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CIÊNCIA, TECNOLOGIA 
E SOCIEDADE
Unidade 2
Impactos da Tecnologia 
na Sociedade
CEO 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Gerente Editorial 
LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
KARINE HERANI
4 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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 2
A
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TO
RI
A
Karine Herani
Olá. Sou formada em Direito, mestre e pós-graduada em 
Direito Empresarial, MBA Management e International Business, 
com uma experiência técnico-profissional na área de direito, 
gestão, governança e desenvolvimento de negócios de mais 
de 20 anos. Atuo como advogada, desenvolvedora de projetos 
internacionais e docente de disciplinas na área jurídica, de 
negócios internacionais, comércio exterior, gestão, governança 
e compliance, entre outras. Também atuo em diversos projetos 
e programas de ensino na modalidade de educação a distância, 
como desenvolvimento de atividades e avaliações, preparo de 
material didático, banco de questões e gravação de aulas. Sou 
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso 
fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz por poder ajudar você 
nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
5CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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ÍC
O
N
ES
OBJETIVO
 
 
 
DEFINIÇÃO
 
 
NOTA
 
 
 
 IMPORTANTE
 
 
 
EXPLICANDO 
MELHOR
 
 
VOCÊ SABIA?
 
 
 
 
SAIBA MAIS
 
 
 
 ACESSE
 
 
 
 
REFLITA
 
 
 
 
 RESUMINDO
 
 
 
ATIVIDADES
 
 
 
TESTANDO
 
 
 
6 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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SU
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O
A revolução digital e a sociedade conectada .......................... 9
A transformação digital.....................................................................................11
As inovações em modelos de negócios .........................................................17
Os impactos sociais da conectividade ..........................................................24
A automação e o futuro do trabalho ..................................... 31
A automação e a mudança no emprego .......................................................32
Habilidades do futuro .......................................................................................40
Estratégias de adaptação profissional ...........................................................45
Tecnologia e a preservação do meio ambiente .................... 52
Inovações sustentáveis .....................................................................................54
Tecnologias na gestão de recursos naturais ................................................59
Desafios e soluções ambientais ......................................................................63
Desafios da tecnologia na privacidade e na segurança ....... 70
Privacidade na era digital .................................................................................71
Segurança da informação e cibersegurança ................................................75
Ética e legislação digital ....................................................................................81
7CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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A
PR
ES
EN
TA
ÇÃ
O
Você sabia que as decisões de compra dos consumidores 
são influenciadas por fatores inconscientes que nem mesmo 
eles conseguem explicar? É nesse terreno fascinante que o 
neuromarketing entra, combinando psicologia, neurociência e 
economia comportamental para decifrar os segredos por trás das 
escolhas e preferências do consumidor. Ao longo desta unidade 
letiva, você vai mergulhar neste universo, explorando como os 
fundamentos do neuromarketing podem desbloquear novos níveis 
de compreensão sobre o comportamento humano e impulsionar 
estratégias de marketing mais eficazes e experiências de usuário 
cativantes.
8 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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O
BJ
ET
IV
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Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Compreender o impacto da Revolução Digital e da 
sociedade conectada na vida das pessoas e nos modelos 
de negócios. 
2. Discernir sobre as mudanças no mercado de trabalho 
causadas pela automação e discutir alternativas para a 
adaptação profissional. 
3. Reconhecer como a tecnologia pode ser usada para 
promover a sustentabilidade e a preservação do meio 
ambiente. 
4. Identificar os desafios relacionados à privacidade e à 
segurança das informações no contexto da sociedade 
digital.
9CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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A revolução digital e a 
sociedade conectada
OBJETIVO
Ao final deste capítulo, você estará apto a avaliar as 
tendências emergentes na ciência e na tecnologia 
e seus impactos potenciais na sociedade futura. 
Poderá discernir sobre o papel da pesquisa 
científica em desafios globais e compreender 
a importância da ética e da sustentabilidade 
no progresso tecnológico. Também será capaz 
de projetar cenários futuros embasados nas 
tendências atuais. Vamos lá. Avante!
A Revolução Digital e a sociedade conectada representam 
um dos fenômenos mais transformadores dos tempos modernos, 
redefinindo as bases de como vivemos, trabalhamos e nos 
relacionamos. Essa revolução, marcada pela ascensão e pela 
rápida evolução das tecnologias de informação e de comunicação, 
tem impulsionado mudanças profundas em praticamente todos 
os aspectos da vida cotidiana e da estrutura social. A digitalização, 
que começou como uma inovação tecnológica, rapidamente 
permeou as esferas econômica, política e cultural, estabelecendo 
a infraestrutura para uma sociedade globalmente conectada.
No cerne dessa transformação está a internet, uma rede 
de redes que facilita a comunicação instantânea e o acesso à 
informação em uma escala sem precedentes. Por meio dela, 
barreiras geográficas e temporais foram praticamente eliminadas, 
permitindo uma interconectividade global que moldou novas 
formas de interação social, de colaboração e de compartilhamento 
de conhecimento. As redes sociais digitais, plataformas de 
e-commerce, serviços de streaming e aplicativos de mensagens 
instantâneas são apenas alguns exemplos de como as tecnologias 
digitais transformaram nossas vidas, tornando a conectividade um 
aspecto incontornável da experiência humana contemporânea.
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Além do impacto nas relações interpessoais, a Revolução 
Digital tem sido um catalisador para a reestruturação dos 
modelos de negócios. O surgimento da economia digital desafiou 
paradigmas tradicionais, dando origem a novos empreendimentos 
e novas indústrias, ao mesmo tempo que pressionava organizações 
estabelecidas a se reinventarem. A capacidade de coletar, analisar e 
utilizar dados em grande escala permitiu uma personalização sem 
precedentes de produtos e serviços, alterando fundamentalmente 
as expectativas dos consumidores e as estratégias empresariais.
No entanto, enquanto as vantagens da sociedade conecta-
da são muitas, incluindo o acesso democratizado à informação, à 
educação e a oportunidades econômicas, ela também trouxe desa-
fios significativos. Questões relacionadas a privacidade, segurança 
cibernética, desigualdade digital e o impacto sobre a saúde mental 
são apenas alguns dos problemas emergentes que acompanham 
nossa crescente dependência de tecnologias digitais. Além disso, 
a disseminação de desinformação e o uso manipulativo de plata-
formas digitais para influenciar opinião pública e comportamento 
político destacam a necessidade de uma governança efetiva e de 
práticas éticas no espaço digital.
A Revolução Digital e a emergência de uma sociedade 
conectada constituem um marco na evolução humana, 
apresentando um conjunto complexo de oportunidades e de 
desafios. À medida que avançamos, torna-se imperativo não 
apenas celebrar os avanços tecnológicos,mas também refletir 
criticamente sobre seu impacto na sociedade, garantindo que 
o progresso digital beneficie a todos de maneira equitativa e 
sustentável. Este é o desafio da nossa era: navegar pelas águas 
turbulentas da inovação digital, equilibrando as promessas de um 
futuro conectado com a responsabilidade de preservar os valores 
humanos fundamentais.
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A transformação digital
A transformação digital é um fenômeno abrangente, 
que representa a integração de tecnologias digitais em todos 
os setores da sociedade, causando mudanças fundamentais na 
forma como as organizações operam, como as pessoas interagem 
e como o valor é criado. Esse processo não se limita apenas à 
adoção de novas tecnologias, mas envolve uma reestruturação 
completa dos modelos organizacionais, culturais e econômicos, 
visando à eficiência, à inovação e à personalização. Os impactos 
dessa transformação são vastos, trazendo consigo um leque 
de benefícios e de desafios que redefine o tecido da sociedade 
contemporânea.
Dentro das organizações, a transformação digital conduz 
à automação de processos que tradicionalmente requeriam 
intervenção manual, à utilização de dados e de análises para 
informar a tomada de decisão e ao desenvolvimento de novos 
modelos de negócios digitais que podem desafiar ou substituir 
os modelos tradicionais. Empresas de todos os setores estão 
utilizando tecnologias como inteligência artificial (IA), internet das 
coisas (IoT), blockchain e computação em nuvem para criar novas 
formas de interagir com os clientes, de otimizar operações e de 
lançar produtos e serviços inovadores.
Um dos impactos mais significativos da transformação 
digital é a democratização do acesso à informação. A internet e 
as tecnologias móveis possibilitaram um fluxo de informação 
sem precedentes, permitindo que pessoas ao redor do mundo 
acessem conhecimento, recursos educacionais e oportunidades 
de mercado com um simples toque. Essa acessibilidade tem o 
potencial de nivelar o campo de jogo, oferecendo a indivíduos 
de todas as origens a chance de aprender, crescer e participar da 
economia global.
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Imagem 2.1 – Tecnologia da informação
Fonte: Freepik.
Castells defende que as sociedades informacionais não se 
resumem à apropriação da tecnologia, mas à sua abertura interna 
e ao bem-estar social. Ele enfatiza a relação entre sociedade, mídia 
e liberdade de expressão, destacando a importância dos meios 
de comunicação na era digital. Castells aborda a influência das 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na transformação 
socioeconômica global. Essas tecnologias moldaram uma nova 
forma de sociedade, redefinindo poder, cultura e comunicação.
No âmbito empresarial, a transformação digital tem 
redefinido modelos de negócios, tornando-os mais ágeis, 
flexíveis e adaptáveis às demandas em constante mudança 
dos consumidores. Empresas que adotam tecnologias digitais 
conseguem não apenas otimizar suas operações, mas também 
oferecer experiências personalizadas aos clientes, o que, por sua 
vez, pode levar a um aumento da satisfação e da fidelidade. Além 
disso, a coleta e a análise de dados em grande escala oferecem 
insights valiosos para a tomada de decisão, abrindo caminho para 
inovações disruptivas em produtos, serviços e processos.
https://citacoes.in/autores/manuel-castells/
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13CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Tagliani (2016) também enfatiza que a transformação 
digital não se restringe apenas à adoção de tecnologias. Ela 
envolve mudanças profundas nos modelos de negócios, na forma 
como as empresas se relacionam com seus clientes e na criação 
de valor. Essa perspectiva estratégica é crucial para o sucesso das 
organizações.
A transformação digital também promove inclusão social e 
econômica, facilitando o surgimento de novas formas de trabalho, 
como a economia gig e o freelancing, que proporcionam flexibilidade 
e oportunidades de emprego para pessoas que anteriormente 
podiam estar marginalizadas do mercado de trabalho tradicional.
DEFINIÇÃO
A economia gig é um sistema de mercado 
caracterizado pelo trabalho temporário ou 
freelance, em que as pessoas são contratadas para 
tarefas específicas ou projetos de curto prazo, 
muitas vezes por meio de plataformas digitais, em 
vez de terem empregos permanentes ou de longo 
prazo com um empregador tradicional.
Apesar dos benefícios inegáveis, a transformação 
digital também apresenta desafios significativos. A questão da 
desigualdade digital é premente, com uma parcela considerável da 
população mundial ainda sem acesso a serviços de internet básicos. 
Isso cria um abismo entre os “conectados” e os “desconectados”, 
ampliando disparidades sociais, econômicas e educacionais.
Berman (2012) menciona que a transformação digital 
vai além da área de tecnologia. Ela permeia diversos aspectos 
das organizações, incluindo processos, cultura e estratégia. Essa 
visão ampla é fundamental para compreendermos o impacto 
abrangente da digitalização.
A privacidade e a segurança de dados são outras 
preocupações críticas. À medida que a sociedade se torna cada vez 
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Gabriel-Baptista/publication/335230219_Impacto_da_transformacao_digital_nas_organizacoes_um_estudo_sobre_diferentes_abordagens_de_conducao_do_processo_de_transformacao/links/5d5971b892851cb74c75fa9b/Impacto-da-transformacao-digital-nas-organizacoes-um-estudo-sobre-diferentes-abordagens-de-conducao-do-processo-de-transformacao.pdf
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mais digitalizada, a quantidade de dados pessoais armazenados 
on-line aumenta, tornando esses dados alvos para violações 
e abusos. As organizações enfrentam o desafio de proteger 
esses dados enquanto mantêm a confiança dos usuários,o que 
exige investimentos significativos em segurança cibernética e 
conformidade com regulamentações de proteção de dados.
Adicionalmente, a rápida evolução tecnológica pode 
levar à obsolescência de habilidades, exigindo que trabalhadores 
se adaptem continuamente para permanecer relevantes no 
mercado de trabalho. Isso coloca a educação e o treinamento em 
uma posição central, destacando a necessidade de sistemas de 
aprendizagem que possam acompanhar o ritmo das inovações 
tecnológicas.
A transformação digital também levanta questões éticas 
e filosóficas sobre o papel da tecnologia na sociedade, incluindo 
preocupações com o aumento da vigilância, o potencial para 
manipulação de informações e os impactos da automação sobre 
o emprego.
A transformação digital é um motor poderoso de 
mudança, capaz de gerar crescimento econômico, promover 
inclusão e melhorar a qualidade de vida. No entanto, para que 
seus benefícios sejam plenamente realizados, é crucial enfrentar 
os desafios associados, garantindo que a transição para uma 
sociedade digital seja inclusiva, segura e sustentável. Isso requer 
uma abordagem abrangente, que envolva governos, empresas e a 
sociedade civil, trabalhando juntos para moldar um futuro digital 
que reflita os valores humanos e promova o bem-estar coletivo.
A transformação digital, já profundamente enraizada 
no tecido da sociedade contemporânea, promete continuar 
seu avanço inexorável, moldando o futuro de maneiras ainda 
mais revolucionárias. À medida que avançamos, a convergência 
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de tecnologias emergentes, como inteligência artificial (IA), 
internet das coisas (IoT), blockchain, realidade aumentada (RA) 
e realidade virtual (RV), está definindo novos paradigmas para a 
interação humana, os modelos de negócios e a governança. Essas 
tecnologias, funcionando tanto de forma isolada quanto integrada, 
estão na vanguarda da próxima onda de transformações digitais, 
prometendo impactos profundos e variados na sociedade.
A IA continuará a ser um motor significativo de mudança, 
com sistemas cada vez mais sofisticados capazes de realizar 
tarefas complexas, desde diagnósticos médicos até a condução 
autônoma de veículos. A automação, impulsionada pela IA, não 
apenas transformará o mercado de trabalho, eliminando algumas 
profissões enquanto cria novas, mas também personalizará as 
experiências dos usuários em uma escala sem precedentes, desde 
educação personalizada até atendimento automatizado ao cliente. 
Isso exigirá uma reavaliação contínua das habilidades necessárias 
para a força de trabalho do futuro, bem como políticas para 
gerenciar a transição de empregos.
A IoT promete uma sociedade mais conectada, em que 
objetos cotidianos estão integrados à internet, coletando e 
compartilhando dados para melhorar a eficiência e a eficácia. 
Isso transformará casas em ambientes inteligentes, otimizará a 
gestão de cidades (cidades inteligentes) e revolucionará setores 
como agricultura, manufatura e gestão de energia. A proliferação 
de dispositivos IoT também levanta questões importantes sobre 
segurança cibernética e privacidade de dados, exigindo soluções 
robustas para proteger informações sensíveis.
O blockchain oferece um método seguro e transparente 
para realizar transações, armazenar dados e executar contratos, 
potencialmente redefinindo setores como finanças, cadeias de 
suprimentos e propriedade intelectual. A adoção dessa tecnologia 
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pode levar a uma maior descentralização de serviços, desde 
criptomoedas desafiando sistemas financeiros tradicionais até 
modelos de negócios que operam em plataformas distribuídas 
sem intermediários.
Realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV) estão 
remodelando a interação humana com o mundo digital, oferecendo 
experiências imersivas em educação, entretenimento, saúde e 
comércio. Essas tecnologias têm o potencial de transformar a 
aprendizagem e o treinamento, permitindo simulações realistas 
e ambientes de aprendizado imersivos, além de abrir novas 
fronteiras para o turismo virtual e o varejo digital. À medida que 
essas tecnologias avançam, surgem desafios éticos e sociais 
significativos. Questões de privacidade, segurança de dados, 
viés algorítmico e desigualdade digital tornam-se cada vez mais 
pertinentes. Além disso, a crescente dependência de sistemas 
automatizados e da inteligência artificial levanta questões sobre 
autonomia humana, emprego e o futuro do trabalho.
O futuro da transformação digital é repleto de 
oportunidades e de desafios. Enquanto as tecnologias emergentes 
prometem transformar a sociedade de maneiras que apenas 
começamos a entender, elas também exigem uma consideração 
cuidadosa dos impactos éticos, sociais e econômicos. A governança, 
tanto no nível nacional quanto global, desempenhará um papel 
crucial na moldagem de políticas que promovam a inclusão, a 
segurança e a equidade na era digital. Além disso, a educação 
e o treinamento contínuos serão fundamentais para preparar a 
força de trabalho para as demandas de um mundo em rápida 
transformação. Em última análise, a trajetória da transformação 
digital dependerá de como a sociedade escolhe navegar por essas 
tendências emergentes, equilibrando as promessas de inovação 
com a responsabilidade de garantir um futuro justo e sustentável 
para todos.
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As inovações em modelos de 
negócios
A inovação no contexto dos modelos de negócios é um 
processo diversificado, fundamentado na introdução de novidades 
que geram valor tanto para a empresa quanto para seus clientes. 
Ela pode abranger desde a criação de produtos e de serviços 
inovadores até a redefinição de como as empresas operam, 
entregam valor e se engajam com seus clientes. Os elementos da 
inovação e seus impactos nos modelos de negócios são cruciais 
para a sustentabilidade, o crescimento e a competitividade das 
empresas em um mercado cada vez mais dinâmico e globalizado.
A tecnologia é frequentemente a espinha dorsal da inovação 
nos modelos de negócios. O desenvolvimento e a aplicação de 
novas tecnologias podem permitir a criação de produtos e de 
serviços completamente novos, melhorar processos, reduzir custos 
e abrir novos mercados. A tecnologia digital, por exemplo, tem sido 
um motor poderoso de inovação, possibilitando o surgimento de 
plataformas de economia compartilhada, de negócios embasados 
em aplicativos e de soluções de inteligência artificial.
A inovação em processos envolve a reinvenção de 
como as empresas criam e entregam valor. Isso pode incluir a 
implementação de métodos de produção mais eficientes, a adoção 
de práticas de trabalho ágeis ou a digitalização de processos de 
negócios para aumentar a eficiência e reduzir erros. A inovação 
em processos, muitas vezes, leva a melhorias significativas em 
termos de custo, qualidade e tempo de entrega.
Os modelos de negócios inovadores redefinem a lógica 
de criação de valor de uma empresa. Eles podem alterar a forma 
como os produtos ou serviços são vendidos. O Airbnb, por 
exemplo, revolucionou o setor de hospedagem sem possuir um 
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único imóvel. A inovação no modelo de negócios pode desafiar e 
substituir as normas e práticas do setor, criando novos mercados 
e novas oportunidades de crescimento.
Os modelos de negócios são estruturas que descrevem 
como uma empresa cria, entrega e captura valor. Eles vão além 
da simples descrição de produtos e de serviços, abrangendo 
aspectos como parcerias, canais de distribuição, fontes de receita 
e relacionamento com clientes.
Inovações em modelos de negócios
 • Modelos de assinatura: empresas como Netflix e 
Spotify revolucionaram a indústria do entretenimento 
ao oferecer serviços de assinatura. Esses modelos 
garantem receita recorrente e fidelidade do cliente. 
 • Plataformas multilaterais: Uber, Airbnb e outras 
plataformas conectamdiferentes grupos de usuários 
(motoristas, hóspedes, anfitriões) para criar valor. 
Essa abordagem descentralizada é uma inovação 
significativa.
 • Economia de compartilhamento: a economia de 
compartilhamento transformou a maneira como 
usamos ativos (como carros e casas). Ela se baseia na 
colaboração e no uso eficiente de recursos.
 • Modelos embasados em dados: empresas como o 
Google e o Facebook monetizam dados de usuários. 
Esses modelos exploram informações para personalizar 
serviços e anúncios.
Inovar na experiência do cliente significa repensar a jor-
nada do cliente para oferecer interações mais satisfatórias, per-
sonalizadas e envolventes. Isso pode incluir tudo, desde a perso-
nalização de produtos e de serviços até a utilização de tecnologia 
https://www.redalyc.org/journal/3312/331259755002/html/
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para criar experiências de compra sem fricção. A inovação focada 
no cliente pode aumentar a fidelidade e a satisfação do cliente, 
diferenciando a empresa em mercados competitivos. Trierveiler, 
Sell e Pacheco (2015) enfatizam a combinação do conhecimento 
organizacional com a inovação em modelos de negócios.
A incorporação desses elementos de inovação pode 
transformar fundamentalmente os modelos de negócios, 
impactando-os de várias maneiras:
 • diferenciação e vantagem competitiva – a inovação 
pode ajudar as empresas a se diferenciarem de seus 
concorrentes e a desenvolver uma vantagem competitiva 
sustentável, seja por meio de tecnologia superior, de 
processos mais eficientes, de modelos de negócios 
únicos ou de experiências excepcionais do cliente;
 • crescimento e escalabilidade – modelos de negócios 
inovadores podem abrir novos mercados e segmentos 
de clientes, oferecendo caminhos para o crescimento e 
a escalabilidade que não eram possíveis anteriormente;
 • eficiência operacional – a inovação em processos e 
em tecnologia pode levar a operações mais enxutas e 
eficientes, reduzindo custos e melhorando a qualidade 
e a velocidade de entrega;
 • resiliência e adaptabilidade – empresas que cultivam 
a inovação tendem a ser mais resilientes e adaptáveis 
a mudanças no mercado ou a disrupções, pois estão 
constantemente explorando novas oportunidades e 
desafios;
 • engajamento do cliente – a inovação focada na 
experiência do cliente pode levar a um maior 
engajamento e à fidelidade do cliente, essenciais para 
o sucesso a longo prazo em mercados saturados;
https://www.redalyc.org/journal/3312/331259755002/html/
https://www.redalyc.org/journal/3312/331259755002/html/
https://www.redalyc.org/journal/3312/331259755002/html/
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A inovação é um elemento crítico para a evolução e o 
sucesso dos modelos de negócios. Ela não só permite que as 
empresas respondam às mudanças do mercado e às expectativas 
dos consumidores, mas também as capacita a liderar a disrupção, 
moldando ativamente o futuro de seus setores. As empresas que 
conseguem integrar efetivamente a inovação em suas operações 
e estratégias estão mais bem posicionadas para crescer, competir 
e prosperar no dinâmico ambiente de negócios de hoje.
As inovações em modelos de negócios têm se tornado um 
vetor crucial para a transformação e o sucesso das organizações 
na era digital. A capacidade de uma empresa de inovar não se 
limita apenas ao desenvolvimento de novos produtos ou serviços, 
mas se estende profundamente à reinvenção de como a empresa 
cria, entrega e captura valor. Essas inovações são impulsionadas 
por uma combinação de avanços tecnológicos, mudanças nas 
expectativas dos consumidores, pressões competitivas e a 
emergência de novos desafios globais.
Imagem 2.2 – Blockchain
Fonte: Freepik.
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A tecnologia digital tem sido um dos principais catalisadores 
das inovações em modelos de negócios. Plataformas digitais, 
inteligência artificial, big data, internet das coisas (IoT) e blockchain 
são algumas das tecnologias que permitem às empresas repensar 
suas operações. Elas possibilitam a criação de experiências de 
cliente mais personalizadas, otimização de processos por meio de 
automação e novas formas de engajamento e de monetização.
EXEMPLO: Um exemplo notável do uso de blockchain por 
uma empresa para melhorar suas operações é o da Maersk, 
a gigante global de transporte e logística. Em parceria 
com a IBM, a Maersk desenvolveu e implementou uma 
plataforma de blockchain chamada TradeLens. A indústria 
de transporte e de logística é notoriamente complexa, 
envolvendo uma infinidade de partes interessadas, 
incluindo transportadoras, portos, autoridades 
aduaneiras, transportadores e clientes. O processo é 
frequentemente atrasado por uma enorme quantidade 
de documentação em papel, que é suscetível a erros e 
a ineficiências. Para enfrentar esses desafios, a Maersk 
e a IBM lançaram a TradeLens, em 2018. Essa solução, 
baseada em blockchain, digitaliza o processo de cadeia de 
suprimentos, oferecendo um sistema mais transparente, 
seguro e eficiente. A plataforma demonstrou ser eficaz na 
redução de custos, na melhoria da eficiência operacional 
e na facilitação de uma colaboração mais estreita entre as 
partes envolvidas na cadeia de suprimentos global.
Os modelos de negócios emergentes representam uma 
evolução significativa na maneira como as empresas criam, 
entregam e capturam valor. Esses modelos são impulsionados pela 
rápida mudança tecnológica, por demandas de consumidores em 
evolução e por um ambiente de negócios cada vez mais globalizado 
e interconectado. Esses novos modelos estão redefinindo o 
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panorama competitivo em muitos setores, desafiando as práticas 
tradicionais e abrindo novas oportunidades de crescimento e de 
inovação.
A economia compartilhada é um modelo de negócios 
que se baseia no compartilhamento de recursos. Plataformas 
como Airbnb e Uber são exemplos proeminentes, em que bens 
e serviços são compartilhados entre usuários. Esse modelo se 
beneficia do uso de tecnologia digital para conectar fornecedores 
(que, muitas vezes, são indivíduos com recursos subutilizados) 
com consumidores, proporcionando uma alternativa mais flexível 
e, muitas vezes, mais econômica que os modelos tradicionais.
Empresas de diversos setores estão se movendo em 
direção a modelos de assinatura e de serviços. Em vez de vender 
produtos como compras únicas, essas empresas oferecem acesso 
contínuo a produtos ou a serviços por uma taxa recorrente. 
Exemplos incluem a Adobe, com seu Creative Cloud, serviços de 
streaming de mídia, como Netflix e Spotify, e até mesmo empresas 
de software empresarial, como Salesforce. Esse modelo permite 
um fluxo de receita mais previsível e constrói relações de longo 
prazo com os clientes.
Modelos de negócios embasados em plataforma atuam 
como intermediários, conectando compradores e vendedores 
ou produtores e consumidores. Empresas como Amazon, eBay 
e Alibaba não apenas facilitam transações, mas também utilizam 
dados e análises para otimizar a experiência do usuário e expandir 
suas ofertas. Esses modelos se beneficiam de efeitos de rede, em 
que o valor da plataforma aumenta à medida que mais usuários 
a utilizam.
Surgindo como resposta a preocupações ambientais e 
sociais crescentes, modelos de negócios sustentáveis e focadosem impacto social estão ganhando terreno. Esses modelos 
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equilibram a necessidade de lucratividade com o objetivo de 
causar um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. 
Empresas como Patagonia e TOMS Shoes são exemplos de marcas 
que incorporam práticas sustentáveis e responsabilidade social 
em seus modelos de negócios.
O advento de big data e de analytics permitiu o surgimento 
de modelos de negócios embasados em dados, em que a coleta, 
a análise e a utilização de dados extensivos são fundamentais 
para a oferta de produtos e de serviços. Isso inclui personalização 
em grande escala, serviços preditivos e modelos de negócios que 
se adaptam dinamicamente com base em insights derivados de 
dados.
Enquanto os modelos de negócios emergentes oferecem 
oportunidades significativas, eles também trazem desafios. 
Questões como privacidade de dados, segurança cibernética, 
sustentabilidade e responsabilidade social corporativa são 
cruciais. Além disso, muitos desses modelos enfrentam desafios 
regulatórios e de conformidade, pois, muitas vezes, operam em 
áreas que não foram previamente regulamentadas.
Apesar das oportunidades, a inovação em modelos de 
negócios também apresenta desafios. A resistência interna à 
mudança, a necessidade de investimento em novas competências 
e tecnologias e o risco de canibalização de receitas existentes são 
algumas das barreiras. Além disso, questões regulatórias e éticas 
surgem, particularmente em setores altamente regulamentados 
ou em modelos que coletam e utilizam grandes volumes de dados 
pessoais.
Os modelos de negócios emergentes representam uma 
resposta adaptativa às mudanças no ambiente tecnológico, 
social e econômico. Eles oferecem oportunidades excitantes 
para inovação, crescimento e impacto, mas também exigem uma 
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abordagem cuidadosa em termos de gestão, ética e conformidade. 
Para empresas estabelecidas e startups, entender e, possivelmente, 
adotar esses modelos emergentes pode ser a chave para o 
sucesso e a sustentabilidade a longo prazo no cenário de negócios 
em constante evolução de hoje.
Inovar em modelos de negócios requer uma mentalidade 
voltada para o futuro, disposição para experimentar e para 
adaptar-se e uma compreensão profunda das necessidades e 
dos comportamentos dos clientes. À medida que o ambiente de 
negócios continua a evoluir rapidamente, as organizações que 
conseguem antecipar e responder a essas mudanças, repensando 
a forma como criam, entregam e capturam valor, estarão mais 
bem posicionadas para prosperar. Em última análise, a inovação 
em modelos de negócios não é apenas sobre sobrevivência, mas 
sobre aproveitar as oportunidades para liderar a transformação 
no mercado.
Os impactos sociais da 
conectividade 
A era da conectividade, impulsionada, principalmente, 
pela proliferação da internet e das tecnologias móveis, trouxe 
transformações profundas e abrangentes para a sociedade. 
Esse fenômeno global redefiniu a maneira como interagimos, 
trabalhamos, aprendemos e vivemos, trazendo tanto avanços 
significativos quanto desafios únicos. Os impactos sociais 
da conectividade são diversos, afetando desde as dinâmicas 
individuais e interpessoais até estruturas sociais mais amplas.
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Um dos impactos mais evidentes da conectividade é na 
comunicação e nos relacionamentos sociais. As redes sociais, 
os aplicativos de mensagens instantâneas e as plataformas 
de videoconferência transformaram as interações humanas, 
permitindo que as pessoas se comuniquem e mantenham 
relacionamentos independentemente da distância física. Isso 
facilitou a manutenção de laços familiares e de amizades em longas 
distâncias e ajudou na criação de comunidades on-line baseadas 
em interesses compartilhados. No entanto, também surgiram 
preocupações sobre o enfraquecimento das interações face a face 
e o impacto disso nas habilidades sociais, especialmente entre 
os mais jovens. A conectividade proporciona uma rede virtual de 
relacionamentos, mas também pode afetar as relações sociais 
reais. 
A conectividade ampliou enormemente o acesso à infor-
mação e revolucionou a educação. A vasta quantidade de infor-
mações disponíveis on-line oferece oportunidades sem preceden-
tes para aprendizado e pesquisa. Iniciativas educacionais on-line, 
como MOOCs (Massive Open On-line Courses), democratizaram o 
acesso à educação de alta qualidade, quebrando barreiras geográ-
ficas e socioeconômicas. Por outro lado, a sobrecarga de informa-
ções e a disseminação de desinformação e de fake news se torna-
ram problemas crescentes, desafiando a capacidade das pessoas 
de encontrar e avaliar informações precisas. No entanto, desafios 
persistem, incluindo a necessidade de autodisciplina para o apren-
dizado on-line e a garantia de que todos tenham acesso igualitário 
à tecnologia necessária.
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DEFINIÇÃO
MOOCs (Massive Open On-line Courses) são cursos 
on-line oferecidos gratuitamente ou a baixo custo, 
acessíveis a um grande número de participantes 
em todo o mundo, abrangendo uma ampla gama 
de assuntos e frequentemente ministrados por 
professores de universidades renomadas. Um 
exemplo de MOOC é o curso Learning how to learn, 
oferecido pela Universidade da Califórnia, em San 
Diego, por meio da plataforma Coursera. Esse 
curso é um dos mais populares no mundo dos 
MOOCs e aborda técnicas eficazes de aprendizado 
e métodos para melhorar a capacidade de retenção 
de informações e de compreensão de conceitos 
complexos. 
A conectividade também transformou o mercado de 
trabalho. A ascensão do trabalho remoto e da economia gig, 
facilitada pelas tecnologias digitais, ofereceu flexibilidade e novas 
oportunidades de emprego. No entanto, também levantou questões 
sobre a segurança no trabalho, a precarização das relações de 
trabalho e a necessidade de novas habilidades e de formações 
contínuas para acompanhar a rápida evolução tecnológica.
Imagem 2.3 – Conectividade
Fonte: Freepik.
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As implicações da conectividade na saúde mental são 
complexas. Por um lado, a facilidade de conexão pode oferecer 
suporte emocional e acesso a recursos de saúde mental. Por outro 
lado, o uso excessivo de tecnologias digitais e de redes sociais 
tem sido associado a problemas como ansiedade, depressão e 
perturbação do sono, especialmente entre adolescentes e jovens 
adultos. A conectividade também redefiniu a participação cívica 
e política. As mídias sociais se tornaram ferramentas poderosas 
para mobilização social, campanhas políticas e ativismo. Elas 
permitem que indivíduos e grupos marginalizados tenham 
uma voz e promovam mudanças sociais. Contudo, também há 
preocupações sobre a polarização, a manipulação de opiniões 
públicas e os ataques cibernéticos em processos eleitorais.
Um desafio crítico da era da conectividade é a desigualdade 
digital. O acesso desigual à internet e às tecnologias digitais amplia 
as disparidades socioeconômicas, criando uma divisão entre 
aqueles que têm acesso e habilidades para usar essas tecnologias e 
aqueles que não o têm. Essa divisão pode limitar as oportunidades 
para educação, emprego e participação na sociedade moderna.
Os impactos sociais da conectividade são abrangentes e 
continuam a evoluir. Enquanto oferecem oportunidades incríveis 
para o avanço e a inovação, também apresentam desafios 
significativos, que devem ser abordados com políticas eficazes, 
educação e uma abordagem consciente do uso da tecnologia. A 
chave para maximizar os benefícios da conectividade, enquanto 
se minimizam seus riscos, reside no equilíbrio cuidadoso e na 
adaptação contínua às suas mudanças dinâmicas.
As transformações na vida cotidiana trazidas pela era 
digital são profundas e em diferentes áreas, afetando diversos 
aspectos do nosso dia a dia, desde a educaçãoe a saúde até as 
relações familiares e sociais.
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A saúde digital é outro campo que sofreu transformações 
significativas com o advento da tecnologia. Aplicativos de 
saúde, telemedicina, dispositivos vestíveis (wearables) e outras 
tecnologias digitais estão mudando a forma como gerenciamos 
nossa saúde e nosso bem-estar. Essas tecnologias permitem 
monitoramento constante de indicadores de saúde, acesso remoto 
a profissionais médicos e um melhor gerenciamento de condições 
crônicas. A telemedicina, por exemplo, tem sido fundamental em 
proporcionar cuidados de saúde durante crises como a pandemia 
de covid-19, permitindo consultas médicas sem a necessidade de 
deslocamento físico. Os wearables, por sua vez, incentivam estilos 
de vida mais saudáveis, monitorando atividades físicas, padrões 
de sono e outros parâmetros vitais. No entanto, essas inovações 
também trazem preocupações com a privacidade dos dados e a 
necessidade de garantir que a tecnologia seja acessível e utilizável 
por todos.
Imagem 2.4 – Dispositivos de monitoramento
Fonte: Freepik.
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A conectividade digital tem impactos significativos nas 
relações familiares e sociais. Com a ubiquidade dos smartphones e 
a prevalência das redes sociais, a comunicação e a interação entre 
membros da família e amigos mudaram. Há uma maior facilidade 
em manter contato com parentes distantes, mas também 
surgem desafios, como a gestão da presença on-line de crianças 
e adolescentes e o equilíbrio entre conexão digital e interações 
face a face. A parentalidade na era digital exige uma abordagem 
consciente e informada para navegar em questões como 
segurança on-line, tempo de tela e o exemplo que os próprios pais 
dão no uso de dispositivos. Além disso, a busca por um equilíbrio 
saudável entre vida on-line e off-line é essencial para manter 
relacionamentos saudáveis e promover um bem-estar geral. 
O uso excessivo de tecnologias digitais pelos adolescentes 
tem gerado conflitos familiares, muitas vezes decorrentes do 
distanciamento causado pela imersão nas telas. 
As transformações trazidas pela era digital na vida cotidiana 
são inegáveis e continuam a evoluir. Enquanto proporcionam 
conveniência, acessibilidade e novas oportunidades, também 
levantam questões importantes sobre equidade, segurança e o 
impacto na saúde mental e nas relações interpessoais. Navegar 
por essas mudanças requer uma abordagem equilibrada, 
garantindo que os benefícios da tecnologia sejam aproveitados ao 
máximo, ao mesmo tempo que se minimizam os potenciais riscos 
e as desvantagens.
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza 
de que você realmente entendeu o tema de 
estudo, vamos recapitular. A Revolução Digital e a 
sociedade conectada representam uma mudança 
paradigmática na maneira como vivemos, 
trabalhamos e interagimos. Essa era, caracterizada 
pela ubiquidade da tecnologia digital e pela 
conectividade global, trouxe consigo uma série 
de transformações profundas e impactantes. Nas 
últimas décadas, assistimos a uma digitalização 
sem precedentes em quase todos os aspectos da 
vida cotidiana. A forma como nos comunicamos, 
acessamos informações, aprendemos e 
gerenciamos nossa saúde foi radicalmente 
alterada. As redes sociais, os aplicativos de 
mensagens instantâneas, os cursos on-line abertos 
e massivos (MOOCs) e as tecnologias de saúde 
digital se tornaram componentes integrantes 
de nossa rotina diária. Essas tecnologias não 
apenas facilitaram a comunicação e o acesso 
à informação, mas também democratizaram o 
ensino e transformaram a prestação de serviços 
de saúde. No entanto, a Revolução Digital também 
apresenta desafios significativos. A desigualdade 
digital, a preocupação com a privacidade de dados 
e o equilíbrio entre a vida on-line e a off-line são 
questões prementes. Além disso, o impacto da 
conectividade na saúde mental e nas dinâmicas 
sociais e familiares requer uma consideração 
cuidadosa. As inovações em modelos de negócios, 
impulsionadas por essa revolução, têm redefinido o 
mercado de trabalho e as estratégias empresariais. 
Modelos embasados em assinaturas, plataformas 
de compartilhamento e economia gig refletem a 
adaptabilidade e a inovação necessárias em um 
mundo em constante mudança.
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A automação e o futuro do 
trabalho
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender profundamente como a automação 
está reformulando o mercado de trabalho e quais 
habilidades serão fundamentais para o exercício 
de sua profissão no futuro. A automação, embora 
traga eficiência e inovação, também requer uma 
reavaliação das competências e abordagens 
profissionais. E então? Motivado para desenvolver 
esta competência? Vamos explorar juntos como 
a automação está transformando o cenário 
profissional e quais estratégias podemos adotar 
para garantir sucesso e adaptabilidade neste novo 
ambiente. Avante!
A automação e o futuro do trabalho representam um 
tópico de grande relevância e de atualidade no contexto da era 
digital. Esse tema aborda a crescente integração de tecnologias 
automatizadas, como inteligência artificial, robótica e aprendizado 
de máquina, em diversos setores da economia e seus impactos 
significativos no mercado de trabalho. O avanço da automação não 
é apenas uma questão tecnológica, mas também um fenômeno 
social e econômico que reconfigura a natureza do trabalho, as 
habilidades exigidas dos profissionais e até mesmo as estruturas 
de emprego.
Ao explorar esse tema, é fundamental compreender 
como a automação está transformando os empregos existentes, 
criando novos papéis e, em alguns casos, tornando certas funções 
obsoletas. Enquanto algumas profissões enfrentam o risco de 
redução devido à automação, outras áreas estão vendo um 
aumento na demanda por novas competências e especializações. 
Essa transformação do mercado de trabalho exige uma análise 
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crítica e reflexiva sobre como os indivíduos, as empresas e as 
sociedades podem se adaptar a essas mudanças.
Um aspecto crucial deste debate é a necessidade de 
requalificação e de educação contínua. À medida que certas 
habilidades se tornam menos relevantes e novas surgem, 
a capacidade de aprender e de se adaptar se torna uma 
competência-chave. Isso coloca um foco renovado na educação e 
no treinamento profissional, não apenas para os novos entrantes 
no mercado de trabalho, mas também para aqueles que precisam 
atualizar suas habilidades.
Além disso, a automação traz questões importantes sobre 
políticas públicas, incluindo a necessidade de redes de segurança 
social para aqueles deslocados por mudanças tecnológicas e o 
papel do governo e das instituições na facilitação da transição 
para uma economia cada vez mais automatizada. Portanto, 
o estudo da automação e o futuro do trabalho é essencial 
para preparar profissionais, empresas e governos para um 
mundo em que a tecnologia continua a remodelar as paisagens 
econômicas e profissionais. Esse tema não apenas desafia nossas 
concepções tradicionais de trabalho e de emprego, mas também 
oferece oportunidades para inovação, crescimento pessoal e 
desenvolvimento profissional.
A automação e a mudança no 
emprego
A automação tem provocado mudanças significativas no 
emprego, redefinindo o cenário do mercado de trabalho global. 
Esse processo, impulsionado pela rápida evolução da tecnologia, 
como inteligência artificial, robótica e aprendizado de máquina, 
está não apenas alterando a natureza de muitas ocupações, 
33CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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mas também criando novas oportunidades de trabalho e, 
simultaneamente, tornando algumas funções obsoletas.
Primeiramente, a automação está modificando as tarefas 
e as responsabilidadesem muitas profissões. Isso tem o potencial 
de aumentar a eficiência e reduzir os erros humanos, mas também 
levanta preocupações sobre a perda de empregos. A automação 
não elimina apenas cargos de baixa qualificação; funções que 
exigem análise de dados e tomada de decisão baseada em padrões 
também estão sendo afetadas.
SAIBA MAIS
Para saber mais dos debates, estudos e previsões 
sobre a competição da mão de obra humana com 
as tecnologias, leia o artigo “Inteligência artificial 
pode afetar 300 milhões de empregos no mundo”, 
clique no QR-CODE.
Por outro lado, a automação está gerando novas categorias 
de emprego. Há uma demanda crescente por profissionais que 
possam desenvolver, operar e manter sistemas automatizados e 
inteligentes. Isso inclui programadores, engenheiros de software, 
especialistas em dados, entre outros. Além disso, a automação 
também está criando necessidades em áreas como gerenciamento 
de mudanças, treinamento e desenvolvimento de funcionários 
e suporte técnico, abrindo oportunidades para profissões que 
facilitam a integração entre a tecnologia e a força de trabalho 
humana.
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/inteligencia-artificial-pode-afetar-300-milhoes-de-empregos-no-mundo-diz-goldman-sachs
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Segundo David Autor (2015), “a automação é uma força 
poderosa, mas não é uma força inexorável”. Em outras palavras, 
a automação pode ser vista como uma ferramenta que pode ser 
usada para melhorar a eficiência e a produtividade, mas não é 
uma solução mágica para todos os problemas relacionados ao 
trabalho.
A automação tem um impacto diferenciado em diferentes 
segmentos do mercado de trabalho. Por um lado, ela pode levar 
a uma polarização do emprego, em que há um crescimento tanto 
em cargos de alta qualificação, que requerem habilidades criativas 
e analíticas complexas, quanto em cargos de baixa qualificação, 
que não são facilmente automatizáveis. Entretanto, empregos que 
envolvem tarefas rotineiras, sejam elas cognitivas ou manuais, são 
mais suscetíveis à automação.
Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee argumentam que a 
automação pode levar a uma mudança significativa na natureza 
do trabalho, mas não necessariamente a uma diminuição no 
número de empregos. 
Imagem 2.5 – Automação e empregos
Fonte: Freepik.
https://www.normasabnt.org/citacoes/
https://www.normasabnt.org/citacoes/
35CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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O deslocamento de empregos e a criação de novos papéis 
é uma realidade cada vez mais presente em nossa sociedade 
devido ao avanço da automação. Esse fenômeno, caracterizado 
pela substituição de trabalhos humanos por máquinas e software, 
está remodelando o mercado de trabalho global. Enquanto certas 
profissões enfrentam o risco de serem automatizadas, novas 
oportunidades emergem, muitas vezes exigindo habilidades 
diferentes e mais alinhadas com a economia digital.
A automação tem impactado setores tradicionais como 
manufatura, logística e serviços ao cliente. Entretanto, está 
criando novas categorias de empregos e demandando novas 
habilidades. No setor de tecnologia da informação, por exemplo, 
há uma necessidade crescente de programadores, engenheiros 
de software e especialistas em cibersegurança para desenvolver 
e manter as tecnologias que alimentam a automação. Na 
manufatura avançada, surgem funções relacionadas à operação 
e à manutenção de equipamentos automatizados e à gestão de 
sistemas de produção integrados.
No setor de saúde, a automação está levando ao 
surgimento de papéis focados em telemedicina e na análise de 
dados de saúde, enquanto, no setor financeiro, profissionais com 
habilidades em fintech e análise de dados estão se tornando cada 
vez mais valiosos. Além disso, com o crescimento da economia 
de dados, surgem novos papéis focados em análise de dados, 
ciência de dados e inteligência artificial. O impacto da automação 
não é, necessariamente, sobre a eliminação de empregos, mas, 
muitas vezes, sobre a transformação deles. Por exemplo, em 
setores como varejo e atendimento ao cliente, embora alguns 
empregos sejam automatizados, outros estão evoluindo para 
incluir componentes de gerenciamento de tecnologia ou de foco 
em experiências personalizadas de cliente que não podem ser 
fornecidas por máquinas.
36 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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À medida que a tecnologia avança, a adoção de sistemas 
automatizados e inteligentes está se tornando mais prevalente, 
impactando significativamente a maneira como as empresas 
operam e os trabalhadores executam suas funções. Vamos 
explorar alguns dos setores mais afetados pela automação:
 • manufatura – a manufatura é um dos setores mais 
profundamente transformados pela automação. 
Com o advento da Indústria 4.0, fábricas inteligentes 
equipadas com robôs, sensores IoT (internet das coisas) 
e sistemas de automação estão se tornando cada vez 
mais comuns. Esses avanços permitem uma produção 
mais eficiente, rápida e flexível, além de reduzir os riscos 
de acidentes de trabalho. A automação na manufatura 
não apenas substitui tarefas manuais e repetitivas, 
mas também melhora a precisão e a qualidade dos 
produtos. No entanto, isso também significa uma 
mudança na natureza dos empregos no setor, com uma 
demanda crescente por habilidades em programação 
de robôs, manutenção de sistemas automatizados e 
gerenciamento de cadeias de suprimentos digitais;
 • logística e transporte – o setor de logística e de trans-
porte também está sendo drasticamente alterado pela 
automação. Tecnologias como sistemas automatizados 
de armazenagem, drones para entrega e veículos autô-
nomos estão otimizando as operações de transporte e 
de distribuição. Empresas como Amazon e UPS estão 
experimentando drones para entrega de mercadorias, 
visando a reduzir o tempo de entrega e os custos ope-
racionais. Além disso, a implementação de veículos 
autônomos em operações de transporte de carga pro-
mete revolucionar ainda mais o setor, aumentando a 
eficiência e reduzindo os custos de mão de obra;
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 • serviços – a automação nos serviços é evidente em vários 
exemplos, desde chatbots em atendimento ao cliente 
até quiosques de autoatendimento em restaurantes e 
lojas. Os chatbots, alimentados por inteligência artificial, 
estão assumindo um número crescente de funções de 
atendimento ao cliente, fornecendo respostas rápidas 
e precisas às consultas dos clientes. Em restaurantes, 
sistemas de pedido automatizados permitem que os 
clientes façam pedidos sem interação humana, otimizando 
o processo de atendimento e reduzindo erros. Essa 
automação nos serviços não apenas melhora a eficiência, 
mas também transforma a experiência do cliente;
 • saúde – o setor de saúde está começando a ver o 
impacto significativo da automação, especialmente 
com o advento da telemedicina e da robótica cirúrgica. 
A telemedicina permite que os pacientes consultem 
médicos remotamente. Além disso, a robótica cirúrgica 
está sendo cada vez mais utilizada para realizar 
procedimentos com precisão e eficiência superiores.
No entanto, a automação também pode gerar desafios e 
preocupações. Lucas Freitas destaca que a automação pode levar 
a uma perda de contato humano entre os profissionais de saúde 
e os pacientes, o que pode afetar negativamente a qualidade do 
atendimento. Além disso, a automação pode gerar preocupações 
com relação à segurança dos dados dos pacientes e à privacidade. 
Para lidar com esses desafios, é importante que haja políticas 
públicas para garantir a segurança e a privacidade dos dados dos 
pacientes, além de medidas para garantir que a automação não 
leve a uma perda de contato humano entre os profissionais de 
saúde e os pacientes. É fundamental que a automação seja vista 
como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos serviços de 
saúde, e não como uma ameaça à qualidade do atendimento.
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
https://www.scielo.br/j/tce/a/63hZ64xJVrMf5fwsBh7dnnq/
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38 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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A automação está provocando uma reestruturação 
significativa em vários setores, impulsionando eficiências 
operacionais e criando novos modelos de negócios. No entanto, 
essas mudanças também trazem desafios, especialmente no que 
diz respeito à força de trabalho e à necessidade de novas habilidades 
e de treinamentos. O futuro do trabalho em setores impactados 
pela automação será caracterizado por uma maior colaboração 
entre humanos e tecnologia, exigindo uma abordagem adaptativa 
e proativa para a educação e o desenvolvimento profissional.
A automação, uma força transformadora na economia 
global, tem implicações de longo alcance que transcendem os 
limites imediatos das indústrias e dos mercados de trabalho. À 
medida que mais setores adotam tecnologias automatizadas, é 
essencial considerar os efeitos econômicos a longo prazo dessa 
mudança, incluindo seu impacto nos salários, na produtividade e 
na estrutura geral do mercado de trabalho.
Um dos efeitos mais evidentes da automação é o aumento 
da produtividade. As máquinas e os sistemas automatizados 
podem operar continuamente e com um alto grau de precisão, 
aumentando significativamente a produção e reduzindo o tempo 
necessário para fabricar produtos ou fornecer serviços. Isso pode 
levar a um crescimento econômico mais robusto e a uma geração 
de riqueza aumentada. No entanto, o benefício da produtividade 
aumentada pode não ser distribuído uniformemente entre todos 
os setores e grupos de trabalhadores.
Segundo Soares, a automação é uma das tecnologias 
da informação que tem influenciado a economia mundial 
contemporânea e, em particular, a economia dos países do Terceiro 
Mundo. A automação pode aumentar a produtividade e reduzir os 
custos de produção, o que pode levar a preços mais baixos para 
os consumidores. No entanto, a automação também pode trazer 
https://www.scielo.br/j/rae/a/3WXFgyQJXPTjQ3WYJwRVD7h/
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desemprego em massa, perda da tecnologia pseudotransferida e 
uma possível perda da competitividade no mercado mundial, em 
virtude da automação no Primeiro Mundo.
A relação entre automação e salários é complexa. 
Teoricamente, o aumento da produtividade deveria levar a salários 
mais altos. No entanto, a realidade é, muitas vezes, mais matizada. 
Em setores em que a automação substitui grande parte do trabalho 
humano, pode haver uma pressão descendente sobre os salários, 
especialmente para funções de baixa qualificação. Por outro 
lado, os trabalhadores que possuem as habilidades necessárias 
para operar e manter tecnologias automatizadas. Aqueles em 
setores menos suscetíveis à automação podem experimentar um 
aumento na demanda e, consequentemente, nos salários.
Um desafio potencial decorrente da automação é 
o aumento da desigualdade econômica. Se os ganhos de 
produtividade resultantes da automação forem concentrados 
nas mãos de poucos (por exemplo, proprietários de tecnologia e 
investidores), enquanto uma grande parcela da força de trabalho 
enfrenta desemprego ou salários reduzidos, isso pode agravar as 
disparidades de renda. Essa desigualdade pode ter implicações 
significativas para a coesão social e a estabilidade econômica.
Os efeitos econômicos da automação a longo prazo são 
vastos. Enquanto a automação traz o potencial para o aumento 
da produtividade e da eficiência econômica, também apresenta 
desafios significativos, como pressão sobre os salários em certos 
setores, mudanças na estrutura do mercado de trabalho e potencial 
aumento da desigualdade econômica. Para colher os benefícios 
da automação, enquanto se mitigam seus efeitos adversos, é 
crucial para os formuladores de políticas, educadores e líderes 
empresariais trabalharem juntos na promoção de estratégias 
de requalificação e educação, de políticas de redistribuição 
https://www.scielo.br/j/rae/a/3WXFgyQJXPTjQ3WYJwRVD7h/
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equitativas e de sistemas de apoio para aqueles impactados pelas 
transformações no mercado de trabalho.
Habilidades do futuro
As mudanças trazidas pela automação apresentam desafios 
significativos para trabalhadores, empresas e governos. Para os 
trabalhadores, há a necessidade urgente de requalificação e da 
aquisição de novas habilidades. As empresas precisam repensar 
suas estratégias de recursos humanos e de desenvolvimento de 
talentos, enquanto os governos devem considerar políticas para 
suportar a transição de trabalho e mitigar o desemprego e as 
desigualdades.
James Bessen argumenta que a automação pode levar a 
uma mudança na natureza do trabalho, mas não necessariamente 
a uma diminuição no número de empregos. Ele afirma que 
a automação pode levar a uma mudança na demanda por 
habilidades, com habilidades complementares à tecnologia se 
tornando mais valiosas.
As habilidades do futuro são um conjunto de 
competências e de capacidades que se tornarão cada vez mais 
vitais para os profissionais em um mercado de trabalho em rápida 
transformação, moldado pela automação, pela digitalização e 
por outras tendências tecnológicas. À medida que entramos 
em uma nova era de inovação e de mudança, as habilidades 
requeridas para prosperar profissionalmente estão evoluindo 
e a compreensão dessas habilidades se torna essencial para 
indivíduos e organizações.
À medida que a tecnologia avança, a demanda por 
habilidades técnicas específicas, como programação, análise 
de dados, inteligência artificial e cibersegurança, aumenta. A 
capacidade de trabalhar com novas tecnologias, entender suas 
https://www.normasabnt.org/citacoes/
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41CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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aplicações e contribuir para o seu desenvolvimento será crucial. 
Além disso, a compreensão das tecnologias emergentes e a 
capacidade de se adaptar a novas ferramentas e plataformas são 
habilidades valiosas.
Imagem 2.6 – Inteligência artificial
Fonte: Freepik.
Com a automação assumindo tarefas rotineiras, a 
capacidade de pensar criticamente, de avaliar informações de 
múltiplas fontes e de resolver problemas complexos se torna mais 
importante. Essas habilidades permitem aos profissionais abordar 
desafios não convencionais, desenvolver soluções inovadoras 
e tomar decisões informadas em um ambiente de negócios 
dinâmico.
A criatividade não é apenas uma habilidade artística, mas 
uma competência empresarial vital. A capacidade de pensar de 
forma criativa, de gerar novas ideias e abordagens e inovar são 
fundamentais em um mundo no qual a diferenciação e a inovação 
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contínua são chaves para o sucesso. A criatividade é uma habilidade 
que permite aos profissionais se adaptarem e prosperarem em 
ambientes em constante mudança.
Habilidades interpessoais, como comunicação eficaz, 
trabalho em equipe e colaboração, são essenciais, especialmente 
em um ambiente de trabalho globalizado e interconectado. A 
capacidade de trabalhar efetivamente em equipes diversas, de 
entender e respeitarmúltiplas perspectivas e de comunicar ideias 
claramente será cada vez mais valiosa. Além das habilidades 
técnicas, as habilidades comportamentais também são 
importantes no mercado de trabalho. Algumas das habilidades 
comportamentais mais demandadas incluem capacidade de 
ensinar, flexibilidade, resiliência, trabalho em equipe e liderança. 
A inteligência emocional – a habilidade de entender e de 
gerenciar suas próprias emoções e as dos outros – é crucial para 
a liderança e para construir relações de trabalho fortes. Isso se 
torna ainda mais importante em um mundo no qual a inteligência 
artificial e as máquinas assumem funções mais operacionais, 
enquanto as habilidades humanas únicas ganham destaque.
A disposição e a capacidade de aprender continuamente 
são cruciais no futuro do trabalho. A paisagem tecnológica e 
empresarial está mudando rapidamente e a habilidade de se 
adaptar e de aprender novas habilidades é fundamental para 
manter a relevância profissional. Isso inclui a disposição para 
se requalificar ou para buscar educação adicional, conforme 
necessário. De acordo com o relatório “O futuro do trabalho 2020”, 
do Fórum Econômico Mundial, as habilidades mais demandadas 
no mercado de trabalho até 2025 são as chamadas “soft skills”, 
que são habilidades comportamentais, como pensamento crítico, 
resolução de problemas, criatividade, liderança, inteligência 
emocional, trabalho em equipe, flexibilidade e resiliência. 
https://blog.portalpos.com.br/habilidades-tecnicas-demandadas-tecnologia/
https://blog.portalpos.com.br/habilidades-tecnicas-demandadas-tecnologia/
https://blog.portalpos.com.br/habilidades-tecnicas-demandadas-tecnologia/
https://blog.somostera.com/futuro-do-trabalho/habilidades-do-futuro
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Para se destacar no mercado de trabalho, é importante que 
os profissionais desenvolvam essas habilidades comportamentais, 
além das habilidades técnicas. Segundo o relatório “O futuro 
do trabalho 2020”, “as habilidades técnicas continuarão a ser 
importantes, mas as habilidades comportamentais serão ainda 
mais importantes para o sucesso no mercado de trabalho” 1.
As habilidades do futuro refletem a necessidade de 
um equilíbrio entre competências técnicas e habilidades 
interpessoais e adaptativas. À medida que o mundo se torna mais 
tecnologicamente avançado e interconectado, a capacidade de 
combinar conhecimento técnico com criatividade, pensamento 
crítico, inteligência emocional e aprendizado contínuo será o que 
diferenciará os profissionais bem-sucedidos. Preparar-se para 
essas mudanças, tanto individualmente quanto como parte de 
organizações, é fundamental para navegar com sucesso no futuro 
do trabalho.
O avanço tecnológico e a automação estão transformando 
o mercado de trabalho, tornando algumas habilidades obsoletas 
enquanto elevam a demanda por outras. Profissionais de todas 
as áreas estão descobrindo que habilidades como alfabetização 
digital, programação, análise de dados e conhecimento em 
inteligência artificial estão se tornando cada vez mais essenciais. 
Além disso, habilidades como pensamento crítico, resolução 
de problemas complexos e criatividade são valorizadas em um 
ambiente em que a capacidade de se adaptar e inovar é crucial.
Em uma sociedade cada vez mais dependente da 
tecnologia, a disseminação de habilidades do futuro entre a 
população é vital para o progresso econômico e social. Uma força 
de trabalho qualificada e adaptável é essencial para impulsionar 
a inovação e manter a competitividade econômica de um país. 
Além disso, à medida que as questões sociais e ambientais se 
https://bing.com/search?q=habilidades+mais+demandadas+organiza%c3%a7%c3%a3o+mundial+do+trabalho
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tornam mais complexas, a capacidade de abordá-las de maneira 
criativa e eficiente, utilizando tecnologias emergentes, torna-se 
indispensável.
Esse cenário implica uma necessidade premente de 
reformulação nos sistemas educacionais e de treinamento 
profissional. Instituições de ensino, desde o ensino fundamental 
até o superior, precisam integrar habilidades do futuro em 
seus currículos para preparar os estudantes para os desafios 
do amanhã. Da mesma forma, programas de treinamento e de 
desenvolvimento profissional devem se adaptar para fornecer 
oportunidades de requalificação e de aprendizado contínuo aos 
trabalhadores.
A necessidade de habilidades do futuro também levanta 
questões sobre inclusão e igualdade de acesso à educação e a 
oportunidades profissionais. Garantir que todos os segmentos 
da população tenham a oportunidade de desenvolver essas 
habilidades é crucial para evitar uma divisão social em que apenas 
uma parcela da população está preparada para as demandas do 
futuro do trabalho. 
As habilidades do futuro são fundamentais para a 
resiliência e o sucesso tanto de indivíduos quanto da sociedade em 
um mundo em rápida mudança. Elas são cruciais para enfrentar 
os desafios apresentados pela automação e pela digitalização e 
para aproveitar as oportunidades que essas tecnologias oferecem. 
A capacidade de adaptar os sistemas educacionais e profissionais 
para cultivar essas habilidades será determinante para o futuro 
da força de trabalho e para o desenvolvimento social e econômico 
global.
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Estratégias de adaptação 
profissional
A automação e a mudança no emprego são fenômenos 
complexos e de amplo alcance. Elas oferecem oportunidades para 
melhorar a eficiência e criar novas formas de trabalho, mas também 
exigem uma adaptação significativa por parte dos trabalhadores 
e uma resposta política e estratégica coordenada por parte das 
empresas e dos governos. Entender essas dinâmicas é crucial 
para navegar com sucesso no futuro do trabalho, aproveitando as 
oportunidades e minimizando os desafios associados.
Em um mundo em que a tecnologia e o mercado de trabalho 
estão em constante evolução, a adaptação profissional se tornou 
uma necessidade imperativa. Estratégias de adaptação profissional 
são essenciais para indivíduos que buscam não apenas manter sua 
relevância no mercado, mas também aproveitar as oportunidades 
que surgem com as mudanças tecnológicas e econômicas. Essas 
estratégias abrangem desde a aquisição de novas habilidades até 
a reavaliação e a transformação de carreiras.
Uma das estratégias mais eficazes para a adaptação 
profissional é o compromisso com o aprendizado contínuo. 
Isso inclui a atualização constante de habilidades técnicas, 
especialmente aquelas relacionadas a novas tecnologias. A 
requalificação, por sua vez, envolve aprender novas habilidades 
ou campos de estudo que podem ser completamente diferentes 
da formação original do indivíduo. Isso pode ser feito por meio 
de cursos on-line, workshops, treinamentos profissionais ou até 
mesmo voltando para a educação formal.
Outro aspecto-chave é a flexibilidade. Profissionais que 
são capazes de se adaptar a diferentes ambientes e funções têm 
uma vantagem significativa. Isso significa estar aberto a mudanças, 
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estar disposto a assumir novos desafios e ter a capacidade de 
trabalhar em diferentes projetos ou setores. A versatilidade, queimplica ter um amplo leque de habilidades transferíveis, também 
é uma característica valiosa no mercado de trabalho atual.
Construir e manter uma rede de contatos profissionais é 
fundamental. Um networking eficaz pode abrir portas para novas 
oportunidades de emprego, parcerias e colaborações. Além disso, 
trocar experiências com outros profissionais pode oferecer insights 
valiosos e novas perspectivas, além de manter o profissional 
atualizado sobre as tendências do setor.
No atual ambiente de trabalho, dominar ferramentas 
digitais e plataformas on-line é quase um pré-requisito. Desde 
softwares específicos de uma indústria até ferramentas de 
comunicação e de colaboração em equipe, a competência digital é 
crucial. Para muitos profissionais, isso também pode significar se 
adaptar ao trabalho remoto ou flexível, uma tendência que está 
crescendo.
Como vimos, além das habilidades técnicas, as soft skills 
como comunicação eficaz, pensamento crítico, resolução de 
problemas e trabalho em equipe são cada vez mais valorizadas. 
Em um ambiente de trabalho automatizado e tecnologicamente 
avançado, essas habilidades humanas se destacam como 
componentes essenciais para o sucesso profissional.
Por fim, a adaptação profissional também envolve um 
grau de introspecção. Entender suas próprias forças, fraquezas e 
paixões pode ajudar na direção de uma carreira mais satisfatória 
e bem-sucedida. Avaliar regularmente a trajetória profissional e 
estar aberto a mudanças de carreira quando necessário pode ser 
um passo decisivo para um crescimento contínuo.
47CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Imagem 2.7 – Adaptação profissional
Fonte: Freepik.
As estratégias de adaptação profissional são multifacetadas 
e envolvem uma combinação de atualização de habilidades, 
flexibilidade, networking, adaptação digital, desenvolvimento de 
soft skills e autoavaliação. No cenário atual de mudanças rápidas, 
a capacidade de se adaptar e de evoluir é, sem dúvida, uma das 
habilidades mais valiosas que um profissional pode possuir. 
Preparar-se para a constante evolução do ambiente de trabalho 
é essencial para garantir não apenas a sobrevivência profissional, 
mas também para capitalizar as oportunidades emergentes em 
um mundo cada vez mais tecnológico e interconectado.
De acordo com Ferreira (1964), “a automação surge, assim, 
inesperadamente, no processo histórico-cultural a desafiar a 
capacidade do homem para elaborar um novo humanismo que 
lhe permita dominar a automação, ao invés de se escravizar a 
suas injunções”. A automação gera a necessidade de mudanças 
profundas no processo de produção, ou seja, com a automação 
ocorre uma transformação de toda a produção.
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A automação tem impactos significativos na sociedade, 
tanto positivos quanto negativos. É importante que a sociedade 
esteja ciente desses impactos para poder tomar decisões 
informadas sobre como lidar com a automação. 
A automação tem sido responsável por substituir 
trabalhadores em diversas áreas, o que pode gerar desemprego 
e aumento da desigualdade social. Por outro lado, a automação 
também pode gerar novas oportunidades de trabalho em 
áreas relacionadas à tecnologia e à manutenção dos sistemas 
automatizados. A automação pode aumentar a eficiência e a 
produtividade das empresas, reduzindo custos e melhorando a 
qualidade dos produtos e dos serviços oferecidos. Rosane da S. 
Borges (2009), por sua vez, destaca que “a automação industrial 
é uma forma que muitas empresas encontraram de melhorar o 
processo de produção de seus produtos”.
No entanto, é importante que haja políticas públicas para 
garantir a capacitação dos trabalhadores para as novas demandas 
do mercado de trabalho, além de medidas para proteger os 
direitos trabalhistas. A automação também pode gerar mudanças 
na forma como as pessoas se relacionam com o trabalho e com 
o tempo livre, o que pode ter impactos na saúde mental e na 
qualidade de vida das pessoas. Segundo Stuart Hall (2003), “a 
tecnologia não é neutra, mas é construída em torno de valores, 
interesses e objetivos específicos”. 
Para lidar com os efeitos negativos da automação, é 
necessário que a sociedade esteja preparada para as mudanças 
que estão por vir. É preciso investir em educação e em capacitação 
profissional para que os trabalhadores possam se adaptar às novas 
demandas do mercado de trabalho. Além disso, é importante que 
haja políticas públicas para proteger os direitos trabalhistas e 
garantir que a automação não leve a um aumento da desigualdade 
social. Por fim, é fundamental que a sociedade esteja atenta aos 
https://rabiscodahistoria.com/trabalho-e-tecnologia-os-impactos-da-automacao-na-sociedade/
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impactos da automação na saúde mental e na qualidade de vida 
das pessoas.
Tradicionalmente, a educação era vista como uma 
etapa que precedia a entrada no mercado de trabalho, mas 
esse modelo já não é mais suficiente na era da automação. A 
atualização contínua do conhecimento e das habilidades se 
tornou uma necessidade, pois a automação e a digitalização estão 
transformando rapidamente os empregos e as indústrias. Isso 
significa que a aprendizagem não pode mais ser confinada aos 
primeiros anos de vida de uma pessoa, mas deve ser uma jornada 
contínua, que se estende por toda a carreira profissional.
Para os profissionais, a educação contínua é um meio de 
se manterem competitivos e eficazes em suas áreas de atuação. 
Isso pode envolver a aquisição de novas habilidades técnicas 
relacionadas a tecnologias emergentes ou a atualização de 
conhecimentos em áreas que estão sofrendo mudanças devido 
à automação. Por exemplo, um profissional de marketing pode 
precisar aprender sobre novas ferramentas digitais e de análise 
de dados para se adaptar às novas realidades do marketing digital.
O aprendizado ao longo da vida não é apenas uma 
questão de adquirir novas habilidades técnicas; também envolve 
desenvolver uma mentalidade flexível e adaptável. Na era da 
automação, a capacidade de aprender, desaprender e reaprender 
é tão importante quanto o conhecimento técnico em si. Isso 
significa estar aberto a novas ideias, estar disposto a mudar de 
direção e a ser resiliente diante dos desafios e das mudanças.
Felizmente, a era digital também oferece inúmeras 
oportunidades para a educação contínua. Como vimos, 
plataformas de aprendizado on-line, como MOOCs (Massive Open 
On-line Courses), webinars, workshops virtuais e plataformas de 
e-learning, tornam o acesso ao conhecimento mais fácil e flexível 
do que nunca. Além disso, muitas organizaçõescomeçaram a 
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50 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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reconhecer a importância do aprendizado contínuo, oferecendo 
treinamento e desenvolvimento profissional como parte de sua 
estratégia de recursos humanos.
Integrar o aprendizado no estilo de vida se torna uma 
prática valiosa. Isso pode significar dedicar um tempo regular 
para cursos on-line, participar de workshops, ler artigos e livros 
relacionados à indústria ou até mesmo participar de comunidades 
e de redes profissionais para compartilhar conhecimento e 
experiências.
Na era da automação, a educação contínua e o aprendizado 
ao longo da vida são fundamentais para qualquer profissional que 
deseja se manter relevante e bem-sucedido. As rápidas mudanças 
tecnológicas exigem uma abordagem proativa à educação, 
com um foco na flexibilidade, na capacidade de adaptação 
e no desenvolvimento contínuo de habilidades. Por meio do 
compromisso com o aprendizado contínuo, os profissionais podem 
não apenas acompanhar as mudanças, mas também capitalizar as 
novas oportunidades que surgem na era da automação.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza 
de que você realmente entendeu o tema de 
estudo, vamos rever o essencial. A automação 
e o futuro do trabalho constituem um tema de 
vital importância no contexto atual, marcado 
por rápidas transformações tecnológicas e por 
mudanças significativas no mercado de trabalho. 
O avanço da automação, impulsionado pela 
inteligência artificial, pela robótica e por outras 
tecnologias emergentes, está redefinindo as 
formas de trabalho, alterando a demanda por 
habilidades específicas e remodelando a estrutura 
econômica global.
51CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Essas mudanças trazem tanto desafios quanto 
oportunidades, exigindo uma resposta adaptativa 
tanto dos profissionais quanto das sociedades. 
Primeiramente, a automação está provocando 
um deslocamento significativo nos empregos, 
afetando principalmente trabalhos que envolvem 
tarefas repetitivas e previsíveis. Setores como 
manufatura, logística, serviços e até mesmo 
certos aspectos do setor de saúde estão vendo 
uma crescente implementação de sistemas 
automatizados. No entanto, ao mesmo tempo, 
a automação também está criando novos papéis 
e oportunidades de emprego, especialmente 
em áreas relacionadas à gestão de tecnologias 
automatizadas, desenvolvimento de software, 
análise de dados e suporte técnico. Além disso, os 
efeitos econômicos da automação a longo prazo 
são complexos. Enquanto a produtividade e a 
eficiência são aprimoradas, surgem questões sobre 
a distribuição de riqueza, a disparidade salarial e 
o potencial aumento da desigualdade econômica. 
A automação, portanto, desafia as estruturas 
econômicas tradicionais e exige uma consideração 
cuidadosa das políticas públicas para mitigar os 
impactos negativos. A automação e o futuro do 
trabalho representam um campo dinâmico e em 
evolução, repleto de desafios e de oportunidades. 
A preparação para essas mudanças é fundamental, 
exigindo uma abordagem proativa tanto individual 
quanto coletivamente. O desenvolvimento de 
estratégias de adaptação profissional, o fomento à 
educação contínua e a implementação de políticas 
inclusivas e equitativas são essenciais para navegar 
com sucesso nesse novo cenário de trabalho.
52 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Tecnologia e a preservação do 
meio ambiente
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como a tecnologia desempenha um 
papel crucial na promoção da sustentabilidade e 
na preservação do meio ambiente. Este capítulo 
irá equipá-lo com o conhecimento necessário 
sobre como as inovações tecnológicas podem ser 
utilizadas para proteger nosso planeta. E então? 
Motivado para desenvolver essa competência 
crucial? Vamos embarcar nesta jornada de 
aprendizado sobre a interseção entre tecnologia, 
sustentabilidade e meio ambiente. Avante!
A interseção entre tecnologia e prevenção do meio 
ambiente representa um dos campos mais promissores e 
necessários na busca por um futuro sustentável. À medida que 
enfrentamos desafios ambientais sem precedentes, incluindo 
mudanças climáticas, perda de biodiversidade e poluição, a 
tecnologia surge não apenas como uma ferramenta de potencial 
transformador, mas também como uma esperança para reverter 
os danos e proteger os recursos naturais do planeta.
A aplicação de tecnologias avançadas na prevenção do 
meio ambiente abrange uma ampla gama de iniciativas e de 
soluções inovadoras. Desde energias renováveis, que buscam 
substituir os combustíveis fósseis por fontes limpas e inesgotáveis, 
até tecnologias de monitoramento ambiental, que fornecem dados 
críticos para a tomada de decisões e para ações de conservação, 
a tecnologia está na vanguarda da luta contra a degradação 
ambiental.
53CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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As inovações em eficiência energética e em edifícios 
inteligentes exemplificam como a tecnologia pode reduzir o 
consumo de energia e as emissões de carbono em ambientes 
urbanos e industriais. Além disso, a bioengenharia e as soluções 
baseadas na natureza destacam o potencial da ciência para 
restaurar ecossistemas danificados e criar sistemas sustentáveis 
de produção de alimentos e de gestão de resíduos.
A economia circular, impulsionada por tecnologias 
de reciclagem e de design sustentável, apresenta um modelo 
econômico que minimiza o desperdício e promove a reutilização 
de materiais, desafiando a noção tradicional de consumo e de 
descarte. Essas abordagens tecnológicas não apenas visam 
a proteger o meio ambiente, mas também a garantir um 
desenvolvimento econômico mais sustentável e equitativo.
No entanto, a implementação eficaz dessas tecnologias 
requer uma abordagem colaborativa, envolvendo governos, 
indústrias, comunidades científicas e a sociedade civil. Políticas 
públicas favoráveis, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, 
educação ambiental e a promoção de práticas sustentáveis são 
fundamentais para maximizar o impacto positivo da tecnologia na 
prevenção do meio ambiente.
A tecnologia desempenha um papel crucial na prevenção 
do meio ambiente, oferecendo soluções inovadoras para alguns 
dos maiores desafios ambientais de nossa época. À medida 
que avançamos, é imperativo que continuemos a explorar e a 
investir em tecnologias que possam proporcionar um futuro mais 
sustentável para o planeta e para as gerações futuras.
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Inovações sustentáveis
No contexto atual, marcado por desafios ambientais 
crescentes, as inovações sustentáveis emergem como soluções 
essenciais, desempenhando um papel vital na promoção de um 
desenvolvimento mais harmonioso entre sociedade, economia e 
meio ambiente. Essas inovações, que se estendem por diversos 
setores e aplicativos, combinam a utilização de tecnologias 
avançadas com práticas sustentáveis, visando a um impacto 
positivo no planeta e na vida das pessoas.
Um trabalho teórico de inovação e sustentabilidade 
analisa a evolução histórica do desenvolvimento sustentável. 
Segundo os autores, a teoria institucional desempenha um 
papel crucial na compreensão dessa relação. A proeminência do 
desenvolvimento sustentável pode ser explicada pelo conceito 
de eficiência simbólica, conforme proposto por Meyer e Rowan 
(1991). Além disso, o artigo destaca a importância de organizações 
inovadoras considerarem as três dimensões da sustentabilidade: 
social, ambiental e econômica.
Autores como Murray, Skene e Haynes (2017) argumentam 
que a inovação sustentável não deve se limitar à eficiência 
operacional. Ela deve abranger a criação de novos modelos de 
negócios, produtos e serviços que promovam a sustentabilidade. 
Essaperspectiva ampliada implica pensar além dos ganhos 
imediatos e considerar o impacto a longo prazo.
Um dos campos mais significativos de inovações 
sustentáveis é o das energias renováveis. Tecnologias como a 
solar fotovoltaica e a eólica estão na vanguarda, transformando a 
maneira como geramos e consumimos energia. Elas não apenas 
ajudam a reduzir a dependência de combustíveis fósseis, mas 
também mitigam as emissões de gases de efeito estufa. Além 
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
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disso, a inovação em eficiência energética, seja em edifícios, 
transporte ou indústria, é crucial para reduzir o consumo global 
de energia e minimizar o impacto ambiental.
Imagem 2.8 – Fontes de energia renováveis
Fonte: Freepik.
A agricultura sustentável é outra área em que as inovações 
estão fazendo uma diferença significativa. Técnicas como a 
agricultura de precisão, utilizando sensores IoT, drones e análise de 
dados, permitem que os agricultores otimizem o uso de recursos 
como água e fertilizantes, aumentando a produtividade ao mesmo 
tempo que reduzem o impacto ambiental. O desenvolvimento 
de fertilizantes e de pesticidas mais ecológicos e a prática da 
agricultura regenerativa também são exemplos de como a 
inovação pode promover a sustentabilidade no setor agrícola.
As soluções baseadas na natureza representam um 
paradigma emergente que utiliza processos e sistemas naturais 
para enfrentar desafios ambientais e sociais. Isso inclui a 
restauração de ecossistemas, como florestas e mangues, 
para sequestro de carbono e para a proteção contra eventos 
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climáticos extremos. A bioengenharia também se enquadra nesse 
espectro, oferecendo maneiras inovadoras de resolver problemas 
ambientais, como a utilização de bactérias para limpeza de 
derramamentos de petróleo ou de plantas para a remediação de 
solos contaminados.
A transição para uma economia circular, em que os 
produtos são projetados para serem reutilizados, reciclados ou 
compostados, representa uma inovação sustentável fundamental. 
Essa abordagem contrasta com o modelo linear de “produzir, 
consumir, descartar”, promovendo a eficiência dos recursos 
e reduzindo o desperdício. Inovações em design de produtos, 
materiais sustentáveis e tecnologias de reciclagem são essenciais 
para essa transformação.
SAIBA MAIS
Para se aprofundar no tema da economia circular, 
leia o artigo “Economia circular: entenda o que 
é, suas características e benefícios”, clique no 
QR-CODE.
As inovações sustentáveis são fundamentais para enfrentar 
os desafios ambientais do século 21. Elas oferecem caminhos para 
um futuro mais verde e justo, no qual o progresso tecnológico 
e econômico ocorre em harmonia com o meio ambiente. Para 
empresas, governos e indivíduos, entender e investir nessas 
inovações não é apenas uma questão de responsabilidade 
ambiental, mas também uma oportunidade estratégica de longo 
http://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/economia-circular/#:~:text=Economia%20circular%20%C3%A9%20um%20conceito,mais%20dur%C3%A1veis%2C%20recicl%C3%A1veis%20e%20renov%C3%A1veis
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prazo. À medida que avançamos, a adoção e o suporte a essas 
inovações se tornarão cada vez mais críticos para garantir a 
sustentabilidade e a resiliência de nosso planeta e da sociedade.
As tecnologias de baixo carbono e os princípios da 
economia circular estão no centro das estratégias modernas para 
alcançar a sustentabilidade ambiental. Juntas, elas representam 
uma abordagem holística e inovadora para minimizar o impacto 
humano no planeta, ao mesmo tempo em que promovem o 
desenvolvimento econômico sustentável. 
As tecnologias de baixo carbono são projetadas para 
reduzir significativamente as emissões de gases de efeito 
estufa, principalmente o dióxido de carbono, um dos principais 
contribuintes para as mudanças climáticas. Isso inclui fontes de 
energia renovável, como solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica, 
que oferecem alternativas limpas aos combustíveis fósseis. 
Além da geração de energia, a eficiência energética em edifícios, 
no transporte e em processos industriais é outra área crítica 
em que as tecnologias de baixo carbono estão fazendo uma 
diferença substancial. Por exemplo, veículos elétricos e híbridos 
estão substituindo os movidos a gasolina e a diesel, reduzindo as 
emissões de carbono no setor de transporte.
A bioengenharia e as soluções baseadas na natureza 
representam outra frente importante na busca por sustentabilidade 
ambiental. A bioengenharia utiliza conhecimentos de biologia, 
química e engenharia para criar soluções que possam remediar 
ou prevenir problemas ambientais. Isso inclui o desenvolvimento 
de organismos geneticamente modificados capazes de absorver 
poluentes ou converter resíduos em produtos úteis, bem como 
a criação de novos materiais biodegradáveis, que reduzem a 
dependência de plásticos e de outros materiais persistentes no 
meio ambiente.
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ACESSE
Para melhor compreender os aspectos éticos 
envolvidos na bioengenharia, clique no QR-CODE.
Elkington introduziu o conceito de ecoeficiência, que 
envolve a busca por soluções inovadoras que combinem eficiência 
econômica e ambiental. Ele destaca que a inovação pode ser um 
motor para alcançar metas sustentáveis. As soluções baseadas na 
natureza, por sua vez, tiram proveito dos processos naturais para 
enfrentar desafios ambientais. Isso pode incluir a restauração de 
florestas, pântanos e recifes de corais para sequestrar carbono, 
proteger contra erosão e melhorar a biodiversidade. Essas soluções 
não só ajudam a mitigar os impactos das mudanças climáticas, 
mas também fornecem habitats críticos para a vida selvagem e 
serviços ecossistêmicos vitais para as comunidades humanas.
As tecnologias de baixo carbono, a economia circular, a 
bioengenharia e as soluções baseadas na natureza são pilares 
fundamentais para a construção de um futuro mais sustentável. 
Ao reduzir as emissões de carbono, minimizar o desperdício e 
restaurar os ecossistemas naturais, essas abordagens inovadoras 
oferecem caminhos promissores para resolver alguns dos 
problemas ambientais mais prementes da atualidade. Para que 
seu potencial seja plenamente realizado, no entanto, é necessário 
um compromisso contínuo de governos, indústrias, comunidades 
científicas e o público em geral, trabalhando juntos para 
implementar essas soluções em larga escala.
https://medium.com/aspectos-humanos-e-sociais-na-computa%C3%A7%C3%A3o/%C3%A9tica-e-bioengenharia-at%C3%A9-onde-v%C3%A3o-os-limites-e-desafios-acerca-da-ci%C3%AAncia-807daffbcc03
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
https://www.scielo.br/j/rae/a/yfSJ69NTb8jcHSYr3R9bztJ/
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Tecnologias na gestão de 
recursos naturais
As tecnologias na gestão de recursos naturais estão 
revolucionando a forma como interagimos com o meio 
ambiente, oferecendo soluções inovadoras para conservação, 
monitoramento e uso sustentável desses recursos vitais. À 
medida que a pressão sobre os recursos naturais aumenta 
devido ao crescimento populacional, a mudanças climáticas e à 
industrialização, a adoção de tecnologias avançadas se torna 
crucial para garantir a sustentabilidade ambiental e a segurança 
dos ecossistemas que sustentam a vida na Terra.
Uma das contribuições mais significativas da tecnologia 
para a gestão de recursosnaturais é a capacidade de monitorar 
e mapear o ambiente com precisão, sem precedentes. Satélites, 
drones e sensores remotos fornecem dados detalhados sobre 
a cobertura do solo, o uso da terra, a qualidade da água, as 
condições atmosféricas e muito mais. Essas informações são 
essenciais para entender as tendências de mudança, avaliar o 
impacto das atividades humanas e tomar decisões informadas 
sobre conservação e gestão. Por exemplo, o monitoramento via 
satélite da desflorestação na Amazônia permite a identificação 
rápida de áreas críticas para ações de conservação.
Godard (2002) destaca a importância da gestão integrada 
dos recursos naturais e do meio ambiente. Essa abordagem 
considera a interdependência entre aspectos econômicos, sociais 
e ambientais. A tecnologia desempenha um papel crucial nesse 
processo, permitindo a otimização dos recursos e a minimização 
dos impactos.
A inteligência artificial (IA) e o big data estão transformando 
a gestão de recursos naturais ao permitir a análise complexa de 
https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74004
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https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74004
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grandes volumes de dados ambientais. Algoritmos de IA podem 
identificar padrões e prever tendências futuras, auxiliando na 
prevenção de desastres naturais, como incêndios florestais 
e inundações, e na otimização do uso de recursos hídricos e 
agrícolas. Além disso, a IA pode ajudar a modelar cenários de 
mudanças climáticas e seus possíveis impactos nos recursos 
naturais, orientando políticas de mitigação e de adaptação.
Imagem 2.9 – Drones
Fonte: Freepik.
Na agricultura, a implementação de tecnologias 
sustentáveis é fundamental para o uso eficiente de recursos 
naturais. A agricultura de precisão utiliza GPS, sensores de solo 
e drones para otimizar o plantio, a irrigação e a aplicação de 
fertilizantes e de pesticidas, reduzindo o desperdício de recursos 
e minimizando o impacto ambiental. Além disso, sistemas de 
aquaponia e de hidroponia representam métodos inovadores de 
produção de alimentos, que utilizam significativamente menos 
água e solo do que a agricultura tradicional.
Os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) têm se 
mostrado ferramentas valiosas na gestão de recursos naturais. 
Winckler et al. (sem data) exploram seu uso na melhoria dos 
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recursos hídricos em propriedades rurais. Esses dispositivos 
permitem monitoramento eficiente e não invasivo, contribuindo 
para a preservação ambiental.
A tecnologia também desempenha um papel crucial 
na gestão de recursos hídricos, um dos recursos naturais mais 
importantes e mais pressionados. Sistemas inteligentes de gestão 
da água, que incorporam sensores e automação, podem monitorar 
o consumo de água em tempo real, detectar vazamentos e 
otimizar a distribuição de água, garantindo seu uso eficiente. Além 
disso, tecnologias de tratamento de água, como osmose reversa 
e dessalinização, estão expandindo o acesso a água potável em 
regiões afetadas pela escassez hídrica.
As tecnologias na gestão de recursos naturais estão 
fornecendo ferramentas essenciais para enfrentar alguns dos 
desafios ambientais mais significativos da nossa época. Ao 
melhorar nossa capacidade de monitorar, analisar e gerenciar 
o meio ambiente, essas tecnologias abrem caminho para 
um futuro mais sustentável. No entanto, para maximizar seu 
potencial, é necessário um compromisso global com a pesquisa, o 
desenvolvimento e a implementação dessas soluções tecnológicas, 
além de políticas que incentivem práticas sustentáveis e protejam 
os recursos naturais para as gerações futuras.
A utilização da tecnologia de sensoriamento remoto e 
a aplicação do big data na modelagem e na previsão ambiental 
são dois pilares fundamentais no avanço do monitoramento 
ambiental. Essas tecnologias revolucionárias permitem uma 
compreensão sem precedentes dos processos terrestres, 
oferecendo ferramentas essenciais para o combate e a mitigação 
de problemas ambientais globais, como mudanças climáticas e 
desmatamento.
https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74004
https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74004
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O sensoriamento remoto, especialmente por meio 
de satélites, transformou radicalmente nossa capacidade de 
observar e monitorar a Terra em larga escala. Essa tecnologia 
envolve a coleta de informações sobre o planeta sem contato 
físico direto, utilizando sensores que captam dados por meio de 
ondas eletromagnéticas. Satélites equipados com esses sensores 
orbitam a Terra, capturando imagens e dados que abrangem 
vastas áreas geográficas com uma perspectiva global.
Leff (2001) aborda a epistemologia ambiental, enfatizando 
a necessidade de tecnologias que promovam a sustentabilidade. 
Essas tecnologias devem ser aplicadas de forma estratégica na 
gestão dos recursos naturais, considerando a complexidade dos 
sistemas ecológicos.
No contexto das mudanças climáticas, o sensoriamento 
remoto fornece dados valiosos sobre a temperatura da superfície 
terrestre, as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, 
a extensão dos gelos polares e as variações no nível do mar. Essas 
informações são cruciais para entender as tendências climáticas, 
avaliar o impacto das atividades humanas no sistema climático e 
modelar cenários futuros.
Quanto ao desmatamento, satélites com sensores de 
alta resolução podem detectar mudanças na cobertura florestal 
em tempo quase real. Isso permite identificar áreas críticas 
de desmatamento ilegal, monitorar a eficácia das políticas de 
conservação e planejar ações de reflorestamento. Além disso, 
o sensoriamento remoto é utilizado para monitorar outros 
fenômenos ambientais, como a degradação do solo, a saúde dos 
ecossistemas aquáticos e a expansão urbana, fornecendo dados 
essenciais para o manejo sustentável dos recursos naturais.
O advento do big data oferece uma nova dimensão ao 
monitoramento e à modelagem ambiental. A análise de grandes 
https://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/74004
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conjuntos de dados coletados por satélites, estações terrestres, 
boias oceânicas e outras fontes permite a identificação de padrões, 
tendências e correlações que seriam impossíveis de discernir 
manualmente. Essa capacidade de processar e analisar volumes 
massivos de dados em tempo real ou quase real é fundamental 
para melhorar a precisão das previsões climáticas e ambientais.
A modelagem ambiental, apoiada pelo big data, facilita a 
simulação de sistemas complexos da Terra, ajudando cientistas 
e tomadores de decisão a prever fenômenos como tempestades 
extremas, secas, ondas de calor e outros eventos climáticos. Além 
disso, o big data contribui para a compreensão dos impactos das 
mudanças climáticas na biodiversidade, na agricultura e na saúde 
humana, fornecendo insights para a adaptação e a mitigação.
A combinação da tecnologia de sensoriamento remoto 
com as capacidades analíticas do big data está redefinindo o 
monitoramento ambiental. Essa sinergia não só melhora nossa 
compreensão dos processos ambientais e climáticos, mas também 
aumenta a eficácia das respostas políticas e de gestão. À medida 
que enfrentamos desafios ambientais cada vez mais complexos, a 
importância dessas tecnologias só tende a crescer, representando 
uma esperança para a sustentabilidade do planeta e o bem-estar 
das futuras gerações.
Desafios e soluções ambientais
Em um mundo cada vez mais confrontado com desafios 
ambientais críticos, desde as mudanças climáticas até a perda de 
biodiversidade e a poluição, encontrar soluções eficazes se tornou 
uma prioridade global. Esses desafios,embora formidáveis, estão 
impulsionando inovações e estratégias destinadas a promover a 
sustentabilidade e a proteção do meio ambiente. A abordagem 
para enfrentá-los exige uma combinação de tecnologia, política, 
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educação e participação comunitária, cada uma desempenhando 
um papel vital na mitigação dos impactos ambientais negativos.
Um dos desafios ambientais mais prementes é a mudança 
climática, impulsionada, principalmente, pelas emissões de 
gases de efeito estufa resultantes de atividades humanas. As 
consequências, incluindo o aumento das temperaturas globais, 
eventos climáticos extremos e a elevação do nível do mar, têm 
impactos profundos nos ecossistemas naturais e nas sociedades 
humanas.
Para combater as mudanças climáticas, é crucial reduzir 
as emissões de carbono por meio da transição para energias 
renováveis, como solar e eólica, e melhorar a eficiência energética 
em todos os setores. Além disso, práticas de sequestro de carbono, 
como reflorestamento e agricultura regenerativa, podem ajudar a 
remover CO2 da atmosfera. Políticas públicas, como a imposição 
de um preço sobre o carbono e o investimento em pesquisa e 
no desenvolvimento de tecnologias verdes, são essenciais para 
acelerar essas mudanças.
ACESSE
Para saber mais sobre a transição energética, 
clique no QR-CODE.
A perda de biodiversidade é outro desafio crítico, com 
espécies desaparecendo a uma taxa alarmante devido à destruição 
de habitats, à poluição, a mudanças climáticas e a outras ameaças. 
A biodiversidade é fundamental para a resiliência dos ecossistemas 
https://fundacaofhc.org.br/blog/meio-ambiente-e-desenvolvimento-sustentavel?gad_source=1&gclid=Cj0KCQiA5fetBhC9ARIsAP1UMgGGv5ZEzqlJ_bYyLN3kCjxJJK_VmIYqOPiZeh6Uk0ib9E3iEB_b06kaAmKFEALw_wcB
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e para os serviços que eles prestam à humanidade, incluindo 
polinização, purificação da água e regulação do clima.
Gro Harlem Brundtland (1987), ex-primeira-ministra da 
Noruega e líder internacional em desenvolvimento sustentável, 
definiu o conceito de desenvolvimento sustentável: “O 
desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra 
as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras 
gerações de atender suas próprias necessidades”.
A conservação e a restauração de habitats são estratégias-
chave para proteger a biodiversidade. Isso inclui a criação de 
áreas protegidas, a restauração de ecossistemas degradados e a 
implementação de práticas de manejo sustentável da terra. Além 
disso, abordagens como corredores ecológicos podem promover a 
conectividade entre habitats fragmentados, permitindo a migração 
e o fluxo genético entre populações de espécies.
Imagem 2.10 – Poluição, um dos desafios ambientais
Fonte: Freepik.
https://www.bienaldolivrojf.com.br/desperte-sua-consciencia-ambiental-atraves-da-literatura/
https://www.bienaldolivrojf.com.br/desperte-sua-consciencia-ambiental-atraves-da-literatura/
https://www.bienaldolivrojf.com.br/desperte-sua-consciencia-ambiental-atraves-da-literatura/
https://www.bienaldolivrojf.com.br/desperte-sua-consciencia-ambiental-atraves-da-literatura/
https://www.bienaldolivrojf.com.br/desperte-sua-consciencia-ambiental-atraves-da-literatura/
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A poluição, seja do ar, da água ou do solo, continua a ser 
um desafio ambiental significativo, afetando a saúde humana e 
os ecossistemas. Fontes de poluição incluem emissões industriais, 
escoamento agrícola, resíduos plásticos e substâncias químicas 
tóxicas. A gestão eficaz dos resíduos, a redução do uso de 
substâncias químicas perigosas e a implementação de tecnologias 
de tratamento de efluentes são fundamentais para combater a 
poluição. Políticas como a proibição de plásticos de uso único e 
a promoção da economia circular podem reduzir a quantidade 
de resíduos gerados. Além disso, monitoramento ambiental 
e regulamentações rigorosas são essenciais para controlar as 
emissões poluentes.
Enfrentar os desafios ambientais do nosso tempo requer 
uma ação coletiva. Soluções inovadoras, políticas eficazes, 
educação ambiental e engajamento comunitário são todos 
componentes críticos dessa resposta. Ao combinar esforços em 
várias frentes, podemos trabalhar em direção a um futuro mais 
sustentável e resiliente, protegendo nosso planeta e garantindo 
o bem-estar das gerações presentes e futuras. A chave para o 
sucesso reside na colaboração global, no compromisso contínuo e 
na vontade de adaptar nossas práticas e nossos estilos de vida em 
favor da sustentabilidade ambiental.
As energias renováveis e a eficiência energética estão no 
coração das estratégias para combater as mudanças climáticas 
e promover um desenvolvimento sustentável. Nos últimos anos, 
inovações significativas em energia solar e eólica, com o avanço 
de edifícios inteligentes e sustentáveis, estão liderando o caminho 
para uma transição energética global.
A energia solar e eólica, duas das fontes de energia renovável 
mais promissoras, têm experimentado avanços tecnológicos que 
aumentaram significativamente sua eficiência e reduziram seus 
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custos, tornando-as competitivas com – e, em muitos casos, mais 
baratas que – as fontes de energia convencionais, baseadas em 
combustíveis fósseis.
A eficiência dos painéis solares fotovoltaicos tem 
melhorado constantemente, graças a avanços na ciência dos 
materiais e nas técnicas de fabricação. Novos materiais, como 
as perovskitas, prometem revolucionar ainda mais a eficiência 
dos painéis solares, ao mesmo tempo que reduzem os custos de 
produção. Além disso, a inovação em sistemas de armazenamento 
de energia solar, como baterias mais eficientes, está permitindo 
o uso de energia solar dia e noite, superando um dos principais 
desafios dessa fonte de energia.
Da mesma forma, a tecnologia eólica tem visto melhorias 
significativas, com turbinas mais altas e pás de rotor mais longas, 
capazes de capturar o vento em altitudes maiores, nas quais 
ele é mais forte e mais consistente. A introdução de turbinas 
eólicas flutuantes está expandindo o potencial para a geração de 
energia eólica em alto mar, abrindo novas áreas, que antes eram 
inacessíveis.
A tecnologia também está transformando os edifícios, 
tornando-os mais eficientes, em termos energéticos e sustentáveis. 
A integração de sistemas de automação predial e o uso de 
materiais de construção sustentáveis estão na vanguarda dessa 
transformação. Sistemas avançados de gestão de edifícios utilizam 
sensores e IA para controlar automaticamente a iluminação, o 
aquecimento, a ventilação e o ar condicionado (HVAC), otimizando 
o uso de energia. Isso não apenas reduz o consumo de energia, 
mas também melhora o conforto dos ocupantes. Além disso, 
edifícios inteligentes, muitas vezes, incorporam energia renovável, 
como painéis solares no telhado, para uma operação ainda mais 
verde.
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A escolha de materiais de construção tem um impacto 
significativo na pegada ambiental de um edifício. Materiais 
sustentáveis, como madeira certificada, tijolos de baixa energia e 
isolamento de alta eficiência, estão sendo cada vez mais utilizados. 
Além disso, técnicas de construção inovadoras, como a impressão 
3D com materiais reciclados, estão emergindo como alternativas 
ecológicas aos métodos tradicionais.
A transição para energias renováveis e a promoção 
da eficiência energética em edifícios representam pilares 
fundamentais para alcançar um futuro sustentável. As inovações 
em energia solar e eólica estão democratizando o acesso à energia 
limpa, enquanto os avanços em edifícios inteligentes e sustentáveis 
estão reduzindo o consumo de energia e minimizando o impacto 
ambiental. À medida que essas tecnologias continuarem a evoluir 
ese tornarem mais acessíveis, elas desempenharão um papel 
crucial na mitigação das mudanças climáticas e na promoção da 
sustentabilidade em escala global.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Vamos recapitular para garantir 
que você captou a essência deste capítulo vital. A 
interseção entre tecnologia e prevenção do meio 
ambiente é uma área de crescente importância 
e potencial, refletindo a capacidade humana de 
inovar em busca de um futuro mais sustentável. À 
medida que o mundo enfrenta desafios ambientais 
sem precedentes, desde as mudanças climáticas 
até a perda de biodiversidade e a poluição, torna-se 
cada vez mais evidente que soluções tecnológicas 
avançadas são essenciais para mitigar esses 
problemas e promover a sustentabilidade. 
69CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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As inovações em energias renováveis, como a 
solar e a eólica, demonstram como a tecnologia 
está liderando a transição para uma economia de 
baixo carbono, reduzindo nossa dependência de 
combustíveis fósseis e diminuindo as emissões 
de gases de efeito estufa. Esses avanços, com o 
desenvolvimento de sistemas de armazenamento 
de energia mais eficientes, estão pavimentando 
o caminho para uma matriz energética mais 
limpa e sustentável. Paralelamente, a eficiência 
energética em edifícios inteligentes e sustentáveis 
ilustra o papel crucial da tecnologia na redução do 
consumo de energia e na minimização da pegada 
ambiental de nossas infraestruturas urbanas. Por 
meio da automação predial e do uso de materiais 
de construção inovadores, é possível criar 
ambientes que não apenas economizam energia, 
mas também promovem a saúde e o bem-estar 
dos seus ocupantes. A tecnologia desempenha 
um papel indispensável na prevenção do meio 
ambiente e na busca por um desenvolvimento 
sustentável. No entanto, para que seu potencial 
seja totalmente realizado, é necessário um 
compromisso global com a inovação responsável, 
com políticas públicas eficazes e com uma 
abordagem colaborativa que envolva governos, 
indústrias, comunidades científicas e a sociedade 
civil. À medida que avançamos, a integração da 
tecnologia na gestão ambiental será fundamental 
para garantir a saúde do nosso planeta e o bem-
estar das futuras gerações.
70 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Desafios da tecnologia na 
privacidade e na segurança
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como as complexidades da privacidade 
e da segurança das informações funcionam em 
nosso mundo cada vez mais conectado. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência 
crítica? Neste capítulo, mergulharemos nos 
desafios que a sociedade digital apresenta para 
a privacidade e a segurança das informações, 
explorando vulnerabilidades, legislações vigentes e 
estratégias eficazes para proteger dados pessoais 
e corporativos. Vamos lá, avante!
À medida que avançamos na era da informação, a 
quantidade de dados gerados, coletados e analisados é sem 
precedentes. Embora isso traga inúmeras vantagens, desde 
a personalização de serviços até avanços em pesquisa e em 
desenvolvimento, também levanta questões significativas sobre a 
privacidade dos indivíduos e a segurança das informações.
A era digital, caracterizada pela onipresença da internet 
e pela conectividade constante, apresenta desafios únicos 
à privacidade. Dados pessoais são coletados em massa por 
plataformas on-line, redes sociais, serviços de saúde digitais, entre 
outros, muitas vezes sem o consentimento explícito ou sem a 
compreensão completa dos usuários sobre como esses dados 
serão utilizados. Este capítulo explora as implicações dessa coleta de 
dados massiva e as potenciais ameaças à privacidade, destacando 
a importância de práticas éticas de coleta, armazenamento e uso 
de informações pessoais.
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Com o aumento da digitalização, a segurança da informação 
se tornou uma preocupação central para indivíduos, empresas e 
governos. Esse segmento discute as vulnerabilidades que podem 
levar a violações de dados, ataques cibernéticos e a outros tipos 
de exploração de informações digitais. A legislação desempenha 
um papel crucial na proteção da privacidade e na segurança das 
informações. 
Privacidade na era digital
A privacidade na era digital é um tema de crescente 
importância e complexidade, refletindo as tensões entre os avanços 
tecnológicos e o direito fundamental à privacidade. À medida que 
nos tornamos cada vez mais conectados por meio de dispositivos 
digitais e plataformas on-line, a quantidade de dados pessoais 
gerados, coletados e analisados expandiu exponencialmente. 
Essa realidade traz à tona desafios significativos para indivíduos, 
empresas e reguladores, na medida em que buscam equilibrar os 
benefícios da inovação tecnológica com a proteção da privacidade 
e da autonomia pessoal.
NOTA
O direito à privacidade, no Brasil, é assegurado 
pela Constituição Federal de 1988, destacando-se 
como um dos direitos fundamentais do cidadão. 
Especificamente, esse direito está consagrado no 
Artigo 5º, que trata dos direitos e das garantias 
fundamentais, assegurando a proteção contra a 
violação da privacidade dos cidadãos, abrangendo 
aspectos da vida privada, a honra, a imagem, além 
do sigilo de correspondências e de comunicações. 
A Constituição Brasileira estabelece um marco 
legal para a salvaguarda da privacidade, exigindo 
que qualquer interferência nesses direitos seja 
justificada por necessidades legítimas, como 
investigações criminais, e sempre sob rigoroso 
controle judicial, conforme previsto em lei.
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Um dos principais aspectos da privacidade, na era digital, é 
a coleta e o uso de dados pessoais por empresas e organizações. 
Informações que vão desde preferências de consumo até 
localizações geográficas e históricos médicos são coletadas 
continuamente, muitas vezes sem o consentimento explícito ou sem 
a compreensão clara dos usuários. Enquanto esses dados podem 
ser utilizados para personalizar serviços e melhorar a experiência 
do usuário, eles também apresentam riscos significativos quando 
não são gerenciados de forma ética e transparente. Problemas 
como a venda de dados pessoais a terceiros sem consentimento, 
a discriminação baseada em análise de dados e violações de 
privacidade têm sido pontos de preocupação.
A segurança desses dados pessoais é outro aspecto crítico. 
Violações de dados e ataques cibernéticos se tornaram riscos 
cotidianos, expondo informações sensíveis de milhões de pessoas 
e colocando em xeque a confiança nas tecnologias digitais. A 
proteção dessas informações requer medidas de segurança 
robustas, incluindo criptografia de dados, autenticação forte e 
políticas rigorosas de segurança cibernética tanto por parte de 
empresas quanto de usuários.
Em resposta a esses desafios, diversas regulamentações 
foram desenvolvidas ao redor do mundo para proteger a 
privacidade na era digital. O Regulamento Geral sobre a Lei de 
Proteção de Dados (LGPD) estabelecendo padrões rigorosos para a 
coleta, o armazenamento e o uso de dados pessoais. Essas leis não 
apenas procuram garantir que os usuários tenham maior controle 
sobre seus dados, mas também impõem sanções significativas às 
organizações que violam esses princípios.
Doneda  (2016) destaca que a LGPD tem o objetivo de 
proteger a liberdade e a privacidade de consumidores e dos 
cidadãos brasileiros.  Ela estabelece quais dados são pessoais 
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/qual-e-o-impacto-da-lgpd-que-entra-em-vigor-em-setembro/
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ou sensíveis e define como as informações devem ser tratadas e 
armazenadas por empresas, garantindo a segurança.
Além das regulamentações, a conscientização e a educação 
dos usuários desempenham um papel crucial na proteção 
da privacidade. Entender as configurações de privacidade, 
reconhecerpráticas seguras on-line e estar ciente dos direitos 
digitais são etapas fundamentais que os indivíduos podem tomar 
para salvaguardar suas informações pessoais.
A privacidade na era digital é um campo dinâmico e em 
constante evolução, desafiando continuamente nossas noções 
tradicionais de privacidade e de segurança. À medida que 
avançamos, a colaboração entre desenvolvedores de tecnologia, 
reguladores, empresas e usuários será essencial para criar um 
ambiente digital que respeite e proteja a privacidade individual. 
Adotar uma abordagem proativa e informada para a gestão de 
dados pessoais é mais crucial do que nunca, garantindo que 
possamos aproveitar os benefícios da tecnologia digital sem 
comprometer nossos direitos fundamentais à privacidade.
Imagem 2.11 – Privacidade na era digital
Fonte: Freepik.
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/qual-e-o-impacto-da-lgpd-que-entra-em-vigor-em-setembro/
https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/qual-e-o-impacto-da-lgpd-que-entra-em-vigor-em-setembro/
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Na era digital, a privacidade enfrenta desafios sem 
precedentes, transformando-se em uma área de preocupação 
crescente para indivíduos em todo o mundo. Com o avanço 
tecnológico e a proliferação das plataformas digitais, especialmente 
as redes sociais, bem como o aumento da vigilância digital por 
governos e entidades estatais, as ameaças à privacidade individual 
tornaram-se mais complexas e invasivas.
As redes sociais transformaram a forma como nos 
comunicamos, compartilhamos informações e interagimos 
uns com os outros. No entanto, essas plataformas também 
representam uma das maiores ameaças à privacidade na era 
digital. A coleta de dados em larga escala é o cerne do modelo de 
negócios de muitas redes sociais, em que informações pessoais, 
preferências, hábitos de navegação e até mesmo localizações 
geográficas são coletadas, analisadas e, muitas vezes, vendidas a 
terceiros sem o consentimento explícito dos usuários.
Essa coleta de dados, muitas vezes, ocorre de maneira 
opaca, com os usuários tendo pouco conhecimento ou controle 
sobre quais dados são coletados e como são utilizados. Além disso, 
as configurações de privacidade frequentemente complexas e em 
constante mudança podem dificultar que os usuários protejam 
suas informações. O resultado é uma erosão significativa da 
privacidade, na qual detalhes íntimos da vida das pessoas podem 
ser explorados para publicidade direcionada, manipulação política 
ou até mesmo vigilância.
Outra dimensão preocupante das ameaças à privacidade 
na era digital é a vigilância por governos e entidades estatais. Em 
nome da segurança nacional ou do combate ao crime, muitos 
governos implementaram sistemas de vigilância massiva, que 
coletam grandes volumes de dados de comunicações digitais e 
atividades on-line dos cidadãos. Essa coleta de dados, muitas vezes 
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realizada sem consentimento ou supervisão judicial adequada, 
levanta questões profundas sobre o direito à privacidade e à 
liberdade de expressão.
A vigilância digital governamental pode ter um efeito 
inibidor sobre os indivíduos, limitando a liberdade de expressão 
e a capacidade de se engajar em atividades políticas ou sociais. 
Além disso, a falta de transparência e de responsabilidade em 
tais práticas de vigilância aumenta o risco de abuso de poder e de 
violações de direitos humanos.
As ameaças à privacidade na era digital são diversas 
e profundamente enraizadas nas estruturas de poder e nos 
modelos de negócios do mundo contemporâneo. O impacto 
das redes sociais e a vigilância digital por governos destacam a 
urgente necessidade de políticas robustas de proteção de dados, 
maior transparência e mecanismos de controle eficazes para 
salvaguardar a privacidade individual. À medida que avançamos 
mais profundamente na era digital, a luta pela privacidade se torna 
cada vez mais crucial, exigindo uma ação coletiva e conscientização 
tanto dos indivíduos quanto das instituições para garantir que os 
direitos fundamentais sejam protegidos no ambiente digital.
Segurança da informação e 
cibersegurança
No contexto atual, marcado por uma dependência 
crescente de sistemas digitais e de redes de comunicação, a 
segurança da informação e a cibersegurança emergem como 
pilares fundamentais para a proteção de dados e a manutenção 
da integridade dos sistemas de informação. À medida que as 
organizações e os indivíduos navegam por um ambiente digital 
cada vez mais complexo, as ameaças cibernéticas evoluem em 
sofisticação, exigindo uma abordagem robusta e adaptável para a 
segurança da informação.
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A segurança da informação se refere à proteção de dados 
– seja na forma digital ou física – contra acessos não autorizados, 
alterações, divulgação ou destruição. Ela engloba práticas e 
protocolos projetados para garantir a confidencialidade, a 
integridade e a disponibilidade da informação. Em um mundo em 
que informações sensíveis, desde dados pessoais até segredos 
comerciais, são armazenadas e transmitidas digitalmente, 
salvaguardar esses dados se torna essencial não apenas para 
a privacidade individual, mas também para a competitividade 
e a sobrevivência de organizações. Doneda (2016) destaca 
que a segurança da informação é fundamental para proteger 
dados pessoais e garantir a confidencialidade, integridade e 
disponibilidade das informações.
Cibersegurança, um subsetor da segurança da informação, 
foca especificamente na proteção de sistemas computacionais, 
de redes e de dados contra-ataques cibernéticos. Esses 
ataques podem assumir diversas formas, incluindo malware, 
phishing, ataques de negação de serviço (DoS) e exploração de 
vulnerabilidades de software. Com a digitalização de quase todos 
os aspectos da vida moderna, desde finanças até infraestrutura 
crítica, a cibersegurança tornou-se uma preocupação de segurança 
nacional para muitos países.
DEFINIÇÃO
Phishing é uma técnica de fraude on-line em que 
o atacante se passa por uma entidade confiável 
para enganar pessoas e obter informações 
confidenciais, como senhas e detalhes de cartões 
de crédito.
Para enfrentar esses desafios, é crucial adotar uma 
abordagem abrangente para a segurança da informação e a 
cibersegurança. Isso inclui:
https://tiagosouza.com/livros/livros-seguranca-informacao-ciberseguranca/
https://tiagosouza.com/livros/livros-seguranca-informacao-ciberseguranca/
https://tiagosouza.com/livros/livros-seguranca-informacao-ciberseguranca/
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 • tecnologias avançadas – a implementação de soluções 
tecnológicas avançadas, como firewalls de última 
geração, criptografia de dados, sistemas de detecção e 
de prevenção de intrusões e autenticação multifatorial, 
é fundamental para proteger contra ataques 
cibernéticos;
 • educação e conscientização – treinamento em 
cibersegurança para funcionários e usuários é essencial 
para mitigar o risco de ataques, especialmente 
considerando que muitas violações de segurança 
são resultado de erro humano, como clicar em links 
maliciosos ou utilizar senhas fracas;
 • atualizações e patches de segurança – manter sistemas 
operacionais, aplicativos e outras soluções de software 
atualizados com os patches de segurança mais recentes é 
vital para proteger contra vulnerabilidades conhecidas, 
que podem ser exploradas por cibercriminosos;
 • políticas de segurança rigorosas – desenvolver e 
implementar políticas de segurança da informação 
claras e abrangentes, que definam práticas adequadas 
de manuseio e de compartilhamento de dados, é crucial 
para qualquer organização;
 • resposta a incidentes – possuir um plano de resposta 
a incidentes cibernéticos permite que organizações 
respondam rapidamente a violações de segurança, 
minimizando danos e restaurando operaçõesnormais 
o mais rapidamente possível.
A segurança da informação e a cibersegurança são 
fundamentais para navegar com segurança no ambiente digital 
atual. À medida que as ameaças cibernéticas continuam a evoluir, 
também deve evoluir nossa capacidade de defendê-las. Isso exige 
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um compromisso contínuo com a inovação em tecnologias de 
segurança, em educação e em práticas de governança. Proteger a 
integridade, a confidencialidade e a disponibilidade da informação 
é mais que uma necessidade técnica; é uma prioridade estratégica, 
que impacta a segurança individual, corporativa e nacional. 
Doneda (2016) ressalta a importância da evolução da privacidade 
para a proteção de dados pessoais, evidenciando que a segurança 
da informação não se limita à proteção contra acessos não 
autorizados, mas também à garantia de que o processamento 
desses dados seja feito de forma segura e confiável.
A segurança da informação e a cibersegurança estão 
no centro das preocupações contemporâneas, à medida que 
avançamos em direção a uma sociedade cada vez mais digitalizada. 
A expansão da internet das coisas (IoT) e a sofisticação de ataques 
de engenharia social, como o phishing, destacam as complexidades 
e os desafios enfrentados na proteção de dados sensíveis e de 
infraestruturas críticas. 
Imagem 2.12 – Cibersegurança
Fonte: Freepik. 
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Os dispositivos da internet das coisas (IoT) têm se 
tornado onipresentes em nosso cotidiano, integrando-se a 
casas, a empresas e a cidades inteligentes. Eles oferecem 
conveniências significativas e eficiências operacionais, desde 
assistentes domésticos inteligentes e wearables até sistemas de 
monitoramento urbano. No entanto, o aumento da conectividade 
traz consigo vulnerabilidades de segurança inerentes. Muitos 
dispositivos IoT são fabricados com ênfase na funcionalidade e 
no custo, frequentemente negligenciando aspectos críticos de 
segurança. Isso os torna alvos fáceis para hackers, que podem 
explorar essas fraquezas para ganhar acesso a redes mais amplas, 
coletar dados pessoais ou até mesmo controlar dispositivos 
remotamente, para fins maliciosos.
A heterogeneidade e a escala dos dispositivos IoT compli-
cam ainda mais a gestão da segurança, tornando desafiador im-
plementar atualizações de segurança e padrões uniformes. A pro-
teção efetiva desses dispositivos exige uma abordagem holística, 
que inclui o desenvolvimento de padrões de segurança robustos, 
autenticação e criptografia fortes, além de uma conscientização 
contínua dos usuários sobre práticas seguras de uso.
Os ataques de engenharia social e, em particular, o 
phishing, representam uma das maiores ameaças à segurança da 
informação. Esses ataques exploram a confiança e a psicologia 
dos usuários para enganá-los e induzi-los a revelar informações 
confidenciais, como senhas, números de cartões de crédito e dados 
pessoais. O phishing pode assumir várias formas, desde e-mails 
fraudulentos, que imitam comunicações legítimas de instituições 
financeiras ou de empresas, até mensagens urgentes, que incitam 
a vítima a agir rapidamente, comprometendo sua capacidade de 
avaliar a situação criticamente.
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A crescente sofisticação desses ataques, incluindo o 
uso de técnicas de spear phishing direcionadas a indivíduos 
ou a organizações específicas, exige uma vigilância constante. 
A defesa contra ataques de engenharia social envolve tanto 
medidas técnicas, como filtros de e-mail avançados e soluções 
de segurança multifatoriais, quanto a educação contínua 
dos usuários. Treinamentos regulares sobre segurança da 
informação e campanhas de conscientização podem aumentar 
significativamente a capacidade dos indivíduos de identificar 
e evitar essas ameaças. Silveira (2017) oferece uma perspectiva 
crítica sobre a venda de dados pessoais e a perda de privacidade 
nas redes digitais, enfatizando a necessidade de mecanismos 
robustos de segurança da informação para proteger os usuários 
contra o uso indevido de suas informações. Sugere que, além 
da implementação de tecnologias de segurança, é necessário 
fomentar uma cultura de conscientização sobre os riscos 
associados à exposição on-line.
A segurança da informação e a cibersegurança são campos 
em constante evolução, enfrentando desafios complexos em um 
mundo cada vez mais interconectado. A proteção eficaz contra 
vulnerabilidades em dispositivos IoT e ataques de engenharia 
social exige uma abordagem abrangente, que combina 
tecnologia avançada, regulamentações rigorosas e, crucialmente, 
a conscientização e educação dos usuários. À medida que 
desenvolvemos e adotamos novas tecnologias, a segurança da 
informação deve permanecer uma prioridade para garantir a 
confidencialidade, a integridade e a disponibilidade de nossos 
dados e sistemas digitais. Rodotà e Moraes (2018) discutem a vida 
na sociedade da vigilância, em que a privacidade é constantemente 
desafiada por tecnologias de monitoramento e por coleta de 
dados. Os autores argumentam que a cibersegurança deve ser 
entendida como um elemento fundamental para a preservação 
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da autonomia pessoal e para a proteção contra práticas invasivas, 
que comprometem a privacidade dos indivíduos.
Ética e legislação digital
No contexto da era digital, a ética e a legislação 
digital emergem como fundamentos críticos para orientar o 
desenvolvimento tecnológico e o uso responsável das tecnologias 
de informação. À medida que a sociedade se torna cada vez 
mais imersa em ambientes digitais, surgem questões complexas 
relacionadas à privacidade, à propriedade intelectual, ao acesso 
à informação e ao comportamento on-line, exigindo uma reflexão 
profunda sobre os princípios éticos e o estabelecimento de marcos 
legais adequados.
A ética digital abrange o estudo e a aplicação de princípios 
éticos no contexto do uso da tecnologia. Isso inclui considerações 
sobre como a tecnologia afeta os direitos individuais e coletivos, a 
justiça, a igualdade e o bem-estar social. Questões como o respeito 
pela privacidade, a integridade dos dados, a transparência nas 
operações de algoritmos e a responsabilidade no desenvolvimento 
e na implementação de sistemas de IA são exemplos de áreas que 
necessitam de uma abordagem ética rigorosa.
Na prática, isso significa que desenvolvedores, empresas e 
usuários devem estar cientes do impacto potencial de suas ações 
e decisões tecnológicas. Por exemplo, o design de plataformas de 
mídia social deve considerar os efeitos sobre a saúde mental dos 
usuários, a propagação de desinformação e a polarização social. 
Da mesma forma, o desenvolvimento de sistemas de IA deve levar 
em conta questões de viés algorítmico e de justiça.
Na esfera da ética e da legislação digital, Patrícia Peck 
destaca a abordagem abrangente às questões legais emergentes 
da transformação digital. Ela argumenta que a cibersegurança, 
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a privacidade de dados e a propriedade intelectual são pilares 
essenciais na construção de um ambiente digital seguro e justo. 
Enfatiza a importância de atualizar constantemente a legislação 
para acompanhar o ritmo acelerado das inovações tecnológicas, 
assegurando que os direitos digitais sejam protegidos em 
um ambiente que evolui rapidamente. A autora defende uma 
conscientização maior sobre a importância da ética digital, tanto 
por parte dos usuários quanto das empresas, como um meio de 
promover uma sociedade mais justa e equitativa na era digital.
Por outro lado, Sérgio Amadeu da Silveira contribui 
significativamente para o debate sobre a ética no ambiente digital 
por meio de sua análise da cibercultura. Silveira argumenta que 
a liberdade na internet e o acesso aberto ao conhecimento são 
fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade digital 
inclusiva e democrática. Ele critica astentativas de controle 
excessivo e a vigilância on-line, destacando os riscos que tais 
práticas representam para a privacidade e para os direitos 
fundamentais dos usuários. Silveira defende uma abordagem 
mais ética ao direito digital, na qual os valores de liberdade, 
igualdade e de acesso ao conhecimento sejam prioritários. Ambos 
os autores, portanto, contribuem com perspectivas valiosas 
para o entendimento da ética e da legislação digital, ressaltando 
a importância de adaptar as leis e de promover uma cultura de 
responsabilidade e de respeito aos direitos digitais.
Paralelamente à ética, a legislação digital desempenha 
um papel crucial na regulação do espaço cibernético. Leis e 
regulamentos são necessários para estabelecer limites claros, 
proteger os direitos dos cidadãos e garantir um ambiente digital 
seguro e justo. Isso inclui legislações sobre proteção de dados 
pessoais, que estabelece padrões rigorosos para o processamento 
de dados pessoais e reforça os direitos de privacidade dos 
indivíduos.
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Imagem 2.13 – Legislação digital
Fonte: Freepik.
Outras áreas legislativas importantes abrangem o 
combate a crimes cibernéticos, a regulamentação de conteúdo 
on-line, direitos autorais e propriedade intelectual na internet e a 
governança de tecnologias emergentes como a IA e o blockchain. A 
legislação digital não apenas protege contra abusos, mas também 
oferece um quadro para a inovação responsável, assegurando 
que o desenvolvimento tecnológico beneficie a sociedade como 
um todo.
Um dos principais desafios na intersecção entre ética e 
legislação digital é a rápida evolução da tecnologia, que, muitas 
vezes, supera a capacidade dos sistemas legais e normativos de 
se adaptarem. Além disso, a natureza global da internet e das 
tecnologias digitais exige uma cooperação internacional robusta 
para criar padrões e regulamentos consistentes. 
Ética e legislação digital são pilares fundamentais para 
a construção de uma sociedade digital que valorize a dignidade 
humana, a justiça e a inclusão. Ao navegar pelas complexidades 
84 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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do mundo digital, é essencial que indivíduos, empresas e 
legisladores estejam comprometidos com princípios éticos e com 
a criação de um marco legal que promova o uso responsável e 
justo da tecnologia. Esse compromisso é crucial para garantir que 
as inovações tecnológicas sirvam ao bem comum, respeitando os 
direitos e as liberdades fundamentais de todos.
A legislação e a ética na proteção de dados enfrentam 
desafios significativos e complexos no contexto de um ambiente 
digital globalizado. A natureza transfronteiriça do fluxo de dados, 
impulsionada pela internet e pelas tecnologias de comunicação, 
coloca em evidência a dificuldade de criar e de implementar 
leis que protejam efetivamente a privacidade e a segurança das 
informações. Além disso, a ascensão da inteligência artificial (IA) 
e seu uso intensivo de dados acrescentam uma camada adicional 
de complexidade às questões éticas envolvidas na proteção de 
dados.
Um dos principais desafios na criação de legislação eficaz 
para a proteção de dados em um ambiente digital globalizado é 
a divergência entre as leis de proteção de dados de diferentes 
países. Enquanto algumas nações implementam regulamentações 
rigorosas, outras podem ter abordagens mais lenientes. 
Isso cria um terreno complexo para empresas que operam 
internacionalmente, pois precisam navegar por um mosaico 
de leis e garantir a conformidade em todas as jurisdições. Além 
disso, a rápida evolução das tecnologias digitais frequentemente 
ultrapassa a capacidade das legislações existentes de abordar 
novos desafios de privacidade e de segurança. A implementação 
efetiva dessas leis também é dificultada pela natureza intangível e 
fluida dos dados digitais, que podem cruzar fronteiras facilmente, 
muitas vezes sem o conhecimento ou o consentimento dos 
usuários.
85CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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Nesse sentido, Getschko e outros destacam a importância 
do Marco Civil da Internet como um pilar fundamental na legislação 
digital do Brasil, estabelecendo direitos e deveres para o uso da 
internet de maneira a promover a liberdade, a privacidade e a 
neutralidade da rede. 
A utilização de dados por sistemas de inteligência artificial 
introduz questões éticas significativas, particularmente em 
relação ao viés algorítmico, ao consentimento e à transparência. 
Os algoritmos de IA são apenas tão imparciais quanto os dados 
em que são treinados. Se esses dados contêm vieses históricos 
ou sociais, o sistema de IA pode perpetuar ou até amplificar essas 
distorções, levando a resultados injustos ou discriminatórios. O 
consentimento informado é outra questão crítica na utilização 
de dados por IA. Muitas vezes, os usuários não estão plenamente 
cientes de como seus dados estão sendo usados ou das 
implicações potenciais dessa utilização. Isso é agravado pela falta 
de transparência em muitos sistemas de IA, em que os processos 
de decisão podem ser opacos e difíceis de entender, mesmo para 
especialistas.
A legislação brasileira sobre proteção de dados passou por 
uma transformação significativa, com a promulgação da Lei Geral 
de Proteção de Dados (LGPD), Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 
2018, que entrou em vigor em setembro de 2020. Inspirada pelo 
Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União 
Europeia, a LGPD estabelece um novo marco legal para a proteção 
da privacidade e dos dados pessoais no Brasil, abrangendo a 
coleta, o uso, o processamento e o armazenamento de dados 
pessoais.
A LGPD se baseia em uma série de princípios fundamentais, 
que orientam o tratamento de dados pessoais, incluindo o 
respeito à privacidade, a liberdade de expressão, a inviolabilidade 
86 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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da intimidade, a honra, a imagem das pessoas, bem como 
os valores democráticos e o desenvolvimento econômico e 
tecnológico. Entre esses princípios, destacam-se: finalidade, 
adequação, necessidade, transparência, segurança, prevenção, 
não discriminação, responsabilização e prestação de contas.
A LGPD se aplica a qualquer operação de tratamento de 
dados pessoais realizada por pessoas físicas ou jurídicas, de direito 
público ou privado, independentemente do meio, do país de 
sede do agente de tratamento ou do país onde os dados estejam 
localizados, desde que a operação de tratamento seja realizada 
no território nacional, que os dados tenham sido coletados no 
território nacional ou que tenham por objetivo oferecer bens ou 
serviços a indivíduos localizados no território nacional.
A LGPD fortalece os direitos dos titulares dos dados, 
garantindo-lhes o direito de acesso, correção, exclusão e de 
portabilidade dos dados, além da possibilidade de revogar o 
consentimento para o tratamento de seus dados pessoais. A lei 
também exige que as organizações obtenham o consentimento 
explícito dos titulares para o tratamento de seus dados, exceto em 
casos específicos previstos em lei. A LGPD impõe responsabilidades 
claras às organizações que tratam dados pessoais, exigindo a adoção 
de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados 
pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou 
ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão. 
Em caso de violação das normas estabelecidas pela LGPD, as 
organizações podem ser submetidas a sanções administrativas, 
que incluem advertências, multas de até 2% do faturamento da 
empresa, limitação, suspensão e proibição parcial ou total do 
exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados.
A LGPD criou a Autoridade Nacional de Proteção de 
Dados (ANPD), órgão responsável por fiscalizar a aplicação da lei, 
orientar as organizações sobre práticas de proteção de dados, 
87CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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aplicar sanções em caso de violação da legislação e promover oconhecimento dos cidadãos sobre a importância da proteção de 
dados pessoais.
A interseção entre legislação, ética e proteção de 
dados no ambiente digital globalizado requer uma abordagem 
multifacetada, que considere tanto as implicações legais quanto 
éticas. Isso inclui o desenvolvimento de legislações adaptáveis 
e internacionalmente harmonizadas, práticas de design e de 
desenvolvimento de IA éticas e transparentes e uma ênfase 
renovada na educação dos usuários sobre seus direitos e sobre 
como seus dados são utilizados. Ao enfrentar esses desafios com 
uma abordagem holística e colaborativa, podemos trabalhar 
para garantir que a proteção da privacidade e a segurança das 
informações sejam mantidas em um mundo cada vez mais digital 
e interconectado.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Vamos assegurar que você 
tenha uma compreensão completa. A era digital, 
embora traga inovações e conveniências sem 
precedentes, lança também desafios significativos 
na privacidade e na segurança, exigindo uma 
reflexão profunda e ações concretas tanto de 
indivíduos quanto de entidades governamentais 
e corporativas. Destacamos a complexidade de 
proteger a privacidade e garantir a segurança 
das informações em um mundo cada vez mais 
interconectado. Abordamos as vulnerabilidades 
inerentes ao crescente uso de dispositivos 
da internet das coisas (IoT), que, apesar de 
melhorarem significativamente nossa qualidade 
de vida, também expandem a superfície de ataque 
para cibercriminosos.
88 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
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O desafio, aqui, reside na necessidade de equilibrar 
inovação e conveniência com medidas de segurança 
robustas, uma tarefa complicada pela variedade e 
pela escala desses dispositivos. Os riscos associados 
aos ataques de engenharia social, particularmente 
o phishing, continuam a evoluir em complexidade 
e sofisticação. Esses ataques não só destacam as 
lacunas técnicas nos sistemas de segurança, mas 
também a vulnerabilidade humana, sublinhando 
a importância da conscientização e da educação 
em cibersegurança como ferramentas de defesa 
primordiais. A complexidade desses desafios é 
agravada no contexto de um ambiente digital 
globalizado, em que a legislação enfrenta obstáculos 
significativos para proteger a privacidade e a 
segurança das informações. A fragmentação legal 
e a rapidez com que os dados cruzam fronteiras 
exigem uma cooperação internacional robusta e a 
harmonização das leis de proteção de dados, uma 
tarefa árdua, dada a diversidade de regimes legais 
e de prioridades nacionais. A legislação brasileira, 
em resposta a esses desafios, tem feito esforços 
para criar um ambiente digital mais seguro e justo, 
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