍNICO
� ADULTO (Parkland)
� 2 a 4 ml / kg / % S.C.Q. / 24 h
� Cristalóide – Ringer lactato
� Diurese
� > 1 a 2 ml / kg / h (criança)
� > 50 ml / h (adulto)
� > 100 ml / h (elétrica)
� FÓRMULA = GUIA, reavaliar DE HORA EM HORA
� Analgesia – Morfina EV – Agitação (↓↓↓↓O2) LI
TRATAMENTO CLÍNICO
� Hipotermia: crianças, ambiente / sol. 
aquecidas
� Profilaxia do tétano
� Aparelho digestivo: vômito, íleo, úlcera
de Curling
� Alimentação precoce. Dieta oral e 
enteral**
� Profilaxia do tromboembolismo*
*SALIBA. Burns. 2001;27:349-58
*FERGUSON et al. Burns. 2005;31:964-6
**GUN et al. Surg Today. 2005;35(9):760-4
**YAGMURDUR et al. Burns. 2005;31(5):603-9
LESÃO INALATÓRIA
� Ambiente fechado
� Sinais e sintomas
� Disfunção respiratória
� Radiologia
� Broncoscopia
� Oxigênio, Decúbito elevado e 
Fisio
INFECÇÃO
� Estéril (48h)
� Antibiótico
�Tópico
�Sistêmico
�Profilático
�Terapêutico
�Empírico
GRAGNANI, GONÇALVES, FERIANI, FERREIRA.
Rev Soc Bras Cir Plast. 2005;20(4):237-40
DANILLA et al. Burns. 2005;31:967-71
 
ESCAROTOMIA
� Tórax – Cervical
� Membros
TRATAMENTO LOCAL
� Limpeza
� Tricotomia
� Banho + sabão líquido
� Desbridamento
� Curativo
� Fisioterapia respir./motora
� Posicionamento adequado
TRATAMENTO LOCAL - Curativo
� Método Exposição (Wallace,1949)
WALLACE. Ann R Coll Surg Engl. 1949;5(5):283-300
TRATAMENTO LOCAL - Curativo
� Método Oclusão / Compressão / Repouso
(Allen & Koch,1942) 4 Camadas
AGENTES TÓPICOS
� Solução fisiológica 0,9% (Hipertônica)
� Colagenase
� Nitrato de prata 0,5% (Moyer, 1965) *
� 2000/04 – Atividade antiproliferativa Querat./Fibroblastos **
� Sulfadiazina de prata 1% (Fox, 1968)***
� Nitrato de cério 2,2% + Sulfadiazina de prata 1%
� LPC; ação imunomoduladora
� Óleo Vegetal (ácidos graxos essenciais)****
*MOYER, MONAFO et al.. Arch Surg. 1965;90:812-67
***FOX. Arch Surg. 1968;96(2):184-8
**WATAHA, LOCKWOOD e SCHEDLE. J Biomed Mater Res. 2000;52:360-4
**VINCENT, POON e BURD. Burns. 2004;30(2):140-7
****PONEC et al. J Invest Dermatol. 1997;109(3):348-55
TRATAMENTO CIRÚRGICO
EXCISÃO E ENXERTIA PRECOCE
� Tecido necrótico removido
� Leito receptor viável
� Não necessita de tecido de granulação
� Potencialmente contaminado
� Enxerto deve ser fixado ao leito receptor
JANZEKOVIC. J Trauma. 1970;10(12):1103-8
� Sangramento – Excisão
� Elevação dos membros, faixa de Esmarch, garroteamento, 
infiltração com Adrenalina.
� Maior sangramento na excisão tangencial.
� Reserva de 500 ml para cada 5% de área excisada (em 
média 100 ml / % área excisada)
MACMILLAN. Surg Clin North Am. 1978;58(6):1205-31
JANKIEWICZ. National Institute of Health,USA. 1979
BANCO DE PELE – Alo-enxertia
� Cobertura temporária da pele: 3 semanas
� Doação 
� Processamento
� Armazenamento
� 4oC
� Glicerol a 85%
� Criopreservação
www.euroskinbank.nl/
www.aatb.org/aatbskinbank/index.htm
ENXERTIA
� AUTO-ENXERTIA
� ÁREA DOADORA
� Sequência
ENXERTIA
� AUTO-ENXERTIA
� ÁREA DOADORA 
� MALHA
ENXERTO
�Oclusão ou manter úmido
�Abertura no 3oPO
�Imobilização
�Posicionamento
�Limpeza de crostas
�Perfuração de bolhas
�Hidratação e compressão
ÁREA DOADORA
� Exposição ou ocluída
� Restaura entre 7 e 14 dias
� Manter seca, sem encostar nada
� Banho e óleo após o 8odia
� Raion cai naturalmente
CULTURA DE CÉLULAS
� Tratamento do grande queimado
� Lâmina simples de queratinócitos cultivados
� Experiência clínica
� Combinação das 2 camadas
� Queratinócitos cultivados
�MEMBRANA BASAL
� Substituto dérmico
GRAGNANI, MORGAN, FERREIRA. J Burn Care Rehabil. 2002; v.23(2):126-31
GRAGNANI, MORGAN, FERREIRA. Can J Plast Surg. 2002;10(4):155-7
GRAGNANI, MORGAN, FERREIRA. Acta Cirur Bras. 2003;18(esp):4-14
GRAGNANI, MORGAN, FERREIRA. Acta Cirur Bras. 2004;19(supl.):4-10
 
Separação Enzimática e Mecânica
BANKS-SCHLEGEL, GREEN. Transplantation. 1980;29(4):308-13
RHEINWALD, GREEN. Nature. 1977;265:421-4
GREEN. Proc Natl Acad Sci USA. 1979;76:5665-9
Protocolo do Laboratório de Howard GREEN, Harvard 1-15, 1985
Separação Enzimática e MecânicaCOMPTON et al. Lab Invest. 1989;60(5):600-12
GALLICO et al. New Engl J Med. 1984;311(7): 448-51
SHERIDAN, TOMPKINS. J Trauma. 1995;38(1):48-50
Colônia de Queratinócitos
colônia jovem – 5 d confluência das colônias
Semeadura de matrigel/colageno –
Enxerto composto
LABORATÓRIO DE CULTURA DE CÉLULAS DA PELE DA 
DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA DA UNIFESP
Profa.Dra.Lydia Masako Ferreira
Prof. Alfredo Gragnani Filho
Rua Pedro de Toledo, 781- 4 andar
Fone: 5579.2583
E-mail : gragnani.dcir@epm.br
OBRIGADO

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