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A MGMT (O6-metilguanina-DNA-metiltransferase) é uma enzima de reparo do DNA que, de certa forma, se contrapõe ou antagoniza os danos celulares induzidos pela temozolomida.66 Por isso, tumores com imunoexpressão da MGMT baixa ou intermediária tendem a responder mais favoravelmente; contudo, aqueles com alta imunoexpressão da MGMT podem, eventualmente, também ser responsivos.66–68 Entre 8 casos de SN, a coloração à imuno-histoquímica para a MGMT se mostrou ausente em 5 tumores, discreta (< 10 %) em 2 e moderada (< 25%) no tumor restante.69 Esses dados sugerem que a temozolomida poderia ser um fármaco muito útil no tratamento de tumores agressivos na SN, mas a experiência publicada se restringe a poucos casos.2 Moyes et al.70 relataram que, em um paciente com SN, a combinação da terapia com um agonista dopaminérgico e temozolomida resultou em marcante redução nos níveis de ACTH (de 2.472 para 389 pg/mℓ) e na massa tumoral.70 Prognóstico Na primeira série publicada de pacientes com síndrome de Nelson, a mortalidade foi de 12%.13 Nas séries subsequentes, as taxas de mortalidade foram muito mais baixas, chegando a zero em dois estudos,10,71 provavelmente em virtude do diagnóstico precoce e da melhora no tratamento. Na Figura 43.2, consta um fluxograma prático para rastreamento e tratamento da SN. Figura 43.2 Fluxograma para resumir o rastreamento e o tratamento da síndrome de Nelson (SN). (TBA: adrenalectomia bilateral total; DC: doença de Cushing; RM: ressonância magnética; GC: glicocorticoide; RxT: radioterapia; TU: tumor.) (Adaptada de Barber et al., 2010.)2 Resumo Síndrome de Nelson (SN) é uma condição raramente encontrada na prática clínica, mas, devido ao potencial de morbidade e mortalidade, o diagnóstico e o tratamento precoces são importantes. Classicamente, ela se caracteriza pelo crescimento do tumor corticotrófico, associado a marcantes hiperpigmentação e elevação do ACTH, mas tais características não ocorrem em todos os casos. O manejo dos pacientes deve envolver equipes multiprofissionais, incluindo endocrinologistas, radiologistas, cirurgiões e oncologistas hipofisários. Radioterapia hipofisária profilática deve ser file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib66 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib66 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib68 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib69 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib70 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib70 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib13 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib10 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib71 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Text/chapter43.html#ch43fig2 file:///C|/Users/AnaMilk/Desktop/Vilar/Endocrinologia%20Cl%EDnica,%20Sexta%20edi%E7%E3o%20(203).html#bib2 Endocrinologia Clinica - Vilar 6 edicao