Buscar

PM_08-116

Prévia do material em texto

tuberosum), até o momento não há disponível no mercado variedades de batata 
resistentes ao PSTVd. Entretanto, já foi demonstrado que batatas transgênicas, 
expressando uma ribozima (do tipo cabeça-de-martelo) que atua em ‘trans’ nas 
fitas de polaridade negativa do PSTVd (clivando as moléculas de RNA do viroide), 
comportaram-se como altamente resistentes. Porém, não há no mundo grandes 
esforços nesse sentido, uma vez que se trata de um patógeno que pode ser 
contido por meio de outras medidas preventivas de controle.
Métodos de detecção:
 Os viroides, ao contrário dos vírus, não possuem capa proteica e não 
codificam qualquer proteína, sendo constituídos exclusivamente por moléculas 
de RNA, o que impossibilita o uso de técnicas sorológicas para o seu diagnóstico. 
Portanto, as técnicas que podem ser empregadas para a detecção do PSTVd são: 
(i) inoculação mecânica em plantas indicadoras, principalmente o tomateiro (S. 
lycopersicon var. ‘Rutgers’); (ii) dupla eletroforese em géis de poliacrilamida 
(PAGE); (iii) hibridização com sondas específicas (“dot-blot” ou “northern-blot”); 
(iv) RT-PCR empregando-se primers específicos para o PSTVd ou primers 
universais para o gênero Pospiviroid, seguido ou não de sequenciamento para 
confirmar a identidade dos fragmentos amplificados; e (v) RT-PCR em tempo 
real, que tem apresentado elevada especificidade e sensibilidade, para a ampla 
detecção de isolados do PSTVd.
 De qualquer forma, e independentemente do método de diagnóstico 
empregado, os controles (negativo e positivo) são fundamentais para a correta 
interpretação e validação dos resultados. Vale ressaltar que os métodos de 
detecção de viroides estão diretamente relacionados ao sucesso dos principais 
métodos de controle, que se baseiam em programas de indexação e certificação 
de batata-semente sadias.
211
LITERATURA CONSULTADA
BATISTA, M.F.; MARINHO, V.L.; FONSECA, M.E.N. Detection methods for 
pests in plant germplasm introduced into Brazil for research purposes. EPPO 
Bulletin, Paris, v. 25, p .411-417, 1995.
BATISTA, M.F.; MARINHO, V.L.; MILLER, R. Praga Quarentenária A1 
Tubérculo afilado da batata “Potato spindle tuber viroid”. Brasília: EMBRAPA, 
2002. (Comunicado Técnico 66).
BOONHAM, N.; PÉREZ, G.L.; MENDEZ, M.S. et al. Development of a real-time 
RT-PCR assay for the detection of Potato spindle tuber viroid. Journal of 
Virological Methods, Amsterdam, v. 116, n. 2, p.139-146, 2004.
DIENER, T.O. Potato spindle tuber ‘virus’ IV. A replicating, low molecular weight 
RNA. Virology, New York, v. 45, n. 2, p. 411-428, 1971.
DI SERIO, F.; FLORES, R.; VERHOEVEN, J.T.H.J. et al. Current status of viroid 
taxonomy. Archives of Virology, Wien, v. 159, n. 12, p. 3467-3478, 2014.
EIRAS, M. Viroides. In: EIRAS, M.; GALETTI, S.R. (Eds.). Técnicas de 
diagnóstico de fitopatógenos. São Paulo: Devir, 2012. p. 137-154.
EIRAS, M.; DARÒS, J.A.; FLORES, R. et al. Viróides e virusóides: relíquias do 
mundo de RNA. Fitopatologia Brasileira, Brasília, v. 31, n. 3, p.229-246, 2006.
EIRAS, M.; NOHALES, M.A.; KITAJIMA, E.W. et al. Ribosomal protein L5 and 
transcription factor IIIA from Arabidopsis thaliana bind in vitro specifically 
Potato spindle tuber viroid RNA. Archives of Virology, Wien, v. 156, n. 3, p. 
29-533, 2011.
FLORES, R.; HERNANDEZ, C.; MARTÍNEZ DE ALBA, A.E. et al. Viroids and 
viroid-host interactions. Annual Review of Phytopathology, Palo Alto, v. 43, p. 
117-139, 2005.
FLORES, R.; MINOIA, S.; CARBONELL, A. et al. Viroids, the simplest RNA 
replicons: How they manipulate their hosts for being propagated and how their 
212

Continue navegando