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Etapa Ensino Fundamental Anos Finais A Resistência dos Povos Indígenas e o Discurso Civilizatório nas Américas 8º ANO Aula 4 – 4º Bimestre História (EF08HI27) Identificar, com base na seleção e consulta de fontes de diferentes naturezas, as tensões e os significados dos discursos civilizatórios, avaliando seus impactos negativos para os povos indígenas originários e para as populações negras nas Américas. Como era o discurso civilizatório nas Américas; Como ocorreu o silenciamento dos saberes indígenas e as formas de integração e destruição de comunidades e povos indígenas no Brasil; Entender a resistência dos povos e comunidades indígenas diante da ofensiva civilizatória. Entender como foi o discurso civilizatório nas Américas; Assimilar como ocorreu o silenciamento dos saberes indígenas e as formas de integração e destruição de comunidades e povos indígenas no Brasil; Compreender como se deu a resistência dos povos e comunidades indígenas diante da ofensiva civilizatória. Conteúdo Objetivos A partir de seus conhecimentos prévios, levante a mão se quiser responder ao questionamento abaixo: Por que o ato de civilizar era considerado como um “fardo do homem branco” (como vemos representado na ilustração ao lado)? Ilustração de Victor Gillam, de 1899, mostrando algo muito em voga naquele momento de Imperialismo: o então dito e divulgado “fardo do homem branco”, já que este deveria “civilizar” o restante do mundo (mesmo que este não achasse que isso fosse necessário) Levante a mão quem quiser responder! Para começar https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/%22The_White_Man%27s_Burden%22_Judge_1899_%28cropped%29.png/640px-%22The_White_Man%27s_Burden%22_Judge_1899_%28cropped%29.png Ícone do próprio PowerPoint. Por que o ato de civilizar era considerado como um “fardo do homem branco” (como vimos na ilustração anterior)? RESPOSTA ESPERADA: Essa frase demonstra que os povos considerados “civilizados” deveriam trazer a "civilização" aos “não civilizados” – mesmo que não estivessem pedindo por algo parecido com isso. Para eles, isso seria um grande fardo (ou seja, um grande peso), uma vez que essa ideia era mostrada a todos eles (e para as suas respectivas populações) como uma espécie de obrigação, de missão para com os povos ditos “menos civilizados” do restante do mundo. Correção Para começar Adesivo do acervo de imagens do próprio Power Point. Resistência indígena desde a colonização A resistência indígena se deu de diversas formas, dentre elas: fugas, ataques a fazendas, apuro em manter sua cultura viva e, até mesmo, guerras (como a Guerra de 1808-1824 contra a coroa portuguesa). Desde o século XVI existia escravidão indígena no Brasil, mesmo sendo ilegal. Em São Paulo, particularmente, era prática comum, devido à pobreza da região. Ilustração de Maximilian von Wied-Neuwied (2ª metade do século XIX), com indígenas botocudos atravessando rio após uma caçada (e sendo estes os indígenas que participaram da Guerra de 1808-1824) Foco no conteúdo https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Familia_botocudo.jpg Você já consegue analisar! Analisando um texto historiográfico “Assim, os senhores de escravos índios souberam assimilar em seu benefício uma forma potencial de resistência ao sistema de trabalho forçado, pois, no contexto da economia local, a fuga redundava basicamente na redistribuição de mão de obra. Para os índios, a situação permitia, em certa medida, embora bastante restrita, a mobilidade. Pode-se supor que a circulação de cativos servisse para diminuir as tensões inerentes à relação entre senhor e escravo; em última análise, porém, a reforçava, pois a situação favorecia os colonos mais ricos e poderosos, capazes de resistir a tentativas de recuperação dos fugidos mediante o uso da força ou, ainda, dos incertos mecanismos da justiça. (...)” MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. Pág. 184. Aplicando MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. Analisando um texto historiográfico Após ter analisado o texto junto com seu(sua) professor(a), e lembrando do que aprendemos na aula de hoje, responda: O que podemos entender desse texto? Como forma de resistência, os indígenas, ao fugirem de seus senhores, conseguiam se livrar da escravidão a eles imposta? Explique... Você já consegue analisar! Aplicando MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. RESPOSTA ESPERADA: O texto nos mostra o quão cruel era a escravidão, inclusive para os indígenas, uma vez que uma de suas formas mais comuns de resistência a essa mesma escravidão era a fuga. Porém nem mesmo ela resolvia o caso deles, pois, ao fugir, os indígenas – vez por outra – eram capturados por outros donos de escravizados, o que levava isso a funcionar como uma espécie de “mudança de endereço” (e de senhor), porém sem se verem, efetivamente, livres da escravidão a eles impingida. Correção Analisando um texto historiográfico Aplicando MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. Analisem essa charge para entender isso melhor... No quadro superior, mostra-se filipinos, havaianos, porto-riquenhos, cubanos e panamenhos oprimidos pela Espanha. E, com a Guerra Hispano-Americana (de fins do século XIX), a maioria deles se tornam independentes (Porto Rico e Havaí tornam-se, realmente, atrelados aos EUA, o 1º como território organizado não incorporado, e o 2º como um dos últimos estados a aderir aos EUA). No segundo quadro, eles “melhoraram” [Será?], uma vez que agora eram parte do Imperialismo norte-americano. E o Discurso Civilizatório? O que seria? Charge de John T. McCutcheon, 1914, no jornal Chicago Tribune Foco no conteúdo https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/Free_from_Spanish.jpg/640px-Free_from_Spanish.jpg Com base no que estudamos até o momento, escreva uma resposta para o questionamento abaixo. O que se pode entender pelo termo “Imperialismo” no século XIX? Todo mundo escreve! Na prática RESPOSTA ESPERADA: O Imperialismo no século XIX buscava um tipo de dominação mais específica, principalmente dentro do âmbito econômico, visando a que suas indústrias tivessem acesso fácil às matérias-primas, bem como a um extenso mercado consumidor para os seus produtos manufaturados (o que ficou conhecido como “Neocolonialismo”), porém este tinha um lado político, um territorial (como no caso da partilha da África) e, por fim, um lado cultural. O que se pode entender pelo termo “Imperialismo” no século XIX? Correção Na prática Ícone do próprio PowerPoint. Assista a esta aula sobre um dos pontos do discurso civilizatório: o Imperialismo Duração: 12 minutos e 34 segundos https://www.youtube.com/watch?v=608WuWDe_dY Foco no conteúdo Duração: 12 minutos e 34 segundos https://www.youtube.com/watch?v=608WuWDe_dY Ícone do próprio PowerPoint. Finalizando... Gravura do livro de Hans Staden, de 1557, mostrando “uma aldeia com sistema de paliçadas para defesa”, sendo esta utilizada como uma espécie de alegoria da defesa dos povos indígenas – de ontem e de hoje – com relação às suas vidas e à sua cultura. Se antes buscavam liberdade – em detrimento da escravidão a que eram submetidos – hoje essa busca ainda é por liberdade: a liberdade de manterem sua cultura, seu povo, seus territórios, etc... Foco no conteúdo https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Hans_Staden_-_aldeia_ind%C3%ADgena.jpg Compreendemos como se deu a resistência dos povos indígenas diante da ofensiva civilizatória no Brasil do século XIX; Analisamos como foi o discurso civilizatório nas Américas (durante o século XIX). O que aprendemos hoje? Tarefa SP Localizador: 102624 Professor, para visualizar a tarefa daaula, acesse com seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”. Copie o localizador acima e cole no campo de busca. Clique em “Procurar”. Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/ 15 MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. LEMOV, D. Aula Nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018. SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental. São Paulo, 2019. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação. Coordenadoria Pedagógica – COPED. São Paulo, 2023. Referências Lista de Imagens: Slide 3 –https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d8/%22The_White_Man%27s_Burden%22_Judge_1899_%28cropped%29.png/640px-%22The_White_Man%27s_Burden%22_Judge_1899_%28cropped%29.png Slide 5 – https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Familia_botocudo.jpg Slide 9 –https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e4/Free_from_Spanish.jpg/640px-Free_from_Spanish.jpg Referências Lista de Imagens: Slide 13 – https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Hans_Staden_-_aldeia_ind%C3%ADgena.jpg Referências Livro analisado: Slides 6, 7 e 8 – MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra: Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo, SP: Companhia das Letras, 1994. Pág. 184. Referências Vídeo utilizado: Slide 12 – https://www.youtube.com/watch?v=608WuWDe_dY Referências Material Digital .MsftOfcThm_Accent5_Fill_v2 { fill:#0097A7; } .MsftOfcThm_Accent5_Fill_v2 { fill:#0097A7; } .MsftOfcThm_Accent5_Fill_v2 { fill:#0097A7; } .MsftOfcThm_Accent5_Fill_v2 { fill:#0097A7; }
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