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AULA 5 GESTAO ESTRATEGICA DA INOVACAO

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AULA 5 
GESTÃO ESTRATÉGICA 
DA INOVAÇÃO 
TEMA 1 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
O termo inovação tecnológica diz respeito à utilização de produtos, 
processos e serviços baseados em novas tecnologias. Como vimos 
anteriormente, inovação é o resultado da integração entre conhecimento 
e uma boa gestão, com a utilização de novos métodos e tecnologias. 
Quando tratamos de inovação tecnológicas, devemos compreender que 
inclui produtos novos ou melhorados. 
Assim, inovação tecnológica é a maneira pela qual uma organização 
introduz no mercado um produto realmente inovador, fabricado com a 
utilização de novas técnicas e matérias-primas diferenciadas, ou que 
ainda não têm sido utilizadas com maior frequência por empresas 
concorrentes. 
Para se alcançar a inovação tecnológica, uma empresa precisa 
compreender, antes de tudo, que se trata de um processo complexo e 
sistemático, por meio do qual precisa seguir um número, às vezes, 
bastante grande de etapas, para se chegar ao resultado esperado. 
Assim, é necessário, dentro dessas fases, a utilização de elementos 
interativos entre a empresa e aquilo que ela quer entregar. Essa 
interação se dá por meio de parcerias, dos mais diversos tipos, que 
servirão como fonte de conhecimento. Vale ressaltar que essa interação 
pode ocorrer dentro da própria empresa, e seus diversos setores, como 
os atores no ambiente externo à organização. 
Vale ressaltar que a inovação deve partir da combinação das necessidades sociais e 
das demandas do mercado pelos meios científicos e tecnológicos. Apesar de 
considerarem a pesquisa e o desenvolvimento imprescindíveis para impulsionar as 
inovações, os autores não os considera exclusivos. Além disso, eles ressaltam a 
importância de se incluir atividades científicas, tecnológicas, produtivas, financeiras e 
comerciais no processo inovativo. (Tomael; Alcará; Di Chiara, 2005, p. 33) 
TEMA 2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E AVANÇO 
CIENTÍFICO 
Para entendermos as relações entre a inovação tecnológica e o avanço 
científico, é necessário entender com clareza o que é tecnologia. 
Tecnologia é um conjunto dos processos especiais relativos a uma 
determinada arte ou indústria, com a aplicação de conhecimentos 
científicos à produção em geral. 
Podemos compreender s tecnologia como uma maneira de produção, a 
qual utiliza de instrumentos inovadoras na sua concepção. Assim, 
inovação 
2 
tecnológica pode ser a invenção ou melhoria de processos ou produtos 
que melhoram os métodos produtivos, gerando, assim, qualidade naquilo 
que se produz. 
Nesse processo de adoção de novas tecnologias no processo de 
produção, o avanço científico é inevitável, dando suporte para novos 
conhecimentos, bem como para o avanço de novas tecnologias nas mais 
diversas áreas. 
Alguns economistas defendem que a inovação seria a aplicação de 
conhecimentos oriundos de pesquisa e desenvolvimento. Dessa forma, a 
tecnologia é resultado da ciência aplicada, ou seja, da maneira como o 
conhecimento foi colocado em prática, e com resultados positivos na sua 
utilização. 
Além disso, há estudiosos que consideram os conhecimentos resultantes 
de pesquisa e desenvolvimento como bens públicos, devendo ser 
disponibilizados para todos. Nesse caso, o conhecimento não deveria ser 
apropriado por meio de patentes ou direitos autorais. 
A falácia de que “a ciência produz mais tecnologia, que gera mais riqueza 
e, consequentemente, mais bem-estar social”, tem sido substituída pela 
conscientização de que as inovações tecnológicas e o desenvolvimento 
científico também apresentam consequências socioambientais 
desfavoráveis. Dessa maneira, é evidente a relação entre a inovação 
tecnológica, os avanços científicos e o processo de globalização, 
sobretudo a partir da década de 1980. 
Considerando esse contexto, podemos apontar cinco problemas-chave 
para o universo da ciência e da tecnologia: 
• �  A apropriação do conhecimento, por meio dos direitos 
autorais e de propriedade intelectual, retido, geralmente, pelos 
países desenvolvidos. 
• �  A modificação do papel do Estado na produção do 
conhecimento. A 
formulação, pelo Estado, de uma política de inovação, tem se 
fundamentado mais e mais na socialização dos custos e na 
privatização dos benefícios, sem a devida definição de propriedade. 
• �  O direcionamento da pesquisa científica para áreas que 
beneficia uma minoria, em detrimento de áreas com propriedade 
civilizatória. 
• �  A mercantilização da ciência, ao ser direcionada para os 
negócios, minimiza o papel da educação superior, da pesquisa e do 
conhecimento. 
• �  A dinâmica de programação da obsolescência dos 
produtos, com o oferecimento de produtos de ciclos encurtado, 
alimenta a cultura do 
3 
consumo e culmina na diminuição dos parcos recursos naturais e no 
aumento do impacto no meio ambiente. 
Como um caminho alternativo, o desenvolvimento científico e tecnológico 
deverá ser menos excludente; é necessário levar em conta os problemas 
reais da população, os riscos técnico-produtivos e a mudança social. 
Para tanto, é necessário ter uma visão interativa e contextualizada das 
relações entre ciência, tecnologia, inovação e sociedade – e, muito 
especialmente, das políticas públicas mais adequadas para se questionar 
as oportunidades e os perigos envolvidos em uma mudança técnica. Ou 
seja, a questão não é tanto se a ciência é boa ou não, mas sim se pode 
melhorar e como. 
No âmbito empresarial, destaca-se que o desenvolvimento científico e 
tecnológico só interessa as empresas se for para gerar lucro; ou seja, a 
prioridade é econômica. Alguns autores fazem o seguinte 
questionamento: Será que a inovação tecnológica precisa ser um mal, 
para ser lucrativa? É possível suavizar a sua interferência tomando 
alguns cuidados, observando a diversidade dos aspectos envolvidos, 
ampliando o campo de visão de todos os seres humanos, ou ainda, 
assumindo que o desenvolvimento das inovações tecnológicas deve 
ocorrer de maneira consciente e responsável. 
Por outro lado, a relação entre ciência e tecnologia provocou, a partir do 
século XX, mudanças radicais nas instituições e nas suas relações com 
as pessoas envolvidas nos processos. A ideia do cientista isolado, do 
gênio, não tem mais lugar; a maioria das empresas passa a procurar, 
para seus laboratórios, cientistas oriundos de universidades, e que 
trabalhem de forma associada. Assim, é fundamental reconhecer que 
uma boa parte do conhecimento incorporado no processo de inovação é 
tácito e, portanto, se configura em pessoas e instituições. 
TEMA 3 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E 
SUSTENTABILIDADE 
O desenvolvimento sustentável tornou-se popular a partir da Conferência 
nas Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada 
no Rio de Janeiro em 1992. No entanto, essa preocupação surgiu muito 
antes, na década de 1970, embora alguns estudiosos americanos e 
europeus defendam que a luta pelo desenvolvimento sustentável tenha 
começado naquela década. Desde a instauração da sociedade industrial, 
surgiram reações de grupos em defesa ao meio ambiente e movimentos 
sociais que, mesmo marginalizados, alertavam para 
4 
a destruição provocada pelas indústrias. Para exemplificar, podemos citar 
o seringueiro Chico Mendes, que, mesmo em um momento político 
desfavorável, marcado pelo regime ditatorial, lutou por uma proposta de 
cunho socioambiental. 
Mesmo assim, as definições de desenvolvimento sustentável ou de 
sustentabilidade ainda são muito vagas. O conceito de desenvolvimento 
sustentável surgiu não só como uma noção fadada a produzir consenso, 
mas também como enigma a ser criticado pela sua vagueza, imprecisão 
e caráter contraditório. 
O próprio conceito oficial, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), é criticado. O desenvolvimento 
sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem 
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas 
próprias necessidades. 
Podemos aprofundar essa discussão e conceituarsustentabilidade em 
relação ao meio ambiente e aos fatores sociais. A expressão 
sustentabilidade ambiental refere-se às condições sistêmicas a partir das 
quais as atividades humanas, em escala mundial ou em escala local, não 
perturbam os ciclos naturais além dos limites de resiliência dos 
ecossistemas nos quais são baseados; ao mesmo tempo, não 
empobrecem o capital natural que será herdado pelas gerações futuras. 
Os dois aspectos fundamentais da sustentabilidade ambiental são, 
portanto, a resiliência e o capital natural. A resiliência de um ecossistema 
consiste na sua capacidade de tolerar uma atividade que o perturba sem 
perder irreversivelmente seu equilíbrio. Já o capital natural define os 
recursos não renováveis, os quais, conjuntamente com a capacidade 
sistêmica do ambiente de reproduzir recursos renováveis, devem ser 
levados em conta como um todo. 
A sustentabilidade social diz respeito a condições sistêmicas por meio 
das quais, em nível mundial ou regional, as ações da sociedade não 
contrariam os valores da justiça e da responsabilidade pelo futuro, tendo 
como base a distribuição atual e a disponibilidade futura do espaço 
ambiental. 
Por espaço ambiental, compreende-se a extensão territorial necessária 
para manter um sistema nesse mesmo espaço de uma forma 
sustentável, ou seja, indica quanto ambiente uma pessoa, cidade, ou 
nação deve dispor para viver, produzir e consumir, sem desencadear 
fenômenos irreversíveis de deterioração. 
As questões emergentes quanto à sustentabilidade, discutidas 
sinteticamente nos parágrafos anteriores, alardeadas pela mídia e por 
5 
organizações intergovernamentais (Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente – PNUMA; Programa das Nações Unidas para o 
Desenvolvimento – PNUD, o Banco Mundial, o FMI, ONGs, entre outros), 
institucionalizaram o desenvolvimento sustentável, especialmente nas 
empresas, com um velocidade sem precedentes. 
Transformar uma organização inovadora em sustentável ou vice-versa 
pode ser um grande desafio, posto que inovação e sustentabilidade nem 
sempre andam juntas. Diante disso, compreende-se que uma 
organização inovadora sustentável não é a que introduz novidades de 
qualquer tipo, mas sim novidades que atendam às múltiplas dimensões 
da sustentabilidade em bases sistemáticas, de modo a colher resultados 
positivos para ela, para a sociedade e para o meio ambiente. 
Nesse sentido, a organização é inovadora e sustentável quando se 
preocupa com as seguintes dimensões da sustentabilidade: 
� Social: referente aos impactos sociais (desemprego, pobreza, 
exclusão etc.); 
� Ambiental: engloba os impactos ambientais (emissão de poluentes, 
uso indiscriminado de recursos naturais etc.); 
� Econômica: diz respeito a obtenção de lucro e vantagens 
competitivas. 
Esse conceito de organização inovadora e sustentável pode ser 
associado à ideia de ecoinovação, que, por sua vez, consiste na 
produção, assimilação ou exploração de um produto, processo de 
produção, serviço ou método de gestão ou de negócio, que é novo para 
a organização e que resulta, ao longo do seu ciclo de vida, em reduções 
de riscos ambientais, poluição e outros impactos negativos do uso de 
recursos, inclusive energia, em comparação com as alternativas 
pertinentes. 
No entanto, é importante ter consciência de que, se por um lado, as 
organizações inovadoras e sustentáveis podem contribuir com o meio 
ambiente, diminuindo a emissão de poluentes e o uso de recursos 
naturais, por outro, o aumento da demanda por novos produtos pode ter 
consequências inversas. Dessa forma, são necessárias algumas 
reflexões relativas à sustentabilidade das empresas em sus processos 
inovadores. 
6 
TEMA 4 – TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E 
COMUNICAÇÃO APLICADAS À GESTÃO DA INOVAÇÃO 
A expansão e a evolução das formas de comunicação na sociedade, a 
valorização da informação e a velocidade com que ela se propaga, 
geram algumas consequências, incluindo-se, aí, as mudanças nos meios 
de produção. A informação, antes considerada um produto ou uma 
matéria-prima, passou a ser tratada como mercadoria. Paralelamente, a 
evolução das telecomunicações possibilitou o acesso à informação para 
um número maior de pessoas, assim como propiciou um aumento 
exponencial da capacidade de comunicação entre indivíduos de 
diferentes lugares e culturas. 
A nível mundial, a revolução tecnológica, por meio dos diferentes 
instrumentos de comunicação, promove mudanças importantes na 
sociedade, por conta da interdependência entre os países para o seu 
desenvolvimento. O crescente uso das redes sociais só alimentou esse 
fenômeno, criando uma sociedade interligada, que divide informações e 
conhecimento de interesse comum. 
Nesse contexto, informação, comunicação e conhecimento são requisitos 
para que as organizações obtenham sucesso, como já vimos antes. 
Assim, no século XXI, as empresas bem-sucedidas são aquelas 
centradas no conhecimento, no fluxo intenso de informações e em 
pessoas capacitadas participando das decisões. Vale salientar que as 
tecnologias de informação e comunicação têm como principais 
ferramentas os componentes de hardware, seus dispositivos periféricos; 
os diversos softwares e seus recursos; os sistemas de telecomunicações 
(internet, celulares, call centers etc.) e a gestão de dados e informações. 
Por meio dessas tecnologias, as empresas podem melhorar a sua 
capacidade, qualidade e disponibilidade de informações e 
conhecimentos essenciais, em relação a seus fornecedores e clientes. 
Entre os benefícios que as tecnologias de informação e comunicação trazem para as 
empresas, destaca-se o suporte à inovação, tanto de produtos quanto de processos e 
serviços. Além disso, a utilização das tecnologias da informação e comunicação, que 
objetiva a excelência operacional, requer tecnologia e mudanças no planejamento 
estratégico e na cultura organizacional. A tecnologia da informação e comunicação 
permeia, portanto, todas as áreas funcionais da empresa. Sua parte mais visível está na 
revolução que propiciou a automação de postos de trabalho em escritórios e postos de 
atendimento a clientes externos e internos. Tecnologias de automação de postos de 
trabalho e de atendimento incluem vários tipos de sistemas de telecomunicação e 
processamento de textos, planilhas eletrônicas e gráficos de 
7 
computador, base de dados online e offline, e-mail, intranet e internet. (Possoli, 2012, p. 
17) 
Vejamos uma lista de como as tecnologias de diversas áreas funcionam 
em uma empresa: 
• �  Contabilidade: Tecnologia de planejamento e orçamento; 
Eletronic Data Interchange (EDI); tecnologia da informação; 
automação de escritórios; comércio eletrônico. 
• �  Engenharia: Tecnologia de produto; automação de 
escritórios; tecnologia da informação; tecnologia de processos; 
tecnologia de planta piloto; Computer-Aided Designer (CAD). 
• �  Finanças: Tecnologia de planejamento e orçamentação; 
automação de escritório; bases de dados online; tecnologia da 
informação. 
• �  Recursos humanos: Tecnologias de treinamento; 
automação de escritórios; avaliação de desempenho; pesquisa 
motivacional; tecnologia da informação. 
• �  Sistemas de informação: Hardware; base de dados; 
software; telecomunicações. 
TEMA 5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, BANCOS DE 
DADOS, INTERNET E TELECOMUNICAÇÕES 
Na década de 1970, os principais processos administrativos e 
contábeis passavam por uma transição à automatização. Nessa 
época, a informática objetivava a montagem de sistemas de 
relatórios com informações sobre os diferentes níveis gerenciais das 
empresas. Para tanto, a tecnologia utilizada era a de 
processamento de dados, e envolvia equipamentos grandes, caros 
e inflexíveis. Tais equipamentos geravam grandes volumes de 
dados detalhados, com base em contabilidade. Muitas vezes, havia 
inconsistências, redundâncias e duplicidade nos dados. 
Nesse contexto, surgiu o conceito de Sistemas Gerenciados de 
Bancos de Dados (SGBD), que funcionavam como uma bibliotecade dados. Entretanto, o alto custo de montagem de sistemas de 
processamento de transações tornava inviáveis os gerenciadores 
de banco de dados. 
Apesar disso, ao deslocarem o foco para os dados e o 
gerenciamento de dados, os gerenciadores de bancos de dados 
representaram uma virada no papel 
8 
dos departamentos de informática. Cada vez mais, a área de sistemas 
iria se tornar uma peça fundamental na coordenação de infraestruturas 
corporativas equilibradas e relevantes, com uso decentralizado da 
Tecnologia da Informação. 
Embora não exista um modelo, os sistemas de informação podem ser 
classificados de diferentes formas, que incluem a abrangência da 
organização, o ciclo evolutivo e o planejamento estratégico, entre outras. 
Podemos classificar os sistemas de informação de acordo com o suporte 
a decisão. 
Quadro 1 – Classificação dos sistemas 
SISTEMAS OUTRAS DENOMINAÇÕES CARACTERÍSTICAS 
 
Dessa forma, percebemos que, a partir do conhecimento gerado pelos 
sistemas de informação e do armazenamento no banco de dados, as 
organizações adquirem ferramentas para inovar. 
5.1 Sistemas embasados na internet 
É inegável que a competitividade entre as organizações aumenta como 
consequência das tecnologias de informação e comunicação. Nesse 
contexto competitivo, os sistemas embasados na internet podem ser uma 
boa opção. Esses sistemas dizem respeito a serviço e aplicações que 
operam por meio de servidores, acessíveis por meio de navegadores 
Sistemas de 
informação 
operacionais 
(SIO)
• �  Sistema de apoio às 
operações empresariais 
• �  Sistemas de 
controle 
• �  Sistema de 
processamento 
Controlam os dados detalhados das 
operações referentes às funções 
organizacionais imprescindíveis ao 
funcionamento harmônico da organização, 
o que auxilia a tomada de decisão do corpo 
técnico das unidades departamentais.
Sistemas de 
informações 
gerenciais 
(SIG)
� Sistema de apoio à 
gestão empresarial 
� Sistemas gerenciais
Contemplam o processamento de grupo de 
dados das transações operacionais, 
transformando-os em informações 
agrupadas para gestão, tais como: totais, 
percentuais, acumuladores, quantidades, 
Sistemas de 
informação 
estratégico 
(SIE)
• �  Sistemas de 
informação executivos 
• �  Sistemas de 
suporte à decisão 
estratégica 
• �  EIS (Executive 
Englobam o processamento de grupos de 
dados das transações operacionais e 
gerenciais, transformando-os em 
informações estratégicas. Essas 
informações são apresentadas de forma 
macro, sempre relacionadas com o meio 
ambiente interno ou externo a organização.
conectados à internet de qualquer parte do mundo. Como exemplos de 
sistemas baseados em internet, podemos citar as intranets, os extranets, 
o comércio eletrônico ou virtual, os portais corporativos, os mercados e 
bolsas de valores eletrônicos e o comércio móvel (e-commerce). 
9 
Sistemas baseados na internet permitem a aquisição de vantagem 
competitiva, ao reduzir custos de marketing, de distribuição, dos produtos 
e do atendimento ao consumidor, além de melhorar os canais de 
comunicação com os clientes. O comércio eletrônico pode também 
aumentar a competitividade de uma empresa por meio de um aumento 
do conteúdo informacional do produto ao longo da cadeia de valor. 
A utilização desses sistemas potencializa os fluxos de informação. Dessa 
forma, quando falamos em fluxo externo, o uso de sistemas baseados na 
internet permite uma maior interação da organização com fornecedores e 
clientes. Internamente, o uso desses sistemas aumenta a interação entre 
os trabalhadores. A inovação pode resultar de ambas as relações, 
externas e internas. Além disso, a difusão de sistemas baseados em 
tecnologia reforça a flexibilidade das organizações de estimular a 
formação de redes. 
Aa constituição de reses é considerada importante porque a firma tem 
incertezas estáticas e dinâmicas no processo de escolha tecnológica, e 
assim desenvolve funções para lidar com essas incertezas. A integração 
das firmas em redes, o que caracteriza o paradigma da economia de 
conhecimento, permite a elas administrar as incertezas de modo mais 
eficiente – portanto, com impactos positivos sobre a competitividade. A 
redução de incertezas impulsiona o processo inovador e, 
consequentemente, a competitividade das firmas. 
5.2 Telecomunicações 
O viés técnico-econômico aplicado à gestão do conhecimento, que tem 
como uma de suas características a convergência entre a informática e 
as telecomunicações, tem gerado novas oportunidades de inovação para 
as organizações. 
A modernização na infraestrutura das telecomunicações, processo que 
vem acompanhado da implantação do novo paradigma, pode viabilizar a 
aquisição de novos conhecimentos científicos e tecnológicos. As 
tecnologias da informação e comunicação podem impulsionar as 
atividades de P&D, permitindo simulações e testes de novas tecnologias 
e aumentando o contato entre os pesquisadores. 
A convergência entre a informática e as telecomunicações, além de 
propiciar contato entre os pesquisadores, aumenta a competitividade 
entre as empresas, o que dá ensejo à inovação. O reforço da 
concorrência obriga as empresas a procurar formas aprimoradas de 
negócios globais, e assim a TI surge 
10 
cada vez mais frequentemente como uma solução. Dessa forma, as 
facilidades da internet e dos sistemas de telecomunicações geram 
oportunidades cada vez maiores e mais evidentes para compradores, 
vendedores, negociadores, competidores e atores de todo o mundo. 
11 
REFERÊNCIAS 
ANDREASSI, T. Gestão da inovação tecnológica. São Paulo: Thomson 
Learning, 2007. 
CANONGIA, C. et al. Foresight, inteligência competitiva e gestão do 
conhecimento: instrumentos para a gestão da inovação. Gestão & 
Produção, 2004. 
CARVALHO, H. G. de; REIS, D. R. dos; CAVALCANTE, M. B. Gestão da 
inovação. Curitiba: Aymará, 2011. 
FIGUEIREDO, P. N. Gestão da inovação: conceitos, métricas e 
experiências de empresas no Brasil. São Paulo: LTC, 2009. 
POSSOLI, G. E. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
REIS, D. R. dos. Gestão da inovação tecnológica. Barueri: Manole, 
2008. 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na 
prática: como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a 
inovação. São Paulo: Atlas, 2000. 
TAKAHASHI, S.; TAKAHASHI, V. P. Gestão de inovação de produtos: 
estratégia, processo, organização e conhecimento. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2007. 
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. Porto Alegre: Bookman 
Editora, 2015. 
TIGRE, P. B. Gestão da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 
_____. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de 
Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
TOMAEL, M. I.; ALCARÁ, A. R.; DI CHIARA, I. G. Das redes sociais à 
inovação. Ciência da Informação, v. 34, n. 2, 2005. 
12

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