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ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM Anotações ou registros de enfermagem são definidos como o registro realizado pelo pessoal de enfermagem no prontuário do paciente, relativo às condições do paciente, à execução dos cuidados planejados ou à justificativa da sua não-execução e as reações do paciente. (SIMÕES, 1980). “Anotações de Enfermagem são registros feitos pela equipe de enfermagem no prontuário do cliente e devem abranger as condições bio-psico-sócio-espirituais, todos os fatos ocorridos e da assistência prestada, permitindo dar condições para a continuidade dos cuidados”. (COREN-SP, 2001). ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM A anotação de enfermagem, pode ser realizada por toda equipe de enfermagem, e deve ser realizada logo após a execução da assistência ou observação do estado geral do cliente; sem nenhuma avaliação, análise ou interpretação dos dados. DECISÃO COREN-SP-DIR/001/2000 : Art. 1º - O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com letra legível e sem rasuras; Art. 2º - Após o registro, deve constar a identificação do autor; constando nome, COREN, e carimbo; Art. 3º - O registro deve constar em impresso devidamente identificado, com dados do cliente ou paciente, e completado com data e hora; Art. 4º - O registro deve conter subsídios para permitir a continuidade do planejamento dos cuidados de enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe multiprofissional; Art. 5º - O registro deve permitir e favorecer elementos administrativos e clínicos para a auditoria em enfermagem; Art. 6º - O registro deve fazer parte do prontuário do cliente e servir de fonte de dados para processo administrativo, legal, de ensino e pesquisa. Os registro de enfermagem a respeito dos fatos ou ocorrências de interesse probatório para defesa, precisam estar datados e assinados. O conteúdo dessas anotações sobre o fato a ser verificado, deve ser correto, completo e objetivo, a fim de que sirva realmente para defesa legal. A ausência de anotações sem os requisitos mencionados, poderá provar a falta ou má qualidade da assistência de enfermagem prestada. Gráficos: Folha de controle de SSVV Sinais gráficos: Checar (/) e circular (О) sobre o horário nas prescrições de enfermagem e médicas Descritiva: Numérica –Valores de parâmetros mensuráveis (Controles, Ganhos e Perdas); Narração Escrita – Registro da forma narrativa daquilo que foi realizado, observado e/ou informado pelo paciente ou familiar. TIPOS DE ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM (Gonçalves, 2001) RECOMENDAÇÕES PARA AS ANOTAÇÕES * Recomenda-se, no mínimo, uma narrativa escrita por plantão * Não deixar espaços em branco. Não usar corretor de texto. Passar um traço entre o final da anotação e a rubrica. Não pular linhas para outra anotação. * Não rasurar (“digo”,.... “Sem Efeito”) * Apenas usar abreviaturas padronizadas PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA É a terceira etapa do processo de enfermagem e constitui numa atividade privativa do enfermeiro; É o planejamento da assistência que consiste em estabelecer prioridades frente aos diagnósticos identificados, fixar os resultados esperados, determinar as intervenções de enfermagem e garantir o registro adequado ao plano de cuidados; Determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico de enfermagem estabelecido. PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA Finalidades: Promover a comunicação entre os cuidadores; Direcionar o cuidado e a documentação; Gerar registros que poderão ser utilizados posteriormente para avaliação, pesquisa e questões legais; Proporcionar documentação das necessidades de cuidados de saúde para o reembolso das seguradoras. PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA Determinação dos resultados esperados (metas/objetivos específicos) e identificação das intervenções para alcançar os resultados: Determinação das prioridades imediatas: quais problemas necessitam de atenção imediata? Quais podem esperar? Estabelecimento de resultados esperados (metas). O que é esperado que o paciente/cliente atinja e em quanto tempo? Para cada diagnóstico de enfermagem, deve haver um resultado esperado. Para alcançar cada resultado o enfermeiro deverá definir as intervenções e/ou prescrever os cuidados; PLANEJAMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS Determinam o que você espera da assistência prestada ao paciente, com ênfase na melhora ou benefício que ele recebeu com o cuidado de enfermagem, e significam o que esperamos observar no cliente que demonstre os benefícios esperados do cuidado de enfermagem e o prazo para alcançarmos os resultados. Componente essencial na fase de planejamento Ao avaliar o alcance dos resultados o enfermeiro poderá definir posteriormente se o diagnóstico de enfermagem foi minimizado ou solucionado, ou seja, se as prescrições de enfermagem foram eficazes. RESULTADOS ESPERADOS OU PLANO ASSISTENCIAL Princípios dos resultados esperados: Resultados centralizados no cliente ou alguém responsável por ele. Ex.: paciente manterá pele livre de lesões; Voltado para o DE. Ex.: Risco de integridade da pele prejudicada; Clareza; Possibilidade de mensuração (utilizar verbos que possam ser ouvidos e vistos). Ex.: prevenir, controlar; Prazo determinado para a sua obtenção. Ex: até a alta, de forma contínua, com data; Que sejam atingíveis (tempo suficiente, se o paciente concorda); Podem ser determinados a curto ou longo prazo. RESULTADOS ESPERADOS OU PLANO ASSISTENCIAL EXEMPLO DIAGNÓSTICO Interação social prejudicada caracterizado por desconforto em situações sociais relacionado a isolamento terapêutico (doença infecto contagiosa) RESULTADO ESPERADO Melhora da interação social do paciente com seus familiares em até 5 dias INTERVENÇÕES Orientação ao paciente e familiares sobre doença e suas formas de transmissão. Orientação dos familiares quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM 5ª etapa do Processo de Enfermagem; Define a efetividade da assistência; Determina se os resultados desejados foram atingidos, se as intervenções foram efetivas e se são necessárias modificações, então modifica ou conclui o plano conforme indicado. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM RACIOCÍNIO CRÍTICO: respostas dos pacientes e o alcance dos resultados esperados Avaliação positiva: quando os resultados esperados são encontrados e demonstram que as intervenções foram efetivas; Melhorado: apreender as melhores estratégias Avaliação negativa: sinalizam que as intervenções não foram efetivas para minimizar ou resolver ou resolver o problema real ou evitar o risco de um problema. Piorado ou inalterado: onde ocorreu a falha? EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Atividade exclusiva do enfermeiro; O enfermeiro necessita conhecer os parâmetros de normalidade e comparar com os parâmetros atuais do paciente; Da evolução poderá advir alterações no diagnóstico de enfermagem, no plano assistencial e na prescrição de enfermagem Permite controlar a qualidade e quantidade do atendimento de enfermagem EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Cuidados na execução: Deve ser precedida de data e horário; Deve ser realizada diariamente (a cada 24 horas) e refeita em parte ou totalmente na vigência de alterações no estado do paciente; É necessária a entrevista e exame físico (dados subjetivos e objetivos); Consultar informações complementares; Finalizada com assinatura e COREN ITENS A CONSTAR DA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Dias de internação ou tempo de permanência Diagnóstico médico Dia de pós-operatório e cirurgia realizada Permanência de acompanhante ou visitas Exame físico (condições físicas e emocionais) Resultado dos cuidados prescritos Problemas novos identificados ou a serem abordados ITENS A CONSTAR DA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Alimentação e eliminação Sono e repouso Sinais vitais e oscilação das 24 horas Condiçãoe tempo de permanência de sondas, drenos e cateteres Resultados de exames laboratoriais Orientações fornecidas EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Cuidados na execução: A evolução de alta deve conter o registro das condições gerais do paciente na hora da alta e as orientações fornecidas; A evolução de transferência: dados das condições gerais do paciente na hora da transferência. A unidade que receber deverá acrescentar dados diferentes e os parâmetros mensurados na admissão. EXEMPLIFICANDO... 16.05.2011 às 8hs S.U., 56anos, no segundo dia de internação, com diagnóstico X. Permanece letárgico com períodos de confusão, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Evoluindo com pele desidratada, mucosas descoradas, escleras ictéricas, hematoma periorbital a esquerda. Cianose perilabial, língua saborrosa, gengivas com pontos de necrose em espaços interdentais. Linfonodos retroauriculares e submentoniano palpáveis e dolorosos. Taquipnéico com FR de 28rpm, tosse produtiva ineficaz, expansibilidade pulmonar assimétrica, D>E, murmúrio vesicular presente bilateralmente, diminuído em bases pulmonares com crepitações grossas em ápice E. Normocárdico, normotenso, ictus cordis palpável em 5ºEIC na linha hemiclavicular e bulhas rítmicas normofonéticas em 2 tempos sem sopros (BRNF, 2T, S/S). Mantendo jejum. Abdome escavado, ruídos hidroaéreos hipoativos (RHA), maciço à percussão, ausência de hepatoesplenomegalias, referindo dor à palpação em região epigástrica. Constipação há 3 dias. Micção espontânea, concentrada e em oligúria com 400 ml/24h. Hipertonia em MMSS e MMII, hipotrofia difusa, edema em tornozelo D com sinal de Godet + em tornozelo D. Pés em genum valgo. Enfa xxxxxx, Coren yyyyy
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