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■ Aumentada (9) HSC 72 Aumentada (4) HSC 60 Malformações congênitas Aumentada (4) HC 70 Aumentada (6) HC 72 Morte fetal Aumentada (4) HC 70 Aumentada (12) HC 69 Aumentada (3) HC 72 Aumentada (8) HC 54 Morte perinatal Aumentada (9) HC 74 Aumentada (3) HC 54 Admissão na UTI Aumentada (4) HSC 60 Os percentuais enumerados correspondem aos dos trabalhos citados nas referências. Ref.: referência; HC: hipotireoidismo clínico; HSC: hipotireoidismo subclínico. Tratamento Quando o hipotireoidismo é diagnosticado durante a gravidez, os testes de função tireoidiana (TFT) devem ser normalizados o mais breve possível, pois, conforme já comentado, o hipotireoidismo não tratado ou inadequadamente tratado pode levar a complicações maternofetais. O tratamento de escolha é a levotiroxina (L-T4), e a dose administrada pode ser calculada levando- se em conta que deve exceder em 25 a 50% da dose estimada para não grávidas. Temos recomendado o seguinte esquema de doses: 1,20 μg/kg/dia para HSC com TSH ≤ 4,2 mUI/ℓ; 1,42 μg/kg/dia para HSC com TSH > 4,2 a 10 mUI/ℓ e 2,33 μg/kg/dia para HC. Com essa conduta, observamos que o eutireoidismo foi rapidamente alcançado e somente 11% dos casos de HSC e 23% das gestantes com HC necessitaram ajustes de dose ao longo da gravidez.78 As razões dos maiores requerimentos de L-T4 devem-se a: (1) rápido aumento dos níveis de TBG pela concentração elevada de estrógenos; (2) deiodinação placentária de T4; (3) maior volume de distribuição dos hormônios tireoidianos (vascular, hepático, unidade fetoplacentária); e (4) estímulo exercido pela hCG sobre a glândula.79 A eficácia do tratamento foi provada não somente no HC, mas também no HSC, especialmente no que diz respeito à redução do número de abortamentos e partos prematuros.72,80 A maioria das mulheres (50 a 80%) que tomam L-T4 desde antes da concepção precisam aumentar a dose durante a gravidez.72,79,81,82 A necessidade de ajuste de dose pode ocorrer precocemente, entre a 4a e a 6a semana, sendo maior o incremento em pacientes com ablação da tireoide ou atireose do que naquelas com tireoidite de Hashimoto, que mantêm tecido residual.81 Uma alternativa para tentar evitar o aumento TSH e o consequente ajuste da dose na sua primeira visita durante a gestação seria a utilização de uma dose pré-gravidez (pré-G) que garantisse níveis baixos de TSH. As diretrizes recomendam como ideais níveis pré-G de TSH < 2,5 mUI/ℓ,10 embora, em uma publicação recente, demonstramos que, com níveis pré-G de TSH < 1,2 mUI/ℓ, a necessidade de incremento da dose de L-T4 atingiria apenas 17,24% das pacientes.83 Outros autores recomendam aumentar a dose em cerca de 30% tão logo a gravidez seja confirmada.82 Seja qual for a estratégia, acreditamos que é de grande importância contar com um laboratório que possibilite a dosagem de T4 livre e TSH de resolução urgente na primeira consulta durante a gravidez, para poder saber rapidamente se é necessário aumentar a dose de L-T4. A ingestão de suplementos de ferro, cálcio, vitaminas e fibras, muitas vezes indicadas durante a gravidez, deve ser espaçada em pelo menos 4 horas da tomada de L-T4. Os TFT devem ser repetidos 1 mês após o início do tratamento ou a modificação da dose e, uma vez normalizados os valores de acordo com o trimestre, serão repetidos a cada 6 a 8 semanas. Após o parto, a maioria das pacientes deve reduzir a dose de L-T4 (na nossa experiência, em 69%) precocemente (2 a 4 semanas) até alcançar doses semelhantes às da pré-concepção. Deve-se também levar em conta que as mulheres com ATPO positivos podem apresentar tireoidite pós-parto e justificar diferenças entre os requerimentos de L-T4 pré-concepção e pós-parto.84 Portanto, é importante continuar a monitorar os níveis hormonais até, pelo menos, 6 meses após o parto. Comentários e recomendações Deve-se evitar o hipotireoidismo materno em função de efeitos adversos na mãe e no feto file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib78 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib79 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib72 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib80 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib72 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib79 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib81 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib82 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib81 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib10 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib83 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib82 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(185).html#bib84 Endocrinologia Clinica - Vilar 6 edicao