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Filo Platyhelminthes Classe Cestoda (cestos = fita; oda = forma) # Parasitos planos ou chatos em forma de fita # Corpo segmentado # Sem sistema digestório # Hermafroditas Profa. Maria Elisabeth Berne Classe Cestoda Ordem: 1.Cyclophyllidea → cestódeos com 4 ventosas parasitas do homem e dos animais domésticos, tem 2 famílias de interesse : 2.Ciclo biológico heteroxênico Taeniidae Adultos e larvas em vertebrados Hymenolepididae Adultos em vertebrados e larvas em invertebrados cmmm m MORFOLOGIA ADULTOS Intestino Delgado HD MORFOLOGIA ADULTO MORFOLOGIA das larvas tecidos HI Larvas: Nos hospedeiros vertebrados: Cisticercus Vesícula translúcida com 1 protoescólex invaginado VesLarva com 1 protoescólex invaginado Cisto hidático Nos hospedeiros invertebrados: Cisticercoide Cisticercóide Escólex com pequena vesícula na extremidade UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA DISCIPLINA DE PARASITOLOGIA Teniose e Cisticercose SISTEMÁTICA Filo Platyhelminthes Classe Cestoda Ordem Cyclophyllidea Família Taeniidae Gênero Taenia Espécies Taenia solium Linnaeu, 1758 Taenia saginata Goeze, 1782 INTRODUÇÃO Taenia solium Homem Teniose Taenia saginata Cysticercus cellulosae Cysticercus bovis bovinos suínos CISTICERCOSE Taenia solium Teniose 1,5 a 4 metros ( 8 m) 800 a 1.000 Proglotes 12 pares ramificações 80 mil ovos Taenia saginata Teniose 4 a 12 metros (25 m) + 1.000 Proglotes 26 pares ramificações 160 mil ovos CISTICERCOSE A cisticercose humana é adquirida pela ingestão acidental de ovos viáveis da Taenia solium. Auto-infecção Contaminação Externa (Carne suína) OVOS 30 a 40m Oncosfera Embrião Hexacanto Embrióforo LARVA CISTICERCO Cysticercus cellulosae T. solium Cysticercus bovis T. saginata Até 12 mm após 4 meses TRANSMISSÃO Teniose ❖ Ingestão de carne crua ou mal cozida, infectada com Cysticercus cellulosae (porco) ou C. bovis (bovino). Cisticercose humana ❖Ovos de T. solium Heteroinfecção – ingestão acidental de ovos Auto-infecção externa – ingestão de ovos por falta de higiene Auto-infecção interna- movimentos anti-peristálticos ou vômitos Cisticercose animal ❖ Ingestão de ovos bovinos (pastagens ou água) suínos (alimento , água ou coprofagia) http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://baixaki.ig.com.br/imagens/wpapers/BXK28191_gadodsc01935-800-x-600-800.jpg&imgrefurl=http://baixaki.ig.com.br/papel-de-parede/14933-gado.htm&h=960&w=1280&sz=197&hl=pt-BR&start=10&sig2=tt2wKhTY9DmsVL9NKvI9ig&tbnid=8CD4zbjoJeKW5M:&tbnh=113&tbnw=150&ei=lDSJRoehD7HwiwH_xqzXDg&prev=/images%3Fq%3Dgado%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/foto_porco.jpg&imgrefurl=http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/porco.htm&h=93&w=115&sz=4&hl=pt-BR&start=13&sig2=FgO74gaL5g9s4IZzHvXWlA&tbnid=6wYJpNfuXbNr_M:&tbnh=70&tbnw=87&ei=ejWJRuWmCYPWiQHOnvCFDQ&prev=/images%3Fq%3Dsuino%2Balimenta%25C3%25A7%25C3%25A3o%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG Tecidos: subcutâneo muscular cardíaco cerebral olhos Masseter Língua Coração cérebro Tecidos: Musculatura estriada -SNC (50% dos casos) Olhos e anexos Musculatura esquelética Tecido subcutâneo Tecidos: Cysticercus cellulosae T. solium Cysticercus bovis T. saginata Cysticercus cellulosae PPP = ±3 meses PP= 2 anos HI= ±3 meses Longevidade de ovos= ±1 ano PPP = ±3 meses PP= 10 anos HI- ±3 meses Longevidade de ovos- ±1 ano Taenia saginata SINAIS CLÍNICOS Teniose (forma adulta) ▪ Alergia (excreção ) ▪ Inflamação local fixação na mucosa ▪ Competição alimentar: tonturas náuseas apetite excessivo dor abdominal perda de peso Cisticercose (forma larval) • Neurocisticercose: náusea, tontura, vômito e cafaléia ataques epilépticos desordem mental (delírios) alucinações prostração hipertensão intracraniana casos de demência visão afetada • Cisticercose ocular: - turvação visual - cegueira unilateral - reação inflamatória intensa - deslocamento e/ou perfuração da retina - opacificação do humor vítreo – catarata - perda do olho • Cisticercose muscular ou subcutânea: - • Dor, fadiga e cãibras DIAGNÓSTICO Teniose Clínico Laboratorial : ➢ Parasitológico exame de fezes proglotes ovos ➢ Fita adesiva Técnica revela 90 % das infecções por T. saginata Ovos aderidos à fita gomada, vistos ao microscópio. Cisticercose Clínico Anamnese Cisticercose ocular vesículas subcutânea – presença nódulos Laboratorial ➢ Testes imunológicos Ac: soro, líquido cefalorraquidiano e humor aquoso Western Blot – grande sensibilidade ELISA - especificidade ➢ Exames de imagens ➢ Tomografia computadorizada (SNC) ➢ Ressonância magnética ➢ Exame do líquido cefalorraquidiano alterações no liquor ➢ Exame anatomopatológico biópsia ou exame histopatológico (nódulos subcutâneos) EPIDEMIOLOGIA ◼ Consumo de carne bovina e suína crua ou mal passada; ◼ Consumo de carne não inspecionada (abate clandestino) ◼ Condições de higiene; ◼ Destino das fezes; ◼ Criação de porcos soltos; ◼ Uso de água contaminada com esgoto para regar hortaliças; ◼ Ingestão de vegetais “in natura”; ◼ Presença de insetos... PROFILAXIA ◼ Inspeção nos abatedouros com rejeição de carcaças parasitadas; ◼ Esclarecimento da população sobre os riscos do consumo de carne crua ou mal cozida; ◼ Uso de privadas com fossas; ◼ Tratamento das pessoas parasitadas; ◼ Impedir o acesso de bovinos e suínos às fezes humanas; ◼ Educação sanitária; higiene das mãos, casa e alimentos ◼ Saneamento básico água potável esgoto Neurocisticercose em Pelotas ◼ 2001 10 casos 70% ♀ 30% ♂ Sintomas mais comuns: crises convulsivas vertigens distúrbios visuais alterações motoras cefaleia localizada vômitos cefaleia generalizada Hábitos alimentares: carne suína 57,1% verduras cruas 71,4% Secretaria da saúde de Pelotas COMBRAVET, Gramado, 2002 J. epilepsyclin.neurophysiol. vol.13 no.4. 2007 Fernando Antonio de Oliveira Costa; Othelo Moreira Fabião; Fernanda de Oliveira Schmidt; Alexandre Terra Fontes. Neurocysticercosis of the left temporal lobe with epileptic and psychiatric manifestations: case report Casos notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Maringá e casos atendidos pelo Hospital Universitário Regional de Maringá, de janeiro de 1998 a dezembro de 2004. Notificados à Secretaria Municipal de Saúde de Maringá Casos atendidos pelo HURM 1998 16 22 1999 2 9 2000 5 0 2001 0 7 2002 4 6 2003 1 1 2004 0 3 Total 28 48 Márcia Regina Benedeti; Dina Lúcia Morais Falavigna; Ana Lúcia Falavigna-Guilherme; Silvana Marques de Araújo. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM NEUROCISTICERCOSE ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DE MARINGÁ, PARANÁ, BRASIL. Arq Neuropsiquiatr 2007;65(1):124-129 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS INSTITUTO DE BIOLOGIA DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA Hymenolepis nana Sistemática Filo Platyhelminthes Classe Cestoda Ordem Cyclophyllida Família Hymenolepididae Gênero Hymenolepis Espécies H. nana Morfologia - até 5cm - escólex c/ 4 ventosas - rostro c/ 1 fileira de ganchos - proglotes mais largas do que longas - abertura genital unilateral Hymenolepis nana Transmissão - ingestão de ovos - ingestão acidental de pulgas e coleópteros contendo cisticercóide - auto-infecção interna Ovos eliminados nas fezes Ovos eliminados nas fezes Estômago – embrióforos digeridos Ingestão de ovos ID - eclosão das oncosferas Penetram nas vilosidades 4 dias - larvas cisticercóide 10 dias – larva madura sai da vilosidade Desenvagina-se e fixa na mucosa 20 dias adultosOvos ingeridos por larvas de insetos Intestino HI – liberação das oncosferas Larvas cisticercóide HD ingere pedaços de insetos c/ cisticercóide Fixa na mucosa 20 dias - adultos No ID desenvagina Ciclo monoxênico Ciclo heteroxênico Ciclo PPP: 20 - 30 dias Patogenia e Sinais clínicos - depende da idade e do nº de pararasitos - agitação - insônia - irritabilidade - dor abdominal - diarreia - perda de peso - prurido anal Diagnóstico Clínico: difícil - Exame de fezes: - ovos (40-50µ) característicos com filamentos polares Epidemiologia - Distribuição geográfica mundial - densidade populacional, ambientes fechados (asilos, creches, internatos, orfanatos, 40%) - maus hábitos higiênicos - presença de hospedeiros intermediários Transmissão: ingestão de pedaços de pulgas contendo cisticercóide Melhorar o acesso à água potável, educação em saúde e medidas sanitárias (WHO, 2006). Diagnóstico e tratamento dos infectados HIDATIDOSE/Cisto hidático Echinococose/ ECHINOCOCCUS GRANULOSUS Profa. Maria Elisabeth Berne Sistemática Filo Plathyhelminthes Classe Cestoda Família Taeniidae Gênero Echinococcus Espécie E. granulosus Infecção: Echinococcus/cisto hidático ❖ Equinococose - Adulto Intestino delgado ❖ do HD cães domésticos e canídeos silvestres Hidatidose- Forma larval (cisto hidático) HI ❖ ovinos, bovinos, suínos, caprinos, bubalinos, cervídeos, camelídeos e, acidentalmente, o homem; Características morfológicas Parasito adulto 4 a 6mm Características morfológicas Composição do cisto hidático Vesícula prolígera Membrana adventícia Membrana anista Vesícula filha Membrana germinativa Líquido hidático Biologia Habitat ❖ Adulto - junto à mucosa do intestino delgado de cães ❖ Cisto hidático - principalmente, no fígado e pulmões de ovinos, bovinos, suínos, caprinos e cervídeos ❖ Homem (H. acidental) - cistos no fígado, pulmões, além de cérebro, ossos, baço, músculos, rins, olhos etc. Transmissão ❖ Hospedeiro definitivo- Ingestão de cistos ❖ Hospedeiro intermediário- Cistos primários- Ingestão de ovos Cistos secundários- ruptura ou envelhecimento do cisto primário Advances in Parasitology Volume 95, 2017, Pg 65-109 Chapter Two - Biology and Systematics of Echinococcus R.C.A.Thompson https://www.sciencedirect.com/science/journal/0065308X https://www.sciencedirect.com/science/journal/0065308X/95/supp/C https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0065308X16300732?via%3Dihub#! Patologia e sinais clínicos ❖ Presença e intensidade de sintomas Órgão afetado Tamanho e número de cistos Localização no órgão Compressão de tecidos e ou órgãos adjacentes 73% de casos de hidatidose faixa etária de 16 a 60 anos, fígado (59,19%), pulmão (16,92%). ❖ Hidatidose hepática- dor abdominal, febre, náuseas, ascite, vômitos e diarréia. ❖ Hidatidose pulmonar- quadros alérgicos e tosse com eliminação de expectoração sanguinolenta. ❖ Hidatidose cerebral- rara, evolução rápido, sinais neurológicos ❖ Hidatidose óssea- rara, longa duração ❖ dor nas costas, dor ciática, fraturas, parecias ou paraplegias. Ruptura cistos- reações alérgicas, eosinofilia choque anafilático ou desenvolvimento de novos do cisto. ❖ Novos cistos pós cirurgia The New England Journal of Medicine Epidemiologia ❖ Grande quantidade de cães nas propriedades rurais ; ❖ Hábito de alimentar os cães com vísceras cruas; ❖ Falta de cuidados sanitários sobre a população de cães no meio rural; ❖ Falta de controle sanitário dos animais comercializados Hidatidose na América do Sul Diagnóstico Hidatidose humana ❖ Clínico: Presença de massas palpáveis. Manifestações hepáticas e pulmonares crônicas ❖ Laboratorial: # Metódos Sorológico: * ELISA * Imunoblotting Diagnóstico Hidatidose humana # Métodos de Imagem: Raio X, ultra-sonografia, tomografia e ressonância # Exame do material de expectoração Diagnóstico Hidatidose humana # Métodos de Imagem: Raio X, ecografia, ultra-sonografia, cintilografia,tomografia e ressonância # Exame do material de expectoração RELATO DE CASO Intramuscular hydatid cyst: a case report Com o diagnóstico de tumor cístico na região glútea, indicou- se tratamento cirúrgico. No transoperatório, verificou-se cisto circunscrito por membrana fibrótica e com presença de membranas brancas no seu interior, acometendo o músculo glúteo máximo esquerdo. A lesão foi extirpada em monobloco, sendo o produto encaminhado para estudo anatomopatológico. A análise macroscópica mostrou formação ovóide, grosseiramente granulosa, medindo cerca de 6cm no maior eixo. Foi recebida aberta, mostrando membrana anista leitosa característica de cistos hidáticos (Figura 1), cercada por grossa carapaça fibrótica (pericística). Os cortes microscópicos foram corados por hematoxilina-eosina, Van Giesen e tricrômico de Azam e mostraram estrutura lamelar típica de membrana anista (Figura 2), fibrose e tecido muscular esquelético adjacente. Firmou-se assim o diagnóstico de cisto hidático intramuscular. A paciente apresentou evolução bastante favorável, sem qualquer intercorrência. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36(4): 527-529, jul-ago, 2003. Marcus Klay Silveira Chiattoni1, Valéria Jorge2, Heitor Alberto Jannke2, Guilherme Heiden Teló3 e Nelissa Cristina Correa Segala Diagnóstico da Equinococose- (cão) Exame de fezes Profilaxia ❖ Conscientizar a população rural sobre esta parasitose, ❖ Não alimentar cães com vísceras cruas de ovinos, bovinos e suínos ❖ Tratar periodicamente, com anti- helmínticos, todos os cães da propriedade; ❖ Saúde Única, interação entre saúde humana, saúde animal e saúde de todo o ecossistema onde o parasita está inserido Outras espécies presentes no Brasil Hidatidose policística no homem Echinococcus vogeli HI paca , cotia HD Canídeos silvestres e domésticos Echinococcus oligarthrus H.D- felídeos silvestres H.I- roedores Profilaxia ❖ Cuidados com higiene pessoal, ❖ Impedir o acesso de cães em hortas e reservatórios de água; ❖ Lavar frutas e verduras com água corrente; ❖ Evitar contato direto com cães não tratados; Profilaxia ❖ Construir abatedouros domiciliares para ovinos e suínos, ❖ Manter somente o número necessário de cães às atividades da propriedade. Saúde Única, interação entre saúde humana, saúde animal e saúde de todo o ecossistema onde o parasita está inserido REFERENCIAS : KOHEK Jr. I. HIDATIDOSE no Rio Grande do Sul . Informativo Técnico N°01 /Ano 02 – DPA Janeiro de 2011 NEVES.D.P. Paraitologia humana Editora Atheneu, São Paulo, 14 edição,588p., 2022.
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