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Relatório UBS 1 etapa pdf

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
NATÁLIA CARNAVALE
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE PÚBLICA - 
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA VILA SANTANA
SOROCABA - SP
2021
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
NATÁLIA CARNAVALE – D77ABI-1
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE PÚBLICA - 
UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
Relatório de Estágio Supervisionado em Nutrição em Saúde Pública em Unidade Básica de Saúde, apresentado à Universidade Paulista – UNIP. 
Professora Orientadora: Sandra Regina Bicudo da Silva.
Nutricionista Supervisora: Samanta Oliveira.
SOROCABA - SP
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	5
1.1	Inserção do Nutricionista no Sistema único de Saúde	5
1.1.1	Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)	6
1.1.2	Estratégia Saúde da Família (ESF)	8
1.1.3	Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)	9
1.2	Ministério da Saúde	11
1.3	Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição	13
1.4	Prefeitura de Sorocaba – Secretaria da Saúde	13
2	OBJETIVOS	16
2.1	Objetivo Geral	16
2.2	Objetivos Específicos	16
3	AÇÕES NA ÁREA DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA	17
3.1	Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)	17
3.2	Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)	18
3.3	Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)	19
3.4	Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais	19
 3.5. Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada – PAAS.	27
 3.6 Programa Saúde na Escola (PSE)	28
 3.7 Programa Academia da Saúde	29
 3.8 Vigilância Alimentar e Nutricional – VAN.	29
 3.9 Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento de DCNT no Brasil, para período de 2011 a 2022	30
4	CARACTERÍSTICAS DO BAIRRO E DA UBS	31
4.1	Indicadores de Saúde	31
4.2	Unidade Básica de Saúde	32
4.2.1	Estrutura e funcionamento	32
4.2.2	Programas e grupos desenvolvidos na UBS	32
4.2.3	Profissionais e interação interdisciplinar	35
4.2.4	Imunização	36
4.2.5	Farmácia	43
5	ATIVIDADES PRÁTICAS	46
5.1	Atendimento individual	46
5.2	Atendimento em grupo	47
5.3	Análise crítica dos Programas de Alimentação e Nutrição	48
6	POLICLÍNICA MUNICIPAL DE SOROCABA	49
6.1	Conceituação e programa de atenção secundária	49
6.2	Programa Pé Diabético	50
7 TELEATENDIMENTO CLINICO	51
7.1 Registro do atendimento tele consulta através de prontuários individualizado por meio de plataforma zoom e whats App	51
8	DISCUSSÃO E CONCLUSÃO	52
9	COMENTÁRIOS FINAIS	53
9.1	Pontos positivos e negativos	53
9.2	Pontos e serem melhorados	54
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA	55
1 INTRODUÇÃO
1.1 Inserção do Nutricionista no Sistema único de Saúde
A atuação da nutrição em saúde pública se faz na área de segurança sanitária de produtos e serviços, na promoção da alimentação saudável, no monitoramento alimentar e nutricional e no controle dos distúrbios e deficiências nutricionais. A saúde pública age em “defesa da vida”, reduzindo a mortalidade infantil e materna, fortalecendo a atenção básica e promovendo a saúde (MENDONÇA et.al., 2012). 
Medidas políticas e sociais de alimentação e nutrição só se tornam eficazes quando inseridas em um contexto maior, em uma política ampla que, além de atender as necessidades sentidas pela população, promovam educação nutricional continuada e realizem um monitoramento permanente da eficácia do programa (MENDONÇA et.al., 2012).
A integralidade da atenção é um princípio básico nessa discussão sobre as condições necessárias para a construção de um novo modelo assistencial. O art. 198, Seção II, da Constituição Brasileira estabelece o atendimento integral à saúde como uma das diretrizes do SUS, destacando a prioridade das atividades preventivas, sem prejuízo das assistenciais, devendo tal preceito ser aplicado em todos os níveis de atenção, implicando na compreensão do indivíduo como singular e como parte de uma coletividade (MENDONÇA et.al., 2012).
A atenção integrada só é possível mediante a atuação de uma equipe multidisciplinar, com efetivas trocas de conhecimento entre especialistas de diferentes áreas. Neste contexto, encaixa-se a atuação do profissional nutricionista (MENDONÇA et.al., 2012).
Como componente do trabalho interdisciplinar, é oportuno destacar as ações de alimentação e nutrição em quaisquer formas de intervenção, como estratégias indispensáveis a todo programa, cuja finalidade seja elevar a qualidade de vida da população a partir do princípio da integralidade (MENDONÇA et.al., 2012).
Os profissionais predominantes nas unidades dos PSF (médicos e enfermeiros) possuem pouco conhecimento acerca de nutrição e alimentação, sendo o nutricionista o profissional apto a dar orientações e realizar avaliações relacionadas a essa temática. O que se nota atualmente é que o número desses profissionais nas unidades de PSF ainda é muito reduzido (MENDONÇA et.al., 2012).
De acordo com o Conselho Federal do Nutricionista (CFN) é de responsabilidade do nutricionista na área de Saúde Coletiva, prestar assistência e educação nutricional para a comunidade. Ao realizar essas atribuições, precisa participar de equipes multiprofissionais entre outras atividades. O PSF é um programa institucional que abre as portas para essa atuação do nutricionista na área de saúde coletiva. Porém, em muitos PSFs ainda há ausência de nutricionista (MATTOS et al., 2012). 
O único profissional que recebe em sua formação acadêmica o conhecimento específico é o nutricionista que permite a partir de diagnóstico e observação de valores socioculturais de cada paciente, propor as devidas orientações nutricionais adequando-as à realidade de cada família, sendo um profissional indispensável no modelo de atenção à saúde proposto pelo governo (MATTOS et al., 20012). 
O nutricionista tem o importante papel de promover uma reeducação dos hábitos alimentares da população fazendo a prevenção de doenças e a promoção da qualidade de vida. Nos serviços de saúde, através das consultas com monitoramento do estado nutricional, há possibilidade de diagnósticos longitudinais, o que é de grande importância para a melhoria das condições alimentares e nutricionais da comunidade. Com a coleta de dados antropométricos integrados a outros marcadores de saúde como hipertensão e diabetes, há uma resposta mais efetiva com relação à necessidade de cada paciente (MATTOS et al., 20012). 
1.1.1 Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA)
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) é um órgão de assessoramento imediato à Presidência da República, que integra o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). É composto por dois terços de representantes da sociedade civil e um terço de representantes governamentais. A presidência é exercida por um (uma) representante da sociedade civil, indicado (a) entre os seus membros e designado (a) pela Presidência da República., cujas decisões são tomadas coletivamente por conselheiros representantes do poder público e da sociedade civil (BRASIL, 2012). 
Foi instituído por meio do decreto número 807/93 e tem como objetivo propor diretrizes gerais da Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável. A Política Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável tem como objetivo específico a defesa, a promoção e a garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável para cada habitante do Estado de São Paulo, independentemente de sua idade e condição social (BRASIL, 2012). 
CONSEA Nacional 
Foi atribuída a tarefa de articular as três esferas de governo (municipal, estadual e federal) e a sociedade civil (movimentos sociais e ONGs) na revisão dos programas federais então existentes, bem como elaborar o Plano de Combate à Fome e à Miséria. A segurança alimentar e nutricional, com a abrangência adquirida no Brasil, ainda são um conceito relativamente novo (BRASIL, 2012).
Compete ao CONSEA Nacional exercer o controle social e atuar na formulação, monitoramento e avaliação da Política e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2012).
As atividades como conselheiro nacional não são remuneradas e a atividade é considerada como relevante serviço público. O conselhoé composto por 57 conselheiros, além de 28 observadores convidados (BRASIL, 2012).
CONSEA Estadual 
O Decreto n° 47.763 de 11 de abril de 2003, institui o CONSEA/SP, órgão colegiado de caráter consultivo e de assessoramento imediato ao Governador do estado, com o objetivo de propor as diretrizes gerais da política estadual de segurança alimentar e nutricional (BRASIL, 2012).
O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (CONSEA/SP) é formado por 36 conselheiros, sendo 12 membros do poder público estadual, e 24 membros da sociedade civil, dentre eles 16 membros são representantes das CRSANS – Comissão Regional de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e 8 membros de entidades com contribuição na área de segurança alimentar (BRASIL, 2012).
O CONSEA conta também em sua estrutura com convidados permanentes representantes de órgãos públicos e de entidades da sociedade civil conforme Art. 5º- Decreto 59.146/2013 (BRASIL, 2012). 
CONSEA Municipal 
A Lei 11.346, de 15.09.2006, criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), cuja consolidação é uma construção coletiva da sociedade e dos governos, nos âmbitos municipal, estadual e federal (BRASIL, 2012).
A existência de Conselhos Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional, nos quais tenham assentos representantes da sociedade e do governo, é um dos passos importantes para a construção do SISAN (BRASIL, 2012).
Outro detalhe importante é que a segurança alimentar deve ser realizada em bases sustentáveis. Esse é um direito que cabe ao povo brasileiro. Um direito de se alimentar devidamente, respeitando as características culturais de cada região e suas particularidades no ato de se alimentar (BRASIL, 2012).
O conselho é composto por 57 conselheiros, além de 28 observadores convidados (BRASIL, 2012).
O CONSEA Municipal elabora diretrizes para implantar o plano e a política local de segurança alimentar e nutricional, em sintonia com as diretrizes traçadas pelos conselhos estadual e nacional e com a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; orienta a implantação de programas sociais ligados à alimentação, estabelecendo diretrizes e prioridades; e articula a participação da sociedade civil (BRASIL, 2012). 
1.1.2 Estratégia Saúde da Família (ESF)
A Estratégia Saúde da Família visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde, e é tida pelo Ministério da Saúde e gestores estaduais e municipais, representados respectivamente pelo CONASS e CONASEMS, como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliar a resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividade, além de propiciar uma importante relação custo-efetividade (BRASIL, 2012).
São itens necessários à Estratégia Saúde da Família:
I - Existência de equipe multiprofissional (equipe de Saúde da Família) composta por, no mínimo, médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou médico de Família e Comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ ou técnico em saúde bucal;
II - O número de ACS deve ser suficiente para cobrir 100% da população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família, não ultrapassando o limite máximo recomendado de pessoas por equipe;
III - Cada equipe de Saúde da Família deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000, respeitando critérios de equidade para essa definição. Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe;
IV - Cadastramento de cada profissional de saúde em apenas uma ESF, exceção feita somente ao profissional médico, que poderá atuar em, no máximo, duas ESF e com carga horária total de 40 horas semanais;
V - Carga horária de 40 horas semanais para todos os profissionais de saúde membros da equipe de Saúde da Família, à exceção dos profissionais médicos, cuja jornada é descrita no próximo inciso. A jornada de 40 horas deve observar a necessidade de dedicação mínima de 32 horas da carga horária para atividades na equipe de Saúde da Família, podendo, conforme decisão e prévia autorização do gestor, dedicar até oito horas do total da carga horária para prestação de serviços na rede de urgência do município ou para atividades de especialização em Saúde da Família, residência multiprofissional e/ou de Medicina de Família e de Comunidade, bem como atividades de educação permanente e apoio matricial (BRASIL, 2012).
1.1.3 Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das equipes de Saúde da Família, das equipes de atenção básica para populações específicas (Consultórios na Rua, equipes Ribeirinhas e Fluviais etc.) e Academia da Saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade dessas equipes, atuando diretamente no apoio matricial às equipes da(s) unidade(s) na(s) qual(is) o NASF está vinculado e no território dessas equipes (BRASIL, 2012).
Esta atuação integrada permite realizar discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais tanto na Unidade de Saúde como nas visitas domiciliares, permite a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de grupos populacionais. Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde (BRASIL, 2012).
São exemplos de ações de apoio desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes (BRASIL, 2012).
Todas as atividades podem ser desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde, Academias da Saúde ou em outros pontos do território. Os NASF devem utilizar as Academias da Saúde como espaços que ampliam a capacidade de intervenção coletiva das equipes de atenção básica para as ações de promoção de saúde, buscando fortalecer o protagonismo de grupos sociais em condições de vulnerabilidade na superação de sua condição. Os NASF podem ser organizados em duas modalidades, NASF 1 e NASF 2. A implantação de mais de uma modalidade de forma concomitante nos municípios e no Distrito Federal não receberá incentivo financeiro federal, o NASF 1 deverá ter equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos entre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
I - A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 200 horas semanais;
II - Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas;
III - Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 80 horas de carga horária semanal.
O NASF 2 deverá ter equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos entre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições:
I - A soma dascargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo,120 horas semanais;
II - Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas;
III - Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 40 horas de carga horária semanal (BRASIL, 2012).
Poderão compor os NASF 1 e 2 as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): médico acupunturista; assistente social; profissional, professor de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica); médico do trabalho; médico veterinário; profissional com formação em arte e educação (arte educador); e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas (BRASIL, 2012).
A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas (BRASIL, 2012).
1.2 Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros. Sua função é dispor de condições para a proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as enfermidades, controlando as doenças endêmicas e parasitárias e melhorando a vigilância à saúde, dando, assim, mais qualidade de vida ao brasileiro (BRASIL, 2021). 
A Figura 1 mostra o atual Organograma do Ministério da Saúde do Brasil. 
55
	
Figura 1: Organograma do Ministério da Saúde
Fonte: BRASIL, 2021. 
1.3 Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição
A Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição tem como sua principal missão implementar ações de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) com vistas a garantia de condições de saúde adequadas à população brasileira (BRASIL, 2012). 
Entre as suas atribuições destaca-se: 
I - Planejar, orientar, coordenar, supervisionar e avaliar o processo de implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição, visando a melhoria das condições nutricionais da população no curso da vida e observando os princípios e diretrizes do SUS (BRASIL, 2012).
II - Propor, planejar, normalizar, gerenciar, monitorar e avaliar, em âmbito nacional, a execução de planos, programas, projetos, ações e atividades necessárias a concretização da Política Nacional de Alimentação e Nutrição; (BRASIL, 2012). 
III - Articular-se com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, de modo a estimular sua adesão aos programas e projetos na área da Alimentação e Nutrição e prestar-lhes cooperação técnica para o aperfeiçoamento da capacidade gerencial e operacional nessa área (BRASIL, 2012). 
VI - Promover a articulação com órgãos, entidades e agências de fomento, de financiamento e de pesquisa, nacionais e internacionais, para o desenvolvimento de projetos de cooperação, estudos e pesquisas em alimentação e nutrição (BRASIL, 2012). 
VII - Promover e incentivar a qualificação da força de trabalho para implementação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (BRASIL, 2012) 
VIII - Fomentar e participar de atividades intersetoriais para o planejamento e implementação da política e de planos, programas, projetos e atividades de segurança alimentar e nutricional (BRASIL, 2012).
1.4 Prefeitura de Sorocaba – Secretaria da Saúde
O Plano Municipal de Saúde foi organizado respeitando eixos estratégicos buscando garantir o planejamento das ações de saúde, com vistas a promover, proteger e recuperar a saúde da população de Sorocaba, garantindo o cumprimento dos princípios do SUS, através de políticas públicas, ações Inter setoriais e próprias, buscando a melhoria da qualidade de vida da população. Também foi assumido o compromisso de fazer a gestão, dos recursos financeiros próprios e de repasse das outras esferas de governo, que são destinados ao setor saúde e fazer a gestão de todo o sistema de saúde municipal através do planejamento, execução e fiscalização das atividades referentes à saúde pública (FERNANDES, 2014).
Eixos estratégicos que organizaram este plano: 
1. Fortalecer o controle social e os canais de aproximação com o usuário. 
2. Fortalecer as ações Inter federativas. 
3. Aprimorar o funcionamento dos serviços de regulação municipais. 
4. Fortalecer o monitoramento e a auditoria dos serviços de saúde sob gestão municipal. 
5. Fortalecer a formação dos profissionais para o SUS. 
6. Fortalecer as ações para a redução dos riscos e agravos à saúde da população. 
7. Fortalecer a atenção integral à saúde da população. 
A partir destes eixos, foram propostos objetivos estratégicos, ações, indicadores e metas para os anos de 2014 até 2017. As ações propostas estão vinculadas à disponibilidade financeira, logo, em função de mudanças no equilíbrio fiscal, algumas ações podem ser revistas ao longo do processo (FERNANDES, 2014). 
A Figura 2 mostra o organograma atual da Secretaria da Saúde de Sorocaba. 
Figura 2: Organograma da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Sorocaba. 
Fonte: SOROCABA, 2021.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Promover, proteger e recuperar a saúde dos indivíduos e da coletividade no ciclo da vida.
2.2 Objetivos Específicos
· Identificar os diferentes níveis do sistema de saúde, destacando o papel da Atenção Primária à Saúde.
· Realizar diagnóstico da área de abrangência da Unidade Básica de Saúde, com base nos indicadores de Saúde da OMS.
· Identificar a epidemiologia dos problemas nutricionais da população a ser assistida.
· Conhecer os programas de atenção à saúde desenvolvida pela instituição.
· Avaliar as políticas públicas do município. 
· Desenvolver ações de educação em saúde e de educação nutricional.
· Propiciar a integração multiprofissional e interdisciplinar.
· Realizar pesquisas de caráter operacional, de acordo com as necessidades do serviço.
3 AÇÕES NA ÁREA DE NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA
3.1 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)
A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) é resultado da experiência acumulada de vários atores envolvidos historicamente com o desenvolvimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como movimentos sociais, usuários, trabalhadores e gestores das três esferas de governo (BRASIL, 2012).
No Brasil, a Atenção Básica (AB) é desenvolvida com alto grau de descentralização, capilaridade e próxima da vida das pessoas. Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social (BRASIL, 2012).
As Unidades Básicas de Saúdes instaladas perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia de acesso à população a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar estas unidades da infraestrutura necessária a este atendimento é um desafio que o Brasil único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito está enfrentando com os investimentos do Ministério da Saúde. Essa é uma missão faz parte da estratégia Saúde Mais Perto de Você, que enfrenta os entraves à expansão e ao desenvolvimento da atenção básica no País (BRASIL, 2012).
Em 2012, além do aumento dos recursos (quase 40% em relação a 2010) repassados, fundo a fundo desde a criação do PAB, a nova PNAB mudou o desenho do financiamento federal para a atenção básica, passando a combinar equidade e qualidade. Em relação à equidade, o PAB Fixodiferencia o valor per capita por município, beneficiando o município mais pobre, menor, com maior percentual de população pobre e extremamente pobre e com as menores densidades demográficas. Pelo viés da qualidade, induz a mudança de modelo por meio da Estratégia Saúde da Família e cria um componente de qualidade que avalia, valoriza e premia equipes e municípios, garantindo aumento do repasse de recursos em função da contratualização de compromissos e do alcance de resultados, a partir da referência de padrões de acesso e qualidade pactuados de maneira tripartite (BRASIL, 2012).
3.2 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999 integra os esforços do Estado brasileiro, que, por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. A completar-se dez anos de publicação da PNAN, deu-se início ao processo de atualização e aprimoramento das suas bases e diretrizes, de forma a consolidar-se como uma referência para os novos desafios a serem enfrentados no campo da alimentação e nutrição no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2012).
As diretrizes da PNAN são: 
1) Organização da Atenção Nutricional; 
2) Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; 
3) Vigilância Alimentar e Nutricional; 
4) Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; 
5) Participação e Controle Social; 
6) Qualificação de Força de Trabalho; 
7) Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; 
8) Controle e Regulação dos Alimentos e 
9) Cooperação e Articulação para Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2012).
A PNAN apresenta como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. Para tanto está organizada em diretrizes que abrangem o escopo da atenção nutricional no SUS com foco na vigilância, promoção, prevenção e cuidado integral de agravos relacionados à alimentação e nutrição; atividades, essas, integradas às demais ações de saúde nas redes de atenção, tendo a atenção básica como ordenadora das ações (BRASIL, 2012).
3.3 Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS)
No Brasil, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) foi instituída pelo Ministério da Saúde em 2006 e redefinida em 2014, trazendo em sua base o conceito ampliado de saúde e o referencial teórico da promoção da saúde como um conjunto de estratégias e formas de produzir saúde, no âmbito individual e coletivo, caracterizando pela articulação e cooperação intra e intersetorial, pela formação da RAS, buscando articular suas ações com as demais redes de proteção social, com ampla participação e controle social (BRASIL, 2021).
Segundo a Carta de Ottawa, documento oriundo da Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde realizada em 1986, Promoção da Saúde é o “processo de capacitação dos sujeitos e coletividades para identificar os fatores e condições determinantes da saúde e exercer controle sobre eles, de modo a garantir a melhoria das condições de vida e saúde da população”(BRASIL, 2021).
3.4 Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais
 Vitamina A
O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A consiste na suplementação profilática medicamentosa para crianças de 6 a 59 meses de idade e mulheres no pós-parto por não atingir, através da alimentação, a quantidade diária necessária para prevenir a deficiência dessa vitamina no organismo (BRASIL, 2013).
A composição da megadose de vitamina A distribuída pelo Ministério da Saúde é: vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E. O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A distribui cápsulas em duas dosagens: de 100.000 UI e de 200.000 UI, acondicionadas em frascos, contendo, cada um, 50 cápsulas gelatinosas moles. As cápsulas apresentam cores diferentes, de acordo com a concentração de vitamina A. Os suplementos são distribuídos, gratuitamente, nas Unidades básicas de Saúde que formam a rede SUS (BRASIL, 2013).
Esse programa faz parte da Ação Brasil Carinhoso constante no Programa Brasil sem Miséria, que objetiva o combate à pobreza absoluta na primeira infância e reforça a assistência à criança menor de 5 anos para prevenção da deficiência de vitamina A, garantindo o acesso e disponibilidade do insumo a todas as crianças nessa faixa etária nas Regiões Norte e Nordeste e os municípios das Regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste contemplados no Programa Brasil sem Miséria (BRASIL, 2012).
	 
Na Unidade Básica de Saúde da Vila Santana, a suplementação de vitamina A não é fornecida para a comunidade em geral. 
	Ferro
No Programa Nacional de Suplementação de Ferro, instituído pela Portaria nº 730 de 13 de maio de 2005, é uma das estratégias da Política Nacional de Alimentação e Nutrição para o combate da deficiência de ferro no Brasil, é uma das ações prioritárias do setor saúde na Ação Brasil Carinhoso. O objetivo do programa é a prevenção e controle da anemia por meio da administração profilática de suplementos de ferro às crianças de 6 a 24 meses de idade, gestantes (incluindo também o ácido fólico) e mulheres até 3º mês pós-parto e/ou pós aborto (BRASIL, 2012).
No ano de 2013 o programa foi reformulado sendo descentralizada a aquisição dos suplementos para a esfera municipal, distrital e estadual (onde couber) através do recurso do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, de acordo com a Portaria nº 1.555 de 30 de julho de 2013. Além disso, o sistema de gestão do PNSF foi encerrado para a inserção de dados, sendo orientado aos municípios a implantação do e-SUS Atenção Básica (Sistema de Informações da Atenção Básica – SISAB) e o Hórus (Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica) para monitoramento do programa (BRASIL, 2012).
A Unidade Básica de Saúde da Vila Santana possui a suplementação de ferro em conformidade com a portaria nº 730 de 13/05/05, sendo distribuído somente para o público geral o sulfato ferroso.
Iodo
Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. Nessa época, aproximadamente 20% da população apresentavam Distúrbio por Deficiência de Iodo (DDI). Assim, com o propósito de diminuir essas altas prevalências adotou-se a iodação universal do sal. Após cerca de seis décadas de intervenção, se observa redução na prevalência de DDI no Brasil (20,7% em 1955; 14,1% em 1974; 1,3% em 1994; e 1,4% em 2000) (BRASIL, 2021).
O Iodo é um micronutriente essencial para o homem e outros animais. Existe apenas uma única função conhecida do Iodo no organismo humano: ele é utilizado na síntese dos hormônios tireoidianos (hormônios produzidos pela tireóide, uma glândula que se localiza na base frontal do pescoço): a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esses hormônios têm dois importantes papéis: atuam no crescimento físico e neurológico e na manutenção do fluxo normal de energia (metabolismo basal, principalmente na manutenção do calor do corpo). São muito importantes para o funcionamento de vários órgãos como o coração, fígado, rins, ovários e outros (BRASIL,2021).
 Os Distúrbios por Deficiência de Iodo são fenômenos naturais e permanentes, que estão amplamente distribuídos em várias regiões do mundo. Populações que vivem em áreas deficientes em iodo sempre terão o risco de apresentar os distúrbios causados por esta deficiência, cujo impacto sobre os níveis de desenvolvimento humano, social e econômico são muito graves (BRASIL, 2021).
A deficiência de iodo pode causar cretinismo em crianças (retardo mental grave e irreversível), surdo-mudez, anomalias congênitas, bem como a manifestação clínica mais visível, o bócio (hipertrofia da glândula tireóide). Além disso, a má nutrição de iodo está relacionada com altas taxas de natimortos e nascimento de crianças com baixo peso, problemas no períodogestacional, e aumento do risco de abortos e mortalidade materna (BRASIL, 2021).
Associada a esses problemas, a deficiência de iodo contribui para o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação, uma vez que incrementa as taxas de repetência e evasão escolar, e ainda proporciona a redução da capacidade para o trabalho. Portanto, direta ou indiretamente acarreta prejuízos sócio-econômicos ao país. Consequentemente, as estratégias dirigidas a controlar a deficiência de iodo, devem ser permanentes e fundamentalmente preventivas, especialmente quando se destinam às gestantes, nutrizes e crianças menores de dois anos de idade (BRASIL, 2021).
O que vem ocorrendo desde então são adequações à legislação para atender melhor a população na prevenção dos distúrbios causados pela deficiência de iodo. Foi o que ocorreu em 1999, quando os teores de iodação do sal se adequaram às faixas de 40 a 100 ppm. Em fevereiro de 2003, foi aberta consulta pública pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, na qual a faixa de iodação foi ajustada para 20 a 60 ppm. Todas as adequações de iodação do sal, realizadas pelo Ministério da Saúde, são feitas de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde e especialistas nacionais no tema (BRASIL,2021).
O Programa de Combate aos Distúrbios por Deficiência de Iodo no Brasil - Pró Iodo, é uma das ações mais bem sucedidas no combate aos distúrbios por deficiência de micronutrientes e tem sido elogiado pelos organismos internacionais pela sua condução e resultado obtido na eliminação do bócio endêmico no País. Entre as ações, a iodação universal do sal para consumo humano e o monitoramento e fiscalização das indústrias salineiras são as principais responsáveis pelo sucesso do programa (BRASIL, 2021).
Unidade Básica de Saúde da Vila Santana, não possui orientações para suplementação de iodo.
Sódio
Com o objetivo de reduzir a carga de doenças crônicas que têm aumentado no nosso País, algumas ações que visam ao melhoramento nutricional dos alimentos processados estão sendo colocadas em prática, principalmente em relação à redução de gorduras, açúcares e sódio (BRASIL, 2012).
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/2009, há consumo excessivo de açúcares pela população brasileira (61%) devido à elevada ingestão de sucos, refrigerantes e refrescos, açucarados, aliada ao baixo consumo de frutas e hortaliças (BRASIL, 2012).
Há fortes evidências do aumento do risco de cardiopatias devido ao consumo de gordura trans, havendo indicações de que aumente também o risco de morte cardíaca súbita e diabetes. Dados como esses vêm causando preocupação em todo o mundo, devido ao impacto causado no sistema de saúde pela carga de enfermidades e incapacidade imposta pelas doenças cardiovasculares (BRASIL, 2012).
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, a recomendação de sal não deve ultrapassar 5 g por dia (1,7 g de sódio). O consumo médio do brasileiro é de 12 g diárias, ou seja, mais que o dobro da recomendação máxima (BRASIL, 2012).
Dada a importância desse tema na agenda da saúde, a formulação dos alimentos processados figura no Plano Plurianual de Ação do Ministério da Saúde para 2012-2015, bem como no Plano Nacional para enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Em 2007, foi assinado e, em 2010, foi renovado termo de compromisso entre o Ministério da Saúde e associações representativas do setor produtivo que traz, entre seus objetivos, a redução das quantidades de açúcar, gorduras e sódio nos alimentos processados (BRASIL, 2012).
A Unidade Básica de Saúde da Vila Santana não possui nenhum grupo fixo para orientações do uso consciente do sódio. Essa conscientização vem por meio de consultas com o próprio médico, e se necessário, ocorre o encaminhamento aos estagiários de nutrição da UNIP que atendem na unidade. Estes pacientes hipertensos vêm sendo orientado pelos estagiários através de consulta.
Deficiência de Vitamina B1 – Beribéri
O Beribéri é uma doença causada pela deficiência de Tiamina (vitamina B1). No Brasil desde 2006, têm sido notificados casos de Beribéri nos estados do Maranhão e Tocantins. Em 2008, foram identificados casos suspeitos de Beribéri em indígenas das etnias Ingaricó e Macuxi, no município de Uiramutã/Roraima e, desde então estão sendo empreendidas ações em parceria com o estado e município na investigação, acompanhamento, prevenção e controle do Beribéri. Em nível mundial, o Beribéri não é mais uma doença largamente difundida na população (BRASIL,2021).
 Tendo em vista que há mais de oitenta anos não se tinha registro de surtos de Beribéri no país, sua relevância epidemiológica se deve ao fato de acometer, majoritariamente, adultos jovens do sexo masculino, e pela sua capacidade de causar surtos e epidemias com o adoecimento e óbito em curto período de tempo. O Beribéri tem sido um importante problema de saúde pública, determinado pelas condições de vida e trabalho, sendo imprescindível, além das políticas de saúde, a definição de ações no bojo das políticas sociais para o seu enfrentamento (BRASIL, 2021).
 Como a maioria das doenças nutricionais, grande parte dos surtos de beribéri associa-se a condições de pobreza e fome relacionando-se a situações graves de insegurança alimentar e nutricional, alimentação monótona baseada em arroz polido, elevado teor de carboidratos simples e também a alguns grupos de risco específicos como alcoolistas, gestantes, crianças e pessoas que exercem atividade física extenuante (BRASIL, 2021).
 A carência da tiamina pode levar de dois a três meses para manifestar os sinais e sintomas que inicialmente são leves como insônia, nervosismo, irritação, fadiga, perda de apetite e energia e evoluem para quadros mais graves como parestesia, edema de membros inferiores, dificuldade respiratória e cardiopatia (BRASIL, 2021).
 Após a oficina de formação e desenvolvimento dos trabalhadores da saúde para o enfrentamento do Beribéri, realizada nos dias 5 e 6 de dezembro de 2011, a Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) desenvolveu o Guia de Consulta para Vigilância Epidemiológica, Assistência e Atenção Nutricional dos Casos de Beribéri, que foi lançado em 2012 (BRASIL,2021).
 Esse guia de consulta destina-se aos profissionais de saúde de toda a rede de atenção do SUS e de seu Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, em especial àqueles que atuam na atenção básica, vigilância epidemiológica e que permanecem em contato direto com as populações sob risco, e destaca os aspectos relativos à vigilância epidemiológica, assistência e atenção nutricional do Beribéri. Esse enfoque visa à adoção das medidas de detecção, prevenção e controle da doença em tempo oportuno (BRASIL, 2021).
Desnutrição
A desnutrição corresponde a uma doença de natureza clínico-social multifatorial, cujas raízes se encontram na pobreza. Quando ocorre na primeira infância, está associada à maior mortalidade, à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, ao menor aproveitamento escolar e à menor capacidade produtiva na idade adulta. Nos países em desenvolvimento, a desnutrição nessa faixa etária constitui-se importante problema de saúde pública (BRASIL,2021).
 No Brasil, a prevalência de déficit de altura para idade foi reduzida pela metade entre 1996 e 2006, passando de 13,5% para 6,8%, com declínio médio anual de 6,3%.² Cabe ressaltar que a redução nesses percentuais de desnutrição não ocorreu de forma homogênea, sendo maior entre as famílias e regiões mais pobres e vulneráveis do País (BRASIL,2021).
Da mesma forma, a desnutrição permanece elevada em algumas regiões do País, sobretudo em municípios de pequeno porte, e em grupos populacionais específicos, estando fortemente concentrada nas Regiões Norte e Nordeste. De acordo com dados do Sisvan, atualmente ainda há 253 municípios brasileiros com 10% ou mais crianças menores de cinco anos com desnutrição aguda, representando um total de 22.194 crianças(BRASIL,2021).
 A persistência dadesnutrição em um contexto histórico de declínio de sua prevalência sinaliza a necessidade de maiores investimentos sociais e de atenção focalizada de forma qualificada. Nesse sentido, o setor saúde deve monitorar os casos de desnutrição infantil, principalmente dos quadros graves e moderados, e garantir a oferta de cuidados adequados para recuperação dos indivíduos desnutridos (BRASIL,2021).
A redução do baixo peso e da baixa estatura entre crianças menores de cinco anos de idade em 10% e 15% até 2015, respectivamente, são metas estabelecidas na Diretriz 7 – Redução dos Riscos e Agravos à Saúde da População, por Meio das Ações de Promoção e Vigilância em Saúde – do Plano Nacional de Saúde 2012-2015 (BRASIL,2021).
 Também, no Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2012-22015, há a meta de reduzir em 20% a prevalência de baixo peso em crianças menores de cinco anos na Região Norte, ratificando o compromisso do setor saúde e dos demais setores em relação a esse importante problema de saúde pública (Objetivo 1 – Controlar e prevenir os agravos e doenças consequentes da insegurança alimentar e nutricional da Diretriz 5 – Fortalecimento das Ações de alimentação e nutrição em todos os níveis de atenção à saúde, de modo articulado às demais ações de segurança alimentar e nutricional) (BRASIL,2021).
A elaboração de fluxos e procedimentos para o acolhimento adequado às demandas espontâneas e aos casos identificados por busca ativa, no âmbito da atenção básica e em articulação com os demais pontos de atenção, que contemplem a identificação das causas, avaliação e classificação do risco, estabelecimento de Projeto Terapêutico Singular e de articulação com outros setores e políticas sociais, é fundamental para o cuidado integral e resolutivo dessa população vulnerável (BRASIL,2021).
Além disso, outras ações já comprovadas e fundamentais para prevenção e controle da desnutrição, apoiadas pela CGAN/MS e que podem ser implantadas e incorporadas aos fluxos e procedimentos estabelecidos para a atenção às crianças desnutridas em seu município, incluem:
- A promoção ao aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e da alimentação complementar saudável, com continuidade do aleitamento materno até os 2 anos, fortalecida pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil;
- A prevenção de deficiências nutricionais específicas, com a Suplementação de Ferro e Ácido Fólico e Vitamina A;
- O acompanhamento do estado nutricional de crianças menores de cinco anos, com a utilização do SISVAN, com especial atenção às crianças pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família;
- A promoção e implantação de ações intersetoriais, por meio da Articulação Intersetorial, tendo em vista a determinação multifatorial da desnutrição (BRASIL,2021).
Necessidades Alimentares Especiais
Em todas as fases do curso da vida, ocorrem alterações metabólicas e fisiológicas que causam mudanças nas necessidades alimentares dos indivíduos, assim como um infinito número de patologias e agravos à saúde também pode causar mudanças nas necessidades alimentares. As necessidades alimentares especiais estão referidas na Política Nacional de Alimentação e Nutrição como as necessidades alimentares, sejam restritivas ou suplementares, de indivíduos portadores de alteração metabólica ou fisiológica que causem mudanças, temporárias ou permanentes, relacionadas à utilização biológica de nutrientes ou a via de consumo alimentar (enteral ou parenteral). Dessa forma, são exemplos de necessidades alimentares especiais: erros inatos do metabolismo, doença celíaca, HIV/aids, intolerâncias alimentares, alergias alimentares, transtornos alimentares, prematuridade, nefropatias etc (BRASIL,2021).
 A Rede de Atenção à Saúde deve garantir assistência adequada aos indivíduos portadores de necessidades alimentares especiais, mas a atenção integral a esses indivíduos requer um conjunto de ações que não competem apenas ao SUS. Outros setores públicos, como a assistência social e a educação, e setores privados, especialmente o setor produtivo de alimentos e medicamentos, também têm grande responsabilidade nessa questão (BRASIL,2021).
3.5. Promoção da Saúde e da Alimentação Adequada – PAAS. 
A promoção da saúde consiste num conjunto de estratégias focadas na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e coletividades. Pode se materializar por meio de políticas, estratégias, ações e intervenções no meio com objetivo de atuar sobre os condicionantes e determinantes sociais de saúde, de forma intersetorial e com participação popular, favorecendo escolhas saudáveis por parte dos indivíduos e coletividades no território onde residem, estudam, trabalham, entre outros. As ações de promoção da saúde são potencializadas por meio da articulação dos diferentes setores da saúde, além da articulação com outros setores. Essas articulações promovem a efetividade e sustentabilidade das ações ao longo do tempo, melhorando as condições de saúde das populações e dos territórios (BRASIL, 2021).
A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) tem por objetivo apoiar Estados e municípios brasileiros no desenvolvimento da promoção e proteção à saúde da população, possibilitando um pleno potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania. Além disso, reflete a preocupação com a prevenção e com o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição como a prevenção das carências nutricionais específicas, desnutrição e contribui para a redução da prevalência do sobrepeso e obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, além de contemplar necessidades alimentares especiais tais como doença falciforme, hipertensão, diabetes, câncer, doença celíaca, entre outras (BRASIL, 2021).
A PAAS corresponde a uma das diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), insere-se como eixo estratégico da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), e tem como enfoque prioritário a realização de um direito humano básico, que proporcione a realização de práticas alimentares apropriadas dos pontos de vista biológico e sociocultural, bem como o uso sustentável do meio ambiente.
Considerando-se que o alimento tem funções que transcendem ao suprimento das necessidades biológicas, pois agrega significados culturais, comportamentais e afetivos singulares que não podem ser desprezados, a garantia de uma alimentação adequada e saudável deve contemplar o resgate de hábitos e práticas alimentares regionais que valorizem a produção e o consumo de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo, livre de contaminantes, bem como os padrões alimentares mais variados. Diferentes estratégias têm sido pensadas no sentido de estimular a autonomia dos indivíduos para a realização de escolhas e de favorecer a adoção de práticas alimentares (e de vida) saudáveis (BRASIL,2021).
A Unidade da Vila Santana os médicos e enfermeiros encaminham para os estagiários de nutricionista para ter uma Saúde e da Alimentação Adequada.
3.6 Programa Saúde na Escola (PSE)
O Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. As políticas de saúde e educação voltadas às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral. A intersetorialidade das redes públicas de saúde e de educação e das demais redes sociais para o desenvolvimento das ações do PSE implica mais do que ofertas de serviços num mesmo território, pois deve propiciar a sustentabilidade das ações a partir da conformação de redes de corresponsabilidade. A articulação entre Escola e Atenção Primária à Saúde é a base do Programa Saúde na Escola. O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras (BRASIL, 2021).
Os funcionários da Unidade Básica de Saúde da Vila Santana alegam que, no momento, por conta da pandemiae suporte da Prefeitura, ocorre uma dificuldade para realização do programa na unidade.
3.7 Programa Academia da Saúde
O programa Academia da Saúde, lançado em 2011, é uma estratégia de promoção da saúde e produção do cuidado que funciona com a implantação de espaços públicos conhecidos como polos do Programa Academia da Saúde. Esses polos são dotados de infraestrutura, equipamentos e profissionais qualificados. Como ponto de atenção no território, complementam o cuidado integral e fortalece as ações de promoção da saúde em articulação com outros programas e ações de saúde como a Estratégia Saúde da Família, os Núcleos Ampliados de Saúde da Família e a Vigilância em Saúde (BRASIL, 2021).
No momento, na Unidade Básica da Vila Santana, não existe este programa para o público, os funcionários relatam que seria muito bom para a prevenção e controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), apontando a atividade física e as práticas corporais como as principais ações de intervenção sobre os fatores de risco destas doenças.
 3.8 Vigilância Alimentar e Nutricional – VAN.
A avaliação contínua do perfil alimentar e nutricional da população e seus fatores determinantes compõe a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN). Recomenda-se que nos serviços de saúde seja realizada avaliação de consumo alimentar e antropometria de indivíduos de todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes) e que estas observações possam ser avaliadas de forma integrada com informações provenientes de outras fontes de informação, como pequisas, inquéritos e outros Sistemas de Informações em Saúde (SIS) (BRASIL, 2021). 
 Para exercer a Vigilância Alimentar e Nutricional ampliada é importante a adoção de diferentes estratégias de vigilância epidemiológica, como inquéritos populacionais, chamadas nutricionais, produção científica, com destaque para a VAN nos serviços de saúde. Estas estratégias juntas irão produzir um conjunto de indicadores de saúde e nutrição que deverão orientar a formulação de políticas públicas e também das ações locais de atenção nutricional (BRASIL, 2021)
3.9 Plano de Ações Estratégicas para o enfrentamento de DCNT no Brasil, para período de 2011 a 2022
O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022, define e prioriza as ações e os investimentos necessários para preparar o país para enfrentar e deter as DCNT nos próximos dez anos (BRASIL, 2011).
Para a consecução desse Plano, foram estabelecidas diretrizes que orientarão a definição ou redefinição dos instrumentos operacionais que o implementarão, como ações, estratégias, indicadores, metas, programas, projetos e atividades (BRASIL, 2011).
O objetivo do plano é promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas. O Plano visa a reduzir a morbidade, incapacidade e mortalidade causadas pelas DCNT, por meio de um conjunto de ações preventivas e promocionais de saúde, associadas à detecção precoce e ao tratamento oportuno e ao reordenamento dos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, a partir da Atenção Básica e da participação comunitária (BRASIL, 2011).
São abordados os quatro principais grupos de DCNT (circulatórias, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade). A abordagem integrada desses fatores de risco atuará nos quatro principais grupos de DCNT e trará benefícios para as demais DCNT (BRASIL, 2011).
A Unidade Básica de Saúde da Vila Santana possui os programas para o público Hipertenso e Diabético, oferecem orientações médicas onde são realizadas a reeducação alimentar falando da sua importância. 
4 CARACTERÍSTICAS DO BAIRRO E DA UBS
4.1 Indicadores de Saúde
Após algumas observações, é possível descrever que o bairro é situado na Zona Central do município de Sorocaba, possuindo uma boa estrutura comercial, contando com escolas, farmácias, supermercados, padarias, lanchonetes, postos de gasolina, igrejas, além de boa circulação de ônibus para condução. Possui pracinhas comunitárias. 
O atendimento da unidade se estende aos bairros vila Progresso, vila Carvalho, vila Santana, vila Santa Rita, vila Adélia e jardim Sorocabano, jardim Marco Antônio, jardim Santa Rosália e jardim Juliana. 
O atendimento na UBS é realizado com vários tipos de pacientes, abrangendo todos os ciclos da vida, desde recém-nascidos, crianças, gestantes, adolescentes, adultos e idosos, sendo a faixa etária predominante de 0 a 60 anos. Os motivos de maior procura são para dentistas, clinico geral, ginecologista e vacinação. 
O nível socioeconômico, segundo as informações coletadas, a maioria da população atendida é considerado classe média baixa uma população mais carente. As principais queixas e procuras são para clinico geral para encaminhamento com especialistas, gripes e resfriados e aferição de dextro e pressão arterial. 
4.2 Unidade Básica de Saúde
4.2.1 Estrutura e funcionamento
A UBS da Vila Santana está situada na rua: Dr. Deodoro Réis, 150 - Vila Santana, – Sorocaba/SP, telefone (15) 3234-5620, e atende a população de segunda a sexta-feira, das 7:00 às 17:00 horas. 
A estrutura física conta com: estacionamento, recepção, sala de medicação, sala de curativos(está reservada para pessoas suspeitas para covid), sala de retorno de consulta, sala de ginecologia, consultório odontológico, 2 salas de pediatria, 1 sala de reunião, sala de vacina,1 sala para pesagem, 2 salas de enfermagem, sala de esterilização, farmácia, copa, cozinha, sala de coordenação, sala de amamentação e fraldário, 2 banheiros para pacientes divididos entre masculinos e femininos e 2 banheiros para funcionários, sendo 1 masculino e 1 feminino.
4.2.2 Programas e grupos desenvolvidos na UBS
Hipertensos e Diabéticos
O Hiperdia um sistema de acompanhamento dos usuários onde os profissionais da saúde são responsáveis pelo cadastramento e os preenchimentos dos dados desses pacientes, permitindo monitorar e regular a distribuição de medicamentos contínuos, lançado pelo Ministério da saúde. Os profissionais da saúde realizam suas avaliações em conjunto, desenvolvendo ações necessárias com palestras, visitas domiciliares, consultas medicas e de enfermagem, o que favorece ao tratamento (BRASIL, 2021).
A unidade oferece o programa Hiperdia, voltado para o atendimento individual de pacientes portadores de Diabetes e Hipertensão. No atendimento o profissional de enfermagem afere a pressão arterial, níveis de glicemia, fornece orientações e, se necessário, faz encaminhamento para a especialidade. 
Programa Viva Leite
O Projeto Viva Leite é o maior programa de distribuição gratuita de leite pasteurizado do Brasil. Criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 1999, distribui anualmente 81 milhões de litros de leite enriquecido para crianças e idosos em situação de insegurança alimentar e vulnerabilidade social (BRASIL, 2016).
Cerca de 450 mil famílias recebem esse importante complemento alimentar, seguro e de alto valor nutritivo. Cada beneficiário recebe 15 litros de leite por mês, com teor de gordura mínimo de 3%, enriquecido com ferro e vitaminas A e D (BRASIL, 2016). Na Capital e Grande São Paulo, a distribuição é feita por meio de 1.786 entidades. No interior, são 2.034 pontos de entrega com cobertura total de 100% do Estado (BRASIL, 2016).
Participam do programa crianças de 6 meses a 5 anos e 11 meses. Na Capital, idosos acima de 60 anos também podem se cadastrar no projeto. A prioridade é que pertençam a famílias com renda mensal de até 1/4 de salário mínimo per capita (BRASIL, 2016).
 O programa da Unidade Básica de Saúde da Vila Santana é um projeto social onde são distribuídos leites pasteurizados, são atendidas em tornode 40 crianças entre 2 e 5 anos, que recebem em uma média de 15 litros de leite ao mês. 
O leite nestogeno é disponibilizado às mães nos dias 1 ao 10 de todo o mês, as crianças possuem idades de 0 meses a 1 ano, elas são encaminhadas pelo programa PAC. As medidas para o recebimento do leite devem ser as seguintes: ter condições financeiras comprovadamente inferiores ao piso estabelecido, fazer o cadastro, portar carta assinada pelo médico pediatra responsável que comprovem as necessidades presentes. Os profissionais envolvidos no projeto são: médicos pediatras e enfermeiros.
Saúde da mulher
A atenção clínico-ginecológica com ênfase na anticoncepção, no atendimento às mulheres vítimas de violência, às doenças sexualmente transmissíveis/aids e à saúde das adolescentes são importantes ações de saúde, tanto para a garantia do intervalo interpartal e para a prevenção de gravidez indesejada ou de alto risco, quanto para identificar fatores de risco ou diagnosticar e tratar doenças/problemas que podem com prometer a saúde da mulher e do recém-nato, ou até mesmo alterar a evolução normal de uma futura gestação. Não se deve esquecer a atenção à infertilidade, direito do cidadão ou casal e dever do Estado (BRASIL, 2014). 
Na UBS da Vila Santana acontecem ações de assistência ao pré-natal, incentivo ao parto normal, assistência no climatério e prevenção no câncer de mama e colo de útero.
Bolsa Família
O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa federal de transferência direta de renda à famílias em situação de pobreza (renda entre R$70,01 a R$140,00 por pessoa) ou de extrema pobreza (renda de até R$70,00 por pessoa), com a finalidade de promover seu acesso aos direitos sociais básicos e romper com o ciclo intergeracional da pobreza. O Programa é realizado por meio de auxílio financeiro vinculado ao cumprimento de compromissos na Saúde, Educação e Assistência Social – condicionalidades (BRASIL, 2012).
As famílias em situação de pobreza e extrema pobreza podem ter maior dificuldade de acesso e de frequência aos serviços de Saúde. Por este motivo, o objetivo das condicionalidades do Programa é garantir a oferta das ações básicas, e potencializar a melhoria da qualidade de vida das famílias e contribuir para a sua inclusão social, a agenda de saúde do PBF no SUS compreende a oferta de serviços para a realização do pré-natal pelas gestantes, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e imunização (BRASIL, 2012).
Assim, as famílias beneficiárias do PBF com mulheres com idade entre 14 e 44 anos e crianças menores de sete anos de idade deverão ser assistidas por uma equipe de saúde da família, por agentes comunitários de saúde ou por unidades básicas de saúde, que proverão os serviços necessários ao cumprimento das ações de responsabilidade da família (BRASIL, 2012).
Desde 2011, o Bolsa Família faz parte do Plano Brasil Sem Miséria, que reuniu diversas iniciativas para permitir que as famílias deixassem a extrema pobreza, com efetivo acesso a direitos básicos e a oportunidades de trabalho e de empreendedorismo (BRASIL, 2012).
O responsável técnico municipal do PBF na Secretaria de Saúde deve identificar a relação das famílias beneficiárias do seu município, as quais precisam ser acompanhadas pela saúde a cada vigência (janeiro a junho - 1ª vigência - e julho a dezembro - 2ª vigência). A identificação dessas famílias é realizada por meio do Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde no qual também se inserem as informações do acompanhamento e monitoram-se as ações e condicionalidades da Saúde (BRASIL, 2012). 
Conforme informação na UBS da Vila Santana, para o paciente receber o benefício Bolsa Família ele deve estar cadastrado no programa, estar dentro da renda mínima exigida, com a carteirinha de vacinação em dia, onde a unidade de saúde encaminha para o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS.
4.2.3 Profissionais e interação interdisciplinar 
A abordagem dos pacientes é feita sobre acolhimento através da enfermaria, e se houver necessidade de consulta com especialista, é realizado o encaminhamento. 
O quadro de funcionários da UBS é composto pelos seguintes profissionais:
	Área
	Quantidade
	COORDENAÇÃO 
	1
	AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO 
	4
	TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
	17
	ENFERMARIA 
	4
	AUXILIAR DE SAÚDE BUCAL
	1
	CIRURGIÃO DENTISTA
	1
	PEDIATRA
	2
	MÉDICO CLÍNICO
	4
	GINECOLOGISTA
	1
Fonte:UBS Vila Santana
4.2.4 Imunização
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um sucesso do Brasil reconhecido no mundo. São mais de 300 milhões de doses anuais distribuídas em vacinas, soros e imunoglobulinas, fatos que contribuíram, por exemplo, com a erradicação da varíola e da poliomielite, além da redução dos casos e mortes derivadas do sarampo, da rubéola, do tétano, da difteria e da coqueluche (BRASIL, 2021).
O PNI define os calendários de vacinação considerando a situação epidemiológica, o risco, a vulnerabilidade e as especificidades sociais, com orientações específicas para crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos e povos indígenas. E, para que o programa continue representando um sucesso na saúde pública, cada vez mais esforços devem ser despendidos. Todas as doenças prevenidas pelas vacinas que constam no calendário de vacinação, se não forem alvo de ações prioritárias, podem voltar a se tornar recorrentes (BRASIL, 2021).
O quadro mostra o calendário nacional de vacinação para o ano de 2021. 
Quadro 1: Calendário de vacinação
	Vacina
	Doença (prevenção)
	Idade
	Doses
	BCG 
HEPATITE B
	Formas graves de Tuberculose 
Hepatite B
	Ao nascer
	Dose única
1° dose
	VIP ( Vacina inativada de Poliomielite)
PENTA (DTO+Hib+HB)
Rotavírus 
Pneumocócica 10 valente 
	Poliomielite ou Paralisia Infantil
Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus Influenza tipo B e Hepatite B 
Diarreia por Rotavírus
Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelos pneumococos contidos na vacina 
	2 meses
	1° dose
	Meningocócica C
 
	Doença Meningocócica tipo C
	3 meses
	1° dose
	VIP ( Vacina inativada de Poliomielite)
PENTA (DTO+Hib+HB)
Rotavírus 
Pneumocócica 10 valente
	Poliomielite ou Paralisia Infantil
Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus Influenza tipo B e Hepatite B 
Diarreia por Rotavírus
Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelos pneumococos contidos na vacina 
	4 meses
	2° dose
	Meningocócica C
	Doença Meningocócica tipo C
	5 meses
	2° dose
	VIP ( Vacina inativada de Poliomielite)
PENTA (DTO+Hib+HB)
	Poliomielite ou Paralisia Infantil
Difteria, Tétano, Coqueluche, Haemophilus Influenza tipo B e Hepatite B 
	6 meses 
	3° dose
	Febre Amarela (somente os municípios com risco de transmissão da doença)
	Febre Amarela 
	9 meses
	Dose inicial
	Meningocócica C
Pneumocócica 10
SRC (Triplice Viral) 
	Doença Meningocócica tipo C
Pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelos pneumococos contidos na vacina
Sarampo, caxumba e Rubéola 
Varicela
	12 meses 
	Reforço
Reforço
1° dose
	VOP( Vacina Oral da Poliomielite)
DTP
Hepatite A (HA)
SCRC + Varicela
(Tetraviral)
	Poliomielite ou Paralisia Infantil
Difteria, Tétano e Coqueluche
Hepatite A
Sarampo, Caxumba e Rubéola 
Varicela 
	15 meses
	1° Reforço
1° Reforço 
Dose Única
SRC – Reforço e Varicela Dose Única
	VOP( Vacina Oral da Poliomielite)
Febre Amarela com Intervalo
DIP
Varicela
	Poliomielite ou Paralisia Infantil
Difteria, Tétano e Coqueluche
	4 anos a 6 anos 
	2° Reforço 
	HPV
	Papiloma vírus humano 
	9 anos(meninas)
11 a 14 anos (meninos)
	Duas doses com intervalo de 6 meses
	Influenza*
	Influenza ou gripe 
	6 meses a < 5 anos
	Anual
	ACWY
	Doença Meningocócica tipo C
	11 à 12 anos 
	Reforço ou DU
	Dt (dupla Adulto )
	Difteria e Tétano
	15 anos 
	Reforço a cada 10 anos
	Influenza*
dTp acelular
	Influenza ou Gripe ( em qualquer idade Gestacional) 
Difteria, Tétano e Coqueluche (a partir de 20° semana de gestação) ou no puerpério- 45 dias 
	Gestantes 
	Uma dose a cada gestação 
	Influenza*
	Influenza ou Gripe
	60 anos ou mais
	Anual
Fonte : Ministério da Saúde, 2021
*Disponíveltambém, no período do inverno, para puérperas, profissionais da saúde, portadores de doenças crônicas.
HPV
Mulheres: O esquema vacinal passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses (BRASIL, 2021).
Homens: No primeiro ano de introdução, a vacina HPV será disponibilizada para faixa etária de 12 a 13 anos de idade, considerando o intervalo de zero a seis meses (BRASIL, 2021). 
Meninos e homens vivendo com HIV/AIDS, entre 9 e 26 anos de idade deverão receber vacina, sendo o esquema de 3 doses 0, 2 e 6 meses (BRASIL, 2021).
Segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária do grupo de abrangência será ampliada gradativamente e, até 2020, irá abranger meninos de 9 até 13 anos de idade (BRASIL, 2021).
Campanha contra HPV
O papiloma vírus humano, conhecido como HPV, é um vírus que se instala na pele ou em mucosas. Sua ação pode provocar infecções e o câncer de colo do útero. Há mais de 100 diferentes tipos de HPV. Alguns tipos de HPV podem provocar câncer e outros podem causar verrugas genitais (BRASIL, 2021). 
A vacina HPV quadrivalente confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18, ou seja, abrange os dois principais tipos responsáveis pelo câncer de colo do útero. Com isso, a fim reforçar as atuais ações de prevenção do câncer de colo do útero, o Ministério da Saúde, com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, dá continuidade à estratégia de vacinação contra o HPV (BRASIL, 2021).
Essa vacina foi inclusa no Calendário Nacional de Vacinação do SUS em março de 2014, tendo como população-alvo as meninas de 11 a 13 anos de idade. Em 2015, a oferta da vacina foi ampliada para as meninas na faixa etária de 9 a 13 anos de idade (BRASIL, 2021). 
O Ministério da Saúde adotava o esquema vacinal estendido, composto por três doses (0, 6 e 60 meses), entretanto, para meninas de 9 a 13 anos, o esquema vacinal mudou para duas doses (0 e 6 meses). A mudança se deu com base em estudos que comprovaram a efetividade da imunização em duas doses em meninas nessa faixa etária. Para as demais faixas etárias devem ser aplicadas as três doses. A vacinação poderá ocorrer nas Unidades de Saúde do SUS e em parceria com as Secretarias de Saúde e Educação (BRASIL, 2021).
Febre Amarela
O vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias (doenças que atacam animais) desde 1999, com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença. Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades (BRASIL, 2021).
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Por isso, a recomendação ao identificar os sintomas é procurar uma unidade de saúde. Cerca de 20% a 50% das pessoas desenvolvem a forma grave da doença (BRASIL, 2021).
A campanha alerta que os grupos prioritários são aqueles que vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela no País, como: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, oeste da Bahia, além do noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que têm registros de casos (BRASIL, 2021).
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como pode haver queda na imunidade com o tempo de vacinação, o Ministério da Saúde definiu a manutenção de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo o esquema vacinal uma dose aos noves meses de idade com reforço aos quatro anos. Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses (BRASIL, 2021).
A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para esses grupos, levando em conta o risco de eventos adversos (BRASIL, 2021).
Meningite 
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causado por diversos agentes infecciosos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou também por processos não infecciosos. Meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos, e no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. A meningite no Brasil é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais, sendo mais comum a ocorrência das meningites bacterianas no inverno e das virais no verão (BRASIL, 2014).
Suas vacinas são especificas para cada agente etiológico diferente, as vacinas que estão disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são: (BRASIL, 2014).
a) Vacina Pentavalente: protege contra meningite e outras infecções causadas pelo H. influenza e tipo b. também confere proteção contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B (BRASIL, 2014).
b) Vacina BCG: protege contra as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea) (BRASIL, 2014).
c) Vacina meningocócica conjugada C: protege contra doença invasiva causada por N. meningitidis do sorogrupo C (BRASIL, 2014).
d) Vacina pneumocócica conjugada 10-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções causadas pelo S. pneumonia e dos sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F (BRASIL, 2014).
 As viagens e migrações internacionais podem facilitar a propagação intercontinental da doença meningocócica na medida em que os indivíduos podem ter exposição à sorogrupos de meningococos não encontrados em seus países. No mundo, as maiores incidências de doença meningocócica ocorrem em regiões semiáridas e subsaarianas da África em uma região conhecida como o "cinturão da meningite", que vai do Senegal, na parte oeste, até a Etiópia, no Leste (BRASIL, 2014).
Devido à transmissão ser respiratória, o risco de adquirir a doença também é aumentado em condições de superlotação e proximidade prolongada entre as pessoas. Na Arábia Saudita, por exemplo, os surtos de doença meningocócica em eventos religiosos levaram o governo a exigir que os peregrinos do Hajj e Umrah recebam uma dose da vacina meningocócica tetravalente – que protege contra os sorogrupos A, C, Y e W135 - pelo menos 10 dias antes de entrarem no país (BRASIL, 2014).
É de extrema importância que viajantes procurem orientação por profissionais especializados em saúde dos viajantes antes da viagem e verifiquem a necessidade de serem vacinados. Além disso, alguns cuidados com higiene podem ajudar na proteção contra as doenças, como: lavar sempre as mãos e não compartilhar objetos de uso pessoa (BRASIL, 2014).
Influenza H1N1
A estratégia de vacinação contra a influenza foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes na população alvo para a vacinação no Brasil (BRASIL, 2016).
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores oucondições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais) (BRASIL, 2016).
Em 2016, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, da Secretaria de Vigilância em Saúde, lança a 18ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, no período de 30 de abril a 20 de maio de 2016, sendo 30 de abril, o dia de mobilização nacional (BRASIL, 2016).
Nesta campanha, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, serão vacinadas as crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. O público alvo, portanto, representará aproximadamente 49,8 milhões de pessoas (BRASIL, 2016). 
4.2.5 Farmácia
A UBS da Vila Santana fornece medicamentos para o controle de hipertensão arterial e diabetes. Estes medicamentos só são fornecidos com a apresentação de receita médica.
Medicamentos para Hipertensos
Besilato Anlodipino
Indicado como fármaco de primeira linha no tratamento da hipertensão, podendo ser utilizado na maioria dos pacientes como agente único de controle da pressão anguínea. Pacientes que não são adequadamente controlados com um único agente anti-hipertensivo podem ser beneficiados com a adição de anlodipino, que tem sido utilizado em combinação com diuréticos tiazídicos, alfa-bloqueadores, agentes beta-bloqueadores adrenérgicos ou inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) (BRASIL, 2014).
Atenolol
Indicado para o controle da hipertensão arterial (pressão alta), controle da angina pectoris (dor no peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio. O atenolol age preferencialmente sobre os receptores localizados no coração e na circulação, reduzindo a pressão arterial, quando usado continuamente (BRASIL, 2014).
Metildopa
Metildopa é um medicamento que pertence a um grupo de fármacos chamado agentes simpatolíticos de ação central. Metildopa age diminuindo os impulsos do sistema nervoso central que aumentam a pressão arterial (BRASIL, 2014).
Furosemida
Furosemida é indicada nos casos de hipertensão arterial leve a moderada, edema (inchaço) devido a distúrbios do coração, do fígado e dos rins e edema (inchaço) devido a queimaduras. Furosemida comprimidos apresenta efeito diurético (promove a excreção da urina) e anti-hipertensivo (auxilia no tratamento da pressão alta) e o início da ação ocorre cerca de 60 minutos após a administração do produto (BRASIL, 2021).
Enalapril
Medicamento que pertence ao grupo de fármacos denominado inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA). Age dilatando os vasos sanguíneos para ajudar o coração a bombear sangue com mais facilidade para todas as partes do corpo. Essa ação ajuda a diminuir a pressão alta. Em muitos pacientes com insuficiência cardíaca, maleato de enalapril auxilia o coração a funcionar melhor (BRASIL, 2014).
Medicamentos para Diabéticos
Azukon/Gliclazida
A gliclazida reduz os níveis sanguíneos de açúcar (agente antidiabético oral da classe das sulfonilureias). A gliclazida é um hipoglicemiante oral para o tratamento de diabetes mellitus não insulinodependente, diabetes no obeso, diabetes no idoso e diabetes com complicações vasculares (BRASIL, 2021).
Glibenclamida
Glibenclamida é um produto que apresenta como princípio ativo a glibenclamida, antidiabético oral do grupo das sulfonilureias, com potente ação hipoglicemiante (diminuição de açúcar no sangue) e ótima tolerabilidade. Após dose única matinal, o efeito hipoglicemiante permanece detectável por aproximadamente 24 horas. O início da ação ocorre em aproximadamente em 1 hora a 90 minutos (BRASIL, 2015).
Este medicamento é destinado ao tratamento de diabetes mellitus não insulinodependente quando os níveis de glicose no sangue não podem ser controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso (BRASIL, 2015).
Metformina
Cloridrato de metformina é um medicamento antidiabético de uso oral, que associado a uma dieta apropriada, é utilizado para o tratamento do diabetes tipo 2, isoladamente ou em combinação com outros antiadiabéticos orais, como por exemplo aqueles da classe das sulfonilureias. Pode ser utilizado também para o tratamento do diabetes tipo 1 em complementação à insulinoterapia. Cloridrato de metformina também está indicado na Síndrome dos Ovários Policísticos, condição caracterizada por ciclos menstruais irregulares e frequentemente excesso de pelos e obesidade (BRASIL, 2013).
Cloridrato de metformina contém metformina, um medicamento para tratar o diabetes. A metformina pertence a um grupo de medicamentos denominados biguanidas. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que os tecidos do corpo absorvam a glicose (açúcar) do sangue e a usem para produzir energia ou armazená-la para uso posterior. Se você tem diabetes, o seu pâncreas não produz insulina suficiente ou o seu corpo não é capaz de utilizar adequadamente a insulina que produz. Isto leva a um nível elevado de glicose no sangue. Cloridrato de metformina ajuda a baixar o nível de glicose no sangue para um nível tão normal quanto possível. Em estudos clínicos, o uso de metformina foi associado à estabilização do peso corporal ou a uma modesta perda de peso (BRASIL, 2013).
5 ATIVIDADES PRÁTICAS 
5.1 Atendimento individual 
Os atendimentos individuais aos pacientes são realizados pelos estagiários de Nutrição dois dias na semana, com a supervisão de uma nutricionista supervisora.
Os pacientes atendidos são encaminhados pelos médicos, ou o agendamento de consulta é feito pelos próprios estagiários através de ligações. Organizamos uma lista da qual os estagiários organizam as próximas consultas, tendo como critério de agendamento a gravidade do caso e o tempo de espera, respectivamente. 
Na primeira consulta é realizado o preenchimento da ficha de avaliação específica para cada ciclo da vida (crianças, adolescente, adultos, gestantes ou idosos) onde é feito a identificação do paciente, questionário de perguntas pessoais e socioeconômicos, recordatório de 24 horas, anotação de valores de exames caso exista no prontuário e avaliação antropométrica (peso, altura). Em seguida é feito o IMC atual e estabelecida uma meta para cada paciente com base no IMC ideal. Logo após é elaborado o plano alimentar do paciente em conformidade com suas necessidades, patologias e condições socioeconômicas.
No final do teleatendimento o paciente leva juntamente com o plano alimentar, algumas recomendações específicas para sua patologia e uma lista de substituição. Durante o atendimento é explicado ao paciente como usar a lista de substituição. Em seguida é agendado o retorno, que geralmente após 2 semanas. 
No retorno é realizado o recordatório de 24 horas, algumas perguntas sobre o decorrer da semana com plano alimentar, se teve ou está com dificuldades para seguir o plano alimentar proposto e se precisa de adaptações com o objetivo de acompanhar a evolução do paciente.
Após cada consulta e retorno é anotado nos prontuários de cada paciente todas as orientações recomendadas, uma cópia do plano alimentar proposto, dados antropométricos, principais queixa e dificuldades em atingir o proposto.
5.2 Atendimento em grupo
Durante o projeto foi possível compartilhar conhecimentos sobre o aproveitamento integral dos alimentos, frutas da época e a receita do bolo com a casca de laranja de forma eficiente, além de quebrar preconceitos que as

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