Buscar

Conheça a crioterapia que reduz queda de cabelo durante tratamento de câncer


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

1/2
Conheça a crioterapia, que reduz queda de cabelo durante
tratamento de câncer
Um dos efeitos colaterais mais conhecidos da quimioterapia é a intensa queda de cabelo, que pode
trazer desconforto físico e emocional para quem passa por tratamento contra o câncer. Mas uma
tecnologia que já é adotada em hospitais brasileiros pode evitar esse efeito e contribuir para o bem-estar
dos pacientes: a crioterapia capilar.
“A queda de cabelo traz uma sensibilidade para os pacientes, às vezes, até deitar-se no travesseiro
incomoda. Sem proteção, eles podem ter queimadura de sol no local. Para as mulheres, é uma situação
ainda mais delicada. A ausência do cabelo chama a atenção e pode mexer com a autoestima, o que
interfere no tratamento”, explica Bruna Zucchetti, oncologista especializada em mamas do Hospital Nove
de Julho (SP).
Os quimioterápicos para o combate do câncer de mama estão entre os que mais causam a alopecia,
nome técnico para a queda de pelos e cabelo. Por isso, essas pacientes estão ente as que mais
demandam o uso da touca de crioterapia.
O equipamento dispõe de uma alta tecnologia de resfriamento do couro cabeludo e precisa ser usada 30
minutos antes, durante e até 90 minutos depois das sessões de quimioterapia. A temperatura varia entre
9°C e 17°C e diminui o fluxo sanguíneo no local. Desta forma, reduz a quantidade de quimioterápico
absorvido pelas células do couro cabeludo e evita a queda de cabelo.
“O uso da touca impacta em diversos aspectos, como o convívio social e a manutenção da rotina diária.
Certamente, é um avanço significativo ter essa tecnologia à disposição”, afirma Nicole Golin, diretora
2/2
técnica do Hospital Tacchini (RS), que também oferece a crioterapia. Segundo a instituição, a taxa de
sucesso varia entre 60% e 100%, de acordo com a intensidade do tratamento.
Apesar de não ter efeitos colaterais conhecidos, a crioterapia capilar não é indicada em casos de
cânceres que afetem a corrente sanguínea, como leucemias e linfomas, pois a touca causa a contração
dos vasos sanguíneos e poderia diminuir a efetividade do tratamento.
O paciente precisa ter alguns cuidados em casa para que a crioterapia seja mais eficaz. O ideal é ficar
de quatro a cinco dias sem lavar os cabelos – pode ser usado xampu a seco – e evitar escová-los
demais. Não é permitido fazer qualquer tipo de química nos cabelos e também não é recomendado o
uso de secador ou chapinha.