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Endocrinologia Clinica - Vilar 6 edicao_Parte1073

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digestão e na absorção dos carboidratos complexos pelo intestino delgado, postergando-se, assim, a passagem da glicose para o
sangue. Desse modo, a acarbose é mais eficiente em reduzir a glicemia pós-prandial.36,110,111
Posologia
 Acarbose. Inicia-se com meio comprimido de 50 mg, juntamente com a primeira porção de alimentos das refeições principais,
dobrando-se a dose após 4 a 8 semanas. Essa dose deve ser individualizada para cada paciente, variando de 25 a 100 mg 3
vezes/dia.36,111 No entanto, doses > 150 mg/dia trazem poucos benefícios adicionais aos pacientes e aumentam consideravelmente os
efeitos colaterais.110,111
Indicações e eficácia
O emprego da acarbose tem como principais limitações seu modesto efeito redutor da glicemia e HbA1c, bem como seus efeitos
colaterais gastrintestinais.110,111 O surgimento dos inibidores da DPP-4, medicamentos muito mais eficazes e mais bem tolerados, fez
com que a acarbose tivesse pouca utilidade no tratamento do DM2.13,37
Outras indicações para o uso da acarbose
Uma potencial indicação da acarbose são os pacientes com IGT. Nessa população, conforme demonstrado no estudo STOP-
NIDDM,112 o fármaco (na dose de 100 mg, 3 vezes/dia) revelou-se significativamente mais eficaz que o placebo na prevenção do
DM2, de eventos cardiovasculares e hipertensão. Outras potenciais indicações são o tratamento da hipoglicemia reativa idiopática113
ou da síndrome de dumping pós-gastrectomia.114
Efeitos colaterais
Efeitos gastrintestinais (dor abdominal, diarreia e, sobretudo, flatulência) são uma grande limitação do uso da acarbose (até 50%
dos pacientes suspendem o tratamento por causa deles). Ocorrem devido à passagem dos carboidratos não digeridos para o cólon, no
qual vão ser metabolizados por bactérias locais, com produção de gás metano. A flatulência, que ocorre em até 60% dos pacientes,
diminui após 1 a 2 meses de uso, mas tende a persistir por vários meses. Raramente, ocorre íleo paralítico, reversível após a suspensão
da substância. Em geral, a acarbose não modifica o peso corporal, mas, em alguns estudos, relatou-se uma perda média de 0,8 a 1,4
kg. A exemplo da metformina e das glitazonas, a acarbose apenas excepcionalmente causa hipoglicemia. Essa última, contudo, pode
surgir em pacientes em uso associado de sulfonilureias ou, principalmente, insulina. Nessa eventualidade, a hipoglicemia deve ser
tratada não com sacarose, mas com glicose, cuja absorção intestinal não é modificada pela acarbose.32,112–114
Inibidores do cotransportador 2 de sódio e glicose
Tipos
Também chamados gliflozinas, representam a mais nova classe de antidiabéticos orais. Atualmente, há 3 fármacos comercializados
em nosso país: dapagliflozina, canagliflozina e empagliflozina, todos administrados em dose oral única diária (Quadro 60.6). Vários
outros compostos vêm sendo avaliados em estudos de fase 2 e fase 3.20,115–117
Quadro 60.6 Inibidores do SGLT-2.
Canagliflozina (Invokana®) Dapagliflozina (Forxiga®) Empagliflozina (Jardiance®)
Apresentação Comp. 100 e 300 mg 5 e 10 mg 10 e 25 mg
Dose inicial 100 mg em jejum 5 mg antes ou depois do
desjejum
10 mg antes ou depois do
desjejum
Dose máxima 300 mg em jejum 10 mg antes ou depois do
desjejum
25 mg antes ou depois do
desjejum
Precauções Checar função renal antes de
iniciar tratamento
Não iniciar se TFG < 45
mℓ/min/1,73 m2
Descontinuar se TFG cair
abaixo de 45 mℓ/min/1,73 m2
Não progredir dose se TFG <
60 ml/min/1,73 m2
Checar função renal antes de
iniciar tratamento
Não iniciar se TFG < 60
mℓ/min/1,73 m2
Descontinuar se TFG cair
abaixo de 60 mℓ/min/1,73 m2
Checar função renal antes de
iniciar tratamento
Não iniciar se TFG < 45
mℓ/min/1,73 m2
Descontinuar se TFG cair
abaixo de 45 mℓ/min/1,73 m2
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