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Brazil Journal Sami quer injetar eficiência nos planos de saúde

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Brazil Journal: Sami quer injetar eficiência nos planos de
saúde
A Matéria publicada pelo Brazil Journal em 01/07/20 fala sobre como a Sami quer injetar eficiência nos
planos de saúde, confira.
Dois anos atrás, Vitor Asseituno perguntou ao vice-presidente de uma grande operadora de saúde por
que ele não fazia uma campanha para engajar os pacientes diabéticos. A resposta: ‘porque eu não
tenho o email nem telefone dele. Isso fica com a corretora, e o RH da empresa não manda’.
O diagnóstico de Vitor: “Os planos de saúde não sabem para onde ir porque eles não têm nem os dados
básicos para isso. É uma coisa inacreditável.”
Vitor está tentando resolver as inúmeras distorções que amaldiçoam o setor de saúde suplementar com
a Sami, uma startup que funciona como uma camada de inteligência para as operadoras e quer capturar
um naco de um mercado de R$ 200 bilhões cujo faturamento cresce 20% ao ano.
Os problemas da saúde suplementar são conhecidos: a remuneração geralmente é baseada em volume,
o que estimula exames e internações desnecessárias; falta investimento na prevenção das doenças; e o
relacionamento dos usuários com as operadoras tem o mesmo calor humano daquele tio que você é
obrigado a ver no Natal.
O resultado é uma inflação médica pornográfica, com reajustes que fazem o IPCA comer poeira — só
nos últimos cinco anos, os planos empresariais foram reajustados em mais de 150%.
Diversas healthtechs estão tentando atacar partes do problema, mas a Sami — que recebeu seed
capital da Redpoint eVentures e do Canary — se propõe a resolvê-lo por inteiro.
“O que fazemos é entender os problemas — em geral de incentivos, transparência e falta de prevenção
— e buscar formas de corrigi-los usando tecnologia,” Vitor disse ao Brazil Journal.
Hoje, a Sami já faz esse trabalho para dois clientes, a Unimed e o Pátria, atendendo cerca de 200 mil
vidas. Neste modelo, além de receber um fee por vida, a startup também tem uma remuneração atrelada
aos resultados.
A Sami usa análise de dados para tornar a jornada dos pacientes mais eficiente, definindo, por exemplo,
o melhor médico para cada necessidade com base em dados e KPIs. Depois, usa a telemedicina para
fazer os atendimentos básicos — eliminando idas desnecessárias a clínicas e hospitais. E por fim, tenta
melhorar a conduta dos médicos e hospitais mudando o sistema de incentivos e remuneração.
O grande benchmark da Sami é a Oscar Health, uma seguradora americana que já fatura US$ 2 bilhões,
tem 420 mil usuários e foi avaliada em US$ 3,5 bilhões numa captação recente.
https://braziljournal.com/sami-quer-injetar-eficiencia-nos-planos-de-saude
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A Oscar é conhecida por seu UX impecável e uso intensivo de dados.nidos são os pacientes irem para o
nível errado de atendimento, em geral mais caro do que seria necessário,” diz Alan Warren, que foi CTO
da Oscar e hoje é sócio e conselheiro da Sami.
“A Oscar ajuda a guiar os clientes dentro desse sistema complexo, usando tecnologia intensiva e
tornando todo o processo mais eficiente.”
Alan também trabalhou 12 anos na IBM e outros 12 no Google, onde foi responsável pela criação do
Google Finance e das ferramentas de compartilhamento da empresa, como o Google Docs, Sheets e
Drive. Na Sami, ele está envolvido na estratégia e no desenvolvimento de toda a parte de TI.
O fundador da 99, Paulo Veras, e Sérgio Ricardo, o ex-CEO de Amil, também são advisers e
investidores da Sami.
A Sami está tentando criar um sistema que ajude também na prevenção das doenças, entendendo a
rotina de seus clientes e interagindo com eles com a indicação de hábitos mais saudáveis.
“Só 10% do que determina a saúde das pessoas é o cuidado clínico (ter um bom hospital e um bom
médico). O restante é comportamento e ambiente,” diz Vitor. “O problema é que os planos de saúde
focam apenas nesses 10% — em ter uma boa rede credenciada.”
Os dois fundadores da Sami são empreendedores de segunda viagem. Vitor, que é médico formado pela
UNIFESP, fundou uma empresa de eventos médicos que foi vendida em 2018 para a Informa Markets,
uma gigante inglesa do setor. Já Guilherme Berardo é o dono da rede de hospitais Premium Care,
pioneira no modelo de long-term care hospital no Brasil.
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